Pelo que vi, todo mundo adorou 127 Horas ― menos eu. Não é que eu tenha detestado o mais recente filme de Danny Boyle (Oscar por Quem Quer Ser um Milionário, e brilhante por Trainspotting), longe disso, só não achei nada de mais. Lógico que o drama (baseado em história real) sobre um carinha que passa cinco dias e uns trocados preso num vão de montanha nos EUA é interessante. Como poderia não ser? E é mérito do diretor que um ambiente claustrofóbico em que muito pouco acontece, com poucos diálogos, prenda nossa atenção em todos os momentos. E mérito maior ainda, talvez, do lindo James Franco (namorado do protagonista em Milk, melhor amigo e maior rival do herói do Homem-Aranha), fazer com que a gente empatize com alguém que, na minha opinião, não deveria estar lá. Porque sabe quando eu seria pega escalando uma montanha ou pulando de precipícios em lugares desertos e inóspitos? Bom, nunca diga nunca -- talvez se eu fosse sequestrada e largada num desses locais, ou se meu avião caísse e eu tivesse que sobreviver. Mas euzinha sair do meu conforto de cidade grande, com geladeira, água gelada e supermercado próximo pra me aventurar no meio do nada? Jamais! E é aquele negócio: se você pratica um esporte radical desses, você está se colocando em situações de risco. E poupe-me, por favor, do discurso “Viver é uma situação de risco. Atravessar a rua é um risco. Você pode morrer a qualquer momento” etc. Digamos que ir sozinho pra natureza selvagem, sem avisar ninguém, e sem equipamento muito adequado, aumenta os riscos, né? E as pessoas que praticam esses esportes praticam exatamente pelos riscos. Pela adrenalina que dá. E por se colocarem nessas situações de risco consideram que nós, aversos a riscos e que gostamos de conforto e água gelada, somos uns manés. Por isso, permita-me não ter tanta empatia por pessoas que sofrem acidentes em atividades onde acidentes são esperados (e empatia zero por colocar em risco outras pessoas que irão ao seu resgate porque você se põe em situações de risco pra fugir do seu cotidiano monótono. Eu gosto do meu cotidiano monótono! Viva a minha vidinha! Yay! Uhú! Acho que vou comer um chocolate pra comemorar).
Mas a gente tem toda a empatia do mundo pelo James Franco. Não só por ele ser lindo de morrer, se bem que isso ajuda. Ele passa toda uma aura simpática. Seu personagem é querido. Note como ele se relaciona com as moças que encontra pelo caminho. Ele não é ameaçador, nem quando as enfia num vão entre duas montanhas que se mexem e de onde elas só podem sair nadando (aliás, não entendi como alguém sai vivo de lá, mas isso daria outro filme). Li que Boyle queria o Cillian Murphy no papel, e o Cillian tem um olhar meio psicopático, como se pode conferir em Vôo Noturno e Batman Begins (ele faz o Espantalho). Não deu certo, e Boyle pensou no Ryan Gosling (A Garota Ideal), excelente ator também, mas com um ar um pouco arrogante. E James é pura bondade. Mas, apesar d'ele me fazer querer passar cinco dias sem água num precipício escuro com ele, não me parece material pro Oscar. Deve ter havido outros papéis masculinos mais bacanas no ano, não? E James ainda fará montes de filmes e certamente ganhará suas merecidas estatuetas.Enquanto via o filme, me lembrei de um documentário fascinante que vi graças ao meu irmão, anos atrás, chamado Touching the Void (Tocando o Vazio, 2003). Dois alpinistas enfrentam uma montanha nos Andes peruanos; um deles cai, quebra a perna, e fica pendurado na corda do parceiro, que deve decidir o que fazer: ficar lá pros dois morrerem de frio e fome ou romper a corda e safar-se, sacrificando o amigo? Pra mim essa questão existencial é um no brainer, como se diz nos States, não precisa pensar muito pra decidir. Mas, como eu disse, não sou a pessoa adequada pra opinar, porque eu nunca estaria presa com uma corda a um alpinista. Será que ainda tem chocolate aqui em casa pra comemorar?
O problema desse tipo de filme que lida com a força do espírito humano (e agora, pensando em chocolate, lembrei que, no quesito vencer desafios, o que está reservado ao “heroísmo” das mulheres é fazer dieta pra emagrecer. A força de vontade nos faz sobreviver comendo 500 calorias por dia em situações de fartura) é que ele é extremamente previsível. A gente sabe tudo que vai acontecer: a pessoa sofrerá, pensará em morrer, lutará e, no fim, triunfará. Porque senão não viraria livro nem filme. Uma das poucas vezes que vi história real transformada em filme com final infeliz (o espírito humano não triunfa) foi em Mar Aberto. E só faltou os espectadores incendiarem o cinema. Eles se perguntavam: pra quê a gente veio ver isso? (ninguém tá nem aí pro triunfo dos tubarões, né?).
Mas em 127 Horas não tem tubarões. Nem escorpiões, nem cascavéis, bichos que parecem combinar com aquela decoração. O ambiente pode ser inóspito, mas pelo menos é limpinho ― tanto quanto a ilha de Náufrago onde Tom Hanks passa alguns anos. Em 127 há apenas formigas. Uma formiga, pra ser mais exata. E ela nem perturba muito o James. E o filme apresenta suas inovações, como o protagonista beber seu próximo xixi, mas quer saber o que mais chocou o público americano, tão conservador? Que tem uma hora em que o carinha pensa em se masturbar. Gente, ele não tem muitas opções de lazer!
O que mais me incomodou na trama foram duas coisinhas. Uma, que no final um detalhe é tratado como premonição. Premonição carrega tons fortes do sobrenatural, e não cabe na história. A outra é que, em algumas partes, eu não sabia o que James estava fantasiando e o que acontecia de fato (essas fantasias funcionam maravilhosamente bem em Cisne Negro e A Origem. Aqui não). Ok, sei que é proposital, mas essa dúvida faz colocar em xeque tudo que ocorre, inclusive quando ele finalmente se salva. Por exemplo, a cena da chuva. Choveu? Ele quase foi afogado? Ou nem choveu? Isso tira a força dos fatos reais.
Essa conversa me deu sede. Vou lá na cozinha pegar um copo de água gelada.
Mas a gente tem toda a empatia do mundo pelo James Franco. Não só por ele ser lindo de morrer, se bem que isso ajuda. Ele passa toda uma aura simpática. Seu personagem é querido. Note como ele se relaciona com as moças que encontra pelo caminho. Ele não é ameaçador, nem quando as enfia num vão entre duas montanhas que se mexem e de onde elas só podem sair nadando (aliás, não entendi como alguém sai vivo de lá, mas isso daria outro filme). Li que Boyle queria o Cillian Murphy no papel, e o Cillian tem um olhar meio psicopático, como se pode conferir em Vôo Noturno e Batman Begins (ele faz o Espantalho). Não deu certo, e Boyle pensou no Ryan Gosling (A Garota Ideal), excelente ator também, mas com um ar um pouco arrogante. E James é pura bondade. Mas, apesar d'ele me fazer querer passar cinco dias sem água num precipício escuro com ele, não me parece material pro Oscar. Deve ter havido outros papéis masculinos mais bacanas no ano, não? E James ainda fará montes de filmes e certamente ganhará suas merecidas estatuetas.Enquanto via o filme, me lembrei de um documentário fascinante que vi graças ao meu irmão, anos atrás, chamado Touching the Void (Tocando o Vazio, 2003). Dois alpinistas enfrentam uma montanha nos Andes peruanos; um deles cai, quebra a perna, e fica pendurado na corda do parceiro, que deve decidir o que fazer: ficar lá pros dois morrerem de frio e fome ou romper a corda e safar-se, sacrificando o amigo? Pra mim essa questão existencial é um no brainer, como se diz nos States, não precisa pensar muito pra decidir. Mas, como eu disse, não sou a pessoa adequada pra opinar, porque eu nunca estaria presa com uma corda a um alpinista. Será que ainda tem chocolate aqui em casa pra comemorar?
O problema desse tipo de filme que lida com a força do espírito humano (e agora, pensando em chocolate, lembrei que, no quesito vencer desafios, o que está reservado ao “heroísmo” das mulheres é fazer dieta pra emagrecer. A força de vontade nos faz sobreviver comendo 500 calorias por dia em situações de fartura) é que ele é extremamente previsível. A gente sabe tudo que vai acontecer: a pessoa sofrerá, pensará em morrer, lutará e, no fim, triunfará. Porque senão não viraria livro nem filme. Uma das poucas vezes que vi história real transformada em filme com final infeliz (o espírito humano não triunfa) foi em Mar Aberto. E só faltou os espectadores incendiarem o cinema. Eles se perguntavam: pra quê a gente veio ver isso? (ninguém tá nem aí pro triunfo dos tubarões, né?).
Mas em 127 Horas não tem tubarões. Nem escorpiões, nem cascavéis, bichos que parecem combinar com aquela decoração. O ambiente pode ser inóspito, mas pelo menos é limpinho ― tanto quanto a ilha de Náufrago onde Tom Hanks passa alguns anos. Em 127 há apenas formigas. Uma formiga, pra ser mais exata. E ela nem perturba muito o James. E o filme apresenta suas inovações, como o protagonista beber seu próximo xixi, mas quer saber o que mais chocou o público americano, tão conservador? Que tem uma hora em que o carinha pensa em se masturbar. Gente, ele não tem muitas opções de lazer!
O que mais me incomodou na trama foram duas coisinhas. Uma, que no final um detalhe é tratado como premonição. Premonição carrega tons fortes do sobrenatural, e não cabe na história. A outra é que, em algumas partes, eu não sabia o que James estava fantasiando e o que acontecia de fato (essas fantasias funcionam maravilhosamente bem em Cisne Negro e A Origem. Aqui não). Ok, sei que é proposital, mas essa dúvida faz colocar em xeque tudo que ocorre, inclusive quando ele finalmente se salva. Por exemplo, a cena da chuva. Choveu? Ele quase foi afogado? Ou nem choveu? Isso tira a força dos fatos reais.
Essa conversa me deu sede. Vou lá na cozinha pegar um copo de água gelada.
34 comentários:
Sabe quando eu disse que havia 3 filmes que concorriam ao Oscar e que eu não tinha a menor vontade de ver? Pois é, esse é um deles. Primeiro porque eu não suporto o James Franco (é aquelas coisas que não tem explicação, mas não gosto nem de ver foto dele, quem dirá vê-lo atuando) e depois porque me contaram o que ele faz para se salvar e me dá uma agonia só de pensar.
Mas depois de ler sua crítica até que me deu uma pontinha de vontade de ver o tal filme...
Lola, adorei seu texto, gosto muito do jeito que você escreve, é ótimo te ler.
Quanto a "127 horas", acho um filme legal. E só. Interessantese você pensar que é 1 hora e meia mostrando um cara com o braço preso numa pedra e nada além disso.
Quanto às alucinações: entendi que nunca choveu, porque quando ele "acorda", ainda está morrendo de sede.
Contando até 3 para aparecer um troll e dizer que vc não gosta de esportes radicais pq vc é gorda...1, 2, 3. :-)
Ele arranca o braço é? dizem q o povo passou mal vendo filme. O que não entendo é que em Toy Story 3 o Sr. Cabeça-de-Batata arranca o seu braço o tempo todo e acham hilário...
EStão cotando o James Franco para atuar na adaptação de "Akira".
=/ péssima escolha, principalmente se ele for o Kaneda! Tomara que não, um não tem nada haver com o outro.
*deletei o outro coments pq tinha errado feio uma palavra..rs
A entrevista do cara que deu origem ao filme no David Letterman, anos atrás, foi super emocionante, na hora pensei em quem faria o filme. Vou ver por ele, apesar de já ter assistido a Enterrado Vivo recentemente e ter gasto a cota anual pra filmes claustrofóbicos.
Claro que você nunca vai praticar esportes radicais, "escalando montanhas ou pulando de precipícios em lugares desertos e inóspitos", você é gorda! Mal aguentar subir um lance de escadas sem bufar. No mais, fica tranquila, se vc caísse naquela fissura, vc entalaria e não teria maiores problemas!
Ah,não me atrai muito.Deve estar cheio de clichês.Mas eu gostaria de ver ele beber a própria urina kkkkkkkkkkk.Cena de masturbação?Sempre tem alguma pitada de humor esdrúxulo,argh!
Miquinha, pô! O James Franco é lindo! E é bom ator, ousado, fez uns 3 filmes seguidos em que interpreta um personagem gay, e diz que não tá nem aí pra como o público vê sua sexualidade. Gosto muito dele. E não tem jeito, não tem escapatória, ele será um major star (então vc não vai assistir o Oscar? Ele que vai apresentar, junto com a Hathaway, né?).
Brivaldo, parabéns pela previsão. Levou apenas 25 minutos.
Lola,
"Na natureza Selvagem" tabém não tem um final feliz de triunfo e é muito bom.
Eu pratico alguns esportes radicais por influência do meu namorado. O mais bacana de fazer é encontrar paisagens lindíssimas e admirar... pode parecer clichê mas subir uma montanha e parar cinco minutos observando dá uma sensação que nem uma caixa de chocolate suiço pode proporcionar.. Mas isso é muito pessoal, pra falar a verdade.
Tenho certeza que meu namorado vai querer ver esse filme... Ele leu o livro "Tocando o Vazio" e adora essa temática.
Bjos
só veria um filme desses se me pagassem e muito. Detesto, acho sensacionalista e bobo.
"...em Mar Aberto. E só faltou os espectadores incendiarem o cinema (ninguém tá nem aí pro triunfo dos tubarões, né?)"
X-D KKKKKKK... Adorei essa!
lola, tem aquele filme "into the wild" onde o alex supertramp (eu acho q é isso) tem todas as regalias do mundo e decide largar tudo pq "deu bode da vida"
se era tão chato ser um garoto branco e rico, devia ter se mudado pra algum lugar pobre e se tornado um voluntário, né? mas, não, ele se meteu no meio do nada, sem comida, incomunicável, etc
daí ele obviamente morre (bem feito), mas as pessoas AMAM esse filme bobo
Eu acho Na Natureza Selvagem chaaaaaaato, interminável. Mas a ideia não era simplesmente mudar de vida, era de viver em total harmonia com a natureza, e tal.
Obs: rachei com o comenta´rio do Brivaldo, especialmente a segunda parte.
Eu amei o filme pois amo tudo com o James - olha que intimidade - e, meu cunhado foi quem fez o dublê de corpo do bonitão.
Daí fico sem a menor possibilidade de enxergar o filme por uma visão digamos, mais critica.
bjs e bom final de semana, Lola.
Preso numa montanha e ele pensa em se masturbar.Homens...
Eu ia comentar justamente sobre a entrevista do Aron Ralston no Letterman, que foi excelente (gravei e sempre passo pros alunos). Não vi o filme ainda, mas parece que a impressão é a de que o cara era um curtidor loucão por esportes radicais, quando na verdade o Ralston é experiente, tranquilo e tomou todas as decisões com muita calma e sabendo o que estava fazendo, até quando amputou o próprio braço.
Eu gosto do Franco e o cenário é realmente maravilhoso (não sou da turma dos esportes radicais, mas sempre saio para caminhadas assim), mas minha torcida pra ator continua com o Colin Firth. Falei dele e do O Discurso do Rei hoje, ainda vou conferir o 127 horas...
abraço
Mônica
Vc acha o James Franco bonito?Eca.
(Eu acho incrível que o que eu vou dizer realmente precise ser verbalizado, mas vamos lá...)
César,
Eu não sou gorda. Malho 6x por semana. Se não tivesse outros compromissos, passava o dia fazendo atividade física. E detesto - detesto - esportes radicais. Não é fascinante? Imagina só, alguém que gosta de atividade física e NÃO curte arriscar a vida à toa!...
Ele só pensou é? 5 dias sozinho, sem nada pra fazer e com a possibilidade de não sair vivo dali, não acho que eu ficaria só no pensamento rss
nada contra ter o James Franco no filme do Akira, mas já tinha ate esquecido dele, vai sair mesmo? quero muito ver (pra reclamar das mudanças e me achar pq vi o original antes)=P
Pra eu participar do bolão só mesmo lendo suas críticas em vez de assistir certos filmes, rsrs.
Questão de gosto pessoal mesmo, porque muita gente curte.
Mas está aí outro tipo de filme que não me atrai "pessoa ou pessoas que sobrevivem a uma tragédia e tem que lutar pra sobreviver em um ambiente inóspito", rsrs.
Lola,ainda tem comentários grotescos no post sobre aborto.Um machinho solitário e depressivo está choramingando desesperadamente por atenção.Vamos dar a ele um prato de sopa e um pão seco pois parece que é miserável e orfão.
Notícia da Band: "Policial é deixada nua e revistada à força".
"O Jornal da Band mostra nesta sexta-feira um caso de humilhação, no qual delegados e policiais de São Paulo tiraram à força a roupa de uma colega, em busca de provas que supostamente a incriminariam. O fato aconteceu no 25° Distrito Policial em Parelheiros, zona sul de São Paulo."
"As imagens foram feitas em 2009, mas foram mantidas em sigilo pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. A suspeita ainda não foi julgada, mas mesmo assim, foi expulsa da polícia civil. Para a corregedoria a ação dos envolvidos foi correta e moderada. Ninguém mais foi punido ou processado."
ah, eu amei toda vida.
não é minha torcida pra Oscar porque foi o penúltimo que eu vi - se fosse um dos primeiros eu tava aqui de pompom num braço só, heh, torcendo.
mas não.
amo Danny Boyle, adoro seus filmes com edição de programa de esporte, amei a trilha sonora, amei James Franco.
este é o MEU filme 2011. não precisa de reconhecimento da Academia, porque eu vou carregá-lo no coraçãozinho pra sempre.
:ó)
Lola, eu gostei bastante da primeira metade do filme, depois ficou um saco sem fim, como eu já sabia da história, eu sabia q ele cortaria o braço entao naum me surpreendi e tbm naum entendo pq o povo passa mal com uma cena daquela, em q mundo esse povo tá vivendo??? Mas falando do filme, vc realmente achou q eram ilusão algumas cenas? eu nem cheguei a cogitar esssa hipótese, pra mim aconteceu e pronto! eu achei q o diretor naum conseguiu manter o ritmo do filme e a partir da segunda metade o filme vai dando um sono daqueles. Quanto ao James, nunca tinha reparado no trabalho dele, mas gostei dele nesse filme achei q ele mandou bem!
Enfim, de todos os filmes concorrentes, esse é o segundo pior, pq UM DOS PIORES FILMES JÁ FEITOS NA HISTÓRIA DO CINEMA CHAMA-SE DISCURSO DO REI! AQUELA PORRA NAUM TEM NEM LÓGICA, QUE FILME CHATO, IMBECIL E QUE NAUM ACRESCENTOU NADA. Detalhe, é o segundo filme q o Colin faz um gago, ou seja, ele tá sendo superestimado, nem devia tá recebendo prêmios... rsrs tô brincando, ele mandou bem!
Você já viu Abismo do Medo?
É sessão da tarde pura, tem coisas sobrenaturais, e tal, mas eu acho um dos finais mais angustiantes que alguém poderia pensar para um filme assim. E o bom é que o final não apela para o sobrenatural...
Fiquei impressionadona quando vi...
"Eu gosto do meu cotidiano monótono! Viva a minha vidinha! Yay! Uhú! Acho que vou comer um chocolate pra comemorar" - isso expressou completamente meus sentimentos quanto as aventuras rsrss
Não vi o filme, até agora dos que assisti na lista do Oscar meu predileto é Cisne Negro
"Claro que você nunca vai praticar esportes radicais, "escalando montanhas ou pulando de precipícios em lugares desertos e inóspitos", você é gorda!"
Sensacional! Porque assim, todas as magras estão por aí escalando montanhas, e todas as gordas estão em casa porque não conseguem mais se levantar na cama...
Enquanto isso eu - com meus irrisórios 48kg e tamanhinho de piquines - concordo em tudo com a Lola. rss
Eu não tenho lá uma grande simpatia pelo Danny Boyle e esse tipo de filme não chama minha atenção, então, eu só veria pelo lindo, gostoso, mente-aberta, sexy, inteligente, tudo de bom James Franco.
Alguns lembraram de "Natureza selvagem". Olha, eu acho esse filme uó. Olha, eu como gay e pobre, tenho sérias dificuldades de entender como que um carinha que tem tudo resolve sair mundo afora pra tentar achar o sentido das coisas ao invés de fazer algo melhor para ele e o mundo. Deprimente e como bem disseram, bobo.
Bom, eu adoro o modo como Danny Boyle dirige. Amei "Trainspotting", gostei bastante de "Quem quer ser um milionário?" e 127 horas prendeu minha atenção desde o início. Tudo bem que não é tão bom quanto "Cisne Negro", outro indicado ao Oscar, mas acho que foi merecida toda a publicidade e todos os elogios da crítica. Como alguém consegue transformar o que seria quase um monólogo chato e de puro sofrimento em algo tão interessante e, por vezes, até engraçado? Tanto o roteirista (Simon Beaufoy) quanto o ator principal, James Franco, fizeram um ÓTIMO trabalho!E pra quem fala mal do James, não vejo o porquê, já que ele é um ator super versátil, que já encarnou variados personagens com um talento incrível! Acho que "127 horas" pode não ganhar o Oscar de melhor filme, mas estou torcendo pra que Franco ganhe o Oscar de melhor ator COM CERTEZA!
Assista ao filme "Na natureza selvagem" (into the wild).
Você vai amar.
O ator é lindo de morrer e a trilha sonora é belíssima!
Eu simplesmente amei 127 horas! Muito, muito, muito!
Em poucos filmes que vi na vida me emocionei como neste, que te envolve, angustia. Cenas lindas, ângulos diferenciados e uma montagem de roteiro excelente. "127 horas" é original e com pretensões bem diferentes dos outros indicados.
Méritos irrefutáveis à incrível (INCRÍVEL!) atuação de James Franco, que te presenteia com cada sentimento, cada sensação dos insucessos e delírios na luta pela sobrevivência.
A cada momento, a cada lembrança do passado de Aron, a cada alucinação e tentativa de escapada o público vai se conectando aquele cara que poderia ser o cara legal que estudava com você e gostava de esportes.
O fato de Aron não ser um gênio, de cometer erros que qualquer um de nós cometeria é que cria essa identidade e nos aproxima da agonia vivida por ele. E Franco tem o carisma necessário para criar a empatia e a torcida pelo bem do rapaz.
É a história de um dos caras mais gente-fina que já conheci!
E não concordo que seja um filme sem graça, fala da superação, do ser humano, é um filme do coração mesmo!
Sobre a chuva: Lógico que não choveu, ele ainda tava morto de sede no outro dia! E apareceram mais 2 formigas depois. Só o que fata você achar que ele virou areia de verdade, ou que o Scooby apareceu mesmo!
Enfim, o mundo é feito de opiniões! Eu não gosto de pessoas que são do contra! Eu acho que James Franco doi magnífico! Em todos os meus anos de cinefilia, eu só vi 2 atuações brilhantes assim como a dele! E acho que ele merece o Oscar... Não é fácil levar um filme nas costas, muito menos comover assim!
Eu sou do time do coração!
Puxa, Lola, vi agora esta crônica.
Ótima e engraçadíssima. Deveria estar no livro.
Acredito que as cenas que vc não entendeu não, como a da chuva, não eram fantasias, mas alucinações. Isso tem a ver com o quadro de isquemia da mão e desidratação.
Beijo
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