quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

ATÉ JÁ, ANO QUE VEM

Putz, ia fazer um post com minhas resoluções de ano novo e antes fui ler os planos que escrevi para 2014 e 2015 e... minhas resoluções são idênticas às de dois anos atrás. Não é triste?
O que isso quer dizer? Que eu não fiz praticamente nada que disse que iria fazer. Tenho que dar um jeito nisso daí em 2016.
Também pode querer dizer que minha vida é tão maravilhosa que não precisa mudar nada. E em parte é, sim. Mas minha saúde realmente precisa melhorar.
Fui diagnosticada com esteatose (gordura no fígado) em 2012, e o que eu fiz de lá pra cá pra reverter isso? Bom, tirando um breve período naquele mesmo ano de comidas mais saudáveis, e tirando o fato de que passei a tomar suco verde todos os dias de manhã deste agosto de 2014, nada. Absolutamente nada. Nada de exercícios, nada de parar de comer chocolate, o único vício que eu tenho.
Infelizmente, parece que chega uma idade em que não dá pra ficar empurrando. Estou com 48 anos. Mas fechei 2014 com uma série de diagnósticos bastante preocupantes: além da esteatose, aumento da taxa de glicemia e colesterol (que sempre foram razoáveis), ovários gigantes sem explicação, dentes problemáticos (precisando de dois implantes). E aí o que eu fiz em 2015 pra tentar resolver tudo isso? Não pisei num consultório médico/ odontológico.
Ok, ok, eu sei que sou uma irresponsável! Mas é que eu me sinto muito bem. Não sinto dor alguma. Não tenho dor de cabeça, não fico gripada, não fico abatida, não tenho insônia, não tomo absolutamente nada (fora um ou outro laxante uma vez por mês, por aí). Não devo ter engolido uma só aspirina em todo 2015. E aí eu penso: ir ao médico, fazer mais uma bateria de exames, não é procurar sarna pra me coçar?
Não respondam! Eu sei que estou errada. Mas é que eu olho pro maridão, que tem dez anos a mais do que eu e problemas mais evidentes (os pés dele doem às vezes), vejo que ele também não foi ao médico ou dentista nem uma vez no ano, e penso: por que eu tenho que ir e ele não? Mas sei que devo ir, e prometo que irei já no começo de 2016. E prometo que vou parar de comer chocolate e andar na minha esteira.
Ah, e tem a minha visão! É chato ficar velhinha. Agora preciso usar óculos pra praticamente tudo que faço perto. Por exemplo, estou usando óculos agora, ao escrever no computador. Antes não era assim!
Na realidade, eu fiz até um trato com meu amigo Robertinho em outubro. Ele estava enrolando um monte pra escrever e defender a dissertação de mestrado, e eu estou enrolando tudo que posso para tratar de problemas que obviamente não vão desaparecer sozinhos, só se agravar. Então nosso trato foi que cada um enfrentasse o que tivesse que enfrentar. Claro que de lá pra cá eu não fiz nada (consegui ficar sem chocolate uma semana), e ele muda de assunto quando eu pergunto "Como está sua dissertação?"
Sem contar a questão de saúde, que não está bem apesar de eu me sentir muito bem, o resto está ótimo. Silvinho e eu continuamos nos amando, depois de tanto tempo (25 anos e meio!). Conseguimos viajar mais juntos em 2015, mas ano que vem vai ser fogo. Isso porque terei poucos dias de férias em todo 2016, e só em julho. Terei que substituir uma colega na coordenação em fevereiro (quando a universidade estará em recesso), porque senão ela iria perder as férias de 2015! Então ficarei com 20 dias de férias para 2017.
Isso nem é tão terrível (se não considerarmos o lado financeiro, que é que não dá pra pedir adiantamento de metade do décimo-terceiro para o início do ano, e nem sei quando as férias serão pagas) porque, por causa dos dois meses de greve em agosto e setembro, em 2016 minhas férias não coincidiriam com as do maridão, o que nos impediria de viajar. Vamos ter que aproveitar qualquer feriado mais prolongado pra escapar juntos.
O trabalho vai bem, mas meu departamento de Letras Estrangeiras é o mais atarefado de toda a UFC, pelo que me disseram. Agora em 2016, assim como este ano, cada professor da unidade de Inglês dará 16 horas de aula, em média. É muito difícil dar tantas horas de aula e ainda pesquisar, publicar, orientar, oferecer curso de extensão, assumir postos de coordenação e representação, dar palestras, participar de reuniões etc etc etc.
Agora em março eu vou passar pela minha terceira progressão funcional e com certeza irei pra categoria de Adjunto IV. Não é difícil passar de uma classe pra outra (por exemplo, de Adj III pra IV). Sou representante do meu departamento no Conselho de Centro e passamos várias reuniões discutindo a pontuação que seria usada. Tipo: eu não gosto que o máximo de pontos que você pode ganhar pra palestras é um total de 240 para seis palestras. Eu dei 50 palestras entre 2014 e 2015, mas só seis contam. Enfim, tudo bem, só precisa de 700 pontos pra passar pra Adjunto IV, e eu calculo que terei mais que o dobro necessário.
Porém, entre 2016 e 2018, vou ter que me empenhar mais que o de sempre para assim passar de adjunto para associado, em março de 2018. E o principal é que terei que publicar muito mais. E isso precisa começar agora, já, em 2016. 
Renovei meu projeto de pesquisa em análise de gênero através de cinema e literatura, porque não encontrei tempo de escrever o livro que queria. Portanto, nos quatro próximos semestres, vou abrir mais quatro cursos de extensão (vocês estão convidadxs!). Mas agora, em 2016, eu realmente gostaria de publicar um livro sobre aceitação do corpo. Vou ver se em fevereiro, mês em que não darei aula, dá pra organizar tudo e escrever. E aí encontrar uma editora.
Tudo isso só dará certo se eu passar muito menos tempo na internet e mais tempo na "vida real". Vou continuar com o blog, lógico, mas preciso me afastar ao máximo daqueles que estão nas redes sociais pra atacar, xingar, ameaçar. Não vou parar de combatê-los, só que... um pouco menos?
Hoje não é um bom dia pra escrever. 
Fiquei arrasada com a notícia que li: ontem ao meio dia, Vitor, um menino indígena de 2 anos de idade, foi degolado em frente à rodoviária em Imbituba, SC (um estado que amo e conheço bem, pois morei lá quinze anos, antes de me mudar pra Fortaleza. Vítor estava ao lado dos pais. O suspeito, um ex-presidiário de 24 anos, foi capturado pela polícia e identificado pela mãe do menino e por dois taxistas. 
Este site do Conselho Indigenista Missionário aponta que o suspeito pode ser neonazista. O Zero Hora diz que é um cara "incomodado com a presença dos índios". Ainda não se sabe muito, mas impressiona que a mídia ainda não esteja falando deste caso bárbaro. Tem que falar como se fosse o Galdino.
Algo tão hediondo tira todo meu eixo, minha perspectiva, minhas expectativas. 
Não seria incrível se 2016 fosse um ano sem índios mortos, sem feminicídios, sem estupros, sem violência de qualquer tipo?
Depende (também) da gente.
Bom, pessoas queridas, uma ótima passagem de ano e vamos torcer pra começar 2016 com o pé esquerdo, que esquerda é melhor.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

RETROSPECTIVA PESSOAL DE UM ANO BEM MAIS OU MENOS

Euzinha entre túmulos de imperadores chineses em Pequim

Costumo dizer que, pra mim, todos os anos são bons (adoro viver!), mas não me lembro de algum outro ano em que, já em setembro, o pessoal tenha começado a gritar: "Acaba logo, 2015!"
Certamente não foi um ano fácil. O país está em crise e não vai sair dela tão cedo. Passamos quase o ano inteiro tentando tirar Eduardo Cunha e ainda não conseguimos (ainda não desistimos também). Mas foi também por causa dos "Fora Cunha" (que uniu praticamente todas as ativistas) e "Cunha sai, pílula fica" que parte de 2015 ganhou o apelido de "primavera feminista".
Sem dúvida, foi um ano em que se falou muito de feminismo. Segundo um levantamento da Think Olga junto com a Agência Ideal, entre janeiro de 2014 e outubro de 2015, as buscas por "feminismo" cresceram quase 87%, e por "empoderamento feminino", uma ideia bastante recente (e ótima), 354%. 
No começo de 2015 um evento midiático importante, o Oscar, foi tomado pelo feminismo por causa da campanha "Ask Her More" (que exigia que repórteres perguntassem às atrizes mais do que sobre o vestido, cabelo ou unhas), do discurso de agradecimento de Patricia Arquette, e da reação de Meryl Streep e Jennifer Lopez a esse discurso.
No carnaval, duas jovens feministas fizeram uma intervenção contra uma campanha machista de cerveja. A intervenção ganhou a mídia e fez a marca mudar a campanha. 
Outra manifestação de destaque no primeiro semestre (na realidade iniciado em 2014) foi a CPI de SP sobre os trotes, que investigou centenas de denúncias de trotes violentos e machistas, incluindo inúmeros relatos de estupro em universidades. Entre várias iniciativas para mudar a recepção às calouras, pode-se citar a do Geni, coletivo feminista da Faculdade de Medicina da USP.
Bom, teve um monte de outras coisas relevantes: a mobilização de jovens contra o assédio sexual no metrô de SP, Marchas das Vadias por todo o país (com menos gente que nos anos anteriores), a Marcha das Margaridas, e a Marcha das Mulheres Negras (que foi a primeira no Brasil), as duas últimas em Brasília.
Foi espetacular também a violência contra as mulheres ser tema de redação do Enem, assim como uma pergunta relacionada a Simone de Beauvoir, que fez os machistas espernearem muito. Outras iniciativas de enorme impacto foram as hashtags #MeuPrimeiroAssedio e #MeuAmigoSecreto, que mobilizaram milhares de mulheres (não necessariamente feministas) a relatar a primeira vez em que foram assediadas e a dar uns toques em amigos (e também "amigos", entre aspas) que não entendem sua luta.
E não dá pra negar que a linda e vitoriosa ocupação das escolas em SP foi protagonizada por jovens mulheres. Grande orgulho! 
Mas já estamos indo pro final da tarde e eu ainda tenho um artigo imenso pra entregar. Vou fazer uma retrospectiva um pouco mais pessoal.
Eu e Silvinho em Águas Belas, CE
Silvinho e eu até que viajamos bastante. No começo do ano conhecemos Maceió, e gostamos muito. Em fevereiro passamos uns dias em Buenos Aires (quero voltar! Mas só vai dar pra voltar em 2017). Nos feriados, viajamos pra praias próximas: Beberibe (Praia das Fontes), Caponga/ Águas Belas, Cumbuco, Uruaú, todas lindas. 
Separados (infelizmente), ele foi pra Montevidéu jogar um torneio de xadrez, e eu fui pra China através do programa Top China, do Santander Universidades. Amei conhecer esse país tão distante, mas com várias coisas em comum com a gente. E parece que faz tanto tempo que fui, mas foi em julho!
No Senado, em dezembro
Dei 25 palestras em 2015 e participei de oito bancas, em cidades como Fortaleza (UFC, UECE, Unifor), Quixadá (UECE), Aracati (IFCE), São Paulo (USP, FAAP, Sesc), Botucatu (Unesp), Maceió (Roda Gestante), Niterói (UFF), Goiânia (PUC GO), Pequim (Peking University), Jacobina (Uneb), Belo Horizonte (UFMG), Rio de Janeiro (Sesc), Brasília (Câmara e Senado). Por causa da crise e da falta de dinheiro, várias palestras foram canceladas. Uma pena.
Gênero no sertão: com as extraordinárias
guerreiras de Quixadá
O evento mais emocionante que participei em 2015 foi mesmo a I Jornada de Gênero da Feclesc, na UECE, em Quixadá, em novembro. Recebi muito apoio, e foi maravilhoso ver uma mulherada tão aguerrida, tão valente e competente, falar de gênero em pleno sertão cearense!
Nada a ver com Pacajus:
a foto é da jornada em
Quixadá
Vou registrar também o pior momento dessas palestras. Foi uma que não aconteceu, mas é da série "Isso que dá não cobrar por palestras" (porque a gente imagina que, se cobrasse, tal coisa não aconteceria, porque não é possível!). A prefeitura de Pacajus (CE) me convidou para ir lá "inspirar mulheres". Aceitei, mas contei o sacrifício que iria ser: eu voltaria de Goiânia depois da meia noite, e às 8 da manhã um carro da prefeitura me pegaria em Fortaleza para me levar para Pacajus. Enfim, tudo combinado. E no dia, eu lá prontinha, depois de dormir quase nada, nenhum carro aparece. Ninguém -- além de mim -- manda email. 
Com seguranças no Sesc Tijuca, RJ
O cara responde dois dias depois, dizendo que a data do evento havia sido alterada e que ele tinha pedido pro seu assessor me avisar. Mas será que eu ainda poderia colaborar numa nova data? 
Nessas horas a gente conta até dez e decide não responder, até porque eu não falo palavrão.
Foram mais de 80 entrevistas para veículos da grande mídia. A última, publicada esses dias, foi fraquinha, cheia de erros e distorções do que eu falei. Erraram até o nome do meu blog! Recomendo muito mais esta. Apesar do título escandaloso e de errar a cor dos meus olhos (são verdes, não azuis!), ficou ótima. A jornalista veio preparada, o que faz toda a diferença.
O Profissão Repórter de algumas semanas atrás sobre feminismo e ameaças ao ativismo também foi bem legal. Espero que a Globo tenha poder para exigir que alguma providência seja tomada contra mascus sanctos, misóginos e racistas que criaram vários sites de ódio em 2015. 
Entrevista pra Folha de SP, novembro
A pior entrevista deve ter sido para uma emissora de TV local, que veio até a minha casa em novembro. A repórter provavelmente nunca tinha ouvido falar de mim (ou, a julgar pelas perguntas, de feminismo) e já chegou perguntando: "O que você tem para ser perseguida desse jeito? Você tem um blog, é isso?" Que eu saiba, a entrevista não foi ao ar. Ainda bem, mas o tempo perdido não se recupera.
Bosque na UFC, campus Benfica
Tive (estou tendo, porque segunda já recomeça, aliás, estamos apenas tendo um recessinho, por causa da greve de quase dois meses no início do segundo semestre) muito trabalho, pra variar. Por conta da greve, não ofereci o curso de extensão no segundo semestre. Mas em março de 2016 eu vou abrir, e vocês daqui do Ceará estão todos convidadxs! (Falarei mais do trabalho quando escrever sobre as resoluções de ano novo -- talvez depois de amanhã? E farei uma retrospectiva melhor do blog no final de janeiro, quando ele completa oito anos de existência). 
Foi um ano cansativo. Nunca fui tão atacada. Mascus sanctos continuaram me ameaçando em janeiro (e durante todo o ano, sem pausa; eu havia feito um BO em dezembro de 2014, e voltei à delegacia para fazer outros quatro em outubro 2015), enquanto Danilo Gentili divulgou uma montagem feita com uma foto minha (ele sabia que era montagem, mas divulgou mesmo assim). 
Tuitaço no início de janeiro
Na páscoa, mascus inventaram um tuíte pra mim sobre o acidente do filho do Alckmin, e reaças ajudaram a viralizá-lo. Eu nem pude me defender, porque estava sem internet numa pousada em Beberibe. Em novembro, novamente durante um outro feriado, reaças como Roger do Ultraje e Olavão divulgaram (sabendo que era falso) o site que Marcelo criou no meu nome. O site dizia um monte de barbaridades, e teve gente que acreditou que eu, professora universitária e feminista, realizei um aborto numa aluna em plena sala de aula. 
Palestra no Sesc Tijuca
Dois mascus também se encarregaram de fazer dezenas de vídeos com um monte de calúnias a meu respeito. Estão sendo processados. Só que é coisa que dura anos. 
É verdade também que recebi muito, muito apoio
Mas é desgastante ter que perder tanto tempo (que eu não tenho!) com seres tão insignificantes e medíocres como mascus e reaças. E o pessoal que está de fora divide-se entre "Você já fez BO? Processe! Denuncie à Polícia Federal" (como se fazer BO adiantasse alguma coisa ou como se fosse fácil processar ou como se a PF investigasse ou como se eu já não tivesse feito tudo isso, sem efeito) ou "Ignore os mascus" 
(difícil ignorá-los quando criam sites de ódio no seu nome e no do seu marido -- acabaram de criar um hoje, com mais guias de estupro; o plano é viralizá-lo e atrelá-lo ao nome do Silvio, meu marido). 
Eu vou persistir. Vou continuar com o blog. E vou fazer a minha parte para que o feminismo se espalhe ainda mais em 2016.
Tomara que seja um ano muito melhor para todxs nós!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

NENHUMA MULHER PODE QUERER NÃO TER FILHO

Mascus não têm muitos outros assuntos que não sejam falar de mim. E eles têm certeza que sabem mais da minha vida do que eu mesma. 
Então eles abriram um fio para discutir por que eu não tinha filhos. Sabe, não adianta escrever vários textos explicando que eu e meu maridão há 25 anos nunca quisemos, que nunca fez parte do nosso projeto de vida, que eu jamais pensei em ser mãe, nem quando eu era criancinha, que estamos muito bem assim, obrigada. 
Nesta terra machista de maternidade compulsória, não existe isso de mulher escolher não ser mãe. É sempre ela não pode, ela tem algum problema (e não é incrível como a cobrança pro homem é muito menor?). 
E também não adianta vir com estatísticas, porque mascu é o dono das estatísticas. O Instituto Mascu As Vozes me Disseram que o diga. Eles não acreditam em dados porque podem criar os seus próprios. Portanto, é perda de tempo citar o último levantamento do IBGE, que aponta que casais sem filhos já são quase 20% dos arranjos familiares no Brasil. Casais com filhos são 43%. Mulheres com filho e sem marido, 16%. Pessoas que moram sozinhas, 10%. 
Bom, vejamos as hipóteses mirabolantes dos maiores fracassados da internet para explicar por que eu, euzinha, não tenho filhos.
- "Todo mundo sabe que a Lola não tem filhos, mas eu me pergunto, será que ela não tem uma tara maníaca de fazer um aborto atrás do outro? Pois eu acho muito difícil que uma mulher que tem quase 60 anos e é casada nunca tenha tido um filho. É claro que ela teve, mas o seu desejo feminista não deixa o filho se desenvolver e ela sempre acaba fazendo o aborto da criança por questões ideológicas. Ela já deve ter feito no mínimo uns 20 abortos."
- "Ou então é estéril e virou uma pessoa amarga e complexada por causa da frustração. Mesmo caso da minha tia que também diz que não quis ter filhos, mas nós da família sabemos a verdade."
- "O marido da Dolores só está casado com ela pelo dinheiro. O sujeito não faz nada da vida a não ser jogar xadrez, isto aqui não é a América do Norte nem a Europa onde uma pessoa consegue viver deste tipo de profissão."
- "Ela não teve filhos nem uma vida de mulher honrada e decente para poder investir na 'carreira'. Sim, nessa patacoada de feminismo patusco e mixuruca que baba todos os dias na internet é uma compensação para o fato de que não conseguir ter realizado o mínimo que se espera de uma mulher. Ser mãe, cuidar e educar uma pessoas para que esta possa continuar o legado de sua família e da própria raça humana no mundo."
Que grande legado mascus estão deixando ao mundo, né? Suas mães devem estar orgulhosas!