Antes do filme começar, fiquei jogando conversa fora com o maridão, que confessou não saber nada de Watchmen, a história em quadrinhos, perdão, a graphic novel de Alan Moore, que é considerada literatura do mais alto nível. Eu disse que só conhecia o básico, aquele slogan de “Quem vigia os Vigilantes?”. E o maridão, surpreso, perguntou: “Ah, então Watchmen é Vigilantes? É esse watch de vigiar?”. Eu: “Sim, por que? Você pensou que fosse watch de relógio?”. Frente à resposta afirmativa, eu me senti uma expert no assunto, comparativamente falando, porque estava indo ver Watchmen já sabendo não se tratar dos destemidos Homens-Relógio. Mas, durante o filme, toda vez que alguém falava de tempo ou relógio eu apertava a mão do maridão e me perguntava se ele não tinha razão.
Nah - eu é que estava certa, pra variar. Ele odiou tanto a aventura que a comparou a Os Vingadores (aquela tragédia com o Sean Connery comandando uma legião de ursinhos carinhosos). Eu até que gostei bastante. Tudo bem, Watchmen podia e devia ser mais curto. Talvez devessem lançar um filme com quinze horas pros fãs da graphic novel, e um com duas pra quem só quer ver o troço no cinema, sem precisar se filiar a um clube pra isso. Do jeito que ficou, tem exposição de mais pra quem não é iniciado, o que mesmo assim deixa os personagens no ar (não literalmente falando). E há também excesso de supers. O início, ainda nos créditos, com aquelas poses, é bem estranho. E demora um tantão pro filme começar, eu acho. Mas tá cheio de coisas legais.
Gostei do universo paralelo criado. Não estamos em 2009, nem tampouco nos anos 80. Estamos numa década de 80 em que o Nixon, o presidente mais corrupto que os EUA tiveram, o único que teve que renunciar, está no poder há cinco mandatos, porque “é melhor que os comunistas”. Os soviéticos existem, e a ameaça nuclear paira sobre a Terra. E há vários super-heróis aposentados. Enfim, um mundo em que os EUA ganharam a Guerra do Vietnã. Mas a que a que custo? Precisaram mandar um mega super duper herói pra lá, porque os soldadinhos americanos não dariam conta. E o preço da eterna vigilância é o Nixon mandar pra sempre.
O maridão sentiu falta de um super-vilão (fora o Nixon). E precisa? Você tem um super, o Comediante, que mata manifestantes pacifistas, mulheres grávidas, e parece sentir um prazer todo perverso por espancar (e estuprar) mulheres. Você tem outro, o Rorschach (levo dez minutos pra escrever o nome dele), que é um verdadeiro vigilante, do tipo que odeia liberais porque não acredita no princípio de “todo mundo é inocente até ser julgado culpado”. E ainda tem um outro, um gigante azul que brilha no escuro, que é uma máquina mortífera de guerra, explodindo malditos vietcongues com um gesto. Esse, mais conhecido como Dr. Manhattan, anda nu em várias cenas. Apesar disso, achei muito difícil olhar pra ele. Tenho aflição com gente sem pupilas.
Não entendi bem o que o Batman tá fazendo no filme. Hã? Como assim? Não é o Batman? Mas é o uniforme dele! Tá, é o Corujão, não sei o nome real. Só sei que ele é interpretado pelo Patrick Wilson e que eu gosto muito que o Patrick mostre seu belo bumbum em tudo quanto é filme (aqui, em Pecados Íntimos, em O Vizinho, esqueci se em Menina Má.com também?) e que eu acho o Patrick lindo mesmo com penteado de nerd. Ele acaba fazendo par com a Espectra, que ganhou o meu prestigiado prêmio de Fantasia Mais Horrenda Já Vista num Filme de Super-Herói. E a Espectrinha não tem uma vida sexual fácil, coitada. Quando um dos supers vai transar com ela, ele broxa e não consegue. O fetichista só consegue depois de se vestir de super, e aí a trilha sonora toca “Aleluia”. Olha, não tem como isso não ser propositalmente sarcástico. Eu gostei. Mas até a broxada é melhor que uma cena de sexo que vem antes, em que o Dr. Manhattan se desdobra em três homens grandões azuis para satisfazer Espectra. O problema é que ele continua consertando sua maquininha ao invés de estar presente no ato, mas jura estar prestando atenção (Homens azuis! Humpf! São todos iguais!). Espectra fica cheateada, compreensivelmente. Ela compara sexo com o doutor com “chupar uma pilha”.
Tá, mas esses são os "good guys”, ok? Há um diálogo intrigante, em que um super pergunta, abalado, “O que aconteceu com o sonho americano?”, e o Comediante, um demente, responde: “Este é o sonho americano”. E é mesmo. É o sonho da super potência com poderes absolutos, sem ninguém para pará-la. O Comediante também tenta estuprar uma super-heroína, numa cena forte. Não achei a cena machista, mas vi machismo no fato da mulher se interessar pelo agressor anos depois. E não sei, não dá pra confundir as coisas. O personagem do Comediante é absolutamente misógino e repelente, mas o filme não o glorifica. Watchmen é só um pouco machista, a meu ver, porque os heróis homens podem envelhecer e continuar combatendo, enquanto as mulheres ou viram alcóolatras, e são substituídas pelas filhas, ou morrem.
Os “vilões”, que não são páreo pros heróis, são asiáticos, negros, gordos e anões. E os heróis são todos brancos (quer dizer, tirando aquele que é azul). Ainda que alguns de nossos heróis não sejam modelos de comportamento, pelo menos eles são super. Porque não vem dizer pra mim que eles não têm super poderes. Sinto muito, qualquer pessoa desarmada que luta contra vinte carinhas de uma vez e consegue quebrar ossos e neutralizá-los, no meu livrinho é um super-herói. Entendo a ideologia por trás disso de dizer que o super não tem super poderes: é pro garoto na academia de musculação treinar até não poder mais, pra pensar que ele também, com seu esforço, poderá enfrentar sozinho um batalhão. É a ética protestante de que o trabalho enobrece o homem. Eu não caio.
O maridão se redimiu um tiquinho ao sair do cinema e avisar que o herói de nome que levo dez minutos pra escrever tem essa alcunha por causa do teste de (dez minutos depois...) Rorschach. Há uma longa cena de flashback usando esses borrões. Mas por que a máscara com borrões do herói fica mudando de manchinhas? Posso chamá-la de Mancha Negra? No meu livrinho essa é uma máscara super poderosa. Escrevo mais uns pontinhos sobre Watchmen neste post, porque isso daqui já tá mais interminável que o próprio filme.
Nah - eu é que estava certa, pra variar. Ele odiou tanto a aventura que a comparou a Os Vingadores (aquela tragédia com o Sean Connery comandando uma legião de ursinhos carinhosos). Eu até que gostei bastante. Tudo bem, Watchmen podia e devia ser mais curto. Talvez devessem lançar um filme com quinze horas pros fãs da graphic novel, e um com duas pra quem só quer ver o troço no cinema, sem precisar se filiar a um clube pra isso. Do jeito que ficou, tem exposição de mais pra quem não é iniciado, o que mesmo assim deixa os personagens no ar (não literalmente falando). E há também excesso de supers. O início, ainda nos créditos, com aquelas poses, é bem estranho. E demora um tantão pro filme começar, eu acho. Mas tá cheio de coisas legais.
Gostei do universo paralelo criado. Não estamos em 2009, nem tampouco nos anos 80. Estamos numa década de 80 em que o Nixon, o presidente mais corrupto que os EUA tiveram, o único que teve que renunciar, está no poder há cinco mandatos, porque “é melhor que os comunistas”. Os soviéticos existem, e a ameaça nuclear paira sobre a Terra. E há vários super-heróis aposentados. Enfim, um mundo em que os EUA ganharam a Guerra do Vietnã. Mas a que a que custo? Precisaram mandar um mega super duper herói pra lá, porque os soldadinhos americanos não dariam conta. E o preço da eterna vigilância é o Nixon mandar pra sempre.
O maridão sentiu falta de um super-vilão (fora o Nixon). E precisa? Você tem um super, o Comediante, que mata manifestantes pacifistas, mulheres grávidas, e parece sentir um prazer todo perverso por espancar (e estuprar) mulheres. Você tem outro, o Rorschach (levo dez minutos pra escrever o nome dele), que é um verdadeiro vigilante, do tipo que odeia liberais porque não acredita no princípio de “todo mundo é inocente até ser julgado culpado”. E ainda tem um outro, um gigante azul que brilha no escuro, que é uma máquina mortífera de guerra, explodindo malditos vietcongues com um gesto. Esse, mais conhecido como Dr. Manhattan, anda nu em várias cenas. Apesar disso, achei muito difícil olhar pra ele. Tenho aflição com gente sem pupilas.
Não entendi bem o que o Batman tá fazendo no filme. Hã? Como assim? Não é o Batman? Mas é o uniforme dele! Tá, é o Corujão, não sei o nome real. Só sei que ele é interpretado pelo Patrick Wilson e que eu gosto muito que o Patrick mostre seu belo bumbum em tudo quanto é filme (aqui, em Pecados Íntimos, em O Vizinho, esqueci se em Menina Má.com também?) e que eu acho o Patrick lindo mesmo com penteado de nerd. Ele acaba fazendo par com a Espectra, que ganhou o meu prestigiado prêmio de Fantasia Mais Horrenda Já Vista num Filme de Super-Herói. E a Espectrinha não tem uma vida sexual fácil, coitada. Quando um dos supers vai transar com ela, ele broxa e não consegue. O fetichista só consegue depois de se vestir de super, e aí a trilha sonora toca “Aleluia”. Olha, não tem como isso não ser propositalmente sarcástico. Eu gostei. Mas até a broxada é melhor que uma cena de sexo que vem antes, em que o Dr. Manhattan se desdobra em três homens grandões azuis para satisfazer Espectra. O problema é que ele continua consertando sua maquininha ao invés de estar presente no ato, mas jura estar prestando atenção (Homens azuis! Humpf! São todos iguais!). Espectra fica cheateada, compreensivelmente. Ela compara sexo com o doutor com “chupar uma pilha”.
Tá, mas esses são os "good guys”, ok? Há um diálogo intrigante, em que um super pergunta, abalado, “O que aconteceu com o sonho americano?”, e o Comediante, um demente, responde: “Este é o sonho americano”. E é mesmo. É o sonho da super potência com poderes absolutos, sem ninguém para pará-la. O Comediante também tenta estuprar uma super-heroína, numa cena forte. Não achei a cena machista, mas vi machismo no fato da mulher se interessar pelo agressor anos depois. E não sei, não dá pra confundir as coisas. O personagem do Comediante é absolutamente misógino e repelente, mas o filme não o glorifica. Watchmen é só um pouco machista, a meu ver, porque os heróis homens podem envelhecer e continuar combatendo, enquanto as mulheres ou viram alcóolatras, e são substituídas pelas filhas, ou morrem.
Os “vilões”, que não são páreo pros heróis, são asiáticos, negros, gordos e anões. E os heróis são todos brancos (quer dizer, tirando aquele que é azul). Ainda que alguns de nossos heróis não sejam modelos de comportamento, pelo menos eles são super. Porque não vem dizer pra mim que eles não têm super poderes. Sinto muito, qualquer pessoa desarmada que luta contra vinte carinhas de uma vez e consegue quebrar ossos e neutralizá-los, no meu livrinho é um super-herói. Entendo a ideologia por trás disso de dizer que o super não tem super poderes: é pro garoto na academia de musculação treinar até não poder mais, pra pensar que ele também, com seu esforço, poderá enfrentar sozinho um batalhão. É a ética protestante de que o trabalho enobrece o homem. Eu não caio.
O maridão se redimiu um tiquinho ao sair do cinema e avisar que o herói de nome que levo dez minutos pra escrever tem essa alcunha por causa do teste de (dez minutos depois...) Rorschach. Há uma longa cena de flashback usando esses borrões. Mas por que a máscara com borrões do herói fica mudando de manchinhas? Posso chamá-la de Mancha Negra? No meu livrinho essa é uma máscara super poderosa. Escrevo mais uns pontinhos sobre Watchmen neste post, porque isso daqui já tá mais interminável que o próprio filme.
37 comentários:
(Primeirona?)
Lola, gostei da sua crítica, embora só tenha dado uma lida meio superficial (enquanto o analgésico não faz efeito, tô com meu lado direito travadinho). Posso só fazer umas correçõezinhas? É "Espectral", não "Espectra". No gibi é bem mais evidente, mas o fato é que ela só se tornou heroína por pressão da mãe, pois ela nunca quis.
O tecido da máscara de Rorschach é especial: foi desenvolvido pelo Dr. Manhatta, tem uma história bem interessante, mas que só foi contada no gibi. No mais, o filme foi fiel ao gibi nas legendas (igualzinhas aos diálogos dos quadrinhos!), nas cores, nas "caricatura". Tudo é propositalmente exagerado mesmo, inclusive a misoginia. É a forma do Alan Moore de criticar certos padrões/comportamentos da sociedade: elevando-os à máxima potência.
(Parênteses rapidinho: o Coringa do Heath Ledger foi baseado em um especial do Alan Moore sobre o personagem, chamado "A Piada Mortal". Inclusive, ganhei uma edição de luxo no meu aniversário, mas ainda não li. Por isso ele é tão diferente do Coringa do Nicholson: o Alan Moore o via de forma mais sombria)
Ah, o Coruja é um "paralelo" ao Batman, a semelhança é intencional! E por fim (por enquanto... I'll be back), se você achou esse uniforme da Espectral ruim, veja o do gibi. É de sentir vergonha alheia!
Zack Snyder fez um filme tão fiel aos quadrinhos que acaba que é mais interessante para quem já leu. Aquela abertura de 5min com a música do Bob Dylan mostrando o passado dos heróis é fantástica, mas é para os fãs dos quadrinhos. É aquela coisa, pra que ser tão fiel, se eu quiser o original eu leio os livros.
O ator que faz o Ozymandias estragou metade da graça do homem-mais-inteligente-do-mundo. Mas todos os outros são muito bons, o Comediante parece que saiu dos livros, o Rorschach é perfetio, e eu também adoro o Patrick Wilson. O Billy Crudup fez bem aquela coisa blasé do Dr. Manhattan. A cena dele gigante invadindo o vietnã foi muito boa.
A história da máscara do Rorschach é muito boa, como disse a Srta. T. O tecido foi desenvolvido pelo Dr. Manhattan e é sensível a calor e pressão. E como ele diz "preto e branco se movendo, mudando de forma, mas sem se mesclar. Cinza não".
Eu gostei do final, que é um pouco diferente dos quadrinhos.
A Srta. T disse bem, o uniforme da Espectral dos quadrinhos dá mais vergonha. hahahaha!
Se vc gostou do filme, leia o quadrinho. Vou repetir: leia o quadrinho!
Eh muito, muito bom, e todos os subtextos e referencias que passam meio batidos no filme sao muito bem explicadinhos (como os minutemen, a geracao anterior).
O Ozymandias eh um personagem infinitamente melhor no quadrinho (no filme ele eh um franguinho bancando o bad boy). E o final original, na minha humilde opiniao, tambem eh melhor.
Sua reflexao sobre homens-relogio nao eh totalmente fora de lugar nao. Nos quadrinhos, cada episodio eh relacionado ao avanco do "doomsday clock". O pai do Dr. Manhattan era relojoeiro, por isso ele sabe montar coisas (e "se monta" depois do acidente). (referencia claramente chupada pelo vilao Sylar, da serie Heroes, se alguem aqui conhece).
O Dr. Manhattan so vira super heroi porque volta para buscar... o relogio!
E por ai vai.
Enfim, chega de ficar aqui falando sobre a obra do Alan Moore e todos os detalhes geniais (como a estrategia de marketing de Adrian Veigt, criando um novo perfume para substituir o Nostalgia) e o realismo da historia.
E os uniformes sao ridiculos de proposito, para mostrar que eles sao so uns malucos que se vestem de super heroi (como o Batman, menino rico e maluco, sem super poder nenhum).
(chega Barbara, chega de escrever)
Sem tempo para comentar agora, mas fiquei esperando ansiosa a sua crítica de Watchmen. Gostei muitíssimo tanto da crítica quanto do filme.
Engraçado, porque eu adoro o Jeffrey Dean Morgan e isso automaticamente se transferiu para o personagem (o Comediante). Mas eu vivia em conflito, pq não conseguia deixar de gostar dele ao mesmo tempo que as atitudes do cara me faziam odiá-lo. Estranho...
E quanto a mulher ter um caso com ele no futuro, o que me chamou a atenção é que ela transou com ele, mas no fundo morria de vergonha por ter cedido, pois sabia que ele não valia o chão que pisava.
A atriz que faz a Espectral é a mais fraca do elenco, na minha opinião. O papel dela também é meio sem graça, mas vá lá.
O que eu achei legal foi o final (bom, adorei tudo, mas achei o final bem interessante).
Então, todas as críticas que leio enfatizam que o filme é para fãs dos quadrinhos e, quem não é lá fã de carteirinha sai meio decepcionado, achando filme longo demais e such...
Ainda não me decidi sobre assistir (ou não) Watchmen. Para variar sóóóó um pouquinho, a lista não para de crescer e o preço da babysitter aumentou :/
Ai, ai... no-one said it would be easy, right?
Beijos
Kaká, eu nunca li os quadrinhos (mas gostaria muito, mas sem fundos para comprar o bendito agora) e mesmo assim adorei a abertura com a música do Bob Dylan. É verdade que ela é longa e confusa, mas memorável mesmo assim. Acho que foi uma das coisas que mais me chamou atenção no filme. Pra falar a verdade, chamou tanto a atenção que eu cheguei em casa e baixei a trilha sonora (que é quase toda fantástica).
Mica, aqui dá pra fazer o download dos 12 volumes do gibi: http://rapaduradoeudes.blogspot.com/2009/03/who-pacoca-pacocamen.html
Eu nao vi o filme e nem quero. Talvez eu assista uns pedaços no youtbe, mas o que eu posso dizer é que nao achei o uniforme da Espectra tao brega assim. O filme é pra adolescentes masculinos, eles estão na fase de masturbação... entao é condizente com o público alvo.
Srta T, Kaká, Bárbara, MUITO obrigada por todas as informações de gente que entende do assunto que vcs deram. Fiquei com vontade de ler a graphic novel, sim. Vou fazer o download mais pra frente, quando tiver tempo. Ah, Srta T, a semelhança entre Coruja e Batman é intencional? Ainda bem! (falo um tiquinho mais disso na segunda parte da crítica, que publico depois de amanhã).
Essa foi a crítica que mais apareceu nas resenhas que li: que o Zack Synder tentou ser tão, mas tão fiel aos quadrinhos, que não fez um filme tão interessante. Eu gostei, mas concordo contigo, Kaká: “pra que ser tão fiel, se eu quiser o original eu leio os livros”.
Ah, gostei muito do final!
Barbara, putz, é mesmo, tem o Doomsday Clock no filme tb! Que ótimo vc ter lembrado. Sobre o Dr. Manhattan virar super por causa do relógio, eu falarei um tiquinho mais na próxima crítica.
Agora, sorry, vcs três: não consigo acreditar que o uniforme da Espectral é mais feio nos quadrinhos!
Miquinha, só vc mesmo pra guardar o nome de um ator com 3 nomes! Não dá pro Jeffrey Dean Morgan cortar o Dean, ou o Morgan? O Comediante tem carisma, sem dúvida. Mas TUDO que ele faz no filme é tão horrendo que eu não consegui me sentir nem um pouquinho atraída. O que li em listas de discussão foi algo como “He's an asshole, but he's hot!”. Dito por meninas americanas. Ah, adorei a trilha sonora! Mas tem gente reclamando da obviedade da trilha... Dizem que na Amazon só estão dando duas estrelinhas (em cinco) pra trilha.
Chris, ah, vai sim. Ainda mais vc, que adora filme de super-herói. Acho que vale a pena. (É que nem estou sabendo o que vai estrear em breve. Talvez seja melhor vc esperar). Abração pra Ciça!
Asnalfa, não sei até que ponto o fime é pra adolescentes, porque ele recebeu a classificação R nos EUA, e aqui ficou proibido pra menores de 18 anos. Eu também pensava que o público-alvo fosse meninos de 13 anos, mas não.
Para vcs verem como eu sou nerd. Comediante, "asshole but hot"? Eu so tinha olhos pro Coruja, com aquela cara de nerd fofo carente, e ainda por cima de oculos!
(eu falei isso prum amigo, ele olhou para mim e falou "vc casou com um nerd, vc nao conta")
Vai por mim... uma camisolinha transparente amarela por cima de um maiô com decote até o umbigo é BEM pior. Aqui ó:
http://www.ninjavspenguin.com/blog/wp-content/uploads/2008/04/silkspectrefull.jpg
Barbara, eu certamente achei o Comediante mais asshole que hot. Se eu tivesse que escolher entre ele e o Coruja, ou pelo menos o Patrick Wilson, eu nem olhava pro asshole. Os óculos do Patrick tudo bem, mas aquele cabelo?
Srta T, ok, you win. Eu fico pensando na praticidade desses uniformes. Nesse do desenho que vc mandou, a moça tem que ficar arregaçando as mangas o tempo todo? E no do filme? Como que alguém consegue se mexer com aquelas botas? Meu problema é mais com a parte de baixo do uniforme do filme. Se fosse só a parte preta super cavada, ainda ia. Mas tem que pôr a parte preta por cima de uma espécie de calção cor de pele? É muito feio!
O cabelo faz parte do personagem e do estilo loser :)
O Patrick Wilson eh lindinho, mas nem lembrava dele em Fantasma da Opera, por exemplo (pq estava olhando o Fantasma, olha eu aqui cada vez me comprometendo mais nos meus personagens preferidos...).
Enfim, eu gosto dos personagens, nao dos atores. Maluqice mesmo :)
posso falar? eu adorei o filme, e principalmente a trilha sonora, coisa que muita gente detestou.
ai ai...patrick wilson. ele é lindo, né? ai ai...adorei a cena de sexo com "hallelujah", eu ri. eu achei legalzinho o fato do comedian ser aquele canalha (por um momento achei que fosse aquele pedaçudo do javier bardem), do rorschach ser frio e do nite owl broxar/transar. odeio quando o herói do filme é aquele poço de bondade e virtudes, coisa que ninguém no mundo é.
bom, quando a espectral volta fantasiada pra acompanhar o nite owl, eu até comentei com o namorado que "oh, ela está disfarçadíssima...nossa".
outra coisa: acho desperdício o billy crudup escondido atrás daquela pele azul. ele é tão lindo...
ah, esqueci:
já viu gran torino?
Gostei do filme também, é do tipo que vai crescendo na tua mente com o tempo - no dia, eu saí meio sem saber o que pensar. Eu acho coerente que todos sejam brancos, e que as mulheres só se dêem mal (principalmente a lésbica), e que o louco (do estilo alucinado, não os psicopatas) tenha sido cortado. É o sonho americano, os que normalmente ficam de fora dele, ficaram de fora nesse filme. Eu só fiquei meio assim porque aquele que parecia ser o mais ativo em tentar uma solução diferente, o que falava em novas formas de energia e talz, teve que ser o que explode tudo no final. Mas, pensando bem, se a gente analisar a humanidade só pelo lado racional, a vontade é dizer: "explode essa bodega logo". Nisso é que eu acho muito interessante o Rorschach, porque ele é o que sente tudo, ele é o que menos entende que muitas pessoas tenham morrido para que a humanidade não fosse inteira pelos ares. Justo ele, que parecia o mais psicopata no começo. Mas ele é o atormentado, o que é realmente mostrado em todas as suas tragédias, ao contrário do Comediante, que esse, sim, não sente nada por ninguém. Também adorei a trilha sonora. Agora, alguém notou que o quarto do comediante era o 300? Que egocêntrico esse Zack Snyder, né? Será que o próximo vai ter um smile em algum lugar?
Barbara, no Fantasma da Ópera eu também só tinha olhos para o Fantasma ^_^. Embora eu achasse o Patrick Wilson bonitinho, eu odiava o personagem dele (li o livro primeiro e ele me irritava profundamente). Depois eu vim a gostar bem mais do ator, hoje eu o acho muito, muito bonito e sem dúvida nenhuma as melhores cenas dele é quando aparece sem roupa em Watchmen ^_^. Inclusive, acho muito bonita a cena de sexo entre ele e Lauren (a que dá certo). Mas ele está muito feio nesse filme, Senhor! Como conseguiram enfeiar tanto o cara?
Particularmente o Jeffrey Dean Morgan não está tão maravilhoso como sempre (o cara tem o sorriso mais lindo que eu já vi), principalmente porque ele aparece em várias faixas etárias diferentes, mas assino em baixo de quem disse 'asshole but hot'. Meu Deus, que homem! E olha que eu não gosto de homens na faixa dos 40 anos.
Jeffrey Dean Morgan...gato!
(será que lolinha se manifestará sobre atores com três nomes?)
Barbara, o final original é melhor, mas eu gostei da adaptação feita, achei que foi uma boa escolha já que não dá para colocar tudo no filme.
Mika, pois é, a abertura fica confusa para quem não leu, mas é tão bem feita que todo mundo gosta.
O Coruja dos quadrinhos é barrigudo, o Patrick Wilson ganhou uns 10kg para fazer o papel e ainda ficou gostosão. Na minha cabeça o Coruja seria o Jon Hamm.
Só eu achei o Jeffrey Dean Morgan meio parecido com o Robert Downey Jr.? E na foto de avatar do IMDB ele tá a cara do Javier Bardem.
Patrick Wilson é lindo mesmo, não fez jus ao Dan acabadão do gibi.
Lola, uniforme de super-heroína tende a ser piada mesmo. Não imagino as coitadas lutando sem o peito pular pelo decote, o maiô atochar no fiofó... a única heroína que me veio à cabeça que tem uniformes "condizentes" com a função é a Vampira, dos X-men.
Mica, como a Kaka comentou, o Patrick Wilson engordou para fazer o papel, o que eu achei bacana, porque o Coruja do quadrinho eh bem barrigudinho.
Eu sabia que nao iam colocar um cara gordinho de verdade, mas estava com medo de colocarem um saradao, sabe? Ai ficaria ridiculo. Tinham que enfeiar um pouco emsmo, senao nao ia ter nada a ver com o original.
O Raoul do fantasma da Opera eh sempre um chato. No livro ele eh pior ainda. Mas convenhamos que o Fantasma do filme eh gay demais, ne? Aquela roupinha de Antonio bandeiras no Point of no return nao tem condicao... Mesmo sendo um personagem legal nao da, ne? (o Fantasma do livro eh o mais bacana, principalmente porque ele eh o maior MacGyver, hahaha)
Sobre o ator que faz o comediante, eu so conseguia pensar que ele era um Robert Downey Jr generico, sabe? mesmo efeito, mas bem mais barato!
Lola: eu adorei o filme. Realmente é muito bom. Não é nada parecido com os filmes que vemos com super-herois. Esse tem muita corrupçã, até memso entre os super-herois. Gostei muito. Espero pela segunda parte...
=D
Pelo amor dos meus filhinhos, se houver segunda parte eu vou pessoalmente fabricar uma bomba e explodir a casa do Zack Snyder!
Que história é essa de segunda parte Srta.T?
Ah, Barbara, não acho o Jeffrey Dean Morgan um Robert Downey Jr. genério. Eu adoro o Robert, mas adoro igualmente o Jeffrey (além de achá-lo bem mais sexy). Ele estava é engraçado na caracterização de Comediante.
Eu fiquei o filme todo tentando lembrar de onde conheço o ator que fez o Ozymandias, mas não consegui. Até li sua filmografia depois, mas continuo não lembrando. Mas eu o conheço, e bem. Sua imagem está incrivelmente marcada na minha memória, só não sei de onde.
Voltando ao Fantasma, eu adoro o Eric no livro. Tenho total adoração. Mas também adorei no filme. Ele é sensual, forte, misterioso. E o Gerard Bluter é gostoso, e tem biquinho ^_^. Adoro a cena dele em Point of No Return. Paixão total.
Mas sem dúvida nenhuma no livro ele tem um poder que emana das páginas do livro. Você lê e enxerga a inteligência do cara. Ele é quase um gênio. E tem uma capacidade de entrega que é coisa de louco.
Aliás, uma coisa que eu adoro em Fantasma da Ópera é o fato da Cristine amar de verdade os dois. Se duvidar ela ama mais o Eric do que o Raoul, mas o Raoul é o mais fácil, o mais bonito, o mais usual, o mais esperado de alguém como ela e sua personalidade, enquanto o Eric é tudo o que ela deseja, mas não pode se permitir conseguir.
Pelo menos essa é a minha visão da história dos três.
Mica, eu tava "comentando o comentário" anterior. Absurdo é pouco pra classificar uma eventual continuação de Watchmen.
Pôxa, acho que só eu (e o maridão) não curti tanto o filme. O excesso de efeitos visuais exagerados e slow motion, sem contar com o som nas alturas, me incomodaram um bocado. A linguagem megalomaníaca do diretor funcionou muito bem em 300, né, mas em Watchmen não me agradou...
A história é interessante, mas na vontade de ser a mais fiel aos quadrinhos, acabou deixando as personagens principais mal desenvolvidas e alguns detalhes importantes da trama, obscuros. Eu também senti que os elementos mais inovadores do enredo já haviam sido contados antes, em Batman - O Cavaleiros das Trevas, por exemplo, de forma muito mais trabalhada e consistente.
Mas, enfim, para quem leu os quadrinhos, é compreensível que o filme tenha sido um show à parte...
Ah, segue o link de um crítica com que eu concordo em quase tudo: http://quodlibetarios.wordpress.com/2009/03/12/watchmen-critica/
E este vídeo engraçadíssimo, sacaneando o excesso de slow motion no filme, hehehe: http://www.youtube.com/watch?v=cOhk8BWeD2Q
Abraços!
Lola, devo confessar que eu acho o ator que fez Comediante ULTRA hot. ELe me lembra o Javier Barden... ay ay ay... hooooooooot!
Acho que ele estava falando sobre 'a segunda parte da crônica da Lola', Srta.T, e não uma eventual segunda parte do filme (pq isso seria heresia, hehehe).
Opa, my bad. Mas sabe que o Zack Snyder teve que assinar contrato pra dois filmes, né? A "sorte" é que o filme tá mal de bilheteria, o que "desestimula" uma continuação. O Alan Moore MATA um se rolar continuação.
Ah, uma impressão minha: o fato da máscara do Rorschach ser preta e branca, "cinza não" (como bem lembrou Kaká), reflete direitinho o comportamento do personagem, sempre extremo.
Mica, ainda sobre Fantasma da Opera, concordo com tudo que vc diz, com excecao dos elogios ao Gerald Butler. Achei ele fora do tom e muito guei :)
Sobre a Christine, no livro fica muito mais claro que ela tem um "dark side", que eh a ligacao dela com o Eric. Eu gosto dessa parte.
Ótima crítica, Lola! Uma amiga me recomendou seu texto depois de uma mesa redonda sobre The Watchmen que desceu quadrada demais ;)
Achei legal você ter visto, como eu, que discurso de personagem é exatamente isso - um recorte. A mensagem de The Watchmen, se ela existe, está mais pra uma colagem trans-supra-personagem do que esse ou aquele punchline.
Também sou leiguíssimo em Alan Moore, mas acho que fui ajudado em The Watchmen pela experiência com um quadrinho semelhante em tom, o The Sandman, de Neil Gaiman. Aliás, decidi escrever aqui para recomendar esse autor a quem gostou desse aspecto pluralista de The Watchmen.
Grande abraço!
Thiago
Endosso a recomendação do Thiago. Adoro Sandman, tenho todos os arcos. Meu preferido.
Eu adorei o filme, gosto muito quando as produções americanas fogem do estilo Hollywoodiano, aliás essa foi uma exigência do autor para que o filme fosse rodado, que a adaptação fosse fiel ao quadrinho. E respondendo ao FELIPE G2, não haverá segunda parte, pois toda a série foi colocada nesse filme. Melhor assim, senão poderia ficar ruim como aconteceram com outros filmes, tipo o Spider man 3.
Lola, nada a ver com Watchmen, mas hoje eu finalmente assisti Mamma Mia. Achei o filme bem fraquinho (para não dizer ridículo) com umas cenas fofas no meio. Mas as músicas são fantásticas. ABBA é tudo de bom.
E a Amanda Seyfried tem um vozeirão! E a Meryl Streep parecia o próprio ABBA em alguns momentos, hehehe, muito boa ela.
Aliás, ela usa botox ou fez plástica, né? Só assim para ainda ser tão nova...Mas o q me chamou a atenção é que mesmo usando esses artifícios (se é que usa)ela tem uma expressão facial incrível. Acho que é coisa dos olhos, né?
Uma amiga disse que ator bom é aquele que interpreta com os olhos (e por isso ela odiava a Juliana Paes, pois ela muda a expressão do rosto, mas os olhos estão sempre sorrindo, e isso tira o peso da cena).
Engraçado que quando eu conheci a Amanda Seyfried (atuando, é claro) eu a achei com a maior cara de vadia e depois vê-la em Veronica Mars não ajudou a mudar minha visão (aliás, achei que o papel tinha caído com uma luva para o biotipo dela). E então eu comecei a assitir Big Love (aquela série sobre os mórmons) e, nossa, ela está com a maior cara de santinha. E então vi Mamma Mia e ela tem a expressão mais doce do mundo.
Fico me perguntando como posso ter achado algum dia que ela tinha cara de vadia... (desculpe a palavra, acho horrível, mas não consegui pensar em nenhuma outra com o sono que estou agora embotando meu raciocínio).
Leo, fazendo uma correção: o Alan Moore sempre foi contra a produção do filme. Embora autor, ele não tem os direitos autorais sobre a obra, que é da DC Comics. E ele repudia o filme com todas as forças: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u539360.shtml
Lola, essa história de se interessar por um homem que tentou te estuprar não é uma fantasia machista. Acontece na vida real. Seres humanos são mais complexos que suas ideologias.
Beijo.
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