Ah, hoje não dá pra falar de mais nada. Estou arrasada com a morte de Diego Maradona, de apenas 60 anos.
Foi o maior jogador que eu já vi jogar. Eu estava bem viva nas Copas do Mundo de 1982, 1986, 1990 e 1994. Só aqueles dois gols contra a Inglaterra na Copa de 86 já seriam suficientes pra imortalizar um atleta. A "mão de deus" e o gol que começou antes do meio do campo, no que pra muitos é o mais belo gol de todas as Copas.
Eu não entro nessas de comparações. Não tem por que escolher um grande jogador e desprezar os outros. Mas, pra mim, Maradona foi o maior que eu vi jogar, durante a minha vida. Faz parte da minha memória afetiva.
Aqui, os dez maiores gols de Maradona, ao som de outro ícone, Piazzolla. Aqui, os cinco maiores gols (que são diferentes dos outros dez).
Aqui, o desabafo de Casagrande, um dependente químico, sobre a morte de Maradona, outro dependente.
Maradona morreu no mesmo dia, 25 de novembro, que um de seus ídolos: Fidel Castro, quatro anos atrás. Tinha uma tatuagem de Fidel (e outra do Che) tatuadas em seu corpo.
Como diz o jornal argentino Clarín num belo texto (em espanhol), sua morte tem impacto mundial. Sua vida foi uma montanha russa. "Gracias a la pelota" (obrigada à bola), ele disse que gostaria de ver em sua lápide.
Foi sem dúvida um gigante. Inesquecível.