sexta-feira, 6 de julho de 2012

ESTOU FAZENDO A ESCOLHA CERTA?

A C. me enviou um email. Eu comento mais pro fim.

Acompanho seu blog há mais de uma ano. Ele foi importante para esclarecer muita coisa na minha cabeça, mudar muitos comportamentos no meu dia a dia, me tornar feminista, me cobrar menos, agir com mais liberdade. E por ser tão grata a você, hoje senti vontade de contar uma parte da minha história e dividir alguns questionamentos que estão rondando minha cabeça.
Tenho 23 anos, moro no RJ. Meus pais foram casados até os meus 14 anos, cresci com eles em clima de amorzinho, sempre se respeitando, concordando em tudo, nunca vi nenhuma briga. Achava que isso era algo normal em um casal, que esse "concordar em tudo" (tudo mesmo) era o sinal de relacionamento saudável, de amor perfeito. Lógico que não tinha essa clareza quando pequena, mas esse era o sentimento. Tem vários vídeos caseiros em que eu falo: "essa é a minha família feliz, a minha família perfeita". É interessante ver como isso era um orgulho pra mim, a ponto de eu repetir várias vezes.
Mas toda essa concordância extrema dos dois, e nenhuma discussão, culminou em uma separação: um belo dia meu pai disse que ia sair de casa porque não amava mais minha mãe, tendo duas semanas antes levado flores e um cartão dizendo que a amava mais que qualquer coisa. Percebe o choque? Não sei muito bem até hoje qual foi o problema deles, mas acredito que falta de diálogo, falta de conversar sobre o relacionamento, falta de falar sobre suas vontades... 
Minha mãe entrou em depressão e de certa forma eu passei a ser a adulta da casa. Depois descobrimos que meu pai tinha ido morar com a ex-vizinha, sendo o filho dela o meu melhor amigo. Não sei dizer por quem me senti mais traída, e nunca fui na casa do meu pai, sempre nos encontramos no shopping. Foram tempos ruins, mas depois tudo ficou mais calmo. Apesar da minha mãe sair da depressão, nunca mais ficou com ninguém. As marcas em mim foram profundas; a minha família, aquele meu orgulho maior, minha base, tinha sido destruída, tinha acabado. Sentia falta de uma família. 
Comecei a namorar com 14 anos. Nessa época, emendei 3 namoros longos, e no terceiro engravidei numa troca de anticoncepcional. Fiquei radiante quando descobri, apesar de ter apenas 19 anos e ter acabado de começar a cursar uma faculdade federal. O pai, também muito novo, ficou feliz, na época. Eu o achava super companheiro, mas hoje percebo que ele não era nada além de um menino. Continuei morando com minha mãe, a pedido dela, que achava que eu era nova demais pra assumir tanta responsabilidade. Foi um conselho inteligente, já que quando meu bebê tinha 4 meses, terminamos o namoro. Hoje percebo que toda essa minha felicidade por ter um bebê nada mais era do que a felicidade por ter uma família, aquela que me "tiraram" aos 14 anos.
O fim do namoro: quando meu bebê nasceu, eu tive uma fase em que me focava só nele, e não só pela necessidade dele, mas também porque fiquei tão apaixonada por aquele pequeno ser, tão encantada, que não queria tirar atenção dele pra nada, e o meu namorado, que também era um garoto, simplesmente não soube lidar com essa fase, sentiu-se rejeitado e começou a ficar com outra pessoa. Senti cada vez mais a distância que estava se criando entre nós, tentei recuperar, percebi que era tarde e terminei, ainda o amando muito. Duas semanas depois ele contou que estava apaixonado, "namorando" a chefe dele que já era casada e tinha dois filhos da idade dele.
Vida que segue, sofri, mas agora eu tinha meu bebê que precisava de mim, e tinha de ser feliz para que ele crescesse feliz também. O pai pagava pensão, mas aparecia pra vê-lo no máximo duas vezes por mês, se bem que chegou a ficar três meses sem vê-lo.
No mês em que meu filho completou um ano, conheci e logo comecei a namorar M., de 26 anos, estudante de mestrado. Ele me deu forças para voltar à faculdade, que eu tinha vergonha de ir pelos comentários dos colegas de turma da loucura que eu tinha feito, da irresponsabilidade, da "piranhice", e por aí vai. Seis meses depois voltei com a cabeça erguida, com minha mãe e meu namorado me apoiando muito. M. naturalmente foi fazendo o papel de pai do meu bebê, me ajudava quando ele ficava doente, trocava fralda, dava banho, passeava, vinha visitá-lo. Foi delicioso acompanhar a construção do relacionamento deles e ver que um adotou o outro. 
Começamos a juntar dinheiro para casar no início de 2013, redescobri minha paixão pelo Direito, passei a ser uma ótima aluna que, mesmo tendo que faltar de vez em quando, tira ótimas notas. Praticamente tive que começar a faculdade do zero e vejo hoje as pessoas que entraram comigo bem perto de se formar e eu ainda no início, mas não fico desanimada. Amo minha faculdade, amo estudar e estou muito feliz de ter essa oportunidade. Tudo indo bem...
Até que tomando um antibiótico para dor de ouvido dois meses atrás (que mexeu com a eficácia do anticoncepcional), engravidei. Minha primeira reação: vou tirar. Comecei uma busca desesperada por clínicas até encontrar uma. E quando encontrei uma, conversando com o M., descobrimos que não teríamos coragem, que lá no fundo não era isso que queríamos fazer.
Resolvemos que íamos ter. Apesar de ter sido uma decisão minha, as duas semanas posteriores foram extremamente ruins, eu não conseguia aceitar o que tinha acontecido, eu não conseguia sentir nada pelo que estava dentro de mim. Foi horrível porque eu não queria tirar, mas também não queria outro bebê, não tinha sido planejado, eu tinha levado tanto susto, não queria parar minha faculdade, não queria ouvir milhares de críticas, não queria olhares tortos... e foi pensando que descobri que eu não queria esse bebê não era por ele, era pelos outros. Eu não queria ser julgada e criticada pelas minhas decisões porque eu e só eu seria responsável por elas e sofreria as consequências. E quando percebi isso, que o problema eram os outros, passei a querer muito esse bebê.
Eu e M. estávamos transbordando de felicidade. Fizemos milhares de contas e adiantamos o casamento para este ano. Vimos que eu teria de parar de trabalhar para ficar com o bebê, mas está previsto para dezembro, então em março já dá pra voltar a frequentar as aulas da noite, enquanto o M. fica com as crianças.
Então os questionamentos que falei no início do email são: até que ponto podemos ser influenciados pelas opiniões dos outros? Até que ponto podemos tomar decisões que mudarão o curso de nossas vidas por medo do que os outros vão pensar? Se eu tivesse tirado, no momento que percebesse que fiz isso simplesmente por medo de encarar as críticas, como eu teria ficado? Não faço ideia, mas acho que nunca mais seria a mesma.
Não acho que vai ser fácil encarar a faculdade grávida, e não pela gravidez, mas pelas pessoas... Tenho arrepios de pensar nas pessoas me apontando, me questionando, porque elas fizeram isso da última vez, e certamente farão agora. Sofro de pensar nisso, confesso. Se pudesse fugia por um semestre e só aparecia depois de parir, mas não posso colocar de lado algo que amo tanto como meus estudos pelo que os outros vão pensar. Não sei como vai ser, não faço idéia de como será difícil, de quanto sofrerei com isso.
Mas tenho a sensação de que estou fazendo a coisa certa... e o que é a coisa certa? Aquela que vai me fazer feliz! Eu tenho o direito de buscar a minha felicidade, do meu jeito. O meu caminho é diferente, não é o tradicional (namora, se forma, casa, tem filhos), mas é o que eu escolhi e o que acho melhor pra mim. Não acho que serei uma morta de fome pro resto da vida, não acho que meus filhos serão crianças sem uma boa educação. Aliás, pelo contrário: meu filho de 2 anos é educadíssimo, respeita as pessoas, está aprendendo a dividir, é amado e respeitado. Meu próximo filho será também. 
Sou uma ótima aluna, dentro de 3 ou 4 anos me formo e correrei atrás do meu sonho, que é o Ministério Público. Então por que, se estou feliz, se estou fazendo minhas escolhas com responsabilidade, sou errada? Quem disse que o padrão da sociedade é melhor pra mim? Como é que as pessoas se sentem no direito de criticar? Quem deu o direito a elas de dizer o que é melhor pra mim? Por que o meu caminho tem que ser igual ao da maioria?

Minha resposta: Acho que vc não deve se preocupar com o que as pessoas falam. Falam mal de todo mundo por mil e um motivos. Aliás, nem precisam de motivos. E não existe uma fórmula na vida nem uma ordem correta de fazer as coisas. Existem apenas caminhos que parecem mais fáceis (como ter filhos só depois de formada, e talvez já com um casamento mais consolidado). Portanto, não se sinta mal por estar invertendo a ordem "natural" das coisas. Só realmente vá em frente, continue a faculdade, independente dos comentários maldosos, termine, tente o Ministério Público, tudo a seu tempo. Vc é muito jovem e tem um tempão pela frente pra fazer tudo que quiser.
O que me preocupa apenas é que vc fala de escolhas, e não sei até que ponto engravidar duas vezes sem planejar é uma escolha. Não sei nada sobre isso, mas conversei com uma psicóloga uma vez sobre uma amiga que, assim como vc, também engravidou muito nova, teve o filho, separou-se do marido, e depois, no meio de um segundo casamento que não estava dando certo, engravidou acidentalmente de novo, teve o filho, separou-se. Se serve de consolo, ela está terminando o doutorado, passou num concurso, e está pra se mudar de cidade com os dois filhos, que ela ama muito. Portanto, está tudo bem. Mesmo que nada disso tenha sido planejado. 
Mas quando conversei com essa psicóloga sobre a segunda gravidez acidental da minha amiga, ela disse que quase sempre os "acidentes" são, no íntimo, desejados. Não sei se concordo. Só tome cuidado para não estar repetindo um padrão. Acho ótimo que vc compreenda que muito do seu comportamento se deve a esse desejo de ter uma família, desejo que vem desse evento traumático que vc viveu na adolescência. Mas recomendo que vc realmente se cuide pra não engravidar de novo sem planejar. Isso quer dizer usar camisinha se for mudar de pílula ou se estiver tomando algum remédio que possa interferir com a pílula (e sei que pode acontecer, pois aconteceu com uma outra amiga minha e é bem comum).
Acho que, apesar de todas as dificuldades, vc está no caminho certo, porque sabe o que quer. Então se concentre em alcançar esses objetivos e combata tudo que possa te desviar deles (por exemplo, largar a faculdade pra não ter que ouvir maldades dos colegas). Boa sorte, querida!

62 comentários:

Marcelo disse...

O fato inegavel é que a 'familia' é uma instituiçao falida.
Essas 'familias de margarina', 'familias felizes' sao ilusao e as pessoas hoje em dia estao despertando dessa ilusao.

Mesma coisa a gravidez. Que na maioria das vezes é onde começa essa ilusao de 'familia normal'.

Beatriz disse...

Tenho uma grande amiga que engravidou aos 17 anos. Todo mundo apontava o dedo e julgava, e ela sofria muito, as amigas e a mãe q a ajudaram a superar. Meu mantra para ela era "estão te julgando pq? pq vc deu? todo mundo dá minha filha, só é hipócrita e não assume". Hoje ela está casada com o pai da criança, muito feliz, com uma menina linda. Estuda, faz td.

A Lola te deu bons conselhos. Acho bom vc buscar numa terapia se isso não é um padrão q vc provoca inconscientemente mesmo, pq acontece, mesmo q nao seja seu caso. E ah, minha psicóloga, que é tipo um mestre Yoda na Terra de tão sábia, fala algo q eu acho incrível. É assim: "não existe cero ou errado, existe o q vc consegue fazer. Isso é o certo pra vc". Então, respira fundo e viva de acordo com o q vc consegue e te faz bem. Quem te ama vai te apoiar. Quem não te ama, q vá buscar quem amar, aí não é problema seu.

aiaiai disse...

Primeiro, parabéns A. C. por ter priorizado o que vc quer ao invés do que os outros querem.

Vc pergunta:
"Quem deu o direito a elas de dizer o que é melhor pra mim?"

Acho q vc sabe a resposta. Foi você mesma q deu esse direito às pessoas, porque vc se importou com o que os outros pensam de você. Na primeira gravidez vc deixou o seu medo de ser "mal vista" pelos outros decidir o seu caminho.

As pessoas pensam e dizem muita coisa. Mas elas não têm o poder de mudar o rumo da nossa vida, nós temos. Isso a gente tem que aprender e reaprender a vida toda. É difícil, as vezes é solitário, mas é bem melhor se arrepender do que vc fez porque quis, do que se arrepender do que fez por causa das "outras pessoas".

Joana disse...

Querida A.C., continue sempre atrás dos seus sonhos, por mais difícil que pareçam. Sei que está preocupada com os comentários dos outros, mas procure se focar em planejar como será essa nova fase pra você, pois posso dizer que fácil não será. Ser mãe, fazer faculdade e grávida é sim muito difícil. Mas conheço duas amigas na mesma situação que conseguiram e final do ano estarão se formando junto comigo!! Percistência sempre! Cuide dos seus filhos, e principalmente, se cuide! Assim como a Lola disse, acredito que você deve ser mais cuidadosa e se prevenir mais. É importantíssimo usar camisinha, apesar de se estar tomando anticoncepcional! Não esqueça jamais de lá! De resto, curta a vida e seja feliz, ela passa mto rápido! Felicidades pra vc!

Flavia disse...

Lola!!!
Acompanho teu blog há um bom tempo, mas nunca comentei! heheh
Adoro lê-lo, por sinal.
Mas passei aqui pra saber se tu assistiu o programa de Pedro Bial ontem e se tem algum comentário a fazer..

Beijo grande!

André disse...

Não fique ofendida, mas seu pai era mais falso que nota de 15. Onde se viu largar a família dessa forma. Em busca de uma suposta felicidade pessoal, as pessoas estão perdendo qualquer noção de compromisso.

Carol M disse...

Qd a gente se importa com oq vão falar da gente a gente vira prisioneira dessas pessoas.

Por mais que as gravidezes não tenham sido planejadas, seguir com elas foi uma escolha na minha minha opinião.

Mas realmente é bom tomar mais cuidado se não quiser uma terceira, talvez ver outro método mais seguro.

Anônimo disse...

Eu sei bem o que é viver com medo do julgamento alheio. Sofri muito por isso e tenho problemas até hoje. Sempre tentando deixar os outros felizes, medindo cada vírgula do que digo e faco.
Eu fui criada assim. Vim de uma família em que a "imagem" sempre foi mais importante que o bem estar, nao importa quanto infernal e insalubre fosse nossa vida. Na frente dos outros nós eramos a "família margarina", mas depois que as visitas iam embora e as portas se fechavam a miséria se instalava! Mas os vizinhos e familiares acreditavam na farsa - e isso era o importante!

Sabe, eu cresci. Apesar de ainda ter dificuldades em me livrar do julgamento alheio, eu liguei o f#%@-se pra muita coisa! Se eu nao pensar em mim mesma, ninguém vai! NINGUÉM! Alguns chamam isso de egoísmo - eu chamo de instinto de sobrevivência!
As coisas sao exatamente como a Lola disse no fim do post - SEMPRE vai ter alguém pra criticar, pra apontar o dedo, pra bancar o juiz.
Mas no fim dia, quem vai ter que conviver com as consequências das escolhas (boas e ruins) somos nós mesmos! Entao, escolha por você e para você... nao para os outros!

Anônimo disse...

A família e a base de todo ser humano, educar as pessoas para o desestímulo a família, não fará a sociedade melhor de forma nenhuma !!!

Juliana disse...

A.C., acho que tem muito a ver também com o tipo de opinião a que damos atenção. Imagino que, assim como tem gente pra falar mal, tem aqueles que buscam te apoiar e encorajar. Talvez sejam poucas, mas são as mais valiosas.

Por exemplo, eu, como homossexual, já passei por diversas experiências positivas e negativas em relação à minha sexualidade e como os outros lidam com isso. Embora as experiências negativas tenham sido mais marcantes, prestando atenção percebo que as positivas foram muito mais numerosas e que as negativas foram se resolvendo com o tempo (ou, nos piores casos, afastaram de mim pessoas que, por não me aceitarem como sou, não mereciam mesmo minha amizade e atenção). Acho que você está no caminho certo!

Iara De Dupont disse...

O problema na educação latina é a falta de foco,seria melhor as vezes ter a concentração de um atleta e entender que cada lugar exige um comportamento.
Entendo a reação da moça pensando na familia e nos amigos,mas sinceramente não na faculdade.Ela está lá para estudar e não para fazer social, deve se concentrar em ter boas notas e fazer o melhor que puder.
Acho um absurdo essa idéia latina que temos que lidar com nossa parte profissional como se fosse pessoal, ser amiga de colegas de trabalho, considerar pessoas da faculdade nossos irmãos, tudo isso é um atraso de vida, amizade acontece naturalmente , senão acontecer a vida segue,mas no trabalho ninguém é pago para fazer social .
É melhor manter um bom relacionamento,mas isso não quer dizer amizades.Se as pessoas na faculdade virarem a cara para ela porque está grávida problema deles, a única preocupaçao dela devem ser as notas e seu futuro na carreira .
Isso é uma linha de pensamento que atrasa o Brasil, pensar nos outros, ora não estamos mais em uma cidade de mil habitantes nem moramos em fazendas cheias de sinhás desocupadas! Se querem falar que falem, mas parar para prestar atenção é alimentar uma besteira.
A moça que se concentre na faculdade, nos filhos, no seu futuro, no seu namorado e quem quiser falar que fale, já está mais do que na hora das pessoas se libertarem do julgamento alheio como se levasse a algum lugar.
Ah e tem um detalhe, caso a moça precise de alguma coisa as pessoas que falam dela ou viram a cara não vão estar lá para ajudar viu ?Então se elas viram a cara, vire junto e cuide de sua vida.

Nina Levy disse...

Pelo relato dela fica gritante a hipocrisia da sociedade no tema aborto. Anticoncepcionais falham, todos sabem que isso ocorre. Mas se uma jovem de 20 anos resolve levar uma gravidez a termo, ela é condenada pela sociedade, tachada de irresponsável. E não a acham irresponsável pela gravidez apenas, mas principalmente por levar a gestação adiante, "atrapalhando" seus estudos, estragando sua imagem de boa moça solteira. O que a sociedade espera dela? Que ela faça um aborto e não conte para ninguém. Isso a sociedade acha certo. Desde que escondido e bem feito, o aborto é socialmente aceito, e até esperado. Mas, essa mesma sociedade, precisa manter a fachada, e por isso diz que ser contrária a legalização do aborto.

Voltando ao caso do post, ela pergunta: "até que ponto podemos ser influenciados pelas opiniões dos outros?" Bom, isso depende de cada um. Mas todos nós somos influenciados pelas opiniões dos outros. Não existe autoengano maior do que dizer que "não me importo com o que os outros pensam sobre mim". Todo mundo se importa, sim. Mas você está equivocada quando diz que todos da Universidade vão lhe condenar. Você está olhando para o grupo errado. Cabe a você escolher com que grupo se relacionar. Terão, sim, pessoas que acharão sua decisão corajosa e a apoiarão. Se preocupe com a opinião dessas pessoas e não com a dos outros.

Por fim, como a Lola bem disse, você deveria refletir um pouco e ver até onde seu desejo de família não te levou a essas duas gestações. Não é errado desejar ter uma família, de maneira alguma. Nem é errado decidir ter seus filhos. Nada disso é errado ou feio. É apenas uma questão de escolha. Mas você precisa trabalhar isso para saber lidar com esse desejo. E não por expectativas irreais nessas gestações, nesses filhos. Não permitir que essa busca por família ideal domine sua vida. Porque esse modelo de família ideal não existe. Não existe família perfeita.
Tente encontrar em você a resposta, o motivo dessas duas gravidezes. Será que foi apenas falha do método anticoncepcional? Talvez valha a pena você procurar um analista para te ajudar a encontrar algumas respostas, evitando assim repetir padrões.

De resto, boa sorte. É perfeitamente possível estudar, se formar, ter uma boa carreira e se destacar profissionalmente tendo filhos. Existem milhares de mulheres que conseguiram isso. E você também pode e vai conseguir.

Unknown disse...

Eu entendo sua situação. Sou gay e é bastante incômoda para mim a opinião dos outros. Minha sexualidade interferiu e ainda interfere em vários aspectos da minha personalidade e da minha vida. Sou muito tímido, e isso desde que me entendo por gente. Desde criança nutro o desejo de passar despercebido, algo que acabei levando para o âmbito profissional. Embora muitos digam que sou muito inteligente e eu sei que sou, minha necessidade de não ser visto acabou me levando a um cargo de bastidor no serviço público. Sou formado em Direito e, embora tenha vontade de me tornar magistrado, incomoda-me a visibilidade que esse cargo tem. Acho confortável fazer trabalhos excelentes que serão assinados por outras pessoas. Eles/elas recebem os louros da minha inteligência e do meu empenho; eu faço o que gosto sem o incômodo da aparecer demais, embora acabe fazendo menos do que posso por estar num cargo de menor estatura. Ocupo um bom cargo e recebo um bom salário, mas não estou exatamente onde quero estar, para fazer mais e para receber eu mesmo o reconhecimento pela qualidade do meu trabalho, e uma das razões para isso é o "Meu Deus, o que vão falar de mim se eu me tornar juiz?", como se não houvesse juízes gays no Brasil e no mundo. Como sou muito transparente e não tenho a menor vontade de me fazer passar por heterossexual, um cargo de maior destaque inevitavelmente me faria (ou me fará) sair do armário mais do que eu gostaria, com todas as consequências reais e imaginárias que uma maior exposição possa me acarretar. Bom, o que falei até agora talvez me desabilite a dar conselhos. Apesar disso, posso relatar as coisas que digo a mim mesmo pra me convencer a mudar de atitude e a lutar por aquilo que realmente quero. As pessoas mais importantes para mim já sabem que sou gay. Aconteça o que acontecer, digam os outros o que disserem, façam os outros que fizerem, eu nunca vou perder o apoio das pessoas que realmente gostam de mim e se importam comigo, e que que são as que realmente têm importância para mim. Então, valorizar demais a opinião dos outros, só me fará perder tempo e desperdiçar uma parte da minha vida. Você tem o apoio da sua mãe e do seu futuro marido. Além disso tem o filho já nascido e o que ainda vai nascer. As pessoas mais importantes já estão do seu lado. Apesar de ser difícil, é preciso lutar por se blindar à opinião dos demais. Além do mais, os que irão lhe criticar não sentirão na pele os efeitos de suas críticas. Nenhum deles vai dividir consigo os arrependimentos, as frustrações e demais sentimentos que você terá que aguentar sozinha se lhes der ouvidos. O melhor a fazer é realmente fazer o que você entende correto pra depois dividir suas alegrias com quem realmente importa.

Anônimo disse...

Concordo com a psicóloga sobre o fato de os "acidentes", no fundo serem desejados, sim. Por que,se uma pessoa não quer ter filhos MESMO, de jeito nenhum, ela não se contenta com apenas um método anticoncepcional, por mais "seguro" que digam que ele seja. TODOS podem falhar, não tem jeito, e as pessoas sabem disso.
Digo isso por experiência minha (e, agora, do meu marido tb). Não quero e nunca quis ter filhos, em hipótese alguma. "Acidentes" não são uma opção pra mim. Portanto, sempre combinei, no mínimo, 2 métodos de prevenção: pílula e camisinha, por ex. Até coito interrompido e tabelinha, que falham bem mais, já entraram na combinação com os acima (mas jamais sozinhos).
Como meu marido também não quer filhos, ele se vasectomizou (pros homens é infinitamente mais fácil conseguir a esterilização!). E eu uso DIU. E usamos camisinha.
Tudo junto e ao mesmo tempo. Pra não ter risco de falha...
B.S.

Ana Carolina disse...

Primeiro para o Marcelo, que disse que a família é uma instituição falida.

Família de homem provedor, mulher submissa e casamento indissolúvel faliu mesmo. Mas reduzir família a esses parâmetros é um erro, até porque família tem muitas formas, muitas composições e não existe instituição mais humana do que ela.

Maíra disse...

Oi A.C., oi Lola.

A minha família de comercial de margarina me fez ter pavor de ser mãe, porque eu sempre soube que não seria uma mãe perfeita...

Usei a faculdade, a pós-graduação e as condições financeiras, mesmo quando eu sabia que elas já eram mais que suficientes para ter um filho, como um escudo até para pensar nessa idéia!

Hoje entendi que adultos responsáveis pelas próprias escolhas criam filhos mais felizes que famílias perfeitas.
E que isso não tem nada a ver com um dos adultos ter passado seus genes para a criança.

E é por isso que eu sei que os seus filhos, A.C., serão felizes.

Ana Carolina disse...

Para A.C. (hey, também sou AC!)

Saber que isso aconteceu inconscientemente para recuperar uma família que você já teve é um ótimo começo, mas como já disseram, terapia seria bom até para que no futuro, na criação de seus filhos e na condução de seu casamento isso gere problemas graves para sua vida, saúde e sanidade.

Sobre a opinião dos outros... A opinião que realmente importa (e nem é algo tão absoluto assim) é a de quem está perto de você, de quem te apoia no dia-a-dia. Na verdade, as pessoas viram a cara para uma coragem que não possuem (a de ter, sim, outro bebê nessas circunstâncias), ou para que enquanto ressaltam "defeitos" dos outros as pessoas não reparem nas falhas delas. Vá de cabeça erguida pra faculdade e tenha certeza de que ninguém tem nada com sua vida e suas escolhas, se as pessoas se incomodarem, o problema é delas e não seu. Vá sem medo, se foque no curso, se concentre nos estudos e isso é o melhor que você faz. É difícil? É, mas é o que dá para ser feito.

Bruno S disse...

O que vou dizer bate com algumas coisas que já foram ditas aqui.

Engravidar duas vezes sem planejar em um momento de vida que não seria o esperado é algo que merece uma certa atenção.

Sobre a questão de se importar com o que as pessoas pensam e falam, concordo com a opinião da Nina. Não existe ignorar completamente as opiniões. O que dá para fazer é escolher que opiniões merecem sua atenção.


p.s. Lola, recebi o livro. Obrigado pela dedicatória.

Anônimo disse...

Assim como vc, Lola, também me preocupa até onde engravidar duas vezes sem planejar é uma escolha.. Tomar pílula é uma decisão da mulher e ela que vai ter que arcar com TODAS as consequências. Não entendo porque as pessoas não usam camisinha, sou totalmente contra o uso de pílula e só acho que deva ser usada em casos extremos quando a mulher tem algum problema de saúde. Sei lá, eu sinto que a pílula não liberta mulher, e sim a aprisiona mais. Ela liberta o homem que simplesmente não precisa se preocupar com nada, e mais uma vez a sociedade coloca mais peso nas costas da mulher. E das muitas histórias de gravidez não planejadas que eu já ouvi, muitas eram com mulheres que tomavam pílula e não que usavam camisinha.

Laís disse...

Se aborta, é uma vagabunda assassina que abriu as pernas e não quis assumir as consequências.

Se não aborta, é uma vagabunda desmiolada que não pensa no futuro.

Parece que estamos sempre erradas, né?

Eu não consigo ver NADA de condenável no comportamento da leitora. Desde que a escolha dela não prejudique as pessoas ao redor (e, pelo que li, não prejudica), ninguém tem o direito de julgá-la.

Como a Lola disse, só destacaria a questão da prevenção: se ela não quer ter mais filhos, é bom que tome maiores cuidados, como aliar camisinha e pílula. Dica que serve pra todo mundo, aliás.

Li S. Nascimento disse...

É realmente algo maravilhoso a força que tem as mulheres. Com tantas adversidades,com tantas pedras que temos que ultrapassar a mais só pelo fato de termos nascido mulheres.

Não duvidemos da força que temos, mulheres. Jamais.

Li disse...

não vou negar. o primeiro pensamento que tenho quando vejo uma aluna grávida na faculdade é "nossa! que hora ruim pra ela ter engravidado, como é que ela vai terminar a faculdade agora?"

mas quando vc consegue (e parece que até agora vc tem conseguido), vc é vista como uma heroína.

boa sorte e não desista :)

Tassi Bach disse...

Médico nenhum te fala que alguns medicamentos podem fazer com que a pílula perca a eficácia, até mesmo quando se leva esse questionamento a eles, eles respondem da forma mais imbecil possível: "Se fosse verdade, quem faz contracepção morreria de infecção!"
Enfim... Minha história é parecida com a da A.C., minha família era mais perfeita até o dia em que o meu pai resolveu dar um pé na bunda da família. Por mais que a relação seja entre "marido e mulher", trair a mãe dos teus filhos, pra mim, é como se traísse a família. Enfim [2]... Fiquei grávida aos 22 anos, quando fazia um cursinho para tentar a federal, e mau tinha começado a namorar o pai do meu filho. Pensei em abortar justamente por conta do julgamento, manter esse segredo e seguir em frente. Mas eu estava de 16 semanas, quase na metade da gestação, tinha passado por um aborto espontâneo não fazia meio ano, não queria passar por isso de novo. Se é taxada até de burra por ter engravidado sem ter planejado, mais ainda ter levado a gravidez adiante. Não me arrependo, hoje estou podendo cursar a faculdade, meu filho é feliz, inteligente e saudável e me enche de orgulho. Eu e o pai dele conseguimos vencer nossos traumas, medos e diferenças e redescobrir o amor um no outro e na nossa família. Estamos planejando ter mais um filho, talvez no meio da faculdade. Por que não? Pode atrapalhar um pouco, talvez eu tenha que fazer menos cadeiras, deixar o estágio de lado por um tempo, mas é perfeitamente possível. Ou não, ou esperamos eu terminar a faculdade. O que decidirmos não é do interesse de ninguém, a não ser de nós.
Mantenha o foco e seja feliz!

Anônimo disse...

Em primeiro lugar, parabéns pela gravidez e por ter tido coragem de enfrentar a sociedade. Isso não é fácil e só quem já fez sabe como é dificil estar nessa posição.

Bem, posso estar errada, mas uma coisa que ainda não foi comentada e que percebi em seu post é uma insegurança com relação ao aborto. Que a legalização possa dar os meios para que meninas abortem pelos motivos "errados" e depois se arrependam.

Sinceramente, não acho que isso se aplique. Hoje em dia, quem quer abortar, aborta - vc mesma disse que encontrou uma clínica. Tenho amigas que abortaram e que compraram o cytotec em farmácia, e a pessoa que vendeu ainda deu "instruções de uso". Então, a legalização apenas poderia salvar a vida de meninas que não tiveram nem tempo para se arrepender de um aborto.

Mas o meu ponto principal é que não podemos tirar o direito de escolha de algumas mulheres porque outras poderiam fazer uma escolha errada. Pressão da sociedade existe, é claro, e, embora nunca tenha passado pela situação, duvido muito que a maioria tome essa decisão de forma irrefletida. Mas não legalizar o aborto pq algumas mulheres iriam abortar por medo de serem julgadas (oq já acontece aos montes, imagino) é a mesma coisa que não permitir a adoção de crianças por casais de mesmo sexo porque essas crianças serão julgadas na escola.

Devemos mudar a sociedade, o pensamento patriarcal, para que essa mesma sociedade consiga olhar para uma mulher grávida sem julga-la como piranha ou inconsequente.

Luiz Prata disse...

A opinião alheia muitas vezes pode ser um saco.
Uma vez, há muito tempo, me vi defendendo uma religião em que não acreditava por causa de alguns amigos. Chegou um momento em que tive que "chutar o balde" e romper de vez com eles, sendo firme e inflexível nessa decisão. Não foi fácil na hora, foi uma discussão desgastante, mas depois foi libertador.

Ter em mente que os outros é que estão errados– e não você– ajuda bastante.

Beatriz disse...

Cara é. Sempre tomei pílula e nunca transei sem camisinha na vida. Não sei nem como é =D Me sinto mais segura assim.

Sil Teixeira disse...

Eu nunca imaginei que o anticoncepcional poderia falhar de tal forma! Acredito que muitas meninas nem saibam que ele pode falhar mesmo, acabam tendo relação (sem camisinha) quando trocam de anticoncepcional e engravidam, como aconteceu com a A.C. O problema é que na mente das pessoas quem tem que se prevenir é a mulher, como ela já tomou essa medida que é só obrigação dela, nunca vai engravidar. Capaz que se a menina sugerir usar camisinha também vai ser a "sem graça que estraga tudo", pois já toma anticoncepcional.

Também sempre usei dois métodos por nem pensar na possibilidade de engravidar. Pior é que um bom anticoncepcional é bem caro para a maioria das pessoas, as meninas que tem problema no ovário precisam mesmo só usar anticoncepcionais que não vão prejudicar o tratamento (meu caso). Não é todo mundo que tem acesso... Mas, como sempre, a culpa é da mulher se ela engravidou!

O aborto é SIM apoiado pela sociedade, mas feito escondido, com a mulher correndo riscos enormes e negando que tenha feito qualquer coisa. Isso é pura hipocrisia! Toda mulher conhece alguma outra que abortou, mas é muito melhor esconder, né?

Admin disse...

Eu acho que a Lola deu ótimos conselhos mesmo!

Realmente a sociedade é mega hipócrita e como acham que mulher é o bicho criado do cão, qualquer coisa que uma fizer ou não fizer é errado, quando é assim o melhor é tacar o Foda-c e seguir em frente.

Só quem "erra" é quem tenta, errar e acertar é relativo, então meu, não dê ouvidos a esse povo frustrado que só quer saber de apontar o dedo e corra atrás da sua felicidade!!! Se permita ser feliz, clichê mas muito verdadeiro!

Viver é isso ai, tentar, cair, levantar, começar tudo denovo.

abçs!

Anônimo disse...

A. C., com a minha mãe aconteceu quase a mesma coisa que com você. Engravidou duas vezes, ainda fazendo faculdade, formou-se grávida do meu irmão. Ela foi atrás, passou no concurso do Ministério Público quando eu tinha uns três anos acho e certamente foi julgada, porque você sabe que carreira de Promotora começa em cidades pequenas, salvo exceções. Quando eu tinha 4 anos, ela e meu pai se separaram. Imagine o escândalo há quase 30 anos!
Sempre tem alguém pra julgar os outros. Demorei anos para entender porque sempre fui a mais
gentil e educada das crianças que eu conhecia, mas acabei percebendo que era minha mãe fazendo o mesmo que você: cuidando que ninguém nos julgasse pelas escolhas dela.
Posso te dizer que eu fui uma criança muito feliz, uma adolescente muito festeira e sou uma adulta bem realizada.
Beijos e boa sorte!

Bruna B. disse...

"Eu nunca imaginei que o anticoncepcional poderia falhar de tal forma!"

Não, ele não pode. Acho ótimo que as pessoas que estão comentando indiquem o uso de métodos combinados (camisinha + pílula, por exemplo), mas me incomodou MUITO essa forma de desacreditar o contraceptivo oral. Não é normal que ele falhe e o índice de proteção dele, quando tomado da forma correta, é igual ao de um DIU (aproximadamente 0,1% em um ano de uso). Ele é mais seguro que uma laqueadura de trompas (1%), enquanto o índice de falha da camisinha masculina é de 8%.
O contraceptivo oral só falha quando tomado de forma indevida (caso da autora do guest post), ou seja, quando a mulher esquece de tomar, inicia a nova cartela no dia errado, toma medicamentos que diminuem sua eficácia, tem vômito ou diarréia logo após a tomada.


Pessoas, é imprescindível LER A BULA. Nela constam todas as informações necessárias para a administração correta do medicamento e suas interações.
Sei que precisamos martelar em cima do uso da camisinha (masculina e feminina) porque nenhum outro método nos protege das DST's, mas é muita irresponsabilidade ficar prestando desinformação por aí.


Desculpa ter saído do tópico, Lola, mas achei necessário esclarecer isso... tenho certeza que muitas moças que leram o guest post e os comentários já estavam a ponto de arrancar os cabelos com a possibilidade de alguma falha acontecer com elas. :P

Beatriz disse...

Off topico... sobre essa coisa de moral, bons costumes, fazer o esperado, alguém aqui já assistiu Deus da carnificina, do Polanski? Assistiu Lola? Eu achei tão bom!

Anônimo disse...

"Se aborta, é uma vagabunda assassina que abriu as pernas e não quis assumir as consequências.

Se não aborta, é uma vagabunda desmiolada que não pensa no futuro."

Concordo Laís, sempre a mulher é julgada.
Foda-se a sociedade.

A., boa sorte, deixe que falem.
Gostei mto do que vc escreveu, é a 1a vez q a Lola posta algo sobre o outro lado, de pessoas que não abortam e tbém são "repreendidas".
Parabéns pela coragem.
O que mais me tocou no texto foi que vc pensou em abortar por pressão da sociedade.
Imagino que esta dor seja comparável à das mulheres q querem abortar e não podem, mas no caso delas ainda tem o agravante que , além de serem julgadas por abortar, correm o risco das punições legais.

Liberdade e respeito, para todas.


Lana

Eliane disse...

Uma amiga de curso passou pela mesma situação. Antes de engravidar ela era super badalada, popular, ae engravidou de um colega de curso e todo mundo se afastou. Sobraram só os pais, alguns amigos. Ela foi em frente no curso, sempre com excelentes notas, teve o bebê, e foi indicada melhor aluna do curso. Ela me contou que foi muito difícil todo o julgamento, mas passou.
-----------------------------
Só complementando a Bruna: está disponível na internet os medicamentos antibióticos que interferem na eficácia do anticoncepcional. Com relação à troca de anticoncepcional, tem que ser obedecido o período de "repouso (usar camisinha)", de dias prescritos (geralmente são 7).

Anônimo disse...

Lola, tenho amigas que pensam em ter filhos com a produção independente.
E não tem apoio de ninguém (família e maioria de amigos) pra levar isso adiante, por causa do velho "toda criança precisa de um pai". Além das cobranças "vc é tão inútil que não consegue arrumar um marido para ter o filho do jeito normal"
Não sei se essas amigas vão ter filhos desse modo, ou se irão abnadonar a idéia.
Apoio emocional pois , finaceiramente, são pessoas com total condição de criar um filho.
O que vc acha? Conhece casos assim? Poderia abordar o assunto?

Sinto uma levez enorme por ter optado há muitos anos por não ter filhos.
Sei que tem muitas mulheres que sonham em ser mães e espero que todas consigam, semn ter que encarar um marido provedor modelo familia convencional pra ter um filho.

Bjos Lola!!


Lana

Ariane disse...

Gente, essa história do anticoncepcional, não sei não. Eu sou mega noiada com gravidez, e perguntei pra minha gineco sobre isso. Ela me disse que só fala sobre os antibióticos na bula porque as empresas não querem correr o risco de ser processadas.

Então, eu sempre tomei antibiótico usando anticoncepcional, e nunca tive problemas. Agora fiquei até com medo.

Admin disse...

Só há duas maneiras de não engravidar 100% garantido: não fazendo sexo ou sendo mascu, logo a segunda opção leva a primeira...hahaha

XD

Mas falando sério, eu não confio 100% em anticoncepcional, sei lá, pra mim remédio em geral é uma coisa que mais detona organismo do que de fato seja eficaz, (estou falando como um leigo total mesmo).

Então acho super razoável combinar o anticoncepcional com a camisinha.

E poxa, eu acho super suspeito esse papo de que fazer sexo com camisinha seja o mesmo de "chupar bala ainda na embalagem", não sei, dizendo como homem, pra mim não diminui em nada a sensibilidade do negócio, alguns amigos dizem que sentem a diferença, mas fico me imaginando até onde isso é apenas machismo besta.

Anônimo disse...

A pílula é sim uma das formas mais seguras de contracepção, mas eu acho injusto que só a mulher tenha que se preocupar com isso.
O ideal é sim que sejam combinados dois métodos (preferencialmente a camisinha, por prevenir doenças).
Além do mais, é importante que o parceiro também tenha noção de que é responsável pela contracepção, tanto pelo uso da camisinha, quanto pela ajuda com a pílula (deveriam se ligar nos horários da pílula e ler a bula).
O incoerente é cobrar a prevenção somente pelo lado da mulher, ainda mais quando vivemos em país que julga tão pesadamente as mulheres que optaram por fazer aborto.
é incoerente demais julgar mulheres que fazem aborto e, ao mesmo tempo, olhar com cara feia, ser grosseiro e imbecil com aquelas que seguem uma gravidez não planejada.
Ei? Não são essas mulheres que vocês chamam de "verdadeiras mães" e o escambau na hora de vociferar contra as que abortaram? Não são essas que vocês adotam como exemplo quando lhes convém? Aí depois julgam essas mesmas mulheres por estarem grávidas e manterem a gravidez. É muita incoerência e hipocrisia pra minha cabeça.

Bruna B. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sara disse...

A C tb te desejo toda a sorte do mundo, acho que vc tem sido vitima dessa paranoia de querer viver sem escutar criticas e saiba isso é impossível.
Não sei até q ponto foi difícil para vc tomar as decisões que tomou em face do que te aconteceu, e como vc mesma disse não era planejado, mas já que tomou sua decisão, siga em frente sem nem olhar pra traz, muito menos se importar com o que os outros dizem.
Espero que esse homem que esta com vc seja realmente seu companheiro, mas ainda que não der certo temos tantos exemplos de mulheres fortes, que levaram suas vidas e seus filhos sozinhos e ainda assim foram bem sucedidas.
O q vc conta sobre sua infância é apenas um dos motivos que me faz pensar que o casamento como conhecemos até agora em nossa sociedade esta falido, e pior gera muito sofrimento pra quem ainda espera pelos contos de fadas.
Vc parece que tem muita garra, tenho certeza que vai sair muito fortalecida de tudo o que esta passando.

Bruna B. disse...

Rubens e carolinapaiva


Reitero: é MUITO importante usar camisinha. Nenhum contraceptivo oral protege contra as DST's.
Só quis esclarecer: a pílula pode não ser 100% eficaz, só a abstinência é, mas ela é um dos métodos mais seguros contra a gravidez, quando tomada corretamente.

Carol M disse...

Concordo com a Bruna B. que o risco da pílula é ínfimo qd usada corretamente.
Mas, nós somos humanos e esquecer um dia ou outro, passar mal, etc, acontece. Acontece pra caramba pra falar a vdd. Combinar métodos é ótimo pra reduzir os riscos. Mas acaba que na prática um contraceptivo como o DIU acaba sendo mais eficiente por não dar margem ao erro humano, já que está dentro de vc e não precisa lembrar dele todo dia.

Carla disse...

A.C. bom, primeiro que se conselho fosse bom tava todo mundo vendendo aos montes.. hehehe
Em primeiro lugar eu te aconselho à buscar terapia. E não, terapia não é coisa de deprimido, de louco, de sei-lá-o-quê. Tenho uma amiga psicóloga que diz que o mundo seria bem melhor se todos fizessem terapia, porque é importante poder falar, poder colocar para fora aqueles problemas que nos afligem. Independente de tudo, acredito que você tem questões não resolvidas quanto à separação de seus pais e isso seria bem resolvido em terapia e te deixaria livre desse peso.
Em segundo lugar, acredito que você sabe todas as "verdades" mas falta um pouco você acreditar nelas. Tive uma prima que engravidou jovem (19 anos) e tinha o maior orgulho de exibir a barriga por aí! Faça isso também! Parece que você tem um bom relacionamento com seu atual namorado, pai do seu filho(a), que ele te apoia. Isso é importante! Se você tem apoio dentro de casa, falta você se apoiar, erguer a sua cabeça e assumir a sua felicidade e que essa felicidade não é da conta de ninguém.
Esse negócio de família tradicional está mais do que ultrapassada, felizmente até a sociedade já é bem mais tolerante em relação a isso (isso não quer dizer totalmente tolerante, mas é uma realidade comum, acontece com todo mundo). Eu vejo que, em parte esse julgamento de "fora dos padrões" é encontrado em você mesma, naquele modelo de família que seus pais tinham e que você almeja alcançar (não estou dizendo que a sociedade não julga). Mas veja bem, se esse modelo de família fosse infalível seus pais estariam juntos e felizes até hoje, e não estão.
Por outro lado, a pessoas julgam. Isso é fato! Elas julgam quem tem filho cedo e quem tem filho tarde. Julgam quem tem carreira, julgam quem decide ser dona de casa. Julgam as casadas e julgam as solteiras e julgam as separadas. Te julgam por ter o filho e te julgariam mais se resolvesse tirar. Então é escolha sua ouvir. É sério, não ouça, não fique sabendo, evite esse tipo de gente porque não te agrega nada. E, no mais, desejo que sejam muito felizes.

Anônimo disse...

O que a sociedade pensa de uma mulher que:

A) nao quer ter filhos - maldita, desalmada, egoísta, monstra, merece morrer, p#@%;
B) aborta - maldita, desalmada, monstra, egoísta, assassina, merece morrer, p#@%;
C)mantém a gravidez - irresponsável, inconsequente, burra, merece os maus tratos/morrer no parto, p#@%;

Por mais difícil que seja - e realmente é - o melhor que a A.C. (e todos nós) tem a fazer é mandar todos esses enxeridos para o raio que os parta! Eles nao pagam suas contas, nao criam seus filhos e nao assumem suas reponsabilidades na faculdade!
Nao caia na besteira de tentar agradar os outros pois 1) eles NUNCA estarao satisfeitos; 2) eles sempre vao achar algo pra te atingir.


No mais, reitero o que vári@s comentaristas já disseram (vale pra todos e nao custa repetir) - muita atencao com os métodos contraceptívos. Leiam a bula dos métodos hormonais e de todos os medicamentos que vierem a tomar. Usem a camisinha corretamente (elas também vem com bula, caso tenham dúvida). Usados corretamente é quase impossível ocorrer uma gravidez!
Sempre usei a combinacao pílula + camisinha desde meus 16 anos. Estou com 30 (junto do meu companheiro há 9), nunca me privei de sexo e nunca engravidei!

Aninha

Admin disse...

Bruna

Mas eu não disse o contrário...

Luiza disse...

Devo confessar que toda vez que vejo uma menina muito nova grávida ou alguém que não tem muita condição para criar uma criança, julgo isso como irresponsabilidade (da mulher e do parceiro). Grande parte das situações que presenciei nos últimos anos com amigas (e atualmente o caso aconteceu com meu irmão, que será pai), aconteceram por falha humana. A mulher esqueceu de tomar a pílula e o parceiro não era participativo e não sabia dos horários, ou parou de tomar a pílula e continuou fazendo sexo desprotegido, ou tomou remédios que influenciavam na eficávia e não se protegiam também.

Acho que nesse caso, a Lola soube aconselhar muito bem. Apesar de ser um caso complicado, no final a decisão da A.C e seu namorado é o que realmente conta, pois é o que os fará felizes e sem remorsos. Não deixe de estudar, é o que te fará seguir em frente profissionalmente e financeiramente! Concordo com a Iara quando ela comenta que no Brasil, os ambientes de trabalho e estudo são levados como clubes, em que parece que a pessoa tem que fazer mais social do que efetivamente trabalhar, e isso traz uma idéia de que todos tem o direito de se meter na vida alheia e interferir nela. Respira fundo e segue o que você acha certo.

Gosto do que a Bruna comentou sobre o terrorismo que fazem com a administração da pílula anticoncepcional. Devo assumir que logo que comecei a utiliza-la, parei de usar camisinha e desde então, nunca tive problemas (uso há mais de 3 anos com meu namorado, que é muito participativo nisso). Sei que talvez me arrisque em não utilizar um segundo método, mas não consigo pensar na lógica de tantas barreiras de proteção sendo que a pílula sempre foi tão certinha (nunca atrasei, deixei de tomar pílulas e quando faço uso concomitante com outros medicamentos que podem alterar, uso a camisinha)

Mariane disse...

Utilize a minha oração moça, que é o "FODA-SE" =)

É uma oração realmente poderosa... rsrs

Quanto mais você assumir quem você é, mais os outros perderão as "forças". Eles não vão parar de falar de você ou de qualquer outra pessoa (afinal, estamos falando de SERES HUMANOS, né? u.ú racinha maldita!). O que faz a diferença é sua postura diante da situação. Uma postura de FODA-SE kkkkkkkkkkk

Cynara disse...

Tenho 43 anos e um filho de 20,que mora com o pai.Esta semana meu filho ligou e disse que vai ser pai(não tem namorada,foi uma aventura)e é claro que foi logo tentando se explicar colocando a culpa na menina né? "Ela disse que tomava anticoncepcional".
Deixei bem claro ao meu filho ADULTO que se ele REALMENTE não quisesse pegar uma doença ou ser pai teria usado camisinha.Só isso.
Chega de colocar responsabilidade nos outros.

Sara disse...

Parabens Cynara, não tenho filhos só filhas, mas se tivesse um faria o mesmo q vc.

sabrina disse...

será q ninguem conhece camisinha? anticoncepcional n da 100% de garantia.

Lays, mãe e tudo o mais. disse...

Ter filhos é uma escolha pra vida toda, e acredito realmente que ninguém deveria ser pressionado a tê-los ou não tê-los.

Padrões, padrões, padrões. Parece que sempre são eles atrapalhando a nossa vida e nos fazendo infelizes. Somos infelizes porque a nossa família não segue o padrão "margarina-plano de saúde-cartão de crédito". Somos infelizes porque nossos relacionamentos não segue o padrão "revista-década de 50". Somos infelizes porque nosso corpo não está no padrão "Vogue"...

Em todos os momentos somos levadas a pensar que não é o suficiente. E no quesito "filhos" é pior ainda:

- se temos filhos e deixamos a carreira, somos acomodadas;
- se temos filhos e continuamos com a carreira, somos mães desnaturadas;
- se não temos filhos, somos egoístas.

E isso porque nem falei dos julgamentos relativos à maternidade, que ninguém pede, mas que sempre são dados de graça...

alice disse...

parabens, cynara. isso sim é ser mae de menino.

Ariane disse...

Parabéns, Cynara! É com mães assim que mudaremos o mundo :)

Blanca disse...

Anônima: "Como meu marido também não quer filhos, ele se vasectomizou (pros homens é infinitamente mais fácil conseguir a esterilização!). E eu uso DIU. E usamos camisinha."

Algupem me tira uma dúvida?

Pra que usar DIU se o homem já fez vasectomia? Camisinha eu entendo. DST e tal. Mas DIU?

Ana Cabral disse...

Na minha humilde opinião:

1) você realmente queria ter esses filhos. Concordo com o que a psicóloga diz sobre o ''acidente''. Pode nao ser desejado conscientemente, mas os padrões já falam tudo.

2) Camisinha, chapa. Como diria um professor meu: só engravida quem quer.

3) Não se importe muito com o que os outros pensam, isso só vai enlouquecer você.

Antônio Nobre disse...

Creio que a Bruna B. se equivocou um pouco.

Ela disse que:

1) no cenário ideal da pílula, quando usada corretamente, o índice de falha é de 0,1%. Ok, que cenário é esse?

Camisinha 8% de que? De estourar e, por conseguinte, a mulher engravidar?

Mas se formos analisar da mesma forma que o contraceptivo, no ''cenário ideal'' da camisinha ela não vai estourar, e nunca vi um espermatozoide saindo da membrana...

Pra ser bem honesto, nunca vi uma estourando, mas acontece. Creio que o que acontece é ela, em 8%, estourar.

Anônimo disse...

Blanca, pra esclarecer:
DIU pode falhar, camisinha pode falhar e vasectomia TAMBÉM pode falhar! Existe um risco, e não é muito pequeno, dos canais seminais se religarem espontaneamente.
Você pode até pensar "Ah, mas é um risco tão pequeno..." ok, mas, por menor que seja NÃO É ZERO!
Como eu falei, pra nós 2, engravidar NÃO É UMA OPÇÃO. Mesmo que o risco seja 0,001%, ele ainda existe e o preço que nós 2 pagaríamos, caso fôssemos "sortudos" em cair nesse 0,001%, é muito alto.
Preferimos "exagerar" na prevenção, e poder ficar tranquilos sempre, a correr o risco e aguentar as consequências pro resto das nossas vidas. ;)
B.S.

Anônimo disse...

Canais deferentes, não seminais, desculpe. Na hora me fugiu a palavra certa. :)
B.S.

Anônimo disse...

Concordo com a psicóloga. É pura verdade que a gravidez "acidental" é desejada pela mulher. Ela suspende o anticoncepcional em segredo, ou convence o homem a dispensar a camisinha, e depois passa o resto da vida mentindo para si mesma, dizendo que não queria ter engravidado.

Bruna B. disse...

Antônio Nobre disse...
"Creio que a Bruna B. se equivocou um pouco.
Ela disse que:
1) no cenário ideal da pílula, quando usada corretamente, o índice de falha é de 0,1%. Ok, que cenário é esse?
Camisinha 8% de que? De estourar e, por conseguinte, a mulher engravidar?
Mas se formos analisar da mesma forma que o contraceptivo, no ''cenário ideal'' da camisinha ela não vai estourar, e nunca vi um espermatozoide saindo da membrana...
Pra ser bem honesto, nunca vi uma estourando, mas acontece. Creio que o que acontece é ela, em 8%, estourar."





Não, eu não me equivoquei. O índice de falha dos contraceptivos orais, desde que administrados de forma correta é de 0,1%.
Fontes: http://www.gineco.com.br/tudo-sobre-anticoncepcionais/seguranca-anticoncepcionais.html
http://mariaamora.wordpress.com/2011/03/23/metodos-anticoncepcionais/

"*Índice de falha é calculado na porcentagem de mulheres usuárias do método que podem engravidar durante um ano de uso em cada 100 mulheres."



E calma lá, amigão, não estou numa cruzada contra o uso da camisinha. Muito pelo contrário, acho que o uso dos dois métodos deve ser feito de forma concomitante.
O que eu quis ressaltar é que os contraceptivos orais não são vilões, que eles falham de forma mais extensa quando mal utilizados pela mulher. Métodos considerados como mais seguros, segundo a crença popular, como a laqueadura, a vasectomia e a camisinha têm maiores chances de falhar.



Em outro local achei os seguintes dados:
-Eficácia do preservativo contra o HIV: Segundo o estudo, 99% no seu uso ideal (faltam dados referentes ao uso típico).
-Taxa de ruptura: 1 a 13%.
-Falha na prevenção contra outras DSTs: Clamídia e Gonorréia: 20 a 40%. HPV, herpes, e trícomoniase: Até 70%.

Fonte:
http://sognarelucido.wordpress.com/2008/05/12/preservativoa-prevencao-deve-ser-feita-mas-nao-e-100-eficaz/

Graziele Zahara disse...

A.C., espero que você seja uma excelente advogada! Sucesso e boa sorte!

Pamela Moreli Benoni disse...

Oi querida!
Danem-se os outros... seja feliz! Viva a SUA vida. Pronto.
Abraços!!

Cris Severo disse...

Entendo que as pessoas apontem vc quando engravida muito nova, como foi o caso do seu primeiro bebê, aos 19 anos. Mas aos 23 anos?? Sério que alguém ainda aponta uma mulher adulta que engravida aos 23 anos? gravidez agora é motivo de vergonha?? Será que não é a sua postura perante a gravidez que acaba fazendo com que os outros a vejam como um problema? Gravidez é uma coisa linda, e é essa imagem que vc deve passar para aqueles que criticarem, questionarem ou julgarem vc simplesmente por estar grávida. Minha amiga engravidou no último semestre da faculdade, ela só não se formou grávida pq o bebê nasceu uns dias antes da formatura dela, mas os colegas da faculdade adoravam a criança, nunca criticaram minha amiga pq ela estava grávida, muito pelo contrário, havia duas grávidas na turma, minha amiga e outra aluna, e a turma decidiu marcar a data da formatura com base no dia do nascimento dos bebes, ou seja, a formatura só ocorreria depois que os bebes das duas nascessem. Você já é uma mulher adulta, independente, não é mais uma menininha, encare a gravidez como um ciclo normal da vida e transmita isso pros outros. Espero que eles acabem percebendo que mulheres engravidam e isso não é uma doença ou um motivo para terem preconceito.