sábado, 10 de dezembro de 2011

“O MUNDO É ASSIM”, DIZ COLUNISTA SOBRE CASO DE RACISMO

Ester, que foi mandada pela diretora da escola a alisar o cabelo

Eu nem ia falar do caso envolvendo uma escola particular de SP e a estagiária Ester, mas um leitor me enviou um email revoltado com uma coluna que leu, e pediu a minha reação. Então, ao caso, que até já saiu no Jornal Nacional, noticiário-chefe de uma emissora cujo diretor de jornalismo jura que Não Somos Racistas (este é o título de seu livro, e ele não é irônico). Ester, negra (e, se me permite a opinião irrelevante, belíssima), 19 anos, estudante de pedagogia, foi contratada no começo de novembro para ser estagiária de marketing no Colégio Anhembi Morumbi. Ela ficava ao lado da recepção, e uma de suas funções era mostrar a escola aos pais de alunos interessados. Logo que chegou, passou a receber recados da diretora para prender o cabelo e não circular pelos corredores. Finalmente, a diretora a chamou para uma reunião onde, segundo Ester, lhe foi dito: “'Como você pode representar o colégio com esse cabelo crespo? O padrão daqui é cabelo liso'". A diretora também lhe disse que iria arranjar umas camisetas para que Ester cobrisse os quadris.
Abalada com a "reprimenda", Ester primeiro foi chorar no banheiro. Depois, corajosa, foi a uma delegacia denunciar o racismo praticado contra ela. Fez um boletim de ocorrência de acordo com a Lei Estadual nº 14.187/10, que prevê punição a "todo ato discriminatório por motivo de raça ou cor praticado no Estado por qualquer pessoa, jurídica ou física".
A escola lançou nota se defendendo e, mais uma vez, metendo o pé pelas mãos. Um trecho diz: “o colégio zela pela sua imagem e, ao pregar a 'boa aparência', se refere ao uso de uniformes e cabelo preso". “Boa aparência”, qualquer pessoa honesta que trabalha com Recursos Humanos pode confirmar, é um código usado para excluir candidatas ao emprego (não costuma ser aplicado pra homens) que estejam fora do padrão de beleza (gordas, moças com necessidades especiais, e, principalmente, negras). Historicamente, toda vez que se lia “Contrata-se recepcionista com boa aparência”, o subtexto era “Negras não precisam comparecer”. Isso só começou a mudar justamente quando o racismo virou crime.
Na matéria do JN, uma representante da escola (não a diretora, que não quis dar entrevistas) disse que houve um ruído na comunicação, e que todos os funcionários devem usar cabelo liso e uniforme. Estranho ela adotar o masculino aqui, porque duvido que a escola tenha muitos funcionários homens de cabelo comprido. E depois que ela mesma estava com o cabelo solto. Mas seu cabelo é loiro e liso, então imagino que tudo bem.
De lá pra cá, Ester foi tirada da recepção da escola e colocada pra trabalhar num arquivo, carimbando carteiras de alunos. Parece óbvio que o Anhembi Morumbi não vai despedi-la enquanto o assunto estiver na mídia.
Bom, a revolta do leitor que me escreveu nem era tanto com o caso em si, mas com a coluna de André Forastieri para o R7. André gosta de polemizar. Eu não costumo lê-lo, mas já fiquei indignada uma vez, quando ele disse que não via problema algum em comer carne de cachorro. O título de seu texto sobre o caso de Ester já resume o que ele pensa: “Nem injustiça, nem racismo: o mundo é assim”.
André diz, que, “de longe”, não vê racismo na atitude da escola. E dá alguns exemplos de como funcionários devem se vestir de acordo com o lugar que trabalham. E ter o tipo físico adequado também (“gordeta” não pode trabalhar em academia, segundo ele). Então não é racismo, determina André, porque é assim que as coisas funcionam, e Ester, como estagiária, está aprendendo uma grande lição ao ser informada disso (porque, suponho, ela não sabia que o mundo era racista). Pergunta e responde André: “É chato para Ester? Certamente. É raro? Claro que não. [O que é raro? Não fica claro!]. É injusto? Bem, quem trabalha representa a empresa onde trabalha”.
Por incrível que pareça, para André, a exigência de usar terno e gravata para advogados se equivale a ter que alisar o cabelo se a funcinonária (qualquer uma, em qualquer empresa?) for negra. Dá na mesma trocar de roupa, e empestar os cachos de tóxicos para se enquadrar a um padrão de beleza que prega que só cabelo liso é bonito? Tudo igual.
Vou ser radical aqui: falar mal do cabelo de um negro (e, mais ainda, de uma negra, já que no nosso mundo “boa aparência” importa muito mais para mulheres que para homens, já que mulheres são avaliadas quase que exclusivamente pela aparência) é racismo. Sempre. Porque ter cabelo crespo é um dos traços principais (junto com quadris grandes pras negras) dos negros. Aliás, poucas vezes esse tipo de cabelo é chamado de cabelo crespo. Temos outro nome pra isso: cabelo ruim. Como pergunta este excente curta, “O que o cabelo fez pra ser chamado de ruim?”. Pois é, quem determina que o cabelo de toda uma raça é ruim? Baseado em quais critérios? E temos que aceitar essa avaliação baseado no “o mundo é assim, é assim que as coisas são”?
Se aceitássemos que o mundo funciona assim, fazer o quê?, não teríamos tido mudança alguma. Imagina as mulheres do século 19 não se rebeleram contra o fato de não poderem votar porque “é assim que as coisas são”. Imagina os gays acharem que tudo bem homossexualidade ser vista como doença tratável à base de eletrochoques porque “é assim que as coisas são”. Imagina os negros e demais abolicionistas na época da escravidão, negando que o mundo seja injusto ou que haja racismo porque, afinal, “é assim que as coisas são”. É chato para escravos negros? Certamente. É raro? Claro que não. É injusto? Bem, quem é escravo representa o dono pra quem trabalha.
Felizmente, não é André quem tem que decidir se a escola foi racista. Quem decide que foi vítima de racismo é quem sofre a discriminação. Não ele ou eu, que somos brancos. Quer dizer, quem denuncia o crime (e, pra denunciá-lo, é preciso que quem o sofreu considere que houve um) é a vítima. Depois quem decide se de fato houve crime é um sistema cheio de homens brancos e héteros, totalmente neutros e imparciais, lógico.
Como polemista, André se considera um questionador. Uma dica: quem questiona nunca deveria dizer em tom conformista que “o mundo é assim”. Só os conservadores se conformam em viver num mundo preconceituoso. O mundo não tem que ser assim. E, se depender de gente que questiona e luta, não vai ser.

P.S.: E por falar em luta: terça-feira, dia 13, às 14 horas, haverá um protesto em frente ao colégio. Chama-se "Solte o cabelo! Prendam os racistas!". Participe, mesmo que você seja branc@.

225 comentários:

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Loja Moeggall disse...

De vez em quando uma empresa qq implica com a barba dos homens...
da última vez não foi um banco?

Annah disse...

Lamentável é que apenas esse caso está recebendo atenção, porque imagino que aconteça com muita frequência.
Fico feliz que a Ester tenha feito a denúncia, apesar do sistema jurídico ser dominado por conservadores.
Acredito que quanto mais pessoas denunciarem atitudes racistas e preconceituosas, mais difícil ficará abafar esses casos, fingir que não acontece ou falarem "mas o mundo é assim".

Anônimo disse...

e qdo a Globo (pra tirar proveito da polemica em beneficio proprio) convidar Ester pruma novela, vamos ver o papel oferecido pra Ester interpretar... e vamos ver se Ester vai trocar a profissado de professora pra ser atriz global...

Loja Moeggall disse...

Estranho, uma estagiária de 19 anos que nunca havia pisado no colégio, de repente é a anfitriã dos novos alunos, conhecedora da escola nos seus pormenores...

história tão mal contada...

Liana hc disse...

Lola, a cara de pau dessa gente não tem limites, né. Eu também já ouvi algumas vezes esse papo de "boa aparência" a respeito do meu cabelo. Sendo que geralmente é uma coisa velada, umas indiretas, comparações com outras funcionárias de cabelo liso ou alisado. Ir com o cabelo crespo solto é visto como uma afronta e/ou sinal de indisciplina, como se isso fosse falta de "zelo" com o ambiente de trabalho, tipo jogar lixo no chão, fazer fofoca, atrasar prazos. Aí depois essa gente vem com aquela conversa de "não é racismo, é só a minha opinião". Já ouvi "Ué, mas a gente ATÉ contrata negros. Viu, não somos racistas." Jura que não?

É complicado fazer este tipo de denúncia, pois não funciona num ambiente que seja, na prática, receptivo às vitimas de preconceitos. Mas é preciso insistir e apoiar.

Ginger disse...

"Estranho, uma estagiária de 19 anos que nunca havia pisado no colégio, de repente é a anfitriã dos novos alunos, conhecedora da escola nos seus pormenores"

Sério que sempre que se noticia uma coisa dessas as pessoas ficam querendo achar supostos motivos para duvidar do que está escancarado?

A moça foi vitima de racismo e tem gente querendo criar teorida da conspiração! Acorda!

Um estagiario não precisa trabalhar lá 20 anos para conhecer um lugar, qualquer pessoa com 3 dias de treinamento e um script pode discursar qualquer coisa.

O fato é: A moça sofreu discriminação, não vamos arrumar motivos para tirar o foco do que realmente importa.


"e qdo a Globo (pra tirar proveito da polemica em beneficio proprio) convidar Ester pruma novela, vamos ver o papel oferecido pra Ester interpretar... e vamos ver se Ester vai trocar a profissado de professora pra ser atriz global"

O senso de realidade e ridículo da LisAnaHD não está prestando desde sempre...

Filha, qual foi a última vítima de racismo que ganhou emprego na Globo?

Glória Maria?

kkkk, sua boçalidade só pode ser de propósito.

Lord Anderson disse...

Lola

eu vi o post do autor e tb fiquei indignado.

Felizmente a quase totalidade da caixa de comentarios dele achou o texto absurdo.

E falaram o obvio.

É facil pra quem nunca passou por um situação de preconceito, pra quem é homem, hetero,branco, ou seja a parte previlegiada do status quo, dizer que isso ou aquilo não é racismo.

E mais facil ainda mandar essa parte idiota de que o mundo sempre foi assim, como se isso justifica-se tudo.

Realmente, não é facil olhar pra longe do umbigo e praticar empatia.

Ragusa disse...

Eu: Mostra sua identidade antes de compartilhar suas opiniões estúpidas num assunto tão sério.

Loja Moeggall disse...

Um estagiario não precisa trabalhar lá 20 anos para conhecer um lugar, qualquer pessoa com 3 dias de treinamento e um script pode discursar qualquer coisa.(by Ginger)

Só na sua cabeça.

Loja Moeggall disse...

quem é ragusa?

Fernanda disse...

Na Escola Internacional de São Paulo as professoras devem trabalhar de terninho ou roupa social. Inclusive as professoras de educação infantil, que vão sentar no chão e brincar com barro, guache e limpar melecas de nariz.

Na Suécia, a "mesma" Escola Internacional, filiada à mesma instituição inglesa, tem professoras, grande maioria, que trabalham de jeans, camisetas e tênis.

Quando fui visitar, a diretora me recebeu de bermuda surrada (jeans até o joelho), camiseta lisa e havaianas.

A Suécia está sempre entre os 4 primeiros países no exame de Pisa, que avalia a capacidade dos alunos de interpretação, raciocínio e outros conhecimentos. O Brasil amarga entre o número 50.

Enquanto imagem valer mais que conhecimento vamos continuar lendo essas besteiras que o amigo racista escreveu.

Pandora disse...

A vida não é assim, não existe uma ordem natural para as coisas ou uma natureza humana, as coisas não nascem por geração espontane, são produzidas através de experiencias e organizadas através sob a forma de cultura e cultura muda... As coisas são assim, mas não precisam ser assim, tudo é foi construido e pode ser desconstruido, o racismo é uma construção histórica, lutemos contra ele SEMPRE, se conformar NUNCA...

disse...

Como aconteceu com a Geise, como aconteceu com os estudantes da USP, como acontece com mulher espancada, como acontece com mulher estrupada, como acontece com quem luta.
Vejo novamente a "qualificação" e "desqualificaão" da pessoa...
"ah, ams ela tá ganhando fama com isso? Aproveitando ela la tá.."!
"será que é verdade? Qual o passado da moça, e o que ela aprontou antes na vida será?"

Assim, mais uma vez, como sempre acontece aqui e lá fora, é feito da vítima uma perseguição, inquisição, qualificação moral se ela pode ou não se manifestar, e quem decide, é claro que é quem está de fora, no privilégio!!
Mais uma vez assim, não se discute racismo, machismo, violência nem exploração..
O que o jornalista tb foi burro, pois de natural não tem nada. Olha o que a falta de estudo das Ciências Humanas não faz com a pessoa.

Lamentável.
Bjo Lola

Ginger disse...

Eu

ok, avise sobre sua descoberta então para qualquer equipe treinada de vendedores ou então de telemarketing.

Continue ai na sua pista quente, está tudo "muito estranho" nesse caso e só vc, que é esperta de verdade que sabe o que está acontecendo de errado, pq vc até advinhou que a moça nunca tinha pisado no colégio (???).

cada uma viu...¬¬

disse...

--perdão, corrigindo- estuprada...rs

Loja Moeggall disse...

o tópico não é prá criticar o blogueiro?

Não vi nada de ofensivo ou excepcional que ele disse.

O mundo empresarial é uma m. mesmo. Vivem no mundo dos pôneis a exigir mundos e fundos dos funcionários.

Cada um que conta um conto acrescenta um ponto. Eu não estava
lá. Alguém foi preso? Crime de racismo é inafiançável, hein?

Charo Lastra disse...

Olá Lola, esse tipo de exigência acontece entre negros também... Lembro muito bem do meu tio dizendo que agora eu seria uma profissional graduada e que não poderia mais andar com o cabelo "desse jeito". E olha que "desse jeito" significava cabelo modificado por permanente afro. E um dos meus primeiros empregadores me disse que eu deveria me vestir duas vezes melhor por que eu era negra.

Um dos grandes problemas das pessoas e virtude desse blogue é reconhecer quando o negro ´vítima de racismo. Já aconteceu na porta de minha casa e as pessoas tentavam me dizer que não "era bem assim".

Aqui no Brasil nem ser vítima de preconceito o negro pode. Até isso lhe é negado.

Ginger disse...

Eu

É claro que o que o blogueiro disse não parece ofensivo, pq a ofensa que ele diz é a mesma que todas as pessoas por aí estão acostumadas a ouvir ou a dizer.

Ele só vomitou o mesmo tipo de defesa das coisas como elas são, pq ele não é afetado por isso!

Loja Moeggall disse...

o blogueiro focou nas exigências quanto à aparência de modo geral e é a 'realidade'. Quando é prá ver desfile de mulher semi-nua vitima de inanição, ou prá eleger as eternas misses brasil, universo e sei lá o que mais, ninguém reclama, pp os marmanjos, né?
pois é...

Lord Anderson disse...

E Lola, só comentando, essa de "boa aparencia", tb costuma valer para homens negros, principalmente em funções que lidam com o publico.

Alias, por lei é proibido atualmente anunciar vagas com esse tipo de "requisito".

GG disse...

Lola e os demais,

Ninguém sequer considera que talvez, quem sabe né?, a moça estivesse, de fato, mal-vestida e com o cabela desarrumado?

O problema da nossa era da informação é que as notícias vazam sem nenhum filtro, do jeito que a primeira pessoa a conta. Não há nada, além da palavra dessa moça, que garanta que ela foi vítima de injúria (não de racismo, vejam bem). Mas ainda assim é construído todo um discurso (que eu acho mesmo é que já vem pronto, não tem nada de "construído") em defesa dos fracos e oprimidos.

Lord Anderson disse...

"Quando é prá ver desfile de mulher semi-nua vitima de inanição, ou prá eleger as eternas misses brasil, universo e sei lá o que mais, ninguém reclama, pp os marmanjos, né?"

Eu

como assim ninguem reclama ?

de olhada em posts antigos e em variados blogs, e vc vai ler varias criticas a respeito do preconceito e racismo presente nesses eventos.

Lord Anderson disse...

O Flasth tendo seus ataques de idiotice de sempre.

Loja Moeggall disse...

GG. é o que eu também acho sobre essa matéria.

Lord A., vc não deve ver mulher bonita na net, né?

M disse...

A Ester foi corajosa, muita gente passa por isso e por medo não faz nada.

Toda (T-O-D-A) vez que uma mulher denuncia discriminação, violência, ou abuso sexual aparece alguém achando a história "estranha" e "mal contada".Insinuando que a vítima deve estar mentindo, porque né, se a pessoa denunciou e apareceu em um jornal deve estar querendo tirar algum proveito.

Isso me lembra a postura do Pelé em relação a filha que Sandra Regina que lutou para ser reconhecida. A mãe contou que estava grávida, nunca recebeu qualquer ajuda para criar a filha e quando a garota (27 anos depois) entrou na justiça, Pelé a acusou de ser interesseira. Mas sobre a mãe da Sandra comentou: " “Ela sim teve a dignidade de nunca procurar a imprensa”
É assim que funciona dentro da sociedade hipócrita, quem denuncia um crime é perverso e interesseiro. Quem sofre calado é digno... A quem serve esse tipo de coisa ?

Anônimo disse...

Eu

O que vc acha que é necessário para apresentar uma escola?anos de trabalho lá?Recepcionar pais e estudanets é sim um trabalho facílimo que se aprende rapidamente, não é necessário saber muitos pormenores da escola, só decorar um discurso bonitinho, como alguem já havia falado.

E a crítica ao colunista é justamente essa conformidade, ok, o mundo é assim, e dai?Está errado, não é porque o mundo é assim, que o mercado é uma merda, muitas vezes, racista, que devemos tratar como algo que não pode ser mudado, porque pode

Loja Moeggall disse...

Lord A., você já reclamou ou viu alguém reclamar da peruca da Naomi Campbell?

Loja Moeggall disse...

Sara, não acho não. Também não sei se a história foi bem essa.

Você poria uma pessoa sem experiência como cartão de visitas da sua empresa, encarregada de trazer clientes para ela? ah vá...

M disse...

Alguém falou sobre algumas empresas obrigarem homens a raspar a barba. Acho completamente errado esse tipo de coisa.
O máximo que uma empresa pode exigir é que o funcionário preste atenção a higiene e use uniforme e roupa adequada caso haja um código de vestimenta.

Exigir que o funcionário emagreça,alise o cabelo ou corte vai além dos direitos de qualquer empregador.
Mas no caso da Ester é mil vezes mais sério pq envolve racismo.

Loja Moeggall disse...

M., o caso da Sandra foi notório, ela deu várias entrevistas, o descaso do Pelé tb foi notório. Ninguém achou estranho ou mal contado.

Não ouvi a história da boca da menina nem da escola.

Vamos devagar com a louça, tá?

Gabriele disse...

Eu:
Já estagiei em uma escola particular, e lá não havia essa exigência do funcionário estar há anos no local para realizar esse trabalho de marketing não.

Loja Moeggall disse...

Exigir que o funcionário emagreça,alise o cabelo ou corte vai além dos direitos de qualquer empregador. (By M.)

No Japão, as empresas pagam multas consideráveis por terem funcionários gordos nos seus quadros.

Fernando Borges disse...

Uma coisa é pedir para prender o cabelo (contanto que esse seja o padrão entre todos os funcionários), agora pedir para alisar é absurdo...

Alguns comportamentos racistas às vezes acabam passando como "normais" e, em alguns casos, como altruístas.

Lembro que no meu primeiro emprego (estágio através do programa Jovem Cidadão), quando eu tinha 16 anos, minha chefa acabou soltando que gostava de "contratar gente moreninha" para as vagas do programa JC. E aí? Iniciativa legal dela? Racismo maquiado? Fica a dúvida...

Mas isso é o de menos. O que não me falta - infelizmente - são histórias/casos de racismo pra contar.

Gabriele disse...

M., tb sempre achei um absurdo essa exigência da barba para homens, de locais que chegam a exigir que se raspe todos os dias. Alguns, inclusive, tem problemas alérgicos, acabam detonando a pele, é um absurdo. Qual o problema em se ter barba?
Essa história de boa aparência é bem preconceituosa mesmo. Boa aparência na avaliação DE QUEM? Higiene é uma coisa, aparência é outra beeeem diferente.

Sobre o caso da Ester, admiro a coragem dela em se pronunciar e continuar trabalhando no local, não deve ser fácil.

Sobre o blogueiro... Aff... Que carinha alienado hein?

Loja Moeggall disse...

Gabrielle, a moça em questão é aluna da Pedagogia. Aí ela é escalada prá fazer marketing da empresa como estagiária (o trabalho é de verdade), aí, no primeiro dia, como disseram, alguém com autoridade na escola reclama do cabelo dela...foi essa a história que eu ouvi...

booommmm...

vamos falar do tempo?

Zé Costa disse...

A velha e nojenta história de que só é racismo quando matam o negro e só é homofobia quando matam o gay. Quantas vezes não ouvimos o discurso: racista, eu? Até tenho amigos negros, mas... sempre tem o mas.

Loja Moeggall disse...

José Tarcísio, racismo é uma coisa, CRIME DE RACISMO é outra, viu?

Lord Anderson disse...

Eu

sim, eu vejo mulher bonita na net, e mais fora dela.

pq?

e esse de vamos falar do tempo...

ah sim, o velho "tem coisa mais importante" pra protestar.

facil desqualificar o problema dos outros.

Jéssica disse...

Ok, COMO ASSIM? Pessoas como "Eu" e GG. inventando histórias para fingir que não houve racismo e/ou culpar a vítima? Em que tipo de faz de conta vocês vivem para achar que uma negra se exporia desse jeito para fingir que houve racismo? Como se ela com certeza não tivesse passado por diversas situações racistas na vida, essa é só uma de várias!

E "Eu" (que nick desagradável), baseado no que você fiz que se precisa de meses para se poder trabalhar apresentando a escola? Estagiárias e pessoas que trabalham na área já vieram confirmar que em poucos dias se está capacitado. Então no que você se baseia? No comodismo de fingir que não existe racismo?


Estou chocada, não só com a história, mas com a reação dessas pessoas!

Jéssica disse...

"José Tarcísio, racismo é uma coisa, CRIME DE RACISMO é outra, viu?"

Ahn... Certo, agora explique isso. Quer dizer que posso cometer atos racistas sem ser o crime de racismo? Gostaria de exemplos.

Bruxo Nefasto disse...

A falta de assuntos realmente me espanta nesse blog.

Zé Costa disse...

Jéssica,

eu achei absurda a declaração por isso nem me dei ao trabalho de prolongar a conversa.

Jéssica disse...

José Tarcísio Costa,

Se ela me responder, será um mar de contradições, acho divertido quando as pessoas se perdem nos seus "argumentos" xD

Roberto Lima disse...

Aqui não há o que discutir: foi crime de racismo sim. Em todos os meus anos de vida, nunca vi nenhuma empresa pressionar, coagir ou obrigar ninguém a alisar os cabelos. Mais uma coisa: quando uma empresa exige determinado tipo de uniforme ou roupa para o funcionário, é obrigada por lei a fornecê-lo.
E desde quando quadril grande precisa ser escondido? Haja paciência...é muita imbecilidade em uma só instituição.

Loja Moeggall disse...

Ahn... Certo, agora explique isso. Quer dizer que posso cometer atos racistas sem ser o crime de racismo? Gostaria de exemplos.(by Jessica)

Veja, moça, ser racista não quer dizer que pratique crime de racismo.

O crime de racismo é tipificado pela LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989.

O que se quer reprimir são as situações em que se é discriminado ou alvo de preconceito, não só de raça, mas de cor, etnia, religião ou procedência nacional (e regional, hein?)

O Jose Tarcisio recriminou quem diz que tem amigo negro e por isso não é racista. Mesmo que seja, dizer que tem amigo negro ou que não é racista pode OU NÃO ser racismo, mas não configura crime de racismo, tais como:

Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços
públicos.

I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições com os demais trabalhadores; (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)

II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício profissional; (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)

III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)

§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essas exigências.

grifo meu

continua

Loja Moeggall disse...

Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador.




Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de qualquer grau.



Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço).

Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar.



Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público.



Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao público.


Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabelereiros, barbearias, termas ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades.

continua

Loja Moeggall disse...

Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou escada de acesso aos mesmos:

Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido.

Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas.

Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social.


continua

Loja Moeggall disse...

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

Roberto Lima disse...

Quanto ao tal colunista,é um ser acomodado. "As coisas são assim"...pois é,se as coisas estão assim e estão mal, devemos mudá-las.Quem sabe faz a hora, não espera acontecer,já dizia o Mestre Vandré.

Loja Moeggall disse...

No artigo que eu grifei, a escola também não se enquadra porque não exigiu cabelo liso nem em anúncio ou recrutamento.

Há também a jurisprudência que, como vcs sabem, faz lei. Não parece ser o caso aqui.

Loja Moeggall disse...

Roberto Lima, pelo que vejo, as coisas estão sempre mudando, PRÁ PIOR.

Sara disse...

Tb acho racismo pedir p um funcionario alisar cabelos, e essa de esconder o quadril tb é bem estranha.
Mas o fato é que a maior parte das empresas tem seus padrões de "dress code", mas isso deveria valer para todos os funcionarios.
Ja trabalhei em empresas que me chamaram para fazer observações sobre minhas roupas, embora eu usasse o mesmo tipo de roupas que outras funcionárias usavam, me foi dito que por eu ter seios maiores não podia usar certos tipo de roupas, na hora fiquei meio chateada, porque via as outras funcionarias usando as roupas que eu queria usar, mas acabei aceitando para manter o emprego.
Acho aceitavel que a empresa peça que os funcionarios prendam os cabelos, ainda mais para trabalhar com alimentação, ou cuidados pessoais, mas pedir p alisar, realmente passa do que se pode tolerar nesse caso.

lola aronovich disse...

EU: Vc está trollando o pessoal aqui? Por que tanta insistência em dizer que a escola não foi racista? Ou não é isso o que vc está dizendo? O QUE vc está dizendo, afinal, fora sugerir que “aí tem”, que a história está mal contada, e por a suspeita na vítima?
Aqui sabemos o que é crime de racismo. O José Tarcísio não disse que o pessoal tende a achar que racismo só existe quando um negro é morto pela KKK. Homofobia, quando um gay é morto por homofóbicos. Misoginia, quando uma mulher é morta por.. pensando bem, quem é machista raramente acha que um crime foi misoginia. Mas, voltando ao assunto, é muito comum o pessoal dizer “não sou racista, até tenho um amigo negro” ou “minha tataravó era negra”.
Debata o que está sendo discutido aqui. A Ester deu seu depoimento. Vc ouviu o relato dela no JN, viu o que estava escrito. Viu a nota da escola. Vai continuar suspeitado da Ester?


Bruxo Nefasto, é, a falta de assunto neste blog é tão grande que temos posts diários. Assunto tem nos blogs mascus de onde vc vem, não é mesmo?

Loja Moeggall disse...

Lola, eu não vi o JN. O post foi prá criticar o post do André, que fiz questão de ler.

Eu não suspeito de ninguém, mas me recuso a julgar esse caso como racismo tipificado na lei.

Estou debatendo, não tenho que concordar com tudo o que vc posta ou com o que a maioria pensa, certo?

Loja Moeggall disse...

Denise, acho que é por aí...:)

Ragusa disse...

Eu: Você vai ficar a tarde de sábado inteira tentando provar que o absurdo é aceitável e não vai conseguir cara. Conselho: aceite que o mundo não gira ao redor do seu umbigo e guarde suas opiniões estúpidas p/ vc ou vai achar uma turminha que te aceite.

Loja Moeggall disse...

Misoginia, quando uma mulher é morta por.. pensando bem, quem é machista raramente acha que um crime foi misoginia.(by Lola)

Misoginia ou homofobia ainda não foram tipificados como crime.

Esperemos que sim, um dia. Mas aí vamos ter que nos ater à Lei, e não
às nossas opiniões, entende?

Bruxo Nefasto disse...

Senhorita Lola

Gozando plenamente da saúde mental que me foi dada, estou tentando estabelecer um diálogo saudável com a sua pessoa e com os demais integrantes comentaristas deste sítio.

Agora, por qual razão está a se enervar comigo? Sendo que não lhe ataquei e da minha parte, há muita educação.

Não posso dizer o mesmo da sua parte, ou de qualquer um que venha te defender.

Nos fóruns e blogs mascus há muita literatura boa, mas para entendê-las é preciso ter a mente aberta, o que não percebo em vossa pessoa.

Vamos tentar manter a compostura ok?

Loja Moeggall disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Loja Moeggall disse...

Ragusa o que eu faço na tarde de sábado 'is none of your business'

quem é você?

Liana hc disse...

Lola,

na matéria do JN, o repórter diz que a representante informou que "a regra para todos que trabalham na escola é PRENDER o cabelo e usar uniforme". Não foi falado, da parte dela, cabelo "liso".


A caixa de coment tá uma coisa. Se bem que não tá pior que o sujeito no outro post falando que este não é um blog feminista, pois foca a mulher (?), e que devíamos atacar "o problema" e não o machismo. Vai entender o que isso significa.

Sara disse...

Eu n liga não tem uma tchurma aqui que só sabe expor suas opiniões atacando quem discorda, das maneiras mais estupidas nem esquenta, eu parei de esquentar faz tempo.
Embora nesse caso do post tb acho que exigir alisamento de cabelo seja um abuso.

Loja Moeggall disse...

Denise, eu também acho. Ainda mais com um tom impositivo...como vc bem disse, o dress code é um negócio sério em certas empresas. Alisamento, além de tudo, é caro. Danifica o cabelo. Mas olha, ninguém vai ao salão que eu frequento prá cachear ou deixar o cabelo afro ao natural. É todo mundo alisando mesmo. Eu tb dou uma relaxada na frente, de vez em quando, porque cabelo de velha, sabe como é, parece uma palha.rsrs

Anônimo disse...

Bom, primeiro que nem iria comentar pq vi que já tá rolando atrito. mas depois vi o pq do atrito. Pô, gente! Ela sofreu racismo e ponto! E dos bravos! E ridículo! Ela fez muito bem em por a cara na mídia pra denunciar o que ocorreu! Não importa se ela está lá a 1 dia ou 5 anos, se ela faz pedagogia ou engenharia, não interessa se ela era ou não uma boa funcionária. Ela foi vítima de racismo!E isso é inquestionável!

Jéssica disse...

"Eu",

Você não respondeu minha primeira pergunta. E na segunda, eu perguntei uma coisa e você respondeu outra. "Discussão" infrutífera e nada divertida, me retiro ;)

Loja Moeggall disse...

explicando prá tia Jessica:

sim, vc pode fazer o que quiser, desde que de acordo com a Constituição da Rep. Federativa do Brasil de 1988, no seu artigo 5º:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Citado por 834.815

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; Citado por 12.211

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; Citado por 206.677

o grifo é meu.

Eliane disse...

Acho que há uma grande diferença entre "dress code" e impor a alguém como ser. E para mim, é racismo explícito pedir para que características fenotípicas de determinado grupo sejam escondidas ou suavidas.
Ainda mais no ambiente escolar, em que deveria predominante a vestimenta "à vontade", para tirar o foco do ser e colocá-lo no "saber". E principalmente, as capacidades profissionais de uma pessoa jamais poderão ser medidas por suas vestimentas ou quão "dentro do padrão"está um cabelo, uma barba.

Loja Moeggall disse...

Dayane, mais uma que eu não sabia. Ela pôs a cara na midia ou fez B.O.?

Tigra disse...

O que reparei nesta discussão, e que ninguém está linkando ainda, é o porquê as caracterís físicas raciais de alguém são tão ofensivas para algumas pessoas e em alguns contextos. E o babaca do blog valida o critério de exclusão dizendo que 'a vida é assim', que a empresa tem o direito de exigir um dresscode ou um estilo específico que represente a empresa.

Porque o fenótipo negro não representaria uma empresa?

Entre outras mil coisas que eu faço pra ganhar a vida está a profissão de maquiadora. Quantas vezes já ouvi, ao entrar num salão, a frase "Você já pensou em fazer escova progressiva?". Minha resposta padrão seria "Não, E você já pensou em fazer clareamento anal?". Mas sou educada, e sempre recuso com delicadeza e deixo o local com a certeza de que não gostaria de trabalhar ali.

Isso sem falar nas tantas as vezes em que 'profissionais' se recusam inclusive a cortar, ou fazer qualquer procedimento no meu cabelo se o pacote não incluísse uma escova 'básica' para 'diminuir o volume' ou 'soltar os cachos', eufemismos para alisamento.

Casos como o da Ester,e o meu, acontecem o tempo todo.

Cobrir os quadris. Essa parte é interessante. Em meu primeiro emprego, minha chefe me disse uma vez que era para que eu usasse blusas mais compridas porque eu 'era muito bonitinha' e os clientes ficavam olhando. Oi? Seu cliente babão está assediando uma funcionária menor de idade e a culpa é dela? Tinha e tenho até hoje bunda grande, fazer o quê? Cortar? No way!!! E olha que saias no joelho e de modelagem larga eram padrão na empresa.

Mais alguns casos: esta semana tive que mudar meu trajeto normal da linha vermelha do metrô para as linhas verde e azul, por compromissos de trabalho. Em duas ocasiões percebi algum tipo de comportamento racista. Um dia, uma dupla de senhoras que conversava animadamente baixou a voz e trocou de lugar, indo para a parte da frente do vagão apressadamente, incomodadas com a minha presença ali. Na segunda, ofereci meu lugar a uma senhorinha visivelmente acima dos setenta anos e ela olhou pra mim assustadíssima e saiu do trem.

E não, eu não sou feia de doer, muito menos ando por aí com uma máscara de Freddie Kruegger.
Agora porque para algumas pessoas o fenótipo negro é ameaçador? Sinônimo de feiúra, agressividade e falta de cuidado. Será o estereótipo do branco, bom e bonito não contribui e muito para isso? Será que o bombardeiro de mocinhas de novela brancas, com olhos claros e romanticamente estúpidas não entra nisso não? Quantos Outdoors vocês veem por aí associando a pele escura a algo agradável, sem ser comercial de cerveja ou sexualização carnavalesca? Quantas propagandas por aí dizem que cabelos etnicos precisam de controle? E os editoriais de moda que sempre associam cabelos crespos aos adjetivos 'selvagem' 'sexy'? Será que é coincidência negras serem associadas a café (bebida quente e forte). Ou bebidas como a caipirinha (mulata brasileira é o sensual tipo exportação), e nesse casó até ganhamos o status de 'produto nacional'.

Produto? Oi?

Pensando só um pouquinho: Se a libido feminina já é num contexto patriarcal passível de controle, imagine uma sexualidade feminina nesses moldes, que comoção não causaria?

Se o discurso da Ester foi contruído ou não, eu não sei. Mas com certeza o da diretora da escola foi. E não foi por nós duas.

lola aronovich disse...

Eu: tem links no texto, sabia? É só clicar. Por exemplo, a matéria do Jornal Nacional tá lá, no parágrafo em que eu falo do JN.
Informe-se um pouquinho antes de duvidar da Ester ou achar que a história tá mal contada. Ou comprar briga com comentaristas.

Mari disse...

Eu entendo a necessidade de "boa aparência", mas pra mim, estar arrumada inclui estar bonita/o dentro das suas próprias características, que pode ser usar o cabelo crespo ao natural sim, que muitas vezes é bem mais bonito e com personalidade que um cabelo alisado. Eu não sei como a garota se vestia no dia a diae, mas, pelo menos nas fotos que saíram, ela parece bem arrumada e com "boa aparência" assumindo o cabelo dela como é.
Agora, eu até concordo com a parte de que é o que o mercado exige, pq o público daquela escola tvz não se refletiria na imagem da moça. O problema é dizer que isso não é racismo, pq é sim. Dizer que ela não pode estar na escola pq não atende o mercado, pra mim, quer dizer que o mercado, e a sociedade de consumo toda é racista. Incluindo a direção da escola, que pelo jeito não deve fazer nada para q isso mude nas futuras gerações.

Loja Moeggall disse...

Lola, eu não estou comprando briga. Seja lá o que tenha acontecido, não houve crime de racismo, s. m. j., mas vamos esperar o desenrolar do caso na justiça ao invés de prolatar sentença, né?

Eu li o seu post inteiro e o post do Andre e não vi nada d+.

Bjs

Loja Moeggall disse...

Tigra, minha filha tem o cabelo escorrido, de índia mesmo, não é que a cabeleireira queria fazer uma progressiva prá formatura dela? Eu virei bicho...Minha cabeleireira já quis clarear meu cabelo tb. Eu terminantemente só tonalizo com a cor natural dele, castanho escuro. Vejo minhas cunhadas com um cabelo cor de burro quando foge, um louro que não é louro...é fogo...

Vera B disse...

No caso da Ester, para mim ficou claro que consiste em racismo a postura da diretora da escola. Não se trata de postura de ambiente de trabalho, "dress code". É racismo puro!

Se eu trabalhasse na mesma escola, faria questão de ir trabalhar com uma peruca black power.

Mas eu já presenciei situações em que colegas negras se sentiram vítimas de racismo em situações que não eram, como serem exigidas posturas e cuidados com a aparência/higiene, roupas, assim como era comumente exigido de todos.

Eliane disse...

Tigra, você citou diversas coisas que me incomodam.
De modo algum outdoors representam o povo brasileiro. Basta olhar a imagem e olhar à volta. Porém somos o tempo todo forcados a acreditar que loiro, alto, branco é maioria.
Com relação a essas senhoras de idade, tenho notado que o modo como elas pensam é horrível. Falam "dos escurinhos"com uma naturalidade, acham normal maltratar, discriminar. E a gente nem pode falar o que elas merecem ouvir por "respeito à idade"delas.

Loja Moeggall disse...

Em Tempo: Vou ver se o Jornal da Cultura diz alguma coisa sobre o caso hoje. Jornal Nacional não é parâmetro prá nada.

Tigra disse...

Eu:
Tem uma diferençazinha sutil aí que acho que você não percebeu.
É óbvio que por motivos de ciclo de produto e manutenção é muito comum oferecerem química para as clientes. O que acontece no caso de pessoas com cabelo crespo é
1. não mexo no seu cabelo se não 'dermos um jeito nele' antes, porque 'fica mais fácil'.
2. tintura é uma coisa, formol e hidróxido de sódio são processos muito mais agressivos e quase obrigatórios para quem quiser trabalhar num salão A ou B.

Portanto, não é caso de oferecimento ou de 'empurrar' o produto ou serviço, é torná-lo obrigatório para que você seja elevada à categoria de cliente ou funcionário aceitável.

Anônimo disse...

Primeiro ela deu parte na delegacia, só depois o caso foi parar na imprensa!

Loja Moeggall disse...

Eu sei disso, Tigra. É toda uma cultura...Negras têm que alisar, velhas têm que cortar e pintar...minha querida cabeleireira (gosto muito dela) queria descolorir uma faixa, tipo Amy Winehouse no meu cabelo, saca?

Mantive meu cabelo comprido até eu ter um bom motivo prá cortar nos ombros. No fim, fica todo mundo igual...o produto tem que sair...
Não sei como lidar com cabelo afro, mas vi na Copa da Africa do Sul, que elas fazem aquelas trancinhas direto.

Loja Moeggall disse...

Então, Dayane, o caso foi parar na midia porque fica gente de plantão nas delegacias (ou repórteres são avisados) prá cobrir qq caso que dê ibope. Não foi ela que pôs a cara na midia de propósito, acho eu.

Loja Moeggall disse...

Não, Arnold, já sou casada.

Para vc se acalmar:

A Candle's Fire (Beirut)

http://www.youtube.com/watch?v=-3q4g9bRg1I&feature=related

:))

Moema Baião disse...

Fico envergonhada com a burrice de algumas pessoas que em pleno século 21 que insistem em classificar as pessoas apenas pela aparência e não pela competência. A coisa fica ainda mais grave quando se trata de pedagogas, pessoas responsáveis pela educação, por conseguinte formação de futuros cidadãos/cidadãs. E que na maior cara de pau fingem não entender do que se trata o tal PRECONCEITO, palavrão se considerarmos uma situação absurda do racismo no Brasil.

Em relação ao cabelo quando foi que cabelo fez caridade hein? Não consigo entender essa classificação do cabelo bom e do ruim. Como mulher mestiça me sinto realmente ofendida por Ester e por todas as mulheres negras donas de cabeleiras crespas.

Por fim, é triste concluir que algumas pessoas não possuem envergadura moral nem intelectual para discutir um assunto como este aqui no blog sem apelar para os comentários adhominem.

Lord Anderson disse...

"Não foi ela que pôs a cara na midia de propósito, acho eu."

qual a diferença?

ela aceitou falar com a impressa, dizer seu nome, mostrar o rosto...

Isso para mim é mostrar a cara sim.

E novamente lamento que o blogueiro lá, do alto do seu privilegio decida que não é racismo.

Parece aquele pessoal que quando le uma noticia sobre crime contra a mulher ja começa com :

"será que foi isso mesmo? essa historia tá mal contade? ela provocou. ela quer chamar a atenção".


Alias esse de chamar atenção é foda.

Qualquer denuncia, qualquer reclamação e ja vem os partidarios do "sofra em silencio para não encomodar".

Felipe Stephan Lisboa disse...

Lola, tem um curta de animação excelente que trata desta questão do cabelo e do preconceito. Chama-se: Imagine uma menina com cabelos de Brasil. Tem no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=zoSm3XcHgDQ Abraços e parabéns pelo blog. Acompanho-o há alguns meses e tenho aprendido e refletido muito com seus posts.

Anônimo disse...

Ah não,mas isso disse mais pra LisAna que disse:
e qdo a Globo (pra tirar proveito da polemica em beneficio proprio) convidar Ester pruma novela, vamos ver o papel oferecido pra Ester interpretar... e vamos ver se Ester vai trocar a profissado de professora pra ser atriz global...

O que quero dizer é que ela não foi a mídia pq quis, mas pq o caso é absurdo!

Rosangela disse...

"Por que o fenótipo negro não representaria uma empresa?" Tigra

É isso aí, Tigra! Vc reforçou o que a Lola já tinha escrito em seu post. Alguns comentaristas não se dão conta que quase todos os atributos que eles dizem ser direito da empresa exigir correspondem a um padrão único de etnicidade. Como é que essa gente, sobretudo aqueles que posam de muito razoáveis e equilibrados, não percebe que associar cabelos crespos soltos a desleixo ou falta de higiene é racismo?

Denise, alguns de nós perdemos a paciência eventualmente porque é impossível manter a compostura diante de tanta platitude. E que história é essa que um bom debate jamais comporta uma certa dose de indignação, sobretudo depois que todos os argumentos foram esgotados? Por que um debatedor que faz um sem-número de comentários pretensamente neutros, mas que somente corroboram idéias com alto teor de discriminação negativa, não pode ser firmemente confrontado? Vc acha razoável manter a simpatia e empatizar com alguém que insinua que uma jovem negra barbaramente discriminada em seu ambiente de trabalho está fazendo tempestade em copo d'água?

Sara disse...

Rosangela eu acho q educação vale em qualquer lugar, vc tem todo direito de expor suas ideias, ainda que contrarias frontalmente as minhas, eu procuro respeitar todos, e se debato com alguem procuro sempre mostrar meu respeito, não acho valido vc dizer que qualquer opinião emitida aqui seja estupida, burra ou coisas semelhantes, como ja vi varias vezes, a não ser que se tratem de trolls que esses não se dão ao respeito e nem o merecem, mas acho que quem expõe o que pensa com educação merece ser ouvido tambem, pra mim não existe motivo algum pra se fazer grosserias gratuitas.

Loja Moeggall disse...

Vi agora mesmo, três mulheres dividiram o Prêmio Nobel da Paz. Duas de gele e uma uma de hijab...

http://www.paraiba.com.br/static/images/noticias/normal/1323540526263-atiavistas.jpg

por que não usamos gele?

http://www.youtube.com/watch?v=0LfKlt8eTAs&feature=related

aiaiai disse...

sem tempo pra ler os comentário só queria dizer q, acho eu, o colunista em questão tá querendo preencher algum espaço deixado pelo idiota do diogo...nem vale a pena conversar sobre.

Rosangela disse...

Eu recomendei ao jornalistão André Forastieri que fosse assistir ao filme infantil Arthur Christmas, a fim de repensar a sua convicção de que o status quo deve-se apenas aceitar, já que mudá-lo é impossível. Nessa animação um personagem, que tenta convencer o companheiro a tomar uma atitude para mudar uma determinada situação, diz mais ou menos assim: "Como assim é impossível? Não caia nessa! Pense que houve um tempo em que achavam que ensinar uma mulher a ler era impossível!".

Ramon Melo disse...

Essa história está mal-contada sim. Se a diretora é racista, por que ela contratou uma estagiária negra? Se ela sabia que a estudante tinha os cabelos crespos, por que a contratou do mesmo jeito? Só para mandá-la alisar os cabelos? Qual é a lógica disso?

E sim, tenho que perguntar este tipo de coisa porque racismo é crime e, portanto, cabe ao acusador o ônus de explicar a situação.

OBS: não vi nenhum dos vídeos, só li o post lamentável do pseudojornalista do R7.

Anônimo disse...

Ginger, que tal uma polida nas suas maneiras?

Mary Jane disse...

meu cabelo é crespo, quando eu os assumi vivia ouvindo 'porque não faz escova, dá um aspecto melhor', 'parece mais profissional', mas eu continuei com minha cabeleira, por que eu cheguei a conclusão que o meu cabelo é mais que um simples penteado, é uma filosofia de vida, uma questão política. As pessoas não me mandam mais alisar o cabelo e, as vezes, até elogiam, e quando elogiam, acabam ainda me ofendendo, por que dizem, 'ah, mas seu cabelo não é tão ruim assim' e eu sempre respondo, com as palavras da minha sábia tia 'o meu cabelo não fez nada para ser ruim'...

Anônimo disse...

tem gente aqui que se doe pelas minorias e pelas injustizas da vida MAS naun sabe expor seu ponto de vista sem partir pra falta de boas maneiras qdo diante de uma opiniao diferente do que ela mesma pensa... e esse pessoal que compra tudo qto eh noticia da TV?

alguem jah viu uma entrevista da Ester? e, sim, se a Globo ainda naun se aproveitou de um caso assim pra bancar uma novelitcha basta esperarem pela primeira vez... e vamos ver se a estudante permanece no curso de pedagogia e se nega ao oferecimento global... e vamos ver o papel que a Globo vai oferecer pra estudante negra... se naun for de empregada vai ser de amante gostosa do homem branco... vcs que se doem TANTO assim pelas minorias sofridas e injustizadas deveriam fazer/organizar algo como uma passeata em prol de artistas negr@s que saun explorad@s e ridicularizad@s nas novelitchas que acabam sendo exportadas e mantendo a imagem da mulher negra como sendo vulgar e de fahcil conquista...

e qual foi a figura publica ou celebridade NEGRA que estah botando a boca no trombone pela Ester?

lola aronovich disse...

Nossa, Lisa, vc acha que a gente não reclama de como a mídia trata @ negr@? Sério mesmo? E de onde vc tirou que a Globo ofereceu um papel pra Ester? A entrevista da Ester está no Jornal Nacional! Clica no link, pô! Antes disso, fontes confiáveis, ativistas, como o instituto Geledés, já estavam falando do caso. Foi por causa dessa repercussão que o JN decidiu ir atrás. E por que alguma celebridade precisaria estar botando a boca no trombone pela Ester? Pra legitimizar a revolta? Bom, se vc quer um nome, aqui tem um.
E só faltou no seu comentário vc pedir que @s comentaristas deste blog se comportem, como fazem comentaristas em blogs americanos, aqueles sim lugares civilizados.

Lord Anderson disse...

Lisa, vc percebe o tipo de coisa q disse?


As pessoas que se doem pelas minorias mesmo não pertencedo a elas, estão exercitando uma coisa chamada empatia.

Talvez vc deve-se fazer isso ao inves de minimizar o problema.

E que tipo de argumento seu é esse?

se a Globo algum dia decidir fazer uma novela e chamar a Ester (novelas levam meses para serem planejadas e gravadas, seria mais facil ele abrir espaço numa das novelas que ja exibe uma cena que seja referente), o caso deixa der ser um ato de racismo?

Se ela um dia deixar de ser pedagoga, perdeu o direito de se sentir ofendida?

E oq tem haver as celebridades negras com isso? só elas podem se manifestar?

A oponião de pessoas comuns não importa?

Pelo seu discurso dá pra ver que vc tb está tentando diminuir a importancia do fato, tal qual o blogueiro mencionado.

Ginger disse...

Lola na boa, não gaste seu verbo com a LisAna e com a Eu, pra mim elas só querem causar!

na boa.

M disse...

Ramon Melo
Porque os racistas não são um grupo único, unido e motivado a acabar com os negros. Alguém pode contratar um negro e estar convencido de características negras não são sinônimo de boa aparência e por isso precisem ser disfarçadas ou amenizadas. Outra pode ter amigos e parentes negros e achar que no geral negros são piores que brancos.

Anônimo disse...

Ginger, por que vc se importa tanto comigo? Eu nem notaria sua presenza nao fosse vc citar meu nome a cada oportunidade...

Eliane disse...

" Essa história está mal-contada sim. Se a diretora é racista, por que ela contratou uma estagiária negra? Se ela sabia que a estudante tinha os cabelos crespos, por que a contratou do mesmo jeito? Só para mandá-la alisar os cabelos? Qual é a lógica disso?

E sim, tenho que perguntar este tipo de coisa porque racismo é crime e, portanto, cabe ao acusador o ônus de explicar a situação."Ramon

Ramon, as pessoas racistas têm uma sensacão de dominacão muito forte. Elas se julgam corretas em seus pensamentos e acões, e acham que todos têm que se submeter ao que elas acham certo. Nesse caso, bastava contratar a estagiária e eliminar as características que ela julga errada, por meio de coerção.

Anônimo disse...

Lola,
Andre Forastieri tem visual de cabelereiro, coisa que ele nao eh, e como redator escreve mal... muito mal... naun consegui chegar ao final da materia. Ele comezou escrevendo mal e naun melhorou a redazao, entaun deixei pralah.

A materia do JN estah pobre. Ester estah vestida totalmente inadequada pra trabalhar numa escola. Talvez meu julgamento tenha a ver pq eu vivo numa sociedade onde existe codigo de vestimenta... trabalhei em escola, em loja, em hopsital como interprete, em escritorio e sei do que falo. Atualmente meu marido trabalha de jeans e camiseta, mas qdo tem de lidar com clientes entaun ele precisa usar calza social e camisa social tb.

Lola, em todos os locais onde eu trabalhei SEMPRE qdo alguem quebrava as regras de como vestir-se era alguem representando a minoria... enqto eu morar nos EUA serei minoria tb... sei do que estou falando.

Qdo falei de gente que se doi pelas minorias e vc pergunta: " Nossa, Lisa, vc acha que a gente não reclama de como a mídia trata @ negr@? Sério mesmo?"

--Lola, vc sim faz sua parte e muito! Eu me referi a determinadas pessoas que comentam como se o abecedario delas fosse salvar a patria... como se elas caregassem um estandarte pelos fracos e oprimidos.

"E de onde vc tirou que a Globo ofereceu um papel pra Ester?"

--Eu naun disse que a Globo ofereceu papel nenhum pra Ester... naun foi assim que eu escrevi.

"A entrevista da Ester está no Jornal Nacional! Clica no link, pô! Antes disso, fontes confiáveis, ativistas, como o instituto Geledés, já estavam falando do caso. Foi por causa dessa repercussão que o JN decidiu ir atrás."

--Se isso for entrevista prum JN entaun o jornalismo brasileiro tah mesmo pior do que a VEJA me fazia crer hah decadas...

"E por que alguma celebridade precisaria estar botando a boca no trombone pela Ester? Pra legitimizar a revolta? Bom, se vc quer um nome, aqui tem um."

--Lola, se vc quiser levar algum assunto a serio Toni Tornado eh pessimo referencial. Eu me referi a alguma celebridade NEGRA mas nem de longe me ocorreu um tipo como Toni Tornado !!! A credibilidade em ter persoanlidade NEGRA envolvida no ssunto estah en que qdo iguais se juntam ganham mais forza... caso contrario eh depender de paternalismo.

"E só faltou no seu comentário vc pedir que @s comentaristas deste blog se comportem, como fazem comentaristas em blogs americanos, aqueles sim lugares civilizados."

--Lola, qdo vc vai parar com isso? Eu jah te expliquei sobre aquele meu comentario... vc fez um post ref. a um caso acontecido nos EUA e vc deu o link da materia em ingles... eu li a materia em ingles e li os comentarios em ingles... comparei os comentarios aqui no blog e os comentarios do blog americano... como sei que vc tem leitor@as que sabem ingles, eu fiz meu comentario dentro desse contexto. Ateh qdo vc vai carregar esse "chip on your shoulders" ref. a esse assunto, Lola?

Lord Anderson,
Espero que meu comentario em resposta a Lola tenha valido tb pro seu comentario a mim.

e me desculpem que estou com computador sem acento e trato de fazer o melhor possivel.

Lord Anderson disse...

Lisa

solidariadade dos iguais? mas Ester não é celebridade.

quem primeiro fez denuncia sobre esse caso foi justamente ongs e intitutos que lutam contra o preconceito.

Alem do que ela procurou a justiça como todo cidadão tem o direito de fazer.

isso é paternalismo?

e ela recebeu apoio dos eus iguais, sim.

das mulheres que são suas iguais no genero.

de funcionarios que são seus iguais em profissão.

De varias pessoas que são suas iguais por ja terem passado por situações de descriminação.

E tem meu apoio, o da Lola e de varios comentaristas que são seus iguais em considerar preconceito idiotice e crime.

Não é o bastante?



E pq esse repudio ao Toni Tornado? primeiro o protesto tem que ser de alguem famoso, agora tem que ser uma celebridade de determinada "categoria"?

Desculpe, mas vc parece colocar criterios demais pra considerar um protesto válido.

Anônimo disse...

Lord Anderson, realmente eu tenho criterios que distoam da opiniao da maioria... sou minoria e como minoria vc jah tem uma amostra do que enfrento... rs.. rs...

Lord Anderson disse...

Bem, Lisa, se vc diz...

Anônimo disse...

Lord Anderson, um protesto pode ser valido mesmo que seus criterios sejam mediocres... POREM pra um protesto ser tomado em conta, ser validado, e lograr seu objetivo entaun aih sim ha que serem considerados criterios solidos e bem apoiados e endossados por vozes que tenham peso na sociedade e, entre essas vozes, vozes de pessoas que nao apenas tenham empatia pela causa mas que sejam alvo da injustiza de que trata o protesto. Claro estah que uma sociedade acostumada ao paternalismo poderah naun entender isso... e insistir em dar murro em ponto de faca...

(e antes que alguem me apoquente pelo meu uso do vocabulo 'mediocre' que atente para os respectivos sinominos e usos e conotazao da palavra)

Elaine Cris disse...

Tenho uma chefe de cabelo crespo alisado com progressiva que vive dando indiretas sobre o cabelo de uma estagiária que usa o cabelo ao natural. Engraçado é que ela não percebe como o cabelo da outra tem mais vida, mais viço, que o dela, que de tão alisado fica grudado na cabeça como um capacete e ainda está caindo por causa da química. Mas enfim, como ela está dentro do padrão do cabelo liso, deve se sentir bem assim, pensando que antes um cabelo alisado com aspecto nada saudável que um ao natural que até brilha...

Fico me perguntando como esse colégio se comporta diante de alunas ou pais de alunos negros. Como estão interessados é no dinheiro, devem se esforçar um pouco pra disfarças o próprio racismo, mas duvido que o tratamento seja igual.

Quanto a essa coluna, nessa nossa época de "defesa do politicamente incorreto" (leia-se: defesa do direito sagrado de ofender, humilhar, discriminar, quem está fora de algum padrão dominante) parece que está se tornando comum pessoas repetirem preconceitos antigos, dando desculpas esfarrapadas e ainda acharem que estão sendo originais e polêmicas.

Anônimo disse...

Não confundam as coisas: falar sobre vestimenta correta é diferente de pedir para que uma negra alise o cabelo ou "cubra os quadris largos".
Se a diretora realmente queria falar sobre vestimenta correta, ela teria dito, por exemplo, que Ester deveria usar roupas mais sóbrias, não usar calça jeans ou blusas coloridas; saias e bermudas na altura do joelhos, sapato fechado ou sapatilhas, etc.
E se a norma era usar cabelo preso, por que a frase "cabelo crespo não representa essa escola"? Que eu saiba, cabelo crespo é uma coisa,preso é outra. O cabelo não deixa de ser crespo se for preso.

Anônimo disse...

Seja como for, o ocorrido estah sendo pessimo pra imagem da escola... e Ester estah sendo cartaz na midia... e por mais dolorido que possa ter sido a exposizao da Ester, somente qdo casos assim sao expostos pela midia eh que existe alguma chance de mudanza... eu disse 'chance' o que naun eh certeza...

Ramon Melo disse...

@M e Li

Vocês querem dizer que a estagiária foi contratada só para que fosse discriminada? Isso já não é mais racismo, é sadismo e precisa de tratamento psicológico.

Eu acho ainda mais estranho porque ter funcionários e alunos negros é uma propaganda positiva para uma escola (mostra que ela sabe lidar com as diferenças).

E como vamos saber se ela não aceitou essas condições? Tenho amigos(as) negros(as) que seguem certas normas estéticas por terem de lidar com o público, mas eles(as) já sabiam disso antes de aceitarem o trabalho.

Pode parecer insensível, mas existem regras indumentárias que precisam ser seguidas pelas empresas, infelizmente. Se elas se recusarem, vão perder clientes e eventualmente fechar as portas. A questão que fica é se a diretora deixou clara essa situação (o que não vai ser considerado ilegal pela Justiça) ou não. Se era do conhecimento dela, cabe até demissão por justa causa.

@carolinapaiva

Não sabemos se a diretora falou realmente isso. Se soubéssemos, ela já estaria presa ou, no mínimo, indiciada. Se ela só disse para alisar os cabelos e usar roupas menos justas, o comportamento dela é justificável (embora mesquinho).

Anônimo disse...

Ramon,

Ela contratou a Ester exatamente para não se mostrar racista, para dizer "Veja como não somos racistas, temos até uma moça negra representando nosso colégio!".

Mas uma coisa que acho que talvez esteja errada é que estamos (eu inclusa) generalizando que o colégio é racista, e não a pessoa em si. Talvez a diretorra é que seja sem noção e racista, ás vezes não foi nem ela quem entrevistou a Ester, quando viu, Puf!, Ester já estava lá dentro!

Anônimo disse...

Ramon Melo

O caso está sendo analisado pela Justiça, ou seja, ela esta sendo processada. Sobre o "não sabemos se ela disse realmente isso", somente o processo poderá dizer se ela é culpada ou não, mas não estamos discutindo isso. Não somos um tribunal para julgar, somente comentamos notícias e comportamentos. O objeto da discussão é este: racismo. Quais atitudes são consideradas racistas? É por isso que saliento a diferença: pedir para usar roupas adequadas é uma coisa, pedir para alisar o cabelo é outra. O cabelo negro É crespo, e alisar ou não deve ser escolha somente da pessoa, pois é um tratamento que danifica muito o cabelo, e algumas pessoas não podem usar esses produtos químicos.
Não estamos falando que a diretora disse isso com 100% de certeza, apenas dizemos que pedir para alisar o cabelo crespo dos negros é atitude racista, e se esse foi o caso, é racismo sim, não pode ser visto como natural ou aceitável.

Anônimo disse...

O primeiro passo na luta contra o racismo deve partir dos próprios negros que são, em sua maioria, preconceituosos com sua própria cor.

Com relação ao Colégio não vejo racismo, vejo preferência. Se fosse uma branca de olhos verdes e tivesse cabelos crespos a orientação da direção seria a mesma.

Se a escola fosse racista nem a teria contratado.

Majô disse...

Eu,

nao te reconheci nos cometários hj. qta decepcao...

ahhh
vc nao tá nem aí com a minha opiniao.
claro q nao.

Helen V. L. disse...

Uma dúvida, por favor.

Eu sou branca, tenho cabelos encaracolados. Se a empresa que me contratar exigir que eu alise os mesmos, é considerado algum tipo de crime?

Pelo que li nos post e comentários, a direção da escola foi racista.

Reclamo com quem? Com o Bispo?

Alguém acha legal ser chamada (o) de branquela (o)? Eu não.

Ramon Melo disse...

@Dayane

Pensei nisso também, de não ter sido ela quem contratou, o que até traria algum sentido à estória toda.

Se ela só queria uma estagiária negra "embranquecida" para posar de "liberal", era mais fácil ter contratado uma que estivesse disposta a se adequar aos padrões, é para isso que serve a entrevista.

@carolinapaiva

Na verdade, estamos todos julgando sim. Se você ler os comentários acima, verá vários julgamentos precipitados com relação à diretora e, por metonímia, à instituição.

O fato da Justiça aceitar um processo não significa muita coisa. O processo precisa ser aceito para que haja investigação. O que eu quis dizer é que racismo é um daqueles poucos crimes que dão cadeia no Brasil quando há provas, o que não parece ser o caso. O problema é que as agressões costumam ser verbais, então é muito difícil conseguir provar que alguém foi racista.

Analisando bem, a estratégia de ir até a mídia foi bastante contraproducente, era melhor ter gravado as agressões antes.

Voltando ao caso, não li em nenhum lugar a diretora mandando ela alisar os cabelos e sim prendê-los, segundo a própria estagiária.

Isso nos leva a uma situação interessante: se a L'oreal exige que as modelos tenham cabelos lisos para anunciarem a linha de produtos "Liso Extremo", ela é racista? A Beleza Natural, que só contrata negras de cabelos cacheados, é racista, então? A Globo, quando contratou o Kayky Brito para a novela dos vampiros e mandou-o pintar os cabelos, foi racista? A Warner Bros., quando exigiu que o Daniel Radcliffe usasse lentes de contato coloridas, foi racista? Se eu contrato uma profissional de marketing/vendas e quero que ela tenha um perfil específico qualquer (ruiva com sardas ou branca e morena ou asiática e loura ou, por que não, negra com cabelos lisos), portanto, sou automaticamente racista por isso?

Esse mundo idealizado é muito bonito mas, infelizmente, é só uma ideia por enquanto. Os clientes exigem a adoção de certos padrões de beleza e a empresa acaba sendo forçada a aceitar. Se fosse outra no lugar da Ester, talvez não fossem os cabelos, mas seria a pele, as unhas, a constituição física, a altura, a linguagem utilizada ou até mesmo o nome.

O ideal seria se a moça conseguisse reunir provas da agressão, tornaria toda a análise do caso muito mais simples, e ainda levaria uma boa indenização pelo assédio moral.

alice disse...

lola, eu adoro seu blog mas de 2 meses pra cá surgiram umas/uns comentaristas tão asqueros@s que dá até preguiça de ler tudo.

sério, nêgo vem até aqui dizer as maiores barbaridades, julgar o mundo de acordo com sua régua elitista, racista, machista, "gordofóbica", enfim, intolerante com tudo oq é diferente e inofensivo (ser negro é crime? ser gordo é crime? ser gay é crime? ser feio é crime? ser pobre é crime? essas pessoas fazem algum mal a alguém exclusivamente por terem essas características? elas transmitem alguma doença? elas restringem o mercado de trabalho pra vc? elas te demitem por isso? elas te obrigam a fazer modificações corporais pra se sentirem adequados? pois é).

nêgo desrespeita todo mundo e depois fica pedindo "modos" e "boa educação" como se fossem umas ladies educadas em colégio suiço. é muito irritante ver que pra vcs "ser educado" é não falar palavrão (eu sempre evito mas vou usar todos os possíveis aqui pra provar meu ponto de vista), mas usar argumentos irracionais é ok (antes q digam q eu estou sendo agressiva e chamando alguém de "burro" deixa eu explicar o uso da palavra "irracionais": não seguem nenhuma lógica, não fazem sentido, são desconstruídos N vezes pelos outros comentaristas e vcs voltam a insistir por pura teimosia e cabeça fechada)

enfim, esse negócio de dress code é um absurdo, esse hábito de usar terno para parecer arrumado é algo importado dos nossos colonizadores que não se adapta bem aos trópicos. uma coisa é um uniforme (q pode ser até mesmo um SIMPLES BROCHE) que ajuda a destacar o funcionário, pra facilitar a vida do cliente e até mesmo por questões de segurança, outra beeeem diferente é impor salto alto, maquiagem, terno e o caralho a quatro.

"bem arrumado", "cabelo arrumado", "corpo adequado" e coisas do tipo são conceitos que precisam ser revistos! patrões não precisam sentir atração sexual pelos funcionários, eles não vão trepar, só vão trabalhar pra vc. se uma porra de cabelo crespo não te representa, é problema seu. agora vc dizer q o cabelo crespo não passa uma imagem boa para empresa (ou seja, de seriedade, competência e responsabilidade) é pq vc associa a negritude à indolência, ao descaso. ISSO NÃO É RACISTA?

se a grande preocupação da empresa é a produtividade, oq deve ser avaliado é a competência, ponto. todas as outras exigências são supérfluas e discriminatórias desde que o funcionário cumpra a sua função, não transmita doenças contagiosas (engraçado q pra empresa o funcionário gripado não tem problema algum hahaha), se comporte de forma cortês com os demais (mas isso TODOS deveriam fazer, não apenas na relação de emprego) e não esteja fedendo (pq fedor incomoda as demais pessoas do ambiente. e eu considero perfumes fortes igualmente fedorentos, embora eles normalmente estejam associados à limpeza)

aviso a quem se sentir incomodado com oq eu disse: vc é preconceituoso. não precisa nem responder, vá pensar nas suas atitudes. vá conversar com a sua empregada, vá conversar com sua vizinha gorda, vá conversar com seu porteiro. tente ver como eles são tratados, tente se imaginar vivendo a vida deles.

visitei o blog de uma dessas pessoas q vi q ela está se sentindo "patrulhada" em suas piadas. isso é um sinal, quem está te patrulhando provavelmente está tentando te dizer de forma educada q vc é intolerante e magoa outras pessoas. quem não te patrulha é pq pensa da mesma forma preconceituosa q vc, oq não faz dessa pessoa parâmetro moral, certo? vc pode até achar q a sua vida é mais fácil sem a patrulha, contando a piada q bem entende, q vc pode continuar vivendo numa boa e nunca vai ser atingido por isso. bem, talvez vc tenha razão. mas para pra pensar nas pessoas q são alvo da piada. a vida delas está mais difícil e dolorida por causa de pessoas como você. vc acha justo sua vida ser boa e a dessa pessoa ser ruim? é esse tipo de tratamento q vc acha q seus semelhantes devem receber? sejam menos egocêntricos.

Ginger disse...

@LisAnaHD

"Ginger, por que vc se importa tanto comigo?"

Pq vc é boçal igual a minha mãe! Deixa eu exemplificar:

Eu sou de família classe média alta, infelizmente a minha mãe não faz nada para sair do seu mundinho previlegiado, se ela vê um mendingo na rua, desvia, vai para o outro lado da calçada olhando por cima pra ver se não tem alguma viatura de policia por perto pq OMG vai que o mendingo resolve assaltá-la!

Ela nem se toca que o cara só está lá na calçada passando toda espécie de miséria pq pessoas como a minha mãe tem mais do que precisa, e pra isso o sistema tem que tirar de alguém.

Mas a minha mãe prefere achar que ela é a vítima da sociedade, pq afinal o governo (essa praga que nem deveria existir) toma o ryyyyco dinheirinho dela com tanto imposto! E ela nem vê pra onde esse dinheiro vai!

Pq né?Nem eu nem ninguêm da minha família já foi à algum posto de saúde do SUS por exemplo, como que ela vai ver como anda as instalações do governo? Fica difícil.

Mas quando aparece na Tv uma comunidade botando fogo em pneus e fechando avenidas...justamente para reclamar sobre algum direito que não é lhes dado:

Minha mãe grita na frente do monitor:

-Cadê esse governo que não faz nada!!!

-Pobre polícia, tendo que lidar com esses bandidos sem equipamento necessário!!!

E coisas do tipo, quando tento explicar a situação pra ela, o que ela responde? Que eu não sei de nada, que eu ando muito com "negros marginais" e outrs coisas horrendas!

Mas quando eu trago um amigo/a negro pra dentro de casa, seja pra fazer trabalho da escola ou mesmo para jogar video game, minha mãe no alto do seu cinismo o trata "como um rei africano" - palavras da própria, quando a pesoa vai embora, ela se transforma de novo.

Briga comigo, fala que eu vou começar a usar drogas, (como se nenhum dos filhos das amigas dela BRANCOS, não usassem drogas só por capricho...).

Mas para fazer média de "politicamente correta" para os demais ela fala dos "pobres" sempre de uma maneira fantasiosa, (igualsinho ao jeito Globo de ser), claro, só que ela jura que não vê novela da Globo, pq G-zus, isso é coisa de gente remelenta...

Minha mãe me mata da vergonha e de desgosto, pq eu me sinto de mãos atadas, pq ela não assume uma posição no ambiente público, só sabe passar pra frente sua ignorância dentro de casa ou em ambientes onde a dispersão seja favorecida, internet?oi?

Lá fora, ela paga de a mulher culta, chique, instruída, esnoba de todos, responde com desden, tem uma NECESSIDADE astronômica de se mostrar "superior", está sempre se afirmando perante o outro,nunca sobre si mesma.

É rídiculo e infantil.Lembra alguém?rs

No meu caso, hora ela defende que eu seja "forte e independente" mas sempre "sábia e silenciosa" - eufemismo para submissa ao marido - como vou gostar dessa mulher? Que vê na prisão sob a tutela de um homem a liberdade?

Que se diz vítima, sendo que ela teve estudo mais do que suficiente para ver que o mundo não é cor de rosa?

Minha mãe é uma cega que pode enxergar mas que não quer! Ela é o tipo de ignorante que se acha culta, mas é burra pq gosta, acha bonito, tá pensando que tá levantando alguma bandeira.

Mas na verdade, só se aproxima de algum movimento social ou politica mais liberal, que seja, quando convêm, pq ela sabe, no fundo, que não pertence a este mundo, por ter escolhido viver no outro, que tem muito mais previlégios.

É isso.

OBS: Não estou lhe chamando de racista, a comparação aqui fica mesmo na parte da boçalidade e da ignorância que é bem ciente, proposital.

OBS: Pq resolveu começar a escrever errado dona LisAna? Antes tu era o Word do blog da Lola! Corrigia todo mundo e agora tá parecendo uma adolescente digitando (e olha que eu sou uma...)

Desculpe Lolinha o mega comentário gigante e pessoal, que não traz nada de bom pro assunto

mas eu precisava dizer isso pra ela! :(

Milady Carol disse...

Quando eu era estudante, trabalhei como recepcionista em salões comerciais. Todas as mulheres que tivessem cabelos compridos tinham que prendê-los. Era praxe para todas, negras e brancas. @s colegas da área jurídica da empresa onde trabalho têm que vestir terno / tailleur para trabalhar.
O que aconteceu com Ester não foi isso. Repreenderam Ester por algo que faz parte da natureza dela, e não por causa de um comportamento dela no trabalho. Isso é racismo E assédio moral.
O André Forastieri não soube fazer a diferença, que é tão óbvia que na minha opinião, só não vê quem não quer.

Gabriela Galvão disse...

Entrei para uma academia e fui experimentando instrutores, e a qe mais gostei foi uma 'gordeta' -bem gordeta-.
Muito exigente, explica muito claramente os movimentos, cuida para qe entregue a academia toda organizadinha para o colega do próximo turno -isso inclui sair catando montes de pesos qe espalham por todos os lugares-, é seria e tem senso de humor.

Pela foto, se qeriam uma funcionária de boa aparência, deveriam estar exultantes, pois conseguiram uma de ótima. Não tem só boa aparência, mas me pareceu elegante na postura.

"O mundo é assim." é filosofia de patife acomodado.

Anônimo disse...

Não sou negra, mas tenho cabelo crespo e já fico ofendida quando amigas me pedem pra alisa-lo,alegando que ficaria ' mais arrumado'.
Imagina a Ester que é negra, o que não sentiu.
mandou muito bem com esse post, Lola. Nem tenho que acrescentar.!!
bjs;))

Anônimo disse...

ps: assino embaixo do comentário da ana alice

Liana hc disse...

Para quem acha contraditório contratar negros, com cabelos crespos para DEPOIS dizer que precisa alisar, isso já me aconteceu algumas vezes também e conheço várias que passaram pela mesma coisa. Isso é comum.

Essas pessoas estão tão certas de que você tem que se enquadrar e vai fazer isso sem qualquer resistência que fica implícito, normalmente nem precisa ser dito.

Em todo lugar onde recebi orientação sobre como se portar em entrevistas de emprego e no ambiente de trabalho, sempre me foi dito que temos que nos moldar ao estilo da empresa. De fato. Muitas pessoas que acham que cabelo é o mesmo que roupa, acessório, sapato etc, faz parte do código de VESTIMENTA. Não consideram ofensivo reclamar da cor, do cabelo, do físico em geral e isso para funções que não tem a menor importância. À propósito, eu nunca trabalhei como modelo de empresa que vende alisante ou coisa que o valha.



Gabriela Galvão,

eu também já frequentei uma academia em que a recepcionista e mais dois funcionários estavam bem fora do padrão modelo-malhado. Tem gente que acha que isso reamente influi no trabalho ou seria contrário ao serviço que a academia oferece. Tenho conhecidas que querem malhar, mas quando chegam numa academia se sentem desconfortáveis com o modo como as pessoas a tratam tipo "o que essa gorda tá fazendo aqui". Academia, para eles, é só para gente dentro do padrão, modelos esbeltos e que vão todos arrumadinhos como se um flash fosse disparar a qualquer momento e estampar a capa de uma revista famosa. Curioso isso, academia deveria ser para qualquer um que estivesse interessado no serviço. Não é a toa que essa academia que eu ia tem um clima bem melhor entre os frequentadores.

L disse...

''Se a escola fosse racista nem a teria contratado.''
A escola a contratou, mesmo sendo negra, mas queria que ela se encaixasse em um padrão branco, tentando aproximá-la o quanto possível desse padrão. Isso é racismo. É como dizer: ah, não podemos mudar a cor da pele dela, mas vamos tentar inserir características brancas nela. Porque é uma característica da maioria dos negros terem cabelo crespo, e pedir o alisamento é um abuso. É como pedir que uma pessoa faça plástica no nariz pra ter 'boa aparência'. Não é como pedir pra usar um determinado tipo de roupa.

Yanic disse...

Eu li essa reportagem e meu sangue ferveu. Eu sou publicitária, daquelas que fica no escritório e não fala com cliente. Minha profissão é a profissão das aparências e existe sim uma pressão para andarmos bem vestidos, mas não é nada parecido com as empresas mais caretas. Ironicamente, a publicidade é a área que mais abraça os visuais diferentes.
Recentemente, participei de várias seleções de trainee e em todas me senti excluída por que era a única com cabelos cacheados e coloridos. Todas, absolutamente TODAS as mulheres tinha cabelo liso, longo com as pontas descoloridas. Eu não fui selecionada em nenhuma dessas vagas, claramente não atendi os padrões visuais da profissão. Isso é parte da minha experiência. Eu não vou dizer que já fui discriminada, mesmo por que meu cabelo não é crespo e quando seu cabelo só é cacheado ele não é considerado “ruim”, mas eu sofro muito para passar minha seriedade profissional quando me apresento em uma empresa ou para um cliente. Já ouvi muito pessoas me perguntando se eu trabalho e criticarem colegas de trabalho por que a pessoa não alisa o cabelo.
Eu não consigo imaginar o que essa estudante está sentindo, eu imagino que seja um misto de raiva com resignação, por que é só observar como as salas de empresas só tem pessoas brancas para ver a dificuldade que se tem em ser negra e mulher no Brasil. Uma coisa é existir um código de vestimenta, sapato x, roupa y, unhas limpas. Outra é exigir que a pessoa alise o cabelo. Mas a gente tem que lembrar que estamos num país em que o tatuado é discriminado, que você não pode ter cabelos coloridos, que a suas roupas tem que ser as “normais”. É caso de racismo que também abrange outros níveis de preconceito, esse preconceito “estético”. No Brasil, você só tem o direito de mostrar a bunda na tevê.
Textinho legal sobre o direito de ter cachos: http://www.nytimes.com/2011/08/07/fashion/in-defense-of-curly-hair-the-mirror.html?pagewanted=all

Daní Montper disse...

Quero que me expliquem onde que não houve racismo na frase "o padrão daqui é o cabelo liso".

Se estivesse por lá, certamente iria no protesto "soltem os cabelos e prendam os racistas", a escola tem que rever seus conceitos urgentemente.

Lola, parece que há alguns racistas entre seus leitores, uma pena.

nenhum disse...

Cabelo não é roupa. Aliás, convenhamos, mulher negra bem produzida é mulher com cabelos bem cacheados e bem produzidos(Minha melhor amiga, negra, diz que isso dá um trabalhão).

Aliás, essa Ester é muito bonita, e os cabelos dela são lindos. Se isso não é aparência, não sei o que é. Eu mesmo estou me controlando para não escrever declarações de amor e de paixonite neste comentário.

nenhum disse...

Em academia está cheio de instrutor fora de forma: ou muito magro ou acima do peso.

Loja Moeggall disse...

Ginger, abusador(a),

Você apenas se exaltou, às custas de quem chama de mãe. E quem se humilha será exaltado, mas quem se exalta, será humilhado. Lixo de comentário o seu.

Loja Moeggall disse...

Majô, vc tem direito a sua opinião.

Onde foi que vc se decepcionou?

Por que não prolatei sentança condenatória transitada em julgado nesse caso em que nem nome completo a vítima tem?

Bjs

Ginger disse...

Eu

Pq vc se doeu pela LisAna? Ou vc é o fake da fake da LisAna?hum?

Não me exaltei em nada não filhona, apenas fiz um correlato de duas pessoas que me parecem muito iguais.

E vc, respondeu com a mesma petulância de sempre com que a LisAna responderia.

Quem se auto proclama ético ou humilde, de ético e de humilde não tem nada.

;D

Loja Moeggall disse...

A escola a contratou, mesmo sendo negra, mas queria que ela se encaixasse em um padrão branco, tentando aproximá-la o quanto possível desse padrão. Isso é racismo.(by L.)

Se for racismo, não é crime de racismo, a meu ver. Todos os grupos sociais procuram se homogeneizar, se identificar de alguma forma uns com os outros.
Cabelo liso em afro-descendentes não é novidade prá ninguém. Estamos cansados de ver. Até as brancas estão alisando cabelo. Vide Fatima Bernardes. É um padrão sim, e é comum. Se a moça em questão tem problemas com alisamento, aí é outra coisa. POde tratar os cabelos de outra forma, entende? Tive uma colega no colegial, alta, negra, que usava uma meia-peruca lisa com uma faixa. Eu, com minha juba desgrenhada, do alto da minha revolta hippie, tinha uma inveja danada dela, sempre arrumada.

Entendo que ela pode ter sofrido muito com a repreensão. Todos nós passamos por isso. É praticamente impossível não sofrermos rejeição por parte dos outros. Já pensaram o que é ter de viver debaixo de uma burqa? Pois é.

Loja Moeggall disse...

Não, Ginger, falei por mim mesma. Sou meio lenta.

Ética e humilde, só você. É o que eu dizia sobre os ímpios e os justos.

Justo, eu. Ímpios, todo o resto.

Anônimo disse...

queria a opinião do ali kamel sobre isso rsrsr

Anônimo disse...

lugares que exigem que mulher negra alise o cabelo, deveriam oferecer antes da entrevista um creme e uma chapinha e pelo menos uma hora de tempo para ela alisar seu cabelo....
[IRONIC MODE ON]

que idiotas!!!

Anônimo disse...

''Cabelo liso em afro-descendentes não é novidade prá ninguém.
Estamos cansados de ver. Até as brancas estão alisando cabelo.''

elas alisam porque quer, isso é outra coisa. quem não quer, não tem que ser obrigada a fazer isso para ficar no emprego... vc entende isso?
é a mesma coisa de meu chefe me pedir que eu tire a sombrancelha por exemplo (ela é grossa..) até que ponto ele tem o direito de
interferir no meu corpo? isso não tem nada a ver com se vestir bem... TODO mundo precisa
se vestir bem... claro, agora coisas acessórias como cabelo, sombrancelha.... isso é um pseudo padrão beirando ao higienismo.
ela assume o seu cabelo. cabelo de negra é assim mesmo, ao invés dela pirar e sair chapando queimando
estragando e detonando o cabelo sim porque isso DESTROI o cabelo, ela resolveu assumir , da menos trabalho.
No auge da xuxa para ser paquita TODAS tinham que ser loiras, e tinha muita morena que tingia de loiropara ser paquita, infelizmente algumas empresas se comportam assim, como se fossem xuxas escolhendos suas paquitas.. É RIDICULO e bizarro!
deveriam se preocupar com o que REALMENTE interessa, experiência e cursos extra curriculares.

Ginger disse...

Certo "Eu"

Justa é vc e a LisAna que defendem as coisas como são, assim como o André, pq "impios" são os que resolvem assumir a sua etnia sem se dobrar para convenções.

Parabéns.

Loja Moeggall disse...

Yulia, assumir etnia é uma coisa. Não tratar os cabelos PRÁ TRABALHAR é outra coisa. Nunca tive problemas em assumir minha mestiçagem, mas meu cabelo não segura escova. Então, prá trabalhar arrumadinha, com o público, eu fiz um permanente, fiz reflexo e dei um corte. Pois bem. Toda vez que lavava a cabeça ia correndo pro salão, fazia aquela escova, que durava dias, por causa do permanente e ficava satisfeitíssima.

Pelas fotos que a Lola postou, o cabelo da menina tava sem corte, sem trato, sem nada. Não força, tá?

Loja Moeggall disse...

Ninguém aqui me aborrece, A.

Já chamou uma mulher de v. hoje. pode ir dormir.

Loja Moeggall disse...

A primeira foto da menina, me pareceu que ela estava produzida. Nas fotos subsequentes, em frente a escola, não estava, pelo que percebi.

Jéssica disse...

"E quem se humilha será exaltado, mas quem se exalta, será humilhado."

Isso não faz absolutamente nenhum sentido.

Loja Moeggall disse...

" Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho (...).

E essa, Jessica, minha cara, faz sentido prá você?

Bjs

Ana Clara Telles disse...

Daní Montper, pois é. Eu fico abismada com a quantidade de feministas por aqui que são tão conservadoras e descriminadoras em relação a outras coisas que não o gênero.

Lord Anderson disse...

Caixa de comentarios cheia de citações biblicas num post onde não tem nada religioso sendo descutido...


Debates seguem por caminhos insolitos.

Ginger disse...

Aff, paro de comentar nesse post.

Onde já se viu uma MESTIÇA dizer que negro só pode ser aceito se ele se enquadrar numa dinâmica em que ele é inferiorizado?

Para o busão que eu quero descer!

Eu, na boa, ou vc é um troll ou vc é uma pessoa muito alienada, nos dois casos eu tenho pena de vc.

Pq na boa, vc está negando todo o racismo que há neste caso, talvez seja por medo de sofrer! Vai entender né?

Arnold

Não me ameaça não hein! que eu não tenho medo de ninguém!

Lord Anderson

Pois é, acho que aabei colaborando com isso, da minha parte essa discussão que já não tem muita relação com o post termina aqui.

:)

Anônimo disse...

Ginger, obrigada pela sua explicazao. Agora entendi que vc estah transferindo pra mim a imagem que vc tem da sua mainha. Voce estah equivocada a meu respeito, POREM eu compreendo como eh lidar com transferencia de imagem. Seu problema nao eh comigo e sim com sua mainha.

Pra evitar dissabor pro seu lado, sugiro vc nao ler meus comentarios pois jah sabemos de antemao o que isso vai ocasionar no seu fator psicologico. Prometo nao ler mais nenhum comentario seu justamente pra nao ler seus reportes a mim.

Qto ao que vc sente com relazao a sua mainha, o resto do mundo nao tem pq pagar o pato....

Anônimo disse...

hum... tem gente aqui precisando tomar um vidro de maracujina pra acalmar a impetuosidade antes de postar comentarios... rs... tomar maracujina e tomar cha de maracujah...

Ramon Melo disse...

Voltando ao assunto, e deixando de lado os ataques pessoais que empobrecem o debate, não entendi muito bem por que os cabelos não podem ser vistos como uma extensão do uniforme. Parece-me bastante válido para quem precisa lidar com o público.

Ah, não custa lembrar que a diretora mandou a estagiária prender os cabelos, e não alisá-los, e que, até agora, só a versão da vítima foi ouvida. Não dá para falar de justiça e ética nesses termos.

Sara disse...

Por favor Ana Alice nem me interprete mal ok, mas ao ler seu comentário sobre sua mãe não consegui deixar de lembrar de uma cantora q eu adorava, mas que morreu ha muito tempo, mas deixou canções lindissimas que tocam a alma da gente, mesmo sendo muito jovem vc ja deve ter ouvido falar dela.

"Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude

Está em casa guardado por Deus contando vil metal

Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo, tudo que fizemos

Nós ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais!

"Eu sinto tudo na ferida viva do meu coração

Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida

Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais

Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos

Ainda somos os mesmos e vivemos...
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais"

Sabe Ana eu ja passei pelos mesmos sentimentos que vc esta passando, achei um dia que jamais entenderia minha propria mãe, mas o tempo se encarregou de me mostrar muitas coisas.

Liana hc disse...

Ramon Melo,

"não entendi muito bem por que os cabelos não podem ser vistos como uma extensão do uniforme."

Cabelo não é extensão do uniforme porque nasceu com você, faz parte do seu corpo, é determinado geneticamente, da mesma forma que o seu nariz, o seu braço, a sua orelha, os seus olhos.

Ramon Melo disse...

E por causa disso não podem ser presos, Denise?

Já que é assim, também nascemos sem roupa, por isso devemos trabalhar desnudos?

Sara disse...

Me desculpe Ana Alice meu comentario era pra Ginger.

Ramon Melo disse...

Denise não, Liana. Peço desculpas pelo engano.

Sara disse...

Acho q esta havendo uma tremenda confusão de nomes aqui rrrsssss.

Anônimo disse...

Denise, mae eh coisa seria... nao existe coisa mais eficaz no mundo do que mae pra estrupiar a cabeza de filha... rs.... rs... eu tive uma amiga que perdeu a mae ainda meninota e qdo adulta ela dava grazas a Deus por naun ter mae de tanto que ela via conflitos entre as amigas dela e as respectivas maes... essa mulherada agressiva e hostil tem todas elas maes de amargar a vida de qq um... rs...

Sara disse...

Lisana eu não tenho muito essa coisa de idealização das mães, pra mim mãe não deixa de ser humana, só pq pariu.
Mas quando eu era bem mais jovem não aceitava isso, queria que minha mãe correspondesse ao que eu idealizava como sendo bom.
Tive muitos e serios atritos com ela, isso criou até uma distancia entre nós duas, mas hj eu a entendo muito melhor, consegui entender e até viver muito do que ela viveu, coisas que eu achava que jamais me aconteceriam porque eu me julgava muito justa, aconteceram exatamente igual na minha própria vida, na verdade repetimos muitos padrões que vivemos em nossas casas.
É aquela velha frase não gospe pra cima pq cai na sua cara.

Anônimo disse...

Denise, esse ideal materno eh criazao do cristianismo sob o catolicismo... e mulher de um modo geral tem esse ideal de que pra ser mulher completa tem de parir... eh uma paralelo ao somente Jesus salva....

Liana hc disse...

Ramon Melo, há uma diferença entre mandar todXs Xs funcionáriXs prenderem o cabelo e mandar alisar, se bem que mesmo assim acho uma coisa besta, já que não influi (salvo casos de higiene e segurança) em nada no desempenho profissional. Se fosse o caso seria melhor raspar logo a cabeça, não é. Ou homem se torna mais competente se estiver sem barba? Agora, se você acha que mandar em partes do corpo de alguém, sob o pretexto de que é imprescindível para o desempenho de uma função como mostrar as dependências de uma escola, é o mesmo que especificar vestuário... E também não saímos do útero com carro, com diploma, com computador. Não entendi a comparação entre nascer (nú) e exigências feitas no ambiente de trabalho. Até onde eu sei são situações distintas.

Não é a toa que o Brasil é campeão em cirurgias plásticas. Não há nenhuma grande separação aqui entre algo tão íntimo quanto o próprio corpo e as demais áreas da vida pública, em particular quando se trata do corpo feminino que é tido como um bem de uso geral e no qual todo mundo pode, ao menos, dar um pitaco.

Vera B disse...

"não entendi muito bem por que os cabelos não podem ser vistos como uma extensão do uniforme."


Uma coisa é pedir para prender o cabelo e que isso se aplique a TODAS as empregadas, como ocorre em lanchonetes, aeromoças, etc (e vejo isso como correto por causa da higiene, mesmo em aeromoças que servem lanches).

Mas, outra coisa é pedir para uma pessoa alisar o cabelo.
E é mais grave o caso, tendo em vista que, como podemos perceber, foi uma exigência direcionada a somente uma empregada.
Resumindo: é racismo!

Loja Moeggall disse...

E por causa disso não podem ser presos, Denise?

Já que é assim, também nascemos sem roupa, por isso devemos trabalhar desnudos? *(by Ramon)

Dá-lhe Ramon!!!

Lord A., as citações bíblicas o incomodaram?

Liana hc disse...

"E também não saímos do útero com carro, com diploma, com computador. Não entendi a comparação entre nascer (nú) e exigências feitas no ambiente de trabalho. Até onde eu sei são situações distintas." (by Liana)


Dá-lhe Liana!!!

Loja Moeggall disse...

Onde já se viu uma MESTIÇA dizer que negro só pode ser aceito se ele se enquadrar numa dinâmica em que ele é inferiorizado?*(by Ginger)

quem tá inferiorizando o negro é você.

Nunca fui e nunca vi ninguém ser inferiorizado por ser mestiço ou negro, mas por ser mulher, todo dia, a começar dos salários menores pela mesma função.

Loja Moeggall disse...

Ah, não custa lembrar que a diretora mandou a estagiária prender os cabelos, e não alisá-los, e que, até agora, só a versão da vítima foi ouvida. (by Ramon)

No texto do post, a moça foi instruída a prender o cabelo, mas
depois foi zoada por não alisar o cabelo. Duas situações aí, né?

Anônimo disse...

pra Eu...
melhor ignorar os ataques da gaja... qdo 1 naun quer 2 naun brigam...

Ginger disse...

Eu

è, sou eu quem que está dizendo aqui para aceitarmos as coisas como elas são, e botando a culpa na vítima, arrumando desculpas pra tudo e citando a biblia.

Sou eu que está inferiorizando o negro aqui ao dizer que todos deveriam fazer chapinha no cabelo pq isso é parte do que se espera sobre higiene e conduta de uniforme.

Senta lá Cláudia.

LisAna/Denise

Pq não se dão as mãos e vão cantar Elis Regina juntas?

¬¬

Anônimo disse...

Ginger,
Jesus te ama e eu tb... Boa Noite.

Loja Moeggall disse...

è, sou eu quem que está dizendo aqui para aceitarmos as coisas como elas são, e botando a culpa na vítima, arrumando desculpas pra tudo e citando a biblia.

Sou eu que está inferiorizando o negro aqui ao dizer que todos deveriam fazer chapinha no cabelo pq isso é parte do que se espera sobre higiene e conduta de uniforme. (by Gengibre)

Continua dizendo...rsrs

Sara disse...

Boa ideia Ginger as vezes na poesia encontramos explicações p tantas imbecilidades.

Loja Moeggall disse...

Reparei que alguns comentaristas gostam de comentar sobre os outros comentaristas na primeira oportunidade que apareça.

Comportamento infantil de quem não tem nada a dizer sobre o tópico.



dont feed the trolls...

Ginger disse...

kkk

Eu ser chamada de trol por qualquer uma das três é um elogio.

Vc's tres mais a Moema são as pessoas mais enrustidas que tem aqui nesse blog, estão cheias de preconceitos,mas mentem para vc's mesmas.

Colaborariam muito mais se não viessem aqui dizer suas bobagens

Loja Moeggall disse...

Denise, Como Nossos Pais é a música cantada pela Elis que eu mais gosto até hoje. É isso mesmo. Agora está na minha vez de contar o vil metal...rs

Bjs

Anônimo disse...

vai dormir, menina.... eh hora de crianza estar na caminha pra levantar cedo sem dar trabalho pra mainha.... Jesus te ama e eu tb.

Sara disse...

sera q preconceituosa não é vc Ginger por rotular pessoas assim???
Eu não quiz te atacar em momento algum, nem me considero racista, dificil entender de onde vc tira seus montros.
Seus comentarios são publicados assim como os meus, ao ler um deles me chamou atenção por isso me referi a vc, não esperava que uma simples musica cheia de poesia fosse te deixar tão irada, de qualquer forma parece q vc foi tocada por ela.
Talves no futuro vc pense de maneira diferente.

Loja Moeggall disse...

Esses são os trolls de verdade, Denise, veja alguns dos 'comentários' do abusador(a) Gengibre neste post:

Sério que sempre que se noticia uma coisa dessas as pessoas ficam querendo achar supostos motivos para duvidar do que está escancarado?

O senso de realidade e ridículo da LisAnaHD não está prestando desde sempre...
kkkk, sua boçalidade só pode ser de propósito.

@LisAnaHD
"Ginger, por que vc se importa tanto comigo?"
Pq vc é boçal igual a minha mãe! Deixa eu exemplificar:

E vc, respondeu com a mesma petulância de sempre com que a LisAna responderia.

Eu, na boa, ou vc é um troll ou vc é uma pessoa muito alienada, nos dois casos eu tenho pena de vc.

Vc's tres mais a Moema são as pessoas mais enrustidas que tem aqui nesse blog, estão cheias de preconceitos,mas mentem para vc's mesmas.(by gengibre)



dont feed the trolls

Anônimo disse...

"E vc, respondeu com a mesma petulância de sempre com que a LisAna responderia."

-- quero lembrar a vcs que o nome assunto do blog DEVER ser a ESTER...

Anônimo disse...

"Para Cleyton Wenceslau Borges, advogado de Ester e membro da União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (UNEafro), o racismo acontece tanto de formas diretas como indiretas. "Não há dúvidas de que quando é feita uma associação do cabelo crespo em contraponto ao cabelo liso, isso quer dizer que o cabelo liso é o correto, o bonito, o padrão", afirmou. De acordo com Borges, uma investigação criminal já está em andamento.Também serão exigidas indenizações nas áreas trabalhista e cível por ofensa à dignidade e à honra como mulher negra, além de abalo psicológico."

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/12/funcionaria-diz-ter-sido-discriminada-por-cabelo-crespo-em-colegio-de-sp.html

Ester estah sendo muito bem assessorada, portanto bandeira branca aqui nos comments...

Ramon Melo disse...

Liana, eu estou sendo realista. Ela se candidatou a um trabalho que exige que certos padrões de beleza sejam mantidos, logo já era de esperado que mudanças seriam requisitadas. Se até o ícone máximo do padrão normativo de beleza, a Gisele cujo sobrenome é impossível de ser digitado no celular por causa da autocorreção, precisa se arrumar para o trabalho, por que a Ester não seria?

Eu argumentaria que cabelos cacheados impõem mais personalidade, mas não sou o patrão dela, nem estou no lugar dela.

Existe uma linha clara nessa estória que separa uma ordem justificável - "prenda os cabelos" - de um comportamento racista e um assédio moral - "o padrão aqui é cabelo liso". É isso o que importa e o que não ficou claro até agora, porque a tal diretora desapareceu do mapa.

Na teoria, é bonito defender que o que importa é a competência e a seriedade do profissional. Na prática, o cliente não fecha negócio se o profissional está com a barba mal feita, sem maquiagem ou de cabelo desarrumado.

Loja Moeggall disse...

Oi, Lisana!


"Não há dúvidas de que quando é feita uma associação do cabelo crespo em contraponto ao cabelo liso, isso quer dizer que o cabelo liso é o correto, o bonito, o padrão"*(by advogado Ester)

só que isso não é crime.

prá esse caso ir prá frente, tem que ser provado o assédio moral sistemático por parte de superior hierárquico.

Anônimo disse...

bem, Eu, de qq maneira Ester estah amparada por um advogado que farah todo o possivel em defender os direitos da estudante... mais do que isso ninguem aqui conseguirah...

Loja Moeggall disse...

Também serão exigidas indenizações nas áreas trabalhista e cível por ofensa à dignidade e à honra como mulher negra, além de abalo psicológico."*(advogado)

indenização por dano moral tem que ser acompanhado por culpa compatível da parte do acusado.

Não vi ofensa à honra de ninguém até agora.

O capítulo do Código Penal Brasileiro que trata dos Crimes contra a honra trata dos crimes que atentam contra a honra subjetiva ou a honra objetiva, seja prejudicando a dignidade pessoal ou a fama profissional, retirando do indivíduo seu direito ao respeito pessoal. Neste capítulo estão tipificadas a calúnia, a difamação e a injúria.

O ato imputável tem que ter sido com o intuito de ofender.

Crimes de calúnia e difamação estão fora de questão.

Crime de injúria, tem que provar a ofensa à dignidade ou o decoro.

Decoro: decência.

Ela foi chamada de indecente ou tratada indecentemente?

Loja Moeggall disse...

Completando...não há tipificação de crime por assédio moral no CP Brasileiro ainda.

Sim, Lisana, obrigada pela informação que vc trouxe, viu?

Bjs

Anônimo disse...

bem, o dia 13 ta chegando e bem ali na porta da escola vai haver um evento "o cabelo eh meu e naun se metam com meu estilo" portanto esse assunto ainda vai rolar na midia pelo menos ateh o Papai Noel chegar... e quem sabe Papai Noel presenteie Ester de maneira que ela se saia taun bem qto a Geyse.

Anônimo disse...

De nada, Eu. Quem presta atenzao aos meus comentarios vai se dar conta de que eu trago coisas positivas pra serem tomadas em conta... infelizmente algumas pessoinhas leem e naun ponderam... apenas se deixam levar pela impetuosidade ao responder e partem pra ofender... o que eh perda de tempo pro meu lado.

No seu caso, vc leu e analisou e deu seu parecer. Todos saem ganahando pq todos podem aprender algo. Obrigada digo eu.

Anônimo disse...

''Yulia, assumir etnia é uma coisa. Não tratar os cabelos PRÁ TRABALHAR é outra coisa.''


JÁ vi que tu não entende XONGAS de cabelocrespo. o que é tratar o cabelo crespo para vc? alisar? passar uma tonelada de cremes químicas em cima? ela não está descabelada, ela está
com o cabelo natural, tanto que a contratante não recomenda
creme, recomenda ALISAMENTO! uma intervenção agressiva que acaba com os fios, isso é um absurdo!

''Nunca tive problemas em assumir
minha mestiçagem, mas meu cabelo não segura escova''

que bom pra vc, mas talvez a dela seja assim, porque é assim.
pare de julgar os outros , vc não sabe como é o cabelo de negro
não fale bobagem.

''Então, prá trabalhar arrumadinha, com o público, eu fiz um permanente''

meus parabéns... clap clap... vc fez porque quis.
as outras não são obrigadas a fazer só porque. outras fazem, ela não é vc ela é ela ponto.

Anônimo disse...

Os caras continuam associando mundo corporativo com show bizz... INACREDITÁVEL.

Deize disse...

Bravíssimo, Ana Alice!

Loja Moeggall disse...

JÁ vi que tu não entende XONGAS de cabelocrespo. o que é tratar o cabelo crespo para vc? (by Yulia)

Pergunta prá Ester que ela sabe o que é tratar o cabelo crespo.
Na foto inicial do post ela tá com o cabelo arrumado, e tá lindo.

Anônimo disse...

"Praticamente todo time de basquete do colégio . . . foi suspenso após entoar gritos de guerra racistas no vestiário e ofender . . . a única atleta negra do time."

leia mais http://br.esportes.yahoo.com/blogs/redacao/grito-guerra-racista-faz-time-basquete-colegial-inteiro-025921988.html

Anônimo disse...

http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/racismo-no-brasil/12220-carlos-moore-brasil-vive-uma-grande-hipocrisia-os-brancos-brasileiros-negam-o-racismo

pessoal, eh o link de um video excelente... "Carlos Moore: Brasil vive uma grande hipocrisia, os brancos brasileiros negam o racismo."

Carlos Moore eh um etnologo cubano com portugues fluente.

Denise disse...

A babilônia é aqui!!! Se no caso fosse um homem careca ou calvo e a diretora tivesse pedido para ele usar peruca ou fazer um implante, seria aceitável também, né? Porque pela lógica de algumas pessoas aqui é normal e aceitável isso. Eu acho que tem uma galera que anda tomando muito café por aqui :P

Anônimo disse...

"Pergunta prá Ester que ela sabe o que é tratar o cabelo crespo.
Na foto inicial do post ela tá com o cabelo arrumado, e tá lindo."

--rs... rs... eh isso mesmo... dois pesos, duas medidas...

nenhum disse...

"Ela se candidatou a um trabalho que exige que certos padrões de beleza sejam mantidos"

Putz, e eu achava que eu era o machista desta caixa de comentários. Ora bolas, ela foi contratada como estagiária de uma escola, não como garçonete da Hooter´s.

Achar que qualquer mulher tem que se submeter a padrões de beleza para conseguir um emprego basicamente administrativo e demais, mesmo para meus níveis de machismo.

nenhum disse...

Outro ponto importante: boa aparência é uma coisa, saber se apresentar em público é outra coisa.

Quem conhece mídia e política dos EUA deve conhecer a Gwen Ifill, da PBS, que não se encaixa em nenhum "padrão de beleza"(Sim, ela é obesa, é negra). Mas ela, além de ser uma fenomenal jornalista, sabe se apresentar muito bem em público, o que lhe explica o respeito que ela conseguiu entre seus pares.

Loja Moeggall disse...

nenhum, eu também gostava muito de como a Benedita da Silva se apresentava. Cada penteado liiindo...

Anônimo disse...

Lola, esse link eh pra vc

A Dilemma for Black Women in Broadcast Journalism

‘They say you look militant, like Angela Davis. You're scaring them!’
By Renee Ferguson

http://www.nieman.harvard.edu/reports/article/100240/A-Dilemma-for-Black-Women-in-Broadcast-Journalism.aspx

Anônimo disse...

cabelo arrumado= cabelo preso.

cabelo solto é estilo e não desleixo. as que tem cabelo liso podem usar solto , ela não?
sei sei....

solte o cabelo e prendam os racistas, ADOREI o chamado. Perfeito, define bem o que ocorreu.

Loja Moeggall disse...

cabelo solto é estilo e não desleixo. as que tem cabelo liso podem usar solto , ela não?
sei sei....(by Yulia)

É sim, Yulia, mas na foto em que ela posou, o cabelo estava diferente, num tava não?

tsc, tsc, tsc...

Anônimo disse...

1-2-3 e Ester vai ser convidada pra ser garota propaganda pralgum xampu ou pralguma marca de cerveja... e tb pra desfilar em alguma escola de samba no Carnaval 2012...

Beth Blue disse...

Mais um texto maravilhoso, desta vez não pude deixar de comentar pra dizer que sou sua fã.

E olha, se "o mundö é assim", para o mundo que eu quero descer. Tem gente que além de alienada ainda é hipócrita (esses são os piores).

E concordo, a estagiária é negra e muito bonita. Ganha de muita loura de cabelo alisado que andei vendo aí pelas ruas. Cabelos crespos já!

greetings from Amsterdam

Ramon Melo disse...

Denise, se ela fosse pagar o implante, até eu me candidatava ao emprego.

Nenhum, ela era estagiária de marketing, e o papel dela era apresentar a escola aos pais. Não é um serviço administrativo.

Às demais, ninguém disse à ela que alisasse os cabelos, só que os prendesse. Nenhuma alteração física foi exigida, não existe nenhum crime nisso. O próprio advogado dela está trabalhando a defesa em torno do assédio moral.

Estou começando a me repetir demais, por isso vou parar de responder. Mas continuarei lendo, se algo de novo surgir no tópico.

Anônimo disse...

Não posso acreditar no que tenho lido em alguns comentários.
cabelo crespo tem que ser alisado pra ficar' arrumado'?...
cabelo crespo é sinônimo de desleixo?... é ' defeito'?...

Pára o mundo que quero descer!!!

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