quinta-feira, 24 de novembro de 2011

GUEST POST: INVADINDO UM ESPAÇO QUE NÃO ME PERTENCE

Finalmente tive a chance de conhecer a Déborah Sá quando, em agosto, estive na USP da Zona Leste para uma mesa redonda. Ela, muito doce e tímida, veio falar comigo. Como ativista vegana que é, ainda me presenteou com um delicioso bombom vegano e tofu. O que ela me disse, sobre muitas vezes se sentir excluída em ambientes universitários por ter apenas o ensino médio, me pareceu tão instigante que eu pedi a ela que escrevesse um guest post. E ei-lo aqui. Eu considero este um ponto primordial: como fazer com que a universidade seja vista como um espaço de todos?

Ter um diploma universitário era um fator indiferente na minha família. A maioria dos adultos ao meu redor não possuía sequer o Ensino Médio, incluindo meus pais. Minha mãe sempre valorizou os estudos como uma possibilidade de crescimento pessoal, meu pai por sua vez tratava com desdém essa busca desenfreada de fazer supletivo e almejar o ensino superior. Quando decidi interromper meus estudos na oitava série minha mãe ficou desapontada e não compreendeu minha decisão. Eu passava por um momento de reestruturação interior; sofria bullying em toda parte, os discursos da igreja me faziam sentir uma pecadora e ainda era atormentada pelas lembranças do abuso sexual que meu avô cometera. Interromper ao menos uma coisa que me fazia infeliz era uma tentativa de tomar as rédeas da situação, tanto é que assim que saí da escola comecei um regime insano beirando a anemia. Foi um começo errôneo e desesperado, mas de alguma forma, uma maneira de reconstruir minha vida.
Esse tempo de afastamento do ambiente escolar me fez muito bem. Seguindo a sugestão de um cunhado retornei a escrita (uma das poucas coisas que me davam prazer). Foi o ponto de partida para auto-análise, com a qual gradativamente permiti me libertar de temores. Um dos maiores seria encarar as consequências de falar abertamente meus questionamentos. Por razões incógnitas as pessoas (mesmo desconhecidas) me agrediam com tapas, beliscões, assédios e xingamentos, na rua, em casa, na escola, na igreja, pouco importava o local; eu era refém da passividade. E as pessoas se aproveitavam da minha inércia. Quão piores seriam as agressões se eu revidasse? Eu me resguardei sem mostrar quem era “de verdade”, e foi só ao verbalizar por extenso minhas inseguranças que elas se tornaram compreensíveis.
Anos depois fiz supletivo no período noturno. O cenário parecia igual, mas dessa vez me sentia mais corajosa e segura. Se @ professor@ fazia uma pergunta que eu sabia a resposta a postura era esperar alguém falar para depois me posicionar. O que ocorria quase sempre era o silêncio da classe e eu, respondendo isolada e incomodando alguns, em especial um aluno do fundão (sempre eles), me chamava de “metida que quer saber mais que @ professor@”. Notando minha indiferença, ele tentou outra tática: a cada vez que eu abria a boca na sala de aula ele puxava uma salva de palmas. Foi em vão. Eu esperava terminar, fazia uma reverência e me pronunciava. Esse mesmo aluno certa vez expôs ao ridículo outro que teve um aneurisma e tomava remédios psiquiátricos. Entrei na sala e o moço estava encolhido no canto envergonhado dos risos coletivos. Foi uma das primeiras vezes que passei um sermão público defendendo o rapaz caluniado e tornando evidente a ignorância e prepotência de julgar quem consulta um psiquiatra.
A ideia de conversar entre acadêmicos, porém, me deixava receosa. Eu poderia ser considerada “inteligente” para os parâmetros de escola pública, deixar meus pais e algum@s professor@s orgulhos@s (com exceção dos de matemática), mas percebia que ao ser exposta a universitários “de verdade”, muito provavelmente meus argumentos valeriam coisa alguma. De todo modo, quais seriam as chances disso ocorrer? Praticamente nulas. Correto? Errado.
Quando conheci meu atual namorado, Yuri (faz cinco anos), éramos uma combinação de antagonismos: Ele, negro de classe média, estudante de colégios particulares; eu, branca, também de classe média, sem carro na garagem e concluindo o ensino médio numa escola pública. Seus pais são um fisioterapeuta e uma professora de Física. Minha mãe cursa atualmente (aos 45 anos) a primeira faculdade (Serviço Social); meu pai fez até a terceira série do Ensino Fundamental e não tem planos de concluir. Coincidentemente nossas avós maternas vieram de Pernambuco para São Paulo, só que enquanto meus pais me levavam desde pequena para igreja, meu companheiro era levado para passeatas e protestos.
Quando iniciamos um relacionamento é comum existir insegurança da expectativa que noss@s companheir@s fazem sobre nós, inclusive intelectualmente. Os alunos que eram de escolas particulares no tempo do meu ensino médio diziam que éramos “favelados que usavam saco de batatas" (se referindo ao uniforme), e os garotos do colégio cobiçavam as garotas das escolas privadas, quase sempre mais brancas e “femininas”. Felizmente minhas expectativas não se concretizaram e, além do meu namorado, seus amigos e familiares me acolheram maravilhosamente bem.
Contudo, não havia a certeza se valia a tentativa de ingressar em uma faculdade pública ou federal. Sobretudo me desanimava a falta de perspectiva em estudar algo além da “História dos Vencedores”; ouvir e reproduzir feitos de homens brancos e líderes religiosos não me entusiasmava. Mudei ao ver uma palestra da Margareth Rago na União de Mulheres de São Paulo. De modo extremamente pessoal contei brevemente o quanto a escrita mudou minha vida. Ela mostrou-se interessada e me senti lisonjeada -- ela fora capaz de me ouvir sem me rebaixar pela minha formação (ou suas lacunas). Compreendi ser possível ir além do que interpretamos como “História”.
Meu companheiro também cursava História e foi através dele que pela primeira vez assisti a um conteúdo universitário na Unifesp de Guarulhos, no Bairro dos Pimentas. Professores e colegas me trataram com cortesia, e achei simpáticos os cães que transitavam no Campus. O clima foi amistoso, diferente da série de palestras que me dispus a frequentar com o passar do tempo, me familiarizando com o meio universitário, seus jargões e arrogâncias.
Um dos comportamentos mais curiosos é o espanto quando eu digo que não possuo nenhuma formação, já que em algumas palestras as pessoas se apresentam com o nome e em seguida com a graduação ou coletivo que fazem parte, pressupondo que todos ali são “entendidos da área”, usando o pronome “Nós”: "Nós nessa sala, bem sabemos que Robespierre...” Outra constatação peculiar são alguns integrantes do Movimento Estudantil sentirem-se legítimos representantes do proletariado organizando protestos em uma terça-feira no meio da tarde em local de difícil acesso (quem não comparece é taxado de pelego). Todavia, uma das cenas mais constrangedoras que presenciei foi um aluno reconhecido como de “esquerda” escrever na bochecha de uma recém formada o nome de uma universidade paga, em tom vexatório. Ele deveria antes de qualquer consideração reconhecer seus privilégios diante da estrutura elitista e excludente na qual é baseada a educação nesse país. Se não há mais alunos negros e/ou de escolas públicas nos ambientes universitários não é por má vontade nossa -- nos é extirpado o acesso à teoria exigida nos concorridos vestibulares.
Não lhe cabe outorgar quem é digno de exprimir idéias, não interessa o tamanho do seu Lattes. Se o recorte de classe, gênero e raça perpassa os ambientes de interação social e construção do senso crítico, a redoma que envolve a bolha universitária se torna ainda mais reluzente. Sem tal lustre os deixados atrás dos muros são opacos não-sujeitos, esforçando-se para reacender fagulhas dispersas.
Se em outro momento a hostilidade e a sensação de não pertencer entre universitários me causava retração, hoje vejo como uma retomada do que me é de direito.

149 comentários:

Anônimo disse...

O meio universitário é recheado de arrogantes e prepotentes, não é novidade isto. O ar chega a ser pesado.

Creio que a universidade só passa a ser local realmente público e realmente da sociedade quando ela não remete à público alvo universitário, mas, também, à toda sociedade.

Só ter cursos de extensão e palestras abertas não significa muita coisa.

Bravo disse...

Não sei se o meio acadêmico é particularmente mais frequentado por arrogantes que o meio corporativo ou religioso, por exemplo. Parabéns pelo texto e trajetória. Um abraço.

Annah disse...

Gostaria de apontar que muita gente da fflch é a favor de reformas no sistema de vestibular (ou a abolição total deste), de modo que possa haver maior inclusão e que seja quebrada essa tradição elitista das universidade públicas.
O fato é que a permanência de alunos de elite significa que a universidade pública não está cumprindo sua função.

Annah disse...

Acho um problema grave a universidade se isolar, porque aí surgem vácuos de conhecimento na sociedade e estes são ocupados por propaganda conservadora da mídia e pseudo-ciência.

M. disse...

Que lindo post. Trabalho em uma universidade federal, sou técnica-administrativa em educação. O que vejo aqui é um concurso de egos e uma corrida pra encher lattes, especialmente por parte do corpo docente. Os servidores técnico-administrativos são discriminados por, na maioria dos casos, não terem doutorado (tanto por docentes quanto por discentes que sequer terminaram a graduação e já aprenderam a ser arrogantes com seus educadores). Essa não era a imagem que eu tinha de uma universidade pública. Eu vejo a universidade pública como um local inclusivo que deve ser voltado para a sociedade, visando desenvolvê-la, e não somente para professores darem algumas aulas (e faltar outras tantas para viajar, já que a impressão que dá é que dar aula atrapalha suas pesquisas - seu real interesse).

Enfim. Sempre me perguntei como seria a realidade na sua Universidade Lola, se o corpo docente da UFC também discrimina os demais servidores, por não terem a mesma titulação, e os tratam como subalternos, ao invés de os tratarem como mais uma categoria que compõe uma UNIVERSIDADE, cujo objetivo primário deveria ser desenvolver a sociedade, e não somente a si mesmos.

Carla disse...

Deborah, sua linda! Vamos ver se agora eu consigo me declarar!

Devolvo a vc um carinho: vc é uma amiga. Mesmo nunca tendo te visto de perto, beijado, abraçado, ouvido sua voz, amo sua inteligência, sua sensibilidade, sua beleza em todos os sentidos. E acredito que o mundo acadêmico precisa de pessoas como vc. Torço - torço muito - para que vc o invada e o bagunçe com suas ideias novas e suas intensidades, seu brilhantismo, sua força, sua história, sua doçura! Gosto de vc e vc é linda!

Annah disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lord Anderson disse...

Me identifiquei com a parte em que fala dos seus pais :)

Os foram agricultores e tiverem puderam estudar muito pouco, mesmo assim, minha mãe desenvolveu um gosto proprio pela leitura e foi uma autod didata.

Uma das coias que mais gostava de fazer era ensinar a ela, oq eu ia aprendendo na escola :)

Tb não cheguei a cursar faculdade por uma serie de motivos, mas tenho diversos amigos com titulos universitarios.

Alguns são inteligente, reflexivos, questionadores, outros só viram o diploma como um elemento a mais para busca de emprego.

Não cheguei a frequentar o espaço universitario em si, mas minha visão de quem tá de fora é que dentro dele há variedade, tanto com alunos eletistas que não enxergam seus privilegios, quanto aqueles que vem a universidade em si como um meio de repensar a sociedade.

Agora com cada vez mais pessoas pessoas alcançando o curso superior, talvez surja uma visão mais abrangente.

Aline disse...

Lola, eu fui universitária e ainda não conclui a faculdade. Fiz 2 anos de ciência da computação e me decepcionei com a faculdade. Nada do que eu aprendi nesses 2 anos, tirando integral e derivada, foi novidade. Eu havia aprendido muita coisa no curso técnico e como fui bolsista em uma escola particular a parte de matemática também não era novidade.
Deixei a faculdade por causa de um acidente que sofri, mas não estava animada com o curso.
Pretendo voltar porque considero que na área de que sigo tenho que ter atualização constante. Fiz vários cursos nesse meio de tempo e dou aulas para curso técnico. E é até engraçado pois dou aula de programação para web para um ex-colega de faculdade, que se formou ano passado...

Aline

Escarlate disse...

Deborah sua linda! Te admiro muito e já to com saudade!

Então, sempre achei o mesmo do ambiente acadêmico. Eu já sentia essa "vibe" desde o cursinho, quando ouvia piadas sobre universidades que não eram públicas ou não eram gabaritadas. Até pq quem faz universidade particular (tirando as de mensalidade + de 1000) e pobre, trabalha pra pagar a própria faculdade, não conseguiu passar no vestibular. É nojento. Vc vê pessoas que se dizem de esquerda, que se dizem parte do proletariado, ridicularizando este mesmo proletariado.

E a coxinhice das uni. públicas tá ficando difícil. Ideias reacionárias, elitismo. Realmente fica complicado se sentir bem num ambiente que despreza as origens dos alunos mais pobres, suas vivências.

Anônimo disse...

Obrigada, gente <3

Prestei Enem esse ano, vejamos se dá certo ;)

Angélica disse...

Que orgulho saber das mulheres brilhantes que estudaram em escola pública!

Parabéns, Déborah!
Me identifiquei muito com você!
Não pare! Seu brilho é reluzente!

Thiago Pinheiro disse...

Que belo texto! Muito interessante a descrição da trajetória intelectual e as observações sobre um espaço universitário, com os seus personagens.

É realmente muito animador que o processo de autoconhecimento que descreves ofereça indagações tão pertinentes sobre o papel da universidade pelas relações e experiências vivenciadas por ti.

O exercício da escrita e reflexão que demonstras ter gosto não tem porque se adequar as linguagens e formas da academia.

Em suma, parabéns pelo olhar crítico e humano expresso aqui em teus pensamentos.

Massoria disse...

Parabéns pelo texto, =]
Na minha opinião, essa situação de elitismo no universo acadêmico, esta diminuindo com o tempo.
Eu faço a federal do ABC, e tipo, não presenciei esse problema porque a proposta da universidade foi de reservar 50% das vagas para o pessoal de escola publica(http://www.ufabc.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=622:ufabc-e-os-resultados-de-seu-primeiro-vestibular-&catid=187:artigos&Itemid=184) ,a maioria das pessoas que conheço aki, estudaram em escolar publicas, mas eu sei que existe =]

Annah disse...

Massoria: legal saber disso. Acho terrível a insistência da Fuvest de, inclusive, manter-se distante até do Enem.
-
Acho interessante o modelo das universidades bolivarianas: http://www.ubv.edu.ve/

lola aronovich disse...

Pessoas queridas, ainda que eu concorde com a Deborah sobre o erro da universidade não acolher com mais humildade quem está fora dela, peço o favor de não transformar esta caixa de comentários num espaço anti-acadêmico. Porque não é por aí. Faz tempo que a Dé me enviou este relato. Demorei pra publicá-lo porque, além de ter uma fila enorme de outros guest posts aguardando publicação, eu não queria que ele coincidisse com os conflitos na USP. Porque os ânimos já estavam acirrados. Um montão de gente querendo (até falando serio) que uma hecatombe nuclear destrua os prédios de Humanas da USP! Teve comentarista aqui (AQUI! Num blog feminista e de esquerda!) dizendo que a maior parte dos estudantes são vagabundos. Quer dizer, isso é de uma ignorância brutal. Queremos universidades inclusivas, mas não dá pra incluir ninguém num espaço destruído. E tem gente que odeia tanto os intelectuais, os professores, os alunos, que gostaria mais é que as universidades “que não produzem nada” (porque, como sabemos, só quem produz é engenheiro) fossem extintas. Todo mundo já ouviu esse discurso antes. E é um discurso fascista.
Quanto ao Lattes, ele faz parte do meio acadêmico. É uma imposição. Vcs acham que tem muito professor que gosta do Lattes? Vcs acham que tem mais professor que é arrogante e fica exibindo seu curriculo e todas suas publicações ou professor que fica DOENTE por ser constantemente pressionado a publicar (publish or perish, este é o lema: publique ou morra)? Faz tempo que a academia (não só no Brasil, mas no mundo inteiro) prioriza a quantidade sobre a qualidade. O número de artigos publicados é o principal mostruário da capacidade de um professor, segundo esses critérios. Não conheço muitos professores que acham isso certo. Então, gente, desculpe, mas atualizar o Lattes não tem nada a ver com arrogância – tem a ver com sobrevivência acadêmica.
E quero ver o pessoal a favor da PM nos campi aparecer aqui pra criticar a postura dos professores e alunos universitários. Quando a gente fala em universidade aberta, universidade para todos, está se referindo ao espaço FÍSICO da universidade também. A PM tratando um campus como se ele fosse propriedade particular de um reitor vai contra essa visão.

Annah disse...

Tens total razão Lola. Apaguei meu comentário criticando a atitude sobre o Lattes.
É grave que necessidade de produzir artigos regularmente acabe minando a qualidade da produção, inclusive a possibilidade de elaboração de "grandes teses".

EdFurtado disse...

Coincidência ou não, as maiores críticas ao meio acadêmico vem de pessoas que não fizeram, fazem ou farão um curso superior. Acho estranho que conheçam tão bem um meio do qual não fazem parte.

Escarlate disse...

"Coincidência ou não, as maiores críticas ao meio acadêmico vem de pessoas que não fizeram, fazem ou farão um curso superior. Acho estranho que conheçam tão bem um meio do qual não fazem parte."

Nossa, verdade né. Como é que os médicos vão falar do câncer se não tiveram câncer? Como é que vamos falar de planejamento urbano se não somos engenheiros/arquitetos? Quem pode falar de pobreza além do pobre?

Etc etc.

Anônimo disse...

Sempre tem um filho da puta

Escarlate disse...

Deem uma olhada em sites de relacionamento para ver se mulheres com (alguma) vagina aceitam companheiros mascus ou idiotas (Sem contar em mais burros, mais machistas, etc)

Eliza (Biii) disse...

Querida Déborah,

Tudo o que você falou também me incomoda muito, a formação acadêmica (pelo menos na área de História, de que também faço parte) está cada dia mais arrogante e pouco interessada no mundo de que ela aparentemente tanto fala. Achei seu texto muito comprometido e bem escrito. De verdade. Costumo ler os guest posts daqui do blog da Lola e, como trabalho como revisora devido ao meu excesso de senso crítico, sempre percebo um errinho ou outro, seja de digitação, concordância e coisinhas que a gente só percebe por implicância e sabe que é um pouco parte da emoção da escrita. E, bem, seu texto está impecável. Melhor do que a escrita de muitos doutores que já vi por aí exibindo com fita métrica o comprimento do Lattes. Parabéns! Continue assim envolvida com o mundo que te cerca que aos poucos a gente vai mudando.
Abraço,
Eliza

Anônimo disse...

Por favor, ignorem os trolls, o espaço é para o debate.

Obrigada.

Escarlate disse...

Tá bom tá bom, parei. É q eles são mto divertidos.

EdFurtado disse...

Escarlate, não desqualifiquei a opinião dela, nem das pessoas que nunca fizeram parte do meio acadêmico e dão sua visão sobre o mesmo. É um ponto de vista a ser considerado, na minha opinião.
Eu apenas expus a minha percepção sobre as críticas feitas ao meio acadêmico e aos seus integrantes vindas constantemente de pessoas que tem um conhecimento superficial do assunto, sem intenção de querer integrar esse meio e que por vezes demonstram um sentimento de inferioridade frente às conquistas intelectuais dos outros.
*para que não haja mal-entendido, NÃO estou deixando uma mensagem subliminar sobre a autora do gues-post nem para a Escarlate.

Daniel disse...

Na lista dos 50 mais ricos do mundo, feita pela Forbes, apenas 12 tem curso superior, nenhum tem doutorado.

Universidade é importante, mas essa idéia de que todos tem que fazer, é bobagem.

Anônimo disse...

"Na lista dos 50 mais ricos do mundo, feita pela Forbes, apenas 12 tem curso superior, nenhum tem doutorado."

Pow, mas aí vc parte de um pressuposto de que a carreira acadêmica é como carreira empresarial.

Não há Doutor nessa lista e, provavelmente, os doutores estão pouco se fodendo pra lista.

Anônimo disse...

Não creio que a produção de conhecimento acadêmica mereça descarte, tampouco deve adquirir uma áurea de iluminação suprema. Tod@s nós produzimos reflexões.

O acesso as universidades precisa ser o mais democrático possível.

EdFurtado disse...

Escarlate, quanto à questão do médico, depende. Se eu tivesse câncer e quisesse me tratar eu procuraria um médico. Se eu quisesse saber como é ter câncer procuraria uma pessoa que tem/teve câncer.
Não sei qual é o seu problema com meus comentários, mas você tem mania de supôr várias coisas que eu não menciono. Pra esclarecer mais um ponto, o meu primeiro comentário não se referia a autora do guest-post, mas a pessoas que realmente não sabem nada do meio acadêmico e ficam fazendo críticas sobre algo que não conhecem.

lola aronovich disse...

Daniel, ao citar a lista dos 50 mais ricos do mundo da Forbes, vc parece partir do princípio que rico é o que todo ser humano gostaria de ser. É tão errado quanto achar (como muitas vezes eu me pego achando, ERRONEAMENTE) que todo ser humano quer cursar uma universidade. Sei lá, o que lista de mais ricos prova? Que nascer em berço de ouro deve ser uma boa. Que a exploração capitalista vai bem, obrigada. Que a ideologia de direita venceu: ninguém questiona o porquê de existirem bilionários que tenham mais dinheiro que o PIB de dezenas de países juntos. A gente cita listas de bilionários como se fossem coisas boas. (Não é uma crítica particular a vc, Daniel! Todo mundo faz isso. Quem explora virou nosso role model na vida).

AHB, não precisa deletar comentário não! Meu comentário não foi referente ao seu. Foi só um “alerta” pra que a discussão não tome rumos anti-acadêmicos, porque tenho certeza que não é a proposta do guest post da Deborah. E também, que a discussão tome os rumos que quiser! Até parece que eu mando alguma coisa nessa birosca!

Escarlate disse...

A universidade tem seus problemas? Tem, muitos. Mas não dá pra desconsiderar seus benefícios, obviamente, e a produção científica e humana que se fez e se está fazendo. A questão é que as universidades, principalmente as públicas, precisam ser mais inclusivas.

Veja a quantidade de alunos que estudam na USP e que fizeram escola pública. Não chega nem à metade. Isso tem que ser discutido. O vestibular existe há mais 70 anos no mesmo formato. E aí?

Liana hc disse...

Gostei do texto da Deborah. O meu tempo na faculdade também foi vendo um discurso que não combina com a prática. Sem contar as matérias inúteis que só enfeitam a grade. Eu tenho formação técnica, sou mais voltada para a prática, então ver essa letra vazia me frustrava muito.

Há um elitismo e uma bolha estrutural. Não é mera questão de disposição pessoal, de ser interessado e bem disposto, esse impeditivo está no cerne dessas instituições, infelizmente.

Mas também nunca tive ilusões. Sempre soube que a coisa ali era essa mesma. Há uma tendência geral, neste país que só valoriza "dotô", em desqualificar as vivências da população, em achar que eles não tem como contribuir de forma significativa. Como se o meio acadêmico adotasse uma postura socialmente útil.

Há muito o que se fazer, as políticas inclusivas são um meio importante de levar outros paradigmas e ampliar a atuação das universidades.

Anônimo disse...

Gostei muito do post, me abriu os olhos para coisas que eu vejo na minha faculdade, as vezes nem percebo, as vezes me incomoda um pouco. Essa arrogância do discente, tanto para com aqueles que não tem formação acadêmica como para aqueles que estudam em universidades particulares, a posição de alguns professores (poucos) de esfregar seu lattes monstruoso na cara de todos. Como faço um curso tido como de elite numa universidade federal, a regra na minha faculdade é um ego monstruoso, pessoas pedantes é o que não falta,indivíduos que em sua maioria nem discutiriam de fato com alguem que não é e nem nunca foi do meio universitário,o que obviamente é idiota, existem pessoas inumeras, como a Debora, que mesmo nunca tendo frequentado uma faculdade, tem plenas condiçôes de debater com universitários e professores, e mesmo aqueles que nunca foram do meio acadêmico e não dados a leituras, a sabedoria popular tambem não pode ser ignorada e desprezada.

Anônimo disse...

Eu parabenizo e desejo boa sorte à Débora Sá, autora do guest post. E acho muito legal a Lola manter o espaço aberto pra quem quiser compartir suas experiências.

Agora vou me referir aos comentários em geral. O fato de haver pessoas bem sucedidas na vida sem que tenham cursado universidade não quer dizer que essas pessoas não gostem de estudar e que desprezem o meio acadêmico. Bill Gates taí pra provar, Ted Turner talvez idem, Richard Bronson idem. Dois deles são americanos e um inglês. Bill Gates foi até o segundo ano da faculdade, Ted Turner foi não foi e talvez tenha acabado indo e Bronson saiu da escola aos 15 anos. Ah não me consta que Steves Jobs tenha cursado faculdade. Os três primeiros investem bilhões de dólares não apenas no setor da educação de seu país como fora também.

Apenas com o curso médio completo ou incompleto a pessoa pode ser um gênio em computação. Meu marido teve um amigo de escola que não quis fazer faculdade. Terminou o ensino médio aos 18 anos e foi trabalhar como programador de computador. Aos 26 anos teve um convite estupendo pra trabalhar na Inglaterra.

Ah então de que vale fazer faculdade de Computação? Vale que a pessoa vai aprender filosofia, história, psicologia, composição e outros que tais que lhe darão melhor preparo para negociação e para entender melhor a natureza humana.

No mundo há grandes administradores de empresas que não fizeram um dia de faculdade. O mundo está cheio de pessoas com talentos especiais e uma dessas pessoas é/foi PhD na Inglaterra sem ter ao menos terminado o ensino médio. É uma bióloga que passou a vida estudando os chimpazes. Há pessoas que têm o talento mas precisam de um aprimoramento e para isso buscam um curso superior.

Nos EUA qq pessoa que tenha excelente e profundo conhecimento das leis, saiba expor suas ideias claramente, tem boa redação pode prestar exame pra ser advogado/a sem nunca ter se sentado em banco de faculdade.

PORÉM se vc perguntar aos tais milionários e até mesmo bilionários da FORBES e que não cursaram faculdade se eles isentam os filhos deles de fazer faculdade a resposta vai ser um tremendo NÃO !!! Pois a grande maioria das pessoas bem sucedidas e que, através de seus conhecimentos, colaboraram por um mundo melhor são as pessoas com grau superior, mestrado, doutorado (PhD).

Eu gosto do mundo acadêmico. Pessoas arrogantes estão presentes em todos os meios. A gente vai pra faculdade pra aprender tb a lidar com as dificuldades da vida e lidar com conflitos é um aspecto.... ter resiliência é outro aspecto. O mundo pertence aos que têm garra e não aos que ficam com lero-lero e cheios de delicadeza com a auto-estima e cheios de melindre com o ego ferido. E quem pensar o contrário tem como exemplo os países comunistas onde o governo decide o que tu vai estudar e qto tu vai ganhar... pq em país comunista existe COTA pra TUDO.

Obs. - Por pessoas bem sucedidas não me refiro a que sejam milionárias e sim que deram certo na escolha profissional. Meu marido anda com sapato furado e é bem sucedido, pois usar sapato furado é opção ele. Acho a Lola bem sucedida. E não citei brasileiros na lista dos nomes não por desfeita e sim pq não sei.

Clarisse disse...

Nossa, LisAnaHD, quanta bobagem em um post só!

Você é muito estúpida mesmo.

Clarisse disse...

"No mundo há grandes administradores de empresas que não fizeram um dia de faculdade." - porque administração é um curso ridículo que indica livros de auto-ajuda como literatura.

"o mundo é dos que tem garra" - argh! Esse seu papinho é nojento. Você também deve ser uma grande leitora da Veja e de livrinhos de auto-ajuda, aparentemente.

Aliás, você e a denise já fundaram o clubinho do "orgulho branco"?

Sua fascista de merda!

Anônimo disse...

@ Clarisse,
Você já me rodeou em post anterior... finalmente vc se fez notar pro suas palavras medíocres e vulgares... agora, permita-me ADMIRÁ-LA se vc conseguir redigir um comentário dentro dos critérios da inteligência mínima requerida para uma composição de três parágrafos apenas.

Anônimo disse...

Nossa, LisAnaHD, quanta bobagem em um post só!

Você é muito estúpida mesmo.[2]

Tipo, é muita!

É exatamente o contrário do que o post se trata e propõe, porém, tentando não entrar em conflito e etc.

Clarisse disse...

É, porque você está fazendo uma grande contribuição escrevendo um comentário gigante e sem conteúdo nenhum, só com sua propaganda capitalista sem noção.

E ainda se acha muito brilhante!

Anônimo disse...

Mano, pára de tentar reduzir tudo ao "Você faz a sua vida! Trabalhe, estude, lute pela sua vida!" Que, em si, parece ser um bom discurso, mas, no fundo, continua a ser um lema Malthusiano de "Vc é pobre? A culpa é sua!"

Aoi Ito disse...

Galera, não concordo nem discordo com o comentário da LisAnaHD, muito pelo contrário (Até porque não o li por completo o ho ho ho). Só peço, em uma manobra claramente autoritária e invasiva (Porque não sou a dona do blog) que não usem ad hominens... :/ É muito chato pra qualquer lado ouvir um "você é muito estúpida" sem alhos nem bugalhos e nem explicação pra tal.

Clarisse disse...

Gente, já viram a LisAnaHD querendo fundar o "orgulho branco"?

Olha aqui: http://i.imgur.com/D2wTf.png

Anônimo disse...

Clarisse, vc é do mal, uhauha

Clarisse disse...

Aoi ito: é estúpido porque ela está reproduzindo uma mentalidade de recompensa ao mérito que não funciona na prática.
É estúpido porque ela acredita em um "sonho americano" que não se concretiza para a maioria das pessoas e no fim, o argumento final de gente como ela será "você é pobre? a culpa é tua."

Aoi Ito disse...

Sim, sim, eu li o post e concordo inteiramente com a sua colocação. O "sonho americano" é uma ilusão, todo mundo e seus papagaios deveriam saber que ele não funciona, meritocracia é impossível de se obter num mundo onde pessoas nascem privilegiadas ou não, coisa e tal.

Só achei desnecessário chamar a moça de estúpida. :p

Danielle Bandeira disse...

Me emocionei com o post da Deba, que é um ser humano lindo. Sempre extremamente empática e justa. Aprendo muito com você. S2

Massoria, eu também estudo na UFABC. Eu fico muito feliz quando encontro gente de lá com essa visão, ainda mais quando é alguém que lê a Lola. :D

Apesar de na UFABC ter bastante aluno que veio de escola pública, como você disse, eu conheci poucas pessoas realmente bacanas, com uma visão de Esquerda e não-tecnocrata.

Como lá os cursos de destaque são as engenharias, isso acaba contribuindo para o já inflado ego dos estudantes dessa área. Sem contar que o BC&H* é menosprezado pelos alunos do BC&T**, pelo mesmo tipo de mentalidade dos reaças que querem explodir a FFLCH.

*BCH: curso interdisciplinar com foco nas ciências humanas.
**BC&T: curso interdisciplinar com foco nas ciências exatas.

Liana hc disse...

Essa conversa de que basta se esforçar o suficiente que você será bem sucedido já está pra lá de gasta. Temos que pensar em como funciona a estrutura da sociedade e o quanto isso afeta a vida de cada um de nós.

Um governo que relega uma parte considerável da população à miséria e que limita seu acesso à cidadania, às oportunidades, ao conhecimento também está estabelecendo cotas, pois fica óbvio que pessoas assim muito raramente chegarão numa posição de poder. Esperar delas que só se esforcem para sair disto enquanto uma elite é direta e indiretamente agraciada no seu caminho rumo ao "sucesso" é, pra dizer o mínimo, ingenuidade.

A maioria das pessoas que eu conheço que fazem uma diferença positiva no seu meio nenhuma delas tem PhD. Isso me lembra um documentário (em 26:25) que assisti no Canal Futura, sobre o sistema educacional na Coréia e um estudioso da área (acho que é diretor de um instituto de pesquisa educacional de uma universidade - carteirada para quem precisa de carteirada) fala sobre os pais quererem uma educação top de linha para seus filhos e isso gera uma população altamente qualificada para um funil de profissões, mas esquecem que a sociedade precisa de trabalhadores "comuns", como padeiros, encanadores, eletricistas, marceneiros, esportistas, pescadores etc. Há uma desvalorização geral dessas outras formas de atuação, quando na verdade elas são tão necessárias (e mais abundantes) para o bom funcionamento da sociedade quanto os com currículo de ensino superior.

O sonho de consumo e ideal de felicidade desses jovens de elite é ser CEO. São parâmetros de vida bem distorcidos, há muito mais a se falar de prosperidade e satisfação pessoal que fazer rios de dinheiro.

E francamente, né. Nem precisa que alguém gabaritado nos diga isso de tão óbvio que é, ou deveria ser.

Anônimo disse...

@ Aoi Ito
"Só achei desnecessário chamar a moça de estúpida. :p"

-- Obrigada, Aoi Ito. Mas xapralá pq a essência é que cada um/a se expressa dentro do cabedal de conhecimento que tem... conforme os exemplos que seu meio-ambiente oferece... da inspiração que vem dos lideres que a/o inspiram... é isso. Tudo o mais é vão... perde-se no vendaval que a própria pessoa cria pra si própria...

Starsmore disse...

Nossa que guest post lindo. Tem gente aqui que deveria ler duas vezes, porque adora retrucar com "eu sou muito mais inteligente que vc" e "já lí a biblioteca nacional inteira 3x" ou "meu post é imenso, sinta o poder do meu QI".

Alunos de "elite" têm o mesmo direito de frequentar uma universidade que alunos do ensino público, ambos pagam os mesmos impostos. O vestibular deveria ser abolido simplesmente porque é excludente, serve apenas retirar estudantes, não para avaliar se estão aptos ao curso. Mas obviamente ele não vai ser abolido enquanto o o governo não investir no ensino público. Aliás o rumo tomado é o sistema de FATECs (formar operários p/ indústrias) e bolsas em faculdades particulares.

Conheço muita gente que fez mestrado quase morrendo (porque a cobrança era enorme por parte da universidade) e já disse que não farão doutorado por saber que será ainda pior. Uma pena também estarem transformando centros de pesquisa e desenvolvimento em linha de produção.

Anônimo disse...

@ 16:23
"Pois a grande maioria das pessoas bem sucedidas e que, através de seus conhecimentos, colaboraram por um mundo melhor são as pessoas com grau superior, mestrado, doutorado (PhD)."

-- Alguém entendeu que eu disse "NÃO são as pessoas?" Eu disse que "SÃO as pessoas..."

E por favor, menos atenção pra mim PESSOALMENTE e mais atenção praquilo que melhor vai funcionar pra quem está na batalha. Querer criar guerra de nervos contra mim ou querer monopolizar uma e outra comentarisrta contra mim não vai ser produtivo para o que realmente lhe/s interessa.

Na página de abertura do blog a Lola diz pra gente se sentir em casa e pelo visto tem gente aqui achando que sentir-se em casa é usar o vocabulário medíocre que usa em sua própria casa??!!!!

Roxy Carmichael disse...

Clarisse!Clarisse!Clarisse!
Lisana é o seguinte:
o seu comentário não é lá muito diferente do comentário do Daniel, que ganhou o prêmio de mais equivocado nesse espaço. Digamos que você ficou com a menção honrosa. E explico porque: citar seus conhecidos que tiveram êxito pessoal com universidade ou fora da universidade não poderia estar mais incoerente com a idéia do próprio post, PRA NÃO DIZER COM A PRÓPRIA IDÉIA DE UNIVERSIDADE, em que se vê o conhecimento (acadêmico ou não) como forma de contribuir para a sociedade e NÃO como forma de aprimorar suas habilidades para acumulação de capital.
"Os três primeiros investem bilhões de dólares não apenas no setor da educação de seu país como fora também." HEIN?????É DE CONHECIMENTO PÚBLICO as condições pouquissímo humanísticas de produção da APPLE na China,a Apple inclusive já ADMITIU ter explorado mão de obra INFANTIL.
Concordo com a Clarisse, o curso de Administração de empresas é uma verdadeira palhaçada, em que se estuda manuais das empresas. "O mundo pertence aos que têm garra " não poderia ser uma concepção mais EQUIVOCADA de mundo. Parece até propaganda de alguma instituição que oferece MBA em marketing, ou ainda alguma frase de algum comercial de qualquer produto, sei lá da Nike (que curiosamente também explora que só a mão de obra infantil). Gata, ter uma mega empresa nos moldes capitalistas, e manter um projeto "social" é uma das maiores INCOERÊNCIAS que só rindo mesmo pra não chorar. Eu juro que tento dialogar com você, leio alguns links que você posta, posto alguma coisa pra vc se informar também (porque está claríssimo que você não tem informação nenhuma sobre o resto do mundo, além de ter uma visão BEM deslumbrada dos Estados Unidos, o que é quase iconoclasta em tempos da maior crise da história do capitalismo, em tempos de Guantanamo, em tempos de Obama dando ordem pra matar cidadãos NORTE-AMERICANOS no Iêmen)

Anônimo disse...

@ Roxy.
Obrigada pelo 'Gata'... não ficou elegante, mas foi deslumbrante!!!

E vc poderia ter me transmitido seu pensamento com um número BEEEMMM menor de palavras! Você não leu Graciliano Ramos? Ele foi redator e revisor de texto de jornais brasileiros! "Menos palavras e mais contéudo." era o lema do Mestre Graça.

Massoria disse...

Ola Danielle Bandeira =] Nossa também fico muito feliz em saber que tem gente da federal do abc que lê o blog da Lola =p eu sinto muita falta de alguém para dividir minhas historias de terror que já presenciei na faculdade.
Eu faço BCH, e mesmo assim tenho dificuldade de achar gente com uma visão mais progressista =(

Arlequina disse...

Posso falar que tenho mó admiração pela Debora? Eu a conheci faz um tempão atrás e, olha, posso dizer que tomei decisões equivocadas na vida, uma delas foi não ter me mantido mais perto de uma pessoa tão legal como ela.

Moça, eu só queria dizer que assino embaixo do guest post. Sei que não é a mesma coisa, mas me lembro quando eu era mais nova e andava com o pessoal mais velho - da universidade! - e eu me sentia invadindo um espaço sagrado, já que o pessoal se julgava detentor de um conhecimento que não deveria ser passado (já que não seria compreendido) pelos simples mortais - seja por sua idade ou pela sua origem.

Devo dizer que, uma vez que entrei na faculdade, não fiz lá muitos amigos. Nunca gostei do tipo que muitas vezes encontrei por lá - aquele cara que está lá, lutando pra vencer na fogueira de vaidades e que claramente exclui qualquer um que não possa fazer parte do clubinho "elite-intelectual-desse-país".

É o mesmo cara que tinha pena/desprezo pelo pessoal que não participava ativamente da panfletagem na época de eleições.

Gostaria que a faculdade fosse mais inclusiva e que as pessoas lá dentro não julgassem tanto. Pra ser honesta, eu gostaria que a sociedade inteira fosse assim, mas, enfim, por que não começar pela Universidade?

Pelo menos, ainda há uma certa diversidade. Encontrei gente vinda de todos os lugares e com vivências bem distintas da minha. O que mostra que, bom, há um começo.

Edson Bueno de Camargo disse...

Consegui terminar uma faculdade este ano, com 49 anos de idade, EAD, e particular. Mas fiz.

Dei-me como um presente.

Sou poeta com quatro livros publicados, varias publicações em revistas, muita coisa na Internet, e algumas vezes senti esta hostilidade para com quem não tem faculdade.

Dani disse...

Palmas pra Déborah, uma das pessoas mais fascinantes cuja vida eu acompanho pela internet! Excelente!

Luiz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luiz disse...

Carta direcionadas aos Comunistas de Caviar.

Vejo que a discussão aqui acabou se voltando para a questão ideológica. Vou tecer alguns comentários.

Se o comunismo é tão bom por que os comunistas do Brasil preferem passar as suas férias nos EUA e Europa ao invés de irem para a Coreia do Norte? Por que qundo tem que mandarem seus filhos para alguma Universidade escolhem Harvard ou o MIT ao invés de da Universidade de Pyongyang (Não sei se existe). Ora, meu Deus, se o paraiso comunista é tão bom e querem nos impor isso goela abaixo, sugiro que passem uma temporada por lá para vivenciarem as vantágens do paraiso comunista. Se acharem impossível implantar o comunismo aqui sugiro que se mudem para lá. Defendo que todas as pessoas devem ter pleno direito a busca da felicidade. O de vocês é fácil realizar, basta se mudarem para a Coréia do Norte.

Outra questão importante. Dia sim dia também vejo alguém criticando a meritocracia. Essa gente acha que o critério para o sucesso profissional são as indicações companheiras do PMDB para o Ministerio das Energias. É bem provável que o atual Ministro não saiba diferencia nariz de porco de tomada. Mas isso não importa o principal critério para ele estar lá é a fidelidade ideolágica a causa. O mesmo vale para o PC do B. Haroldo Lima entende tanto de petróleo quanto eu (Devo saber um pouquinho mais que ele) mas ele é o chefe da ANP. Cobrar dele conhecimento sobre tema para que? Bobagem!!! Para uns o critério para se escolher o chefe da ANP deve ser compromisso ideológico. Nada além disso.

Anônimo disse...

Complementando o comentário do Luiz... e que tal estudar medicina em Cuba? Que tal estudar engenharia em Cuba? Que tal um diploma em ciência da Computação em universidade cubana? Que tal mestrado e doutorado em agronomia em Cuba? Ou como sugere Luiz, tudo isso na Coreia do Norte, se preferirem uma viagem mais longa.

Anônimo disse...

Algo muito comum entre estudantes e professores de faculdades públicas é a forma como (mal)tratam o ensino superior particular. Sou estudante do terceiro ano do ensino médio, e o assunto vestibular é recorrente. Tanto os alunos como os professores tiram sarro das universidades particulares e subestimam seus estudantes. Já estava acostumada a ouvir esse tipo de coisa, mas fiquei chocada quando ouvi isso vindo de um professor de história meu, esquerdista, formado na USP.
Acho que assumir um discurso desses é fechar os olhos para a realidade do Brasil. As universidades públicas são muito concorridas, e é óbvio que aqueles que tiveram acesso a um ensino melhor serão previlegiados na seleção. A opção que resta aos interessados no ensino superior, porém com uma formação prejudicada devido às suas condições mais humildes, é a universidade particular, muitas vezes pagas com dificuldade. Para essas pessoas, é uma vitória - em boa parte dos casos, uma vitória muito mais batalhada e merecida do que a de um aluno que sempre estudou em boas escolas e passa no vestibular da USP, por exemplo.

Arlequina disse...

@LisAnaHD

Recentemente, tive um amigo que estava cursando ADM na FGV ao mesmo tempo que Direito na USP.

O rapaz foi visitar Cuba, se apaixonou, largou tudo e está estudando medicina lá.

Então, bom, sim, Cuba ainda captura a atenção pelo seu sistema médico. Não é a terra perfeita e está bem longe de ser, pra ser honesta.

Mas o seu querido Estados Unidos também não é. E, desculpa, mas pra Cuba estar do jeito que está hoje,foi preciso um bloqueio terrível e um isolamento de um regime que sabe lá deus onde estaria caso tivesse tido a oportunidade de não ter sido ostracizado pelo resto do mundo.

Apesar da 'vitória' capitalista na Guerra Fria, apesar dos Estados Unidos terem agidos como donos do mundo desde o fim da segunda guerra mundial, olha só a situação terrível onde ele se encontra hoje.

E repare bem quem está surgindo como vitoriosa nessa guerra de mercados - uma nação poderosíssima, dita 'comunista' [embora pra mim ela seja apenas uma perversão autocrática muito parecida com distopias de ficção científica].

E diga-me se você não acha isso tudo terrível.

Clarisse disse...

Sério mesmo que esse são os argumentos capitalistas? A mesma ladainha ridícula de sempre?
Vão estudar, seus animais!
Vocês são tão desinformados que não sabem que Cuba é reconhecida por medicina e sistema de saúde exemplar.
Sem falar que o IDH de Cuba é considerado ALTO. E só foi retirado da lista ano passado, justamente porque as instituições capitalistas que realizam essa medição não queriam mais receber esse tapa na cara.

E, acreditem ou não, tem muita gente que procura a Universidade de Havana para complementar a sua formação. E só não tem mais gente indo, por medo de chegar aqui e ouvir palermices como a LisanaHD e o Luiz acabaram de expressar.

Mas não, afundem-se mesmo nessas mentiras de Guerra Fria ridículas que vocês amam tanto!

Liana hc disse...

Ah, jura que a gente só tem essa opção? Que coisa. Estamos aqui falando sobre a necessidade de termos uma faculdade inclusiva e mais participativa na sociedade e o povo aí dando uma surtadinha básica com essa vibe Guerra Fria. Então tá, né. Eu prefiro continuar no ano de 2011, mas essa sou só eu.

Clarisse disse...

Alerquina: o fato é que Cuba ainda é um país bem melhor que o resto da América Latina. Se os EUA não tivesse reprimido a transição democrática para o socialismo e as revoluções que ocorriam na AL durante a década de 1970, provavelmente nosso continente teria uma qualidade de vida semelhante ao dos países nórdicos.

Para comparar: http://multinationalmonitor.org/hyper/issues/1989/04/zimbalist.html

mas, afinal, a LisAnaHD é racista, preconceituosa e ignorante. Não deveriamos perder tempo falando com ela. Ela que vá aprender sozinha ou se enfiar numa caixa de eco!

Starsmore disse...

"Vão estudar, seus animais!"
__
Imagina se fosse um de nós "reacinhas" escrevendo isso, mas como vem de uma esquerdista, aí é poema...

Clarisse disse...

Starsmore: é porque reaça é burro mesmo. Você é um grande exemplo.

Aliás, aí LisAnaHD, como dita "feminista", como é estar em companhia dos trolls?

Daqui a pouco você vai entrar no coro de que as feministas são ingratas com o patriarcado também?

Sara disse...

Olha Lola arrogância é muito pouco para descrever certas comentaristas aqui, sinceramente prefiro mil vezes ver os comentários dos trolls do que desse monte de lixo pernóstico e prepotente dessas três que infelizmente desprestigiam seu blog, chega dar engulhos esse trio asqueroso, só não sinto mais nojo ainda porque sei que são crianças mimadas que um dia vão amadurecer e quem sabe percebam que tudo o que elas escrevem aqui não passam de miasmas pútridos exalados por seus cérebros doentes .
Por sorte a maior parte dos que escrevem transmitem conhecimentos e experiências, que adquiriram em suas vidas, e os que puderam freqüentar uma faculdade irradiam cultura com sensatez, clareza de idéias, eu mesma já aprendi muita coisa com vc e com a maior parte de seus comentaristas, por isso tenho prazer em ler seu blog, procuro na maior parte das vezes ignorar essas dementes, mas é impossível pq elas fazem toda questão de provocar e não só a mim, mas como as considero lixo, como lixo vou tratá-las.

Clarisse disse...

"amadurecer" no vocabulário de gente idiota como a denise: se tornar um reaça total, cérebro de peneira que não entende nada que lê.

denise, antes de chamar os outros de lixo e ficar puxando o saco de quem concorda com sua visão de mundo obtusa, você deveria realmente tentar tirar a cabeça do próprio traseiro!

E outra, é arrogante pra caramba a atitude da lisanahd, que chega desvirtuando o tema do post para enfiar papo de livro de auto-ajuda empresarial como se fosse algo altamente brilhante.

Realmente, vocês duas se merecem.

"prefiro os trolls" francamente...!

S. disse...

Denise,
preste um pouquinho mais de atenção: quem veio aqui provocar? É um blog feminista e de esquerda. Daí, não vou nem mencionar os absurdos anteriores, mas só nesse post, vieram esses dois com esse discurso jurássico da guerra fria, só falta dizer que comunista come criancinhas. Que tipo de reação eles imaginavam?

Sara disse...

Clarisse LIXO, ve se me esquece, pq te inspiro tanto ódio
eu nunca me me referi a vc , [é sempre vc quem se refere a mim, me esquece seu LIXO

Sara disse...

quando vc quiser alguem pra debater procure as suas congeneres que vc sabe muito bem quem são, eu nunca puxo assunto com vcs, é só vcs quem citam meu nome nos comentários.

Clarisse disse...

É porque você realmente fala besteira demais, denise.

Sei que você se acha genial, gostosona e sabida de tudo porque é mais velha que o pessoal aqui. Mas acredite, sua experiência é limitada.

Além disso, se você fosse um pouquinho mais esperta, veria que MUITA coisa que tu fala é ofensiva. Não to falando nem de bobagem pessoal, mas é uma vergonha total falar que é "islamofóbica", demonstrando ignorância e preconceito em relação à cultura árabe, ou querer matar as gordas de inveja comendo chocolate. Toma vergonha na cara, mulher!

Sara disse...

Se num se toca né, num da pra me esquecer mesmo, pombas se vai me seguindo até em outros blogs???CACETE , SE TA COM FIXAÇÃO!!!
Vai cuidar da sua vidinha mediocre , vai estudar , faz uma ginastica uma plastica sei la , me esquece garota

nanachan290 disse...

Ai gente, não façam isso por favor! Não vamos transformar o blog da Lola no programa do Ratinho. Acho que tod@s nós podemos expôr, discutir e esclarecer nossas idéias de uma forma mais civilizada.

Anônimo disse...

@ Arlequina 20:27
Fico contente pelo seu amigo. É tão bom a gente poder fazer o que gosta e estar onde gosta!

Cuba se manteve muito bem enqto teve o apadrinhamento da Rússia. Y Venezuela, bajo Chávez, también ha hecho algo por Cuba... pero que pasado con Chávez?!

"E diga-me se você não acha isso tudo terrível."

-- Sim, Arlequina. Acho terrível e tenebroso. Mas como Steve Jobs disse, Obama será presidente por um termo apenas. Pois se esse grande país enfrentar derrocada aniquiladora, não vai sobrar nada de bom pro nosso Brasil tb.

Sara disse...

bem que eu queria muito Nanachan, mas ja vi que essa guria mico tudo.
vou é dormir que n tenho paciencia de ficar conversando com um lixo desses amiga, boa noite.

Anônimo disse...

@ Clarisse 20:28
-- Por Cuba ter um excelente sistema de ensino foi que eu sugeri que fossem estudar em Cuba. Não lhe ficou claro? Minha redação foi tão simples... poupei palavras pra não te confundir...

Clarisse disse...

lisanaHD, podia assumir que falou merda, ao invés de dar uma de coitadinha inocente, hein?

Anônimo disse...

@ Clarisse 20:32
" . . . mas, afinal . . . é racista, preconceituosa e ignorante."

Essa pirralhazinha chegou aqui há um par de dias como quem sofre de constante e eterna TPM... filhota, tome um Lacto Purga pra dar uma limpeza cerebral e revigorar seus neurônios.

Volta e meia vc dá por atiçar o pessoal contra mim e o que vc vai ganhar com isso? Pelo que me consta aqui há pessoas centradas em fortes opiniões pessoais, porém não me parece que sejam vaquinhas de preesépio e nem maria-vai-com-as-outras. Por que vc não me ignora e fim de conversa? Deixe que outros decidam por si próprios.

EdFurtado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lord Anderson disse...

O guest post é otimo, e os comentarios estavão bons...mas , caramba, mesmo não concordando com as opiniões da Lisaana, achei a agressividade da Clarisse totalmente fora de propositoe e citando o nome de quem nem tinha participado ainda.

Desculpe, mas pra mim nada justifica chegar chamando alguem de estupida. Isso não é debate, é agressão.

Talita disse...

Oi Lola,

Olha que coincidencia: hoje mesmo li "Os intelectuais e o Poder", do Foucault, pra um grupo de estudos(nao tem exatamente a ver com o post mas achei divertido ver a semelhanca dos assuntos).
Aqui na faculdade onde estudo dá até nojo das conversinhas de alguns(muitos) professores e alunos...tenho bastante vergonha alheia de prestar atencao em certas conversinhas pedantes de gente que se acha a nata da sociedade, os unicos esclarecidos na face da terra e todo esse blábláblá...
Agradeco sempre nunca ter caido nessa, sei que minha formacao é muito importante pra mim e me possibilitou acessar varias informacoes que fora da universidade eu nao conseguiria, mas também sei que muitas outras pessoas que nao frequentaram a escola tradicional tem muito a me ensinar.

Regina Prado disse...

Caramba Débora, você escreve bem demais.
Lindo texto, especialmente os últimos parágrafos.
Eu sempre fui apaixonada por história, notadamente a história dos povos nativos da América (indios =p)Sempre achei um absurdo que ao se ensinar história do nosso continente se comece a contar apenas da chegada dos Europeus ou usar a chegada como ponto culminante do início da história, como se tudo o que foi feito aqui antes fosse simplesmente pré-história. Me identifiquei demais com sua posição em relação ao "Estudar história de homens brancos".
O que você diz sobre o meio acadêmico é um fato. Eu cheguei toda cheia de idealismo ao mestrado pensando em contribuir para a ciência e etc... O que encontrei foi um Microcosmos de Egos do tamanho de Buracos Negros que toda luz sugavam ao seu redor como se ninguém pudesse contribuir mais do que eles para o mundo... Nem preciso dizer que desanimei geral..

lola aronovich disse...

GENTE BOA! Pelamor, né?! Concordo com Nanachan: não vamos transformar a caixa de comentários do blog no Programa do Ratinho! Quanta agressividade! Não vou apontar dedos nem nada, mas gostaria que todo mundo se comportasse melhor. Vamos discutir ideias, sem insultos, por favor. Não vamos agir como os trolls. Só os trolls são tão agressivos, e eles eu tô deletando. Vou ter que passar a deletar qualquer comentário mais agressivo, seja lá de quem for. Por favor, queridas, não me deem esse trabalho (e esse desgosto de ter que deletar gente boa e inteligente!).

Annah disse...

@Regina Prado: o curso de "história da América colonial" aqui da usp tenta dar um enfoque maior nos povos nativos que viviam nas Américas antes da chegada dos conquistadores europeus.
Se não me engano, tem um livro chamado "A História da América Latina", organizado pelo Leslie Bethell, que contém artigos sobre os povos originais daqui.

Aliás, em várias disciplinas do curso de História, temos como objetivo desmistificar essa visão tradicional, que bajula conquistadores e homens da elite.

Anônimo disse...

Denise, estou chocada com os ataques que vc está recebendo assim de graça. Posso ter discordado de alguns dos seus pontos de vista, mas acho muito legal sua presença aqui.

E o que faz esse menina grosseira e malcriada pensar que eu não sei sobre Cuba? Pois se trabalhei com vários engenheiros cubanos nos EUA... me socializei com alguns... meu marido ensinou a um deles sobre ISO. - Troquei correspondência com uma senhora cubana que conheci qdo ela veio aos EUA com um grupo de cubanos buscar ajuda para seu povo... inclusive ela me enviou lá de Cuba uma carta e o livro "Fidel y la Religión". Conheci médicos americanos que trabalharam em Cuba e disseram maravilhas sobre a medicina cubana.

De outra feita recebi uma moça brasileira que havia namorado um rapaz cubano no Brasil, ele era ator, mas sob pressão e ameaça do governo cubano, ele retornou a Cuba. O governo cubano ameaçou vingar-se dos pais dele se o rapaz não retornasse a Cuba. Bem, a namorada dele veio pros EUA e aqui angariamos muita roupa e calçados e comida enlatada.... e arroz e feijão pra ela levar pra Cuba. Levou em sacos. Também colaboramos com dinheiro. De outra feita um pastor cubano veio aos EUA pregar numa igreja evangélica e queria arrecadar grana pra poder ocmprar um carrinho em Cuba e evangelizar as pessoas do campo. Pelo sim pelo não dei uma ajuda pro pastor... apesar da estória inventada da Bíblia que ele contou... i.e. ele pegou um milagre de Pedro e disse que aconteceu na igreja dele... e cristãos tão equivocados qto comunistas ingênuos acreditam em tudo que lhes parece sobrenatural ou algo do gênero.

Aprecio poetas cubanos - sou apaixonada por José Martí - leio a literatura cubana, leio a história de Cuba e faço tudo isso no idioma do país pq sou fluente em espanhol e gosto da cultura cubana que é bem parecida à nossa cultura brasileira. Na minha sala de jantar tenho um quadro de um pintor cubano. Intelectualmente acho Fidel Castro brilhante. Já vi algumas entrevistas que ele deu a jornalistas americanos. Não concordo com as ideias e métodos de Fidelito, mas não lhe nego o brilhantismo para com a retórica.

Posso tomar um avião qdo me der na telha e ir pra Cuba. E por que não o faço? Por que não faço turismo em país pobre pq me corta o coração ver a miséria ao meu redor em meio ao meu divertimento. PORÉM como missionária ou algo que o valha sim, eu iria passar uma temporada em Cuba. Não sou comunista, mas gosto de ler trabalhos literários e políticos escritos por comunistas ou por simpatizantes do comunismo pq qto mais diversidade mais a gente aprende e mais aprendendo mais a gente cresce. Meu problema com pessoas que se dizem comunistas SEM terem morado em país comunista é que essas pessoas endeusam o comunismo e se tornam fanáticas e daí querem que traguemos o comunismo goela abaixo. E como único recurso atacam feito víboras a quem prestigia os EUA.

Ah sim, eu li o livro que a irmã de Fidel Castrol escreveu... ela está exilada nos EUA e tb li o livro que a filha dele escreveu tb exilada. Vi entrevistas que a irmã dele deu... é uma pessoa doce e simples, porém firme em suas convicções.

Atribuir a mim adjetivos como ignorante (e outras picuinhas que li) não destroi meus conhecimentos e nem me faz menos inteligente. E nem me dá nos nervos e nem me tira o sono pq além dos tantos e qtos livros que tenho em minha casa tb tenho 200 (duzentos) livros baixados no meu Kindle, portanto tenho sempre como e com que ocupar minha mente. E se eu for perder meu sono será ponderando em alguma obra de Shakespeare e hoje está sendo TITUS - primeiro trabalho de Shakes, segundo li. Intelectuais americanos estão traçando um paralelo entre essa obra de Shakes e o "Onze de Setembro" e suas consequências.

Quem quer que tenha 'me lido' até o final foi porque gostou do que estava lendo. Se não estava gostando y continuó leyendo queda comprobado que yo mantuve su atención de la misma manera y esto es todo por hoy.

Unknown disse...

Ah, adorei o post! Parabéns! Sempre pensei isso: Fiz uma faculdade pública, paga por todos, tenho como obrigação devolver isso a sociedade. Não é muito, mas o conhecimento adquirido, em todas as situações, deve ser compartilhado. Minha mãe, que teve uma trajetória muito parecida com a sua (adicionando um irmão mais velho que a proibia de estudar), sempre diz: Se aprendeu, tem que aplicar. De outra forma, não vale de nada.
E como vc sabe, existem milhares de formas diferentes de se aprender!
Parabéns novamente e todo o sucesso para ti.

Clarisse disse...

O que nos é enfiado "goela abaixo" é esse sistema opressivo que é capitalismo, que é um sistema patriarcal, racista e homofóbico. Nunca nenhum sistema foi tão imposto de cima para baixo quanto este.

Cuba tem muito menos miséria e pobreza que muitas áreas do Brasil que a classe média prefere ignorar.

Quem dera que os níveis de mortalidade infantil, desemprego e analfabetismo daqui fossem semelhantes aos de Cuba.

mas se você prefere usar causos pessoais ao invés de estatísticas, o problema é seu.

Clarisse disse...

E, fala sério, seu argumento ainda está transitando numa versão empolada do velho "uh, você é comunista? vai pra cuba então".

Não dá para ser original, pelo menos?

Anônimo disse...

Quem tem um blog e o mantém sem ajuda de quem visita o blog, TEM TODO o direito de deletar os comentários que bem entender.

Lola já deletou comentário meu; eu já finalizei comentário dizendo que se ela achasse por bem deletar, comigo tudo estaria numa boa. Acho uma grande impertinência alguém cobrar isso d@ don@ do blog.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Escrevi td muito errado, mas sei escrever o.O

Anônimo disse...

@ Clarisse, não é que "se vc é comunista vai pra Cuba então" - meu ponto é não se passar por doente mental pelo fanatismo comunista particularmente sem ter experimentado o que é viver num país comunista, é isso.

Te conto sobre meu manorado argentino comunista fanático por Fidel y Che? A él le encantaba/va el comunismo pero queria tener lo bueno del capitalismo... ropas... y otras cosas más. El papa de él fue preso 27 vezes em Buenos Aires por cuenta de ser comunista. Se fué a Cuba por um tiempo y volvió. Ya no quise seguir en Cuba y el hijo (mi novio) tampoco fue a vivir en Cuba, pero siguió siendo un comunista insoportable por el fanatismo y odio a los americanos, a pesar de inteligente y pícaro era un fanático y ... y.... un tremendo amante en la cama!

A ver con que groserías me va a atacar. Acudate que soy feminista pero no soy fanática y mantengo la miente clara mientras escribo.

Anônimo disse...

Quanto a universidade ser pública ou não, me formei em uma universidade particular, a Cruzeiro do Sul, e olha...Pelo menos o meu curso era 1005!Maravilhosos!Meus professores eram conscientes, questionadores,a p´ropria universidade é bem esquerdista. Trabalhei em um lugar onde tive contato com pessoas de universidades tops, cm Belas Artes e até a ECA, e vi muita gente com i´deias engessadas e estereotipadas sobre Arte e sobretuido, Arte Educação.
Claro que na UNICSL tbm há pessoas assim, mas o que quero dizer é que o que ficou para mim, nome não garante qualidade de estudo.

Anônimo disse...

LisAaHD,

Apura-te que mas personas acá hablan español ;P!

Annah disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Dayane, dame un tremendo gusto saber que otras personas entre nosotr@s hablan español. Es un idioma que me suena lindísimo y soy apasionada por todo que suena español hasta mismo las palabrotas sucías... pra mi oído en español es el idioma de los deuses.. y oir palabras calientes como dicen los porteños es como morrir sin darse cuenta y entrar en el cielo al sonido de Armando Manzanero!

Anônimo disse...

Sinceramente Lola, não estou mais entendendo a lógica da caixa de comentários:

1-Nenhum comentário mais pode escpar do tema?
2-Só pode comentar quem viveu a experiência?
3-Se vc vai contra o tem,a seu comentários é desmerecido?
4-"Experiências pessoais" não servem?Tudo o que falarmos tem que ter mais de 3 embasamentos teóricos?
5-Soltar um "Vc é muito estúpida" pode, se vc concordar com o que td mundo tá falando?
6-E se mesmo que te mostrarem mil argumentos, e vc chegar a conclusão que esses mil argumentos ainda não te convenceram, vc é um idiota e mereceu um chingamento?

Hmn...

Anônimo disse...

A mi me gusta más el Frances, pero no lo se hablar =(! mi novio sabe un pouquito !
Mi español está así,así...hace mucho tempo que no lo hablo tanto.
Ahora, hablemos en portugês ^^!Vamonos =D!

Anônimo disse...

Clarisse,

Mil desculpas, mas não sei onde vc vê que a LisAna desvirtuou o tema do texto!Ela deu apenas seu depoimentos que mostrava um outro lado da moeda. Falou de pessoas que não cursaram universidades e que mesmo assim foram "bem sucedidas" mas que se perguntassem se estas queriam q seus filhos cursassem uma universidade , esses mesmos diriam q sim.Onde que isso desvirtuou o texto?
E se mesmo que ela viesse dando uma opinião diferente, dizendo que não , que acha que facul forma a caráter e tal, qual o problema? Nãp é pra ser debater, expressar, questionar que estamos aqui?Ou quem não concordar com a maioria automaticamente é uam pessoa estúpida?
Sinceramente, não to entendendo mais nada!

Clarisse disse...

DayaneOK, na verdade, a opinião dela representa a opinião da maioria.

Talvez não aqui nesse blog, por motivos óbvios, mas no resto do mundo sim. Não combina fazer-se de vítima.

Anônimo disse...

Meu deus, fiquei sem acompanhar o blog por uma semana e pelo visto perdi muita coisa.
Não entendi nada da briga, só vi gente se xingando DO NADA!
Fazer críticas ao posicionamento de alguém de um modo mais enérgico é uma coisa, partir pra ignorância é outra.
.
Enfim, em relação ao post, eu estudo em uma universidade privada e noto muita arrogância por parte das pessoas. A maioria realmente tem um pensamento preconceituoso em relação aos mais pobres e aos que não têm curso superior. É triste e desanimador ver que um espaço tão rico em cultura e conhecimento pode ser tão mal aproveitado por gente pequena e vazia.
Claro que há gente brilhante também, os que se esforçam para entender melhor o mundo e o que fazer para modificá-lo, mas ninguém merece gente prepotente e arrogante que se acha mais do que os outros só pelo fato de estar em uma universidade.

Anônimo disse...

Bem, não vi ninguém se fazendo de vítima.
E o que que tem a opinião dela ser a opinião da maioria?
Se vc acha que ela está errada, vc poderia a esclarecer o pq disso, motrando-lhe o erro e fazendo-a entender o pq.
Nem todo mundo aqui tem o mesmo conhecimento, embasamento e opiniões iguais as suas, muito menos iguais a da maioria. Por isso o blog é público, Se a Lola quisesse que td mundo aqui pensasse do mesmo jeito, seria um blog provado, só para convidados, onde todos teriam as memas idéias.E isso não seria ruim, mas não é a i´deia do do blog. veja vc que nem os Trolls a LOla deleta, pois ela presa pela liberdade de expressão.
Fica feio alguém de fora querer impor o que desvirtua ou não o tema da postagem.

Anônimo disse...

E pq um comentário é válido ou não.

Anônimo disse...

Dayane, obrigada por ter lido meu primeiro comentário com tanta atenção e entendido particularmente o que vc mesma esclareceu! Há pessoas que escolhem um quê aqui e outro ali dentro de um contexto geral e daí saem dando patadas agredindo ofendendo.

Soo arrogante? Para alguns sim. E o mesmo enfrentou Graciliano Ramos que sabia realmente ser malcriado. Ele dizia que não precisava ninguém escrever prefácio nos livros dele pq ele sabia botar no papel o que o leitor deveria ler... e tb não lia prefácio de nenhum livro pq dizia que não precisava saber a opinião de ninguém sobre o que ele iria ler. Graciliano Ramos foi preso por suas ideias comunistas durante o governo Vargas, se não me engano. Pra mim GR está entre os grandes escritores que já li.

Me acho mais do que as outras pessoas? Não. Concordo com gente que marca presença aqui? Sim. Discordo de gente que marca presença aqui? Sim. Agrido usando palavras grosseiras e de baixo calão? Jamais. Então pq algumas pessoas se sentem agredidas por comentários meus? Apenas por uma questão ideológica que virou fanatismo.

Ah o francês foi o primeiro idioma estrangeiro que eu aprendi ainda na meninice. Faz tanto que não escrevo e nem falo!!! Mas vejo um canal de TV francês que apresenta noticiários em francês lá da Bélgica, do Canadá, da Suiça e da França tb. E vejo filmes e vejo entrevistas em francês e até me saio très bien na leitura. O francês é um idioma très chic et sexy... qq palavra em francês soa sensual, je pense...

Se vc aprender inglês ao menos pra leitura, vc poderá ler praticamente qq livro/assunto sobre a face da Terra (força de espressão). Sem saber inglês eu não teria lido 20 livros de Émile Zola, da série Les Rougon-Macquart pq esses 20 livros não foram traduzidos para o português... apenas uns poucos foram e no Brasil apenas 4 sendo um deles muito raro.

Bem, sobre a maneira como o pesssoal se expressa aqui nos comentários, há quem extrapola no vocabulário grosseiro e malcriado. Mas boas maneiras não é meio termo... é algo que a pessoa tem ou não tem. Algumas se recusam a manifestar boas maneiras e isso não é pq sejam teimosas e sim pq não aprenderam boas maneiras.

Se a Lola quisesse ela poderia sim orientar as pessoas para que sejam polidas, não sejam sarcásticas, tratem a todos com civilidade. Qto aos trolls não entendo pq tem gente respondendo ao que eles comentam. Basta a Lola pra lidar com eles e pronto.

Anônimo disse...

O qu eu penso, LisANA, é que o prblema não é discordar, mesmo que a pessoa discorde de uma forma mais seca, pois isso vai da personalidade. O problema é que andam perdendo as estribeiras por aquo, já há alngs post atrás. Quem dá uma opinião que não condiz com a maioria é visto como "reacionário" ou "querendo ser vítima" por alguns, que se acham no direito de agredir, desmerecer e ironizar td o que essa pessoa falar.E dái se eu ou vc, ou qualquer um, der uma opinião diferente? E daí se eu não li livros ou estatisticas sobre o assunto, mas tive uma experiência pessoal que demonstra o que quis dizer?Não posso usá-la? E daí se acaontece com 99% das pessoas mas não aconteceu comigo?Minha experi~encia pessoal será desvalorizada pq ela não condiz com o 99% da população?
Foi o que senti quando questionamos ontem sobre o fato de se um homem que foi estuprado entrasse em um fórum de violência sexual contra a mulher e falasse sobre isso, se ele seria valorizado ou não. Fiquei boba ao ver que a maioria disse que ele não teria valor, já que seu drama era pessoal e não condizia com a carga histórica e soscial e bla bla bla. Acho que isso acontecesse, mulher alguma na hora usaria números e estatísticas para dizer que o sofrimento do homem era menor que o delas, pois o que elas sabem é a dor que o estupro deixaria nele, que seria dor da mesma forma que foi nelas, moral, física tudo.
Pelo menos é assim que eu agiria.

Daniela Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daniela Rodrigues disse...

Para evitar mais dissabores não vou reproduzir o "estúpida", mas me dêem licença para concordar com a seguinte frase:

"Nossa, LisAnaHD, quanta bobagem em um post só!"

Penso que não há didática que ajude neste caso, razão pela qual encerro por aqui minha participação.

Lola, um dia quero ter a sua serenidade e paciência. Mas vejo que tenho ainda um longo caminho pela frente.

Danielle Bandeira disse...

Massoria, eu sei muito bem como é esse sentimento. =(

Faço BC&T em Santo André e tem dias que eu praticamente surto por causa dos babacas reacionários que existem lá, que infelizmente são a maioria. Me sinto sozinha e deprimida.

Por causa disso, para o 1º quadrimestre de 2012, eu peguei uma disciplina em São Bernardo, justamente pra ter contato com o pessoal do BC&H e ver se encontro gente bacana pra fazer amizade.

Só que fiquei triste quando você disse que no BC&H também é difícil encontrar gente progressista. =/

Mas felizmente viemos nos conhecer aqui nessa feliz coincidência. =D
Precisamos manter contato. =]

Prefiro não expor meu e-mail diretamente aqui, mas se você quiser, pode encontrá-lo indo até o meu blog (clicando no meu nome acima deste comentário), que se chama Nerdônios, e clicar em "Visualizar meu perfil completo", que é onde meu e-mail está. =]

Danielle Bandeira disse...

Ah, agora que eu vi.
Nem precisa fazer esse passo-a-passo todo. É só clicar no meu nome que já vai aparecer a visualização de perfil com meu e-mail. kkkkkkkkk... xD

Roxy Carmichael disse...

Lisana,
sinto muito, mas rebater o meu comentário com "Menos palavras e mais contéudo" (sic) não te parece muito vago? Você pode discordar de tudo o que eu falei, realmente não espero que concordemos em tudo, mas da mesma forma que eu dei ARGUMENTOS para discordar da sua visão, você poderia dar ARGUMENTOS para discordar da minha visão, e iríamos seguir com um debate que poderia resultar muito frutífero para as duas partes, não concorda?Uma pena que seja de via única (eu tentando contra-argumentar com seus argumentos e você não fazendo o mesmo). Fica realmente ridícula a sua postura reativa sem apresentar UM ÚNICO ARGUMENTO. Seria realmente um alívio pra você que suas interlocutoras fossem jovens impulsivas e sem o menor estudo, mas infelizmente você está dialogando com duas sociólogas (eu e a Clarisse). Sem contar que eu venho de uma família de cientistas sociais respeitáveis. A diferença é que eu tenho MUITAS críticas ao pensamento de esquerda (o que não significa que compactuo com o pensamento de direita). Já você demonstrou pela total FALTA DE ARGUMENTOS que não tem um pensamento crítico em relação ao pensamento liberal e neo-liberal, pra não dizer direitista, pra não dizer capitalista, o que te coloca em desvantagem, porque está evidente que você não tem pensamento crítico. Sem contar que você já assumiu que não sabe o que se passa no resto do mundo, além da sua atitude totalmente adolescente de tentar chamar a minha atenção colocando milhares de links do wikipedia só porque eu critiquei a wikipedia enquanto fonte confiável. Então seguinte: quando você realmente quiser dialogar, me ponho totalmente a disposição. Então assim, tenha o mínimo de dignidade e se poupe do ridículo de me acusar de "sem conteúdo" e usar contra mim o argumento:"usar a expressão gata é deselegante".

Roxy Carmichael disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Roxy Carmichael disse...

A diferença é que a gente rebate com ARGUMENTOS. E não com propaganda (enganosa) "E nem me dá nos nervos e nem me tira o sono pq além dos tantos e qtos livros que tenho em minha casa tb tenho 200 (duzentos) livros baixados no meu Kindle, portanto tenho sempre como e com que ocupar minha mente.", HAHAHAHAHAHAHA

Roxy Carmichael disse...

"critérios da inteligência mínima requerida " ?????
A R G U M E N T O S
Não vale citar a SUPOSTA quantidade de livros que você tem, nem dizer que o francês é sexy...

Roxy Carmichael disse...

LISANA
"pra mi oído en español es el idioma de los deuses."

aprenda comigo: D I O S E S

e não "deuses". depois que você estudar um pouco mais, podemos estabelecer uma conversa em espanhol tranquilamente.

Lilian Gratti disse...

Lola!
nem li o post,
mas vi um feed no facebook q até me assustou:

http://www.silviokoerich.com/2011/11/25/devolvendo-o-odio/

como faz pra denunciar?!??

Anônimo disse...

Dayane,

Obrigada pelos comentários, acho que lembro vagamente de te ver por lá (no blog).

Beijos,

Anônimo disse...

Eu lembro do site do Silvio, até frequentávamos algumas comunidades em comum no Orkut.

Apesar de ser um grandioso filho da puta, ele não era racista... Esse blog é inteiro racista!

Então, de dois, um: ou ele enlouqueceu e ficou mais filho da puta reacionário nazista que de costume, ou é fake.

Eu acredito ser fake, pq a filha da putagem reacionária dele tinha um limite dentro da pseudo moral cristão que ele seguia.

Anônimo disse...

Claro, com isso eu naõ defendo nem o filho da puta, nem o fake.

Os dois são retardados e merecem o ban da net.

[Oh, céus, eu não fui a favor da livre expressão, o que será de mim?!]

Leila Silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leila Silva disse...

Olá,

Débora, excelente. Eu conheço o seu blog, inclusive as receitas. Eu estou fazendo o possível para parar de comer carne, não sei se conseguiria ser vegan...quem sabe? Uma vez escutei a palestra de um americano no seu blog e gostei muitíssimo. Acho que ser vegetariano (não ouso ainda dizer vegano) é uma coisa que se aprende e que requer um pouco de tempo, pelo menos no meu caso, mas estou conseguindo e não é pela minha saúde, é pelos animais mesmo, como o rapaz do vídeo que vi no seu blog.
Quanto ao seu post aqui, belíssimo, muito bem escrito e uma boa reflexão. Eu frequentei universidade e inclusive cheguei a ensinar em uma, o meio acadêmico é meio difícil mesmo, assim como você descreve, mas o que alguém escreveu no comentário também é certo, infelizmente há outros lugares afetados pela arrogância, intransigência, a falta de senso (essa caixa de comentário por exemplo....rs).
Parabéns mais uma vez, espero que você continue a escrever, desejo boa sorte no ENEM.
Abraço

Anônimo disse...

Obrigada Leila, também gosto muito da palestra do Gary. Agradeço também pelos elogios.

Não sinta-se mal por não conseguir parar com os derivados de animais de uma só vez, cada pessoa tem um ritmo.

Um abraço,

=)

taty disse...

Deborah,
Parabéns pelo texto.
Acho que tudo isso é reflexo de uma sociedade cada vez mais individualista e alienada, na qual as instituições se tornam em apenas um meio para que haja o crescimento próprio e não para que atue em benefício da coletividade.
Vide os comentários que lemos aqui.

disse...

OI Débora!
Também gostei do seu post.
Dentro da universidade pública tem sim gente arrogante, metida, panelinha e tudo mais. Vejo isso como "refelexo" da sociedade mesmo, elitista,excludente e fechada para a sociedade. Infelizmente acaba se reproduzindo isto dentro da universidade, por isso, como já disseram alguns, não vejo isso como "exclusivo" da Universidade, mas que as Uiversidades tem uma "especificidade" em sua maneira de ser. Não sei se estou sendo clara, mas vejo "arrogânia" etc em vário meios, me perdoem não é nada pessoal, mas há arrogâncias no meio médico, empresarial, artisístico!, etc etc...Não acha?
Por isso, ainda que por vezes ficamos putos de pessoas arrogantes, e é compreensível, vejo isto tudo não como "culpa" (por falta de outra palavra..) destas pessoas, mas fruto da sociedade excludente, de classes etc. Neste sentido, sei q vc não faz isso, mas em última instância, temos q mudar a sociedade como um todo para q isto mude tb, por isso o foco sempre acredito ter q ser em como nossa sociedade faz assim, e tentarmos mudar!
Agora o lado bom de universidade, principalmente as públicas (sem pm! rs), é que ainda se tem uma liberdade para ser diferente! Podem até te criticar, mas diferentemente de outros meios, há uma relativa liberdade para vc não ser "demitida", "expulda da faculdade", tenha que seguir as regrs da empresa etcetc...
Isto também é a autonomia da unversidade pública, a autonomia de pensamento..
Isto não te parece libertador?? A universidade pública ainda garante esta liberdade. Se vc quiser, pode xingar (desde q respeite a pessoa, e ataque apenas suas ideias) e escrever uma puta carta "contra" os metidos que não vão te "expulsar" da universidade por isso.rsrsrrs Acho isso o máximo!

Bjão e nem sei se te respondi no sentido do post...Boa sorte!

Nanda disse...

OFF - Segundo a SuperInteressante, homens ricos preferem mulheres magras e homens pobres preferem mulheres gordas:
http://bit.ly/pkxRVq

disse...

ops..
* refelexo-reflexo
*espulda- expulsa
e talvez outros erros mais, desculpe

S. disse...

"O francês é um idioma très chic et sexy... qq palavra em francês soa sensual, je pense..."

Sou professora de língua e cultura francesas, e esse tipo de comentário presta um grande desserviço ao meu trabalho. O francês não é um "idioma très chic et sexy", é um instrumento de acesso à uma outra cultura, que tem muito a nos ensinar, tanto com seus aspectos positivos quanto negativos. A cultura francesa está na base da estrutura da nossa universidade (o caso da USP mais precisamente)está na base do nosso direito, e em tantas outras áreas. Dominar um idioma é uma maneira poderosa de AGIR no mundo, de derrubar barreiras, de aceder a novos e diferentes espaços e pensares. Não é fazer beicinho, conhecer grandes perfumes ou cantar as canções da Carla Bruni.

Queria também apenas observar a diferença entre educação e formalismo. Tratar um presidente por "senhor" quando se é seu amigo íntimo, como alguém aqui mencionou, não é educação, é formalismo. Isso é muito fácil. Educação é outra coisa. Educação é olhar nos olhos do garçon quando se fala com ele, é dar um sorriso para o ascensorista, é RESPEITAR sobretudo quem não tem voz e vez nessa nossa sociedade tão desigual. É não dizer para uma "gordinha que quer se aceitar" que você vai dormir linda e magra e sei lá mais o que, é não ficar agourando porque uma mulher gorda caiu e precisou de 6 homens para levantá-la, em resumo, educação, no meu ponto de vista, é respeito ao próximo, aos seus sentimentos, às suas aspirações.

aiaiai disse...

to rindo muito da matéria da super postada pela nanda. Eu sou magra e só arrumo namorado pobre kkkkkkkkk
Cadê os ricos que não me enxergam?!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Leila Silva disse...

Meia água, eu também ensino francês e assino embaixo, é isso mesmo.

Anônimo disse...

Oi Débora, Lola e demais leitor@s..

Bom, compartilhei durante muito tempo essa mesma opinião sobre a galera da USP.. .E não discordo nem um pouquinho de vc.. É bem bizarro mesmo, em diversos encontros a pessoa falar o nome seguido da formação... Parece um passaporte pra credibilidade.. Tipo um "Sou formado, sei do que to falando.."

Eu nunca tinha ido na USP até conhecer a Luiza... E demorou muito pra eu começar a me sentir a vontade la dentro.. Nos primeiros dias, andava acuado, sentindo que a qqr momento alguém ia virar pra mim e gritar: "sai daqui, demônio, cê nem é aluno da USP", principalmente quando ia no bandeijão almoçar..

Mas acabei rompendo um pouco esse 'muro' depois que conheci uma galera que compartilha dessa idéias e que, dentro do movimento estudantil, lutam pra mudar a cena...

Participei de alguns debates e achei muito bom que alunos discutam o aspecto elitista da universidade e que entendam os privilégios que permitiram que eles passassem pela peneira fina...

É gente que, apesar da diferença de classe, consegue entender as dificuldades alheias, ao invés de olhar o próprio umbigo..

E nesses debates alguém sempre levantou a questão de que as i´deias produzidas ali PRECISAVAM SAIR, ganhar as ruas, a sociedade e que não dava pra ficar falando pra eles mesmos...

Tem sido uma experiência bem interessante, olhar tudo mais de perto. Da pra sacar coisas que a gente sequer imaginava (ou fazia de forma equivocada)...

Gente arrogante é o que não falta na universidade, seja ela paga ou pública.. NAs públicas é pêór pq galêros se acha super especial por ter passado no vestibular... E a maioria não se dá conta da estrutura excludente que mantém a maioria lá fora...

Depois destes contatos com a USP comecei a entender mais ainda a importância da luta pela abertura daquele espaço.. E que, se é púbblico, tem que ser ocupado.. E que se é paga pela sociedade, o conhecimento adquirido ali dentro tem de voltar pra sociedade e não servir pra atender anseios individuais de enriquecimento e estabilidade financeira..

Eu sempre tive essa visão sobre a universidade, de que é importante, bla-bla-bla até por ser mto mais próximo da família do meu pai e ser o único (dos mais de 50 membros) com curso superior.. Qdo consegui a bolsa do PROUNI pra cursar Sistemas de Informação comecei a ver as coisas de outro angulo... Na verdade, todo o processo de preparação pro ENEM, e as discussões dentro da universidade me fizeram ver que aquilo era uma babaquice sem fim.. Principalmente na área da informática... Ninguém pensa a tecnologia como forma de libertação, como ferramenta de debates e de acesso a informação..

É só um meio pra ganhar dinheiro...
E durante os 4 anos de curso senti muita falta de debates reais, sérios, de troca de idéias em sala de aula..

Mas foi uma boa experiência...

No fim, acho que, bom o mau, o acesso a universidade tem disso.. Abre a cabeça pra um novo mundo e a longo prazo pode ter alguma vantagem..

Regina Prado disse...

@A.H.B
Sim eu sei que tem esse curso, também um outro de mestrado na Unesp e vários outros agora pelo país, mas é exatamente isso que digo, para que você tenha acesso a essas pesquisas e informações, ao estudo de toda uma etinia cujo componente é importantíssimo para se entender a cultura brasileira é necessário ingressar nas melhores Universidades do Pais. Ou pelo menos frequentá-las. Quantas pessoas são privadas desse tipo de conhecimento por não terem ou saberem como ter acesso a esses locais e essas pesquisas? Isso não se restringe tão somente aos estudos relacionados a índios, mas a negros, mulheres e toda sorte de "minorias"... Na escola pública, faculdades particulares e até mesmo nas escolas particulares, perpetua-se o ensino dos "Vencedores". Exatamente como a autora do post nos relatou.

Annah disse...

@Regina Prado: sim, concordo com você. Acho lamentável que esse tipo de conteúdo fique restrito à faculdade.
Por isso mesmo indiquei o livro.
Aqui na USP tem muita gente que gostaria de ver a democratização do ambiente universitário, que houvessem mais vagas, que atendêssemos mais a população, etc.
No que posso fazer agora, gostaria que você, se mora em São Paulo ou estiver passando pela cidade, sinta-se convidada a visitar nossa biblioteca (por ser um acervo público, ela é aberta a população) e assistir a aula que você desejar, que também são abertas. (lembro de um curso em que era prestigiado por duas senhorinhas) (ainda não tentaram fechar a FFLCH com catracas, ainda bem!)

Massoria disse...

Danielle mandei um e-meio =]
também acho que precisamos manter contato =p, Vê la =]

Priscila Torres disse...

Gostei muito do texto da Déborah!
Acredito que se o conhecimento fosse acessível a todos, existiria uma grande variedade de pontos de vistas e contribuições, advindas de várias camadas sociais.
Li alguns comentários que me deixaram triste, como os deboches de alunos de universidades particulares.
Isso tudo é resultado do sistema de ensino excludente, que exalta o aluno que aprendeu, e oprime o aluno que não conseguiu aprender. Isso cria um contraste entre os alunos, separando-os entre os 'melhores' e os 'piores'. Eu gostaria que nas escolas os professores incentivassem mais os alunos a trabalharem em grupo, afim de que um ajudasse o outro aprender. O que mais vejo nas escolas é a concorrência, e a coperação não é exaltada.
Infelizmente formam-se pessoas aptas a competir, e passar em uma universidade pública, para alguns, é se alto afirmar "Eu consegui vencer essa competição,sou o melhor".
Sempre quando vejo este preconceito, imagino aquele CIDADÃO dizendo: Tá vendo aquele prédio moça?Eles me estudam lá, mas eu que sou seu objeto de estudo, não consigo entrar.
Beijos Lola :)

Anônimo disse...

Roxy 25.11.06:15
Três palavras procê:
- Então estamos conversadas?

Anônimo disse...

é verdadi eu pizei na bola cuando dice deuses cendo u corretu dioces i iço me paça con una cierta frecuncia por cuenta de la similitud entre les deux langues mais maintenant je suis mezclando los idyomas et esto vai dar em muita xateación para los oidos y ojos plus de apurados... je suis desolée... arriverdela... arriverdeti... forget me not...

Loja Moeggall disse...

HAHAHAHA, Lisana, adorei!!!

Bjs

alice disse...

adoro seu blog, deborah! lembro q eu fiquei muito surpresa qd descobri q vc n tinha curso superior justamente por achar q vc tinha uma cabeça tão boa, era tão bem informada e escrevia tão bem. preconceito meu, né? e vc me fez ver isso, hoje eu sou capaz de prestar mais atenção em pessoas q tem segundo grau e me sinto envergonhada de como eu era.
é pq euzinha só comecei a abrir a cabeça qd entrei na faculdade (mas isso pq eu estudei no colégio militar, q é altamente alienante) e fui criada pra pensar assim tb.

enfim, discordo de quem disse q as pessoas q criticam essa postura arrogante/elitista o fazem por n conhecer esse ambiente. é tipo chamar de recalcado, né?
eu posso falar por mim, q passei em 2 vestibulares bem concorridos, muito bem classificada e sem cursinho. cumpro o requisito da "conquista intelectual" para poder criticar? grata

pois bem, eu tinha um encantamento pelo ambiente universitário pq fui criada pra pensar assim. minha mãe sempre exaltou muito o pai por ser um cara culto, era mto frustrada por ela mesma n ter vivido essa experiência. fora isso, eu sou pobre, né? e a faculdade era o meio mais fácil de se ganhar algum dinheiro, na minha cabeça, pq do contrário estaria restrita a empregos q pagam muito mal.

fiquei extremamente decepcionada qd vi como as coisas funcionavam. primeiro q é uma zona. o aluno é jogado em sala, ninguém informa nem onde é a xerox, a biblioteca, a secretaria, oq se deve fazer, os procedimentos, onde se informar, onde reclamar, para quem reclamar, as ementas das matérias, a bibliografia recomendada... não informam nada!

no 1º período, eu não sabia oq era uma eletiva e entendi que se eu abandonasse não afetaria minha grade, achava q era um "plus" na formação. me inscrevi (lembrando: sem saber a ementa), assisti a uma aula pra ver sobre oq se tratava, não gostei e abandonei. aí fui reprovada (e só soube no semestre seguinte, qd fui me inscrever nas novas matérias). nem sabia q havia como pedir o cancelamento na secretaria.

alice disse...

fora que é chocante vc entrar em sala e se sentir uma intrusa pq mais da metade da turma é ex aluno de são bento, santo agostinho, santo inácio... eu era o estranho no ninho. nós não eramos parecidos nem fisicamente (são todos brancos, magros, de cabelo liso e roupas compradas em ipanema, chega a ser engraçado como eles se parecem), muito menos em histórico e estilo de vida. eu às vezes tentava entabular conversa ou até mesmo perguntar as horas e era ignorada. tentei me integrar com as cotistas, mas tb não fui aceita no grupo. cheguei a conclusão de q o ser humano é podre e egoísta. e só fui fazer amizades no semestre seguinte, com pessoas q estavam igualmente perdidas e se sentindo excluídas.

mas então: vários alunos já chegavam no começo do ano com livros comprados de pessoas q eu nunca tinha ouvido falar. como eles sabiam a bibliografia recomendada se isso não é informado? pq tiveram familiares e/ou amigos q já conheciam o curso e iam adiantando as coisas. tratavam os autores só por um nome ("eu li no Paulo que..." e eu pensando: "que Paulo?!")

falavam de um jeito empolado (pq simplesmente estavam repetindo palavras do autor) quando há formas muito mais simples e didáticas de se explicar algo. isso não é pedante? existe algum motivo pra isso sem ser o de se exibir e excluir da conversa os não-iniciados?

lembro de um dia q eu fui fazer uma prova, pra um cargo de ensino médio, e tinha q diferenciar planejamento estratégico de tático. pra mim, que não entendo lhufas de Administração. e esse uso de palavras cujo conceito técnico é diferente da acepção geral na língua portuguesa, aquela usada no jornal e vista no dicionário, acontece em todos os cursos.

mas o conhecimento não deveria ser acessível a todos? eu preciso mesmo ser formada em algum curso pra entender melhor um problema pelo qual estou passando (e aí, sim, já informada, procurar um profissional)? ou eu tenho q confiar em qualquer um, às cegas, ficando muito mais exposta à vontade do outro?

alice disse...

to me usando como exemplo pq eu me identifico como uma pessoa do povo, sabe? que não tem amiguinhos influentes pra ajudar por aí, q sempre teve q se virar sozinha pra resolver tudo. eu me sinto muito vulnerável o tempo todo e não esperava sentir isso num ambiente q eu "mereci" estar. eu cumpri o requisito deles, passei no vestibular, e aí? cadê o retorno?

admiro muito quem teve chances de aprendizado desde pequeno e entra na faculdade já sabendo tudo, sendo politizado, esperto e com a minha idade já é doutor. essas pessoas com certeza serão os futuros figurões de empresas, do governo, escritores... eles têm mais é q aproveitar essa sorte de ter nascido bem para produzir conhecimento.

mas as pessoas comuns, q precisam aprender desde o básico, se sentem intimidadas. seria legal q a primeira semana de aula fosse, no lugar dos trotes imbecis, com palestras sobre a profissão, sobre o curso, sobre as linhas q se pode seguir. aliás, isso podia ser informado ANTES da gente ter q escolher o curso e prestar vestibular.

eu entrei na faculdade sem saber muito bem oq era um bacharel de direito. eu sabia q era faculdade pra virar advogado e juiz. mas não sabia oq era o ministério público, não sabia q a palavra "procurador" podia significar 5 coisas diferentes e vivia confundindo.

não q eu estivesse aquém dos outros, tivesse entrado sabendo menos. eu sabia oq era cobrado no vestibular, as coisas ensinadas na escola, era boa aluna, lia jornal todo dia. mas pra todo o resto eu era uma folha em branco. e a faculdade n me ajudou em nada.

só fui entender melhor oq eu tava fazendo ali lá pelo 4º ou 5º período, pesquisando por conta própria. pq foi uma fase em q metade da minha turma já estagiava e eu não me sentia preparada, n sabia se era a hora certa, estava perdidaça. depois até me tranquilizei e vi q valia a pena esperar mais 1 ano, vi as opções q eu tinha e tal. mas tudo na base do erro-e-acerto. tipo perder uma oportunidade e ficar mais ligada pra qd ocorresse a próxima. isso não é excludente, não privilegia quem já tinha conhecimentos prévios?

alice disse...

acho que a faculdade deveria ser aberta a qualquer um pra se informar e integrada às escolas. acho q as disciplinas deveriam ser ensinadas isoladamente, ou em blocos menores, mas nada muito amarrado como é hoje. e quando fosse a hora de entrar no mercado de trabalho, a empresa ou o governo q deveria fazer um exame de seleção criterioso, não baseado em diplominhas.

se há um núcleo de conhecimento do qual todos deveríamos saber, ele tem q estar na escola, no ensino básico gratuito e universal. eu reformularia as escolas tb, pq acho um absurdo a gente sair de lá sem aprender a respeitar os outros, mas sabendo resolver um polinômio de terceiro grau. é um absurdo gente q sai da escola sem dominar a própria língua (e eu nem falo em classificar sintaxe ou ficar de preciosismo, mas simplesmente poder participar de igual pra igual num debate como esse aqui nos comentários) e entender um pouquinho a sociedade em q se insere. pq não conhecimentos instrumentais para uma profissão, são necessários na vida mesmo, no dia a dia.

acho até q de uns anos pra cá virou obrigatório o ensino de sociologia e filosofia, mas eu não tive essas coisas no colégio. eu nunca tinha ouvido falar em uma série de autores (e continuei na ignorância pq esse não era o foco do meu curso). mas saí da escola sabendo calcular nox, fazer transcrição de dna, analisar movimento dos corpos no vácuo (!!!) e tantas outras coisas q nunca vão ser úteis na minha vida, a não ser q eu tivesse seguido uma carreira tecnológica.

e outra coisa: pq há profissões q não exigem ensino superior (tanto q não há "faculdade de mecânico" ou "bacharel em conserto de computadores")? são profissões especializadas, com mão de obra q precisa ser qualificada, então pq não são consideradas ensino superior? pq o ensino técnico é colocado abaixo do universitário e lado a lado com o ensino médio, se ele vai muito além doq a escola ensina? só posso deduzir q isso é pq seria admitir q é uma forma de conhecimento equivalente ao de um dentista e justificaria q um mecânico tivesse o mesmo prestígio na sociedade.

alice disse...

ahh, liana, eu tb vi essa serie de documentários sobre educação no Futura. ameeeei a da filândia, fiquei babando mesmo. achei um barato q numa turma com alunos tão educados e respeitosos, todos com um nível de vida muito parecido, haja tantas vocações distintas: uns querem ser professores, outros médicos, outros policiais, outros artistas. sem essa nóia de ter q galgar posições XYZ para receber dignamente e não ser desprestigiado.

já o da coréia é assustador demais, chegou a me deprimir, parece ser exatamente o oposto. é mais próximo com o nosso, infelizmente. (não passou ep daqui do brasil, mas passou do chile, q é parecido)

Flavia Vianna disse...

Deborah.

É ótimo ver novamente um dos seus guests posts aqui no blog da Lola.

Apesar de discordar um pouco sobre as tuas posições quanto ao veganismo, o teu post sobre a universidade é ótimo. Essa arrogância de alguns membros da academia me irrita um pouquinho. Não dá para entender a necessidade que alguns tem em mostrar erudição o tempo inteiro. Aliás, uma grande amiga minha e colega de curso (explicando, faço UFF, História, para ser mais precisa) comentava sobre este tipo de atitude quando fomos assistir a comunicação de outra amiga nossa.

E sobre o Lattes: para alguns estudantes, ele é motivo de piada. Para a gente, atualizá-lo é o nosso momento de pagar penitência, hehehe!

Ps: lembrei de você outro dia. Uma das vans que vende cachorro-quente e hambúrguer perto de um dos campus da UFF faz hambúrguer de carne de soja. Provei, e é uma delícia.

Flavia Vianna disse...

E, Déborah, você não invadiu um espaço que não lhe pertence. Você ocupou um espaço a que você tem direito.

Anônimo disse...

Obrigada Ana Alice :D

"falavam de um jeito empolado (pq simplesmente estavam repetindo palavras do autor) quando há formas muito mais simples e didáticas de se explicar algo."

Também noto isso!

Adorei seu depoimento, de verdade, concordo com tudo!

E obrigada Flávia =)

Anônimo disse...

Excelente post, Lola, muito sensível.

Natália disse...

O texto da Débora me lembrou uma fala de um segurança do campus da UnB, em 2009, durante a aula da inquietação de Miguel Nicolelis. O que me chama atenção é a parte na qual ele fala que poderia ajudar a contribuir de alguma forma para a pesquisa acadêmica. Seria interessante se houvesse esse espaço para pesquisadores não-universitários. Segue a transcrição e o link abaixo:

"Bom dia a todos, parabéns pela palestra professor, como o senhor mesmo pode ver eu sou vigilante dessa universidade. E eu tenho [uma] curiosidade impossível, né. Gostaria de saber se as pesquisas científicas, se as dúvidas científicas, elas podem ser respondidas com as respostas empíricas. O que é que eu quero dizer com isso, que haja uma universidade onde a dúvida não fique apenas debaixo das lâminas dos laboratórios ou dentro dos laboratórios. Se essa interação, se essa interface, ela pode juntar mais e quebrar esse muro que existe entre universidade e sociedade, porque, às vezes, eu sinto que se eu fizesse parte de um grupo que tentasse dar respostas a pesquisas que são feitas em ambientes fechados, como muitos outros, ajudaria a contribuir de alguma forma. Então é nessa universidade, nessa Brasília impossível, eu acho que deveria ter um portal, alguma coisa parecida, que esteja aberto para responder a dúvidas científicas"
http://www.youtube.com/watch?v=Doy_UHas7kM&feature=related

Anônimo disse...

A arrogância na universidade existe e é daninha ao debate, à produção intelectual e a muito mais coisas que supostos egos frágeis, que ademais eu não sei por que não mereceriam respeito em espaços públicos...
Sem falar na desonestidade intelectual - algo altamente indesejável para uma universidade - do humanismo retórico.
Eu não jogaria a universidade fora, mas acho-a um espaço com seus vícios e passível de críticas como qualquer outro espaço coletivo.

Ângela

SeekingWisdom disse...

Nossa Deh, adorei, n conhecia esse texto. Já debatemos antes (^^) no blogueiras feministas. Enfim, vi esse texto hoje e queria dizer que achei muito relevante. Pena n ter tido conhecimento dele no auge da discussão. Bjs!