quarta-feira, 30 de setembro de 2020

RIP QUINO, GIGANTE CRIADOR DE MAFALDA


Hoje é aniversário do Silvinho, vulgo maridão! Ele faz 63 anos, trinta dos quais ao meu lado. Daqui a alguns meses ele comemora seu meio século de xadrez (começou aos 13. Nos conhecemos num torneio. Xadrez é a sua vida). 


Mas, pra deixar o dia triste, hoje morreu, aos 88 anos, um gênio: o cartunista argentino Quino! Com sua maior criação (mas não a única: ele era também um ilustrador brilhante), Mafalda, a menina revolucionária, ele inspirou várias gerações. 


Mafalda é sempre atual e hoje, com a extrema-direita no poder em várias partes do mundo, mais necessária do que nunca!

Eu li toda a coleção da Mafalda no original, em espanhol, e também em português (inclusive português de Portugal -- aprendi muitas gírias portuguesas graças a isso). Minha geladeira tá cheia de ímãs da Mafalda. O mundo certamente perdeu um gigante, mas sua obra é eterna.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

HOMEM INVISÍVEL É SOBRE VÍTIMA DE STALKING

Outro dia eu vi o filme Homem Invisível (de 2020) e queria compartilhar algumas observações com vocês. Só que com um probleminha: tem spoilers. Espero que vocês vejam o filme antes de ler aqui.

Custou 8 milhões de dólares, rendeu quatro vezes isso no seu fim de semana de estreia, em fevereiro, e depois, como todos os filmes na pandemia, morreu e pode ser visto na internet (em breve, talvez, nem isso, porque quando serão feitos novos filmes e séries?). Até agora, foi o oitavo filme mais visto do ano. Um sucesso, inspirado bem de longe no clássico de H. G. Wells.

Começa meio como Dormindo com o Inimigo, um filme bem fraquinho mas que eu adoro, pelo menos até a metade. Amo histórias em que a protagonista precisa sumir sem deixar vestígios, mudar de cidade, de nome, fugir mesmo. Eu sempre me pergunto até que ponto isso é possível, e se seria melhor se esconder numa metrópole ou numa cidadezinha no meio do nada. Não que eu esteja pensando em escapar -- sempre me pareceu uma narrativa instigante. 

Enfim, a primeira metade de O Homem Invisível não é ruim. É bacana como ele é completamente diferente de O Homem Sem Sombra, aquele filme em que o Kevin Bacon descobre a fórmula da invisibilidade e uma das primeiras coisas que decide fazer é estuprar uma vizinha. O Homem Sem Sombra é todo na perspectiva do cientista/criminoso, enquanto O Homem Invisível, apesar do título, é todo na perspectiva da vítima, Cecilia, interpretada por Elisabeth Moss. 

Ela vive um relacionamento abusivo, consegue fugir, o cara se mata (ou finge que se mata), mas ela continua se sentido vigiada e perseguida. Ou seja, uma trama muito atual sobre stalking, violência doméstica, tortura e gaslighting (já que todo mundo acha que Cecilia está louca). A parte da protagonista se sentir observada o tempo todo é muito verdadeira das vítimas de stalking. 

Nesse sentido, o filme é feminista. Ele mostra como a mulher é invisível nas suas denúncias contra a violência doméstica, como ninguém vai acreditar nela. Também é atual em como um cara genial (afinal, ele inventa um uniforme que torna pessoas invisíveis) usa seu brilhante instrumento apenas para o mal. Sua missão na vida não é criar algo que possa melhorar a vida em sociedade (ou a invisibilidade só tem fins negativos?), mas infernizar a vida da sua ex, que ele não aceita que seja ex. Homem Invisível também se refere à vida não visível de um homem rico e poderoso, de como ele age dentro da sua casa.

Só que infelizmente o filme começa a ficar absurdamente ridículo na cena (acima) em que o homem invisível mata a irmã de Cecilia e põe a faca na sua mão. E aí não se recupera mais. 

Pô, ser invisível não significa ser onipotente. Você não ser visto por outras pessoas (só sentido por cachorros) não é a mesma coisa que poder se teletransportar. Se há uma porta, a pessoa invisível ainda precisa abri-la e entrar, certo? Uma pessoa invisível ainda tem cheiro, ainda tosse, espirra, ronca, peida, esbarra nas coisas. Faz barulho. Não é porque você é invisível que você se torna um super-herói, um exímio lutador que derrota sozinho uma dúzia de policiais armados. Você tem uma grande vantagem em não ser visto, mas só isso não deveria ser suficiente pra você saber em qual restaurante sua ex vai encontrar a irmã. 

Ainda no meio do filme o maridão teve um lampejo (o que é muito raro pro maridão, eu geralmente preciso explicar as reviravoltas pra ele): “É o irmão!”. Eu respondi que não, não pode ser, o comportamento do homem invisível não é de um irmão que quer ficar com dinheiro, é típico de um ex abusivo mesmo. E não é que ERA o irmão mesmo, mais ou menos? 

É ridículo. Assim como é patético o irmão oferecer pra Cecilia que, se ela voltar com o marido, ela pode sair da prisão. Como assim? Tem um monte de testemunha num restaurante cheio dizendo que a viu matando a irmã. Mas a polícia do filme deve aceitar tudo numa boa. Aceitou que Adrian (o ex abusivo) esteve algemado em sua própria casa durante todo esse tempo e que não foi ele que forjou sua morte, foi o irmão.

Se o filme fosse corajoso, nossa protagonista interromperia sua gestação não desejada (e possivelmente fruto de estupro) no final, como faz a personagem de uma produção bastante parecida (pois pode-se dizer que a moça também está num relacionamento abusivo) mas muito, muito superior, Devorar (Swallow). No caso, o único interesse que toda a família rica tem na esposa submissa é que ela carrega no ventre o futuro herdeiro da empresa familiar. Pra ela conseguir fugir e ser deixada em paz, só abortando mesmo.

Porém, Homem Invisível não tem dessas sutilezas. É cheio de boas intenções -- colocar a estrela da série de TV O Conto da Aia como protagonista sempre trará subtextos feministas --, mas ele não fica acima de um filme medíocre e cheio de furos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

LUTAR PRA DESCRIMINALIZAR O ABORTO E CONTER OS RETROCESSOS FASCISTAS

Hoje, dia 28 de setembro, é uma data importantíssima pra quem batalha pelo Estado laico e pela liberdade das mulheres. É o Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e no Caribe, uma data que hoje chega aos trinta anos.

Como quem acompanha este blog sabe, já publiquei dezenas de posts pela legalização do aborto e de guest posts de mulheres que abortaram. Já fui denunciada à polícia por um desses guest posts publicados, já fizeram site falso no meu nome vendendo remédios abortivos e jurando que eu realizava abortos em sala de aula na UFC. Porém, mesmo tendo falado tanto sobre aborto, mesmo que meus inimiguinhos continuem querendo que eu seja presa por defender a legalização, me considero bastante leiga no assunto. Há inúmeras feministas que travam essa guerra com muito mais competência do que eu.

Agora em agosto, tivemos um caso muito relevante que, na minha opinião, foi um divisor de águas e uma vitória. Estou me referindo ao caso da menina de 10 anos do Espírito Santo que foi estuprada pelo tio durante quatro anos, engravidou e conseguiu abortar, apesar de toda a pressão do governo e dos "pró-vida" (muitas aspas nessas horas). Ficou evidente que a maior parte da população é a favor da possibilidade da interrupção da gravidez em casos de estupro e risco de vida para a gestante. E também ficou muito claro (pra quem ainda tinha qualquer dúvida) que este governo de extrema direita deseja proibir o aborto em todos os casos, até naqueles em que ele é permitido desde 1940!

Outra comoção dessas aconteceu em 2009 em Recife, quando uma menina miudinha de 9 anos engravidou de gêmeos. Um arcebispo fez de tudo para proibir o aborto a que a menina tinha direito (inclusive para salvar sua própria vida): excomungou as feministas que apoiaram a garotinha, o médico, a mãe da menina -- todo mundo menos o estuprador. Afinal, a igreja católica e os crentes veem o estupro como um pecado muito menos grave que um aborto. Acabam assim sendo grandes defensores pelo direito de estupradores pedófilos serem pais. 

Para se vingar, o pior governo de todos os tempos publicou uma portaria para na prática dificultar ainda mais o acesso ao aborto legal (que já é muito, muito difícil, apesar de constar como um direito das mulheres). A portaria estabelecia que os médicos, rompendo o sigilo médico, notificassem à polícia sempre que mulheres ou meninas vítimas de estupro decidissem recorrer ao aborto. Além do mais, as vítimas deveriam assinar um documento permitindo que elas fossem presas se mentissem sobre o estupro, e teriam que assistir ao seu exame de ultrassom.

A portaria é tão autoritária, tão inconstitucional, e representa um retrocesso tão grande, que ela foi denunciada na ONU como uma violação aos direitos humanos e o governo teve que voltar atrás um pouquinho. Semana passada, tirou do texto original a "obrigatoriedade" dos médicos em avisar à polícia, e colocou a palavra "deverão", e tirou a parte de mostrar o ultrassom às mulheres. Ainda assim, bolsonaristas como Allan dos Santos se revoltaram com a decisão, por achar que o governo estava facilitando o aborto ("facilitando" algo que já é legal!), o que fez o youtuber bradar o já clássico "Nunca mais me ligue!" (dirigido ao presidente dele). A portaria também foi eficiente em fazer com que cada vez menos profissionais de saúde aceitem realizar um aborto legal, já que serão perseguidos por entidades "pró-vida" e pelos homens no poder.

Semana passada também ficamos sabendo o que todo mundo já suspeitava: de como a ministra dos Direitos Humanos Damares agiu nos bastidores para impedir que a menina de 10 anos pudesse abortar. Enquanto a sinistra mantinha silêncio publicamente sobre o caso, por trás dos panos ela fazia de tudo, como chegar a participar de pelo menos uma das reuniões com conselheiros tutelares do Espírito Santo via videochamada. Nas reuniões entre assessores de Damares e conselheiros tutelares, o Ministério tentou "comprar" apoio oferecendo um "kit Renegade" (que inclui um jeep de R$ 70 mil e equipamentos de infraestrutura). Damares queria levar a menina para um hospital em Jacareí, SP, ligado à igreja da sinistra, para que a garotinha ficasse lá até ter o bebê (mesmo correndo risco de morrer). 

Como a proposta de transferir a menina para o hospital em Jacareí não deu certo, o grupo "pró-vida" partiu para a estratégia de intimidação. Houve até tentativa para manter a criança em Vitória, para que ela perdesse o voo para Recife. Como isso também falhou, o passo seguinte foi divulgar o nome da menina, o que é contra a lei. 

Segundo pessoas envolvidas no caso, foram assessores de Damares que vazaram o nome da menina para a ativista extremista Sara Giromini. Ela então o divulgou em suas redes sociais, atiçando reaças a irem ao hospital em Recife hostilizar o médico. Em coro, chamaram a menina de 10 anos de "assassina".

Entrevistada por Pedro Bial, Damares chegou a dizer: “Os médicos do Espírito Santo não queriam fazer o aborto, eles estavam dispostos a fazer uma antecipação de parto. Não era a criança ir até o nono mês. Mais duas semanas, poderia ter sido feita uma cirurgia cesárea nessa menina, tirar a criança, colocar numa incubadora. Se sobreviver, sobreviveu. Se não, teve uma morte digna.”

Não foi a primeira vez que Damares tentou impedir que uma mulher realizasse um aborto legal. Uma reportagem da Vice de janeiro de 2019 aponta um outro caso. Em 2012, Jéssica, estudante de curso técnico de enfermagem, recém-casada, viu que tinha câncer de pulmão. Precisava fazer radioterapia e quimioterapia para continuar vivendo, mesmo só tendo 27 anos. Na mesma época, viu que estava grávida. Queria abortar, já que o tratamento pro câncer pode causar malformação do feto. Conseguiu que o Tribunal de Justiça de Goiás autorizasse o aborto para que ela pudesse fazer o tratamento. Uma semana depois, a então pastora Damares tentou anular a decisão do TJ, num processo que correu em segredo de justiça.

Jéssica nem sabia quem havia entrado com a anulação. Não sabia sequer quem era Damares. Como é de costume, o processo demorou, teve que chegar até uma desembargadora, que autorizou o aborto. Damares entrou com uma outra medida liminar enquanto Jéssica estava internada. Segundo a advogada-pastora, o feto estaria "ameaçado no seu direito de ir e vir e, mais que isso, em seu direito à vida, e "a simples presença da criança no útero não traz qualquer ameaça à vida da mãe". Depois de muitas dificuldades, Jéssica conseguiu abortar. E em seguida fazer o tratamento pro câncer.

Detalhe: Jéssica é evangélica, assim como Damares. E também se diz "totalmente contra o aborto. Mas, no meu caso, como era doença, não tinha como... O doutor falou que não tinha 1% de chance da criança nascer".

É bem parecido com a notícia que li hoje. Uma ótima notícia, aliás. O STF confirmou uma decisão do Superior Tribunal de Justiça e um padre terá que pagar R$ 389 mil a um casal de Goiás por ter interrompido um aborto autorizado pela Justiça. O caso é de 2005. A moça de 19 anos estava grávida de um feto com uma síndrome que não deixava que seus órgãos se desenvolvessem. Foi autorizada a abortar. Já estava no hospital tomando medicamentos para interromper a gravidez quando o padre obteve um habeas corpus. A jovem teve que retornar para sua casa. Passou 8 dias agonizando, voltou ao hospital e deu à luz um feto q morreu logo depois. 

Não há nada de incomum nesses casos. É o jeito que os "pró-vida" agem: querendo passar por cima da vontade, dos direitos e até da vida das mulheres. A única coisa que importa, pra eles, é o embrião ou o feto. 

Por isso é tão importante seguir lutando. Se nos calarmos, eles fazem o Brasil virar Gilead em dois tempos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

HÁ QUANTO TEMPO!

1a crônica minha publicada em ANotícia, em março de 1998: detestei Amistad!

Esses dias recebi um email que me fez sorrir. É do Diogo, da época que eu escrevia minhas crônicas de cinema para o jornal catarinense ANotícia (escrevi lá por um longo período, entre o começo de 1998 e final de 2011). Mas ele esteve comigo desde 2000!
Pedi autorização pra publicar seu email, e Diogo aceitou e quis dedicá-lo as suas duas filhas, Isabella e Manuella: "Mais do que a razão da minha existência, é por elas, principalmente, que quero um futuro melhor e sem nenhum tipo de censura ou autoritarismo". Abração pra vocês também, meninas!

Já faz algum tempo que acompanho o seu canal. Conheci o espaço, bem como fiquei sabendo de tudo o que aconteceu contigo, através do canal da Manuela D'Avilla. Demorei um pouco para "digerir" todos os fatos e efetivamente escrever este e-mail. 
Muito provavelmente você não deve se recordar, mas eu acompanhava assiduamente o seu trabalho quando você era colunista de cinema em um jornal aqui de Santa Catarina (acho que era A Notícia). Inclusive a gente chegou a trocar algumas mensagens. Lembro perfeitamente de uma crítica que você fez ao então novo filme do Stallone, ao qual comentei que "apenas veria filmes do Stallone caso fossem dirigidos pelo Woody Allen". E depois você até mencionou isso na outra crítica... Tentei achar os e-mails aqui, mas faz muuuuuito tempo. Idos dos anos 2000.
De lá para cá, muita coisa aconteceu. Casei, tive duas filhas, virei servidor público, professor e escritor e "sumi" das redes sociais na campanha eleitoral de 2014 após todos aqueles ataques de ambos os lados. 
Em 2018, com a eleição do Bozo, senti que era o momento de voltar à ativa. Ainda não reativei nenhuma rede social, mas estou apoiando diversos projetos (Greg News, Manuela, Henry Bugalho) destinados a não deixar proliferar esse neofascismo que estamos vivendo... E pensar que eu achava que a eleição do Aécio em 2014 era o pior que poderia nos acontecer!
Foi mais ou menos nesta época, após a eleição do Bolsonaro, que fiquei sabendo, pelo canal da Manu, de tudo o que tinha acontecido contigo! Simplesmente algo que não dá para acreditar! Só de pensar que em pleno século 21 estamos retrocedendo em conquistas sociais que custaram muito esforço chego a cogitar a hipótese de deixar o país. 
Confesso que fico preocupado com o futuro de minhas duas filhas (de 4 e 9 anos). 
Enfim... Resolvi escrever apenas para dar um "oi" e para me solidarizar contigo por toda a luta que, imagino eu, você deve ter passado/estar passando nestes tempos tão turbulentos. 
Espero que tenhamos uma saída, nem que seja em 2022! Meu sonho é a Manu como Presidenta, já pensou? 
Forte Abraço! 
Ah.... Sobre cinema e séries: Na pandemia, tenho visto muita coisa! Ontem revi Melancolia, do Lars, e achei mais atual do que nunca... 

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

QUEM É O PRIVILEGIADO?

Racistas não acreditam em privilégio branco, mas acreditam que ser negro é um privilégio. Afinal, existem cotas como compensação mixuruca por 400 anos de escravidão. Cotas pra brancos sempre existiram. Racistas chamam isso de meritocracia.
Quem lacra lucra
E só pra constar, já que a expressão "racismo reverso" vem sendo usada abundantemente desde que o Magazine Luiza anunciou o lançamento de um programa de trainees exclusivo para pessoas negras: racismo reverso, além de não existir, é um termo que foi criado por um membro da Ku Klux Klan em 1974. 
Portanto, se você usa o termo, você está se associando a um grupo terrorista e supremacista conhecido por violentamente perseguir negros.
Convenhamos: pega mal. Nem Bolso -- que declarou que não entraria num avião pilotado por um cotista nem aceitaria ser operado por um médico cotista -- assume ser racista!

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

JORNAIS BRASILEIROS SE RECUSAM A DIZER O ÓBVIO: BOLSO MENTE

Se a Folha noticiasse Hitler

Quase tão embaraçoso quanto o discurso cheio de mentiras de Bolsonaro na ONU ontem foi como os jornais brasileiros noticiaram o acontecimento.

É bom frisar que foram os jornais daqui, já que os do exterior já se acostumaram com o horror que vivemos no Brasil sob o regime genocida do miliciano, e não deram destaque algum ao discurso. O do ano passado já foi suficiente pra Bolso mostrar a que veio.
Mas, apesar de todas as mentiras do capetão, a mídia que é atacada diariamente por ele e seus seguidores não conseguem escrever a palavra mentira. Prefere distorcer, se defender, recortar a realidade... 
Quando a mídia vai acordar que o presidente que ela ainda teima em apoiar quer destrui-la? Fica óbvio que, embora os meios de comunicação não gostem muito do Coisa Ruim (só louco pra gostar), eles aplaudem a necropolítica econômica comandada por Guedes. Até quando?
Arte de Cris Vector