Reproduzo aqui, sem mexer em nada, o direito de resposta da cartunista Pryscila Vieira, criadora da personagem Amely. Priscila sentiu que sua obra foi atacada no guest post de sábado, de autoria das Feministas Independentes de Curitiba, que criticaram cartazes da GibiCon que consideraram machistas. Pryscila já havia deixado hoje um comentário no post, mas quis ampliá-lo e vê-lo com status de post. Como este blog é um espaço democrático, não tenho problema algum em publicar direito de resposta... mesmo quando a resposta revele saber tanto de feminismo quanto eu sei de quadrinhos.
Amanhã, como já havia agendado, publico um comentário ampliado que outra cartunista, Ana Luiza Koehler, também convidada da GibiCon (só que, ao contrário de Pryscila, leitora habitual deste blog), havia deixado no sábado.
Amanhã, como já havia agendado, publico um comentário ampliado que outra cartunista, Ana Luiza Koehler, também convidada da GibiCon (só que, ao contrário de Pryscila, leitora habitual deste blog), havia deixado no sábado.
Pedi direito de resposta aqui no blog da Lola porque senti que tive minha obra falaciosamente agredida. Senti também pela Gibicon, um evento feito de boa vontade e pouco dinheiro. Tais agressões foram baseadas em absoluta ignorância sobre o conteúdo e contexto de meu trabalho e do evento. Então, lavadeiras, vamos lavar essas calcinhas sujas de sangue, suor e lágrimas:
Primeiramente, gostaria que as "Feministas Independentes de Curitiba" se identificassem. Sim, porque eu assino minhas obras com meu nome de batismo para que sejam alvos de críticas, o que infelizmente também pode gerar ataques pessoais de "grupos de extrema-direita", os quais elas tanto temem. Dou minha cara à tapa. Mas e quando levo o tapa, de quem foi mesmo? Mulheres que sequer têm coragem de assumir a autoria de seus pensamentos! Sorrateiras, covardes que se dizem feministas curitibanas, e só?
Em seguida, gostaria de chamar a atenção de Lola, cujo blog eu ainda não conhecia mas que parece ter um conteúdo bacana, para que tome cuidado de não simplesmente republicar qualquer conteúdo que aparentemente contenha teor pseudo-feminista. Sei que Lola assumiu no início do post seu absoluto desconhecimento sobre o mundo dos quadrinhos, mas essa é a pior das desculpas para publicar um post falacioso sobre... quadrinhos!
Bem, agora vou explicar um pouco sobre meu trabalho para elucidar a agressão à minha obra e à Gibicon, embora tenha percebido que a maioria dos comentários já o tenham feito a nosso favor (obrigada!).
SOBRE O CARTAZ DA GIBICON
Amely é a personagem, ora gigante, que ilustra o cartaz da Gibicon. Por quê eu fiz isso?! Para agredir todas as mulheres do mundo? Não, gente! Foi simplesmente uma alusão ao cartaz de um dos clássicos do cinema B, o filme "O ATAQUE DA MULHER DE 15 METROS" (1958) em que uma esposa bêbada em apuros com o marido mulherengo, tem sua vida mudada depois de um encontro com um alienígena gigante. Ela passa a crescer até atingir 15 metros e sai em perseguição ao marido infiel, destruindo a cidade.
Primeiramente, gostaria que as "Feministas Independentes de Curitiba" se identificassem. Sim, porque eu assino minhas obras com meu nome de batismo para que sejam alvos de críticas, o que infelizmente também pode gerar ataques pessoais de "grupos de extrema-direita", os quais elas tanto temem. Dou minha cara à tapa. Mas e quando levo o tapa, de quem foi mesmo? Mulheres que sequer têm coragem de assumir a autoria de seus pensamentos! Sorrateiras, covardes que se dizem feministas curitibanas, e só?
Em seguida, gostaria de chamar a atenção de Lola, cujo blog eu ainda não conhecia mas que parece ter um conteúdo bacana, para que tome cuidado de não simplesmente republicar qualquer conteúdo que aparentemente contenha teor pseudo-feminista. Sei que Lola assumiu no início do post seu absoluto desconhecimento sobre o mundo dos quadrinhos, mas essa é a pior das desculpas para publicar um post falacioso sobre... quadrinhos!
Bem, agora vou explicar um pouco sobre meu trabalho para elucidar a agressão à minha obra e à Gibicon, embora tenha percebido que a maioria dos comentários já o tenham feito a nosso favor (obrigada!).
SOBRE O CARTAZ DA GIBICON
Amely é a personagem, ora gigante, que ilustra o cartaz da Gibicon. Por quê eu fiz isso?! Para agredir todas as mulheres do mundo? Não, gente! Foi simplesmente uma alusão ao cartaz de um dos clássicos do cinema B, o filme "O ATAQUE DA MULHER DE 15 METROS" (1958) em que uma esposa bêbada em apuros com o marido mulherengo, tem sua vida mudada depois de um encontro com um alienígena gigante. Ela passa a crescer até atingir 15 metros e sai em perseguição ao marido infiel, destruindo a cidade.
Para entrar no clima da Gibicon, substituí o viaduto do cartaz original do filme por um ponto turístico da cidade que sediou o evento: o reduto dos quadrinistas, a Gibiteca de Curitiba. O marido em apuros do meu cartaz tenta compreender a fúria de sua amada com uma análise rasa, típica desse personagem e até de alguns homens. Diz ele: "É só uma pequena TPM". Na verdade, feministas, isso é uma crítica exatamente contra essa análise superficial pela qual muitas mulheres são niveladas quando estão por algum motivo estressadas, nervosas, bravas. Nem só de TPM vive nossa fúria, não concordam? Entenderam a inversão, ou preciso desenhar?!
Deixarei como lição de casa um link que versa sobre a horda de analfabetos visuais que acabam por ditar uma censura baseada no politicamente correto e que tem prejudicado, em muito, o trabalho de bons cartunistas. No ano passado, um grande colega de trabalho perdeu o emprego pela absoluta ignorância visual de alguns. Por favor, acessem o link para agir com mais responsabilidade na web. (Observação: ao contrário do afirmado em alguns comentários, não recebi dinheiro algum para produzir o cartaz, nem cachê pela participação na Gibicon. Fiz e fui por amor à causa: humor gráfico!)
Deixarei como lição de casa um link que versa sobre a horda de analfabetos visuais que acabam por ditar uma censura baseada no politicamente correto e que tem prejudicado, em muito, o trabalho de bons cartunistas. No ano passado, um grande colega de trabalho perdeu o emprego pela absoluta ignorância visual de alguns. Por favor, acessem o link para agir com mais responsabilidade na web. (Observação: ao contrário do afirmado em alguns comentários, não recebi dinheiro algum para produzir o cartaz, nem cachê pela participação na Gibicon. Fiz e fui por amor à causa: humor gráfico!)
SOBRE A AMELY – UMA MULHER DE VERDADE
Batizei a personagem com esta graça devido ao samba intitulado “Ai! Que saudades da Amélia” cujo tema é o comparativo entre a mulher atual, vaidosa e luxuosa, e a anterior chamada Amélia, um exemplo de resignação e desprovida de vaidade. No samba, Amélia era considerada uma mulher de verdade, embora eu mesma ache que ela vivia uma mentira por se anular para viver à sombra de um homem. Nos meus quadrinhos, Amélia torna-se Amely. Essa sim é uma mulher de verdade, embora paradoxalmente seja uma boneca inflável. Explico:
A primeira vista, Amely é apenas uma boneca inflável, ou seja, um objeto sexual perfeito. Ela é desejada, plasticamente bonita e feliz. Numa segunda análise Amely frustra homens ao mesmo tempo em que se projeta como salvação de mulheres. Ela gera todo este impacto por dois surreais motivos: ela pensa e fala!
Isso a transpõe do patamar de “mulher inflável” para o de “mulher infalível”. A partir deste momento, Amely torna-se “uma mulher de verdade”. Ela passou a representar a luta pela "desobjetificação" da mulher. Abaixo você pode ver a primeira tirinha da Amely, publicada no meu blog no dia 29 de dezembro de 2005 (clique para ampliar):
Batizei a personagem com esta graça devido ao samba intitulado “Ai! Que saudades da Amélia” cujo tema é o comparativo entre a mulher atual, vaidosa e luxuosa, e a anterior chamada Amélia, um exemplo de resignação e desprovida de vaidade. No samba, Amélia era considerada uma mulher de verdade, embora eu mesma ache que ela vivia uma mentira por se anular para viver à sombra de um homem. Nos meus quadrinhos, Amélia torna-se Amely. Essa sim é uma mulher de verdade, embora paradoxalmente seja uma boneca inflável. Explico:
A primeira vista, Amely é apenas uma boneca inflável, ou seja, um objeto sexual perfeito. Ela é desejada, plasticamente bonita e feliz. Numa segunda análise Amely frustra homens ao mesmo tempo em que se projeta como salvação de mulheres. Ela gera todo este impacto por dois surreais motivos: ela pensa e fala!
Isso a transpõe do patamar de “mulher inflável” para o de “mulher infalível”. A partir deste momento, Amely torna-se “uma mulher de verdade”. Ela passou a representar a luta pela "desobjetificação" da mulher. Abaixo você pode ver a primeira tirinha da Amely, publicada no meu blog no dia 29 de dezembro de 2005 (clique para ampliar):
Ela tem vontade, iniciativa, independência apesar de que ninguém espere nada dela além de sexo.
Os quadrinhos da Amely tratam dos sentimentos e pensamentos de alguém que não esperamos que os tenha, muito menos que os expresse tão veementemente, drama comum da mulher moderna. Podemos observar esse drama expressado de forma ululante pelo Grupo "Feministas Independentes de Curitiba", que querem ter voz mas não a assume em personalidade, por medo. Identificaram-se, finalmente, ou preciso desenhar?
Além de Amely, ainda temos sempre um outro personagem que interpreta o Comprador da boneca, um homem de meia idade, frustrado, que resolve comprar uma Amely exatamente porque desistiu de tentar compreender as mulheres. Ele tem a esperança de que ela será uma mulher perfeita para ele, visto que não tem vontade própria, logo não tentará trabalhar nem subjugá-lo e além de tudo tem um preço módico e fixo. Mas a solução de sua crise existencial dura pouco. Para seu desespero, Amely chega pensando e falando. E pior: recusa-se a ser um mero objeto sexual. Ela quer ser seduzida, quer preliminares, quer amor e carinho como toda mulher.
Enfim, Amely é como toda mulher: de verdade.
SOBRE A PRYSCILA - OUTRA MULHER DE VERDADE
Não sou machista, nem feminista. Nada esquerda, zero direita. Muito menos em cima do muro. Sou apenas cartunista, "desenhadora" do comportamento humano, ou desumano, que vivencio ou simplesmente observo.
Venho há 20 anos fazendo humor gráfico numa área em que, historicamente, foi feita por homens e para homens. Talvez daí surja o preconceito da própria mulher que vê uma imagem sem conhecer seu contexto e a critica logo de cara. Mulheres assim foram condicionadas a achar que qualquer mulher "gostosona" num cartaz é, fatalmente, um objeto, embora mulheres "gostosas" também pensem. Ou seja, a análise do grupo "Feministas Independentes de Curitiba" é compreensivelmente preconceituosa, comum e digna de compadecimento diante da história do humor gráfico que sempre nos colocou como o objeto da piada. Eis que venho para subverter esse padrão. Atentem.
Por fim, criei a personagem Amely por conta de um relacionamento frustrado. O ex não queria saber de discutir a relação. Ao fim do calvário, sugeri que ele comprasse uma boneca inflável, ao invés de exigir que uma mulher não expressasse seus sentimentos. Ele topou, rompemos e eu fui para a prancheta criar a Amely que, para seu castigo, pensaria e falaria como qualquer mulher de verdade.
Por essa e por tantas outras, fiquei triste com as acusações sobre meu cartaz para a Gibicon. Mas espero ter esclarecido o absoluto desconhecimento que embasou tal agressão falaciosa contra minha obra.
Sugiro que esse misterioso grupo "Feministas Independentes de Curitiba" e que Lola, estejam presentes nas próximas Gibicons e que me conheçam pessoalmente. Ficaria honrada em conhecê-las sem máscaras ou medos. Sugiro também que participem dos debates e que se informem mais sobre TUDO. Vocês sabem que fizeram a maior falta no debate que fiz com a Professora Sonia Luyten e com a quadrinista Ana Koehler, cuja platéia era formada por maioria masculina? Claro que não sabem. Estavam em casa confabulando contra o que sequer conheciam.
Bem, apareçam. Pensem. Assumam suas posturas políticas. É muito melhor existir plena, assumida, feliz, embora eu concorde que as vezes pode ser perigoso. Particularmente, não tenho medo. Consciência limpa me dá coragem.
De árdua, já nos basta essa batalha de se sermos mulheres e termos de lutar contra a ignorância de muitos homens e quem diria... de algumas mulheres.
Os quadrinhos da Amely tratam dos sentimentos e pensamentos de alguém que não esperamos que os tenha, muito menos que os expresse tão veementemente, drama comum da mulher moderna. Podemos observar esse drama expressado de forma ululante pelo Grupo "Feministas Independentes de Curitiba", que querem ter voz mas não a assume em personalidade, por medo. Identificaram-se, finalmente, ou preciso desenhar?
Além de Amely, ainda temos sempre um outro personagem que interpreta o Comprador da boneca, um homem de meia idade, frustrado, que resolve comprar uma Amely exatamente porque desistiu de tentar compreender as mulheres. Ele tem a esperança de que ela será uma mulher perfeita para ele, visto que não tem vontade própria, logo não tentará trabalhar nem subjugá-lo e além de tudo tem um preço módico e fixo. Mas a solução de sua crise existencial dura pouco. Para seu desespero, Amely chega pensando e falando. E pior: recusa-se a ser um mero objeto sexual. Ela quer ser seduzida, quer preliminares, quer amor e carinho como toda mulher.
Enfim, Amely é como toda mulher: de verdade.
SOBRE A PRYSCILA - OUTRA MULHER DE VERDADE
Não sou machista, nem feminista. Nada esquerda, zero direita. Muito menos em cima do muro. Sou apenas cartunista, "desenhadora" do comportamento humano, ou desumano, que vivencio ou simplesmente observo.
Venho há 20 anos fazendo humor gráfico numa área em que, historicamente, foi feita por homens e para homens. Talvez daí surja o preconceito da própria mulher que vê uma imagem sem conhecer seu contexto e a critica logo de cara. Mulheres assim foram condicionadas a achar que qualquer mulher "gostosona" num cartaz é, fatalmente, um objeto, embora mulheres "gostosas" também pensem. Ou seja, a análise do grupo "Feministas Independentes de Curitiba" é compreensivelmente preconceituosa, comum e digna de compadecimento diante da história do humor gráfico que sempre nos colocou como o objeto da piada. Eis que venho para subverter esse padrão. Atentem.
Por fim, criei a personagem Amely por conta de um relacionamento frustrado. O ex não queria saber de discutir a relação. Ao fim do calvário, sugeri que ele comprasse uma boneca inflável, ao invés de exigir que uma mulher não expressasse seus sentimentos. Ele topou, rompemos e eu fui para a prancheta criar a Amely que, para seu castigo, pensaria e falaria como qualquer mulher de verdade.
Por essa e por tantas outras, fiquei triste com as acusações sobre meu cartaz para a Gibicon. Mas espero ter esclarecido o absoluto desconhecimento que embasou tal agressão falaciosa contra minha obra.
Sugiro que esse misterioso grupo "Feministas Independentes de Curitiba" e que Lola, estejam presentes nas próximas Gibicons e que me conheçam pessoalmente. Ficaria honrada em conhecê-las sem máscaras ou medos. Sugiro também que participem dos debates e que se informem mais sobre TUDO. Vocês sabem que fizeram a maior falta no debate que fiz com a Professora Sonia Luyten e com a quadrinista Ana Koehler, cuja platéia era formada por maioria masculina? Claro que não sabem. Estavam em casa confabulando contra o que sequer conheciam.
Bem, apareçam. Pensem. Assumam suas posturas políticas. É muito melhor existir plena, assumida, feliz, embora eu concorde que as vezes pode ser perigoso. Particularmente, não tenho medo. Consciência limpa me dá coragem.
De árdua, já nos basta essa batalha de se sermos mulheres e termos de lutar contra a ignorância de muitos homens e quem diria... de algumas mulheres.
Atenciosamente (demais até),
Pryscila Vieira, cartunista.
206 comentários:
«Mais antigas ‹Antigas 201 – 206 de 206Martha Almeida e Marcela, muito obrigada pelo tempo que dispenderam em analisar minha obra e meu caráter, embora sequer me conheçam pessoalmente. Tive a reação correspondente à depredação e à falta de análise sobre minha obra e o evento. Realmente fiquei bem brava com tudo isso, afinal, por tras desses posts existem seres humanos que nã precisam assumir
posturas somente para agradar os comentaristas desse blog. Continuo sem saber o que é feminismo, poque vcs me confundem aimda mais. Prefiro não assumir ser algo que desconheço e que vcs me mostram de forma tão ruim. De qualquer maneira vossa opinião é para mim um exercício enriquecedor. Obrigada! Bjs
Tb nao gostei da introduçao da Lola ao guest post,da mesma maneira do tom da convidada. Compreendi qdo a Lola explicou q tinham conversado por mails em nao por mais lenha na fogueira,e é pessimo depois receber algo exatamente assim. Entendo que a pryscila se sentiu atacada,contudo esperava mais de uma profissional num direito de resposta.
Fico feliz que depois nos comentarios houve uma mudança,mas senti muita imaturidade qto a critica, como se fosse algo pessoal. As Feministas de Curitiba nem fizeram seu guest post apenas sobre a artista, como tb nao pregaram boicote ou perseguiçao, e tem o direito de se apresentar como um coletivo. A critica era sobre as obras selecionadas para convidar as pessoas ao GibiCon e sua representaçao das mulheres. Como muitos disseram, nao tinha contexto,era algo para cada cidadao da rua. Diferente de alguem q vai no evento e depois escreve sobre, e pesquisa sobre a artista e a obra para escrever uma review.
Todavia, o que mais me deixou preocupada é que esta situaçao apenas comprovou mais uma vez o que se é discutido: feminista tornou-se um palavrao. No caso de uma artista que claramente faz uma critica ao machismo, que tem uma consciencia e voz claramente de igualdade de direitos, q experimenta na pele um mundo profissional de clube do bolinha, e que sua furia era por terem classificado seu trabalho como machista; mesmo assim, ela corre do titulo de feminista. De reconhecer que ela ja levanta uma bandeira a criar um personagem com tal intenção.Nao quer este titulo maldito. Nao sabe o que é feminismo. E concordo com quem disse que ha problemas na interpretaçao da sua obra ate mesmo com contexto, pois muitas com a intençao de critica ainda permanecem com simbolos machistas.Como foi dito se ate mesmo professores nas escolas nao conseguem pegar ironia, algo falta.
E creio que se a intençao da artista é provocar, ela pode tambem aprender como atingir o que ela quer. Ouvindo a critica! Da mesma maneira que de maneira alguma a resposta negativa ao seu amigo cartunista pode ser dita injusta, ele usou simbolos racistas numa charge contra o 1o presidente negro dos EUA.Nao foi nem um pouco feliz nas escolhas. Simbolos e palavras tem carga historica, o artista querendo ou nao reconhcer.
"Aprende-se a ser mulher", eu digo que voce aprende a se reconhcer feminista. E isso acontece com todas nos, seja bem vinda!
Como faz ra curtir o comentário da LadyCaca???
Olá Lola e Pryscila, achei esse post e o debate que resultou dele muito interessante.
Pryscila, eu também falava isso "não sou feminista, nem machista", achei legal você explicar que não podia ser algo que não conhecia. Acho correto.
Quando eu dizia isso, era porque eu achava que feminismo era o oposto do machismo, depois que aprendi o que é o feminismo, passei a ter orgulho de ser chamada de feminista (sim, antes eu ficava ofendida quando me chamavam assim).
Eu já conhecia seu trabalho, e apesar de não entender muito sobre quadrinhos eu gosto de consumir essa arte.
Também sinto falta da atuação de mulheres na área, mas tem muita gente boa por aí.
Particularmente gosto muito da Maitena, ela não tem blog, ou pelo menos eu não conheço. Ela tem uma série de livros chamados "Mulheres Alteradas" e acho que o público daqui ia gostar de conhecer. Boa parte da produção dela é dos anos 80 e mesmo assim, o assunto é muito atual!
O engraçado é que ela reitera ao longo do texto "quer que eu desenhe?!" quando foi não saber se expressar ao desenhar que criou todo o mal-entendido. É cada uma.
fico feliz em saber que cada dia mais a liberdade de expressão sempre dará assas a imaginação para a criatividade e crescimento da nossa cultura, parabéns!!
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