Esta crônica deve ter alguns anos, quando nosso fofíssimo cachorrinho Hamlet ainda estava vivo (ele morreu em dezembro de 2007, chuif). Nunca foi publicada em lugar algum. Aliás, não tava nem no computador. Era um bilhetinho que anotei e deixei dentro de uma pasta, por toda a eternidade, pelo jeito.
O cachorrinho está cheirando mal. Há soluções óbvias, como manter o coitadinho fora do quarto e, principalmente, da cama. O maridão promete que vai dar banho nele assim que eu sair pra trabalhar. Eu demoro um pouquinho, porque estou verificando o guarda-roupa, e vejo que a blusa que eu queria usar ficou tempo demais no armário, e agora está com cheiro de mofo. Peço pro maridão cheirá-la pra confirmar, e ele:
- Não tô sentindo nada.
- Tá, isso eu sei. Você não tem mais olfato.
- Dá uma voltinha ao vento que o cheiro sai.
- Amor, você é brilhante! Como não pensei nisso antes?
- E leva o Hamlet.
7 comentários:
Lola, adorei o mini conto!
Fiquei imaginando uma (ou um?) sketch desta cena.
=)
Bom domingo!
Beijos
Seu blog nos fins de semana aborda temas mais leves isso não quer dizer que ninguém os leia, viu?
hehehehe
que simpático!
Parabéns pelo seu blog, estou aprendendo muito por aqui.
beijo.
Mas tá curto demais.Faz um super post falando sobre seus dialogos com o Maridão uai
Uma hq que conta a história do racismo nos eua que também serve para o Brasil. Vi e achei interessante:
http://euvimdabahia.files.wordpress.com/2010/03/a-historia-do-racismo-nos-eua.png
Beijos!
Acredite, há coisas piores que cheiro de mofo. Ou do cãozinho.
É impressionante a capacidade de adaptação do ser humano.
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