sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

"POR QUE VOCÊ NÃO DENUNCIOU SEU ASSÉDIO OU ESTUPRO?"

Duas notícias relacionadas à violência sexual me deixaram desolada. Uma eu só fiquei sabendo ontem, apesar da matéria da Folha ser da semana passada. Mas a gente só estava respirando eleições municipais, então não vi. 

A premiada jornalista Amanda Audi, que escreve no The Intercept Brasil, acusou de estupro um professor da UnB, que também era colaborador do site. O caso aconteceu em outubro do ano passado. A polícia praticamente não investigou (só ouviu uma das testemunhas, por exemplo, e não deu importância para a troca de mensagens pelo WhatsApp entre Amanda e o agressor, em que ele pede desculpas pelo ato). Um promotor decidiu que tudo era apenas algo que aconteceu entre "duas pessoas confusas de suas intenções e sentimentos". E o caso foi arquivado. 

Ela está proibida judicialmente de falar publicamente sobre o que ocorreu, sob risco de multa. O agressor encerrou seu perfil no Twitter, mas aparentemente abriu fakes em que tenta oferecer dossiês difamando a vítima para pessoas de direita. É muita baixeza. 

Eu estive em eventos de jornalistas e comunicadores com a Amanda (que mora em Brasília) duas ou três vezes, em SP. Sempre conversamos bastante. A última vez foi em dezembro do ano passado, dois meses depois do estupro. Não falamos sobre estupro. Ela me pareceu bem, como sempre -- simpática, de bom humor, inteligente. Que ela tenha denunciado à polícia, que ela tenha conseguido continuar seu trabalho sem desmoronar, já mostra sua força. Desejo tudo de bom a ela. E ao menos o agressor foi exposto na matéria da Folha. Não será capaz de se livrar da pecha de estuprador tão cedo. 

O outro caso que fiquei sabendo hoje é sobre pessoas muito famosas. Uma reportagem longa e investigativa de João Batista Jr. foi publicada pela revista Piauí. Não é fácil de ler, porque é bem gráfica nos detalhes dos abusos. Começa com uma festa em novembro de 2017 para comemorar o centésimo episódio do programa humorístico Zorra, reformulação do preconceituoso Zorra Total. No bar da festa rolou um karaokê. Dani Calabresa, uma das estrelas do programa, e Marcius Melhem, diretor, ator e roteirista, além de outros membros do elenco, cantavam uma música. Dani se esquivava de Marcius, até que ele tentou beijá-la. Ela saiu do palco. Isso tudo na frente dos convidados.

O que se seguiu não teve testemunhas, porque foi no lavabo do bar. Dani tinha ido ao banheiro e, ao sair, Marcius a agarrou, tentou forçar um beijo, lambeu seu rosto, e tirou seu pênis para fora da calça. Dani conseguiu fugir aos prantos. Três dias depois, durante gravações no Projac, Marcius apareceu para dizer "Eu não tenho culpa do que aconteceu! Quem mandou você estar muito gostosa?" 

Isso tem testemunhas. O jornalista responsável pela matéria na Piauí entrevistou 43 pessoas. "Entre elas", explica ele, havia "duas vítimas de assédio sexual de Marcius Melhem, sete vítimas de assédio moral e três vítimas dos dois tipos de assédio, o sexual e o moral". A maioria, temendo represálias, preferiu permanecer anônima. Cinco outras mulheres, além de Dani, acabaram denunciando Marcius à Globo. Ele costumava encostar-se nelas roçando o pênis ereto. 

Dani foi a primeira a denunciar. Muito abalada com o assédio e o boicote profissional, ela se desligou do Zorra. Mais tarde, foi tirar férias nos EUA. Escreveu na sua conta no Instagram: "Don't be afraid of anyone" (não tenha medo de ninguém). Cinco minutos depois, Marcius mandou uma mensagem privada para ela querendo saber se era uma indireta. Ela respondeu que só falaria com ele diante da chefe a quem os artistas apresentam queixas. Dani ligou para a chefe e o denunciou. 

No dia 6 de março deste ano, a Globo comunicou que Marcius não era mais diretor, depois de 17 anos trabalhando na emissora. Mas a nota não mencionava as acusações contra ele. Apenas no dia 14 de agosto a Globo anunciou a saída definitiva de Marcius, destacando "a parceria de 17 anos de sucessos". 

Frustrado com o silêncio da Globo, um grupo de vítimas de Marcius decidiu escrever uma carta para a direção, cobrando um posicionamento mais contundente. Diziam que "o comportamento de Marcius Melhem consistia em abusar da sua posição de chefe para constranger suas funcionárias sexualmente e para expor seus funcionários a situações humilhantes e degradantes". Aquela versão da carta não chegou a ser enviada

Várias pessoas têm apontado semelhanças no modo de assediar de Marcius com o ex-chefão da Miramax, Harvey Weinstein, que em fevereiro foi condenado a 23 anos de prisão por agressão sexual e assédio. Assim como Weinstein, Marcius negou tudo. Assim como Weinstein, Marcius afirmou indiretamente que está fazendo terapia. Mas o ex-diretor da Globo ameaça "buscar a verdade na justiça". No início das muitas acusações, Weinstein também disse que iria processar as vítimas. Mas o movimento Me Too foi tão avassalador que as ameaças do assediador ficaram no meio do caminho.

Assim como Weinstein, Marcius, e também o professor acusado de estuprar Amanda, se diziam progressistas, até feministas. As feministas brasileiras criaram um nome para esse tipo de homem que tem um discurso bem diferente da prática: esquerdomacho (faz uns meses participei de uma banca online com uma professora italiana e foi difícil explicar o significado do termo pra ela). Um outro esquerdomacho abriu um processo contra mim em 2017 por posts que publiquei no final de 2014, quando uma vítima de assédio decidiu denunciá-lo. Nada aconteceu com ele -- ele segue dando aulas e sendo chamado para palestras --, mas ele alega danos morais para que eu lhe pague uma indenização de 300 mil reais. Já as duas vítimas que ele processou tiveram que sumir das redes sociais.

"Por que você não denunciou?" é uma das perguntas mais frequentes feitas a vítimas de assédio e violência sexual. Bom, taí o porquê. O caso Mariana Ferrer (em que ela foi tratada como criminosa na audiência online que absolveu o estuprador, num caso que basicamente inventou o conceito de "estupro sem a intenção de estuprar") explica por que. Ver como o caso de Amanda Audi foi rapidamente dispensando explica. E se a gente pensa que até uma atriz reconhecida e famosa como Dani Calabresa teve mil e uma dificuldades para denunciar seu assediador, imaginem pelo que passam atrizes iniciantes? Ou mulheres que passam bem longe das câmeras? 

"É impressionante a luta que uma mulher precisa travar para provar que é vítima", disse Dani hoje. Ela tem toda razão.

20 comentários:

avasconsil disse...

Os agressores são covardes. Só assediam quem eles julgam abaixo na hierarquia, sem condições de confrontá-los e conseguir que sofram alguma consequência. Esse diretor da Globo só acabou exonerado porque se meteu com a Dani Calabresa. Enquanto as assediadas estavam abaixo no firmamento, ele seguia lépido e fagueiro. Por outro lado a vítima se sente impotente, com a sensação de que a reação vai ser em vão, uma dor de cabeça que não vai dar em nada. Então pra quê? Em 2011 fui assediado lá no trabalho. Estava participando de uma comissão com o na época braço direito da chefa suprema da instituição, quando ele me encontrou sozinho no gabinete onde eu trabalhava. Sentou-se ao meu lado e começou a me ditar o conteúdo de uma portaria. Eu lá teclando o que ele ditava, quando de repente ele começou a apalpar minha coxa direita na direção do meu genital. Foi tudo rapidíssimo. Ele só não pegou "lá" porque inesperadamente o motorista da minha chefe bateu na porta e logo a abriu. Nos poucos segundos do assédio eu suei frio. Estava surpreso e muito constrangido, até porque sou muito tímido, sem acreditar naquilo. Nunca tinha antecipado mentalmente uma coisa daquela. Sou péssimo de improviso. Quando surpreendido fico sem ação. Depois me vêm milhões de ideias do que poderia ter feito. Mas na hora... Pensei em denunciar. Mas desisti. Era o braço direito da poderosa do lugar. E eu não tinha prova nenhuma. Como me dava bem com minha chefe, acabei contando a ela. Algum tempo depois ela ficou sabendo que outro servidor o havia denunciado. Ele era um assediador contumaz. Assediava guardas, motoristas, servidores. Todos abaixo na hierarquia. No final das contas não deu em nada o processo administrativo do servidor. Agora no dia 16.12 esse homem vai assumir o cargo do topo da carreira da instituição. Essa instituição cujos componentes ganham iPhone de Natal e se acham no direito de serem vacinados primeiro contra a Covid19. E têm carro oficial com motorista. Mas nesse caso ainda bem. Fui salvo pelo motorista.

Anônimo disse...

Oi Lola achei novo video falando do Emerson https://youtu.be/Y4f9Bi6Te6k

Ana disse...

Fui assediada moral e sexualmente pelo meu ex chefe. Ele foi transferido pra longe de mim mas até hoje colegas me culpam pela derrocada profissional do assediador.

Anônimo disse...

Emerson ñ falou uma vírgula errada. Podem ter certeza de que 60% da população brasileira concorda com ele. O Resto é a macacada, que nem deveriam estar aqui, mas na África, de onde NUNCA deveriam ter saído.

Ela disse...

Eu imagino como esse homem se acha superior aos demais para agir dessa maneira. Já trabalhei num órgão público e já vi e fiquei sabendo de vários casos. São pessoas arrogantes, têm certeza que são melhores que as demais. Fico enojada.

Gisele Porto disse...

Que texto Lola, a minha mãe falou outro dia! Ela pedia demissão, em situações de assédio! Eu fiquei um domingo numa delegacia e vi a recepção das vítimas de violência doméstica

Anônimo disse...

60% de onde tu tirou isso kkkkk o povo brasileiro é o que mais se micigena no mundo.

Anônimo disse...

60% a maioria da população é negra e parda vai se foder nazipardo kkkkkj

Anônimo disse...

Pela lógica de vcs, então BOLSONARO nunca seria eleito. Ou vcs acham que negros e pardos ñ votaram nele também? Como ele conseguiu 53% dos votos, se a população afrodescendente ñ votou nele? Esse é o erro, achar que mulher, afrodescentes, indios e minorias ñ votam na direita. Entendam isso, please. Bjs estrelados

Jane Doe disse...

"Por que você não denunciou?"

A resposta é simples - pois elas não querem reviver a violência. A triste e trágica realidade é que quando uma vítima finalmente consegue ter força p. procurar as autoridades elas passam pelo segunda onda de violência: são culpabilizadas pelo crime que sofreram (quando não tem suas vidas investigadas e escrutinadas até o último detalhe), são novamente humilhadas e moralmente assediadas ou simplesmente mandadas pra casa com instruções para rezar e perdoar o agressor.
Quando miraculosamente alguém chega a ser julgado, a pena irrisória que os crápulas pegam é o último insulto que elas tem que suportar. Logo ele estará livre, pronto pra fazer tudo de novo.

Consigo compreender perfeitamente o motivo pelo qual tantas mulheres passam a vida inteira em silêncio. Para algumas talvez seja uma tática de sobrevivência para manter o pouco de sanidade que lhes restou.

Anônimo disse...

Lola, tudo bem? Queria desabafar uma coisa contigo, ou melhor, entender algo: a Daniela postou esses dias uma foto com o grande amigo dela, Gentili. Eles de fato são amigos há bastante tempo, pelo que vejo, e ela de verdade tem amizade com um cara daquele quilate. O que diabos acontece? Isso é uma pergunta séria. Por que ela e tantas outras pessoas endossam um cara como ele? Fico até surpresa de ver pessoas como Samia Bonfim, Titi Müller e Manuela D'ávila conseguindo ser solidárias com alguém (Daniela) que é da mesma turminha dele. Ela postou essa foto, recentemente, falando de "saudades" dele. Um cara que bota o público dele para hostilizar mulheres gordas, ou que o desagradem, de qualquer jeito. Um cara RACISTA. Um cara da pior espécie. Será que a Daniela também endossa essas atitudes dele? Por que se fosse só uma vez na vida e outra na morte que ele falou bosta, tudo bem, todo mundo já derrapou, já falou bosta, já foi preconceituoso. Mas ele GANHA A VIDA dele implicando com gente que NUNCA fez nada a ele, como por exemplo a Alexandra Gurgel. Postou foto dela e, com certeza, fez com que milhares de pessoas saibam quem ela é e cheguem até ela só para ridicularizá-la, xingá-la etc. Juro que tenho dificuldade em entender o raciocínio da Daniela. E de tantos outros que têm amizade com uma pessoa perigosa como ele.

Anônimo disse...

* Samia Bonfim, Titi Müller e Manuela D'ávila já foram atacadas seriamente pelo Gentili, por isso minha surpresa que elas tenham sido civilizadas e prestado solidariedade à humorista. Você também foi atacada por ele, Lolinha, e está sendo generosa ao se solidarizar com uma das melhores amigas dele. Eu não conseguiria.
Do mesmo jeito que lamento o assédio sofrido por ela, lamento que ela NUNCA tenha usado a fama e grande alcance dela para se opor aos racismos e gordofobias dele. Ou será que já falou algo sobre e eu não soube? Bem, para mim a pior parte é não ter se afastado de um cara com um discurso violento como o dele. Vai entender o gosto dessa galera. Acho que o poder dele faz com que a coisa pareça certa, tipo "ele pode". Não entendo quem aguenta qualquer absurdo, violência e agressividade que esteja dentro desse mundinho poderoso e midiático. Rico é uma merda.

Lola Aronovich disse...

Então, não tenho como explicar algo pessoal. Não conheço a Dani, graças aos céus não conheço o podre do Gentili, e não sei nada da amizade dos dois. Se fosse eu, eu jamais manteria amizade com um cara tão escroto, mas cada um é cada um, e não se deve ficar "vigiando amizades", que é algo do âmbito pessoal. Todas nós somos solidárias com a Dani Calabresa, ué. Ela não cometeu crime algum. Ser amiga do Gentili não é crime. Saiba separar as coisas.

Anônimo disse...

Ser amiga do Gentili ñ é CRIME! Entendam isso, cabeças ocas! PQP, tem que ficar ensinando esse povo até à abrir a boca e fechar pra comer, que raiva da imbecilidade PelamordeDeus!!

Anônimo disse...

Covid nos machões!!!
https://nitter.cattube.org/dogarrett/status/1335615106168795139#m

Anônimo disse...

Jura? Achei que fosse crime ser amiga dele, podia apostar, até! Caraca, agora choquei... Pena, estava doida para vê-la atrás das grades. Estou realmente em choque. Jurava que a moça ia pagar por isso judicialmente. Valeu por informar.
Realmente, não tem nada a ver, né? Julguei mal. Tenho amizade com o Bolsonaro, por exemplo, que é um racista, homofóbico, misógino, não quer dizer que eu seja uma pessoa má. As pessoas com as quais andamos não influenciam nossa vida em NADA. Nossos amigos são algo totalmente diferente de nós. Nós não sofremos influência deles, nem eles sofrem influência nossa. Não só ter amizades com criminosos não é crime (mas eu jurava que era! Tô muito de cara, sério, foi uma porrada saber disso, eu tava contando com a prisão dela) como é algo totalmente ok, não há nenhum prejuízo ao nosso caráter, nem à nossa saúde mental, nem nada. É muito ok ter amigos racistas. Super de boas! Recomendável até. Abre a cabeça, sabe? Senão a gente fica só no nosso mundinho de gente progressista. E isso é se fechar, ficar na bolha.

avasconsil disse...

No Judiciário e no Ministério Público todos os "membros" se acham superiores. Até os mais fofinhos e as mais fofinhas entre eles/elas. Talvez muita gente não saiba. Mas os membros não se acham servidores públicos. Isso porque o cargo deles foi criado diretamente pela Constituição. Porque o Judiciário e o MP têm autonomia orçamentária e administrativa (mais recentemente as Defensorias Públicas também - defensores são "membros"). E também porque essa autonomia está nas mãos deles. Por isso eles recebem de uma vez só aquela bolada de férias acumuladas. E de vez em quando concedem a si mesmos algum direito que eles mesmos pagam a si próprios, tipo um auxílio-alimentação, com um belo retroativo. Por isso também Sérgio Moro e Dallagnol se viram no direito de descumprir a Constituição e o Código de Processo Penal na Lava-Jato. Eles se acham tão especiais que a Constituição e as outras leis são pros outros. O princípio da igualdade deles é igual ao dos porquinhos da Revolução dos Bichos, do George Orwell: todos são iguais perante as leis. Mas alguns são mais iguais que os outros. Eles são os menos iguais, é claro. Pior que na prática eles estão certos. Acabam podendo mais que as "pessoas comuns". Um dos privilégios é o de não trabalhar. Quanto mais ascendem na carreira menos trabalham. Um deles perguntou a mim e a um colega servidor uma vez: vocês batem ponto, é? Surpreso com a resposta afirmativa nossa, ele comentou: Nossa, que coisa mais obreirista.

Alexandra Hercilia Pereira Silva disse...

nenhuma pessoa é perfeita e sem defeitos, por isso precisamos tolerar falhas nas pessoas se não quisermos nos isolar, isso vale também para nossos amigos. existem várias coisas que eu não suporto nos meus amigos, mas se eu quiser ver preciso aceitar eles como são... note que aceitar eles não significa aceitar as atitudes deles. é muito fácil você se afastar de um amigo quando ele passa a fazer algo errado, difícil é ser amigo: isto é, sabendo dos defeitos da pessoa nunca se afastar e sempre ter fé de que ele vai conseguir mudar uma hora ou outra e tentar fazer parte desse processo de conversão. quando você acusa dani de ser amigo de fulano ou sicrano e diz que ela não merece ser defendida por conta disso você impõe condições para que eu mulher seja respeitada: ela merece ser respeitada se não tiver determinadas amizades, se não usar determinadas roupas, se não tiver determinadas profissões, enfim, você é só mais uma pessoa que acha que mulher não merece ser respeitada. só merece um pouquinho de respeito mulher obediente a homem, obediente àquilo que você acredita e olhe lá, ou seja, você é só mais um preconceituoso que culpabiliza a vitima

Anônimo disse...

Danilo, quem fala mal dele, são aqueles que vivem numa bolha política e ficam com raivinha quando criticam seu bandido de estimação. Quem já ouviu a história dele sabe o quanto ele sofreu e ajudou outras pessoas. Como você vai ter raiva de um cara assim? Ele pode ter as convicções que ele quiser, isso é problema dele, mas achar que ele é uma má pessoa etc é pura birra destas pessoas.

Anônimo disse...

É impressionante como existem repetições e coincidências entre os relatos de violência sexual.

Um estuprador, servidor do tribunal de justiça, estuprou uma mulher. A mulher denunciou, ganhou muitos inimigos, porque ele goza de muito prestígio entre os ex-amigos e familiares dela.

A denuncia foi arquivada, ela ficou sabendo porque a esposa dele foi fazer um barraco no local de trabalho dela. Porém, a justiça nunca lhe comunicou sobre o arquivamento do caso.

Coincidências: homem branco; gozando de posição com status e prestígio; poder judiciário trabalhando para culpabilizar a vítima.