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quinta-feira, 29 de maio de 2008

RESULTADOS DE DUAS ENQUETES E DESENTERRO DE TEXTOS ANTIGOS

Mil desculpas por demorar tanto pra colocar aqui o resultado da enquete sobre as falas mais marcantes da década de 80. Mas aqui vai. 63 pessoas votaram em três citações cada, e as escolhidas foram: em primeiríssimo lugar, “ET phone home”, não preciso nem dizer de onde, com 55% dos votos. Segundo, “I'll be back” (“Voltarei”), do Exterminador do Futuro, com 38%. Interessante que Exterminador tenha conseguido impor na cultura popular uma frase marcante na década de 90 (“Hasta la vista, baby”) e na de 80. Seu fracasso em repetir a façanha no século 21 prova, mais uma vez, que Exterminador 3 não devia ter existido. Terceito lugar, ueba!, “I'll have what she's having”, de Harry e Sally – Feitos um para o Outro. Essa é uma fala impossível de entender fora do contexto, mas vem imediatamente após Sally (Meg Ryan) fingir um orgasmo numa lanchonete lotada. Eu amo a cena, amo o filme, e essa fala da senhora pedindo pro garçom o mesmo que Sally é a mais engraçada. Aliás, uma boa notícia. Ontem encontrei na internet vários textos que eu achava que estavam perdidos pra sempre (meu computador deu pau em meados de 2000 e tudo que tinha lá antes disso evaporou-se). Mas, felizmente, vários dos meus artigos publicados no jornal A Notícia em 1999 estão na internet (absolutamente nada de 98). Agora vou colocá-los aqui. É tão legal descobrir textos que eu nem me lembrava que havia escrito! Um deles, justamente, é sobre meu amor por Harry e Sally. Leia aqui esse texto jurássico, de quase uma década atrás. Como disse o maridão, “Você ainda estava aprendendo a escrever”. Desconfio que não foi um elogio (ah sim, outro texto antigo que encontrei foi este sobre Exterminador 1, que tá melhor que o de Harry e Sally. Sorry, fãs de Uma Questão de Honra! Eu jamais falaria isso do filme hoje).

Outras falas dos 90 que foram bem na fita: “Here's Johnny!”, do Iluminado, com 28%. Oh my God! Só agora notei que cometi um erro grotesco na enquete: inverti as palavras, e escrevi “Johnny's here!”. Que horror. Perdoem esta mente senil. Desencavei na internet um texto meu de 2000 sobre o filme (aqui; coloquei fotos legais). Mas, embora eu adore Iluminado, não acho essa frase tão marcante assim (como você pode reparar por eu não conseguir decorar a ordem de duas palavras). Ok: “Snakes! Why did it have to be snakes?” (“Cobras! Porque tinham que ser cobras?”), do Caçadores da Arca Perdida, recebeu 20% dos votos. E, com 17%, ficou “Carpe diem. Seize the day, boys” (“Carpe diem. Aproveitem o dia, rapazes”), de Sociedade dos Poetas Mortos, ou, como diz uma conhecida que declara que este é seu filme de cabeceira, Sociedade do Poeta Morto, um só. Mas acho que depois do “Johnny's here” não estou em condições de criticar ninguém.

Vou aproveitar pra dar o resultado da pior enquete que você já viu aqui – espero - essa das melhores músicas do Chico. Eu queria fazer uma pra escolher o melhor disco do meu ídolo, mas ele tem mais de 40 discos, e nem a fã número 1 dele (moi!) consegue saber as canções dentro de cada um. E eu não sei como colocar fotinhos em enquetes. Então, a gênia aqui pensou que uma enquete só com as músicas seria mais fácil. Ledo engano. Tive que deixar um monte de lado. Sem falar que é impossível optar por apenas três da listinha. Mas torço pra que a enquete tenha despertado a curiosidade dos meus jovens leitores(as) que nunca ouviram Deus, quer dizer, Chico. Se querem continuar meus amiguinhos, ouçam algumas músicas. Vamulá, gente. Vocês não desejam viver numa nova Sociedade do Poeta Morto, desejam?

Mesmo assim, 62 bravos leitores(as) votaram na enquete imperfeita. E o resultado foi o seguinte: 1) “Construção”, 22%; 2) “Eu Te Amo”, 20%; 3)“João e Maria” e “Apesar de Você”, 17%; 4) “Cotidiano”, “Futuros Amantes”, e “Retrato em Branco e Preto”, 16%; 5) “Anos Dourados”, “Beatriz”, “O Que Será”, “Roda Viva”, “Trocando em Miúdos”, “Vai Passar” e “As Vitrines”, 14%. Ou seja, tudo embolado. E não me peçam pra escolher. Votar em somente três já foi o equivalente à Escolha de Sofia pra mim.

Opa, reparei que pedi perdão várias vezes nesse texto. Desculpas por pedir tantas desculpas, já que love means never having to say you're sorry. Já já coloco uma enquete com as melhores falas dos anos 70. Mas antes, como estou revendo todos os Indys, vamos votar no Spielberg? Amanhã começa mais uma pesquisa.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

RESULTADO DA ENQUETE SOBRE MELHORES FALAS DOS ANOS 90, E MUITAS TRADUÇÕES ESPÚRIAS

75 pessoas votaram na enquete, e como eu sou super mega ultra baita boazinha, deixei escolher mais de uma fala. “Vejo pessoas mortas”, de Sexto Sentido, foi o grande vencedor, com 33 votos, ou 44%, seguido de perto por “Hasta la vista, baby” (“Até a vista, bebê”) do Exterminador do Futuro 2, que recebeu 26 votos, ou 34% (e ambos os filmes fazem parte da minha lista de menções honrosas dos anos 90). Em terceiro ficou “Houston, temos um problema”, de Apolo 13, com 17 votos, ou 22%. Deve ser muito popular mesmo, porque acabei de ter uma encrenca grossa com meu cartão de crédito (cobrança indevida; precisei cancelá-lo e pedir outro), e a Netflix não conseguiu fazer o débito dos 24 dólares que me cobra mensalmente, e mandou um email. O título? “Houston, we have a problem”. Meigo, mas meio clichê.

Então vocês já sabem. Recapitulando, as grandes falas dos anos 90 (não adianta pedir as de E o Vento Levou, que são bárbaras e entrarão numa enquete própria, mas são de mais de cinco décadas atrás), segundo meus queridos leitores(as), são:

I see dead people.
Hasta la vista, baby.
Houston, we have a problem.

Tudo frase curtinha. Será que hoje em dia não haveria mais lugar pra “As God is my witness, I'll never be hungry again” (“Deus é testemunha que nunca passarei fome de novo”)? Essa sim é de O Vento Levou.

Outras frases que foram bem na parada:

I'm king of the world! (“Eu sou o rei da cocada preta”), de Titanic, com 13 votos.

E as muitas falas fabulosas de Jerry Maguire e Silêncio dos Inocentes, também com 13 votos cada:
You complete me (“Você me completa”, parodiado em montes de filmes, o fofinho A Era do Gelo 2 entre eles), Show me the money (“Leve-me ao dinheiro”), You had me at 'hello' (“Você me ganhou no 'olá') – todas essas de Jerry, você deve ter percebido, porque o Hannibal Lecter poderia até dizer que a Clarice o completa ou que ela o ganhou no “olá”, mas ele não daria bola pra dinheiro (também, é rico). As dele são essas:

A census taker once tried to test me. I ate his liver with some fava beans and a nice Chianti (“Uma vez um recenseador tentou me testar. Comi seu fígado com ervilhas e um bom vinho”) e I'm having an old friend for dinner (“Panela velha é que faz comida boa”, quero dizer, “Vou ter um velho amigo pro jantar”).

Com 12 votos, algumas frases de Pulp Fiction, só pra me fazerem suar pra traduzi-las:
Bring out the gimp (“Traga o escravo sado-masô com máscara de couro preta” - como você notou, desconheço se tem termo técnico pra isso), They call it a Royale with cheese (“Eles chamam de Royale com queijo”), Zed's dead, baby. Zed's dead (“Zed está morto, querida. Zed bateu as botinas”).

Com 11 votos, uma frase pra ilustrar a filosofia barata de Forrest Gump (desculpe, gente, odeio o filme): Mama always said life was like a box of chocolates. You never know what you're gonna get (“Mamãe sempre disse que a vida é como uma caixa de bombons. Você nunca sabe o que vai pegar” - outro filme, talvez? Pegue outro filme! E é verdade que bombom de chocolate branco com passas vem com uma caveirinha na frente pra gente identificar? AHHH! Forrest concorreu com Pulp Fiction no Oscar e ganhou, e eu tô falando nos horrores do chocolate branco? Como sou alienada!).

Com 10 votos, a fala de O Poderoso Chefão 3, amplamente satirizada em Os Sopranos:
Just when I thought I was out, they pull me back in (“Justo agora que pensei estar fora, eles me puxam pra dentro” - tem uma conotação meio sexual, mas pode ser só minha mente poluída).

E com 9 votos (traduzi tudo isso só pra chegar aqui), uma das minhas favoritas, de Beleza Americana: Nope. I'm just an ordinary guy with nothing to lose (“Nada disso. Sou só um simples sujeito sem nada a perder”). Essa fala você não vai encontrar em nenhuma lista mais conceituada das melhores, mas eu a adoro. Ela vem depois que o supervisor do Lester Burham (que, aliás, sabia que é um anagrama de “Humbert learns”, ou “Humbert aprende”? Humbert é o narrador e protagonista do genial Lolita) lhe diz, “Você é um pervertido com problemas” (tá, tenta você traduzir “Man, you are one twisted f**k). No fundo todos nós somos “ordinary guys with nothing to lose”. Melhor que ser “twisted f**ks”.

Se bem que pensei que todos vocês brigariam feio pra ver quem votava mais em “I'm your number one fan” (“Sou seu/sua fã número um”, de Louca Obsessão) e tentar ganhar o prêmio de cuidar de uma Lolinha convalescente e me forçar a reescrever minha crítica negativa de O Senhor dos Anéis. Perderam a chance de quebrar meus tornozelos.

Houve também cinco almas revoltadas que votaram em “outros”. Aposto que todas elas em falas de E o Vento Levou e Casablanca! Essas terão a oportunidade de continuar votando em “outros” na nova enquete que começa hoje: melhores falas dos anos 80.

E por favor, gente, colaborem com sugestões pras melhores de 2000 pra cá. Não tenho criatividade nem memória pra isso. Da sua ídola número um que prefere ter os tornozelos quebrados a mudar uma só linha do que escreveu sobre os malditos hobbits.