terça-feira, 8 de julho de 2014

GUEST POST: SORORIDADE QUASE NA MADRUGADA

A Lis me enviou este email:

Sou muito fã do seu blog! (você não sabe o quanto ele tem me ajudado).
Dentre os vários assuntos que você já abordou, nunca vi nada sobre o que eu pretendo te perguntar agora, mas é algo recorrente na minha vida agora.
Deixa eu explicar: nunca fui muito crente no conceito de sororidade. Sempre tive a impressão que as diferenças separavam mais que as semelhanças uniam, até que, há poucos meses, passei no vestibular pro curso de História, que é ministrado durante a noite, numa universidade pública na minha cidade. Eu (que estou apaixonada pelo curso) sempre acabo saindo mais tarde da aula, seja para tirar dúvidas com os professores, seja por festas no campus.
Acontece que minha aula termina às dez da noite e eu nunca saio de lá antes das onze, o que já é um horário extremamente deserto durante a semana.
Durante meus primeiros dias de aula, passei por experiências.. complicadas, de ser seguida até o ponto de ônibus, quase ser assaltada no ponto, coisas do tipo.
Até que mais recentemente, as coisas mudaram. Eram onze e meia e estava parada no ponto, até que chegam mais duas meninas, que aparentemente não se conheciam. Nós tivemos o seguinte diálogo:
- Oi, você tá esperando o ônibus?
- Sim.
- Você se importa da gente esperar com você? É que esse horário tem sido muito perigoso aqui.
E eu respondi aliviada que era ótimo ter companhia naquele horário.
E durante algum tempo, eu e as meninas do ponto combinamos de nos encontrarmos antes de ir embora, pra não corrermos o risco de esperar o ônibus sozinhas na rua deserta. Acontece que o que começou com três garotas, agora já são oito! A gente deixou combinado de se encontrar sempre às onze e meia, assim nenhuma de nós ficava sozinha.
Eu ainda acho meio triste uma mulher não poder ficar sozinha de noite sem ter que temer algo muito pior que um assalto (já ouvi essas histórias na universidade, o suficiente pra ficar com medo). É triste que nenhuma reclamação com autoridades tenha resolvido.
Mas por outro lado, eu estou feliz: "proteja suas irmãs", era isso o que vocês (nós, estou pensando em entrar para o coletivo da universidade!) feministas queriam dizer com sororidade?

Meu comentário: Claro, Lis, isso é sororidade, que é o mesmo que fraternidade, só que numa versão feminina. E, na cultura em que vivemos, algo muito mais difícil de se conseguir. 
Mas é o que eu sempre me pergunto: por que mais mulheres não fazem isso que vocês fizeram? Não sei se é porque muitas de nós ainda somos educadas para sermos dependentes dos homens (só um homem pode nos proteger... de outro homem!), ou se é porque uma sociedade misógina repete sempre que mulher não é de confiança, que mulheres não podem ser amigas. Deve ser uma combinação das duas coisas. Isso e mais o fato de vivermos numa sociedade capitalista e individualista, que prega que é cada uma por si, vire-se como puder. 
E você viu como uma conversinha simples pode ajudar. Isso não deveria acontecer só num ponto de ônibus de faculdade, mas em qualquer lugar. Ao descer do ônibus junto com outra mulher, ou ao ver outra mulher andando na rua, à noite, não custa nada perguntar pra ela se vocês podem andar juntas. 
Obviamente que esses simples atos não devem parar nossa luta pelo direito de andar num espaço público (e também no privado, que é muito mais perigoso do que se diz -- 28% das mulheres assassinadas são mortas dentro da casa onde vivem) sem sermos atacadas, e as exigências para que a universidade garanta um campus seguro e iluminado, e o clamor para que toda a cidade seja para todos. Mas são pequenos gestos, que podem impedir maiores abusos. 
E entre sim no coletivo feminista da sua universidade! Tenho certeza que você vai gostar. Juntas somos mais fortes!

49 comentários:

Anônimo disse...

Eu vejo muitas chamando Irmãs de RadFem misandricas , e querendo caçar suas carteirinhas.E daí que ela é misândrica? Sororidade é só pras suas iguais? Meu Deus, misandria é DEFESA, é empoderamento. Reação do oprimido é diferente de violência do opressor. Não tem misândrica matando homem e cortando pica por aí, esse ódio não é concretizado como é a misoginia. Ele não existe de forma prática e nem é estrutural. Eu não sou misândrica, eu não acho que ódio seja uma saída saudável, mas eu ENTENDO as mulheres que passam por isso, pois elas tem os motivos delas.

Anônimo disse...

Lola, esse post me lembrou uma vez que fui prestar um concurso público em uma faculdade afastada. Ao ir para o ponto de ônibus, ao conversar percebi que todas que estavam ali pensaram diversas vezes no que iriam calçar, vestir e uma chegou até dizer que estava de tênis pois seria mais fácil para correr. Engraçado, que repensando, eu penso que adotei essa postura também depois que vendi o carro e precisei pegar ônibus, fico com mais receio de horários, do local que irei, ou seja, uma constante análise.

Anônimo disse...

Nada a ver com o assunto, mas você viu que teve uma reportagem na Fox News de "como manter seu marido feliz"? A mulher que chamaram pra falar mandou uma carta pra universidade onde ela se formou aconselhando as estudantes a passarem 75% do tempo durante o curso procurando marido, e essa mulher já disse que estupro entre pessoas conhecidas devia ser rebatizado para "sexo por engano", pra "diminuir o estigma". Como não adorar a Fox News? Nem dá pra acreditar que um canal desses existe. >>> http://thinkprogress.org/media/2014/07/07/3456785/fox-news-runs-segment-teaching-women-how-to-keep-their-husbands-happy/

Andrea disse...

Tristeza quando eu me lembro que sentia certo orgulho de dizer que preferia ser amiga de homens a mulheres. Exatamente como dito no post, desde cedo somos encorajadas a acreditar que mulheres são falsas e no final sempre acabam brigando... por homem.

Mas ainda bem que as pessoas mudam e fico muito feliz por ter descoberto seu blog, Lola, e o feminismo. <3

Larissa Petra disse...

Lindo *---*
Gente, nós mulheres somos muito mais forte juntas e o patriarcado sabe dessa força, então tenta nos manter separadas...

Larissa Petra disse...

Topic off:
Estava lendo o Pragmatismo político, vejam essa reportagem com um vídeo q mostra segundos antes o Zúñiga fala alguma coisa para o Neymar, aí ele se afasta logo depois ele dá a joelhada nele.
Aqui o link:

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/07/video-mostra-que-agressao-neymar-teria-sido-premeditada.html

Lucas Pin disse...

Infelizmente é assim :/ até mesmo pra nós homens com medo de assaltos também! (estupro e assalto é pior ainda pra vocês) tem horas que dá vontade de fugir de toda essa violência urbana.

Lola, você viu a matéria no fantástico sobre a vida das mulheres na índia? Eu fiquei chocado com os casos em que homens com ciúmes de mulheres (até mesmo de mulheres que nem tinham nada com eles) acabam tacando ácido na face e corpo das vítimas, e também a questão de que as mulheres de castas mais baixas sofrem muito com estupros coletivos. Você poderia escrever algo sobre? E também sobre ações feministas por lá, pq olha, tão precisando demais viu!

Anônimo disse...

Topicc off:
Você já viram no facebook a página do "Menos Pai"? É muito engraçado!!! É uma página de humor, é irônico, mas tem muitos que não entendem e acham que é sério...rsrsrs
Tem perólas como essas:
"Hoje domingo, meu único dia de folga, único dia que posso dormir até mais tarde a criança resolveu acordar 5 da manhã. Larguei a mulher lá com a cria e fui dormir. Ela já fica todos os dias não faz diferença
Ela ainda quis reclamar!
Que folgada! Eu trabalho dou duro! Ela não sabe como é difícil ser homem nessa sociedade! Ela não arruma os horários da criança e depois reclama que ta cansada? Eu que não vou acordar cedo no
meu dia de folga pq ela é irresponsável em não por rotina na criança! Té parece!"
E
"Sou pai, dava pensão, mas depois que minha filha completou 18 anos e descobri que era lésbica, deixei de dar qualquer tipo de assistência, seja financeira ou emocional. A mãe que se vire pra custear as despesas dela. Vou tratar de cuidar do meu filho mais novo, pq tenho que dar de tudo pra ele se tornar um homem de Deus, macho alfa, que honra as cueca, pq não quero cometer o mesmo erro de ter outro filho homossexual.
E eu sei que sou foda, afinal, já tenho uma casa 6 cômodos com carro na garagem, meu filho estuda em escola particular e nada falta na minha geladeira. A minha filha sapatão que se vire com a mãe, pq ainda mora em uma casa de madeira nos fundos do quintal do avô dela, e rala pra pagar os estudos. Ah, Foda-se!"

Raven Deschain disse...

Nossa anon de 12 e 56, eu sempre penso no calçado que vou usar justamente por ser mais fácil ou não, pra correr.

Realmente, eu que pego o ônibus sozinha de madrugada, fiz amizade com umas senhoras pq é melhor neh? Morro de medo...

(Danilo) disse...

"Lindo *---*
Gente, nós mulheres somos muito mais forte juntas e o patriarcado sabe dessa força, então tenta nos manter separadas..."

Resposta: As mulheres não são capazes de constituir exército para que o patriarcado os temam. A união feminina enfraquece pouco o poder de resistência dos homens.

O foco da importância do corporativismo feminino tem que ser direcionado apenas para a violência contra a mulher. Pois isto, de fato é uma situação emergente.

Anônimo disse...

Lola, quero te escrever um guest post o que eu faço? Quais são as regras para escrever?

Anônimo disse...

Por que homem sempre pensa em força bruta quando mulheres falam em força?

Não estamos falando de exército aqui.

E "resistência" dos homens?? Não me faça rir.
São as mulheres que tem que ter resistência contra a violência e covardia de vocês.

Anônimo disse...

(Danilo), quem não deve não teme. Se a união das mulheres realmente não ameaçasse o patriarcado e o machismo, os homens não se esforçariam tanto pra perpetuar essas idiotices de que mulheres não podem ser amigas e tem que estar sempre competindo; não haveria filmes e programas de TV só mostrando mulheres como inimigas que brigam por tudo; não haveria novelas mostrando mulheres como indignas de confiança e incapazes de manter amizades verdadeiras com outras mulheres; não haveria famílias e uma sociedade inteira incentivando as mulheres a competirem desde crianças e a ver as outras sempre como rivais-não raro, por causa de um homem. E se você e seus mascuzinhos de estimação são a amostra do poder de resistência dos homens, o patriarcado já morreu e voltou do túmulo pra nos assombrar-motivo pelo qual tá sendo meio difícil acabar com ele dessa vez, aliás. Afinal, como vamos matar o que já está morto? George A. Romero, rola umas dicas aí?

Raven Deschain disse...

Aff Lola. A Dilma deve ter esquecido de depositar a última parte do pagamento pra trave da copa. 6x0 até agora! Chessus!

Anônimo disse...

A Lola perdeu a copa kkkkk

Kittsu disse...

"O foco da importância do corporativismo feminino tem que ser direcionado apenas para a violência contra a mulher. Pois isto, de fato é uma situação emergente."

Ufa, o que seria de mim sem um homem pra me dizer qual deve ser o meu foco em mais esse assunto? rs.

Sara disse...

Bom ver esses exemplos de sororidade, pq exemplos de mulheres q até se intitulam feministas atacando outras infelizmente tá cheio, o q é uma grande pena.

Ná M. disse...

Que legal ! Eu nunca tinha ouvido falar em Sororidade. Conceito que deve ser difundido e praticado por todas nós! Gostei !

Julia disse...

Que horror. Não somos bons em ganhar Copa em casa.


Coitadas das crianças, eu vi o Brasil ir pra 3 finais e ganhar 2 Copas. Cresci vendo a Seleção no topo.
As crianças de hoje vão ficar traumatizadas depois dessa derrota.

E a Alemanha não pode esquecer que já ganhamos uma em cima deles.


Depois comento o post.

Sara disse...

Fora do tópico....Mais uma pérola do futebol, alem de muitas mulheres sofrerem mais violência doméstica qdo o time é perdedor, logo depois da derrota do Brasil nesse jogo o comentarista da Bandeirantes disse q atribua boa parte da derrota a PSICÓLOGA que estava orientando o time, pode isso Arnaldo???
É inacreditável como caçam alguma mulher pra botar a culpa por tudo de ruim q acontece.

(Danilo) disse...

"(Danilo), quem não deve não teme. Se a união das mulheres realmente não ameaçasse o patriarcado e o machismo, os homens não se esforçariam tanto pra perpetuar essas idiotices de que mulheres não podem ser amigas e tem que estar sempre competindo; não haveria filmes e programas de TV só mostrando mulheres como inimigas que brigam por tudo; não haveria novelas mostrando mulheres como indignas de confiança e incapazes de manter amizades verdadeiras com outras mulheres; não haveria famílias e uma sociedade inteira incentivando as mulheres a competirem desde crianças e a ver as outras sempre como rivais-não raro, por causa de um homem. E se você e seus mascuzinhos de estimação são a amostra do poder de resistência dos homens, o patriarcado já morreu e voltou do túmulo pra nos assombrar-motivo pelo qual tá sendo meio difícil acabar com ele dessa vez, aliás. Afinal, como vamos matar o que já está morto? George A. Romero, rola umas dicas aí?"



Resposta: A competição agressiva feminina é um fenômeno de meados do século XX pra cá. Não tem nada haver com o machismo. As mulheres eram modestas no passado. Elas não eram exibicionistas. Elas não competiam pela atenção sexual dos homens. Ou seja, quem criou esse sentimento de rivalidade entre as mulheres foi o liberalismo sexual e o avanço do entretenimento tecnológico. As mulheres livres sexualmente que passaram a competir narcisicamente com outras mulheres por sucesso sexual.

Mesmo assim a competição feminina interfere muito pouco na amizade feminina. Os homens são menos amigos do que as mulheres.

Obs: A internet com suas redes sociais é um dos grandes agentes que agravam a competição feminina. Eu tenho o Instagram (portal do exibicionismo patológico) e fico reparando essa dinâmica.

Kittsu disse...

"Resposta: A competição agressiva feminina é um fenômeno de meados do século XX pra cá. Não tem nada haver com o machismo. As mulheres eram modestas no passado. Elas não eram exibicionistas. Elas não competiam pela atenção sexual dos homens. Ou seja, quem criou esse sentimento de rivalidade entre as mulheres foi o liberalismo sexual e o avanço do entretenimento tecnológico. As mulheres livres sexualmente que passaram a competir narcisicamente com outras mulheres por sucesso sexual. "

Mas e aquele esquema da hipergamia evolutiva e blablablaabobrinhaabobrinha? contradições... agora a culpa não é de nossos antepassados e nosso DNA promíscuo, é do instagram e facebook. como as coisas mudam.

Anônimo disse...

Sawl

Não vou comentar sobre o importante artigo do blog porque estou triste demais e nem o maridão me consolando, rsrs, tá sendo suficiente pra arrancar tanta tristeza e decepção com o jogo de hoje! :(

Mas, aqui envio um link que vi por acaso no Globo sobre o excesso de exploração da nudez feminina nas séries:

http://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv/discussao-na-imprensa-americana-relaciona-nudez-feminina-nas-series-violencia-13172922

Abraço a todas visitantes do blog.
Tchau.

Sawl - the sad girl! :(

Natalie disse...

Esse troço de "mulher não é amiga de mulher" é um mito mais que velho. Eu tenho várias amigas que eu tenho certeza que são verdadeiras amigas. Assim como homem tem muito amigo INVEJOSO que queria estar namorando com a namorada dele e faz intriga pra separá-los.

Ou seja, há amigos e amigas de homens e mulheres que são falsos, invejosos e tal. Eu acho que só precisa saber com quem fazer amizade. Gente mal caráter tem em todo lugar.

Julia disse...

Lola, barra esse Danilo, não aguento mais.

O que é pior? Perder pra Alemanha em casa de 7 ou aturar essa mala?

Estou em dúvida.

Anônimo disse...

Homens e mulheres podem ser vitimas de violência nas rua, as mulheres correm mais riscos por conta de estupros.

Quanto a copa, achei horrível colocar na cabeça das crianças que futebol e copa são tudo, que o Brasil se resume a isso, fazendo crianças se estressarem e sofrerem por conta de um esporte e uma competição esportiva.


Quanto a este caso em que o comentarista colocar parte da culpa na psicologa foi ridículo mesmo.

Anônimo disse...

Parece que as remoções de pessoas pobres para a #CopaDasCopas saiu cara.

Parabéns Lola por apoiar o circo!!!

Anônimo disse...

"E a Alemanha não pode esquecer que já ganhamos uma em cima deles."

E pelo visto, conseguiram se vingar com extremo sucesso

Bruno disse...

Sou bastante contrário ao conceito de sororidade. É um conceito segregacionista. Por que não irmandade entre os seres humanos, sejam mulheres ou homens? Por que exaltar uma cumplicidade estritamente feminina e não uma irmandade que unisse a todos indistintamente.
Por exemplo, que mal haveria se um colega de faculdade da autora que fosse homem se voluntariasse para acompanhá-la e esperar com ela o ônibus?

Esse conceito de sororidade é excludente e somente reforça uma suposta "guerra dos sexos". Prega união valendo-se da desunião.

Como um adendo, não acredito que as propagandas, novelas e etc que retratam competição e briga entre mulheres sejam uma ação deliberada de um suposto "Patriarcado" como uma instituição organizada. Aliás, falar em patriarcado dessa forma me parece falar em moinhos de vento quixoteanos. Não consigo enxergar publicitários, autores, roteiristas e etc pensando "nossa, acho que vou reforçar a competição feminina nessa peça, assim a gente ataca a sororidade delas e preserva o patriarcado".

Eles querem vender e vão fazer que vende: reproduzir o senso comum. E o senso comum traz essas idéias e prega esse individualismo, infelizmente.

Larissa Petra disse...

Topic off- comentários do jogo:
Olha, eu no fundo sabia que a Alemanha era a favorita, mas essa humilhação eu n esperava...
Mas a culpa é do FELIPÃO, pq ele só chamou gente da panelinha dele, Júlio César, esse cara é renegado, Bernard é RESERVA na ULCRÂNIA, Fred tava indo mal no fluminense, Jô foi mandado embora do internacional, que por sinal só jogava bem lá por causa do Ronaldinho Gaúcho. Faltou experiência, pq não chamaram o Robinho, Ronaldinho Gaúcho, jogadores que mesmo no fim, tem experiência em copa, eles seriam os caras da decisão, eles seriam o conforto de um time que sentiram demais a pressão por isso choraram, não é coisa de mulherzinha não, pq no futebol feminino elas n choram assim não, elas vão com garra e talento, deviam ter chamado o Miranda també, que foi o melhor zagueiro da Europa, deviam ter testado mais os jogadores daqui, o goleiro do atlético tá agarrando abeça...
O Brasil não tinha esquema tático, desde o começo eu dizia, o nosso meio de campo está aberto demais, temos que fechar o meio de campo, mas o Felipão não muda as jogadas, no último segundo tirarm o Fred, ah vá né, nem deviam ter chamado ele para começar, mas já q chamaram, deviam ter tirado quando viram ele na merda.
Eu não sou técnica, mas como nós tínhamos perdido o Neymar, que é atacante, achei q ele ia por 3 volantes e confundir o meio campo, colocar o willian, o Fernandinho...mas aí ele vai e me coloca o BERNARD para substituir o Neymar, eu duvido q ele tenha testado ele, numa semi-final, o BR já fragilizado, ele mantém o esquema tático, com jogadores ruins, abrindo mais o meio campo, e o técnico da Alemanha é muito estudioso, qualquer um q estudasse o BR veria que tínhamos um buraco no meio campo e reforçaria a lateral, tanto q todas as seleções contra nós jogou assim, só q a Alemanha é outra história, eles jogaram sozinhos no meio campo, aí depois do 4º gol, o Brasil ficou mais abalado ainda.
Também achei q o BR já entrou derrotado por causa do Neymar, amo o David Luiz, mas n achei legal aquela homenagem antes do jogo, deu para ver q isso fez o Brasil tremer, cara o Neymar estava em casa, bem, ele se machucou mas bola para frente, dava a impressão que o Neymar tinha morrido, ou ficado paralítico sei lá, mas vc via o terror deles, olha estou perplexa até agora, não consegui sequer ficar triste ainda, minha visão ficou até turva...a ficha ainda não caiu.

Daniella disse...

Bruno, o mal de um cara desconhecido acompanhar uma mulher é que você nunca sabe quando é um cara bom e quando é um estuprador.

Anônimo disse...

Gente, da onde será que o Danilo tira todas essas informações sobre o feminismo e sobre as mulheres? Será que é do Instituto Mascu de Pesquisa as Vozes Me Disseram? Vimos no outro post que é uma franquia internacional...

Anônimo disse...

Não e mais facil comprar um facão ou um revolver e andar com ele na bolsa? credo rsrs

Anônimo disse...

; não haveria famílias e uma sociedade inteira incentivando as mulheres a competirem desde crianças e a ver as outras sempre como rivais-não raro, por causa de um homem


como sempre a culpa n é da mulher, é dos outros,da sociedade.ta na hora de rever o conceito de que só mascus são fracassados emocionais que culpam os outros por tudo.

tem homens e mulheres que são falsos amigos,que competem com o outro,n é um problema feminino pra usar o 'mimimi machismo".

eu conheço um fura olho,falso para cacete,que esquecia a "amizade" se tivesse afim de uma mulher.
se aparecesse mulher perto,começava a dar uma de palhaço para chamar atenção e começava a zuar os "amigos" que estavam por perto para pagar de gostosão.

Anônimo disse...

Bando de jogadorzinho de condomínio, vc olha pra cara de um Oscar, um Bernard, parece que eles não tem uma gota de testosterona no sangue.

Julia disse...

Eu não tenho problema com a seleção alemã mesmo depois dessa derrota. E duvido muito que eles estivessem pensando em vingança.

Os uruguaios que até hoje se vangloriam de uma vitória de 1950.

E os argentinos cantam terem eliminado o Brasil em 1990.

Patético.

Os Colombianos estão comemorando a eliminação do Brasil. Deveriam se sentir honrados em serem eliminados por nós, isso sim.

Somos fregueses assumidos dos franceses e só.

Torço pra Alemanha ser tetracampã. É muito bom, lembro bem, e eles merecem.

Embora prefira a Holanda. Deve ser muito chato ser sempre vice (estou contando que farão o favor de derrotar a Argentina amanhã).

Caroles disse...

Que amor essa história! Isso sim é sororidade. Não é não discordar, não é achar que toda mulher tá sempre certa.. mas é sim estar do lado quando uma irmã precisa :)

Raven Deschain disse...

Bruno, não seja burro. Estupradores não vem com letrinhas cursivas em neon vermelho na testa.

Aquele inocente colega de faculdade pode ser o cara que vai me matar, estuprar e esconder meu corpo. Não exatamente nessa ordem. Essa "exclusão" vai parar de acontecer quando homens pararem de violentar mulheres.

Anônimo disse...

Anon das 22:38 gente sem caráter existe entre homens e mulheres. Mas por que você está sempre tão disposto a negar que a sociedade e as famílias tem sim alguma culpa no modo como as mulheres se relacionam entre si, hein? Por que você se recusa a admitir que as mulheres são ENSINADAS a serem desunidas? Me diga, cadê os filmes e programas de TV só mostrando homens como inimigos que brigam por tudo? Esse papel só cabe às mulheres. Cadê as novelas mostrando homens como indignos de confiança e incapazes de manter amizades verdadeiras com outros homens? Aliás, ao contrário, as únicas amizades mostradas como verdadeiras pela mídia são as de homens com outros homens. Onde estão as famílias e a sociedade incentivando homens a competirem desde crianças e a ver os outros sempre como rivais? Tome como exemplo os concursos de beleza mirim em que as meninas são desde bebês ensinadas q as outras são rivais, q ela tem que ser melhor que as outras, que tem que derrotá-las. Nem mesmo existe algo similar pra meninos. Pare de mimimi "ai, e uzomi" e vai cuidar da sua vida, mascutroll. Eu sei que você se borra todo de medo só de imaginar um mundo onde as mulheres são unidas, mas isso não vai fazer as feministas pararem de lutar pela sororidade. Fuja para as montanhas se você não suporta isso.

Patrícia Freitas disse...

Muito legal essa história! Sou professora e sempre que tenho oportunidade tento desconstruir nas minhas alunas esse senso comum de que a colega é inimiga, é periguete e isso e aquilo. Uma gotinha no oceano, mas sabendo que faz a diferença!

Anônimo disse...

Eu ando com um spray de pimenta e um taser (aquelas armas de choque) na bolsa, e mesmo assim prefiro andar acompanhada porque minha criação me faz ter medo de machucar o coitadinho do agressor. E também porque eu sei que é fácil o cara tirar a arma da minha mão. Enfim, não confio nesse negócio de me defender sozinha.

- Notyourmari

Unknown disse...

Um dos melhores guest posts que já li aqui. Francamente, eu não tenho paciência nenhuma com isso de esperar providências das "autoridades", então achei brilhante essa experiência que você relatou, Lis.

Outro exemplo legal, não sei se alguém mencionou aqui, é aquele "For You", um aplicativo criado por 6 estudantes secundaristas de Santos pra combater o slut-shaming (http://www.brasilpost.com.br/2014/05/16/for-you-app_n_5339900.html).

Anônimo disse...

anon de 09:02,prefiro praia,o que eu não suporto,n é a união feminina,é a hipocrisia e vitimismo de vcs.
tem homens e mulheres que agem desse jeito,mas n caso da mulher,ela é uma imbecil narcisista pq a sociedade ensina,já o homem é só um imbecil mesmo.

já vi filmes de amizade entre mulheres,amizade entre homens,filmes de traição entre amigos,é mimimi de vcs mesmo.

Julia disse...

Ora, mas tivemos um exemplo recente de como a sororidade feminina incomoda.

Depois de muito ler sobre a repercussão do filme Malévola eu fui assistir no cinema e vi o exemplo lindo de sororidade do filme.

Não sei se é spoiler mas no filme a Malévola cuida da Aurora, a protege. E não foi bem aceito por algumas pessoas o fato da princesa ter sido salva por uma mulher e não por um homem. Não sei se é coincidência mas só vi homens lamentando este fato.

Eu acho engraçado como é senso comum quando duas mulheres se desentendem que o desentendimento é causado pelo fato de elas serem mulheres e isso bastaria pra que não se dessem bem.

Isso é um estereótipo que é reforçado o tempo todo.

Anônimo disse...

Chatinho das 13:23 quem disse que os homens não são do jeito que são porque a sociedade ensina? Pelo contrário, a sociedade também ensina os homens a serem o que são, violentos, agressivos, desrespeitosos, abusadores, estupradores, babacas. Isso já foi dito mais de mil vezes em todo esse blog, como se ensina um homem a ser estuprador? Ensinando que "não" significa "sim", que mulher que diz não só está fazendo doce, que ele tem direito à mulher que quiser só por ser homem. Ensina homem a ser violento dizendo que macho não pode levar desaforo pra casa, ensinando que eles podem tudo quando dizem que o menino pode mas a irmã não, porque pra sociedade tem 'coisa de homem' e 'coisa de mulher'. Acho que não preciso explicar mais. Procure nos textos do blog e leia, tem muita coisa aqui explicando como os homens são ensinados a serem machistas idiotas. Agora pare de "mimimi, iuzomi" e vá fazer algo útil da sua vida.

(Danilo) disse...

"Chatinho das 13:23 quem disse que os homens não são do jeito que são porque a sociedade ensina? Pelo contrário, a sociedade também ensina os homens a serem o que são, violentos, agressivos, desrespeitosos, abusadores, estupradores, babacas. Isso já foi dito mais de mil vezes em todo esse blog, como se ensina um homem a ser estuprador? Ensinando que "não" significa "sim", que mulher que diz não só está fazendo doce, que ele tem direito à mulher que quiser só por ser homem. Ensina homem a ser violento dizendo que macho não pode levar desaforo pra casa, ensinando que eles podem tudo quando dizem que o menino pode mas a irmã não, porque pra sociedade tem 'coisa de homem' e 'coisa de mulher'. Acho que não preciso explicar mais. Procure nos textos do blog e leia, tem muita coisa aqui explicando como os homens são ensinados a serem machistas idiotas. Agora pare de "mimimi, iuzomi" e vá fazer algo útil da sua vida."



Resposta: A sociedade e a indústria midiática não ensina o homem a ser violento. É absurdo pensar assim. Mas de alguma forma a sociedade e a mídia cobra do homem para que ele afirme atributos de dominância. A sociedade cobra do homem que ele seja bem sucedido, muito bonito e bombado. Essas cobranças produzem a violência contra a mulher de maneira indireta. Estes atributos de dominância exibicionista e elitista são inatingíveis para a maioria dos homens. Logo, o cenário de revolta masculino está feito. E o efeito colateral dessa revolta já sabemos que é descontada nas mulheres, pois os homens não suportam o fracasso sexual e as restrições sexuais perante as mulheres exigentes.

Eu acompanho o blog da LoLa com mais frequência de uns 10 dias pra cá, então não vi os textos dela sobre a cultura do estupro e algo do tipo.

Anônimo disse...

Eu sou muito a favor de que as pessoas que sofram qualquer forma de desigualdade e desempoderamento parem de esperar atitudes do poder público, reitorias ou seja lá quem e comecem a se organizar em grupos, sempre em grupos já que a força do coletivo é maior. É um lixo viver com medo, ninguém precisaria passar por isso.

E sobre o infame "mulher não é amiga de mulher" já mencionado, vale lembrar que essa é uma das muitas construções patriarcais que devem ser combatidas LITERALMENTE desde a mais tenra infância.

Anônimo disse...

Danilo, cara... eu ia te perguntar se você andou fumando a mesma coisa que transformou o cérebro do Kurt Cobain em queijo suíço, mas resolvi deixar pra lá. Afinal, és mascu e isso já diz tudo. 10 dias, você diz? Eu em 10 dias lendo o blog da Lola já conhecia a cultura do estupro, já sabia o que era slut-shaming, já tinha sido apresentada aos mascus e já sabia como a sociedade ensinava aos meninos e meninas os papéis de gênero que temos hoje em dia. Você faz o quê aqui que não sabia de nada? Ah, é mesmo, mascu só vem nesse blog pra aporrinhar. Vai que teu mingau tá esfriando.

Fê Chica disse...

E uma das coisas mais chatas é realmente o preconceito arraigado nas próprias mulheres... Tenho amigas de longa data, que pra mim são como irmãs...
E muitas de nós somos solteiras... Os amores vem, os amores vão, mas a amizade entre nós fica. Se a gente vai olhar nossas fotos, é um sem número de vezes a repetição dessa ou daquela amiga mais especial... E o que dói é que algumas se preocupam com a opinião das pessoas por estarmos sempre juntas... Os comentários são ditos em tom de brincadeira, mas com a preocupação de as pessoas acharem que se é um casal, por estar juntas há tanto tempo...
Somos mais fortes unidas...
Sobrevivemos às dificuldades da vida...
Às perdas...
Às dificuldades em geral...
Por que isso tem que ser uma preocupação pra algumas de nós? Por que é tão difícil pra algumas de nós notar o papel que nos oferecem e dizer não?