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sábado, 14 de junho de 2014

GUEST POST: A DOR DE TER UMA FILHA QUE SE CORTA

Um comovente relato da T.:

Sou leitora assídua do blog, e o post “Alternativas para não se machucar”, sobre self-harm [auto-mutilação], me tocou profundamente. 
Tenho uma filha que está saindo da adolescência e entrando na fase adulta. Com todas aquelas dúvidas, curiosidades e frustrações que competem à fase. 
Ela sempre foi muito tímida, e vou te confessar que não facilitei. Meu casamento com o pai dela foi péssimo e eu tenho consciência que o inferno que eu vivi durante seis anos, ela viveu em dobro. Também tenho consciência da barra que ela sofreu longe de mim, quando eu tive que correr atrás de emprego, de faculdade, e da vida que eu não tive oportunidade de viver.
Não sei se por isso, ou se por outro motivo que não vou conseguir entender, ela sempre foi uma menina muito reservada. MUITO.
Eu tentei respeitar esse lado dela, tentava não ser tão invasiva. Quando ela não queria conversar, eu me calava, quando ela não queria compartilhar os sentimentos, eu respeitava. Parecia que o problema era mais comigo. Eu me incomodava muito com a situação, mas ela não demonstrava tristeza ou melancolia, parecia que só queria ficar sozinha. E eu respeitei.
Mas as coisas começaram a sair um pouco do controle e a aparente timidez começou a dar lugar a uma certa irritação dela com o mundo. Parecia que ela tinha raiva da nossa casa, raiva de mim, raiva até da comida que eu colocava na mesa. Cada vez que eu tentava chegar perto, a irritação aumentava e ela se fechava ainda mais.
Até que um dia, ela quis sair de casa e eu não permiti. Ela não tinha emprego, não tinha onde morar e eu não tinha condições financeiras de bancar isso tudo (nem acho que seja obrigação minha). Argumentei que daria todo o apoio que eu pudesse, desde que ela tivesse um plano. Ela faz faculdade, e era só questão de tempo pra que ela conseguisse um estágio e pudesse se bancar. Essa discussão foi extremamente exaustiva, inclusive fisicamente, e durou a noite inteira.
Na manhã seguinte, fui até o quarto dela pra ver como estava. Foi quando vi seus braços completamente cortados. Foi uma cena horrível. A primeira coisa que me passou pela cabeça foi que ela tenha tentado se matar. Imediatamente levei minha filha até o hospital e finalmente eu fui apresentada a essa coisa horrível, misteriosa e sufocante chamada self-harm. Descobri também que ela já tinha feito isso antes.
Já tinha lido alguma coisa a respeito e eu era dessas que achava isso uma tremenda falta do que fazer. Eu tinha o maior preconceito do mundo contra essas meninas: “Mas que absurdo se cortar?!”, “A pessoa tem tudo que precisa e se corta?! Só pode ser frescura!” Sim, eu pensava assim. E o choque de descobrir que minha filha tem esse problema foi um tapa na minha cara. Eu fiquei totalmente perdida, não sabia nem por onde começar a pedir ajuda, não sabia a quem recorrer: terapia? Psicólogx? Psiquiatra?
Comecei a ler TUDO que encontrei sobre o assunto, e a cada nova informação, meu coração doía mais. Como uma dor pode ser tão insuportável que você chega a cortar a própria carne? Como eu pude deixar as coisas chegarem a esse ponto? Como eu não percebi que minha filha estava sofrendo tanto? Como não percebi as vezes que ela saía de casa com mangas compridas mesmo fazendo calor? Como? Culpas e mais culpas.
Através da indicação de um amigo, consegui uma profissional maravilhosa que está nos ajudando muito a lidar com esse problema. E estamos fazendo terapia.
Lola, acho que você é das poucas pessoas que abrem seu espaço pra tratar desse assunto de forma direta e clara. É uma angústia tremenda estar numa situação desesperadora e não ter ideia de como sair dela. Lendo o post das alternativas, identifico muitas coisas que minha filha está fazendo agora pra cuidar dessa dor que ela sente. E fiquei extremamente feliz em perceber que ela está tentando se livrar dessa.
Seu espaço é um lugar de visibilidade, as pessoas param tudo pra te ler. Eu respeito muito suas palavras e seu conhecimento, e foi uma alegria/alívio ler esse post no SEU blog. Foi como se fosse um atestado de autenticidade.
Se me cabe um conselho a outras mães, sejam mais invasivas, perguntem mais, tentem interagir melhor. A gente tem aquela falsa impressão de que temos que deixar nossxs filhxs à vontade, sem se intrometer. Claro, é preciso respeitar a privacidade e individualidade de cada um, mas siga sua intuição, e quando notar que algo está errado tente descobrir o que é, não deixe a cargo da sorte ou do acaso.

Meu comentário: T., querida, é como eu já disse algumas vezes -- até pouco tempo, eu nem imaginava que pessoas (principalmente adolescentes, principalmente meninas) se auto-mutilassem. E certamente não sabia que este fosse um problema tão abrangente (17% das adolescentes americanas se autoflagelam; em 2012, na Grã-Bretanha, hospitais trataram 18 mil meninas e 4 mil meninos, todos entre 10 e 19 anos, que haviam se cortado). Quer dizer, está longe de ser um problema isolado, longe de ser "frescura". 
Ao contrário da anorexia, que é muitas vezes orgulhosamente exposta em redes sociais, a autoflagelação era algo que se fazia escondido. O verbo está no passado porque parece que ultimamente tem mais e mais adolescentes tirando selfie do seu corte. Elas não querem pedir ajuda à família, então pedem nas redes. 
O amor fala mais alto que a
automutilação
O seu relato, T., traz um outro ângulo, que é a reação de uma mãe ao descobrir que a filha está passando por uma fase tão destrutiva. Imagino como você deve ter se sentido culpada. Mas o importante é que você está ciente, e que, juntas, vocês estão tentando sair dessa. E vão conseguir. 

domingo, 1 de setembro de 2013

ALTERNATIVAS PARA NÃO SE MACHUCAR

A Fernanda traduziu esta lista que viu num tumblr para pessoas com ansiedade, depressão, ou que praticam auto-mutilação. Segundo ela, há pouca informação sobre self-harm em português na internet, e esta lista num blog conhecido pode ajudar muita gente (e, claro, pode ser útil a quem sofre de outros distúrbios também).

Fernanda: Há algum tempo, vi no Tumblr esta lista de alternativas para quem se automutila e decidi traduzi-la. Automutilação (mais conhecida como self-harm ou cutting) é um distúrbio de comportamento que faz com que a pessoa agrida o próprio corpo ao sentir profunda tristeza, raiva, nervosismo ou viver um trauma. Quem sofre desse hábito relata estar tentando expor a dor que sente dentro de si, como se fosse possível trocar a dor emocional por uma dor física, uma dor mais fácil de tratar. Uma das coisas que impede quem passa por isso de buscar ajuda é a discriminação vinda de quem não conhece o assunto. 
Eu não entendo como alguém pode julgar como frescura outra pessoa querer expressar seus sentimentos e não conseguir. Todos nós sabemos como é difícil viver, amadurecer, encontrar seu lugar no mundo, então me parece lógico que quando alguém recorre a uma medida extrema para lidar com isso, as pessoas ao redor tentem ajudar. Mas, para muitos, parece ser mais fácil apontar o dedo e se distanciar do problema. Para saber mais a respeito, este documentário tocante (trigger warning) mostra relatos de pessoas que se automutilam e o parecer de alguns profissionais. A quem pratica a automutilação, eu desejo muita força. Você não está sozinhx.


Alternativas pra quando você está se sentindo irritado ou impaciente: 
- Rasgue jornais, fotos ou revistas;
- Vá para a academia, exercite-se, dance;
- Transforme em desenho o que está te fazendo irritado;
- Bata num ursinho de pelúcia, quebre galhos ou corte frutas; 
- Escreva seus sentimentos em uma folha e depois rasgue;
- Atire cubos de gelo em uma pia, árvore, etc;
- Grite com o que você está quebrando e diga por que você está irritado, triste ou ansioso.

Alternativas que dão sensações (diferentes de dor) sem machucar a si mesmo:
- Segure cubos de gelo;
- Coloque suas mãos debaixo de água gelada, beba água gelada ou molhe seu rosto com ela; 
- Passe cola líquida nas mãos e depois descame-a;

- Massageie o lugar que você quer machucar;
- Tome um banho quente;
- Escreva ou pinte no seu corpo;
- Jogue queda de braço com alguém;
- Morda uma pimenta ou mastigue gengibre;
- Esfregue essência debaixo do seu nariz;
- Passe Bálsamo do Tigre (ou Vick Vaporub) no lugar que você quer machucar (Bálsamo do Tigre é um creme relaxante muscular que dá uma sensação de quente e frio ao mesmo tempo);
- Pule para sentir a pressão nos pés;
- Escreva em seu corpo com caneta vermelha;

- Pegue um tubo de tinta vermelha e passe onde você quer machucar;
- “Corte” sua pele com esmalte, é gelado e difícil de tirar;  

Alternativas que vão te distrair ou ocupar seu tempo:
- Diga “Eu vou me machucar daqui a 15 minutos se eu ainda quiser” e continue por períodos de 15 min até a vontade passar; 
- Conte até dez cada vez mais alto até gritar;
- Termine algo que você tinha deixado para depois;
- Adquira um novo hobby;
- Conte de 500 a 1000;
- Conte luzes ou casas em volta de você;
- Arrume seu guarda-roupa de acordo com tons de cores;
- Ligue para um velho amigx;
- Carregue coisas que não sejam afiadas em seus bolsos;
- Organize seus CDs/DVDs em ordem alfabética;
- Cozinhe;
- Experimente looks de roupa diferentes; 
- Crie uma história em quadrinhos;
- Compre uma planta e cuide dela;

- Memorize um poema que você gosta;
- Aprenda a dizer palavrões em outra língua;
- Vá para fora e observe as nuvens, as pessoas passando;
- Planeje uma atividade para a hora do dia que é mais difícil para você;
- Saia para passear sozinho;
- Faça uma lista de pessoas para quem você pode ligar para te ajudar. Permita-se usar essa lista;
- Preste atenção nos movimentos rítmicos do seu corpo (respiração, batimentos cardíacos, passos);
- Escolha um objeto aleatório e liste 30 diferentes usos para ele;
- Faça uma corrente de papel colorido onde cada elo represente um dia/hora que você ficou sem se machucar, quando não conseguir, acrescente um elo de papel branco. Assim você poderá ver a corrente crescer e as vezes que você não se machucou e como você foi capaz de evitá-las.  

Alternativas para quando você estiver se sentindo triste, culpadx ou solitário:
- Parabenize-se a cada minuto que você conseguir não se machucar;
- Ao invés de xingar a si mesmo por ter se machucado, xingue quando você não se machucar;
- Ligue para um amigo e peça companhia;
- Lembre de um momento feliz e reviva-o na sua mente;
- Elogie alguém;
- Permita-se chorar, essa é uma maneira saudável de liberar emoções;
- Faça ou receba uma massagem;
- Imagine-se vivendo em um lugar perfeito e descreva esse lugar na sua mente;
- Carregue símbolos que lembram coisas/pessoas que você gosta;
- Escreva os pensamentos negativos e depois reescreva-os transformando em mensagens positivas.

Alternativas para quando você estiver em pânico ou assustadx:
- “Veja, escute e sinta” 5 coisas ao seu redor, e depois quatro e três até um. Isso irá te acalmar;
- Medite ou pratique ioga;
- Faça uma “lista do momento”, descrevendo tudo sobre onde você está agora;
- Deite-se, feche os olhos, e inspire durante 4s, segure a respiração por 2s, expire por 4s e segure por 2s. Coloque sua mão sobre o pulmão e faça movimentos circulares com os dedos. Concentre seus pensamentos para esse exercício;
    
Alternativas que, esperançosamente, te farão pensar duas vezes antes de se automutilar:
- Trate-se de maneira gentil;
- Conscientize-se de que a automutilação é um comportamento nocivo. Diga “Eu quero me machucar” ao invés de “Eu quero me cortar”;
- Repita pra si mesmo “Eu não mereço ser machucadx” mesmo que você não acredite nisso;
- Lembre-se que a vontade de se machucar é impulsiva, você só sente vontade por curtos períodos de tempo;
- Coloque um band-aid onde você quer se machucar;
- Beije onde você quer se automutilar ou suas feridas que estão cicatrizando, isso é um lembrete de que você se gosta e não quer fazer isso;
- Preste atenção e tente evitar padrões antigos de pensamentos. Escolha o que você quer pensar;
- Desenhe uma borboleta onde você quer machucar e se a borboleta desaparecer sem você ter se automutilado, significa que ela sobreviveu e voou pra longe, isso dará uma sensação de realização. Se você se machucar com a borboleta lá, você terá que lavá-la e poderá começar novamente desenhando-a. Você pode nomeá-la com o nome de alguém amado;
- Escreva o nome de alguém que você ama e se importa com você no lugar onde você quer machucar, lembre-se de como você é querido por essa pessoa;
- Pense no que você diria para um amigx que estivesse passando pelo mesmo que você e tente ser um bom amigo para você mesmo.

Alternativas para lidar com seus sentimentos:
- Faça uma colagem/montagem de como você se sente;
- Negocie com você mesmo;
- Identifique o que dói tanto que te faz querer agir dessa forma;
- Escreva seus sentimentos em um diário;
- Escreva livremente o que você quiser, não precisa fazer sentido;
- Escreva uma carta para alguém dizendo como você se sente (mas você não precisa enviá-la se não quiser);
- Comece um jornal onde todo dia você escreve três: coisas boas que aconteceram/coisas que você concluiu/coisas que te fizeram sorrir/coisas pelas quais você é gratx. E quando você se sentir triste leia as anotações.  

sábado, 6 de abril de 2013

GUEST POST: CORTAR PARA ALIVIAR A DOR

Saber que há tantas meninas (uma em cada cinco adolescentes) que se cortam foi uma das coisas surpreendentes que aprendi com o blog. Eu nunca imaginava. Pra entender melhor o que leva essas jovens à auto-flagelação, já publiquei dois posts sobre o tema. Eis o relato da C.

Desde os 12 anos de idade eu criei o hábito de me arranhar, cortar, para aliviar a dor que eu sentia. Engraçado porque você colocou a auto-mutilação como um sintoma do autodesprezo, coisa que sinceramente eu nunca tinha associado com esse hábito. Sim, eu me odiava, com todas as forças, na verdade eu odiava a vida e queria sinceramente morrer. Mas isso foi por causa de um monte de coisas juntas: minha situação familiar, o fato de ter um corpo de moça, mulher e cabeça de criança (me dava nojo o assédio dos homens, fora as situações de abuso nas ruas que vivi -- comentários baixos ditos em alto e bom som, passadas de mão, eu nem entendia tudo isso e nem sabia como reagir).
 Cortar e arranhar meu corpo era uma maneira de aliviar a dor, era uma coisa que realmente resolvia meu desespero, até mais que chorar. Anos depois eu fui conhecer aquela música famosa do Legião Urbana (Clarisse), que fala disso. Não pude deixar de me identificar:

"E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada num canto, seus tornozelos sangram...

E a dor é bem menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida
Calma e força..."

Só depois disso eu parei pra pensar em como isso era comum, meninas e mulheres sofrendo, sem ver esperança, sabe? O Renato fala na mesma música da "violência e injustiça que existem contra todas as meninas e mulheres". E não é assim, no mundo todo?
Eu me odiava mas me cortava e arranhava pra que a dor física pudesse me fazer fugir da realidade da dor na alma. Confesso que de vez em quando ainda tenho crises e faço isso, sempre tento fazer isso em lugares que não apareçam as marcas depois. Uma vez, ano passado, dei bobeira (e uma pirada), e fiz isso num lugar onde as cicatrizes ficaram à mostra. Tive que ficar usando blusas de manga comprida pra esconder até melhorar, mas as marcas ficaram. Aí tive que arrumar uma desculpa. Minha sorte foi que um dia um de meus gatos se assustou no meu colo e me arranhou sem querer, então as marcas que ele fez em mim se misturaram com as cicatrizes, aí eu tive uma explicação.
Eu me cortava e arranhava na nuca e nas costas, perto dos ombros (sempre tive cabelos compridos, era mais fácil esconder). Fazia cortes e arranhões na parte de dentro do braço, nas dobras. Usava o que estivesse mais fácil e mais perto -- pontas de tesouras, estiletes... Levei uma faca várias vezes para o meu quarto, mas não tinha coragem de cortar os pulsos, então só a usava pra me arranhar e cortar...
Terminei um longo namoro há algum tempo, foi muito difícil. No dia que ele terminou comigo estava sentindo uma dor insuportável, queria morrer, não via muito sentido na vida. Então eu me cortei com um caco de vidro que estava perto, pra aliviar a dor e a culpa de ter acabado com o que me parecia ser o amor da minha vida.
Muito tempo se passou desde então, há muitas feridas ainda, mas cresci e vejo que a culpa não foi minha, não foi de ninguém. Hoje estou muito feliz em um relacionamento, aprendi um pouco a amar e me relacionar de uma forma madura. Só que a vida não é feita só de relacionamento homem-mulher, né? Estou com a vida toda bagunçada, e vez ou outra bate um desespero. Fico feliz em só ficar nos cortes, porque hoje eu vejo quanta dor eu poderia causar em outras pessoas -- família e amigos -- caso resolvesse ir além. 
Então eu sempre tento pensar nisso e neles, naquela história boba e batida de que somos responsáveis pelo que cativamos. É o amor e a amizade que me ajudam a continuar, sempre. Creio que embora eu tenha tido problemas há algum tempo, nunca deixei que essas pessoas percebessem essa dor que é a minha vida, assim espero que continue. Antes eu não tinha noção da responsabilidade que é fazer parte da vida de alguém.
Hoje não me corto nem me arranho como antes. Como eu disse, são só alguns poucos momentos de real desespero. Sei que não é legal. Quando deixei as cicatrizes aparecerem, fiquei com medo que suspeitassem. Não quero passar por louca, é só um pouco de dor que tem que vir pra fora de vez em quando. E se hoje não é como antes, é porque eu tenho muito mais consciência dos meus problemas que antes. Mas sou humana, não? Pressão na vida é diária, tem horas que os remédios e a terapia não dão conta da ansiedade, do desespero. Espero poder me controlar a cada dia, por mim, por aqueles que me amam.
Entender meu papel no mundo como mulher e cidadã capaz de fazer a diferença me ajuda demais, a cada dia. Uma das responsáveis é você, pelo espaço que você abre em seu blog -- de aprendizado, de respeito à vida e ao planeta.
Obrigada, não só a você, mas a todxs que fazem parte do Escreva Lola Escreva! Vocês conseguem fazer a diferença!

Leia: Alternativas para não se machucar.