sexta-feira, 6 de abril de 2012

CRÍTICA: JOGOS VORAZES / Futuro não tão distante

Pedro Bial apresenta a participante gordinha do reality show

Desantenada que estou, só ouvi falar de Jogos Vorazes pelas polêmicas (ridículas) que causou. Já falo nelas. O nome me chamou a atenção porque gosto dessa palavra, voraz, se bem que se fosse eu num reality show com esse título, eu só seria voraz se fosse comendo chocolate. No resto do tempo estaria mais pra Jogos Avarentos, que talvez não atraia tanto público. Ahn, certo, as polêmicas. Depois das frases anteriores até essas polêmicas vazias passam a ser fascinantes. Uma surgiu porque um grupo de racistas americanos no Twitter reclamou que alguns personagens do filme eram interpretados por atores negros. Essa reclamação é absolutamente estúpida porque 1) não faz a menor diferença pra história a cor deles, e 2) no livro de Suzanne Collins (que ainda não li, mas tô morrendo de vontade de ler), enquanto que a narração não fala muito na raça de outros personagens, ela especificamente diz que Rue e Thresh têm a pele mais escura. Ou seja, mesmo a alegação que “no livro não é assim, seus infiéis!” não procede.
Quer outra polêmica absurda? A de que Jennifer Lawrence (a talentosa atriz que se revelou em Inverno da Alma, e que protagoniza Jogos) é “grande demais” pra interpretar Katniss. Ou seja, por ela não ser magérrima como a maior parte das estrelas de Hollywood, ela estaria meio gorda pra fazer uma personagem de um mundo faminto. E sem falar que ela é mais alta que seu par romântico (pelo menos um deles), como é que pode?! Daqui a pouco vão começar a se referir a Jennifer como atriz plus size, aguarde.
A outra polêmica é melhorzinha. Alguém no canal de TV ultraconservador Fox News se queixou que o filme ensina as meninas a serem violentas e pouco femininas. E o pior é que é verdade! Só que eu, como feminista, só tenho a celebrar quando camisas de força de gênero (o que é ser feminina pra você? É ser quietinha, passiva, arrumadinha, decorativa?) são destruídas. E sim, isso acontece no filme. Portanto, só esse motivo já é suficiente pra você que está com o pé atrás com Jogos correr pro cinema.Só um pouquinho da história, pra quem está tão desatent@ quanto eu. Em algum momento de um futuro distópico (e eu adoro distopias, o oposto das utopias), uma capital controla doze distritos. Na capital há fartura, muito tempo ocioso, alta tecnologia. E os distritos são paupérrimos e parecem cenas da depressão americana dos anos 1930. Uma metrópole super rica dominando e explorando todos os pólos a seu redor? Pois é, conhecemos o enredo. Só que, 74 anos antes, houve uma revolta dos distritos contra o império. E, pra variar, o império ganhou. Então, pra comemorar a versão dos vencedores, todo ano são sorteados uma garota e um garoto (entre 12 e 18 anos de idade) de cada um dos distritos. E esses 24 jovens lutarão até à morte. Com tudo transmitido pela televisão, é claro.
Não há dúvida pra mim que Jogos Vorazes faz uma crítica feroz à indústria do entretenimento e ao imperialismo. Por exemplo, um dos distritos menos desfavorecidos treina suas crianças desde pequenas para competirem. Daí, qualquer uma que for sorteada será uma das favoritas pra ganhar a competição. Dá pra fingir que as oportunidades são iguais pra todos os jovens de todos os distritos? Quando uma mulher da organização diz para os Tributos (é assim que são chamados os sorteados) do distrito 12, “Mas eles [do distrito privilegiado] não podem comer sobremesa hoje, e vocês podem”, parece aquele clichê da Maria Antonieta, “Por que não comem brioches?”O filme inteiro é feito pra gente empatizar com a heroína Katniss (o nome me lembra catnip, a erva que faz os gatos ficarem locões), com o distrito mais pobre, e pra torcer contra o sistema. Tanto que a única cena que me fez chorar não foi a da morte de algum Tributo, mas aquela em que uma rebelião começa a acontecer. O presidente Donald Sutherland é claramente um vilão, ainda que ele tenha frases interessantes. “Você gosta de fracassados e zebras? [Como traduzir underdogs?] Nos distritos está cheio deles”, diz ele a Boninho, o diretor do programa de TV (aqui interpretado por Wes Bentley, que parece ser lindo demais pra fazer qualquer papel que não seja de malvado. Ele fez o rapaz esquisitão de Beleza Americana, o que vendia catnip ao Kevin Spacey). Tá, não é exatamente o Boninho, porque todos os diretores de todos os BBBs e Survivors do mundo devem ser iguais. Mas que o Stanley Tucci (como apresentador do programa) me lembrou o Pedro Bial, ah, isso lembrou. Pena que o Stanley não faça longos discursos filosóficos pra justificar a “eliminação” de um dos participantes, senão seria idêntico.
Ish, este texto já tá longo demais. Vou precisar de outro post pra tratar das influências e inspirações de Jogos, e mais um só pra tratar da questão de gênero, que obviamente é uma questão riquíssima num filme como esse. Prometo pra próxima semana. Enquanto isso, dá tempo de você ver o filme pra depois não reclamar de possíveis spoilers.
E o que é aquele Lenny Kravitz (que faz o técnico de marketing da Katniss)? Eu quero um pra mim! Ele e a super pomada que cura todos os machucados em questão de segundos!Tributos mais iguais e letais que os outros. O carinha de trás é Jack Quaid, filho de 19 anos de Meg Ryan e Dennis Quaid (parece com o Dennis, não?).

102 comentários:

Veronica Maciel disse...

E eu que achava que era filme de uma garota lutando ao lado de uma paixão dela? Gente...

Anônimo disse...

que filme idiota, n tem a menor chance eu pagar pra ver essa merda.

Letícia Alves disse...

Gostei da história justamente pelos elementos que você descreveu. Eu já escutei de um cara uma vez, que eu era diferente das outras mulheres, por assistir e ler livros "violentos".

Adorei e larguei o babaca pra lá.

Esperando os outros textos, não importo com spoilers, pois não sei quando terei tempo para ler ou ver o filme.

Carol NLG disse...

Eu sabia que a Lola ia gostar desse filme. Leia o livro, sério!

Sobre a Katniss ser não-esquelética, o próprio livro explica. Como ela sabe caçar, ela pensa, ao conhecer os outros tributos, que está em melhor forma que os demais.

O que eu mais gosto na protagonista é que ela não tem o ideal de vida que toda heroína parece ter: não quer nem pensar em casamento, e tem ojeriza à idéia de ter filhos. Ah, ela é forte, sabe se virar, e não quer e nem precisa de homem pra salvà-la! Acho que é por isso que alguns estão incomodados ;-)

Anônimo disse...

Ler livro violento reduz o QI

Blanca disse...

Não é só você que acha que katniss parece com catnip, lolinha. No livro, Katniss diz que ao se apresentar ao gale pela primeira vez, ela falou o nome baixo demais e ele entendeu Catnip. Esse é o apelido dela, e Gale até a chama assim uma vez no filme, que eu me lembro.

AAAAH! Jogos Vorazes não é MUITO. BOM? *-* Que bom que você gostou! Sabia que ia gostar!


*sutando de emoção*

Vamos ver se dessa vez as meninas se inspiram em uma personagem feminina decente, como a Katniss, e não em uma como a Bella, de Crepúsculo. :P


O livro é muito bom, btw. Se tiver tempo, leia!

blackstar disse...

A mídia está vendendo como o novo Crepúsculo, mas não tem nada a ver, exceto que é um filme baseado num livro com protagonista feminina. Os livros são ótimos, a Suzanne Collins não resume a criticar a sociedade de consumo, mas a maneira como as pessoas lidam com informação em geral.

Com relação ao filme, a única coisa que me decepcionou um pouco foram os efeitos especiais. O livro está todo na tela. E mal posso esperar para 22 de novembro de 2013, quando estréia a parte 2.

Anônimo disse...

Esqueceu de outra polêmica, Lola. As semelhanças com Battle Royale.

Anônimo disse...

Leia os livros, são muito bons.
A única coisa parecida com Twilight é que ambos são classificados como YA, e só.

O final da saga, que vai acontecer com o terceiro filme, é surpreendente.

Eu também amo distopias, Lola. Sugiro UNWIND. Fala sobre o aborto no futuro e como o problema foi "resolvido". Também é classificado como Young Adult, mas com um conteúdo talvez não tão adequado para 12 anos. O livro não é tão famoso mas vai virar filme. Recomendadíssimo.

Koppe disse...

"um dos distritos menos desfavorecidos treina suas crianças desde pequenas para competirem. Daí, qualquer uma que for sorteada será uma das favoritas pra ganhar a competição."

Na verdade, pelo que entendi, nem precisa treinar todas as crianças. Elas podem se voluntariar, como a própria Katniss fez, então eles treinam só alguns jovens e esses jovens se apresentam como voluntários. Não li o livro, mas pelo que se deduz do filme, o sorteio só acontece por falta de voluntários.

No mais, pode parecer meio chocante a idéia de mandar 24 jovens para morrer... mas no mundo real às vezes mandamos milhares, não é isso a guerra?

Juliana Pires disse...

Eu adorei o livro, ele é realmente forte e emocionante, eu adoro distopias e parece até que elas estão na moda, pois a quantidade de livros que estão sendo lançados com esse tema é enorme, mas nenhum é tão bom quanto jogos vorazes. Há a parte do romance sim, mas a critica a sociedade é muito maior e importante e eu gosto muito da personagem da Katniss - que por acaso tem o apelido de Catnip - ela é forte, determinada, mas também é indecisa e comete erros, ela não é perfeita, ela é real. Eu não consigo deixar de associar os jogos ao BBB, por que a dinamica é a mesma.

Mica disse...

Gostei muito do filme, embora não tanto quanto do livro, pelo motivo óbvio: raramente filmes conseguem ser tão profundos quanto sua contraparte literária. E enquanto no livro conseguimos 'ouvir' as motivações de Katniss, as desconfianças, a forma como ela entra no jogo como lê os outros participantes e os telespectadores (e patrocinadores), e, principalmente, como toma várias atitudes notadamente para desafiar a Capital e a sua supremacia, no filme não conseguimos ter esta clareza de propósitos tão explícita.
Mas eles fizeram um ótimo trabalho adaptando Jogos Vorazes, a Jennifer é uma atriz fantástica (e linda! sem falar que é super natural...já viu as entrevistas dela?) e mesmo eu não gostando do ator (é antipatia pessoal) que faz o Peeta, não posso negar que ele fez o personagem super bem e até conseguiu me conquistar.
Uma coisa que o filme deixou mais claro para mim, foi como as outras crianças, tributos de outros distritos, embora sejam de 'carreira' e se voluntariem, no final das contas são todos vítimas do mesmo sistema. É a lei do matar ou morrer. No livro isso é demonstrado, óbvio, mas como vemos os tributos pelos olhos de Katniss, não temos a oportunidade de simpatizar tanto com aqueles por quem ela antipatiza e no filme eles se tornam adolescentes de carne e osso para nós, o que nos permite até mesmo sofrer com as mortes dos tributos de carreira.

Anônimo disse...

eu nao tinha ouvido falar, mas depois que li o jezebel falando dele, fiquei com vontade de ver. e seu post me deu mais vontade hehe

Gabriele disse...

Ainda não vi o filme, e estou na metade do livro, mas já sinto que posso dizer que Jogos Vorazes tem uma história bastante surpreendente e envolvente. A Katniss é uma personagem super interessante, de personalidade bem realista e marcante. Não me admira que deixe algumas pessoas incomodadas.
Até é engraçado ver gente chamando a atriz de gordinha, pq no livro a Katniss tem várias críticas sobre as pessoas da capital que querem sempre parecer magras e jovens, enquanto no distrito dela onde tantas pessoas passam fome e morrem jovens a percepção é bem contrária.
Outra coisa que andei lendo é que JV está chacoalhando um pouco a indústria no que se refere a gênero, pois muitos apostavam que a série não seria atraente para garotos por ter uma protagonista mulher, e um livro narrado em primeira pessoa por essa protagonista. E não é isso que está acontecendo, a série tem tido sucesso tanto entre garotos quanto garotas, acho um impacto bacana na indústria do entretenimento.

Anônimo disse...

Os tributos dos primeiros distritos são chamados de "carreiristas" eles são bem alimentados e treinados desde pequenos até o dia dos jogos vorazes.Eu achei o filme bem ruim,o ator que interpreta o Gale ficou extremamente sem personalidade *mesmo com participação pequena no primeiro livro,ele é bem mais carismático que no filme* O haymitch do filme tava muito light,ele é bem mais cuzão no livro apesar de no fundo beeeem lá no fundo ter um bom coração e ele realmente consegue os melhores patrocinadores pra Katniss dentro dos jogos.O Peeta do livro é bem amável e sempre meio que dependente da Katniss,mas não é nenhum babaca machista,ele realmente sempre sentiu algo especial por ela e isso se evidencia durante os jogos.Eu chorei durante 30 minutos a morte da Rue no livro,é muito mais densa,triste e simbólica do que no filme *apesar da atriz que fez a Rue ser uma gracinha*.O Cato é muito mais mortal no livro,até a cena de entrada na cornucópia é sangue sem fim.O Cinna do livro é parecido com o que o Lenny Kravitz se mostrou no filme,só que achei ele mais carinhoso no livro.O final do filme ficou uma porcaria deram um ar de romance barato a la crespúsculo sendo que no final do livro é tudo muito melancólico e doloroso.Outra coisa péssima foi terem cortado sobre o pai da Katniss,ele foi muito importante na vida dela.A mãe da Katniss no livro na despedida dela pra capital,a Katniss dá uma bronca nela e diz que ela TEM que se reerguer pela Prim,a mãe dela segura ela pelo braço e fala "eu estava doente" e numa troca de olhares promete cuidar dela mesma e da Prim.O livro é infinitamente melhor do que o filme xD mas o filme é um bom tira gosto pra quem não conhecia o livro.

Ana Paula disse...

Ei li que a autoa teve a idéia enquanto trocava de canais na TB. Em um deles passava um reality show, no outro reportagens sobre a guerra no Iraque. E a idéia dos jogos tb se baseou nos jogos romanos que qdo a populaç
ào estava na miséria, fazia os campeonatos de gladiadores ~(ou seja, jogos muito volientos) pra distrair a população.

Ana Paula disse...

TB = TV

lola aronovich disse...

Gente, que interessante tudo que vcs estão dizendo sobre o filme e o livro. Tô morrendo de vontade de ler o livro e de ver o segundo filme, que ainda vai demorar pra chegar. Sobre o que o Koppe falou (obrigada, Koppe, recebi seu email!) de alguns distritos treinarem não todas as crianças, apenas os “carreiristas”, é isso mesmo? Porque eu havia entendido que a Katniss havia sido a primeira voluntária de todas. Ou eu entendi mal? E no livro diz alguma coisa sobre mulheres ganharem os jogos em outras edições? Ou da idade dos vitoriosos? Porque, pra mim, parece muito mais convardia uma pessoa de 18 anos, grande, desenvolvida, madura, lutar com um pré-adolescente de 12, que homem lutar com mulher.
Juliana, pois é, eu ouvi o cara chamá-la de Catnip, mas pensei que houvesse escutado errado. Que legal!
Mica, confesso que no começo achei o Joss Fulano de Tal (o ator que faz o Peeta) estranho, mas ele vai crescendo no filme, passa a ter várias nuances. Não é um personagem fácil! Gostei dele.
(E aproveitando pra peguntar pra todo o pessoal que leu o livro – SPOILERS –, tem a ambiguidade que tem no filme sobre a Katniss se envolver com o Peeta, e vice versa? Porque eu achei ótimo no filme que a gente nunca tem certeza da paixão do Peeta pela Katniss, e muito menos da reciprocidade dessa paixão. Como é no livro? Vago assim?)

Anônimo disse...

Vcs deviam era ter vergonha de estar incentivando essa violência toda ao invez das pessoas sentarem e resolverem suas diferenças no diálogo como pessoais calmas ecilivizadas.

Malagueña Salerosa disse...

Olá, li a sua critica até o ponto em que não revelou o enredo, pois ainda não li nenhum livro e muito menos assisti ao filme (esse só depois do livro)[risos]. E no pouco que li da critica, isso aqui me chamou atenção:

"Alguém no canal de TV ultraconservador Fox News se queixou que o filme ensina as meninas a serem violentas e pouco femininas."

Que ótimo, né?! Pois eu detesto heroínas que mais parecem objetos decorativos, com roupas absurdamente pequenas, seios enormes em super decotes - que aliás, é a única coisa SUPER nelas - , cintura estilo "tirei uma costela", perninhas e bracinhos de grilo. Elas praticamente estão lá só para pagarem de gostosas. Esses filmes e desenhos com essas heroínas têm mais 'fan service' que enredo. Hentai/porno disfarçado. Chega disso!

Alguns exemplos de heroínas que não não se encaixam no padrão "heroína fan service":

Korra, do desenho "Avatar: The legend of Korra" - EUA:

http://www.youtube.com/watch?v=zGaJs1grcyw&feature=fvsr

Balsa, do anime "Seirei no Moribito" - Japão:

http://www.youtube.com/watch?v=2ceMpmUt9u8

Todas as guerreiras do anime "Claymore" - Japão:

http://www.youtube.com/watch?v=ecbBk9xU9B0

Youko Nakajima, do anime "juuni kokuki" - Japão:

http://www.youtube.com/watch?v=AfUQnUY0uIU

Mukuro, do anime "Yu Yu Hakusho" - Japão:

http://www.youtube.com/watch?v=KtNNy-x954w

E tantas outras...

Que eu me lembre nenhum desses animes tem fan service das heroínas, elas lutam de igual para igual com os personagens masculinos chegando a supera-los em técnica e força bruta.

Há uma nova animação de uma heroína nesses moldes, da Disney chamado "Brave".
Trailer aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=TEHWDA_6e3M


Tomara que os produtores, diretores e roteiristas invistam mais nesse tipo de heroína.

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Agora sobre Battle Royale x Hunger Games.

Critica boa dos livros que deram origem aos filmes, aponta as semelhanças e diferenças "Hunger Games e Battle Royale (li o manga)" sem contar o enredo:

http://www.nemumpoucoepico.com/2011/12/battle-royale-versus-hunger-games/


Eu detestei o live action de BR. Não li o livro, mas li a versão em manga(rico em detalhes) que tem completa traduzida disponível para download e é superior ao live action.
Além do mais, sou da seguinte opinião; não me interessa se há algumas semelhanças no enredo. Pois eu curti BR, e gostaria de ler um livro nos mesmos moldes. Acho que quem curtiu o BR só tem a ganhar lendo HG.

Anônimo disse...

anonimo, eu tb n gosto de violencia. mas é um filme de fantasia. sobre pessoas submetidas à violência onde o opressor nao da espaço para dialogo. oq vc sugere? imagina o harry potter indo bater um papo com o voldemort?

Anônimo disse...

Assisti ao filme semana passada, ocasionalmente, sem ter noção do q sobre falava e acabei impressionada.
Tanto com as semelhanças que existe com que acontece atualmente, em relação a governo e a mídia, qnto com o fato de imaginar que isso está pro vir realmente. O momento em que as pessoas vão se divertir a custa da morte de crianças e adolescentes, e isso com consentimento da massa!

by: Karla Rodrigues

blackstar disse...

O livro é vago sim, Lola. Não fica claro nem de quem a Katniss gosta, e se ela realmente está apaixonada por um deles.

A Katniss foi a primeira voluntária do distrito 12. Tem distritos que preparam as crianças desde cedo, pq o distrito vencedor ganha muitas regaias. Geralmente eles são mais velhos, e no dia do sorteio, eles se voluntariam no lugar de quem quer que seja.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sarah Amethyst disse...

Lola, no livro acontece essa ambiguidade sim. [SPOILER]Niguém nunca sabe se o que a Katniss e o Peeta falam um pro outro durante os jogos é apenas um jogo pra impressionar a capital ou é real, ou se é algo que começa falso mas cresce nos dois, e isso persiste bastante nos livros. É tudo bem construído, com personagens como Haymitch incentivando os dois a atuarem para ganhar a simpatia do público que os assiste. Temos cenas de Katniss com Gale, momentos com Peeta, mas tudo sempre muito conturbado pela Capital e pela imagem que precisam manter. A imagem que constroem de casal é o que salva a vida deles, então a grande dúvida até o segundo e terceiro livro é se eles a mantém apenas para salvarem-se, para desafiar a capital ou se é algo genuíno dos dois. [/SPOILER]

Sarah Amethyst disse...

Ah sim, e Peeta é sempre muito mais passional que Katniss. Ela sempre pensa na família, em como sair dos jogos, sempre com a mente de caçadora para sobreviver enquanto ele prefere manter suas morais intactas, e sempre cheio de sentimentos. Mostra isso no filme, bastante. A cena em que os dois estão na janela de noite, na véspera dos jogos é bem isso.

Samantha disse...

Eu já li o livro, mas não sinto a mínima vontade de assistir o filme e explico por que. Quando ouvi falar de Jogos Vorazes achei que seria ótimo, uma menina que lutaria contra tudo e todos para sobreviver. A mensagem no começo do livro é essa, Katniss é forte, sobreviveu e ajuda a família sobreviver, porém ao chegar nos Jogos tudo muda. Entendo que é um filme pra adolescentes, mas a sobrevivência fica de lado e entra em cena o par romântico. No meio da arena de sobrevivência tem todo um mimimi de somos apaixonados. A história de Katniss com a Rue é linda, mas Katniss com o Peeta me passa a mensagem de sempre, o importante é ter um namorado, o importante é estar apaixonado. Que diferença faz se é Crepúsculo ou Jogos Vorazes ? Jogos Vorazes é uma história "baseada em um mangá Battle Royalle,mas no final cai na mesma mesmice de todo romance sobrenatural de que se você tiver um par romântico do seu lado você sobreviverá a tudo. E pelo que me disseram o romance do livro é elevado à décima potência no filme. Eu esperava muito mais desse livro, queria uma Katniss realmente forte, mais focada e que esse mimimi de romance em tudo fosse deixado um pouco de lado, o que deixa mais parecido com o BBB do que com uma arena da morte.

Lisavietra disse...

Quando eu vi o trailer, eu pensei "ôpa! tem coisa aí!" Logo depois eu peguei, numa livraria, um livreto com o primeiro capítulo. E aí eu tive CERTEZA de que tinha que ver o filme e ainda ia querer o livro!

Eu achei o filme o máximo!
E não estou avaliando o quesito 'cinema' quando digo isto.
Eu achei o filme o máximo porque tem uma heroína feminina!
Como são os heróis dos filmes?
Bonitinhos, destemidos, vigorosos, hábeis, safos, se lançam ao perigo por 'amor', salvam a pátria e - principalmente - salvam a mocinha! (mesmo 'hoje em dia', que a mocinha ajuda ele um pouquinho, no último segundo o mérito final é dele e pronto).
Eu queria ver na telona do cinema uma NOVA proposta - são trinta anos vendo sempre a coisa ser apresentada de um único jeito... cansei.

Foi só por isto que eu fui assistir "Jogos Vorazes"!
EU QUERIA VER A HISTÓRIA SENDO APRESENTADA DE UM OUTRO JEITO.
E eu vi!
Não 'tava nem aí para os méritos e deméritos técnicos e artísticos...
Eu estava procurando OUTRAS PERSPECTIVAS.
Pois encontrei!

Lord Anderson disse...

Eu gostei do primeiro livro, a Katniss é uma personagem decidida, que cuidava da familia, que compreendida a situação critica em que ela e seu povo viviam.

Ela não é ingenua, sabe seus pontos fracos e fortes, planeja, não tenta agir como um personagem maluco de filme de ação que vai correndo pra cima dos inimigos.

Ainda não vi o filme, apenas as polemicas absurdas feitos pelos racistas, mas espero poder assistir logo.

Jac disse...

Olha, eu confesso que esse filme deve ser incrível por conta da história, mas me recuso a de alguma forma contribuir financeiramente para ele por conta de Battle Royale.

Quer vocês queiram ou não, o que chama a atenção em THG é o lance de jovens-numa-arena-para-se-matarem. E esse é o cerne de Battle Royale. THG parece trabalhar melhor as motivações do jogo e tal, mas ainda assim... cópia, né?

E eu tenho sérios issues com essa mania americana de pegar boas idéias de outros países não-tão-mainstream, enfiarem dinheiro até o rabo em marketing e venderem como algo incrível e americano (cof trilogia millenium cof os infiltrados).

Anônimo disse...

Lola, é permitido aos participantes formar alianças para matar um ou mais concorrentes. A Katniss e o Peeta formam essa aliança e durante o livro eles conversam muito sobre manter o relacionamento na sombra e deixar todo mundo pensando, querendo os dois até o fim. Tudo estratégia. Mas, claro, os dois acabam se apaixonando mesmo.

Anônimo disse...

same here, jac.

Lord Anderson disse...

Sobre Battle Royla.

Sim ,eles tem a mesma primissa, mas dai dizer que é copia é exagero.

Quantos filmes de ação não tem exatamente o mesmo enredo? e mangas e animes então?

Sem contar que extrapolando um pouco, podemos lembrar do filme o Sobrevivente, com o ex_Governator, onde tb temos uma sociedade opressora e um reality show onde pessoas lutam até a morte.

E até Stephen King escreveu um livro chamado a Grande Jornada, tb num futuro proximo onde jovens entram numa competição onde eles tem que ficar caminhando pela metade do pais sem parar ou seriam mortos por soldados.

enfim, ser um plot ja utilizado não impede a qualidade da obra, e sim a maneira que o filme é tratado.

Karoline disse...

Dei uma pesquisada no Google Imagens por Jennifer Lawrence e fiquei pensando "noooossa, que gordaaa!" hfusgfj

Sério. Não tinha prestado atenção nesse filme, mas sua crítica me fez querer assisti-lo. Vai já pra minha lista.

Aline Valek disse...

Lola, encontrei um texto que vale muito a pena ler. Ele questiona o suposto feminismo presente na história.

http://t.co/w0lRwtrr

bjs!

Lord Anderson disse...

E Lola, underdogs pode ser traduzido como vira-latas.

Anônimo disse...

E eu tinha certeza que você também iria comentar sobre terem mudado a cor da personagem principal. Confesso que adorei o trabalho da Jennifer Lawrence, mas a personagem era morena e requisitaram alguém branco pra interpretar o papel.

Um texto para ter ideia:
http://xalexiel.blogspot.com.br/2011/03/why-katniss-everdeen-is-woman-of-color.html

Becx disse...

Legend has it, que essa escritora " baseou " pesado, seu livro em uma obra de 1968 do stephen king ( não me lembro o nome agora) . Não li nenhum então não sei de fato se é verdade, alguém sabe melhor dessa estória ?

Dri Caldeira disse...

Será que esse livro/filme foi feito pra mim? Sou agressiva o suficiente pra ser taxada de grossa, luto com todas as minhas armas por aquilo que sonho e sou capaz de matar pra defender quem eu amo (eu mesma). Eu li o livro mas tava meio com medo de ir ver o filme, não vi o Senhor dos Anéis e fico sempre com o pé atrás de ir assistir e me decepcionar com a transição da história. Com relação a trocar cor de personagem, de escalarem brancos para fazerem papel de morenos ou negros e de insistirem no romance da Katniss com o Peeta eu lembro a vcs q isso é Róliude gente, grana, grana, grana, grana... E o mercadão rege essas regras, tem q ter um casal formado por homem/mulher, heroína branca (mas, se for herói, pode ser negro, vide os filmes com Will Smith). Mas de amanhã, Katniss não me escapa!!

Dri Caldeira disse...

Ah mas q boa lembrança!! Amanhã é sábado de aleluia, eu não tinha idéia de quem iria homenagear no boneco de Judas pra meter o pau nele e esse merda desse troll mascu me ajudou: vou fazer um boneco, com duas cabeças, uma vai ter a foto do Eng. Emerson e na outra a do Marcelo, no peito um cartaz dizendo: NÓS CRIAMOS O WELLINGTON QUE MATOU 12 CRIANÇAS! O boneco vai ter duas bundas tb, e em cada uma, vai ter um cabo de vassoura enfiado no c*! Obrigada troll mascu sancto!!

Anônimo disse...

inception tem a mesma historia de um anime chamado paprika e de uma historia em quadrinhos do tio patinhas antiga. nem por isso deixa de ser um filme foda. e o fato de ser uma produçao cara, q possibilita todas aqueles efeitos, deixa o negocio ainda melhor.

diziam q harry potter roubava ideia de varias mitologias e ate de senhor dos aneis. eu acho senhor dos aneis UM PORRE, mas amo harry potter. entao mesmo q nao seja a coisa criativa do mundo (e eu acho q é), foi bem feito e vale a pena ver.

no caso de jogos vorazes, eu ainda n vi o filme, nem li o livro, muito menos conheço a obra q estao dizendo ser a matriz da historia. mas fiquei curiosa e pelo oq dizem é bacana.

Priscila Boltão disse...

AWESOME F*CKING AWESOME MOVIE.
Eu tava DOIDA pra ler sua crítica Lola, pq eu tinha certeza q vc ia gostar. Eu assisti duas vezes e queria ver de novo, e ainda não li o livro, mas começarei em breve.
Eu achei tudo perfeito, mas claro, não li o livro pra achar ruim.
Muita gente disse que o filme tinha mais romance q o livro, q o final parece tudo bem. Eu discordo.
Eu achei muito claro que a Katniss não tava afim do Peetah, apesar de ele gostar dela, e que ela tava fazendo aquilo pra vencer o jogo com ele. Claro q ela gosta dele, mas não desse jeito. Achei q isso ficou mais claro naquele breve diálogo.
Peetah: O que acontece agora?
Katniss: Acho que agora nós tentamos esquecer.
Peetah: Mas eu não quero esquecer.
Katniss:...

E achei o fim do filme meio sombrio. O olhar do presidente ao coroar a Katniss e perguntar do mockingjay pin, ele saindo da sala ao ver o distrito recebendo ela, o nervosismo do Haymitch (ainda não sei escrever esse nome)... ficou mais com um tom de "f*deu" do que de esperança.

Sobre a Katniss herself... cara, eu virei fã. Primeiro, sobre a coisa dela ser considerada gorda (WTF, srsly?), eu fiquei reparando em como o corpo dela é bonito - exatamente pq ela não é gorda, mas tem peito, bunda, coxa, ela parece mais real, mais normal.
E que personalidade!!!
Adoro quando ela quer bater no Peetah por ter dito que gostava dela e achar que "fez ela parecer fraca". Ela é corajosa, e claro q parece "violenta", oq esperavam, q ela sentasse e esperasse o Peetah ganhar?
Ai, vou ficar por aqui pq se eu começar a falar da Catnip não paro mais. Eu nunca tive tanto orgulho de uma heroína de filme assim. Me faz sentir mais corajosa como mulher doq qualquer filme q já vi.
(Virei fã propagandista, no regrets)

Priscila Boltão disse...

Só pra citar oq eu li no tumblr e me convenceu a ver o filme:

"So let’s just get this straight…

Hunger Games has the 3rd biggest opening in movie history.
An action flick starring a girl.
Who isn’t an emaciated stick.
Who isn’t a princess.
Whose journey is motivated by her sister, not a man.
Who is not sexually used, abused, active or even objectified much.
3rd biggest opening in movie history. Spawning a franchise.
Let’s just… let’s just think about that.
Let’s just bask in the glow."
(eruditechick)

MOINTA EMOÇÃO.

Anônimo disse...

Bem... A Louise Nouvain contou alguns detalhes da história do livro que eu vi que estavam erradas e resolvi dar um toque. O distrito 12 teve 2 ganhadores, o único vivo é o Haymitch, que ganhou o jogo 24 anos antes na 50a edição dos jogos (o segundo livro explica melhor isso.)Outra coisa é que a colheita é feita entre Jovens de 12 e 18 anos de idade, e não 24. No primeiro ano que a criança entra, há apenas 1 papel com seu nome. A cada ano, aumenta um papel, assim uma pessoa de 18 anos tem 7 papeis. Você pode colocar seu nome mais uma vez no pote, em troca de uma quantidade a mais de óleo e grãos por um ano. Sendo que isso é cumulativo, então se você coloca seu nome uma vez a mais no pote quando você tem 12 anos, você vai receber 1 ano a mais de comida, mas seu nome vai aparecer uma vez a mais pelos próximos 6 anos (deu pra entender?). Assim, pessoas pobres geralmente tem seu nome em mais papeis, portanto é mais fácil um pobre ser sorteado.
Quanto a cor da pele, no livro diz que a Katniss tem cabelos pretos, pele cor de oliva e olhos cinzentos. Provavelmente, pela região onde esta localizado o distrito 12 (antigo Apatache), ela é mestiça de branco com indio (sua mãe e sua irmã são loiras no livro). Enquanto a Rue é descrita como tendo olhos e cabelos marrom escuro, portanto ela é negra né.

Anônimo disse...

Ok. LoLa... val lá www.Amazon.com e localize o livro, me comunique e seu livro chegará até vc com amor e carinho! É minha forma de reciprocidade por alguém estar me enviando quatro livros daí do Brasil, livros escolhidos por mim... e não me cobrar NADA... só de frete a pessoa (amiga virtual) gastou 70 reais !!!! quse caí da cadeira.

Anônimo disse...

Anônimo disse... 7 de abril de 2012 02:09
tá cheio de caras que sabem disso sem nem terem terminado o segundo grau e vc precisou estudar antropologia !!!!! em todo caso, já se vê que mulher não é seu forte, né? seu leite fica empedrado no saco escrotal?????
Lheres

Anônimo disse...

LoLa, eu acho muito sexy casais interracias... o contraste da pele branca com a pele ébano acho lindo. Só não acho legal qdo vejo um homem negro com uma loira vulgar, tipo Pamela Anderson pq parece que o cara não pode conseguir algo melhor... mas existem negros com mulheres refinadas brancas (loiras ou castanhas)e acho mesmo lindo. E o mesmo vale qdo a mulher branca classuda está com um negro refinado. Acho lindo mesmo. Robert De Niro só gosta de mulher negra e sempre achei lindas as mulheres dele. Ele já falou em entrevista que qdo um homem quer uma mulher de verdade há que ser uma negra. E isso me faz valorizar mais ainda o atoraço que ele é pois em todos os filmes ele é apaixonadíssimo por alguma atriz branca e a gente até pensa que é pura verdade.

Sorry se alguém achar que pareço elitista e/ou discriminatória na minha redação, mas depois de umas tantas e qtas Margaritas até que estou conseguindo coordenar bem as ideias... que o diga sex pistol, que visita o blog.

Augusto disse...

Fugindo completamente do assunto, eu vi essas fotos em um blog e achei lindas.

São modelos plus size e isso que tem que ser mostrado, elas são lindas demais.

Vou postar umas das fotos aqui para vocês darem uma olhada. Espero que gostem.

http://4.bp.blogspot.com/-wl_puDgEvQU/T3h3UI3wy3I/AAAAAAAABFY/Wf-xGqOH64s/s1600/Tara-Lynn-de-bolinha.jpg

http://4.bp.blogspot.com/-jJ_JLnrzjVY/T3h3VClwQEI/AAAAAAAABFg/Lic0BYYH1kY/s1600/Tara-Lynn-elle-magazzine.jpg

http://1.bp.blogspot.com/-vTV5qmVpp2A/T3h3a-VSFhI/AAAAAAAABF4/O92aH0D2fLA/s1600/Tara-Lynn-linda.jpg

http://2.bp.blogspot.com/-Iqi-DVCxQ4M/T3i7o_BuEeI/AAAAAAAABKA/97WV-uGtzZU/s1600/Ashley-Graham-sexy.bmp (OLHA O CABELO GENTE, QUE LINDO)

http://3.bp.blogspot.com/-9Kf0D5Ciqwg/T3i7Hje0dQI/AAAAAAAABJQ/s6TPR2xXoF0/s1600/Ashley-Graham-lingerie-bege.png

Anônimo disse...

Por falar em Hollywood e em como eles valorizam o "tem que ter romance" em filmes adolescentes, é só ver o que tentaram fazer com Harry Potter. Se não fosse os fãs ferrenhos e a própria autora, eles teriam mudado tudo e colocado Harry e Hermione juntos, um horror.
Aliás, Lola, se você já leu HP, poderia escrever sobre a Hermione, né? Forte, inteligentíssima. Se não fosse por ela, o Harry teria morrido no primeiro livro!

Liana hc disse...

Eu não li o livro nem vi o filme ainda. Só estou lendo críticas e escutando os comentários de quem leu e viu. E fiquei com a mesma impressão do que foi escrito aqui , link da Aline Valek.

Sempre tenho um pé atrás com estas histórias que aparentemente sejam libertárias para as mulheres, ou qualquer outro grupo desfavorecido. Quase sempre não são.

Eu vejo algo de muito insidioso neste tipo de abordagem. Fica a falsa sensação de que algo de bom aconteceu durante a história, mas no fundo continua refletindo o status quo. Lembrei do comercial da Bombril colocando homens como "imprestáveis" (pro serviço de casa) e mulheres como "fortes" (por fazerem o serviço de casa sozinhas). Foi uma falsa correlação com a ideia de autonomia feminina, mas ainda assim a maioria acreditou que o peixe que o comercial vendeu era fresco.

Enfim né, não sei se vou ler o livro, é um estilo que não me atrai muito, mas pretendo assistir ao filme. Há muito o que se questionar sobre a tal da "personagem feminina forte" que tem sido explorada pela mídia e principalmente em quais contextos ela costuma existir. No mínimo, é uma forma de entretenimento, só não sei se vou enxergar mesmo algo de feminista aí.

Lú disse...

Fui ao cinema ontem ver Jogos Vorazes, mas saí decepcionada. Várias coisas foram meio esquecidas e pouco trabalhadas, como o que aconteceu com o pai (e consequentemente, com a mãe) da Katniss? Ou ainda aquela rebelião que começou com a morte da menininha no distrito dela, o que aconteceu depois? parece que essa parte ficou esquecida no filme. Aquele menino do começo também, pareceu meio sem propósito aquilo, porque no fim ele não faz diferença nenhuma no filme.

Fora que, no fim das contas, a Katniss e o Peeta não fazem nada de diferente das outras edições (suponho eu): eles vão lá super assustados, mas na hora que precisa matam outras crianças e no fim ganham o jogo e benefícios pro distrito deles, ou seja, cadê a inovação? Fora algumas atitudes da Katniss, ela faz parte do sistema da mesma forma que qualquer um ali.

Outra coisa que me pareceu forçada foi aquele grupo que treinava desde cedo.. sei lá, mas parece que não tem como ser cruel e assassino a sangue frio daquele jeito sabendo que se está na mesma posição, sabendo a injustiça que é ter que participar de um programa tão louco e cruel.

Anônimo disse...

Lú, leia os livros.

Barbara disse...

Vi ontem, aguardo os outros textos sobre as polêmicas do filme!

marina disse...

Lola, acho que se você ler o livro vai perceber que a cor da pele faz diferença sim. E nós temos tantas heroínas brancas por aí! Quando finalmente há a chance de se fazer uma heroína negra, eles não fazem. Quantas heroínas negras de Hollywood você conhece? E quantas brancas?

Belly disse...

Oi Lola... eu sabia q vc ia curtir esse filme.. e acho que vc pode gostar muito dos três livros também, (apesar deles serem um pouco mais infantis, dado ao publico alvo).
Eu ia te mostrar a crítica que eu fiz no meu blog prolivro.. mas como eu sempre leio e nunca comento.. achei deselegante colocar um link aqui.. de qq forma.. vou ver c te mando em private pra vc saber mais da história (se quiser). Um beijo e parabéns.

lola aronovich disse...

Belly (e outras pessoas), por favor, não achem deselegante colocarem links aqui pros seus posts, ainda mais se os posts forem seus e se tiverem relação com o tema do post. Não há nada de ruim nisso! É, aliás, muito mais interessante que só mandar o link pra mim, pelo Twitter ou email, porque desta forma eu serei a única a ler o post. Pode por o link aqui sem vergonha alguma. De preferência, escreva algumas linhas, nos apresente ao que vc escreveu, faça com que tenhamos vontade de ir pra lá e ler (não é NADA eficaz apenas colocar o link, sem escrever mais nada. A maior parte das pessoas nem abre, no caso, por medo de vírus). Também é mais eficaz colocar o link PRONTO (só clicar e ir parar no post), em vez da gente ter que copy + paste o link. Pra colocar o link pronto, escreva < (isto tem que estar junto do a) a href “link pro seu post” (fechar com >), escrever alguma palavra ou frase que vc quiser destacar – é essa palavra ou frase que conterá o link –, e fechar com (< /a >), sem os parênteses e sem espaços (eu coloquei os parênteses porque o blogspot não vai aceitar minhas instruções.

Anônimo disse...

< a h r e f = " endereço " > blablabla < / a >

é só tirar todos os espaços, à exceção do espaço entre o A e o H

Anônimo disse...

vai ficar assim:

blablabla

Anônimo disse...

Lola, nada a ver com o assunto do post, mas eu não sabia onde podia falar isso com vc. Hoje faz um ano do massacre de Realengo. Passou uma reportagem bem rápida no jornal nacional sobre as mudanças na escola e de uma cerimônia feita pelas mães das vítimas no Cristo Redentor. Até falaram de que a maioria das vítimas eram meninas, mas não disseram uma palavra do envolvimento do atirador com aqueles misóginos do Silvio Koerich, que eles planejavam uma matança entre os estudantes da UnB. Não me surpreende que a Globo não se importe com isso, mas eu fiquei pensando se essas mães sabem disso tudo, que as filhas delas morreram num crime de ódio.

No ano passado eu tive a chance de conversar com alguns profissionais da prefeitura do RJ que estavam envolvidos em dar assistência aos sobreviventes e às famílias das vítimas. Naquele momento não sabíamos de muita coisa e mesmo que o caráter de crime de ódio estivesse claro, mas isso nem era mencionado.

Enfim, só algumas coisas que passaram pela minha cabeça. Acho que quem não tem muita dimensão da extensão do ódio desses dementes não ficou muito marcado pelo crime, deve achar que o atirador é um psicopata solitário. E isso tá longe de ser a verdade.

Gabriele disse...

Para quem acusa a Collins de ter copiado Battle Royale, não é bem assim. A premissa de Battle Royale não é tão original a ponto de ser a única fonte possível para a ideia de jovens se degladiando.
A Collins fala abertamente nas entrevistas que uma de suas fontes inspiradoras principais veio da mitologia grega, com o mito de Teseu e o Minotauro. Para quem não conhece, se me lembro bem, os reinos subordinados ao do Rei Minos eram obrigados a entregar todo ano alguns jovens que eram colocados no labirinto para serem devorados pelo Minotauro. Collins só juntou isso com a também clássica ideia dos gladiadores romanos, somando a questão dos reality shows e pronto. Ela deixa os seus pontos de inspiração bem claros nas entrevistas. Não precisa ter "copiado" Battle Royale.

Aline XD disse...

Já li os 3 livros, sou super fã da série, então, vamos lá:

-toda adaptação sofre cortes, mas a questão do pai da Katniss é mais aprofundada no segundo livro que no primeiro

-o livro foi mto adaptado, aliás, ficou com mais cara de conspiração, de batalha, de luta de classes que o livro

-qto ao tamanho da Katniss, tb estranhei qdo vi, não por causa da forma física (pq afinal a menina é linda) mas pq no livro ela parece ser mto menor, por isso ela consegue escapar pela cerca do distrito 12 e subir em árvores com mta facilidade

-o filme amenizou mto as mortes dos personagens, o q é justo pois as cenas no livro são fortes demais, aliás o final dos jogos no filme é mto mais cruel do q no filme, mas ver as cenas na telona seria impressionante demais e não seria apropriada para o público juvenil

-o Gale, assim como a Katniss é fechadão e no livro não mostra o q acontece com ele enqto a Katniss está nos jogos, pois no livro se vive a realidade dela, então a imagem dele foi mto bem trabalhada e ele só será um personagem bem importante mto mais pra frente na história

-o romance Katniss-Peeta foi mostrado no filme não só as cenas vistas por eles como a maneira que esse romance foi transmitido para a capital e os distritos, aliás foi graças ao fato de todo mundo acreditar no amor deles, que fez com que [SPOILER] eles não fossem severamente punidos pelo episódio amoras em rede nacional [/SPOILER]

-qto aos tributos carreiristas, eles são treinados desde pequenos, mas não quer dizer que eles não passem fome, mas como vencer os Jogos Vorazes traz regalias para o distrito as crianças são incentivadas, mesmo porque esses distritos acumulam o maio número de vencedores de edições passadas, e os vencedores ganham mto dinheiro e mansões, as crianças crescem acreditam que é possível vencer os jogos e que essa é a única maneira de melhorar de vida, então eles matam sim, pois da mesma forma q Katniss, a intenção deles é ajudar a si e suas famílias

-a cena da Rue é mais completa no livro, mas a atriz é idêntica à descrita no livro, ela apesar de pequena é corajosa, habilidosa e doce, e faz a Katniss lembrar da irmã, por isso a afeição imediata, mas a cena do filme é super fiel e ainda mostra como o distrito da Rue reage a cena, o q apesar de ser diferente do livro é mto coerente com o desenvolvimento da trama

- [SPOILER] a morte do Cato no livro é bem diferente, as bestantes que tem os olhos dos competidores mortes, não matam Cato, ficam diasdevorando e despedaçando seu corpo enquanto o Peeta e a Katniss ficam ouvindo os gritos de dor e desespero, até que eles percebem que o jogo só acaba quando um deles matar Cato, e qdo a Katnisse se aproxima do que sobrou do Cato ele PEDE que elea o mate, e essse ponto vai fazer com que a Katniss tenha dó e entenda a realidade de todas as crianças, é um ponto decisivo da história pois é um dos motivos que fará ela se rebelar contra o sistema [/SPOILER]

***mas a história é genial, principalmente o conjunto todo, se vc for ler Lola pegue os 3 de uma vez pois assim q acabar um vc vai querer devorar o próximo***

Anônimo disse...

AHHHHHHHHHHHHH acabei de ver o filme. muito foda \o/

Anônimo disse...

nao aguentei e fui ler os spoilers de catching fire e mockingjay

alguem me explica a relaçao da katniss com o delicia do lenny kravtz? pq ele simpatizou tanto com ela de graça? senti mó clima entre eles na tela (mas pelo oq eu li, nao tem nada a ver haha)

Anônimo disse...

alias, lolinha, vc ja viu "never let me go"? não é aventura, é um drama, mas é uma fantasia tambem, nao deixa de ser uma distopia (acho eu...). eu recomendo assistir sem ver o trailer, sem ler a sinopse, pq estraga a expectativa

Anônimo disse...

SPOILERS

uma coisa q eu n entendo mto bem é pq demoraram 74 anos pra se rebelarem. foi a atitude de enfrentamento da katniss que os inspirou?
mesmo antes disso, o filme mostra o pessoal do distrito da rue revoltado qd ela morre. mas, poxa, nas outras 73 ediçoes havia morrido alguem de lá tambem.

se oq a midia faz é justamente alimentar as pessoas com falsas esperanças, ainda assim: nao ha mensagem de esperança qd, durante decadas seguidas, alguem do seu distrito sempre morre.
os unicos distritos q talvez se iludissem são os distritos tradicionalmente vencedores (o 1º e o 2º, pelo oq eu entendi, q se alternavam no podio).
todos os outros sao underdogs, q nao tem nada a perder. entao pq eles se deixavam controlar dessa forma?

outra coisa q n fica clara no filme, pra mim, é como eles conseguiam controlar a populaçao, alem da manipulaçao da midia?

a policia é composta por pessoas dos distritos mais pobres tb? é q tentando fazer um paralelo com a nossa realidade (tipo: pq as pessoas n se revoltam se tem gente viajando pra europa e comprando uma porcaria de ipad, enquanto elas n tem nem casa propria e assistencia medica?), eu vejo essa ilusao de q um dia elas podem fazer parte da maquina opressora. policiais, soldados e tal geralmente sao pobres, esses cargos representam estabilidade e acesso a uma vida melhor. daí coloca-se o pobre contra o pobre. daí se o povo se revolta, as forças armadas vao pra rua bater no povo. sendo q eles mesmos sao povo.

to viajando? adoraria uma ajuda aqui.

outra coisa: como esse povo n tem comida, mas todos tem televisao? pq, tipo, outra forma de nos convencer a nao nos rebelarmos é atraves do consumo de bens inuteis e maneirinhos: as pessoas trabalham e se endividam pra ter uma tv de led, um celular e tal. a gente se conforma em trabalhar horas e mais horas e depois gastar todo esse dinheiro com algo q nao precisamos. pq temos essa ilusao e tal. alguns se contentam com um celular, outros gastam com viagens. e se o dinheiro dá pra pagar esse mínimo q nos deixa feliz, nao tem revolta.

mas qd se chega ao ponto de passar FOME, aí tem algo muito errado. ninguem se conforma de passar fome. o distrito 12 ja era pra ter se revoltado muitos anos antes, pelo visto.

por ultimo: só com a educaçao podemos ter ciencia de q ha algo melhor, q nao temos q nos contentar com pouco. a forma como eles mantinham os distritos em seus lugares era promovendo a ignorancia generalizada? tipo a nossa realidade, em q as escolas publicas sao totalmente falidas e por isso 70% dos brasileiros é considerado analfabeto funcional por exames internacionais de educaçao?

Anônimo disse...

'aliás o final dos jogos no filme é mto mais cruel do q no filme,'

feministas...tão previsível...

Anônimo disse...

LoLa, sua trilogia vai chegar aí entre final de maio e começo de junho, segundo confirmação da Amazon.

Se alguém que lê inglês quiser saber para comprar, a trilogia mais despesas de correio chegou a 35 dólares e esse preço é muitíssimo mais barato do que no Brasil. Como eu gosto de presentear livros, não me saí caro como os preços de livros daí. Há um ano presenteei duas crianças brasileiras aí com livros e foi uma nota tremenda, pois livro infantil é bem caro aí tb.

F. disse...

Fui assistir depois de ler seu post, mas não gostei nem um pouco.

Concordo com isso que a Lú disse: "Fora que, no fim das contas, a Katniss e o Peeta não fazem nada de diferente das outras edições (suponho eu): eles vão lá super assustados, mas na hora que precisa matam outras crianças e no fim ganham o jogo e benefícios pro distrito deles, ou seja, cadê a inovação? Fora algumas atitudes da Katniss, ela faz parte do sistema da mesma forma que qualquer um ali."

Não li e nem pretendo ler o livro, mas qto ao filme não dá pra entender pra que contar uma história que termina do mesmo jeito que começa, no ano que vem teria outra edição dos jogos e pronto, a Katniss não faz nada pra mudar essa injustiça, nem nenhum dos outros personagens. Ela e o garoto sobrevivem e não fica claro como isso é injusto, parece que eu tinha que ficar feliz pq torci por eles. Enfim, mto ruim.

Anônimo disse...

F.

No segundo livro acontece muita coisa. A história desenvolve bastante. Para mim é o melhor da saga. Não vou ficar dando muitos spoilers, mas já deu pra sacar que a Katniss vira uma espécie de heróina para os distritos pobres né?

Já que ela desafiou os jogos vorazes conseguindo poupar uma vida a mais além da dela (isso nunca havia acontecido antes. Deu esperança a população de que eles podiam desafiar a Capitol. A história fake de amor dos amantes desafortunados do distrito 12 conquistou o público e forçou a Capitol a manter Katniss e Peeta juntos já que ela tinha fingido que ia se matar junto com Peeta comendo aquelas frutinhas) e ela também fez algumas outras coisas revolucionárias como sua ousadia em acertar a comida dos homens que estavam a avaliando assustando-os e monstrando que não tinha medo algum deles (antes dos jogos) e a homenagem a Rue, a garota negra que morreu (No livro é explicado que quando algum tributo morre, os outros que estiverem perto tem que se afastarem dele imediatamente para que os donos do jogo tirem o corpo de lá).

A Katniss é uma garota que tem que amadurecer muito rápido. Ela vai adquirir uma responsabilidade muito grande no segundo livro: Em chamas. Vale a pena acompanhar. Se antes ela estava lutando apenas para voltar viva, agora ela tem de lutar por algo muito mais complexo do que sua sobrevivência e a da família.

F. disse...

Luciana, a sua explicação de como a história continua deixa as coisas melhores, mas então eu acho que não foi mesmo uma boa adaptação para o cinema, pq que sem ler não conseguia ver nem esperar uma mudança vinda da Katniss, isso não aparece no filme. Deu até vontade de ler, principalmente o segundo livro que vc citou, pq é triste demais uma história que termina sem nem uma pessoa se rebelar.
Obrigada.

paula. disse...

Resposta cheia de SPOILERS pr@ Anonim@ de 8 de abril de 2012 05:49

Sobre o controle da população: os distritos não são auto-suficientes. Por exemplo, a única coisa que o distrito 12 produz é carvão. E não há comunicação entre distritos, exceto quando mediado pela própria capital. Ou seja, a Capital decide o que e em qual quantidade chega em determinado distrito. Existe o mercado negro, claro, e Katniss troca e/ou vende o que ela consegue caçar e coletar, provendo uma alimentação muito melhor à sua família. Isso é arriscado, porque caça e coleta para consumo próprio é proibida e punida com a morte. No distrito 12 a força policial é bastante complacente e até compra os produtos dela, porém, em distritos produtores de comida (como o 11, notadamente) a polícia é muito mais rígida e as penas são aplicadas com rigor.

Também é proibido viajar de um distrito ao outro, a não ser com autorização da Capital. (exemplo, tributos vencedores fazem um tour pelo país no ano de sua vitória) Pessoas de distritos diferentes não se conhecem, ódio inter-distrital é estimulado pelos jogos (Katniss matou os dois concorrentes do 1, e sua recepção por lá foi péssima), não se sabe o que acontece no resto do país... imagine, tudo o que se sabe é que um levante generalizado contra a Capital terminou com a destruição do distrito 13, você acha que os distritos se arriscariam uma rebelião independente?

Katniss, além de desafiar as regras com as amoras (ela tinha certeza que a Capital preferiria ter dois vencedores a não ter nenhum) para salvar um concorrente (no livro, Peeta estava a ponto de morrer, ela não), ainda fez aliança com alguém aparentemente mais fraca, puramente baseada em empatia... Rue a lembrava de sua irmã, a coisa que mais amava no mundo, e Rue amava pássaros, então confiou em Katniss, que tinha um broche de tordo. Elas ficaram amigas de fato, Katniss sofreu a sua morte e fez questão de demonstrar isso cobrindo o corpo de Rue com flores. No meu entendimento, a Capital se sensibilizou com o romance, e os distritos com o envolvimento dela com Rue. Isto lembrou a todos que os distritos não são necessariamente oponentes... e isso fica muito mais claro nos Jogos do ano seguinte.

Nota sobre Carreiristas: Além do 1 e 2, o 4 também é carreirista. Acho que alguém já citou isso, mas essa informação é relevante na próxima parte da história. Sim, são os favoritos e geralmente fazem alianças entre eles, mas há diversas formas de vencer: uma vencedora foi coroada após a arena ter sido inundada; ela era a melhor nadadora. Pelo que me consta, não matou ninguém. O distrito 12 é a piada do país por ter tido apenas 2 vencedores até o início do livro. Ninguém se voluntaria por lá, o que só chama mais atenção sobre Katniss. Ela é a mártir perfeita.

Sobre os Pacificadores (policiais): ainda não li o último livro, então fiz uma pesquisa.
Via Hunger Games Wiki (minha tradução):
"Em Mockingjay (A Esperança, livro 3) é revelado que a maioria dos Pacificadores é originária do Distrito 2, onde são treinados para este tipo de vida."
"Pacificadores servem por 20 anos, e não podem casar ou ter filhos."
Quanto à motivação... bom, pacificadores tem privilégios. Comida. Não há levantes. Deve ser uma ótima opção de trabalho, principalmente pro pessoal do 2, que se acha superior à maioria dos distritos.

Sobre a transmissão dos Jogos: quase ninguém tem tv. Exceto na Capital, claro. Emprestei meus livros, mas acho que o único que tem tv no 12 é o prefeito, e parece que o único programa liberado pra ele é o jornal do governo. As únicas notícias que chegam são por este telejornal, e somente para ele. Como assistir os Jogos é OBRIGATÓRIO são espalhadas telões nas praças principais, e acho que há projeções nas paredes das casas... os cidadãos da Capital assistem ao vivo, há debates, etc... nos distritos há apenas o resumo do dia.

paula. disse...

Finalizando:

Sobre educação: entendi que na escola, só se aprende sobre o que seu distrito produz. As crianças do 12 aprendem somente o necessário para trabalhar nas minas, além da história da Revolta. Claro, somente o que o Governo Central queira que saibam. A longevidade dos distritos pobres não é grande, e em 75 anos as informações foram se perdendo. Também é citada aula de música para os pequenos, onde aprendem canções tradicionais. Ganhadores dos Jogos não precisam mais ir à escola. Katniss e Peeta não a frequentam mais, apesar de ainda terem mais um ano de estudo obrigatório pela frente. Fora isso, famílias de comerciantes passam seus conhecimentos aos filhos. Ex.: os Mellark têm uma padaria, então Peeta sabe fazer pães; a família da mãe de Katniss tinha uma farmácia, então ela tem conhecimentos botânicos e é o único auxílio médico disponível aos miseráveis do 12. Primrose é sua aprendiz, Katniss diz não ter aptidão para a cura.

Espero ter esclarecido suas questões. Posso ter deixado escapar algo, mas como disse, não li o último livro, e as informações sobre o funcionamento desse mundo são bastante espalhadas pelos volumes. :)

lola aronovich disse...

Yay! Obrigada, LisAnaHD! Já sei o que vou ler nas férias de julho... (porque antes disso, sem chance). Quando chegar eu aviso.


Estou escrevendo os dois outros posts, um sobre as influências de Jogos Vorazes, outro sobre gênero. F., o final do filme é profundamente infeliz. Quer dizer, é de uma felicidade falsa. Não é o que a gente espera, nem o que a Katniss quer. Mas acredito que isso vá mudar nos outros filmes. E também, ainda que o bem não vença no final, não quer dizer que o filme seja ruim, né? Tipo: Thelma & Louise. Elas não vencem, nem tem como vencer todo um sistema patriarcal, então elas preferem se matar (keep going em direção a um penhasco) do que se render à polícia e a um sistema judiciário que certamente as condenaria. Mas nem por isso elas deixam de ser heróicas. O filme denuncia um sistema que não deixa saída pras mulheres, e é isso que é importante. Mesmo que as mulheres do mundo não acabem se rebelando no final...

F. disse...

Lola, ainda assim achei o filme ruim. O final não me pareceu infeliz, nem falsamente feliz. Me pareceu feliz. O cinema estava cheio de jovens e eles bateram palmas e tudo. Não acho que o bem tem que vencer pra história ser boa, mas todas as atitudes da Katniss parecem, no filme, enquadradas no sistema e não vejo nenhum personagem se rebelar, nem que seja pra se dar mal no final. E este é o segundo filme que mostra uma passividade extrema das pessoas que não sei se existe e tomara que não exista. Mas, vou esperar os posts, que de qualquer forma sempre adoro. Bjs

F. disse...

Obs. "E este é o segundo filme 'que eu assito esse ano' ..."

Anônimo disse...

F, leia os livros. Você terá detalhes e todas as suas respostas. Filme adolescente nunca vai é feito pra ser entendido, e as palmas do cinema, óbvio, são de fãs.

F. disse...

Eu me interessei em ler sim. Obrigada.

Molly disse...

Lola, já viu esse post? http://thelastpsychiatrist.com/2012/04/whats_wrong_with_the_hunger_ga_1.html

Apesar de eu ficar com pé atrás com as críticas às feministas (um mansplaining do tipo "como vcs não perceberam?", ele coloca pontos interessantes a respeito do machismo no filme.

Anônimo disse...

paula, eu sou a anônima que vc respondeu. muito obrigada, ajudou bastante :)

eu gostei muito do filme, embora tenha ficado com tantas dúvidas, mas os detalhes do livro tornam ainda mais interessante. agora as coisas fazem bem mais sentido.

uma duvida q eu fiquei: oq faz dos distritos pobres, mais pobres?
quem determina quanto vale os produtos de cada distrito?
se ha propriedade privada, quem compra?
se nao há, e a capital se apropria de tudo, como ela remunera a comunidade?

Barbara disse...

Não há resposta para isso no livro. Não trata profundamente de questões econômicas, isto é, por que quem produz carvão é mais pobre que o distrito que se dedica à pescaria? A autora apenas esclarece que cada distrito tem uma atividade econômica diferente (o da Katniss é carvão, o que tem uma relevância econômica enorme, por ser fonte de energia). A Capital fica com toda a produção (por exemplo, a Katniss diz a Rue que achava que eles teriam mais pra comer, já que são agricultores. E a Rue diz que não, que a Capital fica com tudo). Nos livros posteriores, a autora explica muito de leve que os distritos mais ricos são tratados com uma certa indulgência pela Capital, recebendo um pouco mais de recursos.

Anônimo disse...

valeu, barb! eu realmente fiquei na duvida pq ha propriedade privada (o padeiro tem comida, tem pao) mas ao mesmo tempo a capital fica com tudo. eu fico tentando enquadrar num modelo ja existente (pensei na china), mas n consegui.

paula. disse...

Opa anônima, de nada, discutir Jogos Vorazes é um dos meus passatempos preferidos!

É o que a Barbara disse, não há explicações para absolutamente tudo. O livro é em primeira pessoa, só sabemos o que Katniss sabe, mas o fandom adora debater sobre esses detalhes; quem sabe Suzanne não se anima a escrever um livro sobre o funcionamento de Panem? :)

Sobre o raciocínio de "o padeiro tem pão", Peeta uma vez explica a Katniss que a família dele só comia o que nenhum cliente compraria: pães velhos, queimados, etc. Como dito no filme, eventualmente seu pai comprava alguns esquilos de Katniss, e é só. Comerciantes não chegam a morrer fome como os mineiros, mas temos que pensar que sua matéria prima vem de outros distritos e não deve ser barata, então é tudo bastante racionado.

Agora, Barbara, geração de energia não é a função do 5? Sei que no 12 só há energia elétrica durante algumas horas por dia, e que nesse cenário o carvão é importante, mas não pra Capital... claro, na maioria do país a energia também deve ser racionada pra possam esbanjar o quanto quiserem, porém sempre me intrigou o fato da economia inteira de um distrito ser baseada só em carvão. Acredito que se a atividade fosse tão importante, o 12 seria mais vigiado, como acontece no 11. Mas isso são só divagações. :)

Carol disse...

Assisti o filme duas vezes e acho um ótimo livro para pré adolescentes e adolescentes em geral, quem sabe futuramente esses mesmos adolescentes não leiam um Admirável Mundo Novo ou 1984 e gostarem, então eu não entendo a critica em cima da história, adoro a personagem da Katniss, eu fiquei revoltada quando as pessoas falaram que ela "menos feminista" por se apaixonar, ah obvio porque feministas não gostam de homem nem de sexo, criticas ridículas e sem fundamento.

Carol disse...

E quem fala que o filme não foi fiel ao livro, é sempre assim gente, é impossível um filme ter todos os detalhes de um livro, o filme tinha 2h30, reflitam

Antonio disse...

A menininha ser negra e o povo não gostar eu nem comento porque NÉ. Esse assunto eu jurava que já tava batido.

Agora eu não entendo como funciona a cabeça desses homens "heterossexuais" (AHAM) em não querer ver uma mulher linda na tela grande e preferirem uma Angelina Jolie versão 2012. Sério. Isso me lembra, embora talvez não tenha nada a ver, o desenho japones Evangelion onde um moleque tinha dois interesses românticos: uma menina exuberante, forte, competitiva e que não suportava ser passada pra trás por ELE e uma outra pálida, magra e cheia de ataduras, doentia e que lembrava a mãe do rapaz. Enquanto o público preferia esta última, ele mesmo escolheu a primeira - uma forma do autor mostrar que ele "superou" as fixações freudianas que ele tinha (édipo, abandono etc) e também de provocar esse fetiche masculino pela fragilidade. O motivo maior dessa preocupação é porque o diretor e roteirista faz(ia) parte de uma corrente artística japonesa chamada Superflat, um tema aliás muito interessante se vc quiser se aprofundar

Anônimo disse...

é que nem filme onde o carinha se apaixona por uma 'musa' que ele mal conhece, que nao faz nada, nao é nada, tem uma personalidade nula, e é apenas ~~bonita~~
ou q a mocinha se apaixona pelo bonitao do turma e passa a viver em funçao disso, como se a vida dela n importasse pra mais nada.

oq eu achei legal é q a katniss só se convence q ama mesmo o peeta pq ele é um puta amigo e companheiro (isso no segundo ou no terceiro livro só).

Monica disse...

COMO alguém pode achar Jennifer Lawrence gorda? Bem, talvez ela seja, caso quem a compare pese uns 45 quilos...

Ainda não li o livro, só vi o filme. Achei infanto-juvenil mas com uma abordagem mais séria. Foi pra minha lista!

Anônimo disse...

Mônica, a trilogia é dirigia ao leitor juvenil, o que não tira o valor da obra.

Alana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Essa guria parece a kitty pride dos x man

Anônimo disse...

' uma forma do autor mostrar que ele "superou" as fixações freudianas que ele tinha (édipo, abandono etc) '

Uma forma do autor mostrar que é burro e que levou a sério a literatura lixo do tarado freud.

Camila e Kate disse...

Acabei de escrever sobre Jogos Vorazes agora. Eu não estava por dentro das críticas ao filme, que absurdo!! Enfim, adorei o filme e o livro, estou começando a ler o terceiro agora. O segundo li em dois dias, não consegui largar.

Luiz Zamboni disse...

"Jogo mortal com condenados" essa é a premissa do filme, serve como álibe para uma narrativa sem muito embasamento.

• O Sobrevivente
• Battle Royale
• Corrida Mortal
• Gamer
• Um que se passa numa ilha e transmitem tudo pela internet, esqueci o nome.

Essa da autora dizer que se inspirou em gladiadores é conversa para boi dormir.
Acho que o filme diverte, a heroina é carismática, mas como CRÍTICA a alguma coisa, é muito leve. Pois não se aprofunda no funcionamento da Utopia, só a usa como alibe para uma narrativa de açao.O Povo viaja demais para enaltecer as coisas...menos

Letícia disse...

A atriz não é gorda, ela apenas não é compatível com a garota do livro que passava fome e era descrita como esquelética.

Anônimo disse...

Nossa, a menina falando que no livro a Katniss é descrita como esquelética KKKKKK Leu o livro todinho, né? Ai ai, cada uma...

Anônimo disse...

Q pena,porque é simplesmente perfeito...so sorry!

Anônimo disse...

No livro ela nao é descrita como esqueletica, mas ela tem baixa estatura e cita que alem de rue, ela é a menor dos tributos, e que parece ter 30 kg a menos do que os tributos carreristas, outra controversa, porque no filme, a tributo do distrito 2 (clove) é baixa e magrinha, nao encaixa no perfil.

Mas como todo filme derivado de um bom livro tem suas alteraçoes, mas estes detalhes nao mudam o fato de que o filme, de longe, é um dos melhores que eu ja assisti !

Anônimo disse...

Eu li todos os livros e achei que a história era mais para refletir

Tudo nos livros tem um significado mais profundo
(Spoiler)

O livro faz critica a banalização da morte como no caso a morte de Rue nós sempre vemos notícias de pessoas mortas mas as vezes não pensamos:como está a família dele(a) será que vai ter alguém para chorar com a sua morte

Também ao modismo:as pessoas da capital fazem cirurgias para modificar a pele o corpo até um ponto que se tornam irreconhecíveis como humanos

Aos realiteshows:mesmo você sendo forte uma pessoa mais carismática pode ter mais chance de te vencer por meio de dádivas

As classes socais:a Pane tem tudo de luxo enquanto os outros tem miséria

Amanda disse...

No livro ela não é descrita como esquelética, não! É bem magra, mas não está morrendo em pé... ela até repara nisso ao ver os competidores de outros distritos não tão importantes na sala de treinamento. Alguns talvez maiores do que ela, mas menos saudáveis e até menos preparados (por exemplo, pra subir em árvores, coisa que ela faz bem).

O que eu mais estranhei na Jennifer foi mesmo a altura dela pra uma menina de 16 anos... o que foi incrível, porque o Peeta é MAIS BAIXINHO do que ela. É, inclusive, descrito como atarracado (coisa que o ator não chega a ser).

Sobre de quem ela gosta: o filme deixa tudo ambíguo, o que é muito legal. Mas, lendo o livro, me parece que ela gosta mesmo do Peeta. Não que seja ruim, certo? Tanto ele quanto o Gale são ótimos caras, e nenhum ofusca a força da Katniss.

Vi os dois filmes e comecei a ler o livro agora, por isso procurei algo sobre ela aqui, e adorei que a Lola tenha se interessado.

Só que no 2º filme, me deixou aborrecida ela perder um pouco do protagonismo...

Unknown disse...

gostei mas isso nao e tao bom mas valeu apena nao gostei do em chamas e a esperansa mais e bom sim e

Unknown disse...

Sério? Não sabé o q perde! Somente pessoas com senso crítico conseguem acompanhar a trilogia. Simplesmente perfeita!

Unknown disse...

E livro crítico com assuntos polêmicos que vai mto além do q pessoas com baixo QI poderia entender? É assim que descrevo jogos vorazes