quarta-feira, 31 de maio de 2017

ENQUANTO O PAÍS AFUNDA, REAÇAS FAZEM A FESTA

Embora um pouco repetitivo, este texto de Pedro Gomes, adaptado por Samantha Costa, reflete exatamente como agem os reaças. Por isso o coloco aqui.
Mas quero tratar de algo ainda mais urgente. Enquanto o país mergulha na crise política e econômica, os ratos aproveitam para retirar mais direitos. Uma proposta de emenda constitucional (PEC 29/2015) de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), por exemplo, sugere alterar a Constituição para explicitar, no artigo 5o, que o direito à vida é inviolável desde a concepção. 
A tramitação da PEC estava parada desde dezembro de 2015. Os fundamentalistas cristãos estão tirando vantagem de que quase ninguém está prestando atenção para aprovar este e outros projetos ultra-conservadores. O relator já apresentou seu parecer (favorável, lógico) para esta PEC. 
Se a PEC 29/2015 for aprovada, o direito à vida é reconhecido desde a fecundação (o encontro do espermatozoide com o óvulo), antes mesmo da nidação (a implantação do embrião no útero). O que isso significa? Que embriões passam a ser vistos como seres humanos, cidadãos com os mesmos direitos de que alguém que nasceu. 
Significa principalmente que qualquer intervenção para interromper a gravidez será vista como crime. Adeus pílula do dia seguinte, adeus aos três únicos casos em que o aborto é permitido no Brasil (quando a gravidez decorre de um estupro, quando apresenta risco de vida à gestante, e em casos de fetos com anencefalia), adeus aborto legal
O Brasil já é um dos países mais restritivos do mundo em relação ao aborto, o que faz com que milhares de mulheres morram todos os anos, em consequência do aborto clandestino. 
Se a PEC 29/2015 passar, abre as portas para que o país entre na lista das nações mais atrasadas, aquelas que proíbem o aborto em todos os casos. E automaticamente coloca as mulheres que sofrem aborto natural como suspeitas. 
Tem mais: uma vez aprovada esta PEC, o "direito à vida" pode ser usado para barrar outras coisinhas também, como inseminação artificial (em que montes de embriões excedentários são descartados) e pesquisas com células tronco embrionárias.
Agora não está mais em questão ser contra ou a favor da legalização do aborto. Agora a pergunta é se você acha que aborto deve ser proibido em todos os casos. Ou seja, você acha que uma mulher que foi estuprada e engravidou deve ser forçada a ter o filho? Você acha que uma mulher que corre risco de vida deve ser forçada a seguir a gravidez, mesmo que ela morra? Você acha que uma mulher que está grávida de um feto anencéfalo deve ser forçada a prosseguir a gestação durante 9 meses para parir um bebê que morrerá imediatamente após nascer, ou nascerá morto? 
Você acha que a pílula do dia seguinte (tomada após a fecundação, antes que o embrião seja implantado no útero) é realmente abortiva? Você quer que a Constituição, que deveria ser um documento laico, seja regida por crenças religiosas? 
É isso que está em questão no momento. E é muito sério. Proibir e criminalizar o aborto em todos os casos afeta a vida de todas as mulheres (mesmo as que nunca farão ou fizeram um aborto -- afinal, aborto espontâneo ocorre em mais de um quarto das gestações). É este o nível de retrocesso que estamos vivendo.
Vote NÃO na enquete do E-Cidadania. Não permita que o Congresso aprove mais esta aberração.

terça-feira, 30 de maio de 2017

MAIS UMA PROFESSORA PERSEGUIDA PELO ESCOLA SEM PARTIDO

O relato abaixo é de Valéria Borges, professora da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, vítima do "Escola sem Partido" (que nem precisa ser aprovado no Congresso para virar uma caça às bruxas) promovido por um preposto da famiglia Bolsonaro, vereador pelo PSC de Niteroi. 
Todo o nosso apoio à professora Valéria.

Gostaria de me dirigir à comunidade liceísta, em especial aos educadores, alunos e aos interessados na verdade e na justiça.
Fui exposta na internet pelo vereador Carlos Jordy (PSC). Supostamente eu estaria assediando um aluno ao explicar a ação da juventude hitlerista durante a ascensão do nazismo na Alemanha e compará-la ao comportamento de grande parte dos seguidores de uma figura pública, o deputado federal Jair Bolsonaro.
O vereador foi eleito prometendo
amordaçar professores
Estou sendo acusada, sem que o vereador tenha se dado ao trabalho de me ouvir e de eu ter podido exercer o direito ao contraditório. Contudo, a verdade não se esconde por muito tempo, ela surge e expõe a verdadeira face dos que me acusam. O vereador Jordy tem como plataforma eleitoral o projeto inconstitucional “Escola Sem Partido”, que tenta cercear a liberdade de expressão dos professores. A liberdade de expressão, porém, é garantida pelo Artigo 5º da Constituição Federal.
A liberdade de expressão não é, no entanto, porta aberta para o cometimento de crimes. Quando se rompe a ordem democrática, saem das profundezas do autoritarismo tentativas de dizimar aqueles que pensam diferente, dos que veem a sociedade como plural e diversa e dos que prezam pelos direitos e garantias individuais.
O aluno gravou minhas palavras, sem minha autorização, induzido por uma lógica autoritária que está por detrás do projeto que tenta amordaçar os professores. Os artífices deste projeto agem de forma coordenada e pensada para oprimir (como se orgulham em dizer) as minorias e os que ousam levantar a voz em defesa de uma sociedade pautada pela diversidade.
Causou-me estranheza que os responsáveis pelo adolescente tenham buscado o vereador menos de 24 horas após a gravação de um pequeno trecho da minha aula, sem nem mesmo levar o caso à direção da escola, tampouco à Secretaria de Educação.
Visivelmente, o vereador fez uso da gravação para reforçar o seu discurso oportunista e manipulador contra a liberdade de expressão na escola. Capitalizar apoio para o seu projeto e dar visibilidade para a audiência pública de 29 de maio [ontem], iniciativa do vereador que terá como pauta o Escola Sem Partido, foram os reais propósitos que o levaram a me atacar nas redes sociais. Consequentemente, fui transformada em alvo de perseguição por parte dos bolsominions.
Tive meu profissionalismo e os meus quase 30 anos de magistério como professora de História atacados por conta de um áudio, descontextualizado, de um trecho de 2min44s de uma aula inteira, utilizado nessa manipulação torpe.
Vivemos tempos obscuros, mas é em momentos de crises e tristezas, como este, que vemos surgir o que há de melhor na humanidade.
Fui inundada pelo amor, respeito, solidariedade e apoio de alunos, ex-alunos, professores, diretores, amigos, familiares, figuras públicas e por muitos daqueles que prezam e lutam pela liberdade de expressão, pela escola como espaço democrático, pelo conhecimento e pela pluralidade de ideias.
Termino reproduzindo o que disse Marc Bloch:
“A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja menos vão esgotar-se em compreender o passado se nada se sabe do presente.”

segunda-feira, 29 de maio de 2017

RADFEM E TRANSATIVISMO: ALIADAS, NÃO INIMIGAS

A Zzacchi, uma militante velha de guerra (está no meio desde 2010) que decidiu se armar através do estudo, me enviou este belo texto:

Muita luz para o seu trabalho e seu blog, que acompanho desde 2011! Tenho admiração eterna por você!
Queria lhe escrever sobre a rixa transativistas vs feministas radicais (radfems). Percebo que é um tema sempre recorrente.
Mas antes de mais nada, uns esclarecimentos acadêmicos para todes ficarmos na mesma página:
- Ambas as Teoria Queer e o Feminismo Raiz concordam que gênero é uma construção social, uma abstração cultural de comportamentos impostos a nós de acordo com o nosso genital ao nascer.
- Ambas as Teoria Queer e o Feminismo Raiz concordam que ninguém deveria ser pré julgado por conta da genitália nem ter qualquer juízo de valor atribuído por causa do gênero. Ambas as vertentes querem um mundo onde qualquer pessoa, de qualquer sexo e gênero possam ser felizes e buscarem ser quem são, usarem o que gostam, do jeito que quiserem sem qualquer discriminação.
Mas se ambas as vertentes concordam com origem e ponto final, por que a briga?
- Diferente do Feminismo Raiz, que é baseado num materialismo positivista (corrente filosófica onde a "verdade" é absoluta e externa, alheia ao ser humano e "encontrada" através da ciência), a Teoria Queer tem base no pós-modernismo (corrente filosófica que rejeita toda metanarrativa generalizante de mundo; e que diz que a realidade é tão moldável quanto o observador).
O Feminismo Raiz e seu materialismo positivista apregoam que gênero, por ser uma construção social abstrata, deveria ser abolido. Para o feminismo radical, gênero nada mais é que um meio de aprisionar as pessoas dentro de comportamentos e estéticas que oprimem e violentam. Segundo o rad, a teoria queer nada mais é que um reformismo dos velhos papéis de gênero e as pessoas trans reforçam de forma caricata esses estereótipos.
A Teoria Queer parte do pressuposto que, uma vez que gênero nada mais é que uma abstração social, o que impediria uma pessoa de um gênero começar a performar e a ser percebido como outro? Isso já acontece mesmo quando as pessoas não têm intenção, por exemplo: homens com traços delicados serem tachados de afeminados e mulheres com traços fortes serem tratadas como másculas. Gênero não é preto e branco, vulva e pênis, é uma combinação de fatores. Para o transativismo, passabilidade cis (ou seja, se parecer o máximo possível biologicamente com o gênero que se deseja) é questão de sobrevivência em uma sociedade transfóbica, uma vez que trans em transição e pessoas não binárias são extremamente hostilizadas.
Queria colocar aqui que o pós modernismo não nega a materialidade e a ciência, como eu já vi muitas pessoas apontarem por aí. A pós modernidade veio questionar o conceito de "realidade" quando ela é mutável através da ação humana -- vide nossa influência no meio ambiente, nos nossos corpos cirurgicamente modificados, no clima e, futuramente, até mesmo na terraformação de planetas e engenharia genética. Para esse assunto, recomendo Donna Haraway e seu Manifesto Ciborgue.
"Realidade", cientificamente falando, é uma percepção que em breve terá que ser reavaliada quando começarmos a manipular a matéria a níveis atômicos, e é disso que a pós modernidade trata.
Aliás, a radfem que se diz "anti-pós moderna" em prol do materialismo positivista mas abraça a interseccionalidade já está sendo contraditória, uma vez que interseccionalidade é justamente a rejeição da metanarrativa até então generalizante da experiência do que é "ser mulher" (cis, branca e hétero) -- ou seja, é um conceito completamente pós moderno, concebido nos anos 90 por Kimberlé Crenshaw.
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Bom, voltando para a rixa.
Mulheres e pessoas trans são oprimidas pelo patriarcado. São dois grupos de pessoas que passam muito perrengue, e lidar com opressão é algo sempre sensível. A falta de empatia é enorme e o medo do silenciamento também. Coloque esses fatores em uma militância e você tem uma receita pronta para desastre.
O que eu mais percebo, tanto no transativismo quanto no radfem, é ressentimento. As duas vertentes não negam a opressão uma da outra, mas não estão sabendo separar seus espaços e lidar com as questões em comum interseccionalmente. 
Se o feminismo fosse uma vila, cada vertente seria uma casa e a pracinha no centro seria a interseção, onde se debate o que cada casa tem em comum e como todo mundo fará para manter a vila saudável. Mas não é isso que tem acontecido. A casa rad quer a casa trans fora da vila por não concordar com sua filosofia e a casa trans responde à altura. É difícil dialogar quando há tanta dor e tanto desentendimento por conta de um detalhe filosófico. 
Um debate interessante sobre gênero deveria começar não com o gênero em si, mas com "o que é cultura?", "o que é natureza?", "o que é performance?". Nem tudo que é "natural" é bom e nem tudo que é "artificial" é ruim. Dizer que "gênero é artificial, logo é ruim" é tão pobre e falacioso quanto dizer que "câncer é natural, logo é bom". 
A questão é que tudo é natural. A nossa noção de "natureza" é antrópica. Mas nós humanos não somos externos à natureza, nem nossa cultura, nem nossos pensamentos, nem as coisas que produzimos. Um macaco que usa um galho como ferramenta e estabelece uma cultura entre sua espécie é visto como menos natural? A barragem construída por um castor ou o ninho de um passarinho são menos naturais? Essa dicotomia natural vs artificial é enganosa e não tem fundamento intrínseco. Cultura e gênero são tão naturais quanto nossos corpos biológicos.
Vale lembrar aqui que muitas pessoas são biologicamente intersexuais, e os pais ou médicos decidem o gênero da criança assim que ela nasce para que se conforme dentro de um papel de gênero. Muitos intersexuais concordam com a teoria queer, enquanto outros preferem que se crie um terceiro gênero para contemplá-los. A linha entre sexo e gênero se prova muito tênue e frágil quando trazemos a questão para a intersexualidade, nos mostrando que a própria biologia não se enquadra em uma categoria binária, contendo uma complexidade que os moldes de gênero tradicionais não alcançam. Ótima dica de leitura sobre esse assunto: Judith Butler.
Será então que gênero é algo a ser renegado ou ressignificado? As pessoas que performam outro papel de gênero estão "reforçando" um estereótipo ou ampliando suas possibilidades? Uma rad que rejeita a feminilidade e é vista como masculina, mas ainda revoga sua identidade como mulher, não está ressignificando culturalmente o que é o gênero da mesma forma que um homem ou mulher trans ou que pessoas que se identificam como não binárias e performam o que quiserem? 
Simone Beauvoir postulou que a fêmea era percebida como o negativo do macho, mas historicamente é o homem quem sempre fez de tudo para que a masculinidade se dissociasse da mulher. Togas, maquiagem, salto alto, enfeites no cabelo, perucas, tudo o que vemos como feminino já foi masculino, e assim que as mulheres começaram a usar, os homens deixaram de lado. O homem impôs a delicadeza e a fragilidade física à mulher, roubou sua voz e, para garantir que dominasse, exaltou a força física e a agressividade como proibidas ao feminino. Em um mundo que a força não é mais necessária para sobrevivência e destaque social, feminilidade deveria ser algo a ser ressignificado e reapropriado, não rejeitado por completo. Da mesma forma devemos repensar a masculinidade tóxica e o que é ser homem, para além da mutilação emocional.
A socialização só vai até certo ponto. Ela é forte e reforçada o tempo todo, mas é por isso que existe a desconstrução. De outro modo, qual seria o propósito do feminismo, se não a desconstrução da socialização patriarcal? Eu acho, desculpe o julgamento de valor, maldade radfems dizerem às trans que a socialização masculina "não falha" e que serão sempre colonizadoras.
Todos somos colonizadores em algum grau, por isso a interseccionalidade é tão importante e é por isso que desconstruímos nossos preconceitos todos os dias. Não se esqueçam que para o patriarcado, até mesmo homens cis afeminados já não são mais vistos como "homens de verdade" e têm seu privilégio afetado.
Também acho ridículo trans que reproduzem o discurso patriarcal para criticar radfems. É tiro no pé. Não se combate transfobia com misoginia. A militância tem que parar de achar que opressão é competição, ou que quando outro fala da própria opressão, isso apaga a dela.
Para a academia, esse debate é infrutífero e ilógico. O rad feminismo e o transativismo possuem propostas diferentes para problemas diferentes e não competem em sua explicação de mundo. O rad feminismo abraça questões de opressão machista que vale apenas às mulheres (cis), dados os seus devidos recortes de classe, etnia, cultura e sexualidade. O transativismo abraça todo o resto que o radfem não prioriza: masculinidade, transição, intersexualidade, etc. 
Já dizia Malcolm X, "o preço da liberdade é a morte". A estrutura de poder patriarcal é clara: o gênero, como é percebido hoje (homem e mulher) é uma estrutura rígida de dor, dominação e prisão que não aceita qualquer folga ou divergência. 
Não se pede "por favor" à sociedade para ser livre, você se faz livre, sabendo o preço que poderá vir com a liberdade. Enquanto uma leva grande o suficiente de pessoas não estiver disposta a pagar o preço e a peitar o status quo, a estrutura de poder se mantém. 
Destruam o patriarcado, não umas às outras.

domingo, 28 de maio de 2017

MASCU ENVIA AMEAÇAS TERRORISTAS PROS EUA

Eu realmente não queria escrever nem mais uma linha sobre mascus até que eles fossem presos, mas não dá. 
Olhem o que o Marcelo aprontou: vários locais em cidades dos EUA tiveram que ser evacuados ontem por conta de ameaças terroristas. 
Não estou inventando! 
Só pra citar duas localidades: em Doral, Flórida, a polícia interditou duas ruas após uma loja receber um email com ameaças de bomba. A polícia logo viu que a ameaça era falsa, mas, como disse um investigador, "nos dias de hoje você precisa ser cuidadoso". 
Pior foi com o Farmers Market em Franklin, Tennessee, que teve que fechar cedo ontem depois que um fax com ameaça de bomba chegou a um salão de cabeleireiro que fica em frente ao mercado. 
O prejuízo dos 82 produtores por não conseguirem vender seus produtos passou dos cem mil dólares. 
Nas duas localidades, nenhum explosivo foi encontrado. E a polícia americana já sabe que o fax/email veio de fora dos EUA.
Primeiro teste dos mascus com as impressoras foi em fevereiro, em mais um ataque contra mim (clique para ampliar)
Como que Marcelo fez isso? Parece ser alguma coisa que mascus em particular e channers em geral aprenderam com grupos nazistas. 
Em fevereiro de 2017
Consiste em fazer com que impressoras que ficam ligadas durante o fim de semana em lojas e empresas imprimam o que hackers quiserem -- panfletos de ódio, ameaças terroristas, tentativas de chantagem e extorsão, etc. O negócio não é de hoje (esta matéria, por exemplo, data de 2011), mas a quadrilha de Marcelo fez uso desta modalidade criminosa pela primeira vez em fevereiro. Não deu muito certo. Uma empresa respondeu o email mandando eles se f*derem.
De "Psy" para Emerson, anteontem
Porém, se este plano de Marcelo funcionar, o cenário vai piorar bastante amanhã, quando empregados voltarem às empresas e descobrirem as ameaças. 
O que Marcelo deseja com isso? Em primeiro lugar, se vingar dos EUA, que não permitiu que ele embarcasse pra Chicago no último dia 9 de maio. Em segundo, tentar incriminar seu ex-amigo e ex-comparsa Emerson, com quem esteve preso em Curitiba entre março de 2012 e maio de 2013. Os emails e faxes estão indo no nome de Emerson. Assim:
"Serei breve. Instalei vários explosivos no prédio. Se você não enviar a quantia de 25 mil dólares até 31 de maio, explodirei todo o quarteirão. Se você tentar contactar a polícia, eu saberei. Também tenho acesso aos seus computadores e endereços de email. Vá até a agência mais próxima da Western Union e envie a quantia para Emerson (nome completo). O número de passaporte é... É um passaporte brasileiro. A cidade em que o dinheiro será retirado é Chicago. Faça como eu digo e ninguém vai se ferir". 
De Psy para Emerson, hoje, em outro chan criminoso
Aparentemente, Emerson está ilegal nos EUA, pois seu visto venceu em abril. Mas ele já está sendo investigado por lá (e por aqui também), depois que inúmeras ameaças (inclusive contra Trump) foram enviadas em seu nome. Emerson é um psicopata patético, mas nem ele é tão burro para assinar ameaças terroristas. Ainda mais ameaças nos EUA, que têm um histórico de levar isso bem a sério.
É certeza que Marcelo já está sob investigação nos EUA (afinal, ele já estava num "no fly list", ou seja, uma lista que o impede de viajar pra lá). Espero que as polícias brasileiras estejam conversando com o FBI e que esta aventura mais recente do maior fracassado da internet sirva para prendê-lo mais uma vez. 
E é como eu falei: eles já estão em outro chan. Desta vez, se vangloriando porque serão caçados impiedosamente pelos americanos. E crentes na impunidade.
Marcelo quer mesmo ser um bandido procurado internacionalmente. Depois, quando voltar pra cadeia, vai culpar os EUA, o Brasil, eu, os globalistas, os esquerdistas, as mulheres, os marxistas... Todos menos ele.