quarta-feira, 21 de novembro de 2012

GUEST POST: MEU NAMORADO NÃO QUERIA, MAS FIZ UM ABORTO

Enquanto isso, no Uruguai...

Recebi este relato da L. em agosto.

Meu nome é L. e tenho 22 anos. Há um mês fiz um aborto.
Me descobri grávida uma semana antes de fazer o procedimento. Uma gravidez já bastante adiantada (estava com sete semanas). Fui a um exame de rotina ao ginecologista. Nunca vou esquecer o médico me dando a noticia e minha reação -- dizer que era impossível. Afinal, eu estava fazendo um tratamento, tomava anticoncepcional, menstruei. Eu simplesmente não podia estar grávida. Mas estava. Foi como tomar um soco na cara. Só acreditei naquilo quando eu vi o exame de sangue. Eu não chorava, mal conseguia falar. 
Saí do consultório, já certa que não queria aquilo. Fiz  o que me pareceu mais certo. Falei com R, o "pai" (por telefone pois o pai mora em outro estado). Ele, que sempre quis que eu fosse viver com ele, disse: "Ótimo. Assim você vem morar aqui comigo, eu vou praí no final de semana, falo com seus pais e você já vem pra cá. Resolvemos tudo".
Foi nesse momento que comecei a chorar. Eu só consegui responder a ele que casar só me traria mais um problema. Que casar com ele não me deixaria menos grávida.
Então naquele momento eu entendi que teria de fazer tudo sozinha. Pois eu não poderia abrir mão de um emprego, de uma faculdade por terminar, dos meus amigos, da minha cidade, do convívio com minha família, enfim, da minha vida, por conta de algo que eu nem sabia como podia ter acontecido, pois me precavia para que não acontecesse.
Sabia que não podia falar com meus pais. Eles jamais concordariam com minha decisão, por conta da religião deles (ambos são católicos praticantes). Comuniquei a R. minha decisão. Antes de desligar o telefone na minha cara, ele disse que mandaria um dinheiro pra vagabunda que ia tirar o filho dele. No dia seguinte tinha 500 reais na minha conta e chegava na minha casa via sedex três comprimidos de Cytotec. Pra quem queria tanto uma família ele foi bem rápido em resolver o problema, não acha?
Não tinha tempo nem pra pensar nele naquele momento. Num relacionamento que eu havia querido manter, e agora numa pessoa que eu detestava. Recorri a uma amiga que mora sozinha com a filha, contando a ela toda a situação e pedindo que ela me deixasse usar a casa dela. Assim como falei com outro amigo, pois tinha medo que algo pudesse dar errado e ele ajudaria no processo. 
Fui pra casa dela às oito horas da noite. Tomei um comprimido e introduzi dois outros pelo canal vaginal. Foram as horas mais tensas da minha vida. Eu sentia tanto medo, tanta culpa, que eu mal conseguia encarar a filha da minha amiga que brincava enquanto eu iniciava o processo. Mas eu já tinha tomado aquela decisão. Usei os procedimentos indicados por um médico (pois não podia ir até uma clínica, além de muito mais caro, eu sou alérgica a muitos medicamentos), e fiz o que eu tinha de fazer.
Além de toda a tensão, há as dores. Multiplique as cólicas menstruais por três ou quatro. Eram as dores que eu sentia hora após hora, naquela madrugada. Eu só lembro da minha amiga repetindo que ia passar, que tudo ia ficar bem. Era quase dia quando senti finalmente descer. Senti dores por mais dois dias, com meus amigos do meu lado, me abraçando, me confortando, de uma maneira que eu nem tenho como agradecê-los.
Fiz exames, e todo processo tinha ocorrido bem.
Lola, honestamente, eu nem sei o que me fez escrever sobre isso. Nem sei se você vai ler este texto! Ao mesmo tempo que é uma experiência que eu quero esquecer, acho importante dividir com alguém que talvez transmita empatia pelo que me aconteceu. E acontece com tantas outras aqui, em todos os lugares do mundo. Não tenho medo do julgamento alheio, mas no nosso país abortar é crime. Eu sei dos motivos que são meus e me levaram a fazer isso. Não me arrependo, mas me culpo. E muito do que me fez ter força pra seguir em frente tem sido o que eu leio no seu blog.  Agora mais do que nunca busco forças pra lutar para que mulheres tenham condições e estrutura (em todos os sentidos) caso elas decidam fazer um aborto. Essa é a grande questão pra mim: esse é o tipo de decisão que só cabe a quem passa pela situação. Você não concorda?

Minha resposta: Concordo totalmente com você. A decisão é sua, de mais ninguém. Cabe à mulher decidir, e pronto. Pro homem é mais fácil: não vai ser ele que vai ter que carregar o bebê no ventre, talvez ter que largar o emprego e a faculdade, e isso é só o começo. Depois que nasce é a sua vida que muda completamente, não a dele. E se seu namorado respondeu tão rapidamente te chamando de vagabunda, é sinal de que você teria uma vida a dois infernal.
Não se sinta mal, querida. Acontece com muitas mulheres. Na realidade, um quarto das gestantes têm aborto espontâneo, não provocado, nos primeiros 2 ou 3 meses. É muita gente. Você apenas provocou esse aborto, mas não era um ser formado, não era um bebê, não era uma criança, não era uma pessoa. Era um projeto de vida que foi interrompido. Isso não te impede de ter um filho quando for a hora certa.
Lembre-se que a mulher que faz aborto no Brasil é, em média, casada, católica, já com filhos...
E fico muito feliz que seus amigos te ajudaram tanto.

L. responde: Nossa, Lola! Muito obrigada por sua resposta rápida! Estou muito feliz e surpresa também!
Estou superando tudo isso aos poucos, tem dias que são melhores, tem dias que são piores, mas estou aprendendo a levar. Nunca quis ter filhos e nem quero. Pode ser que eu repense isso no futuro, mas nunca tive esse desejo. Meu ex-namorado ainda tenta me perturbar, ligando, mandando msgs e emails, com ameaças de contar pra todos o quanto eu não valho nada, coisa que ele não vai cumprir (acredito).  
A culpa é um processo que vai demorar a passar, mas um dia ela vai embora, estou certa disso.

442 comentários:

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Unknown disse...

Da forma que falam parece que as mulheres são fábricas de filhos para os homens...
Se uma namorada minha quisesse ou precisasse abortar, acima de tudo eu ficaria do lado dela nesse momento difícil apoiando a escolha dela com todo o amor, todo o carinho e toda compreensão que eu pudesse dar.

Anônimo disse...

Todo apoio. É isso aí mesmo. Tenho só uma ponderação: meu, minha, eu são as palavras mais utilizadas no post.

@dddrocha disse...

Situação difícil. Não sei o que eu faria, essa moça foi muito corajosa.

Anônimo disse...

com sete semanas o cortex cerebral do feto, ja esta totalmente formado !

Rafael disse...

Se o namorado diz para abortar, ele é um monstro. Se o namorado diz para não abortar, ele é um monstro. Humm, não há muitas opções, né?

Anônimo disse...

"óvulo não é um bebê, e um projeto"

diz ela
_
eu acrescento:
um embrião não e um feto ( mas caminha para ser),

Um feto não e um bebê( mas caminha para ser)

Um bebê não e uma criança ( mas caminha para ser)

Uma criança não e um adolescente, (mas caminha para ser)

Anônimo disse...

Continuamos à espera que alguém diga o porquê de alguém sem (supostamente) actividade cerebral ser menos humano que outro.

Anônimo disse...

Sou completamente à favor do aborto, mas não sei se EU faria, mas isso são outros 500, afinal só pq eu nao faria, nao significa que o outro tem que pensar igualzinho a mim, isso é meio óbvio.
Para o Anônimo de 12h30.. existem leis nos países onde o aborto é legalizado que previnem que grávidas com gravidezes avançadas abortem (geralmente o permitido é até 3/4 meses, ou mais em outros casos, como morte fetal, perigo à vida da gestante, entre outros.). Uma mulher na Inglaterra foi condenada por homícidio por causa disso (ela estava com quase 38 semanas, aparentemente).
E é reconhecido por estatísticas internacionais também que o aborto decresce uma vez que é legalizado.
Vamos pensar mais em sociedade, gente!

Anônimo disse...

O ministério publico do Ceara vai adorar ler isto !

Anônimo disse...

Ele pode contar, mas vai provar como? Além do mais, se ele mandou os comprimidos, ele entraria junto no crime de auxiliar... então é bem melhor pra ele que mantenha a boca fechada, né?
E fique com a sua consciência tranquila, seu "bebê" era do tamanho de um bago de feijão e, como disse a Lola, é uma fase bem fácil de acontecer abortos espontâneos, mesmo em gravidezes planejadas. Você tomava as devidas precauções, seria injusto que tivesse que arcar com essa consequência sozinha (porque seu namorado dá pra ver que não ia ser o melhor pai nem companheiro, né?).
Se você não queria um filho, não se culpe por ter feito o aborto!

Sofia

Mordred Paganini disse...

Pró-vidas são gênios em embriologia né?
O período fetal se inicia com 9 semanas. Com 7 semanas ainda é um embrião, senhores gênios!

Unknown disse...

Rafael,

A opção é: Fica quieto e deixa a menina se decidir por si mesma, só dê opinião se ela pedir. E depois tu apoia ela em qualquer decisão que ela faça. Não é ciência de foguetes.

Mordred Paganini disse...

Also: eu acho que o Ministério Público do Ceará deve ter mais o que fazer. Just Saying...

Anônimo disse...

a minha experiencia foi parecida e diferente ao mesmo tempo. eu nao estava namorando e nao tive que passar por isso de escutar alguém que eu amava ser tão incompreensivo. resolvi tudo sozinha porque sabia que a outra parte iria julgar o meu comportamento, questionando por exemplo como eu sabia que o filho era dele se eu era solteira. nunca duvidei que a melhor solução fosse a interrupção. eu morava em outro país, estava no meio da minha pós-graduação, e o mais importante, nunca quis e sigo não querendo ser mãe. a minha maior preocupação era poder fazer o procedimento nas primeiras semanas, descobri que estava grávida com exatas 4 semanas. no entanto, a informação era muito restrita e eu morria de medo de nao ter acesso a informação à tempo. na época, enviei email a algumas organizações feministas, mas jamais responderam meus emails. por sorte, tive total e irrestrito apoio da minha família, dos amigos próximos e um médico que pôde me orientar. me acompanhou durante o procedimento e felizmente tudo correu bem. eu chorei muito, mas não porque me sentia culpada ou porque achava que era errado e sim pela injustiça que existem em alguns países, muitos, que não garantem direitos às suas cidadãs, chorei muito pela sociedade que estigmatiza mulheres a partir de preceitos machistas.chorei muito por essa terrível desigualdade de numa situação como essa, a mulher ter que se virar enquanto o homem vive a sua vida tranquilamente e todo mundo acha isso justo. nao tive traumas psicologicos, muito pelo contrário. senti alívio, me senti agradecida pela familia e amigos e amigos que tenho e pela estrutura que eu tive. de certa forma reforçou meus laços familiares porque entendi como a minha familia me amava e me amparou de um forma muito bonita, me escutando, me abraçando, me confortando. contei para o meu atual namorado que jamais me julgou e mais que isso, ele tb é bem consciente da necessidade de se lutar pelos direitos das mulheres, pela educação sexual nas escolas e pelas politicas de planejamento familiar, porque temos a consciencia de que essa hipocrisia de que só mulheres ricas tem esse "direito" custa vidas das mais pobres.
sei que muita gente acha errado, que nessa hora muita gente vem dar uma de médico-cientista e usar de forma leviana dados que estão longe de serem consenso, que muita gente vem querer impor a forma como lidaria ou como lidou com um caso semelhante ("eu tb não queria ficar gravida e hj meu filho é o mais importante", ou como esse anônimo das 12h30 que diz que o cortex ja esta totalmente formado com sete semanas), mas isso não me provoca o menor sentimento de culpa ou de remorso, ou me ofende. sinto muito, mas essa foi a decisão mais acertada que tomei na minha vida, jamais me arrependerei dela e lutarei para que mulheres tenham a estrutura e amparo que eu tive.

André disse...

Ter um filho muda completamente a vida dos homens que tornam pais, só porque não sofremos os efeitos fisiológicos da gravidez não quer dizer que nada muda.

Anônimo disse...

Se ele queria tanto ter o filho, pq não tentou conversar com ela, não pediu pra ela esperar o final de semana em que ele iria vê-la. E além disso enviou os comprimidos? muito estranho; esse discurso de que não queria o aborto parece mais uma desculpa para não se sentir culpado. Decidir provocar um aborto não é uma decisão fácil pra mulher. É mto doloroso pq envolve o lado emocional, não é como qualquer procedimento. Conheço a história de uma garota de 16 anos que engravidou do primeiro namorado. Desesperada, ela tentou abortar sem contar nada para os pais. Tomou um remédio que eu não conheço e tentou introduzir alguma coisa na vagina, mas o aborto não aconteceu, ela acabou se arrependendo e levou a gravidez adiante. A criança nasceu prematura, com graves problemas de saúde e faleceu alguns dias depois no hospital. Até hoje essa moça é traumatizada com o que aconteceu, sente culpa e as pessoas que ficaram sabendo a culpam tbm. Mas veja só, ela era só uma menina. Se o aborto não fosse crime e houvesse uma estrutura para auxiliar mulheres com gestação indesejada, certamente ela teria tido acompanhamento psicológico antes de fazer qualquer procedimento. Poderia ter se arrependido antes de qualquer coisa e ter tido uma gravidez saudável. Se tivesse certeza de queria abortar, aí sim seria submetida à um procedimento seguro e dentro do prazo adequado. Negar isso às mulheres é que é desumano.

Anônimo disse...

Esse namorado é muito contraditório.
Pareceu ficar feliz com a gravidez e quando ouviu a menina dizer que não queria aquilo...xingou?
"Tudo bem" que ele ficou com raiva,mas então porque ele resolveu logo o problema?
E nem ao menos se tocou que mesmo se protegendo ela conseguiu engravidar?
Não teve empatia por ela?
Acho que se quisesse mesmo esse filho no minimo tentaria convencer a ela não abortar.
Enfim...sei não viu,parece mais que fingiu gostar da novidade,mas quando viu a namorada se decidir pelo corpo dela,odiou.
Ou seja,é lindo ter um filho quando não é você que vai ficar grávidO,parir,parar de estudar/trabalhar,amamentar,entre outras coisas.
Mas é um disparate aquele útero que você pensa que é seu falar que não quer sofrer por algo que não foi planejado.

Roxy Carmichael disse...

continuamos a espera de alguém que diga o porquê "alguém sem supostamente atividade cerebral" quando é "vítima" de aborto espontâneo, não ter seu "corpo" velado, com padre lá dizendo aquelas lindas palavras em memória do morto, ser enterrado, e família toda de luto.

continuamos à espera de alguém que diga o porquê "alguém sem supostamente atividade cerebral" possa ter seus órgãos vitais arrancados do seu corpo para serem transplantados a alguém com atividade cerebral

Gabriela disse...

Esse é um dos únicos assuntos da qual me abstenho.Vejo razões justas e sólidas nos dois lados.Desconsiderando extremismos claro.A única certeza é de q de fato não sabemos quando começa a vida.Tudo é achismo.Começa na fecundação?Começa a partir da semana tal?De modo q não levanto bandeiras.Não sou contra nem a favor do aborto.Só vou tomar posição quando houver certeza absoluta do q defendo.

Mihaelo disse...

Infelizmente vivemos em um país governado pela religião! Um ótimo filme sobre esta questão é o "Aborto dos outros" de Carla Gallo.
www.oabortodosoutros.com.br

Anônimo disse...

Oi, Lola! Sei lá, este post me pôs p/pensar...por que eu sempre achei (e confesso que continuo achando) que o aborto deve ser uma decisão onde o homem também deve ser ouvido. Sempre que eu me coloco nessa situação (imaginando ter engravidado alguém e ela não querer ter o filho) eu me imagino querendo ter essa criança. Penso que o filho também seria meu, afinal se eu ñ estivesse lá, ele ñ seria feito...e que eu devo ter algum poder de decisão, sim. Se ñ quiser criar, eu crio.

Mas, lendo esse relato, ñ posso deixar de me sensibilizar pela moça que passou por esse processo. P/mim, homem, é fácil dizer "mantenha a gravidez que eu levo a criança no final". Mas é ela quem vai passar por todo o processo...ela quem vai sentir na pele os enjôos, as dores, fora que ela é quem vai ter que encarar as pessoas quanto a sua gravidez. Enfim, esse é um assunto que, na minha mente, ainda ñ é bem resolvido.

Gostaria de saber sua opinião, Lola. Respeito muito suas posições e imagino que vc possa me ajudar a esclarecer esses pontos.

maxwellman disse...

Vou deixar minha opinião. Sou homem e católico... bom, por aí vocês já imaginam o que direi.
L, o rapaz queria assumir não apenas o filho, mas você também! Você assumiu um grande risco quando fez o aborto. Dependendo do procedimento, o feto poderia continuar vivo, ou você poderia ter complicações de saúde. Já pensou nisso? Ok, você teve amigos que te apoiaram e ficaram do seu lado. Mas e se fosse o contrário, se você quisesse ter a criança, você teria alguém que te apoiaria? Seus pais, ou até o seu namorado que quis assumir uma família e que agora você odeia? Não apoio o que você fez, foi uma loucura, e correu um grande risco, mas espero que esteja bem de saúde.
Não entendi a parte dos comprimidos, foi seu ex-namorado quem lhe mandou? Se for, acho que é o único motivo pelo qual posso concordar com você.

Mirella disse...

Que bom que você teve sua amiga e seu amigo para lhe apoiarem. Não é o tipo de coisa pelo o que alguém deva passar sozinha, além do próprio risco à saúde que existe.

Não se sinta culpada, L., pois não há nada para que se sinta assim. Você escolheu o melhor cenário para você e, nestes momentos, é o que importa. Geralmente parece errado colocar seu próprio bem estar em primeiro lugar em vez de renunciar à sua vida e ser aquele ser endeusado que é a "mulher mãe". É só mais uma parte daquele mito de que a mulher só será completa se for mãe e tem de estar disposta a ser mãe em qualquer situação, mesmo que aquilo custe sua saúde ou sua vida. De que toda mulher nasceu para ser mãe e quer passar por isto. Ninguém respeita uma pessoa que diz "EU não sirvo para isto, não quero, não preciso". Todos teimam que a mulher é incapaz de conhecer a si mesma e tomar suas decisões e saber o que é melhor para si. A partir do momento em que você soube o que era melhor para si, acabou. Você é dona de si e ninguém tem o direito de lhe fazer duvidar disso. É apenas lamentável que seu ex namorado seja parte daquela turba misógina, mas pelo menos agora é ex. E não se esqueça de, na eventualidade de ele insistir neste assédio, manter as provas e abrir um boletim de ocorrência. Não precisa esperar ele começar a caluniar você para mostrar o lugar dele. Com gente absurda assim os cuidados se fazem necessários, mas não se preocupe. Se ele não for deste tipo se assusta rápido com o BO e cala a boca.

Desejo tudo de melhor a você e parabéns pela coragem que teve.

Bruna B. disse...

Tapa na cara dos hipócritas que dizem que 'basta se cuidar pra não engravidar'.

Força, moça, você não fez nada de errado, apenas foi vítima do acaso, do azar.

Mirella disse...

"Humm, não há muitas opções, né?"


Tem sim, respeitar o que a dona do útero quer para si. Mas isto é difícil de aceitar, né?

"alguém sem (supostamente) actividade cerebral ser menos humano que outro."

Não sei, boa pergunta, vamos perguntar para os doadores de órgão o que eles acham disto.




E eu continuo à espera dos pró-vida argumentarem porque são contra a legalização, pois como a Natália já comentou, os abortos CAEM com a descriminalização.


É, bem pró-vida vocês.

Bruna B. disse...

Anônimo disse...
com sete semanas o cortex cerebral do feto, ja esta totalmente formado !

21 de novembro de 2012 12:30


Mentira! E das mais deslavadas. Na maioria dos países onde o aborto é legalizado o prazo é de 12 semanas, prazo que respeita aspectos como a formação do córtex, do tubo neural, etc. Nessa fase, de sete semanas, não há nem um mínimo esboço de consciência, senciência ou atividade cerebral.

Bruna B. disse...

Anônimo disse...
"óvulo não é um bebê, e um projeto"

diz ela
_
eu acrescento:
um embrião não e um feto ( mas caminha para ser),

Um feto não e um bebê( mas caminha para ser)

Um bebê não e uma criança ( mas caminha para ser)

Uma criança não e um adolescente, (mas caminha para ser)

21 de novembro de 2012 12:42



Um adulto não é um morto, (mas caminha pra ser)
Um idoso não é um morto, (mas caminha pra ser)


Tsc, tsc, quanta hipocrisia e desinformação.

Priscila disse...

Eeeeeeeeeeeee os mascus e moralistas de toda sorte caem em peso!
Anônimo das 12:43 se superou (Que diferença afinal faria a fucking atividade cerebral que te permite escrever uma coisa dessas) !O das 12:30 jogando uma onda de biologia (sete semanas são menos de 2 meses. O sistema nervoso que pode declarar "vida cerebral" só está totalmente formado depois de 12 semanas, tempo geralmente usado de medida para o aborto nos Estados Unidos)! E Rafael, o cara é um monstro independente doq resolva pq não é no corpo DELE que se desenvolveu o embriao.
Eu espero que vcs todos fiquem grávidos em um momento difícil OH WAIT.
aiai
Só me preocupo, Lola, se esse post não te trará problemas (ou pra L.). Cês sabem como sempre tem um moralista de plantão, cheio dos pseudo-conhecimentos doido pra apontar o dedo pro problema alheio e fingir que não vê a sujeira do próprio umbigo.
E acho corajosa a L. de falar nisso. Já apoiei uma amiga que tomou cytotec pra abortar - o namorado comprou pra ela sem nem perguntar. Ela tinha 15 anos e tb se cuidava. E eu sei que é horrível, a dor, a culpa que a pessoa sente, e pior ainda, a falta de apoio de muitas pessoas. It sucks. E além de tudo isso, ainda ser tratada como "assassina", além de toda a dor q já passou (física e emocional)

Minha irmã teve uma gravidez indesejada dois anos atrás e quis manter. Ela é casada, não trabalha, não estuda, não teve que largar nada e morre de medo da religião. Eu amo minha sobrinha. Mas se eu dissesse que apoiaria qualquer decisão dela, tinha 20 pra me chamar de monstro.
Vou nem comentar com link de usuário pra não ter mascu me enchendo depois.

luana disse...

Rafael,
o caso é que o namorado não tem que dizer pra abortar ou pra não abortar. A decisão não é dele. Esse é o ponto. Mas querer que você entenda pode ser demais.


Pros anônimos: devem ser todos especialistas e gênios da medicina, mais que toda a comunidade médica do mundo, porque eles não tem consenso sobre quando começa a vida, e vocês tem. vamos compartilhar o conhecimento, então?



Pra autora do post: você vai ficar bem. Se esse cara continuar te importunando, faz um BO. Continua sua vida, e seja feliz. Não tem nada de errado no que você fez.

Sonia disse...

"Rafael disse...
Se o namorado diz para abortar, ele é um monstro. Se o namorado diz para não abortar, ele é um monstro. Humm, não há muitas opções, né?"

Qualquer pessoa que queira impor decisões sobre o que acontece com o corpo de OUTRA pessoa é um monstro; ;)

Maxwell disse...

Lola, como é que a decisão de abortar é só da mulher? Ela engravidou sozinha por acaso? Ela teria que assumir o filho sozinha?
Ao criticar os homens, vocês nos nivelam por baixo. Somos criticados até mesmo quando queremos fazer algo correto.
Faço do comentário do Rafael o meu!

Anônimo disse...

Rafael, A questão aqui não é o que o namorado MANDA, por que ele não tem q mandar nada no corpo dela, na vida dela. Pq os homens acham q tudo bem a mulher parar toda a vida dela pra ter um bebe deles? Temos vida pessoal e nem todo mundo quer ter bebes, e vc leu, ela fazia tudo direitinho para não ter. Não queria ter e não teve, isso deveria ser um direito dela (nosso).

Carol NLG disse...

"Anônimo disse...

Continuamos à espera que alguém diga o porquê de alguém sem (supostamente) actividade cerebral ser menos humano que outro."

Não sei... por que não perguntamos pra toda a comunidade científica que concorda que, com o fim da atividade cerebral não há vida? Não sei se você sabe, anônimo, mas morte cerebral (momento em que termina a atividade cerebral) é morte, pura e simplesmente. E a partir desse momento, por exemplo, doam-se os órgãos, desligam-se as máquinas, etc.

Então, se você não entende por que alguém sematividade cerebral é considerado morto (ou, caso sequer tenha chegado a ter atividade cerebral, não vivo) pode se perguntar por que temos doações de órgãos.

Unknown disse...

André,

Um homem pode muito bem picar a mula e depois mandar cem reais de pensão enquanto a mulher para a vida e interrompe planos para cuidar da criança e ter muito mais despesas que o "pai".

Mila disse...

É uma situação complicada. As pessoas acham que a mulher aborta pq será mãe solteira... não é bem assim.

Por outro lado, penso no perigo que ela passou ao tomar esses comprimidos. Foram sete semanas de gravidez, quando o feto está bem formado.

Mesmo num assunto considerado tabu, creio que as pessoas possuem direito de saber o que é e o que causa no corpo.

Mirella disse...

"Ter um filho muda completamente a vida dos homens que tornam pais, só porque não sofremos os efeitos fisiológicos da gravidez não quer dizer que nada muda."


Adoraria que realmente mudasse completamente a vida dos homens. Infelizmente a legislação brasileira discorda, acha que quatro dias é o suficiente para o pai se aproximar da criança, de cuidar dela e participar de seu desenvolvimento.
Por enquanto, no Brasil, a vida dos pais só muda porque a mãe é sobrecarregada com o trabalho de cuidar do filho e não tem mais a disposição de cuidar de todo o resto sozinha, tendo em vista que a participação masculina em afazeres domésticos aumentou oito minutos em dez anos.

melissa. disse...

Lola, nada a ver com o post, mas estou chocada com essa notícia: http://jezebel.uol.com.br/lider-religioso-ex-gay-e-acusado-de-mandar-assassinar-sua-propria-esposa/

Aninha disse...

Sinceramente, não concordo com isso de a decisão ser apenas da mulher. Afinal, nós carregamos o filho por 9 meses, mas o casal o carregará para sempre.

Sempre achei que se o sexo foi consensual e ambas pessoas concordaram sobre o método contraceptivo, ambas tem o direito de decidir sobre o futuro do feto. Afinal, foi um risco conjunto.

Se a mulher decidir que vai ter a criança mesmo com o homem querendo abortar, ele ainda vai ter que pagar pensão, não é mesmo? Então por que o inverso não vale??

ps: L. esse meu comentário é sobre o assunto geral, não é uma crítica individual a você ou sua atitude. Acho que todos fazemos coisas na vida que não exatamente nos orgulhamos, mas tampouco nos arrependemos. Viver é conviver com isso.

Unknown disse...

Mirella,

"tendo em vista que a participação masculina em afazeres domésticos aumentou oito minutos em dez anos."

Só de curiosidade, qual é/são a(s) média(s)???

Roxy Carmichael disse...

“Yo aborté y soy la empleada doméstica del 5º “A”
Yo aborté y soy la funcionaria del Ministerio de Salud
Yo aborté y soy la maestra que enseña a tus hijas/os
Yo aborté y soy la promotora barrial que reparte las cajas
Yo aborté y soy la esposa dell taxista que te lleva a bailar
Yo aborté y soy la enfermera que te controla la presión
Yo aborté y soy la profesora universitaria que habla de “género”
Yo aborté y soy la kiosquera que conoce tu marca de cigarrillos
Yo aborté y soy la canillita que te reserva el diario del domingo
Yo aborté y soy la diputada que vota leyes contra las mujeres
Yo aborté y soy la adolescente que estudia en un colegio privado
Yo aborté y soy la artista que pinta los rostros de la pobreza
Yo aborté y soy la obstetra que dirige tus partos
Yo aborté y soy la vendedora de celulares que trabaja en la calle
Yo aborté y soy la cajera del hipermercado que reclama descanso
Yo aborté y soy la prostituta que visitás todos los jueves
Yo aborté y soy la obrera de la fábrica que duerme en el colectivo
Yo aborté y soy la jueza que garantiza un estado laico
Yo aborté y soy la periodista que soporta los chistes misóginos
Yo aborté y soy la modelo que admirás en las revistas
Yo aborté y soy la veterinaria que atiende a tus gatas
Yo aborté y soy la psicóloga que escucha tus problemas
Yo aborté y soy la abogada que defiende a los violadores
Yo aborté y soy la discapacitada a quien violó su tío
Yo aborté y soy la católica que se golpea el pecho en las misas
Yo aborté y soy la bisexual a la que se le rompió el preservativo
Yo aborté y soy la deportista exitosa que seguís con fanatismo
Yo aborté y soy la de mesa de entradas que recibe tus notas
Yo aborté y soy la piquetera que corta rutas contra el hambre
Yo aborté y soy la policía que te detiene porque abortaste
Yo aborté y soy la desaparecida por los militares genocidas
Yo aborté y soy todas las mujeres que en este país se ven forzadas a la maternidad
Yo aborté y soy todas las mujeres que mueren por abortos clandestinos
Yo aborté y soy todas las mujeres que sobreviven a un aborto clandestino

Yo aborté y soy todas las mujeres que gritan y reclaman: MI CUERPO ES MÍO!”



Por el derecho al aborto legal, seguro y gratuito

Tomado de: fugitivas del desierto – lesbianas feministas – neuquén, argentina 28/09/06

Moema L disse...

L. não se sinta culpada, Você fez o que era melhor para sua vida e ponto. não tem que dar explicações a ninguém.Era um feto e não um bebê.

L. as mesmas pessoas que te julgam não vão pegar os filhos indesejados dos outros e cuidar como se fosse delas. não vão coloca-los para dentro de casa.Elas todas são pró vida só enquanto a futura vida esta dentro de você, por que quando ele se torna um cidadão eles são os primeiros a mandar você se virar.
Não se sinta culpada você fez o devia ser feito.Não dá para colocar uma criança no mundo sem ter estrutura, ter filho não brincadeira.


O ministério publico do Ceara vai adorar ler isto !

Sério? Me diz então o que o ministério público do Ceara vai fazer. Prender a Lola? Prender a L?

Hummm acho que não.

Bebê e criança tem direitos legais feto não. óvulo então, nem vou comentar.


Por acaso alguém aqui, que tanto crítica o aborto entraria em uma clinica de inseminação artificial que estivesse desmoronando para salvar óvulos e sêmens? afinal de contas se são todos tão pró vida, imagino que arriscariam suas próprias vidas para salvar os óvulos e sêmens.

Bruna B. disse...

Mila disse...

Por outro lado, penso no perigo que ela passou ao tomar esses comprimidos. Foram sete semanas de gravidez, quando o feto está bem formado.



Gente, parem com isso. Se vocês não sabem diferenciar o que é zigoto, o que é mórula, o que é blastocisto, o que é embrião, o que é feto, abstenham-se de falar como se soubessem do que estão falando.
Não existia feto, existia embrião, até o final da 8º semana só existe embrião.

Clara disse...

é engraçado isso aqui, feministas querem um mundo igual ao dos homens, mas na hora de decidir fazer um aborto só a mulher tem direito? o corpo pode ser dela, mas sem o homem não iria fecundar... tem q ser uma decisão mutua e pronto! q saco isso

Anônimo disse...

Já apoiei uma amiga que tomou cytotec pra abortar - o namorado comprou pra ela sem nem perguntar. Ela tinha 15 anos e tb se cuidava.///

se cuidava aos 15 anos sexualmente ativa? Isso lá é idade pra ter vida sexual?

selena disse...

se a pessoa n quer ter filho pq n usa camisinha?
o q eu mais escuto é gente dizendo q foi sem querer,q aconteceu,como se n tivesse culpa de nada mas nenhum deles se deu ao trabalho de se proteger.

eu n concordo com aborto,se o povo tivesse vergonha na cara e usasse camisinha e pilula n teria pq abortar.
a mulher do texto só disse q usou pilula,n disse nada sobre camisinha.

só a pilula n garante 100% ,além de tudo parece q esquecem das doenças.

Roxy Carmichael disse...

oi mila,
tudo bem?
você é médica?
com especialidade em obstetrícia?
tem doutorados e pós doutorados nas mais conceituadas universidades do mundo?é uma pesquisadora mega conhecida que recebeu prêmios, mas que desculpe a minha ignorância, nunca ouvi falar?
de onde tirou essa informação de que com sete semanas o feto tá totalmente formado? não seria o caso de se acionar a onu, a unicef, todos os organismos internacionais para que intervenham nos países em que o aborto é permitido até as 12 semanas? afinal, são cinco semanas (!!!) a mais, em relação ao período que vc afirmou que o feto ja esta todo formado. se com sete esta todo formado, imagino que com 12 está falando e mexendo no computador, não? o que configuraria homicídio. então assim, como é que a frança permite isso HÁ MAIS DE TRINTA ANOS?a frança, sabe? aquele país que influenciou o mundo com a revolução francesa e a declaração dos direitos do homem?

****
no mais, quem foi que disse que o aborto é sobre não ser mãe solteira? talvez isso seja uma preocupação sua, que acha que a família é: papai, mamãe (bem heteronormativo), filhinho.

que acha que ter um homem é algo que define todas as escolhas da mulher. você já leu um estudo da unb que diz que boa parte das mulheres que abortam no brasil são CASADAS? não? então que tal ler um pouquinho mais antes de falar esse tanto de besteira?

Berê disse...

Clara, o homem faz a parte dele que é fecundar a mulher, voluntária ou involuntariamente. Após o que ele não pode fazer mais nada. A mulher, por outro lado, está com o material genético dentro de si, razão de ela poder decidir se interrompe ou não a gravidez.

Bruna B. disse...

Clara disse...
é engraçado isso aqui, feministas querem um mundo igual ao dos homens, mas na hora de decidir fazer um aborto só a mulher tem direito? o corpo pode ser dela, mas sem o homem não iria fecundar... tem q ser uma decisão mutua e pronto! q saco isso

21 de novembro de 2012 13:56



Ok, Clara. Aí se um dia você engravidar de um estuprador ele terá todo o direito de te obrigar a levar a gravidez adiante porque sem ele você não seria fecundada.

Qual é a dificuldade de entender que a gravidez acontece no corpo da mulher (e dos homens trans) e quem decide se quer levá-la a termo é quem está grávidx?


Aninha disse...

Se a mulher decidir que vai ter a criança mesmo com o homem querendo abortar, ele ainda vai ter que pagar pensão, não é mesmo? Então por que o inverso não vale??"


Porque se a mulher levar a gravidez adiante existirá uma terceira pessoa e essa terceira pessoa é responsabilidade dos dois.
O inverso não vale porque é falsa dicotomia, um aborto não envolve uma terceira pessoa, uma gravidez levada a termo sim.

Unknown disse...

Aninha,
Clara,

O que ocorre é o seguinte: O aborto é um procedimento extremamente estressante ao corpo da mulher, e que inclusive pode causá-la risco de vida. Não é como tomar um laxante e ir pro banheiro.
Sendo os riscos de danos físicos e psicológicos somente dela, somente ela pode escolher.

Camila Fernandes disse...

"Se o namorado diz para abortar, ele é um monstro. Se o namorado diz para não abortar, ele é um monstro. Humm, não há muitas opções, né?"

Como o pessoal já disse aí em cima, não é a OPINIÃO do cara que faz dele "um monstro". Eu acredito que o "pai" tem todo o direito de desejar ou não esse filho, de querer ou não o aborto. Veja bem, estamos falando de desejos, aqui. A decisão final - dentro do que eu acredito - deve ser da mulher. É claro que a gravidez é, em última instância, responsabilidade de ambos. Entretanto, é sobre o corpo da mulher que estamos falando, não? Se o "pai" realmente quiser levar a gravidez adiante, é absolutamente possível que ele converse com a "mãe" a sobre isso. Como adultos, gente civilizada, sabe? Acontece que ele tem que ouvir o lado dela e RESPEITAR a DECISÃO da mulher.

Ninguém falou que o cara era um monstro porque ele queria que ela continuasse com a gravidez. Sério, de onde você tirou isso? Eu diria, sim, que ele agiu de forma ignorante e muito pouco razoável, além de obviamente machista, pelo tratamento que ele deu à "mãe" ao ouvir a decisão DELA sobre o que fazer com o corpo DELA. Diria também que ele é egoísta e insensível, além de novamente machista, por ter sugerido resolver tudo com um simples "ótimo, você vem para cá e nos casamos". Quero dizer, ótimo, vamos sair por aí decidindo as coisas pelas outras pessoas sem nem perguntar a vontade delas, yay. Por que ele teria o DIREITO de fazer isso? Por que ele é homem? Ah, vá.

Agora, se o cara não consegue demonstrar um mínimo de empatia por alguém que passou por um momento difícil como este, alguém que ainda tem que lidar com a culpa, e ainda por cima persegue essa pessoa e a ameça, o que eu posso dizer? Realmente, ele é um cara [ironia]muito humano e benevolente[/ironia], isso aí.

Mirella disse...

Raziel,

as mulheres fazem mais ou menos duas vezes mais trabalhos domésticos que os homens.

Aqui no site d'O Globo tem os números detalhados, com separação :

http://oglobo.globo.com/economia/divisao-do-trabalho-em-casa-tem-avancos-so-da-porta-para-fora-6628065

Camila Fernandes disse...

"é engraçado isso aqui, feministas querem um mundo igual ao dos homens, mas na hora de decidir fazer um aborto só a mulher tem direito? o corpo pode ser dela, mas sem o homem não iria fecundar... tem q ser uma decisão mutua e pronto! q saco isso"

Ai, que saco estas mulheres que acham que podem mandar no próprio corpo! Como as feministas são chatas, né, gente?

Georgeane disse...

Olha, acredito de verdade que numa situação dessas a decisão deve ser tomada pelos dois. Afinal os dois fizeram, os dois são pais em potencial. Mas no caso de total divergência, quem bate o martelo é quem tem a maior responsabilidade, certo? O presidente da empresa, cacique da tribo, dono da porcada.

Já vi muita coisa nessa vida. E no final das contas, por mais companheiro que o homem seja, quem vai assumir o rojão vai ser a mulher.

Lembro em especial de uma amiga muito querida na época da faculdade. Com suspeita de gravidez, desesperada. O namorado apaixonado, carinhoso e também apreensivo. Numa bela tarde lá estava ela, se desesperando pq a menstruação não descia e ela não tinha coragem de fazer um teste de farmácia. Ela telefonou para o rapaz e o mesmo estava num barzinho com o pai, tomando um chopp. Happy hour. Só relaxando um pouquinho.

Foi aí que eu vi a grande, imensa, incomensurável distância entre ser pai e ser mãe. No final ela é quem teria que arcar com todo o peso, literal e figurado. Ele seria só o ator coadjuvante.
Sorte que a dita cuja desceu.
Sorte mesmo, pq a paixão dela esfriou e o namoro minguou um tempo depois.

Anônimo disse...

Bruna B.

Leia novamente.

Ela se descobriu grávida de 7 semanas e fez o aborto uma semana depois: 7+1=8

Roxy Carmichael disse...

o que eu não entendo é o seguinte:
os pró-vida acham que se o aborto for descriminalizado, as mulheres vão abortam com a mesma tranquilidade que pintam a unha. que a gravidez é algo muito, muito sério e não deve ser banalizado, mas por outro lado, vem um monte de gente tipo os caras (principalmente) e tipo a clara (que saco!)dizer que se não quer ter o filho, muito simples: só gestar ele por 9 meses, ver seu corpo todo se modificando, lidar com toda a questão social que implica, respondendo à família e aos amigos e no trabalho:
-se já escolhi o nome? imagina! sou só a incubadora. quando nascer dou pro pai criar. eu queria interromper sabe, mesmo sendo crime no brasil, mas o pai queria muito que nascesse.
tudo assim muito muito simples e muito banal.
algo assim comparável a uma depilação definitiva que vc vai lá uma vez por mês durante um ano fazer sessões a lazer pra depois se ver livre dos pelos.
então assim, decidam-se, a gravidez/maternidade é algo muito sério ou não é?parece que só na hora de abortar, porque na hora de ser incubadora e depois largar pro pai, ou jogar numa instituição para que seja adotado (correndo o risco de nunca ser adotado dependendo da cor da criança), é totalmente banal e simples né?

Anônimo disse...

depois q li sobre esse aborto já não sei se sou contra ou a favor do aborto, sempre achei q era a favor mas depois de ficar sabendo q uma mulher com apoio do pai da criança, já adulta e saudavel fez isso só posso dizer q foi egoismo e falta de planejamento pois quem faz sexo tem sempre q saber q todos os metodos podem falhar e já estar preparada para assumir uma gravidez surpresa.Posso estar errada mas pra mim esse aborto n se justifica pois a pessoa em questão tinha condições de sustentar a criança e era mentalmente sã.Devemos apoiar sim o aborto mas desse jeito só porque a mulher n quer ter o trabalho de criar um ser humano acho isso um motivo muito pequeno e futil para uma decisão tão complexa.

Anônimo disse...

Clara, a pessoa discutir com o companheiro a melhor solução, ok, mas a palavra final tem que ser da mulher sim, pq ela q vai carregar ou não o bebe no utero. Ela falou com o namorado, ele não quis conversar, só chamou ela de vagabunda. Acho q ela fez o certo.

Anônimo disse...

A decisão é sempre da mulher pq o corpo é dela. (Já matar um recém-nascido é outra história...)

Se fosse possível ela tirar o feto e o homem (ou qualquer outra pessoa pró-vida) colocar na barriga dele e gestar, aí sim, ele poderia salvar o filho.

Sendo isso impossível, infelizmente, se ele queria mesmo ser pai, vai ter q se conformar com essa dor. Não vai ser a primeira nem a última pessoa no mundo a não conseguir o q quer.

Quanto a rapidez dele em enviar os remédios e o dinheiro, achei exemplar. Mas a atitude de a chamar prontamente de vadia e desligar o telefone na cara mostra q não tava tão afim como disse.

Anônimo disse...

Nossa, são tantos reguladores do poder da mulher de engravidar de quem ela quiser e permanecer ou não grávida, de acordo com a própria vontade dela. Inveja do útero define?

Bruno S disse...

Quando o assunto é aborto o número de comentários (e de crítias hipócritas a mulher) é sempre elevado.

Dou algumas opiniões:

- a opinião do pai sobre abortar ou não deve ser ouvida, mas a decisão final é a da mãe. Acho que o melhor papel para o homem é apoiar e estar ao dela independente da decisaõ tomada. É o corpo dela que está em debate. Assim como as consequencias na vida também.

Um cara que pague pensão e visite filho eventualmente não será mal visto. Agora, exeperimente uma mulher fazer o mesmo.

- esse debate sobre o que está formado em cada período me parece vazio.
Se o ser em formação não pode viver indepente do corpo da mulher, é parte dela e ela deve ter autonomia para decidir.

Anônimo disse...

Porque as feministas não conseguem entender a diferença entre o inicio de uma vida, e o fim de uma vida ?

Priscila disse...

Anônimo das 13:59, ngm te pediu pra cagar regra na vida sexual da minha amiga. Obrigada pela sua opinião irrelevante. Agora leve suas cabras pra pastar.

Lívia Pinheiro disse...

Clara, acho ótimo que vc não se importe em virar uma chocadeira caso o seu namorado queira o filho dele e vc não, e passar por tudo o que uma gravidez pode implicar (o que pode incluir risco de vida, problemas sérios e menos sérios de saúde, gente que vc mal conhece apontando o dedo na sua cara durante e principalmente depois da gravidez, já que hora ou outra vão descobrir que o seu filho teve uma mãe desnaturada, que só o teve por obrigação).

Mas por favor se abstenha de se meter dentro do útero e da vida das outras, sim?

Priscila Boltão disse...

"""Clara""", vc realmente tá ignorando o fato de que é a mulher que carrega o bebe/feto/embrião (em ordem reversa, no caso) por nove meses e em geral, se responsabiliza a vida toda?

Bruna B., BRIGADA por dizer isso, galera sai dando uma de biologo quando se fala em aborto sem nem dar uma googlada.

Cindy disse...

E quem é vc, anon das 13:59 pra decidir qual a idade que a menina deveria começar a vida sexual?

Vá cuidar da sua vida! E deixa que dos outros eles mesmo cuidam!

Anônimo disse...

L.,todo o meu apoio. Fique bem, não se culpe, não há razão para culpa, só para compreensão. Seus motivos eram sérios,humanos, justos. Você não foi a primeira, não será a última nesse pais onde reina a hipocrisia. Não ouça os comentários de gente cruel e sem solidariedade. Permita-se sentir bem, sabendo que você fez o melhor. Fica tranquila e em paz. Você não merecia o sofrimento que passou, nenhuma mulher merece. Um dia o aborto será legalizado, vamos lutar para isso.

Unknown disse...

Clara

Óbvio que tem que ser uma decisão mútua, afinal de contas, todo mundo sabe que, se a mulher cansar da gravidez, o homem poderá carregar o bebê em seu próprio ventre.
Enfim, poder de escolha igual para condições exatamente iguais, já que tanto o homem quanto a mulher ficam grávidos fisicamente, né?

Anônimo disse...

E se uma pessoa tem vida sexual aos 15 oq vc tem com isso? Garanto q ela não é a unica.

Unknown disse...

Anônimo 13:59

Navegando na internet com idade mental de 5 anos? Isso lá é idade para bancar o troll caga-regra? Toma vergonha na cara, rapá...

Anônimo disse...

O argumento de que apenas a mulher deve ser a única ter opinião sobre aborto não é muito convincente.

Se a questão fosse essa: só o "direito ao que ocorre ao meu corpo", o aborto poderia ser feito praticamente às vésperas do parto, pois o bebê ainda está no corpo da mulher.

Se houver quem acredite nisso, exponha melhor suas razões. Ou se houver outros argumentos, Lola, seria legal falar melhor a respeito.

Para mim, a questão mais difícil é saber o que é uma vida humana e como resolver o conflito entre gravidez indesejada por um progenitor e desejada por outro.

Sem o argumento simplista (o corpo é da mulher), acredito que no caso de L., se o pai desejava verdadeiramente a criança (o que não ficou claro), talvez houvesse um desfecho melhor com a continuação da gravidez. Menos traumas, menos rancores.










Cara Valentina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

L Querida
Meu abraço mais acolhedor.
Como a Lola já disse, essa decisão não comprometerá a sua escolha futura se um dia você desejar uma gestação planejada; tive uma gestação muita tranquila e umx filhx perfeitx doze anos depois do aborto.
E, acredite, o tempo leva consigo boa parte do medo, da culpa e da dor.

Anônimo de 21/11 às 12:30
Você não come nenhum tipo de carne, certo?
Afinal, animais também tem cortex cerebral totalmente formado... E esse ainda não é um argumento para que proíbamos o consumo de carne...

Rafael
Se o namorado tiver empatia e sustentar amorosamente as decisões da namorada sobre o corpo que é dela, e não dele, ele é humano. Simples assim.

Anônimo de 21/11 12:42
Note como você usa o tempo todo o gênero masculino...
Um feto pode caminhar para ser UMA bebê ou UM bebê... Os dois fetos são igualmente importantes para você?
Ao sobrepor a possibilidade de vida no masculino ao direito da mulher sobre seu próprio corpo, tendo a crer que um embrião só é importante se caminhar para ser... um Mascu em alguns anos.

André
Alguma coisa mudar é muito diferente de tudo mudar... Mas isso só as mulheres entendem, e só depois que seus filhos nascem, quando elas pensam, antes dos filhos, que "alguma coisa" vai mudar nas vidas delas e dos pais de seus filhos.

Maya Falks disse...

"Anônimo disse...

Continuamos à espera que alguém diga o porquê de alguém sem (supostamente) actividade cerebral ser menos humano que outro."

Amigo, a historinha do The Walking Dead é só ficção, tá? Pessoas sem atividade cerebral estão mortas e não vão sair caminhando por aí buscando alimentos. Pessoas sem atividade cerebral, na vida real, nem zumbis não são, são cadáveres. No caso do feto (que ainda não virou vida), são parasitas mesmo. Feio chamar futuro de bebê de parasita? Pode ser, mas é exatamente assim que o corpo interpreta, por isso mulheres passam mal no começo da gravidez, é o corpo rejeitando o "parasita", e é por isso, muitas vezes, que acontece o aborto espontâneo.

Maíra disse...

L.
Todo o meu carinho em um abraço bem forte; que você se cure do medo, da culpa e da dor e tenha uma vida plena.

É um pouco off-topic, mas lendo os comentários agressivos com relação à decisão da L. e das mulheres nesse artigo
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1187425-para-driblar-intervencoes-medicas-maes-optam-por-parto-domiciliar.shtml
não consigo ignorar o fato de que a discussão sempre gira em torno do ponto até o qual nós mulheres temos direito sobre o nosso próprio corpo.

Ainda precisaremos da Lola, de todas como ela, da marcha das vadias e do feminismo por muito tempo até sermos verdadeiramente nossas.

Anônimo disse...

Os pró-vida de merda e moralistas de plantão já vieram bater ponto aqui né? O que uma mulher faz ou deixar de fazer com o corpo dela não é problema de vocês seus otários,muito fácil falar quando não é no cu de vocês.

Maya Falks disse...

Só uma observação aos homens que falam que o homem tem direito também de decidir se quer ou não o filho, eu não discordo, nos casos de um casal estável em que o homem é efetivamente companheiro da mulher. O que aqui não é o caso. O ex-futuro papai do ano nem tentou convencer ela, primeiro tentou impor que ela largasse tudo pra ir atrás dele construir essa família (por que ele não se ofereceu pra largar tudo e ir ficar com ela?), quando ela discordou, optou por viver a vida dela, ele prontamente chamou ela de vagabunda e mandou, muito rapidamente, o método abortivo. Um sujeitinho desse teria dado um pé na bunda e picado a mula no primeiro choro do bebê, e ela ficaria sozinha, com um filho pra criar, sem vida própria e sem seus sonhos que deixou pra trás por uma promessa vazia.
Tá certo isso?
Não.

Nesses casos não, o homem não tem o direito de opinar, porque a possibilidade de o cara dizer que quer o filho e cair fora quando for tarde demais é alta demais, não vale o risco.
Nesses casos, meninos, a manutenção da gravidez só é válida se a mulher tivier disposta. Minha opinião, somente, claro.

Magrelinha disse...

Meu marido tem 3 filhos e eu não tenho nenhum. Ele diz que por ele não teria mais, mas sabe que não seria justo comigo, afinal, não é pq ele já teve os dele que não poderei ter os meus. Ele tb diz que caso eu engravidasse e quisesse abortar, ficaria ao meu lado. Nos dois casos ele sabe que a decisão é minha. A questão da escolha de levar ou não uma gravidez adiante pertence à mulher pq não é só o corpo dela que vai carregar a criança, mas isso se estende para toda a sua vida. Vamos parar de hipocrisia. Por mais que tenham alguns pais responsáveis, uma grande parte dos homens não querem nem saber. Se o casal se separa, geralmente é a mulher que fica com os filhos, várias não recebem nem 100 conto de PA e tem que batalhar na justiça por isso. É muito fácil ser contra o aborto quando não é vc o maior prejudicado com uma gravidez indesejada.

Claro que o homem tem direito a opinar caso a mulher engravide, e claro que sua opinião tb é relevante, afinal ngm engravida de entidade do além, mas a palavra final é da mulher e ao invés de chamá-la de vagabunda, experimentem ficar ao lado dela.

Ana Carolina disse...

Nossa, tá cheio de especialista em biologia/embriologia aqui, hein? Com 7 semanas não existe formação cerebral e nem se trata de feto, é um embrião.Desses que pode simplesmente não ser viáveis, serem expulsos do organismo e a mulher nunca nem ter percebido que esteve grávida.

E L., cada um sabe de si, das suas razões e da sua vida. Cada uma sabe o tamanho da cruz para carregar e se a aceita ou não. No seu contexto, foi a decisão possível, você a tomou e vida que segue. De quebra, se livrou de um sujeito que pelo visto seria um PÉSSIMO companheiro nos momentos de crise. Agora é vida que segue!

Letícia M. disse...

"Pois eu não poderia abrir mão de um emprego, de uma faculdade por terminar, dos meus amigos, da minha cidade, do convívio com minha família, enfim, da minha vida, (...)".

Nossa mãe, fiquei impressionada! Um filho NÃO é sentença de MORTE! E é exatamente isso que ela passa no relato dela.

Não sei que tipo de situação ela estava e, sinceramente, não me interessa, mas achei um total absurdo e infundadas as "justificativas" que ela usou no texto!

E como a vida é engraçada e irônica: há quase dois anos eu tento engravidar e, nada... E essa pessoa, achando que o filho vai ser a sentença de morte ou prisão perpétua, não sei, aborta.

Triste!

Anônimo disse...

Reclamaram do namorado, mas a tal da L não falou como foi a conversa. Quem disse que ele não tentou fazer ela mudar de idéia?

O cara não tinha como apoiar ela de forma incondicional se ele era totalmente contra o aborto, mas era um cara totalmente correto que RESPEITOU a decisão dela e ainda por cima PAGOU TODOS OS CUSTOS do aborto.

O corpo é dela e ele sabia disso, e ele é livre pra buscar uma pessoa que queira as mesmas coisas que ele. E sério, não acho que ele estava errado de ficar com raiva, o filho também era dele.

Mesmo assim ele RESPEITOU decisão dela e ainda pagou por tudo.

Anônimo disse...

Raziel von Sophia,

a decisão final é da mulher, mas essa de ficar quieto e dar opinião só se pedir é balela. O pai deve ter todo direito de opinar sim!

Girassol disse...

Sou contra o aborto, salvo os casos previstos por lei, mas sei o desespero que é uma gravidez indesejada, passei por isso aos 17 anos, só não abortei pq recebi o apoio do meu então namorado p/ prosseguir c/ a gravidez. Eu nunca havia sonhado em ser mãe, pra mim a minha vida estava acabada, por isso mesmo sendo contra o aborto foi a 1ª coisa que pensei na hora, fiquei totalmente fragilizada, por isso não julgo quem o faz nessas situações, sei a barra que é.
Meu filho é tudo e mais um pouco na minha vida, nunca teria coragem de feri-lo, muito menos mata-lo, então pq matar um filho que está dentro de mim é menos cruel?

Quanto aos questionamentos sobre atividade cerebral, a diferença é simples, numa pessoa em estado terminal a atividade cerebral parou pq a vida dela acabou, num embrião ela ainda não existe pq ainda está se formando p/ que ele possa viver, será que dá mesmo p/ comparar esses dois casos tão distintos??

maxwellman disse...

Sonia disse...
Qualquer pessoa que queira impor decisões sobre o que acontece com o corpo de OUTRA pessoa é um monstro; ;)

Beleza Sônia! Mulheres que exigem que o homem tenha um corpo de Adônis, sem barriga, com músculos definidos, porque caso contrário não pegarão ninguém e viverão sós o resto da vida, também são!

Anônimo disse...

Lola, procurei pela internet, existe um blog alertando para os riscos do cytotec. Talvez valha a pena alguma advertência no post.

http://cytotec.blogspot.com.br/

Além disso, com a legalização no Uruguai, as brasileiras não podem viajar e abortar lá? Qual o tratamento jurídico para esse ato? (Não espero que você saiba, mas acho que são questões interessantes
para serem abordadas nos próximos guest posts).

Marcelly disse...

ela ta certa..pq o corpo eh dela..e todo mundo aqui e nosresto domundo tem que cuidar da propria vida..pq o que ela fez não afeta ninguem alem dela e da familia dela.


maaaaaaaaassss...quanto a essa divergência sobre o direito do pai..
me perdoem. Mas o pai tem sim direito..se a maioria dos homens não são bons pais isso eh culpa da sociedade..que os proíbe de brincar de bonecas e outras amarras ...mas se um pai quer ser pai...ele tem sim o direito de decidir junto..a palavra final eh dela..mas ele pode sim decidir...ele tbm tem anseios e vontades...e medos..e raiva..e tudo que nós temos..concordo com os meninos, alguns comentarios estão nivelando eles por baixo...meu namorado tem uma filha e ele é mais responsável e presnete na vida da filha do que a mãe..e o justiça o proibi de ter a guardar...e isso tbm eh um absurdo..tratar os homens como péssimos pais sempre não vai nos ajudar em nada...

Pili disse...

L,
Nao se sinta culpada, nem envergonhada.
Existe uma unica pessoa no mundo inteiro com informacoes suficientes sobre a sua vida pra conseguir tomar essa decisao. E é você mesma. Além de vc, ninguém mais tem capacidade para tal.

Você não causou nenhuma dor, nem sofrimento, e nem morte em pessoa alguma. Você apenas fez, sob medida, aquilo que o corpo humano faz as vezes. E que bom que foi sob medida, com clareza e segurança!

Não significa que voce nao gosta de crianças. Significa que vc tem consciencia e respeito por tudo que elas precisam e todas as transformaçoes que elas significam.

Reprodução não é um serviço que a gente deve pros outros. Independente de quem sejam esses outros!

Fique bem, e não presta muita atenção quando começarem a te dizer um monte de lixo não. Especialmente quem se aproveita da sua confiança ou intimidade pra tentar fazer vc se sentir mal.

Anônimo disse...

Quem vai carregar a criatura por 9 meses? Quem pode ter que suspender vários projetos da vida pra ficar cuidando da criança? Ou então, na hipótese absurda levantada por alguns aqui, se depois de andar barriguda pelos 4 cantos do mundo, quando perguntarem da criança a mulher vai falar que ficou com o pai porque ela não queria ter o filho, mas o cara assumiu que ia criar? Em quantos dias ela seria apedrejada ou completamente isolada do convívio social?
A decisão é da mulher, sim!

SeekingWisdom disse...

Clara e alguns outros que comentaram.
Sou homem e respeito, e muito, a decisão da mulher em casos de aborto.
Oras, o feminismo defende condições iguais para os dois gêneros não seria essa então uma contradição?
Pois bem, a biologia nos fez diferentes meus caros e as mudanças fisiológicas, psicológicas e as incontáveis mudanças e pressões sociais (como argumentado por L. - faculdade, emprego, casar ou não), no caso de gravidez, são muito maiores para a mulher, logo quem deve ter autonomia para decidir é ela (não é Igreja, Estado muito menos pai ou parceirx). O pai deve ser ouvido? Vai do desejo particular da mulher, afinal L. poderia ter passado por tudo sem o conhecimento de R..
Ah, víboras! Será? O correto então seria L. se submeter ao casório também indesejado nesse momento em sua vida? Ou melhor, o correto seria L. gestar por nove meses o filho de R. para que ele pudesse ser pai? Faz-me rir, o que esses amáveis aspirantes a pai (que mudan facin de idéia) não entendem é que mulher não é fábrica de bêbes, ela é um ser humano completo que tem vontades e pensamento próprios, além de direitos (ainda que a sociedade não canse de negar). Quando for possível uma gestação artificial, fora do corpo de uma mulher, podemos conversar sobre o caso de imposição masculina. Ainda sim, para ENCOSTAR EM MIM (homem) ou em qq mulher a MINHA autorização é necessária. Ficou claro o por que da decisão caber à ela?

Elaine Cris disse...

Um absurdo uma mulher ter que passar por isso sem acompanhamento médico, sem uma estrutura adequada, enquanto é totalmente legal em outros países que nesse ponto são mais desenvolvidos que nós.
Tem quem jamais abortaria, tem quem acredite no início da vida no momento da concepção ou horas depois, enfim, mas não é possível que quem pense de certa forma possa ditar o que é certo ou errado pra quem pensa de outra.

Marina disse...

sim, claro que seria ótimo e lindo e maravilhoso que a decisão fosse conjunta, homem e mulher. numa situação ideal, é o que acontece. ou vcs acham que a mulher PREFERE passar por uma coisa dessas SOZINHA e DESAMPARADA? "nossa, abortar é tãaaao legal e divertido, vou fazer isso todo mês!! foda-se se o pai da criança"
mas não sei se vcs notaram, o namorado dela não queria tomar uma decisão conjunta. ELE DECIDIU SOZINHO que ela iria largar tudo e ir imediatamente morar e casar com ele. quando ela disse que não queria isso, ele decidiu por sua vez que ela era uma "vadia" e mandou dinheiro pra "vadia se livrar do problema". isso parece alguém tentando tomar uma decisão conjunta pra vcs??? ele por acaso foi atrás dela, conversar sobre as opções, dizer que queria o filho mesmo sem casar com ela, oferecer apoio ou empatia ao que ela estava enfrentando? não. em que mundo deturpado eu tenho que batalhar pra "tomar uma decisão conjunta" com uma pessoa dessas?

muito fácil vim dizer que "é uma decisão conjunta", e ignorar que NA MAIORIA DOS CASOS O PRÓPRIO HOMEM NÃO SE INTERESSA QUE SEJA UMA DECISÃO CONJUNTA. isso é bastante óbvio. vcs acham mesmo que as mulheres que engravidam saem por aí correndo, fugindo de seus maravilhosos namorados que querem tantooo um bebe, tantooo dividir a responsabilidade ? caiam na real.

e nos poucos casos em que o homem se interessa por assumir o bebê, ele não quer dizer que vá DIVIDIR A RESPONSABILIDADE. ele vai assumir. casar com vc, prover para a "família dele". e todo mundo sabe que pra maioria dos homens isso NÃO SIGNIFICA dividir a responsabilidade igualmente. nossa, como as mulheres podem continuar sendo horríveis e abortarem, se tem uma vida tão maravilhosa esperando por elas: serem esposas e mães!! não é ótimo? é. PRA QUEM QUER ISSO. pra quem não quer? foda-se a autonomia da mulher, se existe um homem disposto a "cuidar de vc e do seu filho", e te "assumir", se sinta com SORTE, e e vá correndo!!

são muitos raros os casos em que realmente se é possível tomar uma "decisão conjunta" com o pai da criança. decisão conjunta DE VERDADE, pensando juntos os prós e contras, dividindo a tristeza e a preocupação, dividindo as responsabilidades. quando isso acontece, é ÓBVIO que a mulher prefere não passar por isso sozinha. eu tive a sorte de ter um homem desses do meu lado.

mas quem aqui dividiria uma decisão tão importante pra sua vida com alguém que NÃO QUER essa responsabilidade, ou com alguém FALSO MORALISTA ou com alguém que quer TE DOMINAR e decidir por vc??? COM ALGUÉM QUE TE CHAMA DE VADIA QUANDO VC NÃO OBEDECE SUA OPINIÃO?

é muito fácil apontar o dedo.

Anônimo disse...

14,49, deram esse exemplo sem noção como se se cuidar pra não engravidar aos 15 anos fosse exemplo a ser seguido. Quem pensa assim está muito mal das pernas e da cachola.

Anônimo disse...

E quem é vc, anon das 13:59 pra decidir qual a idade que a menina deveria começar a vida sexual?

Vá cuidar da sua vida! E deixa que dos outros eles mesmo cuidam!///

cuidam nada. já ouviu falar em maioridade, sua cabeça de vento?

Camila Oliveira disse...

Lola,
Admiro seu blog, seus posts e sou totalmente a favor do direito de escolha da mulher em relação ao aborto. Mas creio que você deveria excluir a foto do medicamento, assim como o nome dele citado no post pois isso pode levar meninas a utilizá-lo sem orientação médica ou apoio de família/ amigos, e esse remédio pode até matar.
Seu blog é aberto e recomend que você tome esse tipo de cuidado. Se automedicação já é perigosa imagine de um abortivo...

Anônimo disse...

ué Clara 13:56, então leve isso pra sua vida. Se vc engravidar mesmo se precavendo, não quiser ter esse filho mas o pai quiser, vc acata a decisão dele e tem o filho.

Decisão mútua.. se a decisão for oposta, um quer e o outro não? De quem é a decisão final? A lógica é bem simples, Clara.

Berê disse...

Marcelly, só que tem um detalhe que você não entendeu. Até nascer não existe pai ou mãe. Não há pátrio poder. Tudo que acontece antes do nascimento é presunção de paternidade apenas.

Ana Carolina disse...

Girassol, uma coisa me chamou a atenção no seu comentário. Você diz que é contra o aborto mas não condena alguém que o pratique dadas as circunstâncias. Ninguém é a favor do ato do aborto, só que aquelas que optem por essa hipótese possam ser assistidas medicamente na legalidade. Não digo que nunca faria porque desconheço o dia de amanhã, mas não abortaria - o que não me impede de desejar toda condição médica possível para aquelas mulheres que optem por ele.

Sara disse...

L.vc tomou a decisão que achou melhor para sua vida, sinta-se apoiada, sei q não foi um momento facil, mas vc ira superar tudo.
Só lamento que vc não tenha sido assistida como deveria nessa hora tão dificil, em razão das nossas leis machistas que negam esse direito da mulher.

natalia disse...

Eu fiz um aborto quando tinha 22 anos. Sabia que não queria ser mãe, no momento. Que queria estudar, trabalhar e outras atividades que, no momento, eram incompatíveis com a maternidade. Depois que fiz, quase pirei o cabeção de tanta culpa. O que fez a minha cabeça voltar ao normal foi uma amiga que disse que eu não tinha condições de manter uma criança naquelas circunstâncias. A partir desse comentário, nunca mais senti culpa. Recuperei minha disposição e fui em frente. Desejo o mesmo para L.

Ana disse...

@15:36
"Mesmo assim ele RESPEITOU decisão dela e ainda pagou por tudo."

Não sei, pessoa, mas aqui onde eu moro chamar de vagabunda não se enquadra no conceito de respeito...

Moema L disse...

Beleza Sônia! Mulheres que exigem que o homem tenha um corpo de Adônis, sem barriga, com músculos definidos, porque caso contrário não pegarão ninguém e viverão sós o resto da vida, também são!

Eu Ri!!!

Comparar um homem que obriga a mulher a fazer ou não um aborto com musculação, barriga de tanquinho e afins foi patético.

Como uma mulher conseguiria obrigar um homem a ser musculoso? ela iria para academia com ele apontando uma arma na cabeça do sujeito? é isso?

Quer dizer então que a maior parte dos homens casados ou que mantem relacionamentos são uns Adônis? são todos musculosos?

Claro que não.

Como você explica todos esses homens comuns que não são solteiros.?

Que mulher super poderosa é essa que determina quem vai ficar só e sem pegar ninguém pelo resto da vida?

você ta viajando...
Nem todas as mulheres no mundo gostam de homens musculosos a prova é a quantidade pessoas casadas.

Unknown disse...

L.
Eu espero que você já esteja se sentindo melhor.
Eu sou uma pessoa religiosa e essa questão do aborto me inquieta um pouco. Fico sempre com um pouco de medo de que minha posição esteja errada, mas o que minha consciencia me diz é que a mulher deve poder escolher. Não sei como eu poderia (ou qualquer outra pessoa) dizer o que alguém deve fazer ou como se sentir. E eu lamento muito que a sua escolha tenha sido tão cheia de riscos e com tão pouco apoio. Eu sou pró vida (completamente a favor das vidas que já existem) e acho que é desumano que as mulheres brasileiras continuem morrendo e passando por complicações sérias, apenas porque para muitos a função principal de uma mulher é produzir outros seres.

Ana disse...

@maxwellman
"Beleza Sônia! Mulheres que exigem que o homem tenha um corpo de Adônis, sem barriga, com músculos definidos, porque caso contrário não pegarão ninguém e viverão sós o resto da vida, também são!"

... cara, você sabe que a gente vive falando sobre padrões de beleza aqui, né?

E você sabe que feminismo não é sobre sempre dar a razão à mulher - certo? E que nós nunca dissemos que um homem não pode sofrer com os comentários do sexo oposto sobre seu corpo - sabe disso, né?

Do jeito que você fala, parece que a gente acha que zuzo bem atazanar a homarada pra 'ser um Adônis', e que contanto que a criatura tenha uma vagina, nós vamos concordar com qualquer coisa que ela diga/faça.

Acho que tá na hora de rever uns conceitos, mano.

Girassol disse...

Ana Carolina, eu disse que entendo quem faz isso num momento de desespero, pq realmente é uma situação complicadissima, como entendo os motivos que levam alguém a roubar comida pq está na miséria, ou alguém que deseja a propria morte diante da perda de um ente querido,etc.Entender é uma coisa, concordar é outra.Não acho que seja a solução correta, aborto é um procedimento muuito agressivo ao corpo da mulher e ao meu ver é um assassinato.
Pra mim é absurdo lutar pela legalização do aborto. Sou a favor da prevenção, a favor de que mulheres que tenham uma gravidez indesejada sejam acolhidas pelo governo, que lhe forneçam a oportunidade de dar seus filhos à adoção, ao invés de matálos, que a leis de adoção sejam modificadas e tudo possa ocorrer de forma mais rápida, tem tanta gente querendo adotar ... Passar 9 meses carregando o bebe na barriga é fácil? não! mas assim é a vida, nunca saímos ilesos, toda ação tem uma consequência e devemos encara-las c/ dignidade.

Vivi disse...

Não sei se alguém já disse, mas lembro de ter lido de que não é totalmente verdadeiro este negócio da "culpa" que TODAS as mulheres sentem ao abortar. Umas sentem, outras não.
Acho inclusive que é martelado que certeza que nos sentiremos culpadas e o quanto isso é ruim justamente para desistimular o aborto. Sendo que por justamente escutarmos isso (nada mais católico) que algumas (mas não todas) acabam sentindo esta culpa.
Acho que autora do post, com o tempo, vai conseguir assimilar bem a ideia, estou torcendo por vc!

Anônimo disse...

Vou colocar como anônimo, porque eu acho que é uma situação difícil e em casos difíceis assim, eu fico com medo da represália. Em primeiro lugar, sou homem, então nunca poderei engravidar. Em segundo, venho dizer o que acho dessa situação do aborto num relacionamento: Ter ou não ter o filho é direito da mulher, isso é meio que senso-comum por aqui, mas o parceiro não pode ser ouvido de nenhuma forma? Não, porque, é claro, a vida da mulher é que muda. Mas agora vamos mudar a situação um pouco: o companheiro não quer ter o filho e sugere que a mulher não o tenha, ele tem direito a isso? Também não. Digamos que ela vá parir o filho, então ele é obrigado, legalmente, a ajudar financeiramente esse filho indesejado?

Não estou perguntando de sarcasmo, pode ser ignorância jurídica minha ou o que for, mas eu acho a situação meio esquisita num contexto de relação a dois. Por favor, eu queria que alguém em explicasse melhor como isso funciona.

Obrigado!

Anônimo disse...

Que pena eu sinto.. sou mae solteira, nao tenho o pai do meu filho ao meu lado, eu faço tudo sozinha, e só por ver o sorriso dele qdo eu volto pra casa do trabalho a alegria dele qdo fala mamae, ja pagam tudo.. eu nao tirei a vida do meu filho mesmo o pai nao o querendo, ele é uma criança feliz e mto amada, jamais pensei em aborto.. que Deus te perdoe, tirou uma vida, e q pena vc ser tao desinformada, pq se nao quer, se previna, ha muitos meios.. assim nao se torna uma assassina..

Sonia disse...

Maxwell,

"Beleza Sônia! Mulheres que exigem que o homem tenha um corpo de Adônis, sem barriga, com músculos definidos, porque caso contrário não pegarão ninguém e viverão sós o resto da vida, também são!"

Cara, não sabia desse crime horrendo!!! Tu JURA que existem mulheres que carregam o namorado ou afins pra academia, amarram eles lá por 9 meses e só deixam sair quando estão com músculos definidos??? o__o Que horror, chamem a polícia, temos que prender essas criaturas!


...gente, ADORO essa galerinha que acha que quem não tá 200% dentro do padrão de beleza não transa. Onde essas pessoas vivem, dios mio?

Ana disse...

@SeekingWisdom
"O correto então seria L. se submeter ao casório também indesejado nesse momento em sua vida? Ou melhor, o correto seria L. gestar por nove meses o filho de R. para que ele pudesse ser pai? Faz-me rir"
[2]

@Carolina Lucas Paiva
"Óbvio que tem que ser uma decisão mútua, afinal de contas, todo mundo sabe que, se a mulher cansar da gravidez, o homem poderá carregar o bebê em seu próprio ventre.
Enfim, poder de escolha igual para condições exatamente iguais, já que tanto o homem quanto a mulher ficam grávidos fisicamente, né?"
[2]

@Bruno S
"Um cara que pague pensão e visite filho eventualmente não será mal visto. Agora, exeperimente uma mulher fazer o mesmo."
[2]

@14:30
"A decisão é sempre da mulher pq o corpo é dela.(...) Se fosse possível ela tirar o feto e o homem (ou qualquer outra pessoa pró-vida) colocar na barriga dele e gestar, aí sim, ele poderia salvar o filho."

Agora você tocou no ponto.

Eu acho legal que quando a gente reinvindica direitos iguais, chove gente dizendo "mas homens e mulheres são diferentes!" - e listam 1001 fatos biológicos pra dizer porque uma mulher não pode fazer tudo o que um homem pode.

Aí quando a gente fala de gravidez, uma coisa na qual é inegável a diferença entre os sexos - porque ambos geram filho, mas só um carrega - chove gente pra dizer que isso não é motivo pra mulher querer abortar.

Cadê o povo do "ahhh mas é diferente" agora?

Olha, é uma triste realidade, mas o pai não pode gestar. As mulheres dariam um braço se isso transferisse o filho pro corpo do parceiro, mas infelizmente é Impossível. Completa e extremamente Impossível. Se a gravidez for levada adiante só a mulher vai passar por todas as transformações. Só eu, ou todo mundo concorda que isso é um fato, pelo menos até hoje?

Gostaríamos muito de poder mudar a natureza e tornar o aborto algo desnecessário. Porque (surprise!surprise!) nenhuma de nós gosta da idéia de fazer um aborto. Mas o fato é que está fora do nosso alcance. Não importa o quanto o pai queira uma criança, nada muda o fato de que a mulher é que vai arcar com as consequências. Sentimos muito, mas é a realidade.

Digo isso porque faz um tempo que venho remoendo essa reflexão. Aqui em casa temos debates acalorados porque minha mãe sempre pensa nos direitos do pai - que, de fato, existem! Acontece que, embora o filho seja dos dois, a dolorosa verdade é que nada no universo vai tornar essa situação simétrica - a gestação ocorre única e exclusivamente no corpo da mãe.

Injusto, horrível e tudo mais; mulheres não gostam, homens também não, mas é a vida. Não quero diminuir todo o problema numa frase feita mequetrefe, mas sinceramente... Não consigo pensar de outro jeito.

Magrelinha disse...

"Que pena eu sinto.. sou mae solteira, nao tenho o pai do meu filho ao meu lado, eu faço tudo sozinha, e só por ver o sorriso dele qdo eu volto pra casa do trabalho a alegria dele qdo fala mamae, ja pagam tudo.. eu nao tirei a vida do meu filho mesmo o pai nao o querendo, ele é uma criança feliz e mto amada, jamais pensei em aborto.. que Deus te perdoe, tirou uma vida, e q pena vc ser tao desinformada, pq se nao quer, se previna, ha muitos meios.. assim nao se torna uma assassina.."


Adooooro quem chama de assassina quem fez aborto.

Adooooro quem não consegue fazer interpretação de texto e perdeu a parte em que a autora diz que se prevenia.

Adooooro o "Deus te perdoe".

Se vc quis ter seu filho foi uma escolha sua. Se ela quis abortar um embrião (que nem dor sentiu) foi escolha dela. As duas devem ter o direito de escolha respeitado.

Anônimo disse...

As pessoas ficam falando sobre a mulher dar o filho pra adoção como se fosse uma coisa tão simples. Eu por exemplo, tenho certeza que não faria um aborto. Tento imaginar situações como descaso do companheiro, falta de grana e mesmo assim, acredito que não faria. Pode ser uma coisa da minha personalidade, formação, não sei. Mas comparar isso a doar um filho é absurdo. A ideia de que a vida começa na concepção vem da religião, não que não seja válida para quem acredita nisso, mas cientificamente não é comprovado, não pode ser uma verdade imposta pra todo mundo. E uma coisa é abortar um embrião, outra é entregar um filho. No segundo caso é preciso que a mulher seja muito mais forte, é muito mais provável que ela já ame essa criança ou se sinta ainda mais abalada ao ver o filho ali vivo, mesmo que não consiga amá-lo. Ninguém pode exigir uma coisa dessas de uma mulher, nem mesmo sugerir como se fosse rotina "ah, não quer a criança, dá pro pai criar, entrega pra adoção". Não é tão simples.

aiaiai disse...

L.

Você fez o que qualquer pessoa poderia fazer sem culpa e sem risco em um país que não tivesse leis machistas como o nosso. Não sinta culpa, pq você realmente não fez nada de errado.
Se tem alguém fazendo algo errado é a nossa sociedade que permite que mulheres passem por esse momento tão difícil sem apoio médico e social.

Veja aqui o mapa de países onde aborto é DIREITO da mulher:

http://chartsbin.com/view/s53

E Letícia Miele, que acha as justificativas da L. infundadas, eu vou fazer como você e pedir justificativas fundadas, de acordo com a MINHA OPINIÃO, p você estar tentando engravidar há dois anos, ao invés de adotar uma criança. Vamo lá. Me conte!

Rose disse...

Leio essas discussões sobre o direito do cara dizer se pode ou não abortar e lembro de um debate que uma professora fez qndo eu tava no ensino médio. Ela dividiu a turma em dois grupos, um contra e outro a favor do aborto. Cada grupo deveria usar argumentos sólidos para defender sua posição. Lembro de um colega que disse:
Sou absolutamente contra, eu jamais farei um aborto. Por quê? Porque não existe foda que me deixe grávido...Mas essa é a minha posição, eu não sei pq outros deveriam seguir, principalmente aquelas que ficam grávidas, se o corpo é delas, a decisão não é minha. (claro q nosso grupo "perdeu" o debate, mas eu ganhei um amigo pra toda vida)

Anônimo disse...



"O que acontece com a vida das mulheres que tiveram um aborto negado? Este é o primeiro estudo científico a fornecer respostas "

http://jezebel.uol.com.br/o-que-acontece-com-a-vida-das-mulheres-que-tiveram-um-aborto-negado/

Unknown disse...

Mirella,

Nossa, essa matéria me deu nojo, sério. Não sabia que isso ainda existia... Ano passado morei com uma namorada, eu era hominho na época, e eu fazia boa parte dos afazeres domésticos e achava normal. Acho que é por isso que a senhoria do kitnet que a gente alugava ficava olhando torto para mim sempre que eu ia estender as roupas no varal auhwuawh.
Mas muito obrigada!!!


Georgeane,

Lembro em especial de uma amiga muito querida na época da faculdade. Com suspeita de gravidez, desesperada. O namorado apaixonado, carinhoso e também apreensivo. Numa bela tarde lá estava ela, se desesperando pq a menstruação não descia e ela não tinha coragem de fazer um teste de farmácia. Ela telefonou para o rapaz e o mesmo estava num barzinho com o pai, tomando um chopp. Happy hour. Só relaxando um pouquinho.

Não quero acreditar. Como assim ele era todo apaixonado e atencioso e tava no happy hour com o pai ao invés de ficar do lado dela apoiando-a e esperando a apreensão com ela?




Enfim, para quem está falando que a decisão deveria ser 100% conjunta, eu lembro: Aborto é algo de RISCO, não apenas riscos legais, mas riscos SÉRIOS de saúde. Sem contar os danos psicológicos, a dor e tudo o mais.
Agora me digam, algum de vocês gostaria de ser obrigado pela namorada a ARRISCAR A PRÓPRIA VIDA?! A sofrer HORAS de DORES? Não né...


"I don't want to live on this planet anymore"


PS: Sério, esse tópico tá me dando nojo. Até quando eu era mascu sancto convicto eu era a favor do aborto.
Se não fosse por eu estar quase com uma namoradinha, eu convidaria qualquer radfem transfóbica a me matar. ¬¬

nando disse...

Invoca-se o direito da mulher sobre o seu própio corpo como argumento discriminalização do aborto.
Mas o corpo em questão não é mais o da mulher,visto que ela abriga,durante a gravidez um outro corpo,que não é de forma alguma uma extensão do seu.
O seu direito à escolha precede o ato da concepção e se subordina ao direito absoluto à vida.
O Espiritismo,admitindo a presença de um espírito reencarnante no nascituro,considera que a mulher não tem o direito de lhe negar o direito á vida.O nascituro não é uma máquina de carne que pode ser desligada de acordo com o interesse circustanciais,mas um ser humano com o direito à proteção,no lugar mais sagrado e inviolável que a natureza criou:o ventre materno.

Anônimo disse...

Longe de ser apenas uma "bolha de carne" ou um acessório sem vida dentro de uma mulher, as apoloistas do aborto cada vez mais estão sendo confrontadas com a inerente humanidade do feto em desenvolvimento. Tentar determinar um tempo preciso para o início da vida ignora várias evidências científicas que mostram justamente que todos os ingredientes necessários para isso já são apresentados logo no início da gravidez. Para quem não sabe, já há um coração batendo após 18 dias de fertilização, e a formação de ondas cerebrais já ocorre após 1,5 mês. Sendo que ela abortou depois de sete semanas de gravidez, ou seja, após estes desenvolvimentos...

Moema L disse...

@15:36
"Mesmo assim ele RESPEITOU decisão dela e ainda pagou por tudo."

Não sei, pessoa, mas aqui onde eu moro chamar de vagabunda não se enquadra no conceito de respeito...[2]

também não entendi em que momento ele respeitou a opinião dela.
Pelas atitudes que ele teve dá para prever como seria a vida dela se ela tivesse o bebê e casasse com ele.

Ficou ameaçando dizendo que ia contar para todos o que ela fez... Em que planeta isso é repeito.

Rafael disse...

Carol NLG disse...

"Não sei... por que não perguntamos pra toda a comunidade científica que concorda que, com o fim da atividade cerebral não há vida? Não sei se você sabe, anônimo, mas morte cerebral (momento em que termina a atividade cerebral) é morte, pura e simplesmente. E a partir desse momento, por exemplo, doam-se os órgãos, desligam-se as máquinas, etc."

Uma comparação muito inadequada. Morte cerebral é irreversível. A pessoa nunca irá recobrar a consciência. Já um feto cedo ou tarde iria virar um ser humano completo.

É mais ou menos como matar uma pessoa que está em coma porque sua família não a quer mais. Afinal, ele está em estado vegetativo, não tem qualquer consciência, né? Que importa que ela pode acordar a, basicamente, qualquer momento?

Moema L disse...

@sonia

Ri De Mais com a sua resposta, ficou 10 vezes melhor que a minha.

também não sei em mundo essa gente vive.

quer dizer que quem não foi xerox do brad pitt não transa, não é feliz e passa o resto da vida tomando daninho e fazendo terapia.

Meo Dels se for assim, eu to na merda então.

Anônimo disse...

Olha, primeira vez que venho comentar, por isso vou comentar como anônimo.
Antes de mais nada sou homem, e espero não ser mal compreendido com alguma coisa que eu escrever.
A questão do aborto é realmente complicada de se tratar, e eu, particularmente não acho que deva ser feito, apesar de que é fato que o que eu acho ou não neste caso não interessa, mas acredito que o Estado não deva criminalizar, e que qualquer mulher deve ter o direito de abortar ou não.
Apesar de saber como as coisas funcionam, onde pais simplesmente somem após o nascimento da criança, ainda sim o pai pode opinar se a gravidez continua ou não, mas a decisão, como é consenso aqui, é da mulher. Mas não concordo que, ao decidir que quer abortar a criança, mesmo sabendo que o pai queria o filho e tudo mais, após uma boa conversa, a mulher exija que o pai acompanhe ela em todo o processo, não dá pra fazer isso. É lógico que se ele entender toda a situação e decidir acompanhar, sem problemas, mas se ele não decidir, ele não pode ser considerado monstro, machista, ou algo do tipo (Não estou dizendo em relação ao caso do post, mas em geral), é o direito do pai, diante do direito que a mãe escolheu, e acho justo.
É claro que posso estar falando besteira, e se for o caso, me corrijam por favor, mas não me demonizem, não estou aqui para brigar com ninguém, tenho me aprofundado no feminismo através do blog e só agora tomei coragem para participar dos debates.
Uma situação inversa, que me faz pensar, seria a seguinte, guardadas as proporções claro, Imagine uma relação estável com bastante tempo, onde a mulher quer muito um filho, mas o homem não, e num dia ele chega e fala para a mulher, fiz vasectomia, afinal é o corpo dele e ele decidiu o que fazer. Não seria condenável se a mulher pedisse divórcio e fosse embora. Se o exemplo estiver muito ruim me desculpem.

Anônimo disse...

Pra quem disse que filho não é sentença de morte,discordo,quando a gente não quer,a coisa muda de figura.

E eu queria saber onde estão esse homens DOIDOS pra serem pais,dispostos a assumir o filho até SOZINHOS!!!,se a mulher não quiser criar,mas se disponiblizar pra ser a "encubadora" do paizão,pq o que eu vejo ao meu redor (trab num posto de saúde,de um bairro carente) é um monte de menina/mulheres jogadas á própria sorte,contanto,se muito,com o apoio da familia,pq pai que é bom... a primeira coisa que MUITOS fazem? dão no pé,negam a paternidade,e SE,por um acaso, assumem(como se tivessem fazendo um favor)pagam uma pensão de merda,arrotando o quanto são bonzinhos e explorados pelas vagabundas golpistas.Por isso,aqui vai um MEU CU!!! para os prós vidas moralista de merda,TUDO o que querem é ver uma "puta" pagar o preço por ter aberto as pernas.A preocupação com o feto,o zigoto ou o que seja é o de menos,o lance é fiscalizar o uso da buceta alheia.


Cética

Moema L disse...

@ 19:07

E daí?

O corpo é dela, ela não vai servir de encubadora, entendeu?

as apoloistas do aborto cada vez mais estão sendo confrontadas com a inerente humanidade do feto em desenvolvimento

Cade a fonte? de qual site você tirou isso?

Os pró vida são patéticos, você vai pegar o filho indesejado alheio para cuidar? vai dar educação? amor?

lógico que não né? afinal de contas, depois que nasce é cada um por si. Depois que nasce os pró vida são os primeiros a mandar as mães se lascarem com os filhos.

se a mulher aborta é ruim, se decide ser mãe solteira é vagabunda, se entregar o filho pra adoção é um monstro( isso se conseguir entregar para adoção, até porque no Brasil isso é beeem difícil, tentam te fazer ficar com a criança de tudo quanto é jeito), se entregar para o pai criar sozinho, também não presta( isso se o pai quiser, porque na hora de escolher pela mulher todo mundo quer, agora, na hora de criar o filho sem a presença da mãe a coisa muda de figura) ou seja nunca vai estar bom.



Moema L disse...

O espiritismo não pode provar ABSOLUTAMENTE NADA com relação a isso CIENTIFICAMENTE.

nós vivemos em um país LAICO.

A corpo não é mais da mulher? ele é de quem então? do estado? do homem? do embrião?

embrião e feto não tem direitos legais.

Mulher é uma vida formada/ existente, feto e embrião são expectativas de vida, eles não nasceram.

Eu queria mesmo que sagrado e seguro fossem os meus direitos.

Roxy Carmichael disse...

o que eu acho mais legal são as mamães baterem no peito com orgulho para logo se auto-proclamarem os serem mais solidários, os seres mais abnegados, que se importam mais com o outro do que com elas mesmas. essa mitologia da maternidade quase como santidade me comoveria muito se, e somente se, essa doação, essa solidariedade fosse dirigida ao outro enquanto sociedade, e não ao outro que é SOMENTE o filho biológico (né letícia miele?), que é uma espécie de extensão da própria mulher, mas não só, um carimbo que a mulher recebe que agora sim ela cumpriu seu destino, agora sim ela é completa. basta abrir qualquer revistinha de fofoca pra ver um bando de celebridade ostentando barrigão, sorrindo, e depois com o baby declarando: sou muito mais feliz, o sexo melhorou, agora só me importo com o que é realmente relevante, que é o meu filho.
isso tudo é lindíssimo, só acho bem incoerente dizer que pessoas que nao tem filhos, não querem ter ou abortaram são egoístas. quando as que tem, batem no peito orgulhosas pra dizer que SÓ SE IMPORTAM COM SEUS PIMPOLHOS. acho o seguinte: para aquelas que nao planejaram ficar grávidas, engravidaram e OPTARAM por ter o filho, sinto muito, mas não é algo assim digno do meu parabéns. é uma escolha sua, que afeta a sua vida e a de mais ninguem nesse mundão com 7 bilhões de pessoas. e se hoje você olha o baby e pensa que tomou a atitude certa, fico feliz por você estar feliz com a sua decisão. agora, isso não te faz uma pessoa melhor. cuidar do seu filho e colocar ele acima de suas prioridades não te faz uma pessoa melhor. VOCÊ ESTÁ APENAS CUMPRINDO A SUA OBRIGAÇÃO decorrente da sua PRÓPRIA ESCOLHA de trazer essa criança ao mundo.
@letícia miele: sugiro que, antes de falar em justificativas infundadas ou absurdas da L., você procure um livro chamado "por que temos filhos?". um médico escreveu esse livro pra compartilhar com o mundo as justificativas absurdas que ele escutava no consultório dele, das mulheres que decidiram ter filhos. "vou ter o filho pq meu marido quer e se nao der filho pra ele, ele me deixa" ou "vou ter filho porque me sinto meio sozinha", ou a clássica "vou ter filho porque ele vai cuidar de mim quando eu for velha". a idéia do livro é que as pessoas reflitam que é uma decisão bem complexa que acarreta em muita responsabilidade e que quanto menos crianças nascerem por motivos fúteis dos pais, menos crianças serão infelizes, menos crianças serão repositório das frustrações e carências dos pais, menos crianças viveram num lar sem amor.
por último: se vc ainda nao pode engravidar, a L. não tem absolutamente NADA a ver com isso. muito feio você sugerir que isso é uma injustiça.
****
e para nando uma perguntinha: se a mulher não for espírita ela deve ter o filho só porque uma religião que ela nem segue diz que ela é OBRIGADA a fazer isso?entendi. então pq precisamos mesmo dos tribunais? se uma pessoa mata outra, o estado nao tem nada a ver com isso! devemos perguntar pra religião espírita o que fazer com os assassinos, com os ladrões. aliás o que a religião espírita fala sobre os crimes do colarinho branco? para a religião espírita, os reús do mensalão foram condenados com provas, sem provas? PRECISAMOS SABER O QUE A RELIGIÃO ESPÍRITA PENSA SOBRE TODAS AS ESFERAS DA NOSSA VIDA URGENTEMENTE!

Anônimo disse...

Pobres seres indefesos, vitima deste secularismo imoral, que esta destruindo nossa sociedade, e nossa base familiar, DEUS lhes fara justiça !

André disse...

Bruno S.

Uma mulher que pague pensão e visite filho eventualmente será mais mal vista que um homem. Mas o homem não está isento de cobrança, o Alex Castro publicou um texto sobre isso no Papo de Homem.

"Se o ser em formação não pode viver indepente do corpo da mulher, é parte dela e ela deve ter autonomia para decidir." Se esse fosse o critério então o aborto seria permitido até bem depois de 12 semanas.

Maxwell disse...

Ana, vocês vão continuar falando sobre padrão de beleza, porque infelizmente essa situação ridícula não vai mudar(para ambos os lados). Com relação ao feminismo sempre dar razão a mulher, não é isso o que vejo por aqui(isso é impressão minha, fique livre para discordar) quando leio a maior parte dos comentários.
Por mais estranho que pareça, eu estou mais conhecendo vocês do que revendo conceitos. Parte disso graças ao blog.

Ps: Não sei qual é a sua idade, mas chamar alguém de mano é tosco. Abandone isso.

Magrelinha disse...

"
O Espiritismo,admitindo a presença de um espírito reencarnante no nascituro,considera que a mulher não tem o direito de lhe negar o direito á vida.O nascituro não é uma máquina de carne que pode ser desligada de acordo com o interesse circustanciais,mas um ser humano com o direito à proteção,no lugar mais sagrado e inviolável que a natureza criou:o ventre materno."


KKKKKK cara, alguém aqui se importa com o que o espiritismo acha? Vc fala como se todo mundo acreditasse em gasparzinho.

Anônimo disse...

"Afinal, eu estava fazendo um tratamento, tomava anticoncepcional, menstruei. Eu simplesmente não podia estar grávida. Mas estava."

Não consegui entender essa afirmação! É possível a pessoa menstruar e estar grávida? Alguém por favor me explique, fiquei preocupada agora. Tomo anticoncepcional todos os dias e fica por isso mesmo.

Anônimo disse...

Tbm abortei, tinha 17 anos, foi com meu segundo namorado, lembro que quando contei ele ficou em choque e disse que o filho não podia ser dele e aquele papo machista e ridiculo pra fugir da situação...

Dpos de refletir, decidi abortar. Lembro que minha melhor amiga (que já tinha abortado) me contou sobre umas ervas e aí num fim de semana que meus pais viajaram decidi e tomei litros de chá com alcool, passei mto mal, fui louca e então perdi.
Sabe que durante mto tempo tive remorso e certa tristeza, mas hj vejo que ter filhos é algo mto complexo, é um embate entre a potencial vida do filho ( até 2 meses não há qualquer sensibilidade!) e o seu impacto causado. Então acredito que é direito de toda mulher escolher se quer ter filhos ou não.

Já bem mais velha, engravidei tbm sem querer e não abortei, pq eu poderia criar, pq me sentia pronta pra ser mãe...

E pra quem fica usando religião saibam que a igreja católica só foi proibir o aborto no seculo 18 e 19 pela visualização das celulas reprodutivas. Procure na biblia algo proibindo claramente o aborto. Alias, não procure: Nosso estado é laico. Ou deveria ser...

Roxy Carmichael disse...

"E Letícia Miele, que acha as justificativas da L. infundadas, eu vou fazer como você e pedir justificativas fundadas, de acordo com a MINHA OPINIÃO, p você estar tentando engravidar há dois anos, ao invés de adotar uma criança. Vamo lá. Me conte!"

aiaiai
quero te dar abraço, quero seu endereço pra te mandar flores. é EXATAMENTE isso!

Maxwell disse...

...gente, ADORO essa galerinha que acha que quem não tá 200% dentro do padrão de beleza não transa. Onde essas pessoas vivem, dios mio?

Ok, a analogia foi pobre. Quis dizer que os homens sofrem com exigências na sociedade também. Muitas pessoas absorvem isso sem filtrar para saber se é certo ou errado. E apenas imitam o que acham certo.
Só me arrependo desse comentário porque foge do assunto do post.

Luiza disse...

Ai, senhor. Vamos lá. Vou colocar aqui algumas coisas sobre a fisiologia da gestação, para mostrar que gravidez não é uma coisa simples, tipo um balão que a mulher coloca debaixo da roupa. Existe muito desconforto e riscos.
É doença? Não. Mas deve ser levada adiante APENAS quando a mulher quiser.

- aumento da função renal: queixas estão presentes em 80% de todas as mulheres em algum estágio;
- excreção aumentada de muitas drogas terapêuticas de forma que as doses podem precisar ser aumentadas;
- volume sanguíneo aumenta 40% a 50% em relação aos valores do estado não-gravídico;
- débito cardíaco aumenta na 12ª semana com pico na 28ª a 32ª semana para 30% a 50% acima dos valores para não-gravidez;
- Síndrome da veia cava
- após a 20ª semana, a mulher pode apresentar tontura em decúbito dorsal devido à pressão do bebê interferindo no fluxo sanguíneo da veia cava inferior e aorta;
- aversões por alimentos (etiologia desconhecida);
- diminuição na motilidade estomacal, tônus e secreção de ácido;
- aumento na incidência de hérnia de hiato (etiologia: possivelmente a progesterona);
- motilidade intestinal diminuída (etiologia: possivelmente a progesterona);
- cólon/ânus - constipação, hemorróidas (etiologia: diminuição do tônus no esfíncter retal; pressão do útero em expansão; possivelmente progesterona; a passagem mais lenta do alimento resulta em fezes duras e difíceis de eliminar);
- alterações osteomusculares mais comuns (não somente): hiperextensão dos joelhos;
- anteversão pélvica;
- aumento da cifose torácica;
- protrusão da cabeça;
- sacro horizontaliza e aumenta a lordose;
- os ajustes compensatórios exigem constantemente compensações de todo aparato ósseo, muscular e ligamentar. O mau alinhamento ósseo responsável pelos desajustes e alterações posturais colaboram para o aumento de cargas sobre as estruturas do sistema músculo-esquelético ocasionando dores e desconforto.

Embebição Gravídica: fenômeno gestacional causado pela ação dos hormônios relaxina e estrógeno, que provocam um edemaciamento das articulações, juntamente com frouxidão ligamentar e diminuição da tonicidade muscular. Como conseqüência, a gestante realiza um maior esforço muscular, com maior gasto energético durante um movimento;
- musculatura abdominal: alongamento de até 17cm, com risco de diástase;
- membros inferiores estão em rotação externa, com passos oscilantes – marcha anserina;
- cãibras ocorrem pela diminuição do cálcio e aumento do fósforo + fadiga (causada pela frouxidão muscular);
- dor lombar;
- articulação temporomandibular pode ser afetada na gravidez, porque a frouxidão dos ligamentos pode permitir hipermobilidade (SIM, a mulher engravida e a MANDÍBULA pode ser afetada);
- síndrome do túnel do carpo, de Quervain, desfiladeiro torácico;

Complicações gestacionais:
- hiperemese gravídica - acentuação das náuseas e vômitos persisente durante todo o dia, resultando em desequilíbrio metabólico e hidroelétrolítico em alguns casos; pode levar à desnutrição;
- toxemia gravídica (pressão alta);
- pré-eclâmpsia;
- eclâmpsia;
- placenta prévia;
- descolamento da placenta

eeeeeeeeeentre outras coisas.

Peguei minha matéria da faculdade e fiz um resumão.

Estar gestante não é simples. Não é fácil. Por isso a escolha É SEMPRE DA MULHER.

O que se vê nas discussões sobre a mulher e sua vida é sempre vir homem mimizento pra tentar colocar o cara em primeiro lugar.
Claro, porque todos os homens solteiros que engravidam a namorada por acaso estão loucos pra serem papais e aguentar fedor de fralda e acordar toda noite pra dar mamadeira, e vamos acreditar que não é a mãe do cara que vai cuidar.

Querem ser papais? Arranjem uma mulher que queira ser mãe.
Nessa sociedade patriarcal, o que mais tem é mulher seguindo conselho da Nova pra arrumar um homem e ser mãe. Elas são a maioria, fiquem com elas.




Anônimo disse...

seu ex namorado é um psicopata....

ainda bem que vc não teve esse filho , senão vc estaria atrelada para sempre com esse doente mental.

Anônimo disse...

o cara enviou comprimidos de citotec e dinheiro para ela abortar
e agora fica perseguindo ela feito um psicótico?

Anônimo disse...

Ter um filho muda completamente a vida dos homens que tornam pais, só porque não sofremos os efeitos fisiológicos da gravidez não quer dizer que nada muda.
______________

Não mesmo!

o pai não precisa largar trabalho, não precisa deixar de estudar porque vai ser pai..
o MÁXIMO que ele vai ter é sua licença paterindade de 5 dias para fazer seu bate e volta no litoral!
nem preciso dizer que tampouco terá mudanças físicas e psicológicas.

Anônimo disse...

tem homem que usa a gravidez da mulher para aprisiona-la em casa....

vai ver foi o caso desse cara... ele tentou , mas não deu certo. agora ele ta todo putinho fazendo chantagem com a garota... mas é um pulha mesmo.

Anônimo disse...

Mas o corpo em questão não é mais o da mulher,visto que ela abriga,durante a gravidez um outro corpo,que não é de forma alguma uma extensão do seu.//


Bingo! Trata-se de um corpo estranho, um parasita. Mal comparando, o berne faz a mesma coisa: se infiltra na pele do animal (ser humano incluído) colocado pela fêmea, gesta e sai voando tranquilamente.

Priscila disse...

Eu li metade dos comentários e larguei mão. Pq oq eu vi foi o seguinte:
"mimimi o pai tem todo o direito de decidir suas feminazis chatas mimimi eu acho que o que ela fez é errado então tá errado mimimimi vou cagar regra na vida da L. e de todo mundo e da menina de 15 anos e de quem aborta pq só oq importa pra reger o mundo é oq eu penso mimimi"
Sério gente? Isso nem devia estar em pauta.
Então, dois pensamentos finais:
1 - Pra quem diz q ela podia por pra adoção, se informe. No Brasil, ela poderia até ser presa.
2 - Ngm disse que o namorado não pode opinar. Mas a decisão final tem que ser dela.
De resto, aborto é uma qustão individual e devia ser tratada como tal.
Lola, será que com a liberação no Uruguai as brasileiras conseguem fazer lá quando precisarem?

Anônimo disse...

como diz o slogan da marcha das vadias...

MEU CORPO,MINHAS REGRAS...

ponto final.

Anônimo disse...

É possível a pessoa menstruar e estar grávida? Alguém por favor me explique, fiquei preocupada agora. Tomo anticoncepcional todos os dias e fica por isso mesmo.//

Quem toma pílula anticoncepcional e interrompe a cada 28 dias não tem menstruação, tem sangramento devido a baixa do nível hormonal. Menstruação é consequência da ovulação. Tanto que se tomar o anticoncepcional sem interromper, não 'menstrua'.

Anônimo disse...

A autora do post foi muito corajosa, se eu estivesse no lugar dela não conseguiria fazer o mesmo, não por querer a criança, mas por medo do procedimento.
Conheço muitas mulheres que tiveram essa incerteza,que não desejavam os filhos, mas mesmo assim não abortaram justamente por causa dos riscos e pelo receio de estar fazendo algo terrivelmente errado.Minha mãe foi uma que fez isso.
Hoje em dia elas amam os filhos, mas quando você olha pra trás e vê tudo o que elas perderam pra isso,você vê o peso que tem essa falta de estrutura.
Isso pesa um pouco em mim também.Eu sei que minha mãe me ama,eu sei que hoje ela não se arrepende de ter me deixado nascer, mas ela poderia ter uma vida muito diferente e muito melhor do que tem hoje se eu não existisse.
Por isso sou da seguinte opinião: Filhos não são castigos,não são fardos e é completamente cruel que não só com estes futuros bebês, mas também com suas mães, que em países como o nosso, sejamos obrigadas a levar uma gravidez até o fim.E quando não queremos, temos que passar pelo que a autora passou.
É desumano.

E quanto a questão da opinião do pai.Bem, eu acho que ela é totalmente valida e considerável, DESDE QUE aja cumplicidade o suficiente entre o casal, de modo que o homem não vá fugir das responsabilidades.Mas a decisão final deve ser da mulher.
Meu pai disse para minha mãe e para a família dela, que assumiria completamente a criança e seria presente. Ele fez isso por um tempo,até que o fardo começou a pesar, e ele foi viver a vida dele.
Tenho dezesseis anos, e minha mãe nunca recebeu ajuda real do meu pai.Ele pode fugir, mas ela nunca teve essa opção.E é isso que acontece com a maioria das mulheres,não é mesmo?

Nathalia.

Anônimo disse...

Luiza, nota 1000 pra você. Além de todas essas alterações fisiológicas, ainda há a propensão a doenças das mais variadas, até uma simples gripe suína que leva a óbito por conta da baixa imunidade para dificultar a expulsão do embrião/feto E as complicações de parto e pós-parto.

Anônimo disse...

As mulheres, incluindo estrangeiras que morarem por mais de um ano no Uruguai, poderão se submeter ao aborto de acordo com a Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez aprovada pelo Parlamento e cuja regulamentação foi anunciada nesta quarta-feira pelas autoridades de saúde do país.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6320649-EI294,00-Estrangeiras+com+ano+de+residencia+no+Uruguai+poderao+abortar+legalmente.html

Anônimo disse...

Isto vale para o feto/embriâo também yullia ?

Unknown disse...

Luiza, gostei de sua postagem sobre fisiologia da gravidez. Arrasou! ^_^

Frinn disse...

Rafael disse...

Se o namorado diz para abortar, ele é um monstro. Se o namorado diz para não abortar, ele é um monstro. Humm, não há muitas opções, né?

-x-

Poxa moço, que tal "conversar feito gente e expor sua opinião sobre isso sem anular a opinião da mulher, que deve sim ter a última palavra no assunto"? Que tal tentar conversar ao invéz de escolher uma das duas opções e "dizer a ela o que fazer"?
Cada caso é seu caso. Tem mulheres que querem ouvir um "vamos enfrentar essa barra juntos". Mas se ela quer abortar, no mínimo a obrigação do cara é conversar direito. Falar sim o que pensa, mas respeitar as decisões dela. Nunca na minha vida eu decidiria algo assim sem a opinião do meu namorado, mas isso é porque eu sei que ele me respeita e é sensato. Coisa que obviamente não era o caso dela já que na primeira oportunidade o cara chamou ela de vadia, desligou na cara dela e mandou as coisas pro aborto.

Parem de fingir que vocês precisam ler a mente das mulheres e que tem que haver uma "resposta certa" que funciona pra todos os casos. Conversem, porra. Não é difícil e não cai pedaço.

lola aronovich disse...

Priscila, respondendo sua pergunta (que mais alguém fez nos comentários), se brasileiras poderão ir pro Uruguai abortar: NÃO. O Uruguai sabe muito bem que será o único país da América do Sul a permitir o aborto. E mesmo assim não é tão livre como nos países ricos. Vai depender de autorização psiquiátrica e tal pra fazer o aborto (ou seja, alguém de fora ainda mandando no corpo da mulher, mas é melhor do que nada). Uruguai sabe que outras mulheres de países vizinhos poderiam ter a ideia de ir lá abortar. Mas a lei não permitirá. É só para uruguaias ou para estrangeiras que residem no Uruguai há no mínimo um ano.


Camila, que sugeriu retirar do post o nome do Cytotec e a foto do remédio: o Cytotec é uma realidade já faz bastante tempo. Hoje mais da metade das mulheres que abortam no Brasil (e uma em cada sete brasileiras já abortou) o fazem com o Cytotec. Até 2005, 2006, o Cytotec (misoprostol) era vendido normalmente no Brasil para tratamento de úlcera. Só que descobriu-se que um dos efeitos colaterais era provocar abortos em gestantes, e, assim, foi proibido. Hoje ele só pode ser comprado clandestinamente ou através da Women on Web. Mas o fato é que o Cytotec é uma realidade e vem substituindo procedimentos cirúrgicos faz tempo. É só escrever Cytotec no Google para aparecerem blogs como este, muito mais explícito que qualquer coisa descrita no guest post, e também alertas falando dos perigos do medicamento. Sinceramente, não sei como funciona, pois nunca fiz um aborto. Não sei nem se é preciso fazer curetagem depois de tomar Cytotec. Não encorajo ninguém a usar medicamentos sem prescrição médica, mas, se aborto é crime no Brasil, e Cytotec está proibido, como uma mulher que quiser abortar conseguirá uma prescrição médica? Ou sequer uma orientação médica? As mulheres abortam e continuarão abortando, independente da proibição, do que diz a igreja, ou do que diz este post.

Mariane disse...

Nossa, achei impressionante como uma namorada com quem se tem até planos de morar junto, se torna uma vagabunda tão rapidamente! O.o'

Maxwell disse...

L, não concordo com o que você fez, mas tenho que respeitar. Não sou seu pai, irmão, avô, ou seu namorado... não sou alguém importante na sua vida, portanto não tenho direito de te recriminar, como fiz antes.
Pouca gente percebeu o que você disse, que você se sentiu mal com o aborto, que foi desagradável, que sentiu culpa.
Não odeie seu ex, tente se colocar no lugar dele. Apenas entenda o lado dele, mesmo que não concorde. Aprenda com esse episódio e siga a sua vida.

Ps: Se ele encher o saco dizendo que vai contar, diga quem lhe mandou os comprimidos pelo correio.

Mariane disse...

"Anônimo disse...
Que pena eu sinto.. sou mae solteira, nao tenho o pai do meu filho ao meu lado, eu faço tudo sozinha, e só por ver o sorriso dele qdo eu volto pra casa do trabalho a alegria dele qdo fala mamae, ja pagam tudo.. eu nao tirei a vida do meu filho mesmo o pai nao o querendo, ele é uma criança feliz e mto amada, jamais pensei em aborto.. que Deus te perdoe, tirou uma vida, e q pena vc ser tao desinformada, pq se nao quer, se previna, ha muitos meios.. assim nao se torna uma assassina.."

21 de novembro de 2012 18:17
___________________

Não leu que a menina escreveu que se preveniu de todas as maneiras possíveis, ou você não sabe ler?
E deus não vai perdoa-la porque ele não existe e nem você deve condena-la... preocupe-se em continuar cuidando da sua vida e do seu filho antes de ficar falando merd$. Se tem alguém aqui que é desinformada, é você!

Nih disse...

O misoprostol ainda é vendido legalmente no Brasil, mas deve ser quase impossível conseguir uma receita.

E bem, o aborto medicamentoso me parece mais seguro (até a 9ª semana, por favor) do que fazer curetagem em uma clínica-açougue qualquer. Se estiver no início, dificilmente vai haver algum problema.Informações podem ser conseguidas pelo site que a Lola citou (women on web) e você pode conseguir os medicamentos fazendo uma doação de 90 euros. Só que, eu não sei quanto tempo leva para chegar ao Brasil, né? O problema é se passar tempo demais, já que não é seguro tentar abortar medicamentosamente após a 9ª semana...E ainda tem o problema do cytotec falso...

Ana disse...

@Maxwell

Mulheres não podem querer mandar no próprio corpo se dão pitaco no corpo dos homens.

Mulheres que não dão pitaco no corpo dos homens não fazem diferença com seu discurso, porque isso nunca vai mudar mesmo.

Ter 19 anos e usar “mano” é um problema.

Putz.

Boa sorte, gente.

Letícia M. disse...

aiaiai, quem disse que eu não quero adotar uma criança? Querer ter um filho biológico NÃO de me IMPEDE de adotar. Sempre quis adotar um menino, negro, na faixa dos cinco a sete anos. Mas o meu desejo é adotar apenas depois de ter um filho biológico, de forma que os dois cresçam juntos.

Quem me conhece, sabe! Sem mais!

SeekingWisdom disse...

Anonimo das 18:11
N tenho um profundo conhecimento juridico do codigo civil e acredito que outros comentaristas podem esclarecer mais,mas vamos lá.
"o companheiro não quer ter o filho e sugere que a mulher não o tenha, ele tem direito a isso? Também não. Digamos que ela vá parir o filho, então ele é obrigado, legalmente, a ajudar financeiramente esse filho indesejado?"

Sim, perceba que, assim como vc escreveu, a pensão alimentícia é dirigida à criança, desejada ou não. Nesse momento, uma parte dos conservadores e mascus deságua "elogios" às mulheres, afinal, elas são pintadas como verdadeiras p...., v...., e vários outros nomes depreciativos porque, segundo eles, vao atrás dos homens para destruir suas vidas. Ai eu te digo, cuidado com esse pensamento, não vá para o lado negro da força (hahahah).

Como alguém comentou há uma falsa dicotomia entre o aborto e a sustentação de uma criança. Quando estamos discutindo aborto, a decisão final é da mulher, o corpo é dela, é impossível prosseguir com esse projeto sem ela.
Quando falamos de uma criança (nasceu) - é quando, juridicamente passa a ter direitos, se não me engano - ai a família tem a responsabilidade por sua criação.
Por familia entende-se pai e mãe, mas de novo, o benefício é para a criança (existe pensão para conjugê, mas é outra circunstância).
Alguém podia esclarecer mas a consseção não é automática.
Para a concessão da pensão alimentícia o juiz deve observar a existência de um trinônimo: necessidade de quem pede; possibilidade de quem pagará e a proporcionalidade entre os dois requisitos.
Ou seja, nasceu, os dois precisam acertar os gastos da criação, respeitando o direito da criança.
Phillipe

Letícia M. disse...

E Roxy Carmichael, obrigada pela sugestão do livro, mas não vou lê-lo. Eu sei os motivos que me levam a querer ter filho, o que não vem ao caso, sei que as estruturas emocional, financeira, física etc, que eu tenho são completamente viáveis a ter filho.

E eu não disse que era injustiça, disse que era muita ironia e que a vida é engraçada e, no caso, não quis me referir só a ela.

Anônimo disse...

É absurda a ideia que a mulher não pode abortar se quiser caso o homem seja contrário. Como alguém acima muito bem disse, no aborto não existe um 3º elemento.

É a mesma ideia que existe nas cirurgias de ligação de trompas no Brasil: se você for casada e quiser ligar, tem que pedir AUTORIZAÇÃO para o seu marido! EXATO! AUTORIZAÇÃO!

Me parece aqui a mesma lógica... Ter que pedir autorização para abortar.

Acho que esse povo pró-vida acha mesmo que a vida termina assim que o bebê nasce. Isso é, temos que proteger um amontoado de células ainda não formado, MAS foda-se quando o bebê nascer! Se esquecem que esse bebê é um ser humano que precisa ser cuidado no mínimo até os 18 anos!

Porque o corpo da mulher é espaço público que é de todo mundo e não é de ninguém né.

Lucy

André disse...

Alcool, drogas e cytotec são o terror das clínicas de reabilitação de crianças.

Anônimo disse...

Feliz dia de Ação de Graças, pessoal!

Lays, mãe e tudo o mais. disse...

Filho é uma coisa legal pra cacete. Mas só quando desejado, quando os candidatos a pais estejam conscientes do que é ter um filho. Porque mesmo assim não é nada fácil, ser mãe implica no corpo mudar pra sempre e na vida mudar para sempre: no começo são as cólicas, as noites em claro, a dor da amamentação, o ostracismo social ( porque os amigos não vão abandonar o happy hour pra te fazer companhia). Depois ainda vem os dramas de preocupação com escola, gastos crescendo em curva exponencial, a preocupação com o fato de ter que defender a cria de palpiteiros/machistas/pedofilos...

Nao é nada fácil e ninguém deveria ser obrigada a assumir uma mudança destas em sua vida. E antes que venham me chamar de desnaturada, sou muito feliz como mãe, mesmo com todos os perrengues, mas isso porque eu ESCOLHI ser mãe, no momento em que EU achei apropriado.

Anônimo disse...

Julgar os outros é muito fácil né? Por que simplesmente não tentamos compreender.. não peço que entendam mas é preciso compreender e respeitar a decisão alheia, cada um sabe o que é melhor pra si mesmo, Vc foi muito corajosa L., admiro vc por isso e admiro mais ainda aos teus amigos que ao invés de criticar te apoiaram num momento tão difícil. Força...

Ana Carolina disse...

Girassol: no mundo das ideias é lindo "ah, dê o bebê para adoção então", mas na prática além dos riscos fisiológicos que a Luiza já explicou, juridicamente ela não poderia fazer isso. As que fazem, fazem por debaixo dos panos e se alguém pegar dá merda pra todos os envolvidos. Essa não é uma solução. A época da roda dos enjeitados já passou.

Sobre aborto e espiritismo: cada umque viva sua fé e não obrigue os outros a viver conforme seus dogmas. Se os espíritas acham o aborto um pecado hediondo (e as posições espíritas sobre aborto e sexo me espantou da religião, acho mais repressoras até mesmo que o catolicismo), ok, não façam, mas a vida dos outros é dos outros.

E sobre o cytotec, desde mil anos atrás quando informação nem se propagava tão fácil pela internet eu já sabia que cytotec era abortivo. Na época que ainda se vendia em farmácia.

Anônimo disse...

Achei bem explicativo e importante divulgar:

http://precisoabortar.blogspot.com.br/

verônica disse...

sou negra e aliso meu cabelo, eu acho lindo cabelos crespos soltos arrumando pra quem tem coragem e quem sabe usar, acho ate mais bonitos do que alguns cabelos crespos alisados que ficam com uma aparência quebradiça e descuidada e acho um absurdo qualquer pessoa ser descriminada por causa do seu tipo de cabelo ou o modo como usa... queria falar aqui do fato de eu gostar do meu cabelo liso, ele é liso e hidratado e gosto dele assim por que acho que combina mais comigo, como não uso ele um alisante sem formol ele pode ficar cacheado quando quero tbm, gosto dos meu cachos mais abertos e modelados... o negocio é que sinto descriminação ate no fato deu querer usar meu cabelo liso, é como se eu tivesse usando algo artificial e tudo, já ouvi isso de alguns militante, mas a pessoa também usa maquiagem, isso n é ficar artificial? espero que entendam o que estou dizendo.

veronica disse...

mandei para o texto errado, publique, mas se quiser me responder veronicaragao@hotmail.com

Maxwell disse...

@Ana
A única coisa que você entendeu certo foi a parte do "mano".
O resto é tudo coisa da sua cabeça.

Boa noite!

Mônica disse...

Leandro Terra disse...
“O cara é obrigado a assistir à parceira sendo lesada (as vezes fatalmente) por uma droga clandestina sem poder se expressar?”

Acho que ninguém disse que o cara não pode se expressar, só que a decisão final é da mulher. E, ademais, a descriminalização do aborto resolveria em muito esse problema de o corpo da mulher ser lesado no procedimento.

Aliás, pegando esse gancho (e não mais me referindo ao comentario do Leandro), preciso dizer que o argumento de que o “aborto é nocivo para o corpo da mulher” é uma maravilha. É da mesma linha de quem usa o argumento saúde para fazer bullyng com gordos. (A Lola fez um post ótimo sobre isso.) Se a mulher quiser esculhambar com o próprio corpo, por qualquer motivo, o problema é dela.

Letícia Miele disse...
“Nossa mãe, fiquei impressionada! Um filho NÃO é sentença de MORTE! E é exatamente isso que ela passa no relato dela.

(…) E como a vida é engraçada e irônica: há quase dois anos eu tento engravidar e, nada... E essa pessoa, achando que o filho vai ser a sentença de morte ou prisão perpétua, não sei, aborta.

Triste!”

Não, não é isso que o relato dela passa pra mim. Eu entendi o sofrimento dela, o quão difícil seria deixar a vida dela para trás. Talvez as coisas que ela citou sejam mais importantes para ela do que essas coisas são para ti. Aliás, devem ser coisas muito importantes na vida dela. Não nos cabe julgar. Tem alguma lei que estabeleça a ordem de prioridades que devemos ter a vida? Não, né? Então cada um estabelece as suas (consciente ou inconscientemente). E o fato de vc não poder ter filho não me parece ter nada a ver com o aborto dela.

Anônimo das 18:11disse...
“Mas agora vamos mudar a situação um pouco: o companheiro não quer ter o filho e sugere que a mulher não o tenha, ele tem direito a isso? Também não. Digamos que ela vá parir o filho, então ele é obrigado, legalmente, a ajudar financeiramente esse filho indesejado?”
Achei teu questionamento pertinente. Não tenho resposta para essa situação. Vou pensar a respeito. De qualquer modo, acho difícil mudar a minha posição pró-aborto. Até porque o que o homem passa com uma gravidez indesejada não se compara ao que a mulher passa.
Não obsante, para os que defendem que a decisão não poderia ser só da mulher porque o homem também participa da fecundação, pergunto: se esse homem deseja ter um filho por que motivo ele simplesmente não procura outra mulher que queira ter um filho com ele, transe com ela e faça esse filho que ele quer? Por que ele vai querer obrigar uma mulher que não quer ter um filho a levar adiante uma gestação indesejada? Ninguém está impedindo o cara de ser pai se é isso que ele quer… Não é mil vezes mais bacana ter um filho com uma mulher que realmente queira? Essa não é uma solução melhor para todas as partes envolvidas: mulher que não quer ter filho, homem que quer ser pai e criança que não vai ser fruto de uma gravidez indesejada

nando disse...
“Mas o corpo em questão não é mais o da mulher,visto que ela abriga,durante a gravidez um outro corpo,que não é de forma alguma uma extensão do seu.”

Só porque tu quer… Se um corpo não é extensão do outro, porque não dá para separar?

maxwellman disse...
“o rapaz queria assumir não apenas o filho, mas você também!”
Mas que maravilha para ela que o cara queria assumir “não apenas o filho”. Isso é para ser grande coisa? Ela precisava “ser assumida” por um homem? Por acaso ela fazia questão dessa grande honra que é “ser assumida”. O fato de ele querer fazer essa grande generosidade que é “assumir” ela com certeza já era suficiente para deixar toda uma vida para trás, é isso?
Aninha disse...
“Afinal, foi um risco conjunto.”
Tá, só que as consequências desse “risco” assumido vão ser muito mais sérias para a mulher, concorda?

Cora disse...

L., minha solidariedade a vc. Reforço a fala daqueles que compreendem e apoiam sua decisão. Não se sinta culpada. Sua decisão foi a melhor diante das circunstâncias e do momento que vc está vivendo. Em outra época vc poderá, se quiser, ter um filho.

.

A formação de um novo ser humano não pode ser uma decisão leviana. Ninguém parece levar isso em conta. Se a pessoa se vê diante do imprevisto, portanto não planejado, não esperado, não desejado, porque levar adiante a formação de uma nova pessoa?

A responsabilidade em colocar alguém neste mundo insano deve sim ser muito pensada. E, diante do imprevisto, isso deve ser posto em consideração. Se a pessoa não se sente pronta para participar da formação de um novo ser humano, porque forçá-la a isso?

.

É importante lembrar que nem toda gravidez não planejada é indesejada. Muitas mulheres e homens se descobrem desejosos de experimentar essa responsabilidade e o fazem muito bem. A maior parte das gestações, mesmo em muitos casamentos, acontece sem planejamento.

Ter a possibilidade de escolha é fundamental.

.

Estou com muitos problemas com computadores e internet esses dias (além do tradicional acúmulo de atividades de uma procrastinadora incorrigível) e, por isso, perdendo muitos debates interessantíssimos. Os temas dos últimos posts são muito bons. Estou lamentando mesmo não poder participar mais.

Anônimo disse...

Homens não são obrigados a arcar com as consequências (no máximo pagar um valor insignificante em dinheiro, quando não conseguem escapar) de uma gravidez pela qual são responsáveis (até onde se sabe mulher não engravida sozinha), mas querem continuar a ter poder sobre os corpos das mulheres e sua capacidade reprodutiva. Durma-se com um privilégio desses.

Leio Lola Leio disse...

Lola e leitorxs, vocês viram isso?

"Iraniana deformada ganha na Justiça direito de cegar agressor" porém, ela se recusou a exercer a lei do talião.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1188545-iraniana-deformada-ganha-na-justica-direito-de-cegar-agressor.shtml

Anônimo disse...

gente, é lógico que o homem/amante/namorado/marido pode OPINAR na situação - desde que a mulher queira que ele opine, uai. ele pode muito bem discordar da mulher/amante/namorada/esposa - mas não pode OBRIGÁ-LA a nada. é isso que gente adulta que se respeita faz: senta, conversa, tenta entender, vê se é possível ceder, apoia etc. isso é maturidade e amor. e isso não é LEI. quer dizer: o homem que abandona sua mulher porque ela fez um aborto não vai para a cadeia por isso, entenderam? então, parem de discutir se homem pode ou não opinar - isso é assunto de cada casal, de cada par (quando/se há par). se um homem faz uma vasectomia sem falar para a mulher ela pode pedir o divórcio - e nenhum dos dois terá cometido crime algum (alguém falou nessa hipótese tosca, mas é isso aí, o corpo do homem é dele, a mulher pode ficar chateada, mas não há crime algum nisso e não, eu não estou comparando vasectomia a aborto). enfim: por mim, minha mãe tinha me abortado e não casado com meu pai, um homem que fez dela, aos cinquenta anos, uma mulher deprimida e sem autoestima alguma. eles também teriam me poupado de tudo que eu ouvi quando criança, indiretamente me culpando pela infelicidade deles. qual seria o impacto disso na MINHA vida? nenhum, já que, se minha mãe tivesse me abortado, eu só seria uma inconsciência nesse mundo. eu nunca teria sofrido nada. o fato dela ter levado a gravidez adiante foi que mudou tudo pra mim. ah, se alguém perguntar porque eu não me mato, eu digo: o corpo é meu, se eu quiser me matar, mato; se eu quiser abortar um feto do meu ventre, aborto. ninguém nunca pensa nisso, né? como vivem as pessoas cujas mães deixam claro que não queriam um filho, que abortariam se pudessem?

Mônica disse...

Essa discussão de quando começa a vida é muito bacana e muito importante. Definir essa questão (se é que isso é possível) resolveria não apenas o problema do aborto, mas muitas outras questões que nos atormentam. Aliás, isso nos definiria como sociedade.

Confesso que não estudei nem refleti tanto quanto deveria para falar com a profundidade que o debate exige. Não tenho, portanto, uma opinião fechada sobre o assunto. Mais impressões e inquietações mesmo.

E já vou confessando também que não sei nada de zigoto, gameta, fecundação, embrião, feto, córtex, nadica de nada mesmo. (Se vierem com argumentos baseados nesses conceitos, não vou saber, nem vou querer responder.)

Uma coisa que me incomoda é o fato de que parece que elegemos uma única ciência para dar essa resposta: a biologia. (Talvez medicina, posso não estar sendo precisa, mas a ideia é a mesma).

Será que as outras ciências não têm nenhuma contribuição para dar sobre o assunto? Não deveríamos também ouvir os psicólogos, sociólogos, juristas etc. para saber o que eles têm a dizer?

(Será que esse troço de córtex é tão importante mesmo para decidir sobre legalização do aborto?)

Enfim, eu tenho essa ideia (doida) de que vida deveria ser um conceito cultural e não "natural" (biológico). Há bastante tempo estamos descobrindo que essa coisa de dizer isso ou aquilo é "natural" se mostra falaciosa e produz preconceitos.

Cora disse...

Quanto ao parceiro, penso o seguinte, como outras e outros já disseram mais acima: o casal deve conversar sobre o que está acontecendo, isto é, a gravidez que não estava prevista, e decidir o que fazer, que atitudes tomar. Isso implica aceitar a opção pela ivg, uma vez que esta decisão deve sim ser da mulher já que as maiores consequências e mudanças acontecerão com ela. Não é egoísmo e nem atropelar a vontade do parceiro, mas vocês percebem que não daria pra ser diferente? Todas as consequências imediatas, emocionais inclusive, tanto da manutenção da gravidez quanto da ivg acontecem com a mulher. Não dá pra desconsiderar isso e obrigá-la a algo que ela não queira.

Se a decisão da mulher for pela ivg, as coisas são mais simples (não no sentido de banal, por favor pessoal!!), pois tudo se encerra com o procedimento. Inclusive o casal pode ter filhos em outro momento, se desejarem.

Se a decisão for pela manutenção da gestação, sendo o homem contrário, o casal pode até decidir se separar e o homem abrir mão da paternidade, mas isso não impede do filho desejar conhecê-lo no futuro. Estamos falando aí dos direitos de uma outra pessoa. Existe inclusive um programa do ministério público que solicita das mães informações sobre os pais, pois isto é direito da criança.

O que eu acho é que nada disso precisa ser demonizado. As decisões devem ser tomadas da forma mais racional possível e, existindo uma criança, ela não deve ser usada para punir ou manipular pai ou mãe.

Como eu disse, a responsabilidade pela formação de um novo ser humano são imensas e não deveriam ser neglicenciadas.

RX disse...

Não vou julgar afinal a escolha é da pessoa... mas fato é fato. Com 7 SEMANAS a "coisa" como a moça se refere, já é uma vida. portanto essa mulher é uma assassina. simples assim.

Mônica disse...

Alguns comentários já salientaram o fato de que o R. sugeriu como solução a L. largar tudo e ir morar com ele, porém aparentemente não se ofereceu para abandonar a sua vida e ir morar com ela. De fato, isso parece uma atitude machista...

Mas tem mais uma coisa que me chamou atenção no relato da L. A parte do "falo com seus pais". Como assim, falar com os pais? Isso me soou tipo o cara pedir permissão para o pai para poder casar com a filha. Tudo bem que a minha interpretação pode estar sendo meio exagerada, mas, sei lá, foi essa a impressão que eu tive. Afinal, por que ela mesma não falaria com os pais? Ou por que os dois juntos não comunicariam a decisão para os pais?

Essa coisa antiga (ou nem tanto?) de que o homem tem que pedir ao pai permissão para casar com a filha é reveladora de que a mulher é tratada na nossa sociedade como propriedade do homem.

(Novamente: posso estar interpretando essa coisa do "falo com seus pais" de forma equivocada, mas foi essa a impressão que me passou.)

Barbie Furtado disse...

"Você apenas provocou esse aborto, mas não era um ser formado, não era um bebê, não era uma criança, não era uma pessoa. Era um projeto de vida que foi interrompido."

A Lola disse tudo. Olha, vou dizer, toda vez que alguém vem com a conversa que aborto é assassinato eu só faço respirar fundo. Porque você não pode matar algo que nunca viveu. Algo que nunca existiu. É apenas uma expectativa de uma, uma possibilidade. Existe uma diferença ENORME entre um aglomerado de células que tem potencial de um dia ser, e um bebê já formado no sétimo mês de gestação, por exemplo, que já. Portanto, eu enfatizo, não sinta culpa. Você não matou ninguém, nem tinha quem matar nessa história toda!

Anônimo disse...

Ana Carolina, pode dar um filho para adoção sim senhora. É só comparecer à Conselho Tutelar da sua cidade e externar seu desejo de dar a criança. Pode ser feito ainda grávida, s.m.j.

Não pode simplesmente abandonar a criança na porta da igreja.

Roxy Carmichael disse...

@letícia
os seus motivos pra ter filho não vem ao caso?
então por que raios você acha que os motivos da L. pra não ter filho vem ao caso?
seu comentário foi um dos mais egoístas dessa caixa de comentários hoje. e olha que a concorrência tá braba!
e você continua sendo loucamente narcisista porque acha que o meu comentário foi em relação aos SEUS motivos. que sinceramente, eu não tenho o menor interesse em saber. mas relaxa que eu não sou como você não. eu não vou ficar aqui julgando casos individuais e muito menos me intrometendo na vida das pessoas que eu sequer conheço e sequer pago as contas. vai lá mais uma vez: existem argumentos "fúteis" pra abortar? sim. existem motivos fúteis pra ter um filho? claro!quem vai julgar isso?eu e você? definitivamente não. agora ao menos aquela que aborta vai evitar que um ser pague as consequencias da futilidade dos motivos daquela que decidiu trazê-lo ao mundo.
e foi mal, eu não consigo ver absolutamente nada de irônico ou engraçado nessa comparação rídicula entre a sua situação e a situação da L.

Anônimo disse...

Monica, uma propriedade daquilo que se chama vida em qualquer estágio é a divisão celular. Onde há divisão celular de alguma maneira, há vida, tal como a conhecemos. A morte seria a cessação da divisão celular de um corpo qualquer, né não?


Maya

Anônimo disse...

A iraniana acionou a justiça para a execução da pena de talião no caso dela. Só que ela desistiu no último momento de exercer o direito à retaliação. Pena.

SeekingWisdom disse...

Anonimo das 19:23, tb fico acanhado de participar comentando no blog pois tem muuuita gente que opina bem (apesar de ter muito comentário que dá canseira de ler).
Bom, repondendo a vc digo que está correto nem o homem nem nínguem é obrigado (no sentido da lei) de acompanhar o processo do aborto. N sei se entendi direito mas vc pergunta se o pai pode ficar zangado e pedir o divorcio em consequencia disso. Se é isso pode, não é preciso justificativa para se divorciar. No caso B, onde o marido informa que fez vasectomia o mesmo. Não vejo a questão como: ah! Monstros! N atendeu meu pedido. Simples, não houve entendimento entre eles, divorciem-se, não acho que nenhum deles deva ser pintado por demônio. O que acho que (apesar dos comentários as vezes calorosos) a maioria quer dizer é que deve haver diálogo e se a palavra dela for contrária à dele, que ele a RESPEITE, n a chantageie, não ameace, n agrida, etc.
Espero ter melhor esclarecido. Abs. Phillipe

SeekingWisdom disse...

Anonimo das 22:29, acho indelicado usar parte do comentário de alguém quando o mesmo ressalvou que estava levando em conta as devidas proporções ao comparar aborto e vasectomia. O debate é sempre importante!

Anônimo disse...

Desse depoimento, eu só penso isso: todo mundo fala de aborto como se fosse uma coisa simples e rápida, mas ninguém entende que mesmo que a mulher não queira ser mãe naquele momento, fazer um aborto é um experiência traumática muitas das vezes. E ainda mais sozinha... Apesar da Lola ter dito "projeto de vida", não tem como deixar de sentir menos culpa ou remorso. É algo que fica remoendo por muito tempo.

Ana Carolina disse...

Anônimo disse...
Ana Carolina, pode dar um filho para adoção sim senhora. É só comparecer à Conselho Tutelar da sua cidade e externar seu desejo de dar a criança. Pode ser feito ainda grávida, s.m.j.

Não pode simplesmente abandonar a criança na porta da igreja.

21 DE NOVEMBRO DE 2012 22:58

***

Sério?
Tenta então e vê o quão tranquilo é :)

Ana Carolina disse...

Monica:

Um livro muito bom do ponto de vista jurídico/filosófico é o O Domínio da Vida, de Ronald Dworkin. Recomendo a qualquer um sobre o tema.

Pili disse...

Anonima maya,

Diferentes tecidos morrem em momentos diferentes. Isso é facilmente observavel em cadaveres cujas unhas e cabelos continuam crescendo.

Anônimo disse...


Enfim, eu tenho essa ideia (doida) de que vida deveria ser um conceito cultural e não "natural" (biológico)
-
meu deus :(

Dree disse...

Não ia comentar mas como minha religião foi citada, não resisti.Espero que respeitem minha religião assim como respeito a todos os posicionamentos sérios que leio aqui.
Sou espírita, e gostaria de falar um pouco sobre o que conheço, deixando claro que assim como outras igrejas o espiritismo também tem divergências, e o que vou falar pode ser rebatido por outros espíritas.
O espiritismo prega que a partir da concepção um espírito começa a se ligar ao feto/embrião, essa ligação só se completa na ocasião do nascimento, por tanto o aborto seria negar a esse espírito a oportunidade de resgatar débitos anteriores.Mas ao contrário de outras religiões o espiritismo não joga a mulher que abortou no "inferno" só lhe diz que o que ela fez terá consequências, mas o que a gente faz na vida que não tem?
Para mim, foi difícil me assumir a favor da legalização do aborto, (sim,eu sou!)por que eu vivencio as consequências advindas de abortos feitos em outras vidas.
O aborto é altamente "condenável" no espiritismo, assim como negar atendimento médico a alguém que abortou,assim como negar um abraço amigo ou um apoio a quem quer que necessite independente do que essa pessoa fez.
O espiritismo é a única religião que conheço em que o aborto paterno,que é deixar a mãe e @s filh@s a própria sorte é tão ou mais condenável que o aborto materno, principalmente se o abandono causar na mulher desespero suficiente para que ela se decida pelo aborto.
O espiritismo é a única religião que conheço que não pune os homossexuais, não os condena ao inferno (até por que não acreditamos na existência deste), aliás até explica a homossexualidade.
Aliás para o espiritismo a pior coisa a ser feita não é o aborto , é o suicídio, por que é fugir da oportunidade que lhe deram para crescer espiritualmente.Ainda assim esses "gasparzinhos" como foi exposto acima, não são acusados, excluídos,não lhes apontam o dedo na cara, ao contrário são acalentados, e são tratados com carinho e fraternidade.
Completando, o espiritismo é a única religião que não pune, , não julga,não manda pro "inferno".Aliás é a única religião que não possui "as chaves do céu" por que o que conta não é ser espírita ou qualquer outra denominação, mas o quanto bem fez ao próximo.
Então como espírita desejo que L., refaça sua vida, e tente fazer o bem, transforme a culpa em energia para ajudar os outros, caridade é a única coisa que não tem contra indicação.
Quanto ao crime de "colarinho branco" esses serão responsabilizados por cada criança faminta, por cada cidadão que se perdeu no mundo por que não teve direito a educação, a saúde,a um trabalho digno, por que ele roubou o dinheiro destinado a estes.Ou seja: a posição deles é mais complicada do que qualquer mulher que aborta e nega o direito a um espírito.Eles negam uma vida digna a inúmeros. A cada um segundo a suas obras.

Anônimo disse...

não li nenhum comentário, só gostaria de dizer que concordo com o que a lola disse: a decisão cabe a mulher. mas discordo de uma das justificativas: "é a vida da mulher que vai mudar, não a dele". DEPENDE. A vida de um homem que quer ser um pai presente muda muito sim. A do meu pai mudou. A vida dos pais que criam seus filhos próximos, dividindo igualmente as responsabilidades na medida do possível (não tem jeito: no início da vida a mãe é mais imprescindível que o pai, natureza ué), há mudanças drásticas.

Cora disse...

Anon 19:23

Aconteceu o seguinte comigo: eu decidi a muito não ter filhos. É uma decisão completamente racional, pensada e estou muito segura dela. A maternidade, definitivamente, não é pra mim.

Numa certa fase da vida, conheci um homem e começamos a namorar. Com o tempo, ele revelou um desejo imenso de ser pai. Ele não conheceu o pai, que faleceu antes do seu nascimento e era louco pra ser o pai que ele não teve.

Com o progresso do relacionamento, essas conversas ficaram mais frequentes. Eu sabia do imenso desejo dele ser pai e ele sabia da minha decisão de não ser mãe.

Chegou uma hora em que eu tive que decidir. E terminei o namoro. Era, pra mim, impossível obrigá-lo a não ser pai e ele não conseguiria me convencer a ser mãe.

Obviamente foi difícil, houve sofrimento, mas não havia o que fazer.

Eu penso que tudo pode ser mais racional, sincero, verdadeiro e afetivo. Mesmo um rompimento, pode ser muito afetivo. Sabíamos por que estávamos nos separando e, depois de um tempo (o reencontrei recentemente num evento) percebemos que foi a melhor decisão. Com desejos tão opostos, seria impossível não haver cobranças e desapontamentos no futuro, com um provável rompimento muito mais doloroso.

Pro seu exemplo, penso que tudo poderia ter sido conversado. Talvez acontecesse também um rompimento, afinal, os desejos são opostos e inconciliáveis, mas com menos mágoa e decepção.

Eu não acho difícil dizer o que sinto e o que desejo, e sempre gostei de escutar os sentimentos e desejos de meus namorados.

A vida e os relacionamentos podem ser bem menos complicados.

Dree disse...

Completando meu comentário acima, é ela quem vai arcar com as consequências das escolhas dela,então nada mais justo que as escolhas sejam dela. Não cabendo nem a mim, nem a ninguém julgar. Só para deixar clara minha posição.

Anônimo disse...

Os abortistas recusam-se mesmo a pronunciar-lhe o nome. O abortamento voluntário consiste na voluntária expulsão de um feto do seio da mulher. Pois eles insistem em falar de uma “interrupção da gravidez”. Mas uma interrupção significa paragem. E a gravidez não pára. Ou continua, ou acaba. O verbo interromper não se aplica à vida, a nenhuma vida.
Por isso o assunto se torna indiscutível: se eu falo de uma coisa e tu de outra (ou melhor: e tu de coisa nenhuma), como havemos de discutir?
Eu digo: “O feto é um ser humano.” E tu: “Não é.” – “Então o que é?” – “Não sei.” Como podemos discutir, se não nos entendemos sobre aquilo de que falamos?
Ou então, respondes: “É um ser humano, mas não é pessoa.” – “Qual a diferença?” – “De direitos.” – “E quem lhos concede ou nega?” – “Somos nós.” Isto faz algum sentido? Só dá uma lenga-lenga: não é pessoa porque não tem direitos; não tem direitos porque não é pessoa…
Ou talvez respondas: – “É parte da mulher.” – “Que parte? Um órgão, um tumor?…” Tu calas-te. E acaba de novo a conversa.
No entanto, a discussão continua, como se fosse realmente um debate sobre o aborto. Invocam-se os direitos da mulher, por exemplo. Mas isso é outra questão. A do aborto é primordialmente sobre o feto. Quem é abortado é ele; não a mulher. Ou então fala-se do aborto clandestino… Mas isso é a questão da clandestinidade; não a do aborto voluntário.

Anônimo disse...

Abaixo a hipocrisia!” De acordo. Mas qual? A de quem levanta claramente o problema, ou a de quem escapa a ele e o disfarça? – “Viva a liberdade!” Viva! Começando pela liberdade de nascer… – “A Igreja não dava sepultura religiosa aos fetos…” A Igreja aceita o que a ciência diz. Mas já excomungava quem os matava, só pelo facto de serem considerados “semente” de pessoa humana. De qualquer modo, que discutimos? O aborto ou a hipocrisia, o aborto ou a liberdade, o aborto ou a Igreja?… Por que será que os abortistas falam de tudo, menos do aborto?
- “Porque não somos “abortistas”, como dizes! Ninguém quer o aborto! O aborto é um mal! O que queremos é o bem estar da mulher e a saúde dos que nascem!” A saúde à custa da vida, e o bem estar à custa dos filhos? E chamas a isso um mal menor? Haverá algum mal maior do que amorte?
“Ah, mas a Igreja aceitava a pena de morte!…” Certamente, dentro do princípio da legítima defesa, que aqui não se aplica. Mas deixa lá a Igreja; cinge-te ao tema; não te desvies. Além disso,o princípio do “mal menor” não significa que alguma vez seja lícito praticar um mal, mas apenas tolerar algum mal em prática, para evitar outro maior. Querias dizer “mal necessário”? Haverá algum mal “necessário”? Que ética será essa, capaz de justificar o mal? Por que será que os abortistas não conseguem colocar-se nunca no ponto de vista do sacrificado?
“Porque a questão do aborto são todas essas questões!” Talvez. Mas vê se não foges à principal… És capaz? Porque tudo o resto depende dela. Só argumentando que o feto não é um ser humano, ou que um ser humano inocente vale menos do que quem o concebeu, se pode debater o resto.

Anônimo disse...

um bebê recem nascido e um ser humano incompleto ainda, depende de outro para rudo, praticamente so tem autonomia para respirar, ele vale menos que um adulto já formado e independente ?

Anônimo disse...

Aborto é um assunto milionário. Aqueles que trabalham para promover – isso mesmo: trabalham é o termo preciso – a legalização/descriminalização do aborto e motivar sua impunidade não agem só por convicção, mas porque são pagos pra isso, são profissionais.

O Brasil não sabe disso. Mas nós podemos informar o país: sim, há fundações internacionais que criam ONGs pró-aborto, que financiam todo o trabalho delas, tudo para interferir na cultura e na opinião da população brasileira e para reduzir nossa população e controlar nosso país.

Isso soa absurdo? Sim! É claro que interferência internacional na cultura e na opinião da população brasileira para reduzir nossa população e controlar nosso país é um grande absurdo. Não tenho a menor dúvida. Mas, se por acaso o que você achou absurdo foi o fato de alguém acreditar no que eu estou falando… Tudo bem! Mas você não gostaria de pelo menos saber mais?

Anônimo disse...

O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo... Nem pode haver roubo maior.

Rouba-se a expectativa do que um ser humano poderia ser, viver, sonhar, e diferente de uma pessoa com morte cerebral, onde a vida esta terminando, no caso do embrião ,a vida estaria se iniciando, eu sempre fui muito empatica com todas as questões feministas, menas na causa do aborto, e apesar de respeitar as opiniões divergentes, eu acho que devemos assumir comportamentos de risco de gravidez, e assumir responsabilidades, e não vivermos como eternas crianças,querendo somente o bonus da vida, e não o onus, como se viver em sociedade não fosse assumir responsabilidades por toda uma cultura, e sinto muito, aborto e uma cultura de morte, e preferível lutar para que cada individuo tenha direito a fazer vasectomia/laqueadura sem interferência de terceiros, ai sim estariamos prevenindo, e não remediando, pois ninguém e obrigado a ser mãe/ pai, mas deve ter em mente que esta e uma questão natural humana, e assumir as consequências por comportamentos de risco !

Maya Falks disse...

RX, "não vou te julgar, mas vc é uma assassina". Ok, não vou te julgar, mas vc é meio tantan, não?

Mas tá, o que me fez rir mais foi esse:

"nando disse...

Invoca-se o direito da mulher sobre o seu própio corpo como argumento discriminalização do aborto.
Mas o corpo em questão não é mais o da mulher,visto que ela abriga,durante a gravidez um outro corpo,que não é de forma alguma uma extensão do seu."

Ah, não é? E me diz uma coisa, se a coluna dela tiver doendo demais, ela pode desacoplar a barriga pra dar uma relaxada? Se não é uma extensão do corpo dela, não tá nela, então ela pode tirar dela. Ah, isso é aborto.

E se não é uma extensão do corpo dela, dá pra ela ligar pra uma telentrega e pedir 2 xis salada, sentar do lado do feto e eles comerem juntos sorrindo e comentando sobre a novela, então. Beleza, eu não sabia, eu achava que o feto se alimentava dos nutrientes dela e dependia 100% dela pra absolutamente tudo, sugando suas energias, vitaminas, hormônios e etc.

Mas ok, se ele não é uma extensão do corpo dela, ela pode remover quando quiser, ninguém é obrigado a ter algo que não pertence à sua biologia sugando seu corpo 24h por dia. Então tá, nando, tudo resolvido, né?

Não. Enquanto tiver dentro dela, ele é uma extensão dela tanto quanto qualquer outra coisa que seja impossível ser facilmente removido. Um feto não é uma roupa.

Leia o que a Luiza escreveu e pense de novo.

Paula Tejano disse...

Amig@s, se o pai quiser abortar a decisão também não deveria ser respeitada?

Por que respeitar apenas a decisão da mulher?

O filho não é dos dois?

A descriminalização do aborto deveria falar para os dois lados, ou seja, o homem também deveria escolher se quer ou não que a gravidez prossiga.

O que vocês acham?

Eu defendo a IGUALDADE, não é essa a nossa luta?

Unknown disse...

Ler esses casos está a me deixar triste. Não por vocês, meninas, mas tem coisa triste que eu não sabia que existia. ='/


beijos, suas lindas ^_^

Denise disse...

Roxy,

Deixa de pegar no pé da Letícia! Ela deu a opinião dela e nem foi contraria ao que a autora fez. Você não sabe o que é não poder ter filhos para ataca-lá desse jeito. E sabe de uma coisa? É uma ironia sim, quando a gente quer tanto ter filhos e não pode e muitas mulheres engravidam tão facilmente e nem querem. É muita secagem da vida.. Muitas inclusive nem ligam tanto para os filhos. E mais, para quem pensa que adotar uma criança é como ir comprar um vestido na Marisa, vocês estão muito enganados. Então, deixa ela em paz cara!
O aborto deveria sim ser descriminalizado e ter todo o apoio medico. E a decisão de fazer um a aborto é exclusivamente da mulher. Então, autora do post, não se sinta culpada, você fez certo. Filho só se deveria ter quando se quer e se estiver muito preparado, vale para a mulher e para o homem.

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