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quinta-feira, 17 de maio de 2012

COM QUE ROUPA ELES IAM

"Camisas Nik-Nik fazem algo igualmente legal pra mulheres também".

Não vou dizer que totalmente vivi essa época porque eu nasci em 1967 e não me lembro muito dos anos 70. Certo, eu me lembro de Saramandaia, O Bem Amado e Dancing Days. Fui fisgada pela onda disco. Devo ter usado sandália de plástico com meia de lã colorida. Mas eu era um bebê. Tinha que ir nas matinês das discotecas. E eu ia. 
Banana Power às cinco da tarde era meu destino de muitos domingos. Eu dançava e cantava "I Will Survive" sem ter a menor ideia que a música era um hino gay.
Eu me lembro bem das calças boca de sino e das camisas coloridas pros homens. Mas vocês recém saíd@s da mamadeira ou do peito talvez não saibam as roupas que os garbosos rapazes usavam. Estou aqui pra ajudar vocês. Eu sou assim, prestativa. Podem rir da década em que eu era criança.
Felizmente, temos vários anúncios da época pra nos informar da roupa que os homens colocavam no corpo. Este do barbudo praticamente fazendo pole dance (quer dizer, o que ele tá segurando?) era tudo junto, tipo macacão (não entendo nada de moda, então meu vocabulário é limitado. Se eu não tivesse falado vocês nunca iam reparar).
A gola e o olhar sexy tornam este cara irresistível. Ou tornavam, pra quem vivia nos anos 70. Porque hoje, sei não...
O título diz: "Jeans que fazem de um cara um garanhão", mais explícito, impossível. E o rapaz do meio, reconheceram? É Nick Nolte, que já foi modelo antes de estrelar filmes como 48 Horas e Cabo do Medo. Ele foi considerado o homem mais sexy do ano pela revista People em 1992, mas a nova geração, se souber quem ele é, infelizmente será por esta foto, tirada quando ele foi preso bêbado e drogado em 2002. Nolte conseguiu reerguer sua carreira.
O detalhe importante deste anúncio é a mulher olhando pra eles. Pra provar que esse tipo de calça atraía moças a quilômetros de distância. Na realidade, continuo meio bobinha, e não sei se os anúncios tentavam vender essas roupas pra homens hétero, homo, ou os dois. Mas desconfio que o público-alvo era hétero.
E às vezes eles vestiam máscaras de leão também. Tá, tá não vou mentir pra vocês, jovens fáceis de enganar. Pode ter sido apenas uma campanha esquisita de alguma marca.
Riam enquanto puderem, porque a vez de vocês chegará. Pensem na galera de 2042 gozando da cara de quem usava... quem usava... Não sei que roupas vocês vestem -- calças rebaixadas que deixam a cueca à mostra? Nada pode ser pior que suspensórios por cima da camisa. Mas essa moda felizmente morreu com os yuppies na década de 80.
O anúncio diz: "Apresentando os homens mais bem vestidos da América". E avisa que eles são muito influentes e estão rompendo tabus por vestirem meias coloridas. Foram anos divertidos, não foram?  

domingo, 18 de maio de 2008

FOFOCAS QUENTINHAS SOBRE OS CINEASTAS DOS ANOS 70 – PARTE 2

(Continuação do meu artigo de 99 sobre o fabuloso livro Easy Riders, Raging Bulls, do Peter Biskind. A primeira parte do artigo tá aqui).

Paul Schrader, que depois se tornaria diretor de A Marca da Pantera, era apenas um roteirista louco nos anos 70. Filho de pais fanáticos religiosos (calvinistas holandeses), que encaravam televisão, cinema e rock'n'roll como tentações do diabo, Schrader teve uma infância pavorosa, quando era espancado diariamente. Então, não era de estranhar que ele viraria um sadomasoquista com fixação por armas e suicídio. Por exemplo, ele dormia com uma arma lotada na boca, como se fosse uma chupeta. Quando Schrader e seu irmão, também escritor, fizeram sucesso pela primeira vez, vendendo o roteiro de Operação Yakuza, ainda recebiam cartas da mãe semanalmente. Nelas sempre vinham sermões e uma mensagem: "Seu pai e eu sentiremos sua falta no Céu". Schrader, pois, escreveu Taxi Driver, bastante autobiográfico, cheio de demônios na cabeça. Na estréia, dormiu demais. A produtora do filme encontrou um amigo, também produtor, saindo de uma sessão. Ela viu que ele não havia gostado, apesar de não querer confessar. Cinco anos mais tarde, em 1981, pouco depois de John Hinckley, aparentemente influenciado por Taxi Driver, atirar no presidente Reagan, a produtora viu o amigo de novo. Sorrindo, ela comentou: "Viu? Até que o filme não era tão ruim". Ao que o colega retrucou: "Se fosse bom mesmo, ele teria matado Reagan".

Para Carrie e Guerra nas Estrelas, Brian De Palma e George Lucas escolheram o elenco em testes conjuntos. Lucas mesmo admitiu que seu filme tinha como público-alvo crianças de 8 a 12 anos. O diálogo no roteiro era tão ridículo que levou Harrison Ford, que interpretava Hans Solo, a comentar: “George, você pode datilografar essas falas tenebrosas, mas com certeza não pode dizê-las”.

Lucas nunca foi muito bom na direção de atores. Suas instruções se resumiam a duas: "Ok, a mesma coisa, só que melhor" e "mais rápido, mais intenso". Ao assistirem a uma primeira versão do filme, os amigos de Lucas tiveram reações adversas. Enquanto De Palma o massacrava sem dó, Spielberg dizia, "George, está ótimo. Vai faturar US$ 100 milhões". Naquela época, quase nada fazia tanto dinheiro. Spielberg, com seu Contatos Imediatos do Terceiro Grau e Lucas apostaram para ver quem ganharia mais. Lucas venceu. Guerra nas Estrelas custou apenas US$ 9,5 milhões e faturou dez vezes mais, só contando o lançamento nos EUA. Antes do filme indicar qualquer chance de sucesso, Lucas negociou feito um mestre com o estúdio, o que lhe garantiu grandes fortunas posteriormente. Por exemplo, ele pediu o direito ao merchandising e ao patenteamento de produtos, e o estúdio cedeu rapidamente, pois ninguém ganhava dinheiro com isso antes mesmo. Porém, só em merchandising de produtos (bonequinhos, adesivos etc), a trilogia Guerra nas Estrelas, contando com o relançamento em 1997, faturou US$ 3 bilhões. Tudo direto para os bolsos de Lucas.

E por falar em Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Spielberg teve o prazer de dirigir Truffaut, o realizador de Jules e Jim, Uma Mulher para Dois, uma espécie de ídolo para toda uma geração de alunos de faculdades de cinema. Truffaut gostava de Spielberg, apesar de desprezar seus gostos: o diretor francês favorito de Spielberg era o meloso Claude Lelouch, de Um Homem, Uma Mulher. Mas Truffaut divertiu-se na sua experiência como ator. Um dia, durante uma discussão acalorada entre Spielberg e seu diretor de fotografia em Contatos, Vilmos Zsigmond, este último apontou para Truffaut e berrou: "Por que você não entrega o filme para um diretor de verdade?".

No final dos anos 70, a cocaína realmente tinha tomado conta de Hollywood. A droga era tão freqüente que o pessoal andava com um colar de ouro feito de minúsculas colheres, próprias para o consumo. Parece que os garçons recebiam uma carreira de cocaína como gorjeta. Paul Schrader, para citar um caso, estava cheirando 28 gramas por semana, o que lhe custava US$ 12 mil por mês. Dennis Hopper, que hoje em dia é conhecido como o vilão de várias produções, de Veludo Azul a Velocidade Máxima, havia se consagrado em 1969 ao dirigir Sem Destino (Easy Rider). Uma década depois, ele estava na pior. Entrava e saía de programas de reabilitação, e nada funcionava. Ele então decidiu que era essencialmente um alcoólotra, e parou de beber, mas continuou usando drogas. Ele ia às reuniões do AA com cocaína no bolso. Às vezes ficava tão confuso que chegava nos bate-papos dos Narcóticos Anônimos, olhava em volta e anunciava: "Sou um alcoólatra".

William Friedkin, diretor que até ganhou um Oscar por Operação França e alcançou enorme êxito com O Exorcista, era um crápula. Tratava mal às mulheres e brigava com todo mundo. Após três fracassos consecutivos, aos 46 anos, teve um ataque cardíaco enquanto estava dirigindo. A piada que corria era que ele não conseguia ninguém para chamar uma ambulância. Depois, gostava de contar que esteve clinicamente morto durante doze segundos. Ao se recuperar, Friedkin não passou a se dedicar a trabalhos missionários, como acontece em filmes hollywoodianos. Nas suas palavras: "Sei que sou um cafajeste detestável, um sacana, mas estou no meio de um plano de cinco anos para me tornar um cara legal". Cinco anos depois, nada mudou, é claro. Mais tarde, ele comentaria: "Gostaria de poder dizer que o ataque cardíaco me fez uma pessoa melhor, mas não é verdade".

No verão de 1972, Coppola, Friedkin e Bogdanovich foram à mesma festa. Coppola e Friedkin estavam em um carro, e Bogdanovich em outro. Friedkin pôs a cabeça para fora, através do teto solar, e gritou: "O mais emocionante filme americano em 25 anos!", citando uma crítica a Operação França (foto abaixo). E continuou: "Oito indicações e cinco Oscars!". Bogdanovich não se conteve e recordou uma resenha para A Última Sessão de Cinema (foto): "Um drama que irá revolucionar a história!". E acrescentou: "Oito indicações, e meu filme é melhor que o seu!". Foi a vez de Coppola encher a boca: "O Poderoso Chefão, cento e cinqüenta milhões de dólares!". Hoje, infelizmente, os três fazem filmes ruins, quando fazem. A festa dos anos setenta iria um dia chegar ao fim.Artigos meus relacionados: Taxi Driver, Carrie, Guerra nas Estrelas, O Exorcista, A Morte do Cinema, O Papel(ão) da Crítica.

sábado, 17 de maio de 2008

FOFOCAS QUENTINHAS SOBRE OS CINEASTAS DOS ANOS 70 – PARTE 1

Acabei de encontrar no Google, totalmente sem querer, este artigo meu que saiu publicado no jornal A Notícia em 1999. Eu que sou a autora não tinha mais o artigo, porque meu computador deu pane em meados de 2000 e perdi tudo que tinha antes disso. Bom, na realidade, como você vai ver se ler o texto, o artigo não é exatamente meu. Eu só sentei e re-contei as anedotas mais legais que peguei do grande livro Easy Riders, Raging Bulls, que é uma delícia do começo ao fim. Não dá pra entender por que demoram dez anos pra traduzir pro português um livro incrível desses. A tradução tá marcada pra sair este ano, pela Editora Intrínseca. Mês passado aluguei um documentário americano de 2003 com o mesmo nome, que traz todas as celebridades falando pra câmera, e clipes de muitos filmes, e acredite – o livro é muito superior. Isso porque o autor, Peter Biskind (foto), não só realizou um excelente trabalho de pesquisa, como escreve muitíssimo bem. Bom, como agora estamos na véspera do quarto e último Indiana Jones, vale a pena ler mais sobre como surgiu a parceria Lucas/Spierlberg, e mais um monte de coisas sobre os diretores americanos mais brilhantes dos anos 70. E veja todos os filmes citados, quase todos parte essencial da história do cinema. Divirta-se com o Biskind. (Só que como o artigo é muito longo, vou apresentá-lo em duas partes. A segunda está aqui).


OS ANOS DOURADOS DO CINEMA

Ano passado [1998] foi lançado o fantástico Easy Riders, Raging Bulls (algo como "Touros Indomáveis Sem Destino", em uma tradução livre), de Peter Biskind. O livro é um prato cheio para qualquer um que ame o cinema e, principalmente, uma de suas décadas mais douradas: os anos 70.

Easy Riders, que deve ter uma tradução para o português em breve [ainda não saiu! A tradução sai agora, em 2008], conta detalhes e fofocas de filmes que marcaram história. Traça um painel bastante completo do que era trabalhar com cinema, e, para isso, menciona uma gama de personagens, e não apenas os mais conhecidos. Além de atores e diretores, Biskind trata também de roteiristas, produtores, fotógrafos, figurinistas, editores, e, claro, ex-esposas. O retrato é várias vezes cruel, mas sem dúvida fascinante.

Quase todos os filmes mencionados aqui são clássicos. Muitos deles figuram em listas dos melhores de todos os tempos. São fundamentais para entender o que é a sétima arte, e fazem parte de qualquer filmoteca básica. Se você correr, ainda poderá encontrar alguns nas locadoras [o DVD ainda não havia se popularizado]. Estão velhinhos, vão sujar o cabeçote de seu vídeo, mas certamente valem a pena. Confira algumas das anedotas e curiosidades que aparecem no livro.

Robert Benton, então jornalista, hoje mais conhecido como o diretor de Kramer vs. Kramer e O Indomável - Assim é sua Vida, escreveu o roteiro de Bonnie & Clyde, Uma Rajada de Balas com um colega. Nenhum estúdio queria chegar perto de uma história que, além de endeusar dois criminosos, envolvia um triângulo amoroso (depois retirado do roteiro). Mas, um belo dia, Warren Beatty ligou para Benton, pedindo para ler. Recolheu o roteiro na mesma noite e, meia hora depois, ligou novamente, comunicando-lhe que gostaria de fazer o filme. Benton perguntou em que página Beatty estava, ouviu que na 25, e pediu para que telefonasse de volta após passar a página 40. Beatty ligou e virou produtor. Quando Bonnie & Clyde estava quase pronto, só precisando ser encurtado uns 15 minutos, Beatty foi mostrá-lo ao chefão do estúdio, Jack Warner. Warner havia desenvolvido um método peculiar para julgar se um filme lhe agradava ou não. Se ele precisasse se levantar para ir ao banheiro, o filme era ruim. Ele descreveu Bonnie & Clyde como "interminável, um filme de três mijadas". Beatty não sabia se ria ou chorava.

George Lucas, hoje o famoso diretor de Guerra nas Estrelas e o bilionário proprietário da Industrial Light & Magic, responsável por praticamente todos os efeitos especiais de Hollywood, era apenas um aluno da faculdade de cinema no final dos 60. Foi quando conheceu Francis Coppola, que imediatamente o acolheu. Na época, Coppola estava filmando um musical com Fred Astaire, sob encomenda para o estúdio, e Lucas assistia às filmagens diariamente. Coppola roubava rolos e todo o material que podia esconder num depósito, para depois poder fazer o filme que quisesse.

Peter Bogdanovich era um diretor quentíssimo no começo dos 70, com sucessos como A Última Sessão de Cinema e Lua de Papel. Pra variar, foi Roger Corman, o rei das produções B, quem lhe deu a oportunidade de rodar seu primeiro filme. Na Mira da Morte (Target) custou apenas US$ 125 mil, e Corman instruiu o jovem diretor: "Você sabe como Hitchcock filmava, não sabe? Preparava cada tomada, tinha storyboard totalmente preparado. E você sabe como Hawks filmava, não? Reescrevia o roteiro em cena, improvisava, não planejava nada. Certo? Bom, neste filme, quero que você seja Hitchcock".

Na década de 80, Bogdanovich passou a freqüentar as colunas de fofoca por sua vida pessoal. Primeiro, apaixonou-se pela coelhinha da Playboy Dorothy Stratten, que foi violentamente assassinada pelo ex-marido, um gigolô (isso está muito bem contado em Star 80, último suspiro de Bob Fosse). Depois, casou-se com a irmã dela, uma adolescente, e pagou cirurgias para que ela ficasse mais parecida com Dorothy. Hoje, após uma infindável onda de fracassos, Bogdanovich já teve sua falência decretada três vezes. Dizem que ele freqüenta festas e diz: "Lembra de mim? Eu costumava ser Peter Bogdanovich".

A maior parte das histórias sobre O Poderoso Chefão são conhecidas - como Brando enchendo a boca de Kleenex e passando graxa no cabelo para ganhar o papel de Don Corleone, os produtores não querendo aceitar Al Pacino, chamando-o de anão, essas coisas. Porém, esta é nova. Coppola ia almoçar com os pais de Martin Scorsese (diretor de Taxi Driver, Cabo do Medo, Cassino) em Nova York, e aproveitava para gravar as vozes deles, para saber qual sotaque os ítalo-americanos usavam. O Chefão ganhou três Oscars. Coppola, no discurso de agradecimento, lembrou-se de todo mundo, desde o cabeleireiro até o roteirista que escreveu apenas umas linhas, mas "esqueceu-se" de mencionar o produtor do filme, Robert Evans, a quem odiava de paixão. Em 1974, ao receber seu Oscar de diretor pela continuação, Coppola novamente agradeceu meio planeta... menos Evans.

Robert Towne (que depois tornaria-se diretor de Conspiração Tequila) originalmente redigiu Chinatown, mas quando Polanski (de O Bebê de Rosemary) assumiu o projeto, o roteiro teve de ser refeito. Os dois passaram dois meses na casa de Polanski brigando e escrevendo. Towne sempre vinha com seu cachorro, que babava nos pés de Polanski. O diretor polonês, para defender a mudança de uma cena, dava um discurso entusiasmado. Quando terminava, tudo que Towne fazia era levantar-se e anunciar, "vou levar o cachorro para um passeio". Towne, por sua vez, reclamava que Polanski chamava pré-adolescentes para sua piscina e as fotografava de biquíni.

Spielberg convidou os amigos Scorsese e Lucas para visitar o set de filmagem de Tubarão. O tubarão mecânico havia acabado de ser entregue. Lucas o inspecionou e pôs sua cabeça dentro das mandíbulas de aço, que não quiseram mais abrir. Depois de muito trabalho para soltar Lucas, os cineastas conseguiram abrir a carcaça e foram embora, certos de que tinham acabado de quebrar algo que custara um bocado de dinheiro. Sobre o tubarão, eventualmente foram construídos três exemplares mecânicos. Eram um desastre. Além das mandíbulas não fecharem, os olhos envesgavam. No terceiro dia de filmagem um dos tubarões afundou. A equipe começou a referir-se ao filme como "Flaws" (erros), ao invés do título original, "Jaws". Spielberg não estava satisfeito com o roteiro de Benchley, e chamou um jovem roteirista para reescrevê-lo. O rapaz chegou e encontrou Spielberg sentado no chão, brincando com um helicóptero a pilha, que girava em círculos. Quando começou a compartilhar suas idéias, Spielberg pediu que esperasse, enquanto colocava sua "trilha sonora para pensar", que era a música de James Bond, o 007. O roteirista pensou, "será que eu quero passar um ano com esse cara?", e foi embora. Spielberg era (é?) infantil, mas bobo jamais. Precisou tomar calmantes para sentir as reações do público em exibições-teste. Logo no início de uma delas, onde um menino é devorado pelo tubarão, um dos espectadores levantou-se, saiu correndo do cinema, vomitou e voltou para sua cadeira. Foi quando Spielberg soube que tinha um sucesso nas mãos.

Artigos meus relacionados: O Poderoso Chefão, aqui e aqui.