Adorei ter ido ao 1o Encontro de Blogueiros Progressistas, que aconteceu em SP no final de semana, e tenho a impressão que todo mundo que participou adorou também. Foi corrido (eu estive num avião na madrugada de sexta pra sábado e de domingo pra segunda), mas valeu a pena. O mais incrível é que havia 323 pessoas de 19 estados. Isso sim é um enorme contraponto à mídia tradicional, sempre centrada no eixo Rio-SP.
Bom, por onde começar? Imagino que vocês devem ter acompanhado algumas transmissões ao vivo que foram feitas. Eu escrevi algumas anotações pra poder me lembrar de tudo. A primeira pessoa que conheci foi o Fábio, que estava chegando de Recife e pegou o mesmo ônibus que eu de Guarulhos pra Praça da República. Muito bom conversar com um jovem idealista, que é como todos os jovens deveriam ser (me sinto com cem anos de idade falando assim, mas vocês já notaram como tem muito jovem conservador? Conservar o quê, nessa idade?!).
Lá no auditório do Sindicato dos Engenheiros (mais tarde, um blogueiro numa cadeira de rodas, o Enio, reclamou, com total razão, por um sindicato de engenheiros não ter acesso para pessoas com necessidades especiais!), a primeira mesa demorou um pouco pra ter início, porque o pessoal estava arrumando os fios e câmeras pra transmissão. Enquanto isso, o pessoal ia chegando, ainda um pouco tímido. Interessante ver os grandões da blogosfera de esquerda, digamos (o “progressistas” ainda não me cai nada bem), tão de perto, todos bem acessíveis. Rodrigo Vianna abriu a sessão, dizendo que prefere o termo velha mídia à grande mídia, já que ela deixou de ser grande.
Uma blogueira que eu não conhecia, Débora Silva, das Mães de Maio, fez um discurso comovente. Seu filho, que não tinha antecedentes criminais, foi uma das 562 pessoas assassinadas em uma semana de maio de 2006, em SP. Foi a retaliação da política paulista à revolta do PCC. Ela lembrou que 562 pessoas, vítimas do Estado, representam uma matança maior por parte da polícia que durante toda a ditadura militar. Graças à mobilização, essas mães conseguiram mandar 22 policiais pra cadeia. Débora disse que a blogosfera não pode substituir as ruas, e pediu para que o capitalismo não nos impeça de pensar. Ela se emocionou muito e chorou, e eu também, óbvio.
Luis Nassif falou muito bem e nos contou um pouco de história: em 2005, a velha mídia (Veja, Folha, Globo, Estadão) quis criar um movimento de impeachment pra destituir o Lula. Eles tinham que afastar jornalistas que não seguissem 100% a linha editorial do veículo, mas não podiam simplesmente demitir, pra não parecer uma conspiração. O papel de delator coube a Diogo Mainardi, que organizou uma lista de jornalistas “petistas” e iniciou uma máquina de roer reputações. Tudo que ele dizia era repetido por toda a mídia. Isso tinha as impressões digitais do Serra. Os quatro grupos continuam ligados, mas enfraquecidos. Nassif disse que, se Serra ganhasse (ninguém mais, nem o próprio PSDB, acredita que ele ainda tem chance), o presidente juntaria o poder do Estado com o poder da mídia, um retrocesso de décadas. Nassif se mudaria pra Montevidéu (alguns preferem Miami).
Paulo Henrique Amorim afirmou que a luta pela liberdade de expressão não acaba com a fragorosa derrota do Serra. Em breve Serra será apenas um twitteiro medíocre, nas irônicas palavras de PHA, mas, apesar de nós blogueiros sermos “uma combinação de Einstein com Machado de Assis, opinião não ganha o jogo. O que ganha o jogo é informação”. Ou seja, PHA acredita que os blogs precisam começar a criar informação, não apenas opinar sobre a informação dos outros. Como exemplo, ele citou o Cloaca News, que buscou uma reportagem antiga do Cruzeiro para mostrar que Boris Casoy pertenceu ao Comando de Caça aos Comunistas. Nessa hora eu pensei no Boteco Sujo, que foi quem colocou no ar a notícia da Geisy hostilizada na Uniban. O negócio estourou, e a velha mídia teve que correr atrás de um furo de um blog. Mas o pessoal do Encontro preferiu se lembrar do Mosquito. Olha, admiro a coragem do cara. Ele responde a 53 processos em SC. Mas sorry, não concordo com seus métodos. No caso do estupro de uma menina de 13 anos por dois ou três garotos de 14, ele colocou todos os nomes (inclusive o da vítima!) em seu blog. E colocou a foto de um dos rapazes. E o clima era meio fascistóide demais pro meu gosto, quase pedindo pena de morte pra meninos de 14 anos. Eu não sou tão facilmente manipulada assim, né? Sei que a Record só está dando a maior cobertura pro caso porque envolve a sua rival, a RBS (mais tarde Túlio Vianna, em sua sessão, teve que dizer que não vê vantagem em ter monopólio da Record sobre a Globo. O auditório aplaudiu. Ninguém gosta da Globo, lógico, nem de monopólios. Mas querer que a gente morra de amores pelo Edir Macedo é pedir o impossível).
PHA foi duro e direto sobre a força da blogosfera. Respondendo a uma pergunta do público, ele disse: “os blogs não influenciam o resultado eleitoral”. E explicou que a comunidade é muito pequena ainda, e que, pra mudar o quadro, só com banda larga e acesso à internet para toda a população. “Estamos aqui para aprender a usar a internet. Estamos aqui para lutar pela liberdade de expressão. Não podemos perder o norte”, completou ele.
Outras pessoas também pegaram o microfone para discursos curtos (curtos porque os moderadores, Rodrigo e Leandro Fontes, precisavam cortar). Um deles foi Brizola Neto, que hoje faz um dos melhores blogs políticos da internet, além de uma divertida imitação da voz do seu avô. Outro foi Emir Sader (que, por mim, teria falado muito mais, mas os organizadores preferiram não dar destaque a candidatos nas eleições). Ele brincou que não quer chutar tucano morto, e recomendou que não fiquemos num debate entre estatal e privado, mas entre público e mercantilista. Alfredo, um jornalista, queixou-se que pra conseguir anunciantes para uma publicação, só batendo no governo federal.
Aí todo mundo foi almoçar. Quer dizer, todo mundo ao mesmo tempo não, que não caberia todo mundo no restaurante perto do evento. Comida excelente, por sinal. (E eu me divirto vendo os reaças criticando o Encontro por ter dado almoço e hospedagem grátis a todos os participantes. Parece que é crime conseguir patrocinadores que possibilitem esses mimos a blogueiros, sabe, blogueiros que, na sua imensa maioria, não ganham um centavo com seus blogs. Os reaças realmente interpretam ao pé da letra o mantra de seus economistas, “There's no free lunch”).
À tarde, houve um ótimo painel para orientações jurídicas. Tulio Vianna fez uma das melhores apresentações e arrancou muitos aplausos e risos. Tenho a maior admiração por pessoas que fazem rir, ainda mais falando de um assunto sério. Com todo o respeito a Cynthia, minha amiga virtual que ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente, fiquei encantada com seu marido. Túlio é simpático, bonito, e tem aquele sorriso de mil quilowatts. Ele falou de responsabilidade civil e penal, e das diferenças entre calúnia (imputar um crime a alguém; por exemplo, dizer que um blog recebe verba pública, que é comprado, o que implica corrupção) e difamação (imputar um fato desonroso). Quando se acusa alguém num blog, é preciso deixar claro que trata-se de uma suspeita, que precisa ser investigada, e expor provas. Ele disse também que blogueiro se assusta fácil com ameaça de processo. E sugeriu que se processe um blog apenas se ele for mais importante que o seu. Se não, é como brigar com um bêbado na rua. Se não, você estará dando visibilidade pro troll. Ignore totalmente. Não leia, não responda, não dê indiretas, não perca tempo. Eles odeiam ser ignorados (essas dicas se aplicam também a como lidar com trolls, independente da parte jurídica. Eu preciso aprender a ignorar troll, ainda mais se estou pensando em entrar no Twitter. Túlio, que hoje se considera muito mais twitteiro que blogueiro, sempre foi meu modelo no quesito “como ignorar trolls”).
Marcel Leonardi, outro advogado, explicou que posts mais polêmicos, se forem disseminados (reproduzidos em vários blogs), têm muito menos chances de render processo. E disse que praticamente todo blog, inclusive os anônimos, podem ser encontrados. Eu fiz uma pergunta, por escrito, querendo saber sobre direito de resposta, que eu considero um meio muito mais conveniente do que um processo. Ele explicou que, pra direito de resposta, não é preciso uma ordem judicial. Uma pessoa pode criar um blog para responder às acusações, ou pode responder nos comentários.
Paulo Rená disse que, unida, a blogosfera pode mudar algumas coisas, como essa injustiça (a meu ver) de um blog ser responsabilizado criminalmente por alguma coisa escrita na caixa de comentários. Olha, foi toda uma discussão muito instrutiva.
O outro painel, iniciado logo a seguir, foi sobre como financiar a internet. Nele falou Geórgia Pinheiro, que trabalha na área comercial do Conversa Afiada, do PHA (sim, todos os blogs grandes têm equipes, embora pequenas. Na de PHA são quatro pessoas). Ela contou que o CA tem quatro milhões de page views (não visitas) por mês (o Vi o Mundo, só pra efeito de comparação, está chegando aos dois milhões agora. Euzinha, este mês, talvez chegue aos 85 mil. Page views, não visitas). PHA responde hoje a 28 processos, o que faz Geórgia concluir que “Ter liberdade de expressão custa caro”.
Tanto ela quanto Leandro Guedes deram dicas práticas de como fazer blogs renderem algum dinheiro, como colocar banners, links patrocinados (quando palavrinhas no texto aparecem grifadas), Buscapé (cada click rende 25 centavos, mas, pelo que li aqui,de admiração, constatei que a maior parte do pessoal tinha blogs bem pequenos. Só eu que acho 50 reais pouquinho? Leandro foi mais otimista, dizendo que a maior parte dos blogs alcança um nicho de mercado, o que pode ser comercializado. Mas o editor da Caros Amigos, que fez uma pergunta, disse que os anunciantes ainda estão presos ao CPM – Custo por Mil (ou seja, de cada mil reais que você anuncia, quantas pessoas você atinge?). As empresas preferem a grande mídia, ao invés das pequenas. Ainda assim, é importante que cada blog saiba quem é o seu público.
O moderador da mesa, Renato Rovai, defendeu que os sindicatos parassem de anunciar na velha mídia, e anunciassem na blogosfera. De fato, qual a vantagem de um sindicato anunciar numa Veja? Alcança muita gente, é verdade, mas é um público que detesta sindicatos. Rovai lembrou que fazemos jornalismo público, não estatal, e que precisamos apresentar um conteúdo regionalizado, compartilhado, para se contrapor ao que a mídia vende, sempre pasteurizado, padronizado. Ele defende que o governo separe uma parte do que dá à grande mídia para criar um fundo que seria distribuído aos blogs, por meio de discussões do governo e da sociedade, através de projetos.
No painel seguinte a exposição mais educativa foi a da Conceição, conhecida como Maria Frô, que argumentou para que todos entrassem no Twitter, e explicou como usar a ferramenta. Ela disse que hoje o Brasil já tem 20,5% dos twiteiros do planeta. Só perde pros EUA. É, acho que não vou ter como escapar...
Anotei outros dados fascinantes, mas, já cansadérrima, esqueci de escrever quem disse o quê, mil perdões. Por exemplo: mesmo que ainda falte muito para que os brasileiros fiquem conectados, 25% da população do país acessa a internet pelo menos uma vez por dia. Infelizmente, das mil e pouquinhas concessões da mídia, 996 pertencem a quatro famílias. Em outras palavras, o latifúndio da informação no Brasil continua gigantesco.
Houve muitas referências à fala do Serra, que na semana passada reclamou de “blogs sujos”, sem dar nome aos bois. O Cloaca News quer entrar na justiça pra que Serra seja mais específico. Mas o mais provável é que o nome “blogs sujos” tenha a ver com o fato da primeira reunião entre os organizadores do Encontro ter ocorrido no Sujinho, né? Afinal, o esquema Eduardo Graeff de difamação funciona do lado de lá. No início da noite de sábado, o Encontro decidiu premiar com o Troféu Corvo a Judith Brito, “o que restou da oposição no país”. Judith, para quem não sabe, é atual presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), e faz poucos meses admitiu que, na falta de um partido político que faça oposição ao PT, quem assumiu esse papel foi a grande mídia. Já o Troféu Barão de Itararé foi dado ao Cloaca, um tímido gaúcho de meia idade que todo mundo queria conhecer. Ele foi aclamado, merecidamente. Mas eu também queria descobrir quem era o Prof. Hariovaldo.
Opa, como isso daqui tá mais parecendo um livro com vinte volumes, é melhor eu resumir. No dia seguinte, domingo, o pessoal se dividiu em seis grupos (o número de cada um vinha no crachá). Eu era responsável pela moderação no grupo 2, o que não foi muito necessário. Cada pessoa teve três minutos para se apresentar e falar sobre o seu blog. Na realidade, havia muita gente que era apenas leitora de blogs (e que, a gente espera, se motivem a criar seu próprio blog). Algumas disseram que vieram ao Encontro para ouvir pessoas de esquerda, algo que não é tão comum no dia a dia. Outras, que têm blogs mais comunitários, como a Tatiana, destacaram a presença da Débora, da Mães de Maio, como um exemplo do que falta à blogosfera. Milton, um trabalhador braçal, deu um depoimento emocionante: ele diz estar feliz por poder ler gente que lhe dá mais argumentos. Ela lia jornais, e reparava que “os suprassumos do mundo, o pessoal que tem mestrado e doutorado”, parecia ter o mesmo pensamento e só defendia o lado deles. Aí descobriu blogs, que têm opiniões variadas.
Bom, foi muito bom ouvir tanta gente, com tantas visões diferentes, mas pra mim faltou um pouco de debate no meu grupo. Tipo, claro que o que eu disse é polêmico e gerou interrupções (blogueiros progressistas não gostam de ser lembrados que são machistas), tanto que alguns carinhas do grupo vieram falar comigo durante o lanche, pra me convencer que eu estava errada, que não há discriminação alguma contra blogueiras que escrevem sobre política, e que, óbvio, a culpa é nossa por não escrevermos sobre política ou por não termos representação parlamentar. Eu quase joguei um sanduíche no Júlio. Mas sabe, eles não fazem por mal. Eles simplesmente não sabem. Nunca pararam pra pensar por que mulher é vista como um nicho de mercado, inclusive dentro da blogosfera.
A reunião com os grupos levou mais de três horas e meia. Conseguimos fazer uma pauta de propostas para apresentar à plenária, que aconteceu depois do lanche. Tenho que dizer que o Miro Borges é um moderador e tanto, além de ser uma simpatia. Houve muitas propostas, e várias eram antagônicas. Um item polêmico foi a respeito do nome. Muita gente, eu inclusa, não gosta do progressistas. Alguns queriam só tirar a adjetivação e deixar Encontro de Blogueiros. Houve sugestão de “blogueiros livres”, “blogueiros independentes”, “blogueiros de esquerda”. Eu, por mim, ficava com o “Blogueiros de Esquerda”. Mas algumas pessoas acham que isso engessa demais a participação, e que havia alguns blogueiros que não são de esquerda no evento (e são progressistas? Eles não erraram de congresso não?). Como não chegamos a um consenso, o público decidiu continuar com o “progressistas”. Pelo menos até o próximo Encontro.
Miro sugeriu que o próximo, ainda sem local definido, mas de preferência em outra região, mude para o primeiro semestre, abril ou maio (mais barato para viajar que junho/julho), para não ficar em cima das eleições, o que pode ser um problema. Algo muito, muito legal é que há um incentivo para que façamos encontros estaduais, com oficinas (coisas práticas e básicas, tal qual como fazer um blog, sei lá, como tirar print screen da tela, que nem todo mundo sabe). Havia quatro blogueiros do Ceará no Encontro, e vamos nos mobilizar para reunir outros blogueiros do Estado, nem que nossa primeira reunião seja numa mesa de bar, com euzinha aqui bebendo água sem gás. Vocês topam, né?
As propostas concretas incluíram uma criação de um “pronto socorro online”, para ajudar a tirar dúvidas (inclusive jurídicas); a inclusão de uma emenda constitucional que garanta banda larga para todos os brasileiros; a criação de um portal agregador (por enquanto, apenas o Barão de Itararé) que inclua todos os blogs progressistas, divididos em categorias; e a sugestão de que uma porcentagem do que o governo investe na velha mídia vá para a blogosfera, em forma de anúncios. Este é um assunto polêmico, o único, evidentemente, que os reaças pinçaram. Tinha gente no Encontro que não quer nem ouvir falar em dinheiro. Mas o ponto acabou entrando na carta. Pessoalmente, sou a favor. Se a gente fica nesse blábláblá de que blog não tem que dar grana, que a gente dedica horas dos nossos dias apenas por idealismo, nunca cresceremos para poder competir de igual pra igual com a velha mídia ― ela sim, totalmente financiada por verbas privadas e públicas. Aliás, uma das críticas ao governo é que ele não teve coragem de patrocinar parte do Encontro. Não houve um centavo de dinheiro público. Ué, mas por que não? O governo não dá montanhas de dinheiro pras quatro famílias? E aí, quando surge uma mídia alternativa, as portas se fecham. É bom pra todo mundo que a blogosfera cresça e apareça, para que não haja concentração de poder e de opinião. Seria uma maravilha se cada um tivesse um blog. E isso inclui os blogs de direita. Mas eles podem fazer seus próprios encontros, e lutar pelas suas próprias propostas, que não condizem com as nossas. Quer dizer, eles já fazem isso. Aquele encontro do Millenium foi o quê?
Pra carta, que vocês podem ler aqui, houve montes de moções, votações, palavras de ordem, etc. Cada palavrinha era contestada. Mas democracia é isso.
No final, Miro abriu as contas do evento, que logo serão publicadas num blog. Tudo transparente, com nota fiscal. O Encontro, até agora (falta pagar outras despesas), custou 35 mil. Com as cotas de 3 mil reais cada, a receita foi de 70 mil. Mas, por enquanto, como alguns patrocinadores não pagaram, a renda é de 40 mil. Ele tem certeza que os patrocinadores vão pagar. Portanto, deve sobrar uns 35 mil para o próximo Encontro, que deve ser muito maior, talvez com dez vezes mais gente.
E não vai nem dar tempo de eu falar de todo mundo que tive o prazer de conhecer. Só vou citar algumas pessoas: a Cláudia é um amor, e muito inteligente também. Adorei conversar com ela. Também amei conhecer o Daniel, do famoso Blog da Dilma (não oficial, mas que têm mais visitas que o blog oficial), que é daqui de Fortaleza e uma ótima pessoa (fiquei chateada por não conhecer a Jussara). E mais um monte de gente: a Cris (com quem dividi o quarto), o Diego, o Azenha, as duas Conceições, o Hélio, o Rogério, uma outra Claudia, a Ruth, só pra citar uns pouquinhos. Eu queria ter foto de todo mundo, mas a câmera que levei eu só consegui usar no comecinho de sábado. Devo ter apertado uma teclinha qualquer, e o troço se recusou a funcionar. Taí uma boa dica pra uma oficina: como usar uma câmera digital. Tem gente que não sabe.
Bom, por onde começar? Imagino que vocês devem ter acompanhado algumas transmissões ao vivo que foram feitas. Eu escrevi algumas anotações pra poder me lembrar de tudo. A primeira pessoa que conheci foi o Fábio, que estava chegando de Recife e pegou o mesmo ônibus que eu de Guarulhos pra Praça da República. Muito bom conversar com um jovem idealista, que é como todos os jovens deveriam ser (me sinto com cem anos de idade falando assim, mas vocês já notaram como tem muito jovem conservador? Conservar o quê, nessa idade?!).
Lá no auditório do Sindicato dos Engenheiros (mais tarde, um blogueiro numa cadeira de rodas, o Enio, reclamou, com total razão, por um sindicato de engenheiros não ter acesso para pessoas com necessidades especiais!), a primeira mesa demorou um pouco pra ter início, porque o pessoal estava arrumando os fios e câmeras pra transmissão. Enquanto isso, o pessoal ia chegando, ainda um pouco tímido. Interessante ver os grandões da blogosfera de esquerda, digamos (o “progressistas” ainda não me cai nada bem), tão de perto, todos bem acessíveis. Rodrigo Vianna abriu a sessão, dizendo que prefere o termo velha mídia à grande mídia, já que ela deixou de ser grande.
Uma blogueira que eu não conhecia, Débora Silva, das Mães de Maio, fez um discurso comovente. Seu filho, que não tinha antecedentes criminais, foi uma das 562 pessoas assassinadas em uma semana de maio de 2006, em SP. Foi a retaliação da política paulista à revolta do PCC. Ela lembrou que 562 pessoas, vítimas do Estado, representam uma matança maior por parte da polícia que durante toda a ditadura militar. Graças à mobilização, essas mães conseguiram mandar 22 policiais pra cadeia. Débora disse que a blogosfera não pode substituir as ruas, e pediu para que o capitalismo não nos impeça de pensar. Ela se emocionou muito e chorou, e eu também, óbvio.
Luis Nassif falou muito bem e nos contou um pouco de história: em 2005, a velha mídia (Veja, Folha, Globo, Estadão) quis criar um movimento de impeachment pra destituir o Lula. Eles tinham que afastar jornalistas que não seguissem 100% a linha editorial do veículo, mas não podiam simplesmente demitir, pra não parecer uma conspiração. O papel de delator coube a Diogo Mainardi, que organizou uma lista de jornalistas “petistas” e iniciou uma máquina de roer reputações. Tudo que ele dizia era repetido por toda a mídia. Isso tinha as impressões digitais do Serra. Os quatro grupos continuam ligados, mas enfraquecidos. Nassif disse que, se Serra ganhasse (ninguém mais, nem o próprio PSDB, acredita que ele ainda tem chance), o presidente juntaria o poder do Estado com o poder da mídia, um retrocesso de décadas. Nassif se mudaria pra Montevidéu (alguns preferem Miami).
Paulo Henrique Amorim afirmou que a luta pela liberdade de expressão não acaba com a fragorosa derrota do Serra. Em breve Serra será apenas um twitteiro medíocre, nas irônicas palavras de PHA, mas, apesar de nós blogueiros sermos “uma combinação de Einstein com Machado de Assis, opinião não ganha o jogo. O que ganha o jogo é informação”. Ou seja, PHA acredita que os blogs precisam começar a criar informação, não apenas opinar sobre a informação dos outros. Como exemplo, ele citou o Cloaca News, que buscou uma reportagem antiga do Cruzeiro para mostrar que Boris Casoy pertenceu ao Comando de Caça aos Comunistas. Nessa hora eu pensei no Boteco Sujo, que foi quem colocou no ar a notícia da Geisy hostilizada na Uniban. O negócio estourou, e a velha mídia teve que correr atrás de um furo de um blog. Mas o pessoal do Encontro preferiu se lembrar do Mosquito. Olha, admiro a coragem do cara. Ele responde a 53 processos em SC. Mas sorry, não concordo com seus métodos. No caso do estupro de uma menina de 13 anos por dois ou três garotos de 14, ele colocou todos os nomes (inclusive o da vítima!) em seu blog. E colocou a foto de um dos rapazes. E o clima era meio fascistóide demais pro meu gosto, quase pedindo pena de morte pra meninos de 14 anos. Eu não sou tão facilmente manipulada assim, né? Sei que a Record só está dando a maior cobertura pro caso porque envolve a sua rival, a RBS (mais tarde Túlio Vianna, em sua sessão, teve que dizer que não vê vantagem em ter monopólio da Record sobre a Globo. O auditório aplaudiu. Ninguém gosta da Globo, lógico, nem de monopólios. Mas querer que a gente morra de amores pelo Edir Macedo é pedir o impossível).
PHA foi duro e direto sobre a força da blogosfera. Respondendo a uma pergunta do público, ele disse: “os blogs não influenciam o resultado eleitoral”. E explicou que a comunidade é muito pequena ainda, e que, pra mudar o quadro, só com banda larga e acesso à internet para toda a população. “Estamos aqui para aprender a usar a internet. Estamos aqui para lutar pela liberdade de expressão. Não podemos perder o norte”, completou ele.
Outras pessoas também pegaram o microfone para discursos curtos (curtos porque os moderadores, Rodrigo e Leandro Fontes, precisavam cortar). Um deles foi Brizola Neto, que hoje faz um dos melhores blogs políticos da internet, além de uma divertida imitação da voz do seu avô. Outro foi Emir Sader (que, por mim, teria falado muito mais, mas os organizadores preferiram não dar destaque a candidatos nas eleições). Ele brincou que não quer chutar tucano morto, e recomendou que não fiquemos num debate entre estatal e privado, mas entre público e mercantilista. Alfredo, um jornalista, queixou-se que pra conseguir anunciantes para uma publicação, só batendo no governo federal.
Aí todo mundo foi almoçar. Quer dizer, todo mundo ao mesmo tempo não, que não caberia todo mundo no restaurante perto do evento. Comida excelente, por sinal. (E eu me divirto vendo os reaças criticando o Encontro por ter dado almoço e hospedagem grátis a todos os participantes. Parece que é crime conseguir patrocinadores que possibilitem esses mimos a blogueiros, sabe, blogueiros que, na sua imensa maioria, não ganham um centavo com seus blogs. Os reaças realmente interpretam ao pé da letra o mantra de seus economistas, “There's no free lunch”).
À tarde, houve um ótimo painel para orientações jurídicas. Tulio Vianna fez uma das melhores apresentações e arrancou muitos aplausos e risos. Tenho a maior admiração por pessoas que fazem rir, ainda mais falando de um assunto sério. Com todo o respeito a Cynthia, minha amiga virtual que ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente, fiquei encantada com seu marido. Túlio é simpático, bonito, e tem aquele sorriso de mil quilowatts. Ele falou de responsabilidade civil e penal, e das diferenças entre calúnia (imputar um crime a alguém; por exemplo, dizer que um blog recebe verba pública, que é comprado, o que implica corrupção) e difamação (imputar um fato desonroso). Quando se acusa alguém num blog, é preciso deixar claro que trata-se de uma suspeita, que precisa ser investigada, e expor provas. Ele disse também que blogueiro se assusta fácil com ameaça de processo. E sugeriu que se processe um blog apenas se ele for mais importante que o seu. Se não, é como brigar com um bêbado na rua. Se não, você estará dando visibilidade pro troll. Ignore totalmente. Não leia, não responda, não dê indiretas, não perca tempo. Eles odeiam ser ignorados (essas dicas se aplicam também a como lidar com trolls, independente da parte jurídica. Eu preciso aprender a ignorar troll, ainda mais se estou pensando em entrar no Twitter. Túlio, que hoje se considera muito mais twitteiro que blogueiro, sempre foi meu modelo no quesito “como ignorar trolls”).
Marcel Leonardi, outro advogado, explicou que posts mais polêmicos, se forem disseminados (reproduzidos em vários blogs), têm muito menos chances de render processo. E disse que praticamente todo blog, inclusive os anônimos, podem ser encontrados. Eu fiz uma pergunta, por escrito, querendo saber sobre direito de resposta, que eu considero um meio muito mais conveniente do que um processo. Ele explicou que, pra direito de resposta, não é preciso uma ordem judicial. Uma pessoa pode criar um blog para responder às acusações, ou pode responder nos comentários.
Paulo Rená disse que, unida, a blogosfera pode mudar algumas coisas, como essa injustiça (a meu ver) de um blog ser responsabilizado criminalmente por alguma coisa escrita na caixa de comentários. Olha, foi toda uma discussão muito instrutiva.
O outro painel, iniciado logo a seguir, foi sobre como financiar a internet. Nele falou Geórgia Pinheiro, que trabalha na área comercial do Conversa Afiada, do PHA (sim, todos os blogs grandes têm equipes, embora pequenas. Na de PHA são quatro pessoas). Ela contou que o CA tem quatro milhões de page views (não visitas) por mês (o Vi o Mundo, só pra efeito de comparação, está chegando aos dois milhões agora. Euzinha, este mês, talvez chegue aos 85 mil. Page views, não visitas). PHA responde hoje a 28 processos, o que faz Geórgia concluir que “Ter liberdade de expressão custa caro”.
Tanto ela quanto Leandro Guedes deram dicas práticas de como fazer blogs renderem algum dinheiro, como colocar banners, links patrocinados (quando palavrinhas no texto aparecem grifadas), Buscapé (cada click rende 25 centavos, mas, pelo que li aqui,de admiração, constatei que a maior parte do pessoal tinha blogs bem pequenos. Só eu que acho 50 reais pouquinho? Leandro foi mais otimista, dizendo que a maior parte dos blogs alcança um nicho de mercado, o que pode ser comercializado. Mas o editor da Caros Amigos, que fez uma pergunta, disse que os anunciantes ainda estão presos ao CPM – Custo por Mil (ou seja, de cada mil reais que você anuncia, quantas pessoas você atinge?). As empresas preferem a grande mídia, ao invés das pequenas. Ainda assim, é importante que cada blog saiba quem é o seu público.
O moderador da mesa, Renato Rovai, defendeu que os sindicatos parassem de anunciar na velha mídia, e anunciassem na blogosfera. De fato, qual a vantagem de um sindicato anunciar numa Veja? Alcança muita gente, é verdade, mas é um público que detesta sindicatos. Rovai lembrou que fazemos jornalismo público, não estatal, e que precisamos apresentar um conteúdo regionalizado, compartilhado, para se contrapor ao que a mídia vende, sempre pasteurizado, padronizado. Ele defende que o governo separe uma parte do que dá à grande mídia para criar um fundo que seria distribuído aos blogs, por meio de discussões do governo e da sociedade, através de projetos.
No painel seguinte a exposição mais educativa foi a da Conceição, conhecida como Maria Frô, que argumentou para que todos entrassem no Twitter, e explicou como usar a ferramenta. Ela disse que hoje o Brasil já tem 20,5% dos twiteiros do planeta. Só perde pros EUA. É, acho que não vou ter como escapar...
Anotei outros dados fascinantes, mas, já cansadérrima, esqueci de escrever quem disse o quê, mil perdões. Por exemplo: mesmo que ainda falte muito para que os brasileiros fiquem conectados, 25% da população do país acessa a internet pelo menos uma vez por dia. Infelizmente, das mil e pouquinhas concessões da mídia, 996 pertencem a quatro famílias. Em outras palavras, o latifúndio da informação no Brasil continua gigantesco.
Houve muitas referências à fala do Serra, que na semana passada reclamou de “blogs sujos”, sem dar nome aos bois. O Cloaca News quer entrar na justiça pra que Serra seja mais específico. Mas o mais provável é que o nome “blogs sujos” tenha a ver com o fato da primeira reunião entre os organizadores do Encontro ter ocorrido no Sujinho, né? Afinal, o esquema Eduardo Graeff de difamação funciona do lado de lá. No início da noite de sábado, o Encontro decidiu premiar com o Troféu Corvo a Judith Brito, “o que restou da oposição no país”. Judith, para quem não sabe, é atual presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), e faz poucos meses admitiu que, na falta de um partido político que faça oposição ao PT, quem assumiu esse papel foi a grande mídia. Já o Troféu Barão de Itararé foi dado ao Cloaca, um tímido gaúcho de meia idade que todo mundo queria conhecer. Ele foi aclamado, merecidamente. Mas eu também queria descobrir quem era o Prof. Hariovaldo.
Opa, como isso daqui tá mais parecendo um livro com vinte volumes, é melhor eu resumir. No dia seguinte, domingo, o pessoal se dividiu em seis grupos (o número de cada um vinha no crachá). Eu era responsável pela moderação no grupo 2, o que não foi muito necessário. Cada pessoa teve três minutos para se apresentar e falar sobre o seu blog. Na realidade, havia muita gente que era apenas leitora de blogs (e que, a gente espera, se motivem a criar seu próprio blog). Algumas disseram que vieram ao Encontro para ouvir pessoas de esquerda, algo que não é tão comum no dia a dia. Outras, que têm blogs mais comunitários, como a Tatiana, destacaram a presença da Débora, da Mães de Maio, como um exemplo do que falta à blogosfera. Milton, um trabalhador braçal, deu um depoimento emocionante: ele diz estar feliz por poder ler gente que lhe dá mais argumentos. Ela lia jornais, e reparava que “os suprassumos do mundo, o pessoal que tem mestrado e doutorado”, parecia ter o mesmo pensamento e só defendia o lado deles. Aí descobriu blogs, que têm opiniões variadas.
Bom, foi muito bom ouvir tanta gente, com tantas visões diferentes, mas pra mim faltou um pouco de debate no meu grupo. Tipo, claro que o que eu disse é polêmico e gerou interrupções (blogueiros progressistas não gostam de ser lembrados que são machistas), tanto que alguns carinhas do grupo vieram falar comigo durante o lanche, pra me convencer que eu estava errada, que não há discriminação alguma contra blogueiras que escrevem sobre política, e que, óbvio, a culpa é nossa por não escrevermos sobre política ou por não termos representação parlamentar. Eu quase joguei um sanduíche no Júlio. Mas sabe, eles não fazem por mal. Eles simplesmente não sabem. Nunca pararam pra pensar por que mulher é vista como um nicho de mercado, inclusive dentro da blogosfera.
A reunião com os grupos levou mais de três horas e meia. Conseguimos fazer uma pauta de propostas para apresentar à plenária, que aconteceu depois do lanche. Tenho que dizer que o Miro Borges é um moderador e tanto, além de ser uma simpatia. Houve muitas propostas, e várias eram antagônicas. Um item polêmico foi a respeito do nome. Muita gente, eu inclusa, não gosta do progressistas. Alguns queriam só tirar a adjetivação e deixar Encontro de Blogueiros. Houve sugestão de “blogueiros livres”, “blogueiros independentes”, “blogueiros de esquerda”. Eu, por mim, ficava com o “Blogueiros de Esquerda”. Mas algumas pessoas acham que isso engessa demais a participação, e que havia alguns blogueiros que não são de esquerda no evento (e são progressistas? Eles não erraram de congresso não?). Como não chegamos a um consenso, o público decidiu continuar com o “progressistas”. Pelo menos até o próximo Encontro.
Miro sugeriu que o próximo, ainda sem local definido, mas de preferência em outra região, mude para o primeiro semestre, abril ou maio (mais barato para viajar que junho/julho), para não ficar em cima das eleições, o que pode ser um problema. Algo muito, muito legal é que há um incentivo para que façamos encontros estaduais, com oficinas (coisas práticas e básicas, tal qual como fazer um blog, sei lá, como tirar print screen da tela, que nem todo mundo sabe). Havia quatro blogueiros do Ceará no Encontro, e vamos nos mobilizar para reunir outros blogueiros do Estado, nem que nossa primeira reunião seja numa mesa de bar, com euzinha aqui bebendo água sem gás. Vocês topam, né?
As propostas concretas incluíram uma criação de um “pronto socorro online”, para ajudar a tirar dúvidas (inclusive jurídicas); a inclusão de uma emenda constitucional que garanta banda larga para todos os brasileiros; a criação de um portal agregador (por enquanto, apenas o Barão de Itararé) que inclua todos os blogs progressistas, divididos em categorias; e a sugestão de que uma porcentagem do que o governo investe na velha mídia vá para a blogosfera, em forma de anúncios. Este é um assunto polêmico, o único, evidentemente, que os reaças pinçaram. Tinha gente no Encontro que não quer nem ouvir falar em dinheiro. Mas o ponto acabou entrando na carta. Pessoalmente, sou a favor. Se a gente fica nesse blábláblá de que blog não tem que dar grana, que a gente dedica horas dos nossos dias apenas por idealismo, nunca cresceremos para poder competir de igual pra igual com a velha mídia ― ela sim, totalmente financiada por verbas privadas e públicas. Aliás, uma das críticas ao governo é que ele não teve coragem de patrocinar parte do Encontro. Não houve um centavo de dinheiro público. Ué, mas por que não? O governo não dá montanhas de dinheiro pras quatro famílias? E aí, quando surge uma mídia alternativa, as portas se fecham. É bom pra todo mundo que a blogosfera cresça e apareça, para que não haja concentração de poder e de opinião. Seria uma maravilha se cada um tivesse um blog. E isso inclui os blogs de direita. Mas eles podem fazer seus próprios encontros, e lutar pelas suas próprias propostas, que não condizem com as nossas. Quer dizer, eles já fazem isso. Aquele encontro do Millenium foi o quê?
Pra carta, que vocês podem ler aqui, houve montes de moções, votações, palavras de ordem, etc. Cada palavrinha era contestada. Mas democracia é isso.
No final, Miro abriu as contas do evento, que logo serão publicadas num blog. Tudo transparente, com nota fiscal. O Encontro, até agora (falta pagar outras despesas), custou 35 mil. Com as cotas de 3 mil reais cada, a receita foi de 70 mil. Mas, por enquanto, como alguns patrocinadores não pagaram, a renda é de 40 mil. Ele tem certeza que os patrocinadores vão pagar. Portanto, deve sobrar uns 35 mil para o próximo Encontro, que deve ser muito maior, talvez com dez vezes mais gente.
E não vai nem dar tempo de eu falar de todo mundo que tive o prazer de conhecer. Só vou citar algumas pessoas: a Cláudia é um amor, e muito inteligente também. Adorei conversar com ela. Também amei conhecer o Daniel, do famoso Blog da Dilma (não oficial, mas que têm mais visitas que o blog oficial), que é daqui de Fortaleza e uma ótima pessoa (fiquei chateada por não conhecer a Jussara). E mais um monte de gente: a Cris (com quem dividi o quarto), o Diego, o Azenha, as duas Conceições, o Hélio, o Rogério, uma outra Claudia, a Ruth, só pra citar uns pouquinhos. Eu queria ter foto de todo mundo, mas a câmera que levei eu só consegui usar no comecinho de sábado. Devo ter apertado uma teclinha qualquer, e o troço se recusou a funcionar. Taí uma boa dica pra uma oficina: como usar uma câmera digital. Tem gente que não sabe.
43 comentários:
"Reivindicamos a elaboração de políticas públicas que incentivem a veiculação de publicidade privada e oficial remuneradas nos blogs"
Usar meu dinheiro pra financiar propaganda oficial. Pelamodenossasenhoradasbicicletas, né?! Isso dá abertura pra que se fira o Princípio da Neutralidade da Rede (a internet não pode nem deve ser controlada ou indisponibilizada de forma alguma -- grosso modo)!!
Só no Brasil mesmo.
Parabens Lola e todos os envolvidos.
Em que pese qualquer divergencia ideologica que eu tennha com o encontro ,acho muito importante esse esforço p/ que as vozes da web cheguem as ruas e de fato afetem a sociedade.
Muito bom trabalho.
QUE INVEJAAAAAAAAAA!!!! ;)
Queria muito ter ido, aliás queria muito ter estrutura pra escrever um blog decente (o projeto taqui, http://giovannigouveia.wordpress.com/ ), mas eu chego lá, quem sabe até o próximo Encontro eu estou estruturado...
Parece que estamos assistindo a superação definitiva do legado de Gutemberg, ao menos na distribuição de informações e no debate, já que dos livros eu não abro mão (ainda não inventaram nada que substitua aquele cheiro...)
Antes de comentar tudo (adorei o relato!), faço uma pergunta: alguém já reservou o domínio da lola no twitter?
Vai que algum troll reserva só pra ela não ser reconhecida.
Poderia ser:
@escrevalolaescreva (mt longo, na minha opinião. lembrem-se que são só 140 caracteres);
@escrevalola (ideal)
@lola (acho que esse já deve estar ocupado)
@Lola(seusobrenomedifícildeescrever)
Enfim, deixa de charme e vem logo pro twitter!
O encontro parece ter sido bem produtivo.
Quanto a parte do uso de dinheiro público tem que se tomar cuidado.
Por mais importante que o evento seja, e tão digno de receber verbas quanto outros, é um encontro onde grande parte apoia o governo. Fica complicado o governo patrociná-lo às vésperas da eleição. A repercussão negativa seria grande.
De qualquer forma, eu acho que não depender financeiramente de qualquer governo é bom para garantir a independência de qualquer mobilização.
Quanto a questão da publicidade nos blog, há de se criar instrumentos que garanta a impessoalidade(critérios de adm pública) na escolha de onde publicar.Até porque os blogs, em sua maioria, representam pessoas físicas e suas opiniões. Talvez a ideia de um agregador ajude nessa parte.
Também acho o nome progressitas muito ruim. Acho que encontro de blogueiros bastava.
lolinha,
só lembrando que vc tem pouco tempo para entrar no tuiter e ganhar, de grátis, um big presente de chocolate, levado pessoalmente por euzinha e meu filho...
No...Nossa! 1 Encontro de Blogueiros Progressistas. Puxa! Eu imagino cada pessoa fantástica que vai a um lugar destes. Cada cérebro privilegiado! Nossa! Acho que o local virou uma super BRAINSTORM. Ainda tinha o Luiz Nassif o pai da inteligência a serviço do governo. Caramba, quem pode perder isso? Vale a pena viajar duas noites de avião sem dormir para uma coisa dessas. Duais noites não! Quatro noites! É de dar água na boca; puxa o Luis Nassif foi!
Eu só não vi o Nome do Rafael Galvão nesta turma. Porque será? O Galvão, apesar de inexplicavelmente ser da esquerda, é dono de uma cultura e inteligência fora do comum. E aí que eu me pergunto; porque será que o Rafael Galvão não estava no meio destas inteligências do, ual, 1 Encontro de Blogueiros Progressistas?
Oliveira
@Mariana
Acabei de salvar o domínio da Lola:
escrevelola.
Vai que certos trolls do baralho resolver sacanear :P
Depous eu mando pra ela as coordenadas... ou faço uma proposta indecente =)
beijukkas
vai cheirar um dedo, Oliveira!
Desculpem eu me esqueci do Paulo Henrique Amorim. Se o Rui Barbosa estivesse vivo ele ia só por causa desta pessoa fantástica. Ah... O Paulo; Boa noite e Boa Sorrrte! É de arrepiar
Montricot:
Sua mãe não te ensinou que ser puxa saco é chato até para quem tem o saco puxado?
Oliveira.
Muito bom o post, Lola. To aqui atrasada pra buscar a Laura na creche, mas não consegui interromper a leitura! Tema super importante! Espero poder participar no próximo.
Beijos
HAHAHAHAHAHAHAHA!
Oliveira-fofézimo-do-Baralho!
Definitivamente a Lola não precisa de baba ovos, mas valeu ver você sair em defesa do bem estar dela, para que não seja importunada!
Aliás, cá pra NÓIS: você por acaso acha que a Lola precisa de puxa saco? Oi?
Acho que quem precisa de bajulação e MORRE DE INVEJA da Madame Aronovich é você, amizézimo!
valeu Montricot!
puxa, Lola, agora que vc já tem até domínio no tuiter, só falta entrar.
nem se preocupe com trolls, é facil bloquear gente chata no tuiter. To esperando. Vem logo!
Montricot, obrigada por criar meu domínio no twitter, mas prefiro LOLAESCREVA, já que é o mesmo que meu email. Pode ser?
Logo logo entrarei no twitter. Aí vcs vão ter que me ensinar tudinho. Pedi pro maridão fazer uma colagem de algumas fotos minhas pra servir de pano de fundo. É assim que se chama? Sabe, na página inicial?
Ainda vou ser muito humilhada... O maridão abriu um twitter pra ele pra ver como funciona: http://twitter.com/allthatchess
Primeira vez que eu vou lá ver a conta dele! De onde ele tirou essa foto? Entrem lá, que ele me perguntou "O que acontece depois da gente abrir a conta? Como a gente sabe se alguém leu a gente? Tem marcador de visitas?"
Então, pessoal, vcs estão falando não só com uma, mas com DUAS antas twittisticas. Existe algum tutorial por aí?
Eu vou escrever um post de lançamento da minha conta no twitter, lógico. Terá bem mais de 140 caracteres.
Lola publicidade oficial remunerada nos blog? então quem tem blog de esquerda vai ganhar dindim do governo , por que a dilma vai se eleger, claro né ? que bom pra quem tem blog de esquerda. lola e se a a direita pagasse públicidade em blogs de direita, oque a gente ia dizer? me responde por favor. Ana Cláudia
Lola, li esse poema e me lembrei do teu blog:
http://www.conversaafiada.com.br/cultura/2010/08/24/adilson-re-escreve-o-%E2%80%9Ce-agora-jose-%E2%80%9D-sensacional/
Acho que você (e os seus comentaristas) também vão gostar muito ;)
já to seguindo o maridão!
lola sei que não e o assunto aqui mas acabo de ver que foi investido cento e dez milhões de reais para reformar o escritório do presidente lula. o que você acha? assim fica dificil defender ele dos comentarios da direita. cento e dez milhões! que loucura. tantos brasileiros vivendo em favelas e ele investe essa verdadeira fortuna na reforma do escritorio dele. não gostei nada nada. Ana Cláudia
Ana Claudia/Anônimo, primeiro, em geral, publicidade é remunerada, né? Então escrever “publicidade remunerada” fica um pouco repetitivo. Segundo, existe publicidade de empresas privadas e de empresas estatais, e muito pouca coisa no meio. Terceiro, qualquer publicidade estatal em blogs ainda está muito, muito longe de acontecer. Essa é apenas a nossa proposta, já que o governo investe pesado na mídia tradicional. Por que vc não reclama do governo anunciar na Veja ou no Jornal Nacional? Afinal, parece dinheiro jogado fora — leitor da Veja certamente não vai mudar de opinião por ver um anúncio do governo. Um blogueiro presente no Encontro, o Alfredo, um jornalista não sei de qual blog, fez um discurso instigante. Ele disse que, pro governo anunciar num veículo, só se um veículo bater muito no governo. Em outras palavras, o governo raramente anuncia em quem o apoia. Eu acho, sim, que o governo deveria haver patrocinado parte do evento. Sabia que o encontro do Millenium (onde a inscrição custava 500 reais, e onde os usual suspects — Jabor, tio Rei, Marcelo Madureira, etc etc se reuniram pra falar mal do governo, dizendo que, se a Dilma ganhasse, teríamos uma ditadura à la Chavez) recebeu patrocínio do governo? Mas um evento de blogueiros de esquerda, ah, esse não recebe um centavo! Dinheiro, só pros nossos inimigos! Faz algum sentido isso? E não sei se a direita paga publicidade nos blogs de direita (o negócio é que, por enquanto, ninguém anuncia nada em blogs, por isso é tão difícil blogueiro viver disso), mas certamente investe pesado nos veículos de direita. Lembra daquela entrevista que o José Roberto Arruda deu nas páginas amarelas da Veja? Custou 500 mil aos cofres de Brasília, em forma de distribuição de revistas. Há muitos exemplos.
Agora vi que vc fez outro comentário... Gente, por favor, deem uma ajudinha aqui, que estou ocupadíssima.
Lola 21:08
ahahahahahhaahahahahahahahahahahaha
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Isso que é cinismo modelo Lula!
Trool.
Lola, estava louca para passar aqui mais cedo, assim que li o post, mas tive de voar, fazer mil coisas antes de ir tomar um café com a ... Cynthia. Contei pra ela que tinha lido seu comentário sobre o Túlio e tal. Rimos juntas. Ela é um amor, mas isso você já sabe, mesmo sem tê-la encontrado pessoalmente. Ela está em Floripa para o Fazendo Gênero e tínhamos combinado de nos encontrar. Ah, como a gente ficou sabendo quem tava onde? No twitter, né. Tô te esperando. Mas não vou pagar minha parte no chocolate não. Você só vai entrar porque o povo do encotro falou. Magoei. Hihihihi. Joking.
Inté,
Bj!
Rita
meu comentario é só pra dizer que li tudo =D eheuah
"das mil e pouquinhas concessões da mídia, 996 pertencem a quatro famílias."
Caí de costas aqui, Lola. Acho que a maioria das pessoas sabe ou desconfia como é um poder que está concentrado nas mãos de uns poucos, mas também não sabia que era tanto assim...
Adorei o post, você reclama que escreve demais, mas você tem um jeito de escrever que não torna a leitura cansativa, não se repete, faz a gente ficar ansioso pra ler o que vem na sequência... (quem é mais concisa e não tem um estilo assim, sofre na hora de fazer uma monografia, um projeto de mestrado e, por isso ando penando aqui, rsrs).
Só fiquei um pouquinho triste de que mesmo esses homens tão admiráveis, tão críticos da realidade, não enxerguem o machismo tão claramente na nossa cultura, que dá uma boa segurada em várias mulheres... É o que mais me desanima... Começo a pensar que é uma ideologia tão impregnada que não basta apenas ter uma alma crítica, a pessoa tem que sentir na pele pra saber como certas coisas são. Vai ver que é por isso que é mais fácil um homem homossexual compreender o feminismo, do que um hétero...
Bjus Lola!!!
Ritinha, vc conheceu a Cynthia pessoalmente! Que legal! Ainda não tive este prazer. Na realidade eu vi que vcs iriam se encontrar, já que fucei o seu twitter um dia desses, na semana passada. Mas eu pensei que vc ainda estava no exterior... Sinal que ando completamente perdida! E que legal que vc falou pra ela sobre a declaração de amor explícita que fiz pro Túlio. E olha que eu escrevi tudo aquilo ANTES d'ele me entregar uma caixa de bombons que a Cynthia mandou pra mim!
Ai, sobre o Twitter... Imagina, no fundo foram vcs que me convenceram. Quer dizer, andam fazendo uma campanha faz tempo. Não vou entrar só pelo que vcs disseram, nem pelo que o pessoal do Encontro disse, e nem mesmo pelo chocolate. É por razões meramente mercadológicas mesmo. Pelo jeito um blog precisa de um twitter pra crescer... Todo mundo me diz que twitter aumenta em 20% o número de visitas! Será que é tudo isso?
Gabriela, parabéns! Eu entendo seu esforço: este post deve ser o maior já publicado na história da internet. (Eu pensei em dividi-lo em três, mas ficava estranho).
E aí, pessoal? Será que quem registrou meu nome no Twitter pode se manifestar e mandar pra mim? Eu queria usar lolaescreva (não escrevalola), mas já é de alguém. Vamulá, que o maridão até já fez uma colagem de fotos pra mim! Como faz pra colocar a colagem de fotos no fundo? Algum tutorial que ensina a usar o twitter, please!
Oi, Lola! Encontrei um tutorial que parece tranquilo: http://www.slideshare.net/Samtinha/tutorial-twitter-em-portugus
Muito legais as notícias do Encontro de Blogueiros!
Abraços!
Bom dia Lôla,
Que bom ter lhe conhecido. Seus textos são muito bons. Serei um leitor assíduo seu viu.
Eu que agradeço aquela conversa legal, logo que chegamos em Sampa.
O "jovem idealista" gostei muito, só não sei se sou merecedor desse elogio. Obrigado!
O nome do blogueiro numa cadeira de rodas lá no auditório do Sindicato dos Engenheiros é o Enio e o blog dele é http://optremdastreze.blogspot.com .
Ainda não escrevi sobre o encontro, estou meio atarefado esse início de semana e o blog está totalmente desatualizado.
Inclusive voltarei por aqui para comentar mais.
Passei pra deixar esse comentário e um grande abraço fraterno.
Fábio Rodrigues.
http://www.FabioRodrigues.com
Lola,
lindo que vc conhece o Miro. ele é do meu partido, o PCdoB, e um dos caras de que sou mais fã.
um doce de pessoa. só o vi pessoalmente uma vez, quando ele fez uma dedicatória num livro que comprei dele. mas em poucos minutos, deu pra perceber o quanto é legal.
beijo
Lola, excelente texto! Concordo contigo quando você diz que há machismo nos blogs "sujos"(Adorei esse nome.É bem emblemático!E depois, adoraria que o Serra levasse a "culpa" pelo resto da vida, por ter dado nome ao movimento). Até no encontro, pude notar que, apesar do bom número de participantes mulheres,o evento foi conduzido, quase que maciçamente por homens. Por favor, me corrija se eu estiver errada. Ainda assim, foi muito bom. Sinto que o start já foi dado.Considerando que, "começar" é 50% do caminho a ser percorrido, foi um resultado muito satisfatório.
Só prá constar: "Te vi pela televisão!" Tava sentadinha lá na segunda fila, na "turma do gargarejo",né?
Ai Lola, errei! Não foi na TV SL que te vi. Foi numa foto que saiu lá no "Viomundo".
Queridona, no blog postei a apresentação e também um álbum de fotos, tô aguardando a senhôura no twitter :)
beijos
Esqueci, o Guto Carvalho criou um agregador de blogs 'progressistas' vá lá e cadastre o seu blogueirosprogressistas.org
bjs
Lolinha, que experiência show! Todos os blogueiros ídolos tavam lá, eu devia ter ido (só pra assistir, claro!) - pena que estou um pouco longe de SP, rsrsrs! De todos os nomes que vc citou, senti falta do Idelber... Vc chegou a conhecê-lo?
Meu pai teria adorado o encontro, seguramente...
Ah, e vc ainda dividiu quarto com a Cris! Que máximo! Me sinto uma fã, sou muito ridícula?
E mudando de assunto, vc chegou a ver em algum lugar na net a matéria na Rolling Stone gringa sobre True Blood? Achei que vc ia gostar... Se quiser, te mando!
beijo
Ah, e abre logo esse Twitter, poxa!
Vi o @escrevalola e o @lolaescreva no Twitter. Qual é o verdadeiro?
O governo gasta publicidade com a grande imprensa (e não mídia, porque internet é uma mídia maior do que jornal e revista) porque ela é, ora, lida.
Essa de "leitor da Folha não vota no PT" é dupla balela. Primeiro porque não é verdade: até uma criança fazendo trabalho de escola acaba indo, de repente, na banca comprar uma Veja pra fazer trabalho, e nem sabe o que é direita, esquerda, Diogo Mainardi e Azenha. Segundo, porque se vocês querem que o governo gaste com propaganda apenas para os já convertidos, parem com a hipocrisia de dizer que o governo está gastando com "publicidade": está simplesmente pegando verba pública (se duvidar, mais que a de um Bolsa Família) para gastar com blogueiros, muitos ben ricos (Nassif, por exemplo), falarem bem do governo.
O Encontro do instituto Millenium teve verba pública, mas teve mesa com Palocci defendendo o PT das acusações de ser um partido que fechou o cerco contra a liberdade de expressão, por exemplo. Infelizmente, pegou uma mesa branda, e nem o Octavio Frias Filho comentou sobre, sei lá, sigilo bancário de caseiro – só usou o Larry Rohter de exemplo, Palocci tergiversou e ficou por isso mesmo.
De toda forma, sou realmente contra TODA forma de propaganda do governo – é só (muito) dinheiro a ser dado para vagabundo (blogueiros inclusos). Mas se é pra financiar algo, vão deixar de financiar um debate com políticos, jornalistas whiskambal sobre liberdade de expressão só porque tem gente que não é do Partidão gramscista (mesmo que gente da ala mais gramscista do Partido também esteja lá), ou um encontro em que estão todos, de antemão, dizendo: "Dilma, amém!"?
Pelo visto, além de querer (muito) dinheiro pros seus bolsos, pra depois dizer que Lula anda distribuindo riqueza (mais do que devia e pra quem não devia, mas quem liga pra esse detalhe?), ainda acham que quem é contra o governo dar fortunas pra burguesia é contra... pobre. Malditos direitistas!!
Mas, talvez, haja uma justificativa; que tal dizer que o governo está "investindo" em cultura? Cada blogueiro (ops... cada blogueiro DE ESQUERDA) é uma mistura de Einstein e Machado de Assis, afinal...
Na categoria troll entram todos aqueles que discordam com o ideário progressista-petista, mesmo que argumentando de forma polida?
Oi, querida!
Prazer em te conhecer! Já te adicionei ao blog e,em seguida, envio fotos.
Se vieres a POA, avisa, pois terás onde ficar! :-)
BJO!
Claudia.
Oi gostaria de saber se o blog não está mais sendo atualizado, procurei algumas informações e não encontrei! grato!!
isso atualiza ainda ou nao
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