Foi um leitor no Twitter que, injuriado, me pediu pra ler a matéria da revista National Geographic. Como ela está em inglês, suponho que seja da edição internacional. A princípio, não entendi o título, que na realidade são dois: “Machisma” (que diabos é isso?) e “O Girl Power do Brasil”. Como assim, Girl Power? O artigo nem fala de meninas (girls), e sim de mulheres. Mas é até bem pesquisado, e o tema, a julgar pelo subtítulo (eu que traduzo), é “Como uma mistura de empoderamento feminino e novelas picantes ajudou a diminuir a taxa de fertilidade brasileira e alimentou sua economia vibrante”. Basicamente é sobre como houve uma mudança drástica na sociedade brasileira. Agora a média de filhos é de 1,9 por casal, menor que a americana.
Esqueceram de avisar os brasileiros. Sempre que a nossa classe média fala do subdesenvolvimento do país e de por que não vamos pra frente, joga a culpa nos brasileiros (geralmente nordestinos) que têm dez, quinze filhos. Esta obviamente é uma visão elitista, porque ninguém critica famílias ricas que querem ter um time de futebol. Já cansei de ver gente defendendo esterilização em massa para pobres.
Essa galera está mal informada em pelo menos três décadas. Não sabe, ou não crê, que o Brasil não é mais um país rural. Agora somos majoritariamente urbanos. Portanto, aquela prole numerosa que era útil no campo torna-se um estorvo nas grandes cidades, onde o custo de vida é alto. Em menos de duas gerações, de acordo com a reportagem, a média de filhos dos brasileiros foi de 2,36 para os atuais 1,9. Este é quase um crescimento negativo (ou seja, morre mais gente do que nasce), e, ao contrário do que pensa nossa classe média, isso não é necessariamente bom. Primeiro porque é uma questão de tempo para que sejamos ultrapassados no título da quinta maior população mundial. E uma das nossas forças, da atração que o Brasil exerce sobre os outros países, é justamente ser tão populoso (um número maior de consumidores). Segundo que ter crescimento negativo envelhece a população, o que acaba arrebentando um já frágil sistema de previdência.
Com esses dados nas mãos, e tentando entender porque levou 120 anos para a população declinar na Inglaterra, e aqui, levou 40, a pesquisadora Cynthia Gorney foi atrás de explicações. Fora a industrialização do país, a oferta de pílulas anticoncepcionais num país católico, mas católico relaxado (uma característica muito nossa — ninguém leva a religião menos a sério que a gente, exceto quando o papa vem visitar o maior país católico do planeta. Aí sim viramos todos apostólicos romanos), em que poucos acham pecado controlar a reprodução, um dos motivos pra nossa baixa taxa de fertilidade é que inúmeras mulheres foram esterilizadas. Muitas sem querer, o que é criminoso. Outras querendo, e pedindo pra que o médico engatasse uma cesárea (somos recordistas) com uma ligação de trompas.
Mas aí a pesquisadora entra num terreno movediço sobre a força das brasileiras. Lógico que eu, como feminista, adoro essa ideia. O problema é que o tom do artigo dá a entender que esse empoderamento das mulheres é algo negativo. A pesquisadora diz que, apesar do machismo e dos altos índices de violência doméstica, nós, ao contrário dos americanos, elegemos nossa primeira presidenta. Segundo um obstetra chileno que mora no Brasil há décadas, entrevistado pela reportagem, “A taxa de fertilidade declinou porque as mulheres decidiram que não queriam mais filhos. As mulheres brasileiras são muito fortes. Foi só elas decidirem”. É bom saber que a gente é forte, não?
Uma executiva de marketing do Rio consultada pelo artigo conta: “Nós mudamos tão rápido. Decobrimos que para muitas mulheres jovens, a primeira prioridade é a educação. A segunda é a profissão. E a terceira é ter filhos e um relacionamento estável”. Não sei quanto a você, mas eu considero fascinante ver uma revista estrangeira falando da nossa mudança de prioridades.
Só que a pesquisadora não parece achar bom que as brasileiras estejam querendo ter menos filhos para investir mais em cada um. E então ela fecha a reportagem (deixando aquela lenga lenga de novelas picantes sem explicação) com uma contradição. Ela senta com um grupo de meia dúzia de jovens executivas em SP. Depois de folhearem revistas para pais (ou melhor, mães) cheias de anúncios de produtos de luxo para bebês, o grupo conclui que não precisa daquilo e que quer uma vida mais simples. Pô, o que incomoda tanto a pesquisadora? Pelo que ela mesma escreveu, as brasileiras mudaram, sabem o que querem, e têm poder. Como isso é ruim?
Então eu quis saber o que incomodava o meu leitor, aquele que pediu pra que eu lesse o artigo. E fiquei pasma: ele estava revoltado com a reportagem porque ela ia contra o que ele ainda acreditava sobre o próprio país — que por aqui os pobres continuam tendo filhos às pencas. Para ele, era inaceitável que a pesquisadora não tivesse citado o caso de seu estado em particular, porque lá sim, ele tinha certeza, a situação era diferente. Expliquei pro rapaz que a pesquisadora fala da média de filhos no Brasil; logo, ela não tem que falar de cada estado. Tenho percebido que as pessoas têm dificuldade com essa palavrinha, média. Outro dia estava falando com alunos sobre média salarial no Brasil e eles começaram a falar que não é assim, que alguns ganham mais, outros menos, e eu respondi que era exatamente isso, estávamos falando da média. Pelo jeito é um conceito abstrato que as pessoas não aceitam muito bem, como vi por esse leitor, que queria porque queria que os resultados da reportagem se encaixassem na sua noção pré-concebida (e atrasada em três décadas).
Pois é, gente: mudamos. Adaptem seus pensamentos à nova realidade. E não temos o que temer: a realidade é amplamente positiva. Somos o país do futuro. Agora vai.
Essa galera está mal informada em pelo menos três décadas. Não sabe, ou não crê, que o Brasil não é mais um país rural. Agora somos majoritariamente urbanos. Portanto, aquela prole numerosa que era útil no campo torna-se um estorvo nas grandes cidades, onde o custo de vida é alto. Em menos de duas gerações, de acordo com a reportagem, a média de filhos dos brasileiros foi de 2,36 para os atuais 1,9. Este é quase um crescimento negativo (ou seja, morre mais gente do que nasce), e, ao contrário do que pensa nossa classe média, isso não é necessariamente bom. Primeiro porque é uma questão de tempo para que sejamos ultrapassados no título da quinta maior população mundial. E uma das nossas forças, da atração que o Brasil exerce sobre os outros países, é justamente ser tão populoso (um número maior de consumidores). Segundo que ter crescimento negativo envelhece a população, o que acaba arrebentando um já frágil sistema de previdência.
Com esses dados nas mãos, e tentando entender porque levou 120 anos para a população declinar na Inglaterra, e aqui, levou 40, a pesquisadora Cynthia Gorney foi atrás de explicações. Fora a industrialização do país, a oferta de pílulas anticoncepcionais num país católico, mas católico relaxado (uma característica muito nossa — ninguém leva a religião menos a sério que a gente, exceto quando o papa vem visitar o maior país católico do planeta. Aí sim viramos todos apostólicos romanos), em que poucos acham pecado controlar a reprodução, um dos motivos pra nossa baixa taxa de fertilidade é que inúmeras mulheres foram esterilizadas. Muitas sem querer, o que é criminoso. Outras querendo, e pedindo pra que o médico engatasse uma cesárea (somos recordistas) com uma ligação de trompas.
Mas aí a pesquisadora entra num terreno movediço sobre a força das brasileiras. Lógico que eu, como feminista, adoro essa ideia. O problema é que o tom do artigo dá a entender que esse empoderamento das mulheres é algo negativo. A pesquisadora diz que, apesar do machismo e dos altos índices de violência doméstica, nós, ao contrário dos americanos, elegemos nossa primeira presidenta. Segundo um obstetra chileno que mora no Brasil há décadas, entrevistado pela reportagem, “A taxa de fertilidade declinou porque as mulheres decidiram que não queriam mais filhos. As mulheres brasileiras são muito fortes. Foi só elas decidirem”. É bom saber que a gente é forte, não?
Uma executiva de marketing do Rio consultada pelo artigo conta: “Nós mudamos tão rápido. Decobrimos que para muitas mulheres jovens, a primeira prioridade é a educação. A segunda é a profissão. E a terceira é ter filhos e um relacionamento estável”. Não sei quanto a você, mas eu considero fascinante ver uma revista estrangeira falando da nossa mudança de prioridades.
Só que a pesquisadora não parece achar bom que as brasileiras estejam querendo ter menos filhos para investir mais em cada um. E então ela fecha a reportagem (deixando aquela lenga lenga de novelas picantes sem explicação) com uma contradição. Ela senta com um grupo de meia dúzia de jovens executivas em SP. Depois de folhearem revistas para pais (ou melhor, mães) cheias de anúncios de produtos de luxo para bebês, o grupo conclui que não precisa daquilo e que quer uma vida mais simples. Pô, o que incomoda tanto a pesquisadora? Pelo que ela mesma escreveu, as brasileiras mudaram, sabem o que querem, e têm poder. Como isso é ruim?
Então eu quis saber o que incomodava o meu leitor, aquele que pediu pra que eu lesse o artigo. E fiquei pasma: ele estava revoltado com a reportagem porque ela ia contra o que ele ainda acreditava sobre o próprio país — que por aqui os pobres continuam tendo filhos às pencas. Para ele, era inaceitável que a pesquisadora não tivesse citado o caso de seu estado em particular, porque lá sim, ele tinha certeza, a situação era diferente. Expliquei pro rapaz que a pesquisadora fala da média de filhos no Brasil; logo, ela não tem que falar de cada estado. Tenho percebido que as pessoas têm dificuldade com essa palavrinha, média. Outro dia estava falando com alunos sobre média salarial no Brasil e eles começaram a falar que não é assim, que alguns ganham mais, outros menos, e eu respondi que era exatamente isso, estávamos falando da média. Pelo jeito é um conceito abstrato que as pessoas não aceitam muito bem, como vi por esse leitor, que queria porque queria que os resultados da reportagem se encaixassem na sua noção pré-concebida (e atrasada em três décadas).
Pois é, gente: mudamos. Adaptem seus pensamentos à nova realidade. E não temos o que temer: a realidade é amplamente positiva. Somos o país do futuro. Agora vai.
147 comentários:
' E não temos o que temer: a realidade é amplamente positiva. Somos o país do futuro. Agora vai.'
Vai, vc vai ver pra onde ele vai no dia que a china diminuir a fome por comodities.
'Expliquei pro rapaz que a pesquisadora fala da média de filhos no Brasil; logo, ela não tem que falar de cada estado. Tenho percebido que as pessoas têm dificuldade com essa palavrinha, média.'
As pessoas não tem um 'problema', elas ENTENDEM o conceito (pelo menos as que tem um pingo de raciocínio lógico) e sabem que é uma das formas mais furadas de chegar numa conclusão forçada.
Por exemplo, se uma fábrica A produz 10 e uma B produz 20, e no ano seguinte a A produz 9 a a B 30, alguma criatura sem lógica e má intencionada pode querer dar a entender que a situação de todas melhorou, só porque a MÉDIA aumentou.
Claro, pra isso tem que omitir dados sobre lugares específicos.Que foi justamente o que esse artigo fez.
Grande surpresa!
A redução do ritmo do crecimento da população é a chamada face de dois legumes.
Por um lado é bom tem uma população estável, possibilita um menor impacto no meio ambiente, facilita a a universalização de serviços como educação e saúde.
Por outro, cria-se um problema previdenciário, com o envelhecimento da população e o respectivo aumento na demanda por alguns serviços.
HIHIHI EU RI COM O "FACE DE DOIS LEGUMES" DO BRUNO.
SE NÃO FOSSE BLOG EU PENSARIA QUE LI UMA VELHA CARTILHA DOS ANOS 70,DESDE AQUELE TEMPO "NINGUÉM SEGURAVA O BRASIL".
CRESCIMENTO SÓ SE DÁ COM MELHORA NA EDUCAÇÃO.COM ESSA EDUCAÇÃO FRACA QUE TEMOS, NÃO DURA. BASTA VER OS ÍNDICES COMPARATIVOS ENTRE NOSSOS ALUNOS E OS DE OUTRO PAÍSES. ENQUANTO A POPULAÇÃO FOR IGNORANTE,O PAÍS FICA AMARRADO AO CRESCIMENTO DE VÔO DE GALINHA.
NÃO SABIA DESSE SEU UFANISMO,É MAIS UMA FACETA INTERESSANTE SUA
'Essa galera está mal informada em pelo menos três décadas. Não sabe, ou não crê, que o Brasil não é mais um país rural. Agora somos majoritariamente urbanos. Portanto, aquela prole numerosa que era útil no campo torna-se um estorvo nas grandes cidades, onde o custo de vida é alto.'
Quem está mal informada é vc.
Se o brasil é rural ou não, isso é irrelevante pra que as pessoas que não tem educação continuem fazendo dez filhos sem ter dinheiro pra criar.
Fonte:UNICAMP:
'O crescimento dos grandes centros urbanos ao invés de possibilitar uma melhoria na qualidade de vida, gera condições precárias de vida para grande parte da população. '
'
'Segundo a coordenadora do Laboratório de Habitação e Assentamentos Urbanos (LabHab) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Maria Lúcia Refinetti Martins, alguns dados evidenciam o crescimento das favelas. O primeiro é que o aumento da população em favelas É MAIOR QUE A MÉDIA do crescimento da população como um todo, ou seja, a quantidade de favelas está aumentando no Brasil. O segundo dado é o inchaço das favelas já existentes. '
http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=289
Acho que isto tem a ver com a mudança de perspectiva para as mulheres. A gente sabe que se parirmos um monte de filhos, para a maioria isso significaria tanto uma prisão quanto praticamente nos impossibilitaria o desenvolvimento de outras áreas da nossa vida. Não digo que é assim para todas, claro.
O fato de que o cuidado com as crianças é quase que completamente centrado no papel da mãe também é um incentivo para evitar aquela escadinha de filhos.
E francamente, conversando com mulheres já bem idosas, da minha família e conhecidas, todas tiveram muitos filhos e diziam que se dependesse só delas aquilo não teria acontecido. Dizer "não", ter acesso a métodos anticoncepcionais, ter controle sobre o próprio corpo não eram opções para elas. São elas mesmas que nos incentivam a ter poucos filhos, dizem que temos que aproveitar a vida e não ficarmos trancadas dentro de casa a vida inteira, se martirizando em função dos outros.
Agora, só não podem jogar em cima da mulher a responsabilidade sobre as contas públicas. É o país que deve se adaptar a essa nova realidade e não o nosso útero.
É só pra mim que fica estranho, num país com tamanha desilgualdade social, falar em média???
'Por outro, cria-se um problema previdenciário, com o envelhecimento da população e o respectivo aumento na demanda por alguns serviços.'
Bruno, isso se chama esquema ponzi.
google.
O problema não é o suposto baixo crescimento da população, mas sim o povo acreditar num sistema que já nasce fraudulento.
também somos o país do futuro há mais ou menos 3 décadas, no entanto...
sim, muita coisa melhorou. temos uma democracia. mais pessoas chegam a faculdade e hoje não é utopia que o filho da doméstica faça curso superior. carne e TV por assinatura estão mais acessíveis também.
mas precisamos urgentemente resolver o problema da educação. é a chave para erradicação da ignorância e do clientelismo, e consequentemente dessa corrupção desenfreada, que reflete em saúde de má qualidade, segurança de má qualidade, escolas caindo aos pedaços...
mas voltando a taxa de natalidade, é sempre positivo. os países ricos mais desenvolvidos tem a pirâmide etária invertida. claro que isso trás problemas previdenciários, mas uma educação de orçamento doméstico poderia ajudar a resolver, sei lá...
@Ni: não é só vc não, olha só o meu segundo comentário
Bom Lola eu acredito que o futuro do Brasil será muito melhor, apesar dos pesares, acredito muito nisso, e acho que a redução do número de filhos é um exelente sinal disso, mesmo que a população envelheça, encontraremos meios de resolver a questão.
Embora pareça que vc não pensa assim, mas sou a favor do controle de natalidade.
Na minha opinião apesar dessas pesquisas, ainda acho que ha muita paternidade irresponsavel, e acho que deveria haver politicas públicas para interferir nisso.
Mariana: '...hoje não é utopia que o filho da doméstica faça curso superior...'
É ótimo, principalmente pra propaganda petralhas.
Hoje em dia toda esquina tem uma fábrica de diploma.Pro mundo real, é coisa que não vale nada.
Essa reportagem também saiu aqui no Brasil, na edição da Nat Geo de setembro. Foi uma edição especial sobre mulheres e tem umas reportagens até que interessantes. Essa em especifico tem um foco no lado familiar/filhos e a parte das novelas realmente não ficou muito explicada, foi meio que uma suposição da autora que se as mulheres vêem novelas com personagens femininas que tem menos filhos, elas são influênciadas por essa imagem.
Teve uma outra sobre mulheres em profissões que antes eram consideradas masculinas e como elas estavam obtendo maior poder aquisitivo. Mas achei meio xoxinha, já que focou só no "ah, nós ralamos pacas para gastar nosso dinheiro com bijouterias".
E teve outra (a melhor de todas) sobre o casamento infantil na indía. Sério, dá vontade de chorar litros.
ntwrdprss,
Mas e a taxa filhos/mulher nas favelas? As favelas crescerem não é novidade.
Liana
Eu nunca vi pessoas sérias culparem as mulheres pelo déficit da previdência. O que eu já vi foram propostas para "desonerar" a produção de filhos pela classe média.
Denise
Por que paternidade irresponsável? Não se faz filho sozinho.
ntwrdprss
concordo plenamente que a qualidade dos cursos superiores ofertados brasil a fora precisam melhorar e muito.
mas ainda sim vejo como algo positivo o fato de pessoas que antes só tinham perspectiva de nem concluir o ensino médio e fazer trabalhos braçais, agora poderem cursar uma faculdade.
E só mais uma coisa
'nós, ao contrário dos americanos, elegemos nossa primeira presidenta.'
Vcs não elegeram nada, quem escolheu foi o Mula, vcs são só um bando de carneirinhos domesticados que fazem qualquer coisa que o mestre mandar.
Se ele tivesse dito: VOTEM NO MACACO TIÃO vcs votariam
Por favor Andre até nossa lingua é machista, e paternidade é um termo usado no geral.
Já houve até posts aqui falando sobre isso.
Não se fala "as mães daquela garota" e sim "os pais daquela garota"
O meu "paternidade" teve esse sentido.
É Denise controle de natalidade em...
você deveria ir morar em outro país porque se depender de mim nunca haverá controle de natalidade no meu país, nunca vou deixar o estado dizer quantos filhos eu devo ter ou deixar de ter.
É direito seu pensar assim Flavio, mas eu me incomodo em ver tantas crianças nascendo e crescendo sem assistencia ou condições, talvez vc se importe com os filhos que tem ou terá, mas ha muitos que pelos mais variados motivos não tem essa preocupação.
também sou contra controle de natalidade; e sim a favor de incentivo ao planejamento familiar e educação sexual aos jovens!
Na reportagem da natgeo, a maior parte dos exemplos de famílias com poucos filhos era em favelas ou casas pobres. Houve um esforço de mostrar que queda de natalidade é verificada em todas as faixas sociais. Mas não duvido que a taxa entre os mais pobres seja maior. E não acho que tenha porque duvidar, afinal, pela quantidade de pobres que existe no brasil, se cada um tivesse 10 filhos como alguns aqui acreditam, a taxa não estaria caindo.
E na própria reportagem tem um pesquisador que fala que, parafraseando: "se alguém te disser que sabe pq a taxa de natalidade caiu tanto, esta pessoa está mentindo". A aposta na novela com tanta ênfase foi coisa da reporter, e eu acho uma explicação incompleta pra dizer pouco.
Lola, essa pesquisa em comprovo dentro da minha família. Somos 10 irmãos sendo 3 homens e 7 mulheres.
Dos homens só dois tem filho, que soma em quatro e das mulheres só três tiveram filhos que soma em sete. No total são 11 filhos com média de 1,1 por irmão. Ressaltando que os que não tiveram filhos até o momento não pretendem te-lós. Esse resultado comprova a maturidade de nossa sociedade.
Interessante Denise.
Gostaria de saber mais sobre esse controle de natalidade que você defende.
O estado deveria permitir um casal ter quantos filhos? (Um ou dois?)
E se uma mulher engravidar depois de atingir a o limite de filhos permitidos pelo estado? (Ela seria presa ou estado iria abortar o filho dela?)
E se o filho de um casal morrer o estado vai deixar ele ter outro ou o casal vai ter que se contentar em viver sem filhos?
Talvez o estado devesse esterilizar mulheres e homens que já tenham tido um filho.
Como funcionaria isso?
Eu não entendi uma parte do texto...
A Lola está preocupada pq o numero de pessoas que nascem e portanto vão crescer e consumir está diminuindo?
(não to querendo trollar não, nem querer ser chata mas isso foi ironico ou a Lola realmente está preocupada com isso?não entendi)
Ntw bla blabla
O povo brasileiro não é um rebanho, se o "Mula" tivesse mandando votar no Pallochi vc ia ver como o Serra ia ganhar de lavada fácil fácil, sem precisar apelar para religião.
;D
Eu também já havia lido a matéria e seu foco foi na mulher e não nos aspectos socio-econômicos do país.
Denise, você defende controle de natalidade por parte do estado por estar preocupada com a sorte dessas crianças mas e a penca de pais e mães ricos que colocam seu filho único no mundo para ser criado por babás e governantas, não passam valores éticos e ele cresce para tacar fogo em indígena, espancar empregada, estuprar a colega de faculdade, filmar e pôr na internet e ainda por cima destilam ódios de classe e etnia? O que fazer com essa gente rica mas pobre de espírito? Vamos forçá-los a serem esterilizados, vamos instaurar uma espécie de multa, como é que funciona? Ou não funciona? Só pobre que poderia ter sua reprodução regulada?
Flavio não havia pensado nada tão radical assim, apenas em campanhas de esclarecimento da população, e também recolher crianças em situação de risco, procurar seus pais e oferecer a ambos a possibilidade de uma esterilização.
Eu tive condições de fazer e pagar pela minha esterilização, mas muitos desejam isso e não tem a possibilidade, eu mesma já conheci diversas pessoas nessa situação, acho que isso deveria ser uma prioridade do governo, oferecer esterilização e métodos contraceptivos a toda a população.
denise,
isso não é controle de natalidade.
Controle de natalidade não fará com que a irresponsabilidade deixe de existir.
Não conheço muito a respeito, mas sei que na China existe um controle de natalidade rigoroso. Dizem também que foi necessário, como não conheço sobre, não posso falar como funciona e porque.
Mas mesmo com esse controle rigoroso, milhares engravidam, abortam, jogam meninas em quartos da morte... Talvez eu esteja equivocada, mas acho um preço muito cruel a se pagar por isso.
Sei também, pouco, que na Índia a população cresce em ritmo absurdo.
Não acho que todas as pessoas devam sair por ai tendo dezenas de filhos, como também acho errado a forma como grande parte da população age, um pobre com 6 filhos é um absurdo, mas um rico tendo um filho por ano é elogiado, visto como se ele pode, é rico, quer dizer que pobre não?
Sou contra o controle de natalidade em qualquer caso.
Sou a favor de uma conscientização da população (não só brasileira, mas mundialmente falando). Sou a favor de projetos que alertem da importância de um planejamento, de pensar no futuro e não somente no agora.
Sou a favor de que cada pessoa possa decidir isso juntamente com sua família, e não um governo decidindo por todos.
Sou casada fazem 5 anos, tenho 22 anos, e um lindo casal de filhos, de 3 e 2 anos. Meu marido, com 31 submeteu-se a uma vasectomia. Não teremos mais filhos. Ouço cada tipo de absurdo (isso num país que diz que baixa rende não deve air "procriando", e sou baixa renda sim), as pessoas decidem por mim e por meu marido, que somos muito jovens, que se nos separarmos um dia (sim, conclui por nós que vamos nos separar algum dia) vamos nos arrepender, como se, nos separando não fossemos mais ter filhos, teríamos que fazer novos, não sei para que tanta besteira.
Pois bem, nossa decisão, de não ter mais filhos, partiu em uma opinião conjunta, que se baseia no que planejamos para nossa vida juntos. Não somos super heróis, admiro quem consegue, mas jamais conseguiriamos criar mais filhos da forma única como criamos nossos dois, teríamos praticamente que "terceriza-los", sim, outras pessoas virariam pais deles, não falo de creche, de babá, nada disso, falo de atenção, carinho, dedicação, que talvez em número maior não conseguriamos suprir de fato, claro, falo do MEU caso.
Mas pensando emocionalmente e financeiramente, sabemos que é o melhor para todos nós, nossa família.
Acredito que as pessoas precisam pensar que não importa, se vai ter filhos, quantos filhos terá, o que importa de fato é que se tenham uma vida digna, onde além de amor, os pais estejam capacitados a apoiar seus filhos um a um, pois cada um é único, e é assim que devem ser tratados. Não basta levar no estilo "o mundo cria", isso é muito menos do que uma criança (que não escolhe onde vai nascer) merece.
Os problemas sociais do Brasil estão relacionados com populações menos favorecidas tendo muitos filhos? Não. Mas acredito que esteja relacionado com uma polulação (em todo o país) que age como se seus atos não viessem a ter consequencias futuras.
Lembrando que, um filho de rico também tem chances de virar bandido, de virar politico corrupto. Assim como um filho de pobre pode ser advogado, médico, e muitas coisas onde dizem que pobres não tem chance. Está na hora de pararem de
se basear em estatisticas para criar estereótipos de toda uma classe.
“...o preconceito é nada menos que transferir a própria incompetência aos outros,ou o medo de ser superado; palavras tbm ferem e dominam...”
Desculpem pela ortografia, estou com pressa.
Liana acho q a resposta p o Flavio deve responder algumas de suas perguntas, eu considero que pais que tem dificuldade em passsar valores para que seus filhos saibam conviver em sociedade e respeitar os demais, tambem estão expondo seus filhos a risco, e tambem deveriam ser procurados e convencidos a se esterilizar.
Gente que absurdo...
Não é pq os pais não sabem passar valores para seus filhos que vamos sair castrando todo mundo! Hitler mandou lembranças...
É justamente por isso que se deve investir na educação, na cultura e em programas de conscientização sexual da juventude e planejamento familiar.
Tampar o Sol com a peneira não é e nunca será um remédio.
complementando o que falei antes...
meu marido realizou a cirurgia de vasectomia no SUS
não fiz também, por motivo de idade, o médico me explicou que existe motivos médicos para uma mulher muito jovem não realizar isso, que só é feito em exceções.
ninguém precisa pagar por isso, basta procurar um hospital público e passar pelos procedimentos necessários, meu marido não levou dois meses completos para sua cirurgia, desde o dia que foi aos hospital, até a data marcada.
o governo deve divulgar isso sim, para que as pessoas não pensem que precisam pagar caso queiram fazer, e cabar não fazendo por motivos financeiros.
mas antes de divulgar isso, o governo precisa implantar projetos que conscientizem as pessoas das verdades sobre cirugias do tipo.
muitas pessoas sem capacidade emocional para isso, realizam cirurgias de esterilização sem pensar nas devidas consequencias, ou só para transar a vontade.
futuramente, essas pessoas sofrerão muito. ´
decidir torna-se estéril é muito sério.
não se pode sair por aí falando que têm que fazer isso, impondo isso às pessoas, porque, se essas pessoas fizerem somente pelas imposição, sofrerão muitos danos psicológicos no futuro.
notei quando meu marido foi realizar a cirurgia, foi pouquissimo questionado, parece mesmo que as pessoas querem esterilizar a população. não é teoria cospiratória, isso é fato.
Tb sou a favor do planejamento familiar (embora ainda tenha pessoas que confunda esse termo com controle de natalidade).
o ideial seia que cada familia tivesse acesso a informações e metodos para poder decidir quando e se deseja ter filhos.
Realmente, eu já vinha percebendo essa mudança e fico surpresa que os nossos índices de natalidade estejam mudando. Realizo trabalho em uma comunidade periférica, realmente agora parei para pensar e por lá a maioria das famílias não tem times de futebol. Até acho que esse era um preconceito que eu tinha antes de conhecer a comunidade, mas vejo que realmente não é bem assim.
As pessoas estão tendo mais noção de planejamento familiar, o que é bem positivo.
Pri a política de controle de natalidade na China, chamada política do filho único, seria muito benéfica pra China, se não fosse o machismo cultural que existe por lá.
Que eu saiba pela cultura chinesa apenas os filhos homens são responsáveis pelo cuidado dos pais, quando esses envelhecem, isso esta tão arraigado nessa cultura que um cumprimento comum entre eles é esse “QUE VC TENHA UM FILHO HOMEM".
Essa política tem criado situações deploráveis, porque as famílias não desejam as meninas, e quando essas nascem, são descartadas das piores maneiras, infelizmente dizem que isso é tão comum, que criou um desnível na população chinesa, e já ha muito mais homens do que mulheres na China. Em 2005, para cada 100 bebês do sexo feminino que nasceram havia 120 do sexo masculino, enquanto a relação normal é de 100 para 105.
É claro que isso esta gerando muitos problemas pra população chinesa.
Mas acho que não é a política do filho único a culpada por isso, e sim esse tipo de cultura.
eu só tenho uma filha por causa do dinheiro mesmo, hoje tá tudo muito caro.... mas se não tivesse esta preocupação eu teria uns 4.... rs
Denise
Não é justamente a cultura machista que tem lá na China que criou a politica do filho unico priorizando os bebês do sexo masculino? A politica de qualquer país é reflexo da cultura deste,não?
Niemi, o eleitor típico do PT até ontem não sabia nem quem era dilma, palocci pra ele é nome de doença.
Corrupção, tu acha que eles ligam pra isso? O que importa é a bolsa esmola no bolso e pronto, cansei de ouvir: vo vota na 'muié' do lula e pronto
Na parte do brasil mais desenvolvidas, mais ricas, a dilma perdeu feio.
Pri
Que bom que para vcs tudo foi rapido e sem grandes problemas.
Amaior parte dos depoimentos que tive falavam justamente o contrario, principalmente quando era a mulher que pedia a cirurgia.
Um dos meus cunhados fez vasectomia, depois do nascimento da segunda filha e demorou até conseguir a liberação.
ele e minha irmã tb ouviriam toda essa avalanche de palpites sobre a decisão deles, alem de piadas machistas, dizendo que ele ia deixar de ser homem de merda.
enfim, sempre tem muita gente cujo maximo prazer é querer cuidar da vida alheia.
eu torço para o governo investa em mais informação sobre o procedimento e torne menos burocratico a procura por ele.
Flavio Brito, e se o governo resolvesse fazer controle de natalidade, o que é que tu ia poder fazer?
Lola,
um comentário off topic: dê uma olhada nesse congresso da nossa área:
http://www.alab.org.br/eventos/queering-paradigms-iv
Você acha que o estado deveria procurar os pais com dificuldades em passar valores para seus filhos e convencê-los a se esterilizar.
Puta que me pariu em!
Depois eu que sou o troll do blog.
Quais são os bons valores que o estado deve permitir que os pais ensinem?
Se um pai passa valores da cultura islâmica o estado deve esterilizar esse pai por fundamentalismo religioso?
Se uma mãe ensinar a sua filha que os valores de esquerda é algo ruim para a sociedade o estado deve convence La a se esterilizar por ser uma reacionária conservadora?
Quais os valores que o estado deve permitir que um pai passe para seu filho sem que o mesmo seja esterilizado por não passar valores?
Denise,
Obrigada pelo esclarecimento, realmente, acredito que eu precise saber mais sobre isso, para poder-me utilizar de argumentos mai consistentes.
É fato que, em muitas culturas (não sei se em todas), a relação de que filho homem "levar o nome da família adiante" ou "ter que cuidar dos pais futuramnete" existe, e é um machismo incofundível.
A sociedade age assim, e eu penso que a política de filho único é culpada pelo que acontece lá.
Ainda acredito que, em qualquer lugar onde tal politica seja implantada, as consequencias serão até mais desastrosas.
Na sociedade em que vivemos, não existe uma maneira de se implantar algo assim sem que meninas tenham que ser jogadas fora como se fossem lixo.
Não acredito que eu viva para ver uma sociedade onde uma politica dessas não resultasse em algo do gênero.
Não é viável uma imposição desse tipo, em um lugar onde as pessoas pensam que um filho homem é melhor, seja pelo que for.
Se, por motivos de caos, de uma possível superpopulação, a natalidade precise ser controlada, antes de impor a politica do filho único, deve-se alterar esse pensamento, considerado por muito machista.
Não trata-se de não aceitar uma cultura, trata-se de não apoiar um massacre a crianças nascidas meninas.
Enquanto a sociedade não rever conceitos, a politica de filho único será a culpada de milhares de mortes, e de milhares de familias serem mal vistas por terem filhas, e não filhos, como se isso fosse uma escolha.
Lógico, minha opinião.
ntwrdprss
Olha a "bolsa esmola" que vc tanto critica está sendo copiada por ai, por paises ditos aqui como "exemplos". Que bom que eles não pensam como vc e tantas outras pessoas elitistas.
E ainda bem que nos estados de menor renda as pessoas votaram em quem se preocupou pela primeira vez em prioriza-las
Ai Niemi Hyyrynen, eu não posso acreditar que a China tenha feito isso de propósito, como a" Pri" falou, era uma lei necessaria pra China, eles enfrentaram uma explosão populacional, o governo Chines na minha opinião não podia prever as consequencias dessa lei.
Inclusive soube que eles fazem muita propaganda para convencer a população que ter uma filha é bom, mas a questão cultural é tão forte, que a China esta passando por isso, soube que um homem mediano na China tem poucas expectativas de se casar um dia.
Lord Anderson,
Pois é, eu usei meu caso de forma generalizada, não havia pensado que talvez no meu estado (RS), ou na minha cidade (POA), seja mais fácil. Ou então, tivemos sorte mesmo.
Sei que para mulheres é mais complicado pelo sus, muitas precisam voltar após o parto e realizar outra cirurgia, sendo que na rede privada não existe motivos para duas cirurgias.
Isso precisa ser revisto, já que é um direito de todos nós.
ntwrdprssntwrdprssntwrdprss
Eu ia lutar pelo direito de ter meus filhos.
Todos devem ter direito de protesta e lutar pela sua causa (Negros, gay, mulheres...)
Mas quando o estado chega ao ponto de proibir as pessoas de terem filhos e porque a democracia já se foi a muito tempo.
Ai meu amigo é luta armada.
Denise
Mas eu não disse que a China assumiu essa politica de proposito, parece que assim eu disse que eles fizeram isso por capricho.
"ah ta muito apertado esse lugar, vamos matar as mulheres?vamos, legal"
Não foi assim.. sei que a principio eles justificam sob a desculpa de ser "necessário" mas por meio de qual critério eles definiram que preferir os bebês do sexo masculino era a solução, não foi por machismo?Homem tb faz filho,ora bolas, só pq a mulher é que faz a gestação, ela deve ser a culpada?
Há culturas que se preferem o nascimento de mulheres, e ai? Vai me dizer que é por capricho tb...
Lola, se me permite um off
ta rolando no twitter uma pergunta muito importante:
cade o pessoal que espalhou (e acreditou) que a Dilma não podia entrar nos EUA?
hehehehe
ou ficaram queitinhos ou estão se mordendo de inveja.
Niemi Hyyrynen que eu saiba o único critério que os chineses tem para preferirem os meninos é cultural, a China é só mais uma entre todas as nações do mundo que tem sua cultura marcada pelo machismo.
O planejamento familiar deve estar disponível para que a população decida por si mesma o que quer fazer a respeito.
Acho que oferecer boas oportunidades de estudo, trabalho e cultura já é incentivo o suficiente para que as pessoas sejam mais responsáveis com a família de um modo geral.
Sobre esta política do filho único, já li pesquisas e vi documentários feitos com diversas camadas sociais na China e essa história de que é o filho homem que vai cuidar dos pais na velhice não é necessariamente uma verdade absoluta.
Entrevistaram centenas de idosos sobre essa questão dos abortamentos. Eles disseram que sabem que na prática é mais provável que seja a filha que tome conta deles. É mais comum o filhO migrar para outras áreas à procura de emprego casar e ficar por lá, o que não seria tão frequente com mulheres.
Perguntaram que se isso acontece, porque então continuar com os abortos seletivos de meninas já que na prática isso não necessariamente beneficiava nem a família chinesa nem a nação pois estava criando uma escassez de mulheres e a maioria não soube(ou não quis) responder. Alguns poucos admitiram que é por puro preconceito mesmo.
Isso é só mais uma face do machismo. Ao que me parece o governo, que tem preocupações legítimas sobre como lidar com a superpopulação, muito espertamente utilizou esse aspecto cultural para "incentivar" a população a abortar. E aqui eles matam dois coelhos com uma cajadada só: eles de fato, reduziram as taxas de natalidade(apesar de os números ainda serem altos em comparação a outros países) e dão vazão ao machismo extremo que há naquela sociedade.
O problema agora, do ponto de vista do governo, seria que a coisa toda foi longe demais. Eles fizeram uma pesquisa ampla lá e constataram que nas áreas com um número menor de mulheres os índices de criminalidade dispararam. São muitos homens sem a menor perspectiva de constituir família, muitos longe de casa em busca de emprego. Tá virando questão de segurança pública. Apareceu na entrevista um político falando que só a família daria estabilidade emocional e um objetivo maior para estes jovens solteiros e chegaram ao cúmulo de incentivarem a "importação" de mulheres.
Já vi denúncias, de entidades chinesas e também internacionais, de que se a mulher fizesse o ultra som e indicasse que era um menina, mesmo sendo a primeira gravidez, aconteciam sim muitos casos de aborto forçado, principalmente no interior. Indicando que isso era sim uma pauta do governo e não apenas "simples' escolha da população.
Isso tudo não é "só" controle populacional, é também sexismo.
Niemi Hyyrynen e que eu tenha noticia o único povo que preferia as mulheres em vez de homens como filhos foram as Amazonas, que existiram e viviam na região onde hj fica a Russia.
De resto nunca soube de nenhum outro.
Lolinha, o sopa de letrinhas não faz mais nada da vida além de esperar você postar pra vir comentar? Meu, acho que ele tá a fim de você, viu? Isso só pode ser amor recalcado!
:o)
No primeiro dia desse ano eu postei um desejo de feliz 2011 que dizia um pouco disso (em poucas palavras): da alegria e da responsabilidade que vem da gente viver (e ser feliz) aqui e agora.
http://le-croissant.blogspot.com/2010/12/viva-2011.html
Beijo pra você!
Liana
Só complementando, tb há muitos relatos sobre sequestros de mulheres (e casos de "compra" de meninas), em virtude desse desequilibrio entre os generos.
Das reportagens dessa National, sobre a mulher são as mais fraquinhas...
... as duas matérias que eu realmente gostei foram a do casamento infantil na Índia (triste, doloroso, golpe no estômago. Você poderia fazer um post a respeito, Lola) e a dos elefantes (eu adoro elefantes e essa matéria fala de como a caça faz com que os filhotes de elefantes entrem em depressão, fiquem traumatizados e de como eles conseguem se recuperar de acordo com os cuidados).
Quando terminei de ler a matéria, eu a achei muito boa. Depois achei algumas partes superficiais. Mas não julgo... a repórter disse que não sabia o motivo, ela só supunha e tentava entender. Ela fez o melhor dentro do possível, acho.
Luna
Casamento infantil não é só na India
Veja esse estudo
http://migre.me/5FlkJ
Há 42,7 mil crianças e adolescentes de até 14 anos casados no Brasil.
E isso pq em teoria é ilegal.
Ntwrdprss, com todo o respeito, você devia rever seus conceitos elitistas.
O "bolsa esmola" é uma das melhores e mais eficientes políticas de redistribuição de renda do mundo, e tem tirado muita gente da miséria.
Francamente, eu não sei como você acha isso ruim. Eu não sou "lulista" e não sou petista, mas acho que independente das nossas orientações políticas, devemos reconhecer uma política que faz bem ao nosso país e ao nosso povo.
E antes que você me chame de utópica, eu acho que não existe partido nem plataforma de campanha perfeita, mas acho que os mais necessitados devem ser sim e sempre beneficiados.
quando estrangeiro se mete a falar do Brasil, se preparem... vem besteira por aí...
Ntwrdprss....
qual o seu problema como pt???
Se fala muito em esterilização feminina no texto da Natgeo. Será que isso é realmente sinal de emancipação feminina? Acho que poucos se deram conta do tamanho do problema, os médicos são incentivados no Brasil a fazerem cesarias. Atualmente, a maioria das mulheres no Brasil não tem parto normal. A média deveria ser de 11% segundo a OMS. Muitas das gestantes são enganadas sobre a necessidade real da cirurgia, ou são levadas pelo medo e a repressão da sociedade sobre a sexualidade feminina e vivências (não nos esqueçamos da amamentação em público) a acharem que o parto é um espetáculo horrendo, nojento e outras coisas mais, o que as levam a optar pela cesariana. Um dos comentarios fala sobre a vasectomia de um familiar e sobre a grande burocratização que ela envolve. Olha que engraçado, a vasectomia é muito mais simples que a laqueadura, pois é feita com anestesia local. A laqueadura exige repouso, anestesia geral até onde eu saiba, e oferece muito mais riscos. No entanto, é muito mais facilmente conseguida. Não será um machismo isso de TANTAS mulheres se esterilizarem e os homens não? Como disse uma pessoa que comentou este post, parece que o governo quer que as mulheres sejam esterilizadas quando não faz questionamentos e provocam a reflexão naquela que busca fazer o procedimento. O corpo feminino no Brasil é tratado como uma obra em construção, enquanto o masculino, algo completo e intocável, afinal quem mexe em time bom? Somos recordistas em implante de silicone, intervenções plásticas em mulheres. Tratamento hormonal é uma obrigação, mesmo para controlar as espinhas da adolescência. Métodos de planejamento familiar natural não totalmente mitificados como ineficazes e conservadores no Brasil. Porém, atualmente, são vendidos na Europa e EUA muitos auxiliadores (computadores femininos como o ladycomp, microscópios de ovulação)que ajudam a mulher a se conhecer para evitar uma gravidez não planejada. Esses métodos chegam a 99,3% de eficácia (como o ladycomp) utilizados sozinhos (ou seja, sem camisinha).
O dia que o Brasil avançar contra o machismo vai ser quando as mulheres poderem se despreocupar um pouco menos com a reprodução, tendo o direito de poderem fazer um aborto se se equivocarem, ou de terem a quantidade de filhos que quiserem sem sofrer preconceitos, Ah, e lógico, o dia em que os homens se responsabilizarem também! Temos uma medicina que ignora as necessidades femininas! Pílula não precisa ser um mal necessário. Nem a esterilização. Outra coisa, já li uma reportagem também que falava sobre uma coisa que eu achei MUITO interessante. As mulheres no Brasil têm muito mais medo de engravidarem do que pegarem uma doença venérea. Que tipo de emancipação ``girl power`` é essa que instituiu a fobia da gravidez? É muito legal ver que a mulher brasileira quer avançar, olhar para a sua carreira, seu futuro economico, controlar a sua fecundidade. Mas ela só terá ``girl power`` quando receber uma educação sexual e reflexiva (sobre tudo) nas escolas (pq esse tipo de conhecimento, nem escola particular se presta a tentar fornecer, quanta tradição de ensino básico e médio de filosofia e sociologia temos?) para questionar VERDADEIRAMENTE o que está aconetecendo ao seu redor.
Afinal, que porcaria de termo é esse para designar as mulheres brasileiras? Girl power dá uma impressão infantil do processo.
Pois é, ridícula essa expressão "girl power', a reportagem a usa para se referir a mulheres adultas que são mães e profissionais. Não sei que peso isso tem em países de língua inglesa mas aqui isso ficou infantil demais. Mas é comum esse tipo de coisa, né.
Ai, Lola, eu acho ótima a diminuição da população para que não haja tanto impacto ambiental. A redução de filhos não é só na classe média, como muitos pensam. A classe desfavorecida economicamente, também está tendo menos filho. Eu trabalhei com população mais carente aqui em Brasília e vi na prática: um, no máximo, 3 filhos e com muuuuiiita diferença de idade. E aqui os postos de saúde distribuem camisinhas e pílulas, além de fazer acompanhamento de casais, solteiros e jovens pais solteiros. O maior problema que temos aqui, pelo que percebi, é a gravidez na adolescência; e os motivos todos conhecem: não é falta de informação, mas a ideia romanceada da maternidade.
Olha, sou filha de uma mãe que tem apenas um irmão. No entanto, ela teve 7 filhos porque era seu sonho uma família numerosa. Mas meus irmãos optaram para ter em média um, ou dois filhos, com uma diferença de idade de 5, 7 anos. E a maioria optou por um filho. Te digo, é menos estressante para os pais educar um, ou dois filhos. E nem irei comentar sobre a questão da qualidade de vida para nós, mulheres.
E viva a pílula! Viva a camisinha! Viva a liberdade de escolha!
@Carol Nogueira:
grandes mentes discutem idéias, mentes mais ou menos discutem acontecimentos e mentes pequenas discutem pessoas.
Rebecca:'O "bolsa esmola" é uma das melhores e mais eficientes políticas de redistribuição de renda do mundo, e tem tirado muita gente da miséria.'
Muito cedo pra falar que é um sucesso.Tem que ver também quanto tempo os pagadores de impostos vão aguentar pagar a conta.Hoje a carga tributária que sustenta isso é quase a metade do PIB, e sempre aumentando.
Portugal, espanha, grécia...foram no mesmo caminho e deu no que deu.
Só que por aqui não vai ter Alemanha pra pagar a 'nossa' conta.
Alguém comentou sobre o programa bolsa família. Eu sou totalmente favorável. E não é o bolsa família que fará as mulheres terem mais filhos. Engano, pois em nosso país, infelizmente, quem fica com o ônus dos cuidados da criança, sempre é a mãe. E pelo que observei nas mães que receberam o auxílio da bolsa ( que ainda é pouco, deveria aumentar, sem dúvida), elas querem viver mais, aproveitar mais a vida, dar mais qualidade de vida para cada cada filho. Engano quem pensa que tais famílias não desejam sair do assistencialismo do governo. Sugiro darem uma hora de um dia na semana para tais populações, assim não falaria tanta besteira e poderiam crescer, aprender e agradecer mais a vida que têm, em vez de ficarem no discurso entre amiguinhos medíocres.
Ah, eu fico tão chateada com a falta de visão sobre o bolsa família! Para cada família beneficiada, melhor a qualidade de vida para todos. Eu chamo de distribuição de renda. E se devo ter menos para que mais pessoas não passem fome, maravilha! Não preciso de tanto para viver. E quem precisa ter tanto?
O q está havendo com as pessoas que pensam neste país?
Hj o IBGE diz q os miseráveis no Brasil são 16 milhoes. Miserável é quem ganha menos de 70 reais por mês. Acontece q em 2009, pelo mesmo IBGE, eles eram 10 milhões. E o governo só tem aumentado o bolsa-família desde então. Levando-se em conta o crescimento do Brasil e o baixo desemprego, de onde vieram esses 6 milhões de miseráveis? Se for verdade, onde está a indignação das pessoas pelo empobrecimento acelerado da população? E Dilma ainda vem dizer que vai conseguir erradicar a pobreza até 2014? Como?!? Fazendo mais do mesmo? NÃO TÁ FUNCIONANDO!!!
Conseguimos a façanha de gastar menos hj em qualificação de mão de obra do q gastávamos em 2002. BEM menos…
E o PAC continua a piada feita pra angariar votos dos ignorantes e dos q preferem não ver para poderem dormir tranquilos pq o governo está cuidando do povo. Tem trabalho em condições precárias, poucas obras concluídas, uns erros de planejamento q só com muito boa vontade não são considerados mentiras eleitoreiras. Todos os gargalos brasileiros de infra estrutura ainda estão intactos, sem contar q o incentivo irresponsável dado a indústria automobilística está fazendo a Petrobras importar gasolina pela segunda vez no ano. Mas o importante era fortalecer as montadoras e de quebra tentar reviver os anos dourados do ABC paulista. Um equívoco estratégico do tamanho da miopia deste governo. O BNDES, q capta dinheiro desenfreadamente aumentando em muito o endividamento nacional, empresta para grandes empresas, deixando os pequenos empresários chupando o dedo. Em 2010, foram 150 bilhoes de reais captados, dos quais as pequenas empresas não viram nem a sombra. Este financiamento de compadres favorece a troca de favores entre governo e corporações, recompensados na época da campanha e sabe-se lá mais como.
O Brasil vive uma crise na educação, uma crise aeroportuária, uma crise de segurança, uma crise política, uma crise fiscal, uma bomba relógio previdenciária e o governo? Bem, o governo não tem NENHUMA proposta de reforma. É um deserto de idéias, um bando de gente incompetente forrando suas contas bancárias. O país é um barco a deriva.
E sim, é o país do futuro... há uns 500 anos pelo menos.
Tem problema com média, em interpretar textos, em compreender figuras de linguagem etc.
É sim empoderamento, já que as mulheres sabem que se tiverem filhos o cuidado será de responsabilidade delas - ainda - como também os afazeres domésticos e cuidar do marido (que parece mais filho do que parceiro isso).
Agora, com métodos contraceptivos, e o crescimento da independência das mulheres, a tendência é diminuir mesmo, e antes não conhecia quase ninguém que não quisesse ter filhos como eu, agora já conheço várias.
E as que querem ter, falam que querem no máximo dois.
Acho que a gente pode curtir mais de tudo sem filhos, pois é necessário se dedicar muito tempo a eles - o que é justo, já que são pessoas em formação - então melhor que seja de forma consciente, com a mulher desejando desempenhar esse papel, que é sim gratificante, porém, exaustivo. Eu não tenho filhos, mas tenho sobrinh@s, e a proporção de divertimento e alegria que me dão é a mesma de desespero quando aprontam ou adoecem rsrsrs imagine para as mães ou pais!
Re Ayla, concordo com muito do que vc falou, mas vc deve reconhecer que temos alguns indicadores positivos de desenvolvimento, mortalidade infantil, controle da Aids, e melhor distribuição de renda, não estou dizendo que esta ótimo do jeito que esta, eu tambem desconfio de muita politica de assistencialismo.
Mas não foi só retrocesso, temos algumas vitórias, e acredito que vamos conquistar outras mais.
Nossa, que ninguém faça uma mísera crítica aos EUA perto da Re Ayala mas na hora de falar mal do Brasil, o gás não acaba.
Tá, vivemos num país em qua falar mal de tudo e todos é distração mental. Deve ser por isso que não vamos muito longe. Lá nos States pelo menos o povão pode estar passando por crises absurdas, vergonha nacional, mas continuam ali dispostos a venderem o peixe do país deles. Aqui não.
Ainda temos muito o que melhorar, os defeitos são gritantes. Isso é óbvio, está em todo lugar. Não vi nenhum ufanismo aqui da parte de quem defende o bolsa família.
E qual é a alternativa? Mesmo um milagre acontecendo e toda a sociedade consciente e cobrando e os políticos investindo em educação, saúde, segurança etc ainda temos o fato atual de que essas pessoas "abaixo da linha da pobreza" precisam comer hoje, precisam de remédios hoje, precisam comprar um sapato pros filhos irem a escola hoje, não amanhã nem daqui a 5 ou 10 anos quando essas medidas surtirem efeito.
Dizer que a miséria aumentou ou deixou de aumentar e apontar defeitos não anula isso. Essa gente se gaba de ser mais consciente e ect e tal mas só vejo falar mal. Já que é para se maravilhar com o que é feito nos EUA, se maravilha com isso: respeito pelo próprio país, mesmo que em condições bem adversas e muita disposição para sair do buraco. Infelizmente nos falta isso. A energia que gastam criticando poderia ser melhor aproveitada se não ficasse só nisso. É mais produtivo.
Denise, eu nunca digo q não há avanços. Porém, acho-os pequenos demais pro potencial q teríamos se as coisas fossem levadas mais a sério por nossos governantes e, pq não, pela população (e sim, me incluo nesse bolo).
Lola, infelismente as pessoas continuam sim tendo "10 filhos", as vezes eu acho que você tem uma visão romântica da pobreza e da miséria nesse pais. Talvez porque você não tem contato direto com pessoas realmente pobres e miseraveis, você trabalha numa universidade e convenhamos, as pessoas que lêem e comentam o teu blog não são nem de longe significativos quando se trata da grande massa miseravel que ainda temos.
Eu ja disse aqui uma vez e continuo repetindo, apesar de uma das tuas comentaristas terem dito que eu sou classe média e a favor da eugenia, que é necessario sim um controle da natalidade.
Eu trabalho com pobres, pobres de verdade, e sim, o numero de filhos é alto, o controle da natalidade é praticamente inexistente e pode até ficar braba mas no nordeste e estou falando das pequenas cidades nordestinas isso é ainda um problema grave.
Mulheres que tem em média 6 meninos e que sobrevivem com um salario minimo, e muitas vezes mulheres absurdamente mal informadas que juram que vão ganhar mais dinheiro com o bolsa familia se a prole for mais extensa. E não adianta espernear e gritar que isso é coisa de classe média recalcada, eu convivo com comunidades quilombolas, trabalho em bairros onde a miséria é assustadora, e a média de idade em que começam a por menino no mundo é 16 anos, e nem vou falar nas de 12 ou 13 que não são exceção.
Esses dias falando com uma mulher da minha idade, enfermeira aqui na nossa cidade, eu disse a ela que achava extremamente responsavel da parte dela ter so dois filhos, ja bem crescidos e criados. Ela deu um sorrisinho e me disse que tinha tido 8 filhos mas tinha dado os outros seis porque não tinha como criar. E isso vindo de uma pessoa que tem condições para se informar e evitar a gravidez.
O pais precisa de um controle da natalidade sim, precisa sobretudo de mais informação mas enquanto isso não acontece é preciso parar de fazer menino "pra dar" e pra deixar na rua.
E claro que o discurso politicamente correto de não controlar a natalidade entre as classes mais baixas é bonito no conforto da nossa casinha, mas numa tapera de dois comôdos onde a menina é abusada sexualmente pelo irmão, ou pelo padrasto ou o pai e o tio simplesmente porque ta la, a mão, dormindo todo mundo junto, na maioria das familias a mãe provem o sustento então o homem passa mais tempo em casa, isso eu te garanto que não tem nada de romântico, mesmo enfeitando tudo com o discurso politicamente correto de todos somos iguais e todos merecemos ter a ninhada que quisermos. E falso, é perigoso e é acima de tudo irresponsavel.
continuando
Se eu quisesse hoje, sair daqui do computador e adotar um menino sem nenhum tipo de problema judicial seria a coisa mais simples do mundo, é so falar com a advogada de familia que trabalha para a prefeitura e que não sabe o que fazer as vezes com os recém nascidos abandonados e que a mãe esta disposta a entregar. Entre outras coisas, uma foi a que mais me chocou depois que mudei pra Bahia, as meninas tem filho novinhas, na maioria das vezes o pai não reconhece, isso quando ela sabe quem é o pai (até ai tudo bem, sou completamente a favor de fazer um filho sozinho se você quer ser mãe) mas ai o que acontece se ela tem 15 anos e quer voltar logo pra balada? Ela desmama o menino ainda bebê e entrega pra outra pessoa cuidar, assim ela esta de novo no mercado, e nem assim vai se cuidar, nada de preservativos, e vão dizer que a pilula não tomam porque "esquecem". E dali um ano ou um ano e meio tem outro menino no colo de novo, e ai entra você se quer adotar um pirralho, fala com a mãe, arruma duas testemunhas que você pariu o moleque em casa e pronto, adota o menino. Parece simples demais e é, so que a maioria não são adotados, são parias sociais mesmo, que a vizinha cuidou ou uma tia e que não se preocupa se o menino vai pra escola ou não, se é vacinado, se come direito (comer o que?) e por ai vai.
Essa é a realidade na maior parte das cidades do interior aqui na Bahia e se você procurar um pouquinho vai ver que ai no Ceara é a mesma coisa, basta arranhar um pouquinho o discurso facil e correto e vai ver que a realidade é terrivel.
E quer saber mais? Acho que um médico responsavel, quando faz o terceiro parto de uma menina de 20 ou 30 anos que não tem condições de criar nenhum e que tera mais meia duzia, teria que ser propor a cirurgia pra ligar mesmo. Poxa, três meninos com fome não são suficientes pra você? Pra mim é absurdo que ainda exista isso, e continuara existindo enquanto taparmos os olhos pra parecermos politicamente corretos. Politicamente correto é não ter menino na rua, menino no crack e vendendo na praia buginganga pra turista em troca da dose diaria ou de um prato de carne seca e farinha.
Parabens Samya acho que vc pôs o dedo na ferida, e disse o que é a pura verdade, podem dizer o que quiserem mas a verdade infelizmente é essa.
Lola: a versão portuguesa da NG também publicou essa reportagem cujo título é "Revolução".
E quanto aos financeiramente estáveis que têm filhos somente para enfeite, para poder ser convidado das badaladas festas infantis da alta roda?
Eles têm comida, casa, dinheiro, não são molestados (alguns).
Como se controlará a natalidade de pais ricos porém irresponsáveis?
Quem vai controlar para que se diminuam o nascimento de pessoas que no futuro serão um risco a sociedade?
Pessoas que crescem sem um mínimo de moralidade, onde colocar fogo em índio, espancar empregada doméstica pq pensa que é prostituta (como se prostituta merecesse), matar negros, gays, lésbicas, em nome de uma raça pura, estuprar crianças e adolescentes; onde tudo isso e muito mais é completamente aceitável.
Pessoas assim deixam os filhos crescerem tendo certeza de que ter dinheiro significa poder tudo.
Então, quando nascem esses filhos não seria o caso de esterilizar essas mulheres também? Em nome de vitimas desses monstros, quem sabe, deve-se esterilizar mesmo.
Porém, é claro que isso nunca vai acontecer, já que estatisticas e a realidade dizem que os miseráveis são a maioria com quem ocorre barbaridades, eles é que tem que ser castrados, somente eles.
Isso é além de precoceituoso ao extremo, um equivoco enorme. Quem irá julgar as condições disso? Quem irá decidir se aquela mãe adolescente vai ou não ter o direito de ter mais filhos? Baseado em quê?
A realidade dessas familias (se é que são familias) é BRUTAL, é monstruosa, e toca no fundo da minha alma. A familia da minha mãe é do interior do nordeste, mas eu e minhas irmãs nascemos e moramos no RS.
Quem tinha o direito de quando eu, a filha mais velha nasci, quando minha mãe tinha 14 anos, de propor uma cirurgia de ligação das trompas, presumindo que ela ia parir e voltar às baladas? Minha mãe me gerou com 14 anos, gerou minha irmã do meio com 17, e a mais nova, com 28, foi quando ela e meu pai decidiram interromper, eles decidiram, e não alguém que julga uma classe inteira por estatisticas, porque são maioria.
Já que a sociedade se vê na responsabilidade de acabar com a forma que tais familias vivem, acho maravilhoso, significa que a sociedade está finalmente tendo consciência desse problema, principalmente quem conhece de perto isso.
Porém, antes de começar a "castras" os pobres, deve-se pensar em trabalhar diretamente o problema com essas pessoas. Trabalhar de familia em familia, punir abusos, parece politicamente correto, mas é a única forma de mudar alguma coisa.
Já que castrar a população miserável não vai levar consciência em ninguém, monstros que abuam de crianças não vai deixar de abusar porque tem menos filhos, só vão abusar de menos crianças.
Acho que optar pelo castramento (parece exagero meu usar essa palavra, mas não é diferente disso) é apenas optar pelo caminho mais fácil, onde não precise se lidar com os problemas, apenas elimina-los antes que aconteçam.
Não enxergo quem defende essa forma de esterilização diferente da solução de acabar com os cahorros abandonados, castrando-os.
Porém, apesar de amar os animais demais, e achar um terror vê-los sofrendo nas ruas; não acho que seres humanos devam ser tratados dessa forma, nunca.
Não existe no Brasil uma politica onde algo desse tipo não resultasse em puro preconceito.
Continuando...
Conheço muito bem a realidade dessas familias, sou de uma. Morei anos no nordeste, quase toda minha adolescência, vi tudo e muito mais.
E vi também que muitos pensam em natalidade, castração, parar de parir, mas poucos pensam e agem para ajudar aqueles que nascem, mudar a realidade dessas pessoas.
Não aceito essa pregação absurda de se eliminar os miseráveis, claro, não é eliminar, é evitar.
Meninas com ligação de trompas deixarão de ter filhos, mas se não tiver acompanhamento, ela vai continuar vivendo dessa forma, transando sem consciencia, sendo infectada por inúmeras doenças, drogas, até a prostituição. Essa realidade não muda com uma simples cirurgia proposta por um médico responsável na hora do parto, onde antes disso essa pessoa sequer pensou uma vez na vida nessa possibilidade, e agora lhe é imposta, imposta sim, pois, já que essa pessoa vive uma realidade tão inaceitável, ela jamais entenderá que poderá negar isso. Se bem que penso que, uma politica dessas não cabe direito de escolha.
Como sempre, lógico que é minha visão do país. Minha visão como cidadã, e não como alguém que vive a vida como um conto de fadas.
Cada um na sua opinião, e é sempre válido ouvir a do outro, que sempre tem muito a nos ensinar.
Pri,
QUem falou em castração, até aqui eu falei, acredito que o teu comentario foi dirigido ao meu comentario anterior, que precisa sim controlar a natalidade, não falei em esterilizar pobre pra eles pararem de se reproduzir, até porque estou falando de gente e não de gato ou cachorro, mas de controlar o numero de filhos pra dar a minima possibilidade pra que as crianças tenham uma vida digna. Ou você pensa que ter três ou quatro meninos e depois passar por uma cirurgia ou mesmo tomar um anticoncepcional pra não deixar menino morrer de fome é a mesma coisa que aniquilar a classe social inteira?
Outra coisa, eu moro no nordeste, sou do Mato Grosso do Sul, e se tem esse lado absurdamente preconceituoso de alguns pessoas das outras regiões de tratar a região nordeste como se fosse a chaga da humanidade e sobretudo do pais, não é menos problematica esse outro lado extremo de achar que aqui todo mundo é coitadinho, bonzinho e vitima de uma sociedade branca, machista, de direita e cruel.
Não é bem assim, os problemas sociais são gravissimos e não adianta tampar o sol com a peneira.
Agora, definir que uma parte da população precisa parar de ter filhos depois de "um número x de partos", é preconceito sim, a não ser que tais medidas sejam estendidas a todos, sem exceções de classes, sem analisar poder aquisitivo.
samya,
esqueci de colocar o nome no comentário, desculpe
Não acho que seja aniquilar, eu acredito que é preconceito puro. Pois existem formas de lidar com isso, apesar de serem as mais dificeis e longas, e são essas formas as que podem ser feitas sem desrespeitar os pobres, sem lhes impor uma decisão.
Isso é um problema grave, e não acho que ninguém deva por um único filho no mundo, se ele for sofrer dessa forma, ou de outras maneiras, se o sofrimento for algo que está destinado já isso é crueldade sim, diferente dos sofrimentos normais e até banais que temos na vida.
Porém, toda a população precisa entender isso antes de começar uma politica dessas.
Porém, na pressa de mudar-se isso, precisa existir o cuidado para que isso não gere outros problemas, como por exemplo, aumentar ainda mais o preconceito que essas pessoas sofrem. Existem muitas pessoas cruéis que aproveitariam isso sem piedade para propagar o ódio.
entendi sim tua opinião, e não penso que tu fale em dizimar, e nem penso pelas tuas que tu tenha esse tipo de preconceito, mas a forma que uma politica assim for implantada no Brasil, na sociedade atual, não passará de preconceito, de mais favorecidos se vangloriando que estavam certos e que os pobres são a culpa do atraso do país, como se isso não tivesse a pretenção de mudar a vida miserável dessas pessoas, mas melhorar o Brasil economicamente.
abraços
O que é que está sendo dito por todos aqui afinal de contas?
Estamos falando em informar sobre planejamento familiar e disponibilizar os serviços a quem estiver interessado. O que mais o governo pode fazer além disto?
Lembrando que há limites legais para a esterilização, se não me engano é ter no mín 25 anos e dois filhos.
Informar jovens mães sobre métodos contraceptivos e etc é uma das opções do planejamento familiar. Mas se ela não quiser saber, e aí? Vamos fazer o quê? Colocar um abortivo no sanduiche dela na próxima vez que ela engravidar? E o papel dos homens nisso tudo? Vamos cortar o saco fora quando eles não estiverem olhando?
É, eu sei que é absurdo e a questão é justamente essa. Não dá para forçar pessoas a não terem filhos. Só podemos informar e criar boas condições para que essas opções sejam feitas sem ferir os direitos reprodutivos das pessoas.
Alguém aí que reclama do tal "politicamente correto", por favor, cite um exemplo do que poderia ser feito além de informar e disponibilizar que não implique em graves violações humanas. Sério, porque vocês estão comendo pelas beiradas mas ainda não disseram a que vieram. O que seria o politicamnete INcorreto e que funcionaria nestes casos, na opinião de vocês?
Já que é para sermos práticos, vamos às opções..
Liana,
concordo com tua opinião, apesar da realidade cruel, as soluções devem ser feitas sem ferir os direitos reprodutivos das pessoas.
isso é fato, não é incorreto e nem romântico, é a única forma respeitosa de se agir perante isso.
sds
Off-topic:
Desculpe gente, interromper a programação, mas alguem tentou visitar o site do Silvio perdedor?
Tá fora do ar...
Ginger,
olha, estou lendo agora a última barbararidade que ele escreveu, aqui está, infelizmente, no ar.
oie Pri
O endereço do blogspot está fechado para quem nao tem convite de ler.
O dominio ponto com pelo menos pra mim nao esta acessivel
e o wordpress tb nao.
Alguem mais conseguiu acessar?
Samya pelo jeito tres passando fome é muito pouco o povo quer bem mais......
denise,
não colocou meu nome, mas respndo por mim porque me senti incluida
EU não quero ninguém passando fome, e também acho infantil falar desse jeito, quem não concorda com tua opinião não é porque quer ver gente passando fome, é porque tem outra opinião.
tentei argumentar sem ataques,não acho necessário ficar fazendo suposições desse tipo.
Pois é Denise, parece que tudo em nome da nossa consciência tranquila. Eu também adoraria viver numa sociedade onde tudo é bonitinho, limpinho e cheiroso mas esse pais não é o Brasil. Mas como eles dizem por aqui quando a gente fala de planejamento familiar: Que nada, deus cria!
Ginger,
eu acessei um com dominio ".com", esses outros nunca acessei, agora não sei mais de nada!
Bom vou postar um comentario sobre o post para nao parecer que vim aqui para desviar o foco...
Quando falam de combater a violencia, pensam na periferia.
Quando falam de controle de natalidade, falam do nordeste.
Quando falam da educaçao, falam de gente pobre.
Poxa, sera que ninguem percerbe não que quando falam de algo que está errado, só pensam nas pessoas desfavorecidas?Não falam em ajudá-las, falam em como agir em cima delas, como se elas fossem erradas por serem o que são.
Poxa, que ridiculo.
pois é pri, tb to confusa sobre o site
Samya eu tenho fé que isso seja possível um dia, mas não sem planejamento não só familiar como em muitas outras areas, acho absurdo como alguem pode achar que ter filhos em meio a miséria, ignorancia, seja um direito, pra mim direito a ser exigido é poder limitar seu numero de filhos, ter educação, emprego, saneamento, saúde, isso sim deveria ser exigido por todos nós.
Denise, Samya
Vcs querem o direito de cada familia escolher e planejar a quantia de filhos que tem ou querem que elas sejam obrigadas a terem filhos?
a Liana fez otimas perguntas.
que tal responde-las, que sabe a gente entende melhor oq vc querem dizer.
Ninguém aqui disse que Deus cria os filhos dos outros.
O que está sendo dito é que tentar consertar um erro com outro não é uma boa opção, pior ainda quando implica em impor à vida íntima de uma pessoa o que outra julga ser melhor. Além de ser tremendamente arrogante. Isto é uma violência e também é tapar o sol com a peneira.
O que deve ser combatido não é o útero de mulher pobre mas sim as condições que relegam estas pessoas à pobreza. Elas precisam de solidariedade, trabalho e condições dignas de vida, precisam que a população e o governo olhe para elas como pessoas capazes e não como alguém que deve ser controlado e ter sua liberdade tolhida.
Ainda não vi sugestões concretas.
ntwrdprss
O custo do Bolsa Família é uma fração de outros gastos do governo, como o pagamento de juros.
Ginger eu citei como exemplo o interior da Bahia porque é aqui que eu vivo e conheço um pouquinho da realidade de outras cidades menores na região também. Seria leviano da minha parte falar do Rio Grande do Sul até porque eu nunca fui até la.
Falei no nordeste porque os problemas sociais na região são terriveis, não sei se mais que la em São Paulo ou em Curitiba, mas sei que aqui é horrivel sim. Que tem adolescente demais com menino no colo e outro na barriga, que a mortalidade infantil é alta, que o SuS funciona mais mal que bem então assistência médica pode esquecer. Pra você ter uma idéia, nos nem tinhamos hospital um ano atras, tinhamos o prédio, mas até o lixo do hospital era jogado nos fundos, numa casinha que tinha la e servia de deposito de lixo, as enfermeiras nunca usavam luvas e pra conseguir vacinar uma criança com uma seringa limpa tinha que brigar.
Um grupo de empresarios e uma ou dois ongs estão administrando o hospital, ainda é ruim, mas você corre menos risco de morrer de diarréia ou de infecção so porque foi tomar uma vacina pra hepatite. E estou falando de uma cidade com 17mil habitantes e que vive, quer dizer vivia, porque agora estamos falidos, do turismo. Nosso prefeito, aliado ao PT, e isso me da até vergonha, transformou as igrejas evangélicas no curral eleitoral dele e agora não investe mais na cidade, como ele mesmo disse, turista não da votos, e como se vive do turismo, o numero de desempregos aumentou absurdamente. Quanto a educação, sabado fui numa reunião em uma comunidade ribeirinha alguns km daqui e so dois adultos na comunidade sabiam ler. E uma comunidade pequena, são so 32 casas e umas 250 pessoas, so os pequenos tem acesso à educação, so que as meninas tem filhos muito cedo e obviamente o primeiro passo é abandonar a escola. Escola essa que pelo que tenho visto é um afronto à população, essa politica absurda de não reprovar menino esta criando uma geração de analfabetos funcionais mas o importante é ficar bem nas estatisticas né? Adolescentes que terminam o ensino médio e mal sabem ler ou escrever, mas pelo menos estatisticamente eles estam alfabetizados. Eu sou completamente a favor do bolsa familia, acho que é uma medida minima pra todos os problemas sociais, mais até que ponto ela funciona a longo prazo?
Isso ainda não sabemos, é muito recente e eu aplaudo qualquer iniciativa social que parte do governo e que ponha arroz e feijão na mesa. Mas te digo, sou descrente, não penso mais que com informação tudo passa a funcionar, porque as pessoas muitas vezes não querem receber a informação, pode me chamar de preconceituosa, classista e qualquer outra coisa mas infelizmente a realidade é terrivel, e eu sinto muito mesmo que seja sempre do lado mais fraco que a corda arrebente e neste caso, o lado mais fraco são as crianças.
http://noticias.r7.com/videos/conheca-o-casal-que-tem-38-filhos-e-outros-personagens-curiosos-do-sertao-nordestino/idmedia/4dec1d6d3d144894a1e42728.html
E essa notícia, Lola? O que você acha dela?
Lord Anderson, tentando responder a tua pergunta, eu não acredito que o governo tenha força pra impor nada, mas eu acredito que tem que se trabalhar com o conselho tutelar. Acompanhar as familias mesmo, um trabalho conjunto entre o conselho tutelar e os médicos, a mulher fez o primeiro e deu, fez o segundo e deu, esta criando o terceiro então é hora de propor soluções pra ela deixar de ter menino. A mesma coisa, e isso pode funcionar numa cidade pequena são as visitas do médico de familia, ninguém melhor que ele pra conhecer a situação das familias que visita, então ele esta indo la numa casa onde as condições de moradia são degradantes pra vida do ser humano, que a mãe ja tem 6 meninos então é hora de chamar o conselho tutelar, não estou falando em tirar filho de mãe, estou falando em oferecer a essa mãe condições pra ela deixar de parir. Ligadura eu concordo que é drastico, mas acredito que em situações extremas tem que ser feito sim, ninguém vai obrigar a mãe e sim colocar possiveis soluções. E ficar encima com o conselho tutelar, porque deveria ser crime deixar menino na rua não? Eu não trabalho com leis, não sei direito como funciona, mas tenho visto tanta atrocidade e antes que alguém fale sobre a responsabilidade masculina, e estou falando so de mães é porque muitas vezes esses meninos nunca vão saber quem é o pai, e infelizmente a mulher tem que tomar essa decisão sozinha sim, porque os senhores fazem os rebentos e adeus viola. A responsabilidade fica em casa com a mulher sozinha na grande maioria das vezes.
Eu já havia falado sobre algumas sugestões minhas, talvez vc não tenha lido, acho que deveria haver campanhas exaustivas sobre o planejamento familiar em todas as mídias possíveis, que chegassem as grandes massas, agora com relação a crianças que fossem apanhadas em situação de risco, seja por abandono, miséria extrema, desnutrição, violência domestica delinqüência, acredito que os pais de crianças nessas situações devam ser localizados e que fossem fortemente estimulados a esterilização, e que fosse aplicadas sanções caso houvesse desobediência, tipo perda da guarda dos filhos, e outras que poderiam ser estudadas.
Sinceramente eu não consigo entender o porquê de tanta gente querer que a miséria se perpetue e seja aumentada, pois o destino das pessoas geradas dessa forma será o mais triste possível, e só servirão de massa de manobra pra políticos corruptos, ou mão de obra extremamente barata.
O governo se agisse dessa maneira teria plenas condições de com planejamento estruturar e até proteger pessoas que estivessem nessas condições precárias, mas sem nenhum planejamento, e deixar por conta de pessoas totalmente ignorantes, irresponsáveis, a limitação do numero de seus filhos, só torna a questão de dar assistência a essas pessoas um problema insolúvel, um enxuga gelo infinito.
Samya isso não é diferente do que a maioria das pessoas falou aqui.
educação, dar as informações e as condições para que as pessoas possam se planejar e ajuda-las a sair desse ciclo de miseria.
Conscientizar a população é necessário. Isso muda a realidade dos fatos.
Trabalhar para essas pessoas fazerem laqueadura (ou vasectomia, q seja), é tão trabalhoso quanto programas sociais eficientes para levar essas pessoas a perceberem a realidade em que vivem, sim, muitos não percebem o que acontece a sua volta, muitos não percebem que podem mudar.
`Portanto, se as duas formas são trabalhosas e requerem recursos, porque não a que atende de forma mais digna essas pessoas?
Para uma mulher que for assistida por programas sociais eficientes, não será nem preciso propor a laqueadura. Ela certamente estará preparada para saber o momento certo de realizar a cirurgia.
Creio que familias acompanhadas de forma eficaz e não desrepeitosa, são as soluções mais viáveis. Mas deve-se ter cuidado, dar apoio não significa influenciar, as familias não devem ser influenciadas nessas decisões, pois, se agirem somente por isso, o problema continua se perpetuando.
Uma pena essa realidade cruel em que vivemos.
Samya
Não dirigi a palavra a vc, eu entendi seu ponto de vista e a sua preocupaçao, pq vc vive ela de uma maneira proxima e pode até nos dizer de uma forma mais sincera.
O meu comentário foi dirigido pra Denise.
Poxa, Denise! Vc citou a China como um caso em que a intromissão do governo não deu certo, ali fica bem claro como é maléfico para o ser humano quando o governo age de forma deliberativa, restringindo a nossa liberdade.
Mas vc mesma está insinuando um modelo parecido com o chines!!!!
"acho que deveria haver campanhas exaustivas sobre o planejamento familiar... agora com relação a crianças que fossem apanhadas em situação de risco, ... acredito que os pais de crianças nessas situações devam ser localizados e que fossem fortemente estimulados a esterilização, e que fosse aplicadas sanções caso houvesse desobediência, tipo perda da guarda dos filhos, e outras que poderiam ser estudadas"
Denise e como seria essa esterilização? forçada?
a policia deveria levar o casal (na maioria das vezes a mulher) no camburão até a clinica, seda-la contra a vontade, o medico faz a operação e no final ,ela houve um "vc que pediu por isso"?
ou talvez aplicar multas, a quem ja não temm muito dinheiro, tirar os filhos e po-los nos abrigos...afinal os orfanatos quase não tem crianças ja...
ja pensou alguem fazendo isso com vc?
e sobre os pais ricos, cujos filhos cometem crimes, provocam acidentes por estatem bebados...estimulo a castração para eles tb?
É Samya, ao que me parece as sugestões estão todas dentro dos limites do planejamento familiar e da legalidade. O governo informa e a pessoa escolhe, tudo muito "politicamente correto". Como já estava sendo dito antes. Não entendi então onde está o problema já que estamos, aparentemente, falando da mesma coisa.
Denise.. isso também se aplicaria a família bilionárias, por ex? Se eles tivessem um filho que matasse um mendigo, aí tivesse mais outro filho que estuprasse uma colega, aí depois mais outro que espancasse a empregada. Neste caso também caberia serem "fortemente estimulados a esterilização, e que fosse aplicadas sanções caso houvesse desobediência, tipo perda da guarda dos filhos, e outras que poderiam ser estudadas"? Ou isso só vale para pobre?
Lord Anderson,
A diferença é que eu acho que esse seria o ideal mas infelizmente não funciona assim e por isso muitas vezes o unico jeito é a esterilização mesmo, eu não estou falando em sair por ai esterilizando pobre, veja bem a diferença, eu so acho que tem três meninos e vai continuar parindo sem responsabilidade nenhuma com a cria então eu sou a favor da esterillização. E punição, deixou o menino na rua, tem mais filho do que pode criar, o conselho tutelar tem que cair encima. Mas o conselho tutelar funciona aonde? Uma vez e isso nunca vou esquecer, foi feito uma denuncia aqui pra o conselho tutelar, uma garotinha de 9 anos era estuprada cotidianamente pelo pai ou padrasto, agora não lembro. O conselho tutelar não foi até a casa porque estavam sem carro. Você ja veio a Itacaré? E uma cidadezinha, pra que carro? Você chega a pé em qualquer lugar. E tem a questão cultural também, fizemos uma reunião ludica com adolescentes e elas achavam que a violência sexual dentro da familia era normal porque era a realidade delas, das primas e das amiguinhas. Então você ainda tem que falar pra essas garotas que não normal não,que o pai dela não pode fazer isso com ela, nem o irmão, nem o padastro. Mas como ja me disseram uma vez: Você é forasteira não tem que se meter em nossos costumes. Então ta.
So mais uma coisa, quando falo em ligadura de trompas não estou falando de chegar la e pegar a mulher a força e esterilizar não, estou falando de informação direta, o médico expor essa possibilidade e explicar a ela as implicações legais em deixar o menino na rua. Ja que niguém é punido por não mandar os filhos a escola. Alias essa é minha unica critica ao bolsa familia, deveria ser vinculado a escola, acho que na época do FHC era assim não?
Lord e Ginger essas são minhas ideias de alguma coisa para minorar o sofrimento e injustiças que uma massa enorme de gente passa aqui no nosso pais. Não se faz omeletes sem quebrar os ovos, e é provavel que pra se resolver certas situações a força tenha que ser usada, como o é nos assuntos policiais, eu acredito que uma pessoa seja ela homem ou mulher não tenha o direito de prejudicar sua propria prole em nome de sua liberdade individual. Mas se vc tem soluções melhores por favor pode dizer estamos aqui pra debater, quem sabe não surjam soluções muito melhores que as minhas, não tente me imputar mas intenções pois eu não as tenho.
Gostaria como a Samya disse que o mundo fosse justo e bom pra todos nós, mas sabemos que não é assim.
O blog dos débeis mentais, vc só tem acesso se for convidado....
medo da polícia federal....
Uma coisa é certa, nunca eles vão aceitar um @dpf.gov.br
Denise
Não é pq nossa sociedade ainda não é a ideal que isso dá o direit ao governo de restringir nossa liberdade.
Vc não respondeu a minha pergunta, vc citou a China como exemplo de algo ruim e está propondo intervençoes drasticas similares, vê a contradição?
Liana vc e mais pessoas falaram sobre esse mesmo assunto, embora eu ache que esta fora do tema que estamos debatendo, se em uma familia esta sendo gerado um monte de criminosos, as penas da lei para esses crimes, vc citou o caso de pessoas em boa situação financeira, eu falava de pessoas que precisam de assistencia social.
Gostaria de que nosso governo pudesse dar a assistencia necessaria, mas ha quem necessite apenas, e isso só seria possível na minha visão se houvesse um planejamento efetivo.
E mais sobre o que vc falou da China do controle de natalidade, na minha opinião não esta dando certo por causa da cultura local, não das leis.
Viram o resultado do último ENEM? A situação lastimável da educação brasileira?
Pois é... conscientização e todo o resto passam por isso: EDUCAÇÃO. Enquanto essa parte continuar sendo tratada como tem sido historicamente tratada, não há aconselhamento que dê jeito, nem planejamento familiar que funcione, nem mudança real na situação do país... pois ignorantes continuarão na ignorância, que continuará sendo multiplicada, que continuará sendo usada por políticos, empresários e demais exploradores.
Pilar básico no qual TODOS os países hj desenvolvidos investiram e o qual o Brasil continua sem levar a sério: EDUCAÇÃO. Investimento pesado nisso, reforma, mudança... e não me venham falar q o acesso à escola aumentou e isso é avanço: avanço seria se as crianças terminassem o ciclo básico conseguindo ler e entender o q leram, efetuar operações simples... e sabemos q vários analfabetos funcionais estão na ilusão de estar aprendendo algo, enquanto vários defensores de tudo q oS governoS fazem estão na ilusão de q a educação melhorou. Bastaria investir pesado e seriamente nisso, EDUCAÇÃO... alguém leva isso a sério?
Educação gera pensamento, conhecimento, questionamento, inovação tecnológica, etc etc etc. Do jeito q vamos, continuaremos sendo o país do futuro, nunca o do presente.
(não vou nem falar das outras pontas do tripé - saúde e infraestrutura... pq essas tb vão mal).
Pri, aproveita que vc ainda tem acesso ao blog dos loucos e printa as páginas... pode ser util no futuro.
Denise,
Não penso que qualquer dessas decisões vá mudar o fato daqueles podres que estupram crianças.
Como já falei antes, esses monstros não vão deixar de existir e de estuprar crianças por causa desses programas, a diferença será no número de crianças molestadas, o que não muda a brutalidade disso, que não deve ser tratado como número.
Se os ricos criminosos a eles cabe a policia, a justiça; aos pobres estupradores cabe também, não decidir que essas pessoas devam ser esterelizadas.
Esse tipo de decisão a apenas um parte da população é agressão.
Antes que comece,
não, não acho que devam ter mais crianças passando necessidades ou sendo abusadas. mas o que deve ser combatido é essa realidade, isso atrai muitas consequencias benéficas.
Pedofilia se combate punindo o agressor e conscientizando a população a denunciar e a proteger crianças. Esterilizar mulheres e reduzir o número de filhos não vai resolver isso, até porque pedofilia é cultural, acontece em todas as camadas sociais, independente de taxa de fecundidade ou de $, apesar de ser particularmente pior em certos lugares.
Nos lugares onde as leis e as campanhas de conscientização saem do papel e de fato são praticadas, as mudanças acontecem. É por isso que temos que lutar. Não precisamos passar por cima de ninguém.
Outra coisa, isso não vai acontecer de uma hora para outra. Triste mais é verdade. Pobres sempre existiram, pedofilia sempre existiu etc etc. Não entendo esta pressa atualmente em se erradicar tudo num clique. Demora e é preciso aceitar que tudo isso faz parte de um processo pelo qual essas comunidades devem ser estimuladas a assumirem o controle de mudar suas próprias vidas. Só assim vamos ter a certeza de que essas mudanças são sólidas e não fruto de mero assistencialismo que transforma pessoas em parasitas.
Denise, aqui também é cultural. É a cultura que faz com que pessoas(no contexto social) se coloquem em situações nas quais elas só se prejudicam e seguem educando os filhos para fazerem o mesmo. É também a cultura que mantém uma população apática e um governo corrupto que historicamente só ferrou com o povo. Precisamos mudar a cultura e não regular úteros.
E concordo que só educação dá jeito nisso. Mas por educação eu digo na sua acepção mais ampla e não mero mecanismo de reposição de mão-de-obra.
youlia,
na verdade foi um mal entendido, eu acessei um com dominio ".com", esses outros eu nunca acessei.
mesmo assim tenho todas as páginas impressas em pdf, junto com o código fonte, os comentários.
abraços
só quero complementar, sei que existem muito estupradores de várias classes sociais (ainda se usa esse termo?),
espero não ter deixado parecer ao contrário...
abraços
Lola, você leu o artigo mas esqueceu de pesquisar (ou mencionar) os detalhes das pesquisas que falam sobre a taxa de natalidade do Brasil. Os estados onde a taxa de fetilidade ainda é acima da média (la vem ela, a Dna. Média) são o Norte e o Nordeste (seguido de perto pelo Centro-oeste). A faixa de renda que tem mais filhos é (adivinhe!!!) a de menor renda! E os mais pobres de todos foram os únicos a AUMENTAR A TAXA DE NATALIDADE! E para coroar, a quantidade de filhos é inversamente proporcional à quantidade da anos na escola...
O que estou lhe apresentando, e aos demais leitores, não é visão elitista, é a simples leitura dos relatórios.
Se eu considero esta a origem dos problemas atuais do Brasil! Não, não considero! Mas você apresentou dados de maneira parcial e saiu correndo acusando 'as elite' brasileira... Nunca antes na história deste país 'as elite' foi tão acusada de acusar...
sâmya, muito bacana o que você compartilhou.
outro dia estive conversando com uma amiga ginecologista, e ela me contou como é complicado poder fazer o procedimento de ligação em uma mulher.
primeiro, a mulher deve decidir isso 6 meses antes do procedimento ocorrer. abre-se um processo para a solicitação. e ela não pode tomar essa decisão se estiver gestante.
agora quando que mulheres como essa que você relatou iriam procurar um médico para fazer laqueadura? nem pré natal fazem (e não as culpo totalmente). o médico obviamente não pode fazer clandestinamente (quem quer ser responsabilizado depois de enfrentar seis anos de faculdade?) além do que é ilegal e cabe um processo por lesão corporal.
uma outra amiga ainda estudante de medicina, diz que tenta explicar, quando precisa ir semanalmente nos postinhos de saúde, como se faz uso do anticoncepcional. ela diz que em alguns bairros realmente falta, mas que onde tem, a procura é baixa. as mulheres não sabem usar, não se interessam simplesmente.
é uma realidade complicada de mudar.
e queria saber a fonte da informação sobre casamentos de crianças menores de 14 anos (quase 50 mil?)
caramba. claro que deve ser casamento modo de dizer, pq a legislação só permite casar depois de 16 anos. OU no caso de gravidez/desonra(perder a virgindade ¬¬) não importando a idade. mas aí fica uma dúvida: se a garota tem menos de 14 anos e ficou grávida, ela necessariamente foi estuprada. e quero saber pq diabos o estado consente a união de uma menina com seu estuprador, se bem que ouvi falar que isso FELIZMENTE tá em desuso.
às pessoas que defendem políticas assistencialistas, convido-as para um passeio em Brixton, Londres. O Reino Unido pela primeira vez em DÉCADAS teve crescimento na taxa de natalidade, e numa faixa etária maravilhosa envolvendo meninas de 14 a 18 anos. Se você é mãe solteira, ganha dinheiro, apartamento e outras coisas do governo britânico - isso para quem deu como justificativa o fato de que o dinheiro vai para a mão das mães. a evasão escolar inglesa está aumentando absurdamente. é cada vez mais comum ver garotas que sequer entraram no colegial grávidas do segundo filho.
essas pesquisas demográficas generalizantes são um tanto quanto, com o perdão da palavra, inúteis. a Lola, que é uma pessoa que já morou em várias cidades, deveria saber disso. O Brasil tem proporções continentais - quem mora em São Paulo não mora no Brasil, assim como quem mora em Nova York não mora nos Estados Unidos. são culturas, religiões, influencias diferentes. não dá pra dizer que o miserável paulistano é igual ao miserável piauense. a cosmopolidade de uma grande metrópole deixa grandes marcas em qualquer um.
e esses discursos ufanistas são deprimentes e falsos. o brasil não vai pra frente. não com essa educação retrógrada, não com essa política mesquinha. e principalmente, não com a mentalidade que a maioria dos investidores brasileiros têm. sinto muito.
Lola, fiquei sabendo a pouco sobre o caso do Nartagman e as acusações de estupro e pedofilia. Li no blog do Tsavkko e da Semíramis. Horrível essa situação.
eu concordo com a samya e com a denise. ninguém aqui está dizendo que o pobre/miserável não tem que ser ajudado. claro que tem, ele tem que ter emprego, educação e chance de subir na escala social. mas não dá pra ajudar pessoas que não param de ter filhos, a fonte uma hora seca.
a gente pode ser utopico como o plinio de arruda (votei nele no 1º turno) q disse q o negócio é sobretaxar o rico (concordo totalmente, há inclusive previsão no ordenamento de um tributo sobre grandes riquezas, que os parlamentares não se interessam em regulamentar) e aumentar o SM pra 2 mil reais.
olha, eu queria mto q isso acontecesse, mas n é assim q a banda toca. certas coisas n dependem da vontade da presidenta, deve haver um quorum mínimo no congresso q nós não temos. e mesmo tendo apoio, certos projetos se tornam (dizem) inviáveis pq causariam uma fuga das empresas, dos bancos, etc. eu não sei, n estudo economia, acho realmente um desafio, queria q alguém me demonstrasse pq isso n pode ser feito.
enfim, sou favorável ao bolsa família como medida assistencial, mas ainda acho q há pessoas q estão tããão à margem da sociedade q nem tomam ciência dessa possibilidade. os mendigos, por exemplo.
não acho nada demais que seja feita uma laqueadura (ou sei lá, seja implantado um DIU) em mendigas e vasectomia em mendigos, pelo simples fato de eles n terem condição nem de se sustentarem, que dirá UM filho. que dirá mais de um. além do mais, são técnicas reversíveis (especialmente a laqueadura, parece-me q a vasectomia só é reversível até 5 anos após a cirurgia)
oras, se depois de feita a cirurgia essa pessoa vier a se estabelecer com alguma dignidade, mesmo q seja na favela, mas com endereço, emprego e condições de ter um rebento, q peça pra desfazer. oq não dá é contar com a sorte de essa pessoa lembrar de usar camisinha e pílula.
e não é só mendigo, não. pessoas pobres e sem instruçao em comunidades carentes tb tem mtos filhos q n podem sustentar. 25 anos é uma idade avançada demais, considerando que nos meios mais pobres começa-se a ser mãe aos 14, 15 anos... o primeiro filho não passa dos 16, quando outras já estão tendo o 2º.
eu já trabalhei com assistência jurídica gratuita e nós atendíamos basicamente pessoas de uma favela próxima. isso há 2 anos, n to inventando dados de 30 anos atrás, até pq eu n era nascida.
os homens praticamente todos viviam de bicos: camelô, flanelinha, catador de lata ou de papel, carroceiros. pessoas q n tinham contrato de trabalho, n tinham a menor garantia dos direitos trabalhistas, n sabiam nem o nome todo do patrão. como a gente podia ajuizar uma ação assim? carteira assinada, claro q não. muitos apareciam sem ter nem ao menos documento de identidade.
as mulheres quase sempre apareciam com 2 ou 3 crianças, mais uma na barriga. desempregadas, ou vivendo de faxinas, abandonadas pelos pais das crianças. total instabilidade tb.
eu n defendo uma postura violenta do governo, claro q não, essas pessoas tem q saber exatamente oq é o procedimento pelo qual vão passar. mas que a burocracia pra se conseguir uma esterilização é incompatível com a nossa realidade, isso é. tem q ser algo mais ágil. entrou no hospital pra ter o primeiro filho? confere-se se a pessoa tem casa e emprego. se não, ela é encaminhada pro setor responsável, onde ela vai poder conversar com os médicos e psicologos, até mesmo pra q orientem a como cuidar do infeliz q já teve o azar de nascer primeiro.
uma professora minha acompanhou mais ou menos o caso de uma mendiga ali na tijuca (um bairro do rio) q já tinha tido 7 filhos e estava grávida de novo. lógico, vivia sendo estuprada na rua e/ou se prostitua por droga. ela ainda n tinha atingido a idade limite, portanto n podia ser esterilizada.
não é uma medida elitista, é questão de lógica. eu não concordo com oq o senhor luciano huck e sua esposa ganham, acho um absurdo. acho mais é q eles tem q ser super tributados, pesadamente. mas por mais q eles deixem de ganhar, é super improvável q fiquem pobres. da mesma forma q é super improvável q um miserável fique rico. se eles tiverem 20 filhos, terão dinheiro suficiente pra mandar todos eles estudarem na suiça, tomando mamadeira de caviar. se o miserável tiver 2 filhos, a grande chance é q virem menores abandonados.
Nossa, Lola, teus trolls tão piorando cada dia mais...
A propósito, o relatório da OCDE mostra que o Brasil é o país que mais aumentou o investimento em educação. Por certo anda é pouco, mas o aumento tem sido contínuo.
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,15385655,00.html
Pra quem acha que políticas "assistencialistas" interfere em crescimento de natalidade. Por que então em França,e em vários países europeus, essa tendência não se comprova?
Só um detalhe, o Bolsa família tem teto, pra quem não sabe. Quem tem 3 ou 20 filhos recebe a mesma quantia, e é condicionado à frequência n escola. Recentemente a Globo exibiu matéria sobre mães que estavam perdendo o benefício por que as crianças tinham faltado...
Por último, se Dilma foi eleita por ser "a mulher de Lula", significa que o sapo barbudo fez um governo excelente.
E não, Dilma não "perdeu feio" nas regiões mais desenvolvidas.
http://poliarquias.blogspot.com/2010/11/pos-eleicoes-2010-recados-eleitorais-em.html
Denise
"os pais de crianças nessas situações devEm ser localizados e que fossem FORTEMENTE estimulados a esterilização, e que fosse APLICADAS SANÇÕES caso houvesse DESOBEDIENCIA"
você me assusta sabia...
E tem mais Denise
Você acha que o estado deveria procurar os pais com dificuldades em passar valores para seus filhos e convencê-los a se esterilizar.
Puta que me pariu em!
Quais são os "bons" valores que o estado deve permitir que os pais ensinem?
Se um pai passa valores da cultura islâmica o estado deve esterilizar esse pai por fundamentalismo religioso?
Se uma mãe ensinar a sua filha que valores de esquerda é algo ruim para a sociedade o estado deve esterilizar essa mulher por ser uma reacionária conservadora?
Quais os valores que o estado deve permitir que um pai passe para seu filho sem que o mesmo seja esterilizado por não passar "bons" valores?
Mariana
As informações sobre adolescentes amaziados vem do proprio Censo de 2010.
SIm, a imensa maioria é de uniões informais, ja que qualquer casamento de menores de idade precisa de autorização judicial.
Mas na pratica eles vivem como se fossem casados.
No link que passei há o depoimente de uma menina que aos 11 anos fugiu de casa para morar com o parceiro que então tinha 27.
E isso acontece não só nas regiões afastadas e quase rurais, mas tb nas periferias das grandes cidades.
Outra situação em que falta ainda investir muito em educação, infraestrutrua e tb toda uma mudança cultural.
é impressão minha ou a ana alice está defendendo esterilização como forma de erradicar a pobreza?
não sou contra políticas como o bolsa família, mas não se pode parar por aí. investir em educação é questão de urgência há mto tempo!
e taxar quem quer que seja no brasil é brincadeira né? temos os impostos mais altos do mundo. o que falta é gente decente no governo( não tou criticando o PT, tou criticando todos) que invista o que a gente paga.
Lord anderson, obrigada pelas informações. fiquei chocada com a a história da menina de 11 anos. é tão absurda que..
Mariana, nem de longe o Brasil tem os "impostos mais altos do mundo"...
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/792959-carga-tributaria-no-brasil-e-maior-do-que-nos-eua-dinamarca-lidera.shtml
na relação custo benefício, temos sim.
Se for na "relação custo benefício", precisamos, de fato, sobretaxar os mais ricos...
Mariana
eu tb fiquei chocada.
não imaginava que a situação fosse nesse nivel.
Olha, normalmente não concordo com o Flávio Brito, mas os últimos dois comentários dele são totalmente denotadores da minha opinião.
Estou começando a ficar assustada com as ideias de determinadas pessoas aqui. Já venho acompanhando isso há um tempo e a cada dia o radicalismo me assusta.
Só uma coisa: esterilizar as pessoas sem consentimento vai contra os direitos humanos fundamentais ditados na Declaração Universal, defendida por várias pessoas que agora sugerem essa atitude.
Mas nem vou poder acompanhar a discussão, só vim comentar rapidamente.
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/edicao-138/mulher-brasileira-637866.shtml
a versão nacional da reportagem
Lolinha, bom ver que você é otimista!
Mas eu tbm ando meio otimista, sabe?
A secretária de políticas púbicas voltadas as mulheres, a Lei Maria da Penha, o aumento do número de universidades, a diminuição da pobreza, o reconhecimento da união estável homossexual...
Tá que a gente avança dois passos e regride um, mas é melhor assim do que andar pra trás como acontece em alguns países.
O país está mudando e avançando, sim. Mas, ainda falta muito, principalmente no combate ao preconceito. A nossa sociedade está o tempo todo fingindo que o preconceito acabou e que o amor é lindo, viva as diferenças! quando na verdade não é bem assim. O racismo, a homofobia e o machismo não acabaram, estão aí pra quem QUISER ver.
As pessoas têm que parar de achar que se elas não verem a realidade, as coisas deixam de existir. É como deixar de ver o jornal porque tem notícias ruins. As notícias não deixarão de existir, nós precisamos conhecer a fundo o inimigo para poder combatê-lo.
Realmente não aguento mais ver brasileiros falando mal do Brasil (principalmente aqueles que nunca nem moraram em outro país) e botando a culpa de tudo nos nordestinos. Talvez seja mesmo falta de informação a causa de famílias enormes mas essa raiva toda que o povo tem do nordeste é causada pela mesma coisa. Não sabem que o Brasil deve boa parte de sua história quase exclusivamente à ele. E quanto à essa matéria da NG, decepcionante. Mas não deve ser interessante aos outros países ver o Brasil melhorar. Até porque, modéstia à parte, o Brasil ganha em muita coisa de muitos países e se a gente aqui perceber isso.. eles ficarão em desvantagem.
PS: Lola, preciso confessar que gosto das suas postagens de uma maneira quase egocêntrica.. porque você fala de tudo que eu mesma penso e fala de uma maneira que eu adoraria poder fazer. Te agradeço por isso.
pra mim, fetos viciados em crack ainda na barriga da mãe (http://videos.r7.com/bebes-de-maes-viciadas-em-crack-nascem-com-abstinencia-da-droga/idmedia/f32760ecf853abb42e61e801eacdefd1.html) ou introduzidos no vicio ainda bebês (http://noticias.r7.com/cidades/noticias/mae-de-crianca-flagrada-fumando-maconha-presta-depoimento-a-policia-20100903.html) é algo q fere muito mais os direitos humanos doq controle de natalidade.
nascem no esgoto, vivem no lixão, com 5 aninhos já estão usando droga por conta própria. http://mais.uol.com.br/view/99at89ajv6h1/menina-de-7-anos-e-morta-por-divida-de-drogas-no-rj-04029B356AE0B12326?types=A
os que já nasceram o governo tem obrigação de ajudar, desintoxicar, tratar, acompanhar, dar escola, comida e moradia. eu não disse nem penso o contrário disso.
mas podendo evitar q outros nasçam na mesma situação, pq não? como eu disse, é uma técnica reversível e a pessoa tem q estar ciente do procedimento. vcs fazem soar q o governo vai jogar agente laranja na vagina das moradoras de rua. por favor, né?
Rê_Ayla,
Você pode, por favor, me passar o link de onde você tirou essa informação do número de pessoas miseráveis?
Porque eu acabei de acessar o IBGE e achei 9 milhões e pouco em 2009 recebendo até meio salário mínimo, o que dá bem mais de R$ 70,00. Não achei o dado de 2011.
Enfim, na fonte que encontrei, fica claro que, pra se ter uma idéia, a faixa de menor rendimento (até 1/2 salário mínimo) tinha 8,5 milhões em 2003, e 9,25 milhões em 2009. Ou seja, em 7 anos, um acréscimo de cerca de 750 mil pessoas.
Agora, considerando que é senso comum que quanto mais pobre, mais filhos têm, você acha mesmo que só surgiram 750 mil pessoas nessa faixa durante esses 8 anos?
De onde eu consigo enxergar, é óbvio que não. Que muita gente conseguiu passar para as 2 faixas seguintes.
Usei o seguinte link:
http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=PD302&sv=62&t=populacao-de-10-anos-ou-mais-de-idade-ocupada-com-rendimento-no-trabalho-principal-por-classes-de-rendimento-mensal-em-sal-min
tem gente que postou comentário aqui que parece que é nazista e defende a eugenia através da castração de pobres. a culpa de ter gente pobre é q nao há distribuição de renda nesse país injusto. não são os pobres que ficam tendo pencas de filhos.
isso é uma visão muito limitada e simplória, sem falar que é de uma ruindade ímpar.
Por outro lado, discordo totalmente das faixas salarias escolhidas para designar cada classe. Mas isso não é novidade, sempre foi ruim.
Ouvi dizer que nos EUA eles usam 3 classes, subdividindo cada uma em 3, num total de 9 faixas.
Imagino que no Brasil, poderíamos fazer uma classificação mais ou menos assim:
- Pobreza extrema: < 1/2 salário-mínimo
- Pobreza absoluta: < 1 salário-mínimo
- Pobreza: de 1 a 5 salários-mínimos
- Classe média baixa: de 5 a 10 salários-mínimos
- Classe média: de 10 a 50 salários-mínimos
- Classe média alta: de 50 a 100 salários mínimos
- Quase rico: de 100 a 500 salários-mínimos
- Rico: de 500 a 1000 salários-mínimos
- Podre de rico: > 1000 salários-mínimos
Sobre quem falou que está aumentando a taxa de fecundidade dos pobres, não é verdade. Sim, as mulheres pobres têm mais filhos do que as ricas. E quanto maior a miséria, maior é a fecundidade. Mas a fecundidade delas também está caindo.
Segue trecho de um estudo, seguido pelo link:
"Diferenciais importantes foram
apontados, revelando queda mais acentuada naqueles grupos onde a
fecundidade era mais elevada em 1991, ou seja, entre as mulheres mais pobres, menos escolarizadas, negras, domiciliadas nas áreas rurais, e nas regiões Norte e Nordeste."
http://www.scielo.br/pdf/nec/n74/29636.pdf
E, apesar do que os elitistas pensam, não é reduzir o número de filhos que vai reduzir a miséria.
É, pelo contrário, a redução da miséria que vai reduzir o número de filhos.
Quando a mulher pobre não ver seus filhos morrendo a três por dois, ela terá menos filhos.
Quando a mulher pobre tiver acesso à Previdência e não depender de filhos que cuidem dela na velhice, ela terá menos filhos.
Lola, achei a matéria bem meia-boca. A repórter ouve de um pesquisador que não dá pra apontar uma causa pra queda de natalidade, mas não resiste a fazer sua listinha no final. Achei a pesquisa meio rasa (especialmente a parte sobre as cesarianas, muito superficial mesmo), embora as entrevistas pareçam interessantes. Outra coisa, quando li essa matéria na NG americana, detestei o uso de palavras em Português (perfeitamente traduzíveis) em lugar de palavras em inglês. É um recurso muito usado pra fazer um texto ficar 'pitoresco', mas não cabia numa matéria mais séria.
Quanto à discussão sobre controle de natalidade e esterilização, principalmente forçada, sinceramente é a última coisa que esperava ler aqui. Educação e campanhas de conscientização, sim; mas castração da população é uma ideia absolutamente imoral.
NA MÉDIA, OU BILL GATES NO RESTAURANTE
Luis Fernando Verissimo, 17 de julho, 2003
Meu saldo bancário junto com o do Antônio Ermírio de Morais seria um dos mais altos do Brasil. O fato de o Antônio Ermírio ser responsável por 98,2% do saldo não afetaria a exatidão da frase. Se eu estivesse num restaurante com outras quinze pessoas e o Bill Gates chegasse para jantar, a renda média dos presentes – a soma da renda de cada um dividida por dezessete – se multiplicaria automaticamente e eu estaria matematicamente rico, pelo menos até o Bill Gates ir embora. Antes de me entusiasmar e gritar “Garçom, suspende a Coca Diet e traz um Château Petrus!”, no entanto, eu deveria meditar sobre os perigos do dado mal examinado e da estatística enganosa.
Só uma ilusão parecida com a que nos tornaria mais ricos pela simples companhia do Bill Gates explica que, em meio à revolta generalizada com a reforma da Previdência – em boa parte procedente e justa – categorias inteiras se indignem com a diminuição de tetos de proventos que só afetaria uma minoria, entre elas os “marajás” tão execrados na retórica desde que o Collor se elegeu prometendo eliminá-los, há catorze anos. Entre os erros e acertos da sua reforma, o governo pode muito bem lamentar que, com o tempo, a caça a marajás tenha perdido seu charme político, ou caído de moda. Ganhos altos imexíveis se misturam com a causa legítima de servidores públicos que, na maioria, ganham uma miséria. Mais uma prova que, como no caso da reforma agrária, que todos apóiam desde que não seja preciso fazê-la, o grande desafio para quem quer mudar o Brasil é conseguir transformar retórica em fato.
De certa maneira, o fator Bill Gates no restaurante, ou o raciocínio pela média ilusória, é o que tem mantido a paz social no Brasil. Entre os grandes produtores rurais que nunca produziram e ganharam tanto, e as hordas de despossuídos no campo, na média estão todos bem. Entre os bancos que nunca lucraram tanto e o comércio e a indústria que penam, na média todos progridem. Entre a décima economia do mundo e a pior distribuição de renda do mundo, na média não está tão ruim assim. Entre os poucos que vivem a doce vida brasileira e os milhões que padecem da nossa desigualdade histórica, na média somos felizes. Entre uma Bélgica e uma Botsuana, na média somos, sei lá... um Brasil. E Antônio Ermírio e eu, na média, não temos do que nos queixar.
'Por último, se Dilma foi eleita por ser "a mulher de Lula", significa que o sapo barbudo fez um governo excelente.'
Só significa que a maioria de miseráveis e ignorantes ACHA que ele ta fazendo alguma coisa.
'
E não, Dilma não "perdeu feio" nas regiões mais desenvolvidas.
http://poliarquias.blogspot.com/2010/11/pos-eleicoes-2010-recados-eleitorais-em.html'
Eu aprendo muito, acho impressionante como esse pessoal aqui pensa.Eles falam que a Dilma não ganhou por causa dos miseráveis e PRA ILUSTRAR ISSO MOSTRAM UMA FIGURA ONDE AS REGIÕES POBRES SÃO QUASE 100% DILMA.
O nordeste então, é vermelhinho de cabo a rabo.
Vai ver eles tem um problema de visão, olham pra mistura azul e vermelha num canto e vêem no mapa todo.Ou seja, pra esse pessoal nem desenhar adianta...
Postar um comentário