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Pra escrever este textículo, fiz minha lição de casa. Entrevistei um amigo de SP, o Maurício Muniz, especialista em quadrinhos e ficção científica. Ele concorda que “Guerra” tenha infantilizado o cinema, mas acha que a responsabilidade não é só do Lucas. “Guerra” seria apenas um dos inúmeros filmes pensados pro público de 12 anos. Pro Maurício, os efeitos especiais foram revolucionários, e, mais ainda, a franquia criou uma venda de bonecos licenciados inédita até então. Porém, meu amigão prefere “Jornadas nas Estrelas” e crê que a primeira trilogia de “Guerra” é muito melhor que a segunda – por não ser totalmente dirigida pelo Lucas. Segundo ele, Lucas é melhor produtor que diretor.
Continuando com a lição de casa, além da entrevista, revi o “Guerra” de três décadas atrás, o que não foi fácil, porque agora o DVD vem como “Episódio IV – Uma Nova Esperança”. O maridão não tinha certeza absoluta que o IV era o antigo I. Colocamos o DVD pra tocar, e o maridão dizia, triunfante: “Olha só, é a mesma música do de 77!”. E eu: “Todos os seis têm a mesma música!”. Ele continuava clamando que eram os mesmos letreiros, e eu insistindo que os letreiros eram sempre iguais. Até que ele se cansou: “Então, meu anjo? Se o filme de 77 é igual aos que vieram depois, qual a diferença em ver qualquer um deles?”.
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