Steven Spiel
berg ataca novamente. Desde 1993, ele vem alternando filmes abertamente comerciais com produções que talvez, quem sabe, possam ser consideradas "artísticas" e abocanhar algumas estatuetas do Oscar. Se deu certo com A Lista de Schindler, por que não funcionaria com Amistad?

Um dos problemas, que contamina praticamente todo o circuito cinematográfico americano, é que Amistad tenta ser artístico sem abrir mão de ser também comercial, para recuperar os US$ 80 milhões investidos. Porém, só consegue ser pretensioso, e como tal foi descartado pelo Oscar.
Apenas quem não viu o filme pode ter se espantado com as indicações, que preferiram o britânico e alternativo Ou Tudo ou Nada e só conferiram quatro para Spielberg - melhor ator coadjuvante (Anthony Hopkins), fotografia, figurino e música. Não deve ganhar nenhuma, enquanto houver justiça e bom senso.Amistad está cheio de boas intenções, mas, até aí, também está o inferno. Conta a história de um caso verídico, ocorrido em 1839, quando 44 negros levados ilegalmente

Spielberg bem que tenta fazer com que o mártir seja Cinque, um dos amotinados, mas os verdadeiros heróis acabam sendo o advogado Baldwin e o ex-presidente John Quincy Adams, ambos abolicionistas e brancos. Inclusive, há um discurso vergonhoso nesse sentido de orientar o público, co

É interessante como os americanos quase sempre escalam atores britânicos para retratarem seus ex-presidentes. Parecem querer dizer que os presidentes são pessoas honradas e finas demais para serem personificadas por um, digamos, Bill Pullman, de Independence Day. Em Amistad, Hopkins, que já foi Nixon, faz um John Quincy Adams cheio de maquiagem, e Nigel Hawthorne, outro inglês, é o presidente de plantão, Van Buren.
Quincy Adams, aliás, tem um discurso revelador no final, quando pergunta à Supre

Há inúmeras cenas daquelas bonitas e emocionantes, que parecem ser tiradas de um imenso arquivo. Você já viu um monte delas. É uma fotografia padrão Oscar, com lindos clichês como homem-na-chuva-à-noite e barco-a-vela-com-sol-ao-fundo. Tudo, mas tudo mesmo, pontuado com uma música melosa de John Williams. Praticamente inexistem diálogos sem música de fundo. Deve ser para criar

Não se pode afirmar com certeza que Amistad seja o pior filme de Spielberg, porque também consta em seu currículo besteiras como Hook - A Volta do Capitão Gancho. Mas o que dizer da cena em que um dos negros se converte ao Cristianismo olhando as gravuras da Bíblia? Quando ele olha para o céu, com um olhar repleto de esperança e lágrimas, só nos resta abrir os braços e fazer o mesmo, torcendo para que Spielberg volte a fazer filmes de qualidade - não este cinemão embaraçoso.
7 comentários:
Isso msm! =O
eu nao achei
embaraçosamente
ruim o filme
e tbm nao achei um tedio
que critica mais mediocre
so pelo fato de voce ter
colocado este titulo
ja perdeu todo o cretito.
So uma dica
cuidado com esajeiros
voce pode fazer um texto
bem coerente mas perde toda
a credibilidade com comentarios
assim
ok
concordo com
muita coisa no texto
mas achei o titulo
ruim e alguns comentarios.
Motivo voce sabe o qual.
lembro de ter lido ou ouvido na época do lançamento do filme, comentários negativos. Mas não me envolvi, não assisti, não lembro pq o filme não me interessou. Hoje, tenho buscado resgatar estes filmes do passado, e amistad me veio a mente. Assisti ao filme sem informação nenhuma. Muito ruim, mas minha surpresa maior foi ver o nome do Spelberg no final. Parabéns pelo seu texto, só não gosta, quem não sabe o q é um template.
O que mais me incomodou além das cenas bonitas padrão, discursos demagogos, personagens extremamente caricatos: a música.. o que é aquilo? estou zonzo até agora.
amanha eu venho buscar a resposta aqui... vc já está recebendo regularmente a revista Vanity Fair?
Deus do céu, o que seria do cinema sem os clichês ? Seria chato e inteligentiquês demais, e maniqueísta como essa crítica e todas à guisa do antiamericanismo, etc.
Considero sua critica bem superficial. Sua opinião eu respeito, pois vc pode não ter gostado do filme, mas sua critica é bem rasa, constrangedora.
Este filme tem vários elementos arquétipos, que retratam situações que vivemos até hoje, como a falta de liberdade, preconceito, escravidão, as "jogadas" nos cargos de poder, etc.
No final, por exemplo podemos comparar o retorno à África, a historia do Odisseu que retorna à Ítaca, mas claro que o Cinque teve um final triste, diferente do Odisseu.
Em relação aos clichês, também discordo totalmente, ficaria clichê se os atores tivessem interpretações ruins, e notamos claramente no filme, que os atores estão interpretando muito bem, diria que é uma aula para quem quer entender a técnica de interpretação Meisner.
Talvez a sua referência e vivência de vida seja ainda muito frágil para dar conta de tantos elementos que este filme tem, dai você faz uma critica pobre, como vez.
Postar um comentário