Mostrando postagens com marcador casa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador casa. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

MEU TETO CAIU!

Ontem lá pelas 18 horas eu e o maridão estávamos no escritório da nossa casa (onde gravo quase todos os meus vídeos pro Fala Lola Fala), ele estudando xadrez, eu terminado de organizar o cronograma de um curso de extensão, quando ouvimos um barulhão.
Nós no escri com gato Iglu
Na hora pensei que um dos nossos quatro lindos gatos tinha derrubado o ventilador atrás da gente, mas, ao olhar pro chão e pro lado, vi que havia pedaços de parede! Aí olhamos pra cima e constatamos que uma parte do reboco do teto tinha desabado. A centímetros de onde a gente estava sentada! Depois percebi que meu cabelo estava cheio de pedacinhos. 
Planta da casa, andar de cima.
O escritório é o terceiro cômodo da
esquerda para a direita (clique
para ampliar)
Saímos do escritório pra observar e entender melhor o que estava acontecendo. Silvio ficou na porta que dá no corredor; eu, na porta do banheiro (vejam uma planta da casa pra ter uma ideia melhor). E eis que caiu mais um pedaço de reboco, cinco minutos depois da primeira queda. Desta vez um pedaço passou pela minha mão e me deixou com alguns machucados, nada sério. O quarto ficou um cenário de guerra. As fotos dão uma vaga ideia, mas ao vivo o buraco no teto é muito maior, e os escombros no chão também.
Buracão no teto depois da queda
do reboco
Não estava chovendo na hora, mas tinha chovido muito nos dias anteriores (sexta Fortaleza ficou alagada). Temos problemas com goteiras há muitos anos. Já fizemos várias reformas, e sempre melhora um pouco, mas não resolve definitivamente. Não parece haver problema no telhado ou com as calhas. Instalamos duas claraboias alguns anos atrás para ter mais luz (já que os vizinhos ergueram um segundo andar e assim perdemos nossas janelas), e desde então aumentaram as goteiras. Mas já fizemos muitas reformas de impermeabilização e tudo mais.
Uma das rachaduras do
banheiro
Acontece que nos últimos tempos parou de ser um problema apenas da infiltração e goteiras e passou a ser mais estrutural. Há várias rachaduras em toda a casa. Só em um dos banheiros há três rachaduras que vão do teto ao chão. São rachaduras ainda finas nos azulejos, mas três rachaduras no mesmo banheiro?! E elas vão aumentando.
Ano passado fizemos (mais) uma pequena reforma pra conter as goteiras, e planejávamos fazer outra muito maior, mais estrutural, para dar conta nas rachaduras. Não imaginávamos que o reboco pudesse cair! A tinta sempre cai. Agora virá um engenheiro dizer o que devemos fazer.
Fiquei bem assustada ontem. Óbvio que desocupamos o escritório, mas ainda precisamos tirar livros e tudo mais. E, falando com algumas pessoas no Twitter 
Sala da casa do Gugu na Flórida
(que foram muito gentis, trocaram experiências, deram sugestões, ficaram aliviadas que o reboco não caiu em cima da gente), soube que, uns 9 anos atrás, um economista e ex-presidente do BNDES no governo Itamar Franco morreu quando uma laje o esmagou. Ele estava no escritório da casa dele, no Rio. Suponho que um presidente de banco seja muito mais rico que a gente. E não pude deixar de pensar no Gugu também. 
Quando o piso da sala de baixo se
soltou, no final de 2010
Bom, pessoas queridas, agora é reformar a casa pra valer. Torçam pra que tudo dê certo (procurando imagens pra ilustrar este post, vi que eu já estava reclamando da nossa casinha estar ruindo em 2014! E lembro quando o piso da sala de baixo se soltou, do nada, alguns meses depois da gente ter comprado a casa, em março de 2010). 

terça-feira, 13 de julho de 2010

A INTRÉPIDA CAÇADORA DE TRAÇAS

Eu no meu escri quase pronto. Em algum canto das paredes e estantes as traças se escondem...

Aqui na nossa casona em Fortaleza tem muita traça. Em Joinville também tinha, mas lá era úmido, e aqui não, então não sei qual a explicação. Quando o nosso ótimo pedreiro estava fazendo as reformas, ele, experiente, disse que nunca viu tanta traça quanto aqui. A gente chegou à conclusão que só pode ser a tonelada de caixas de papelão que vieram na mudança, por conta da minha mãe (o placar ficou assim, sem exagero: caixas minhas e do maridão, 15 x caixas da minha mãe, 45. Desnecessário lembrar que o matricídio passou pela minha cabeça quando vi os carregadores deixando as caixas na sala, muitas das quais ainda estão lá, após cinco meses).
As traças que temos não são voadoras. São aquelas nojentinhas que parecem um casulo, mas que se mexem, e tem uma cabecinha na ponta. E elas comem papel e tecido. Não penso muito nas minhas roupas, mas ai das traças se chegarem perto dos meus livros!
Numa rápida pesquisa na internet, vi que uma traça pode viver quatro anos. Sim, tava escrito anos! Vê se há justiça nesse mundo?! Uma traça vive mais que bichinhos peludos e fofinhos como coelhos e hamsters, e a mesma eternidade que aquele inseto inominável que não tem na Suécia. Não entendi se as traças cascudas estão num estágio antes de virarem voadoras, mas sei que elas já são exímias devoradoras dos meus livros em qualquer grau de evolução. Li também que, pra afastá-las, é bom colocar folhas de louro. Minhas dúvidas (razoáveis, a meu ver) são: 1) afastá-las pra onde? E 2) e se de repente louro afasta traças, mas atrai outro tipo de inseto ainda mais asqueroso?
Então minha vida tá complicada no momento, e estou numa cruzada contra as traças. Sou eu contra um exército interminável. Cada vez que vejo uma traça numa altura que posso alcançar, eu a caço. Como realizo tal façanha?, você pode querer saber. Bom, eu peguei um papel contact que veio na mudança (era do maridão, imagino), e que não tem muita cola faz tempo, e o cortei em dezenas de pedacinhos. Em cada pedaço eu grudo uma média de trinta traças (como você pode ver nas duas fotos que o maridão tirou). Quando o papel tá bem cheio e não dá mais pra pegar nele sem encostar em algum inseto, eu faço um embrulhinho e jogo fora, imaginando que, pra uma traça sair de onde está grudada, embrulhada e no lixo, tem que ser um Houdini. Às vezes, porém, antes do embrulho, várias traças menos coladas conseguem fugir. E lá vou eu caça-las de novo. Meu gatinho Calvin reclama que não estou lhe dando a devida atenção.
Mas, claro, não adianta eu passar meus dias com papelzinho contact na mão, porque não é todo mundo aqui em casa que nota. Por exemplo, ontem falei pro maridão:
- Tô preocupada com as traças.
- Ah, minha paixão! Você se preocupa com elas! E as pessoas ainda ficam falando que você não tem coração! Não sabem o que dizem! Olha, nem São Francisco de Assis, viu?
Odeio o maridão. Odeio as traças.

terça-feira, 11 de maio de 2010

ESTANTE PRA QUEM ACHA QUE LIVRO É ENFEITE

Como estou sem tempo pra escrever e como minha casa continua uma bagunça (a reforma acabou, graças aos bons céus, mas o marceneiro ainda precisa colocar os armários pra gente poder esvaziar as caixas), vou compartilhar um site que vi esses dias, sobre estantes criativas. É que, nas horas vagas, ando pensando muito em estantes. O marceneiro começou a montar as estantes do escri (não terminou ainda), e já deu pra colocar alguns livros. O problema é que as prateleiras (em MDF, material top de linha no momento, pelo que me disseram) passam a vergar um pouquinho no meio por causa dos livros mais pesados. Isso não pode acontecer! Será que o pessoal acha que prateleira é só pra enfeite? Eu tenho um monte de livro pesadão pra por em cima (e, já que tenho infinitamente mais livros que roupas, estantes são mais importantes pra mim que armários). Se eu quisesse estantes meramente decorativas, escolheria uma dessas do site.Essa da poltrona com livros não me apetece em nada. Dá a maior impressão que os livros vão cair na sua primeira sentada.
Essas coisas de design, sei não... Comprei um armarinho de banheiro muito lindinho, uma gracinha (e caro que dói, R$ 440! O pior é que pesquisei um monte antes e vi pouquíssimas opções). Gosto dele e tal, o problema é a pia. A pia é quadrada! Até aí tudo bem, eu já tinha reparado. Mas a água fica lá, parada. Ela não escoa pelo ralo naturalmente, sem que sua mão mande! Me diga como, em tempos de cólera, alguém bola uma pia que propositalmente não escoa a água!Essa de colchetes é bonitinha e parece prática, mas não dá pra ver pela foto. Não tem livros de verdade.
A única que parece fofa e funcional é essa da árvore. Mas não deve comportar muitos livros.Sei não, eu já acho que qualquer estante caretona deixa um quarto bonito. Tenho um ímã de geladeira que diz: “Um quarto sem livros é como um corpo sem alma”. Até na minha cozinha tem livros. Mas o que isso tem a ver com estantes? Nada, é que meu pensamento é circular, e lembrei que as estantes com livros que ficam na cozinha fui eu que pintei. De vermelho! Primeira coisa que eu pinto na vida e ficou muito bom, modéstia à parte (e, ao contrário do que o maridão imaginava, eu só pintei as estantes. Não o chão, as paredes, a minha roupa etc). Já já tiro fotos pra vocês.
E quanto às estantes estilosas, quais vocês usariam?

terça-feira, 16 de março de 2010

PLANTA DA CASA

Cumprindo meus deveres de maridão e por estar a Lolinha absolutamente sobrecarregada de trabalho, exponho as plantas superior e inferior da nossa casa que eu fiz usando o Google Sketchup, uma ferramenta sensacional pra fazer plantas em 3D.
Abaixo a planta inferior (o espaço da esquerda é o quintal dos fundos e o espaço da direita a frente). Acima a planta do 1o andar mas vista ao contrário: à esquerda é a frente e à direita o quintal dos fundos onde se vê o jardinzinho que a Lolinha quer fazer para os gatos.
O que não dá prá ver são as caixas com todas as nossas coisas e que só poderão ser desempacotadas depois da reforma concluída. Ô vida!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

DEVENDO NOTÍCIAS

Estou absolutamente sem tempo, mas com a impressão que devo notícias pra vocês. Então é o seguinte:
1) Compramos a casa, ehhh! Foi ontem. Estamos felizes. Ela é realmente muito boa, grandona, segura, e fica pertinho da universidade. Mas precisa de algumas reformas, principalmente pra transformar uma parte da sala num quarto pra minha mãe, e pra que o lavabo do piso de baixo vire um banheiro decente, com box de banho e tal. Um pedreiro que parece competente veio aqui durante a semana, e explicamos pra ele tudo que queremos fazer na casa (inclusive construir uma cozinha simples em cima). Ele disse que seria trabalho pra um mês (tudo, não só a cozinha). Hoje à tarde ele volta para passar um orçamento. Torçam para que não seja muito caro e para que possa começar já na semana que vem.
2) Não estou mais surda! Na sexta retrasada tive forte dor de ouvido, e o maridão colocou um filetezinho de óleo para que a dor passasse. Crianças, não façam isso em casa. Não se deve colocar nada no ouvido, certo? Fiquei surdinha de um ouvido, e isso continuou no sábado e domingo. No domingo à noite fiquei preocupada que o troço não ia embora e procuramos um hospital perto de casa. Não havia otorrino de plantão. Voltamos na manhã seguinte. Nada novamente. A enfermeira recomendou que eu fosse a uma rua não muito longe onde há várias clínicas a preços populares (tipo R$ 45 a consulta). Fui lá, mas mesmo assim havia uma fila de espera gigantesca. Desisti, porque tinha que buscar alguns atestados que faltavam pra documentação completa da UFC. À noite, liguei pro hospital público pra perguntar se havia um otorrino disponível. A resposta foi que apenas pra emergências, casos de sangramento e objetos dentro do canal. Na terça de manhã, voltei ao hospital, e ouvi a mesma coisa. Mas a assistente recomendou que eu expusesse o meu problema pro médico chefe da equipe, e ele me deu um papelzinho para conseguir uma consulta. E assim foi. Consegui ser atendida após algumas horas por uma otorrina, que disse que a surdez era consequência da gripe mesmo, que eu ainda estava congestionada. Gastei 25 reais em remédios e agora estou quase curada.
Conclusões deste episódio: a ficha caiu. Deu pra perceber que o Nordeste é uma região muito mais pobre que o Sul (embora o Sul esteja longe de ser o primeiro mundo que os separatistas pregam). Em uma semana de Fortaleza, recebi mais pedidos de esmola que em um ano de Joinville. E isso porque parece que a situação por aqui melhorou um monte graças a programas como o Bolsa Família... Bom, só sei que perambulando por aquele hospital, me senti culpada por eu, classe média, estar disputando atendimento com gente muito mais pobre, que realmente não pode pagar por uma consulta. Mas eu não deveria pensar assim. Devo continuar pensando que é meu direito como cidadã ter atendimento médico público, porque creio que saúde e educação são direitos adquiridos. Mas é mais fácil dizer isso na teoria que na prática. Em Joinville nunca tivemos plano de saúde e éramos bem atendidos. Acho que aqui vai ser mais difícil...
Outra conclusão: foi a pior gripe minha dos últimos cinco anos, e uma das piores da minha vida. Sei que tá todo mundo achando que foi psicossomática, resultado do stress da mudança e das indefinições, mas não foi não. Eu sei bem o que foi: beijo do maridão! A verdade é que se aquele gripadão irresponsável não tivesse me beijado, ele não teria me contaminado! Se eu tivesse ficado surda, iria processá-lo.
3) Por falar no dito-cujo, em comentários de um post desta semana um leitor chegou à estranha conclusão que não, não dá pra viver de xadrez, e outra leitora chegou à conclusão mais bizarra ainda que, como não se pode viver de xadrez, o maridão não trabalha, nunca trabalhou, e eu o sustento. Algo do gênero. Ahn, por onde começo? Dá pra viver de xadrez, ué. Assim como "dá pra viver" de muita coisa. Há poucos enxadristas no Brasil que vivem apenas de jogar. A maior parte dá aulas também. É o que faz o maridão: ele joga e dá aulas, e vive disso há quase quarenta anos. Só não dá pra ficar rico. Pra esse propósito, faça medicina.
Ou viva fazendo o que gosta, mas gaste bem pouquinho. Em linhas gerais, o segredo tá mais em quanto se gasta (aprenda a ser frugal e viver com pouco) do que em quanto se ganha. Se você teve o privilégio de, como eu e o maridão, nascer na classe média, sabe que nunca passará fome. Pode fazer o que quiser da vida, que tudo dará certo. Pior é que não estou sendo irônica.
4) Entreguei toda a documentação necessária no departamento da UFC na terça. Tudo ok. Minha posse será na quarta, dia 3. Ainda não sei horário ou procedimento (quando souber eu falo, se vocês tiverem curiosidade pra ouvir o que é uma cerimônia de posse). Já no dia seguinte começo a lecionar. Perguntem se já preparei alguma das aulas... Agora sim estou ficando desesperada! Até porque boa parte do meu possível material está em caixas de papelão espalhadas pelo chão da sala... Os primeiros meses não serão fáceis. Mas toda vez que penso em reclamar, lembro de como sou privilegiada e me acalmo. Tô gostando de Fortaleza. Não tem o que dar errado.