Reproduzo aqui, sem mexer em nada, o direito de resposta da cartunista Pryscila Vieira, criadora da personagem Amely. Priscila sentiu que sua obra foi atacada no guest post de sábado, de autoria das Feministas Independentes de Curitiba, que criticaram cartazes da GibiCon que consideraram machistas. Pryscila já havia deixado hoje um comentário no post, mas quis ampliá-lo e vê-lo com status de post. Como este blog é um espaço democrático, não tenho problema algum em publicar direito de resposta... mesmo quando a resposta revele saber tanto de feminismo quanto eu sei de quadrinhos.
Amanhã, como já havia agendado, publico um comentário ampliado que outra cartunista, Ana Luiza Koehler, também convidada da GibiCon (só que, ao contrário de Pryscila, leitora habitual deste blog), havia deixado no sábado.
Amanhã, como já havia agendado, publico um comentário ampliado que outra cartunista, Ana Luiza Koehler, também convidada da GibiCon (só que, ao contrário de Pryscila, leitora habitual deste blog), havia deixado no sábado.
Pedi direito de resposta aqui no blog da Lola porque senti que tive minha obra falaciosamente agredida. Senti também pela Gibicon, um evento feito de boa vontade e pouco dinheiro. Tais agressões foram baseadas em absoluta ignorância sobre o conteúdo e contexto de meu trabalho e do evento. Então, lavadeiras, vamos lavar essas calcinhas sujas de sangue, suor e lágrimas:
Primeiramente, gostaria que as "Feministas Independentes de Curitiba" se identificassem. Sim, porque eu assino minhas obras com meu nome de batismo para que sejam alvos de críticas, o que infelizmente também pode gerar ataques pessoais de "grupos de extrema-direita", os quais elas tanto temem. Dou minha cara à tapa. Mas e quando levo o tapa, de quem foi mesmo? Mulheres que sequer têm coragem de assumir a autoria de seus pensamentos! Sorrateiras, covardes que se dizem feministas curitibanas, e só?
Em seguida, gostaria de chamar a atenção de Lola, cujo blog eu ainda não conhecia mas que parece ter um conteúdo bacana, para que tome cuidado de não simplesmente republicar qualquer conteúdo que aparentemente contenha teor pseudo-feminista. Sei que Lola assumiu no início do post seu absoluto desconhecimento sobre o mundo dos quadrinhos, mas essa é a pior das desculpas para publicar um post falacioso sobre... quadrinhos!
Bem, agora vou explicar um pouco sobre meu trabalho para elucidar a agressão à minha obra e à Gibicon, embora tenha percebido que a maioria dos comentários já o tenham feito a nosso favor (obrigada!).
SOBRE O CARTAZ DA GIBICON
Amely é a personagem, ora gigante, que ilustra o cartaz da Gibicon. Por quê eu fiz isso?! Para agredir todas as mulheres do mundo? Não, gente! Foi simplesmente uma alusão ao cartaz de um dos clássicos do cinema B, o filme "O ATAQUE DA MULHER DE 15 METROS" (1958) em que uma esposa bêbada em apuros com o marido mulherengo, tem sua vida mudada depois de um encontro com um alienígena gigante. Ela passa a crescer até atingir 15 metros e sai em perseguição ao marido infiel, destruindo a cidade.
Primeiramente, gostaria que as "Feministas Independentes de Curitiba" se identificassem. Sim, porque eu assino minhas obras com meu nome de batismo para que sejam alvos de críticas, o que infelizmente também pode gerar ataques pessoais de "grupos de extrema-direita", os quais elas tanto temem. Dou minha cara à tapa. Mas e quando levo o tapa, de quem foi mesmo? Mulheres que sequer têm coragem de assumir a autoria de seus pensamentos! Sorrateiras, covardes que se dizem feministas curitibanas, e só?
Em seguida, gostaria de chamar a atenção de Lola, cujo blog eu ainda não conhecia mas que parece ter um conteúdo bacana, para que tome cuidado de não simplesmente republicar qualquer conteúdo que aparentemente contenha teor pseudo-feminista. Sei que Lola assumiu no início do post seu absoluto desconhecimento sobre o mundo dos quadrinhos, mas essa é a pior das desculpas para publicar um post falacioso sobre... quadrinhos!
Bem, agora vou explicar um pouco sobre meu trabalho para elucidar a agressão à minha obra e à Gibicon, embora tenha percebido que a maioria dos comentários já o tenham feito a nosso favor (obrigada!).
SOBRE O CARTAZ DA GIBICON
Amely é a personagem, ora gigante, que ilustra o cartaz da Gibicon. Por quê eu fiz isso?! Para agredir todas as mulheres do mundo? Não, gente! Foi simplesmente uma alusão ao cartaz de um dos clássicos do cinema B, o filme "O ATAQUE DA MULHER DE 15 METROS" (1958) em que uma esposa bêbada em apuros com o marido mulherengo, tem sua vida mudada depois de um encontro com um alienígena gigante. Ela passa a crescer até atingir 15 metros e sai em perseguição ao marido infiel, destruindo a cidade.
Para entrar no clima da Gibicon, substituí o viaduto do cartaz original do filme por um ponto turístico da cidade que sediou o evento: o reduto dos quadrinistas, a Gibiteca de Curitiba. O marido em apuros do meu cartaz tenta compreender a fúria de sua amada com uma análise rasa, típica desse personagem e até de alguns homens. Diz ele: "É só uma pequena TPM". Na verdade, feministas, isso é uma crítica exatamente contra essa análise superficial pela qual muitas mulheres são niveladas quando estão por algum motivo estressadas, nervosas, bravas. Nem só de TPM vive nossa fúria, não concordam? Entenderam a inversão, ou preciso desenhar?!
Deixarei como lição de casa um link que versa sobre a horda de analfabetos visuais que acabam por ditar uma censura baseada no politicamente correto e que tem prejudicado, em muito, o trabalho de bons cartunistas. No ano passado, um grande colega de trabalho perdeu o emprego pela absoluta ignorância visual de alguns. Por favor, acessem o link para agir com mais responsabilidade na web. (Observação: ao contrário do afirmado em alguns comentários, não recebi dinheiro algum para produzir o cartaz, nem cachê pela participação na Gibicon. Fiz e fui por amor à causa: humor gráfico!)
Deixarei como lição de casa um link que versa sobre a horda de analfabetos visuais que acabam por ditar uma censura baseada no politicamente correto e que tem prejudicado, em muito, o trabalho de bons cartunistas. No ano passado, um grande colega de trabalho perdeu o emprego pela absoluta ignorância visual de alguns. Por favor, acessem o link para agir com mais responsabilidade na web. (Observação: ao contrário do afirmado em alguns comentários, não recebi dinheiro algum para produzir o cartaz, nem cachê pela participação na Gibicon. Fiz e fui por amor à causa: humor gráfico!)
SOBRE A AMELY – UMA MULHER DE VERDADE
Batizei a personagem com esta graça devido ao samba intitulado “Ai! Que saudades da Amélia” cujo tema é o comparativo entre a mulher atual, vaidosa e luxuosa, e a anterior chamada Amélia, um exemplo de resignação e desprovida de vaidade. No samba, Amélia era considerada uma mulher de verdade, embora eu mesma ache que ela vivia uma mentira por se anular para viver à sombra de um homem. Nos meus quadrinhos, Amélia torna-se Amely. Essa sim é uma mulher de verdade, embora paradoxalmente seja uma boneca inflável. Explico:
A primeira vista, Amely é apenas uma boneca inflável, ou seja, um objeto sexual perfeito. Ela é desejada, plasticamente bonita e feliz. Numa segunda análise Amely frustra homens ao mesmo tempo em que se projeta como salvação de mulheres. Ela gera todo este impacto por dois surreais motivos: ela pensa e fala!
Isso a transpõe do patamar de “mulher inflável” para o de “mulher infalível”. A partir deste momento, Amely torna-se “uma mulher de verdade”. Ela passou a representar a luta pela "desobjetificação" da mulher. Abaixo você pode ver a primeira tirinha da Amely, publicada no meu blog no dia 29 de dezembro de 2005 (clique para ampliar):
Batizei a personagem com esta graça devido ao samba intitulado “Ai! Que saudades da Amélia” cujo tema é o comparativo entre a mulher atual, vaidosa e luxuosa, e a anterior chamada Amélia, um exemplo de resignação e desprovida de vaidade. No samba, Amélia era considerada uma mulher de verdade, embora eu mesma ache que ela vivia uma mentira por se anular para viver à sombra de um homem. Nos meus quadrinhos, Amélia torna-se Amely. Essa sim é uma mulher de verdade, embora paradoxalmente seja uma boneca inflável. Explico:
A primeira vista, Amely é apenas uma boneca inflável, ou seja, um objeto sexual perfeito. Ela é desejada, plasticamente bonita e feliz. Numa segunda análise Amely frustra homens ao mesmo tempo em que se projeta como salvação de mulheres. Ela gera todo este impacto por dois surreais motivos: ela pensa e fala!
Isso a transpõe do patamar de “mulher inflável” para o de “mulher infalível”. A partir deste momento, Amely torna-se “uma mulher de verdade”. Ela passou a representar a luta pela "desobjetificação" da mulher. Abaixo você pode ver a primeira tirinha da Amely, publicada no meu blog no dia 29 de dezembro de 2005 (clique para ampliar):
Ela tem vontade, iniciativa, independência apesar de que ninguém espere nada dela além de sexo.
Os quadrinhos da Amely tratam dos sentimentos e pensamentos de alguém que não esperamos que os tenha, muito menos que os expresse tão veementemente, drama comum da mulher moderna. Podemos observar esse drama expressado de forma ululante pelo Grupo "Feministas Independentes de Curitiba", que querem ter voz mas não a assume em personalidade, por medo. Identificaram-se, finalmente, ou preciso desenhar?
Além de Amely, ainda temos sempre um outro personagem que interpreta o Comprador da boneca, um homem de meia idade, frustrado, que resolve comprar uma Amely exatamente porque desistiu de tentar compreender as mulheres. Ele tem a esperança de que ela será uma mulher perfeita para ele, visto que não tem vontade própria, logo não tentará trabalhar nem subjugá-lo e além de tudo tem um preço módico e fixo. Mas a solução de sua crise existencial dura pouco. Para seu desespero, Amely chega pensando e falando. E pior: recusa-se a ser um mero objeto sexual. Ela quer ser seduzida, quer preliminares, quer amor e carinho como toda mulher.
Enfim, Amely é como toda mulher: de verdade.
SOBRE A PRYSCILA - OUTRA MULHER DE VERDADE
Não sou machista, nem feminista. Nada esquerda, zero direita. Muito menos em cima do muro. Sou apenas cartunista, "desenhadora" do comportamento humano, ou desumano, que vivencio ou simplesmente observo.
Venho há 20 anos fazendo humor gráfico numa área em que, historicamente, foi feita por homens e para homens. Talvez daí surja o preconceito da própria mulher que vê uma imagem sem conhecer seu contexto e a critica logo de cara. Mulheres assim foram condicionadas a achar que qualquer mulher "gostosona" num cartaz é, fatalmente, um objeto, embora mulheres "gostosas" também pensem. Ou seja, a análise do grupo "Feministas Independentes de Curitiba" é compreensivelmente preconceituosa, comum e digna de compadecimento diante da história do humor gráfico que sempre nos colocou como o objeto da piada. Eis que venho para subverter esse padrão. Atentem.
Por fim, criei a personagem Amely por conta de um relacionamento frustrado. O ex não queria saber de discutir a relação. Ao fim do calvário, sugeri que ele comprasse uma boneca inflável, ao invés de exigir que uma mulher não expressasse seus sentimentos. Ele topou, rompemos e eu fui para a prancheta criar a Amely que, para seu castigo, pensaria e falaria como qualquer mulher de verdade.
Por essa e por tantas outras, fiquei triste com as acusações sobre meu cartaz para a Gibicon. Mas espero ter esclarecido o absoluto desconhecimento que embasou tal agressão falaciosa contra minha obra.
Sugiro que esse misterioso grupo "Feministas Independentes de Curitiba" e que Lola, estejam presentes nas próximas Gibicons e que me conheçam pessoalmente. Ficaria honrada em conhecê-las sem máscaras ou medos. Sugiro também que participem dos debates e que se informem mais sobre TUDO. Vocês sabem que fizeram a maior falta no debate que fiz com a Professora Sonia Luyten e com a quadrinista Ana Koehler, cuja platéia era formada por maioria masculina? Claro que não sabem. Estavam em casa confabulando contra o que sequer conheciam.
Bem, apareçam. Pensem. Assumam suas posturas políticas. É muito melhor existir plena, assumida, feliz, embora eu concorde que as vezes pode ser perigoso. Particularmente, não tenho medo. Consciência limpa me dá coragem.
De árdua, já nos basta essa batalha de se sermos mulheres e termos de lutar contra a ignorância de muitos homens e quem diria... de algumas mulheres.
Os quadrinhos da Amely tratam dos sentimentos e pensamentos de alguém que não esperamos que os tenha, muito menos que os expresse tão veementemente, drama comum da mulher moderna. Podemos observar esse drama expressado de forma ululante pelo Grupo "Feministas Independentes de Curitiba", que querem ter voz mas não a assume em personalidade, por medo. Identificaram-se, finalmente, ou preciso desenhar?
Além de Amely, ainda temos sempre um outro personagem que interpreta o Comprador da boneca, um homem de meia idade, frustrado, que resolve comprar uma Amely exatamente porque desistiu de tentar compreender as mulheres. Ele tem a esperança de que ela será uma mulher perfeita para ele, visto que não tem vontade própria, logo não tentará trabalhar nem subjugá-lo e além de tudo tem um preço módico e fixo. Mas a solução de sua crise existencial dura pouco. Para seu desespero, Amely chega pensando e falando. E pior: recusa-se a ser um mero objeto sexual. Ela quer ser seduzida, quer preliminares, quer amor e carinho como toda mulher.
Enfim, Amely é como toda mulher: de verdade.
SOBRE A PRYSCILA - OUTRA MULHER DE VERDADE
Não sou machista, nem feminista. Nada esquerda, zero direita. Muito menos em cima do muro. Sou apenas cartunista, "desenhadora" do comportamento humano, ou desumano, que vivencio ou simplesmente observo.
Venho há 20 anos fazendo humor gráfico numa área em que, historicamente, foi feita por homens e para homens. Talvez daí surja o preconceito da própria mulher que vê uma imagem sem conhecer seu contexto e a critica logo de cara. Mulheres assim foram condicionadas a achar que qualquer mulher "gostosona" num cartaz é, fatalmente, um objeto, embora mulheres "gostosas" também pensem. Ou seja, a análise do grupo "Feministas Independentes de Curitiba" é compreensivelmente preconceituosa, comum e digna de compadecimento diante da história do humor gráfico que sempre nos colocou como o objeto da piada. Eis que venho para subverter esse padrão. Atentem.
Por fim, criei a personagem Amely por conta de um relacionamento frustrado. O ex não queria saber de discutir a relação. Ao fim do calvário, sugeri que ele comprasse uma boneca inflável, ao invés de exigir que uma mulher não expressasse seus sentimentos. Ele topou, rompemos e eu fui para a prancheta criar a Amely que, para seu castigo, pensaria e falaria como qualquer mulher de verdade.
Por essa e por tantas outras, fiquei triste com as acusações sobre meu cartaz para a Gibicon. Mas espero ter esclarecido o absoluto desconhecimento que embasou tal agressão falaciosa contra minha obra.
Sugiro que esse misterioso grupo "Feministas Independentes de Curitiba" e que Lola, estejam presentes nas próximas Gibicons e que me conheçam pessoalmente. Ficaria honrada em conhecê-las sem máscaras ou medos. Sugiro também que participem dos debates e que se informem mais sobre TUDO. Vocês sabem que fizeram a maior falta no debate que fiz com a Professora Sonia Luyten e com a quadrinista Ana Koehler, cuja platéia era formada por maioria masculina? Claro que não sabem. Estavam em casa confabulando contra o que sequer conheciam.
Bem, apareçam. Pensem. Assumam suas posturas políticas. É muito melhor existir plena, assumida, feliz, embora eu concorde que as vezes pode ser perigoso. Particularmente, não tenho medo. Consciência limpa me dá coragem.
De árdua, já nos basta essa batalha de se sermos mulheres e termos de lutar contra a ignorância de muitos homens e quem diria... de algumas mulheres.
Atenciosamente (demais até),
Pryscila Vieira, cartunista.
Olha, e daí que o contexto da personagem é de crítica? Esse contexto foi mostrado para os pedestres na rua? Não.
ResponderExcluirPara as pessoas na rua que viram o cartaz, é só mais uma imagem menosprezando mulheres com raiva, mais uma piadinha com TPM.
Não importa o que você quer que as pessoas pensem sobre o seu cartaz, mas o que elas realmente vão pensar.
E pedir para as feministas de Curitiba assumirem suas posições políticas quando você claramente fugiu desse posicionamento é, no mínimo, estranho.
Por fim: Feminismo é valorizar respeito e direitos humanos para todas as pessoas, independente do sexo. Não é o oposto de machismo.
cara pryscila,
ResponderExcluireu parei de ler em "vamos lavar essas calcinhas sujas de sangue, suor e lágrimas:".
Só fico aqui na esperança de que você seja nova e não tenha tido oportunidade de estudar um pouco sobre feminismo, história, etc.
um abraço.
"Não sou machista, nem feminista"
ResponderExcluirai.
Realmente deve ser um pé no saco pra quem trabalha com humor essa patrulha do politicamente correto. Pessoas que só porque veem um trabalho que ofenda a sua sensibilidade se acham no direito de tentar censurá-lo (porque é claro que vcs tentariam censurar se tivessem poder pra isso).
ResponderExcluirJá vi implicarem ate com o seriado Chaves, pq acham que mostrar o seu Madruga batendo no Chaves seria apologia ao abuso infantil (mas da dona Florinda batendo no seu Madruga eu ainda nao vi reclamarem).
Se essa moda pega daqui a pouco vão proibir comercial com carros de luxo porque 99% da população não tem condições de adquiri-los, logo elas se sentiriam excluidas dessa sociedade capetalista e bla bla bla. Iriam implicar ate com os comerciais de danoninho, pq crianças pobres passariam vontade vendo a propaganda e cresceriam traumatizadas.
Só falta implicarem tambem com as olímpiadas, pq nela só se ve gente magra sarada jovem, e eles ainda são endeusados como se fossem modelos daquelas esculturas gregas antigas.
Pode ser que eu esteja culpando as vítimas, mas vcs não acham que essa preocupação toda com o modo que a midia e tals retrata esteriótipos teria mais a ver com as inseguranças que vcs sentem dentro de sí, e exigir que o mundo inteiro se adeque a uma cartilha de boas normas é o cúmulo da chatice e excesso de frescura?
Bem, pelo menos vou ler mais o blog da Lola para aprender mais sobre feminismo, para sentir se simpatizo um pouco mais com a causa tão mal representada. Espero que vocês leiam mais sobre quadrinhos também para que emitam opiniões melhor embasadas. Besos.
ResponderExcluir"não tenho problema algum em publicar direito de resposta... mesmo quando a resposta revele saber tanto de feminismo quanto eu sei de quadrinhos."
ResponderExcluirLola, amo seu blog, sigo a muito tempo e vivo espalhando suas postagens pelo facebook, por isso achei muito chato ler esse comentário venenoso, com toda cara de orgulho ferido. Não é a primeira vez que, mesmo admitindo que não entende nada de quadrinhos, você acaba dizendo besteira. Até aí normal, nem sempre a gente acerta, mas por isso mesmo é importante baixar a bola quando dá mancada. Você não conhece o trabalho da Priscila, que tá nessa luta a muito tempo e que tem tudo pra ser uma aliada, não uma adversária. Se você acha que ela errou na argumentação existem formas bem mais sensatas de dizer do que fazer ironias.
Existe muita coisa pra ser criticada nos quadrinhos, existe sim muito machismo, especialmante nos quadrinhos de super-heróis, mas "quadrinhos", como toda arte, são múltiplos: existem trocentos artistas, trocentos tipos, trocentos gêneros, cada um com suas particularidades e problemas e cada um produzido no seu contexto. Já houve um post aqui que criticava os uniformes das super heroínas (com razão) mas cometia o erro de colocar no mesmo pacote o uniforme da Espectral, de Watchmen, cujo uniforme ridículo havia sido criado (assim como tudo em Watchmen) justamente pra criticar o modelo estabelecido nos quadrinhos de super heróis. Ou seja, por falta de conhecimento você acusou um autor libertário de ser reacionário.
Isso acontece volta e meia em todo ativismo, claro, ninguém é obrigado a saber de tudo e sempre pode acontecer das aparências enganarem. Existe um triste caso clássico em Hollywood, de quando um dos melhores filmes sobre racismo já feitos, "Cão Branco", de Samuel Fuller, foi proibido antes mesmo de ser lançado sob acusação de ser... racista. Detalhe: os acusadores sequer tinham visto o filme.
Não é problema errar por falta de conhecimento, mas por isso mesmo é importante assumir o erro com elegância, sob risco de trazer antipatia infundada a uma causa que já sofre tantos ataques de tanta gente.
Mas, claro, dito tudo isso, continuo amando o seu blog =)
Jéssica, fugi de qual posicionamento, please? Sou apolítica. Minha função é relatar, não é tomar partido. Ao menos todos sabem quem eu sou. Já eu, não sei quem me agride.
ResponderExcluirJéssica,
ResponderExcluirA autora do cartun foi criticada pela intenção do cartaz e não apenas pelo resultado.
Ela nem precisava dizer no final que não é feminista...o texto dela inteiro já deixou isso claro!
ResponderExcluiras críticas de quinta série sobre a cartunista são tão ridículas. Qual é? Seu "feminismo" está acima do bem e do mal e não permite críticas? só por que não interpretaram a forma que ela se expressou o resto da humanidade também leu a mensagem como machista? não aceitam a subjetividade de QUALQUER LINGUAGEM? é tão estúpido quanto não ter pesquisado de fato o que foi o evento. lamúrias de burguesas entediadas que querem ser mais feminista e revolucionariacizinha que as outras.
ResponderExcluir"No ano passado, um grande colega de trabalho perdeu o emprego pela absoluta ignorância visual de alguns."
ResponderExcluirOla, vou começar pela meio do post. Imagino que vc quisesse defender tua colega, ou talvez, somente reforçar a ignorancia das pessoas que viram a obra. Meu marido é artista plastico, ilustrador e sempre me fala uma coisa que a cada dia se confirma, pelo menos para mim. Se a sua obra precisa de explicação, então ela está deficiente como arte. A sua amiga pode até entender muito sobre ilustração, mas peca e feio ao ser ignorante sobre o passado de racismo, principalmente nos EUA. Ou sabe e ignorou, o que dá na mesma! Colocar uma ilustração de um macaco com bananas se referindo a comemoração de Obama, foi no mínimo querer brincar com fogo! Você sabia que ainda no seculo 20 pessoas, negras, foram "expostas" no zoologico de NY Bronx como aberaçōes e comparadas aos macacos que lá haviam? Se não sabe ou ignorou essa faceta da história americana, errou. Não foi a intenção dela, bem, aí é que mora o problema. Ela colocou junto com a ilustração uma explicação ou texto que pudesse evitar qualquer tipo de mal entendido? Não. Então errou. Sobre sua ilustração volto em seguida. Gostaria apenas de deixar aqui minha opinião sobre esse outro assunto, a parte do que vc escreveu.
"Não sou machista, nem feminista. Nada esquerda, zero direita. Muito menos em cima do muro."
ResponderExcluir---
Curiosíssimo você falar isso. E eu ler.
Olha só... Eu também já pensei assim. Escrevi sobre isso no início de outubro no meu blog: http://sobrevivendoaviolencia.com/2012/10/01/a-minha-historia-com-o-feminismo/
Leia o blog da Lola. Não todo, mas vai pegando os posts mais lidos. Dá uma olhada. Você vai aprender o que é feminismo.
A gente não odeia os homens. A gente não quer "roubar" nada de ninguém.
A gente defende (e isso foi novidade pra mim, quando comecei a ler sobre o feminismo) a IGUALDADE.
Éeeeee!!
Enquanto o machismo reclama da "falta" de "mulheres de verdade", alguns pregando o ódio a mulheres "civis" (dizendo que só existem as garotas de programa e as "civis"), a gente tá aqui lutando para eles terem direito a uma licença paternidade melhor.
Então, sei lá... Dá uma lida sobre o feminismo por aí... Depois a gente conversa.
Aí você olha sua obra e me conta se REALMENTE acha que não tem NADA de errado com ela.
Priscila adorei sua personagem e tb sua historia, gosto muito de arte, ja fiz quadrinhos no passado e charges tb, vc é bem criativa, espero q siga em frente em sua carreira, nunca se chateie com a Lola, ela é super democratica pode ter certeza, alias, aposto q vc vai gostar desse blog, pela postura q vc demonstrou.
ResponderExcluirDeve ter havido algum mal entendido em relação a sua arte, qdo apareceu o primeiro post minha filha ja havia me dito q não tinham entendido direito sua menssagem, ela ja havia visto seus quadrinhos e tb gostou.
Boa sorte e muito sucesso
Ela não é feminista...
ResponderExcluir... mas trabalha num meio q é dominado por homens
... e pelo q contou da palestra em q a plateia era masculina, dizendo q sentiu necessidade de mulheres feministas lá, deve ter sido antagonizada por pelo menos alguns desses homens
... afirma q se espera q mulher não tenha opinião nem vontade própria
... percebe que dizer que a mulher está na TPM serve para menosperezar o q ela diz.
Pryscila, vc é (quase) feminista. Entendeu, ou quer que eu desenhe?
*******
Já o seu cartaz é outra história. Eu preferiria q vc ñ tivesse empregado argumento de autoridade para se justificar (eu domino história visual, artes gráficas, sei lá o q), pq isso resvala na falácia argumentativa, mas de fato a autoridade aqui é vc -- ao menos entre mim e vc, não posso falar do conhecimento das feministas curitibanas. No entanto, como a Jéssica bem apontou, o seu trabalho, exposto pela cidade, atinge diversos públicos, inclusive quem não tem td a formação e conhecimento q vc tem. E, bem, pra algumas várias pessoas desse público, seu cartaz pareceu machista. Digo mais: continua parecendo machista. Mesmo considerando a mulher de ñ sei qts metros, nada mudou na minha visão de seu cartaz.
Mas o pior pra mim foi vc querer defender a colega q desenhou o Obama como macaco. Se isso ñ é racismo, ah, dá licença. Já é caso de internação generalizada.
Amores, não sou feminista mesmo. Como eu seria algo que eu nem sei explicar, que sequer conheço profundamente???? Isso é pecado por aqui? Desculpem-me assumir com tanta veemência meu desconhecimento. Ao menos não saio abraçando causas que não conheço. Acho digno. Lola já me convidou a acompanhar o blog dela e eu já o favoritei. Não acho feio admitir nossos desconhecimentos, fraquezas a fim de evoluir. Coisa mais chata tudo isso. Sinceramente...
ResponderExcluir@vbfri muito interessante seu depoimento. emocionante. como já disse, vou tentar me inteirar melhor sobre vosso assunto. obrigada.
ResponderExcluirSe uma imagem causa uma reação nas ruas que foge ao contexto de crítica a que se propõe, isso significa que mereça ser tão reprovada desta forma? Isso acaba por confirmar um analfabetismo visual que a Pryscila aponta. Embora a "intenção" do autor, ou até mesmo a real autoria seja algo tão disperso quando se dizer um sujeito moderno, ignorarmos isto corrobora nossa ignorância, olha só, o desenho era de uma quadrinista! (chuif). E se ela não se diz feminista nem machista, é a fala de uma pessoa que como a lola disse não entende muito sobre questões de gênero, especificamente sobre feminismo, mas ela sabe sobre estas questões no dia a dia que a faz mulher, quadrinista. Nem todo mundo é escolarizado politicamente, ações políticas se dão de forma muito mais didática nos embates cotidianos de nossas vidas, exigir que ela saiba disto, como nós, ou vocês sabem, é um tanto prepotente, não? Olha Pryscila, eu acho que você é feminista e é machista como todas nós, com excessão de seu tom agressivo eu concordo com você. Não leve este debate como uma forma de odiar essas discussões de gênero, aproveite e acompanhe, de peito aberto.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkk ok, quem está por trás desse mascu reaça? hahahahahahahhahahaa
ResponderExcluirSe vc pensa q feminismo é oposto de machismo está quadradamente enganada.
ResponderExcluirEu,pessoalmente, nao me considero ter titulo de feminista(nao importo de me chamarem assim) mas tenho muitas e muitas atitudes feministas e sempre acompanho o feminismo,aprender sempre e me policiar pois machismo está embutido em tudo.Sua resposta foi otima,mostrou o contexto da personagem pra quem nao conhecia,mas as feministas de curitiba apenas elucidou q ali,no cartaz em espaço publico, havia machismo por falta do contexto no cartaz.Portanto se eu fosse vc,aprendia com os erros q apontaram.Machismo é algo serio.
Pense nisso.
olha, autora,
ResponderExcluirde fato, o seu trabalho parece ser o máximo.
eu também adoro quadrinhos apesar de nao seu um tema principal na minha vida, nao participar muito, e realmente nao conhecer muito.
Como eu tem muita gente que gosta, mas nao entende pra caramba. Tem gente que gosta E entende pra caramba!!!! E tem gente que nao gosta...por enquanto. Risos. Até essas pessoas podem mudar de opiniao repentinamente.
E vem cá... promover essa mudança, esse novo olhar, e chamar a atençao das pessoas pra irem conhecer mais nao é justamente um dos objetivos da divulgaçao do evento? E do evento em si?
Entao os cartazes sao justamente o convite, certo? a isca? A foto de apresentação?
O link do seu cartaz com a famosa e antiga imagem do cinema ficou muito claro!! e muito incomodo (na minha opiniao). Incomodo porque a imagem original (bem como o filme) é uma clara mostra de misoginia. É um mostra do panico que seria fantasiar a criatura odiada (mulher) numa posiçao incontrolavel (gigante).
Tambem ficou muito incomodo (pra mim) a sexualizaçao e os estereótipos usados nos outros cartazes porque... bem, porque elas foram as unicas maneiras de apresentar mulheres. Ou seja, personagens femininos só podem ser esses produtos facilmente consumíveis. Caso contrário elas nao merecem existir na mídia. Nem nos cartazes do evento que se propôs a debater esse fenomeno.
FIco muito feliz com essa novidade do seu personagem, o sonho de consumo que fala.
E sim, os seus leitores sabem quem ela é e que ela fala, mas o novo publico que os cartazes querem conquistar nao sabe. Nem de antemao e nem apenas de olhar para o cartaz. O que a gente vê ao olhar o cartaz é aquela mesma misoginia lá da imagem original, reforçada pelo balão de fala "é só uma TPM". Só que com um traço de quadrinho. E nada mais!!! Porque nada mais sobre o seu trabalho, sobre a sua personagem, foi colocado no cartaz.
Nao entender a ironia do seu personagem nao é falha do publico. É falha da maneira como o seu personagem foi exposto. A ÚNICA maneira que a divulgaçao deste evento cogitou de apresentar mulheres
Mesmo o seu trabalho, que é critico do modelo "gostosa pra consumo", só foi grafado dentro do molde "gostosa pra consumo".
e sim. isso é machismo. Nao seu, mas talvez de quem fez a campanha de marketing.
Um beijo da sua nova leitora.
E por favor, repense essa historia aí de lavar calcinha. Eu também quase parei de ler logo ali!!!
meu amigo, solda, não desenhou obama como um macaco. erro de interpretação de quem leu dessa maneira. ele perdeu o emprego, está doente e não aparece mais em público por conta disso. lastimável esse caso. paulo henrique amorim que criou todo esse caso já está sendo devidamente processado (novamente) por acusar alguém de racismo. acho que as pessoas deveriam tomar muito cuidado antes de saírem botando fogo nas outras nessa terra sem lei, a web. pode ser muito prejudicial.
ResponderExcluirRealmente, eh meio constrangedor que a Lola e Cia ignorem que qualquer obra de arte/trabalho/expressao humana vem sempre dentro de um CONTEXTO.
ResponderExcluirNo fim, a Amely eh legal, ne?
Mancada da Lola e mancada das tais mocinhas de Curitiba, que deveriam pensar duas vezes antes de puxar o gatilho.
Essa historia de "gonna start a revolution from my bed" (ou " Mudemos o mundo atraves de brigas e picuinhas nos comentarios de blogs e xingamentos no twitter") acaba tirando a analise e a critica do mundo DO MUNDO real.
De novo: no fim, a Amely era legal.
Vale um pedido de desculpas.
Me sinto profundamente irritada com os comentários imaturos sobre a cartunista. Ela se defendeu, expressou sua opinião. Foi uma má interpretação da imagem, já foi explicitado suas reais intenções e até mesmo sua releitura de uma obra cinematográfica. Senti uma certa empatia pela cartunista. Ela é uma artista. Artistas fazem arte. E ela foi criticada, bombardeada de críticas raivosas. "Feminismo não é o oposto de machismo" AH JURA? Vocês tiraram PhD em Feminismo em alguma universidade pra julgar os outros como mais ou menos feministas, mais ou menos conhecedores do feminismo? Afinal, quantos livros da Simone de Beauvoir tenho que ler pra obter minha carteirinha de feminista oficial? Isso me pareceu mais uma disputa de egos como qualquer outra coisa. Mês passado assisti uma palestra do Laerte Coutinho, na Faculdade de História da USP, era sobre gênero e arte, basicamente. Ele mesmo assumiu que já "fez muita merda na vida" - como disse, fez piadas machistas, piadas racistas e etc. Em primeira vista, talvez, o cartaz passa uma mensagem simplesmente machista. Mas isso não dá o direito de criticar com tamanha intensidade. Eu pesquisaria mais sobre o artista, sobre sua obra, antes de acusá-lo com tamanha proporção. Nesse caso, a própria autora veio e esclareceu e nos apresentou sua obra. Talvez (depende do ponto de vista do leitor, sempre) os cartazes foram simplistas demais em sua mensagem e facilmente direcionados a uma interpretação equivocada. Mas como estão tratando a Pryscila pra mim é simplesmente imaturidade e insensibilidade.
ResponderExcluirAcho que ninguém aqui quer censurar, e, sim, falar sobre, a fim de que conteúdos machistas sejam reduzidos.
ResponderExcluirVanessa Macêdo muito obrigada pelas suas palavras. Peço desculpas pelo tom agressivo do qual não gostou. Agora vi que não deveria tê-lo usado mesmo. Mas é um bálsamo sua compreensão. Beijo.
ResponderExcluirDona do Sexo -Bonobo rules, estou aprendendo, querida. E muito!!! E estou adorando!!! Obrigada pelas linhas. Bjs
ResponderExcluirSe a sua obra precisa de explicação, então ela está deficiente como arte.
ResponderExcluirSim. Acho que com um pouco de estudo ela perceberá os poucos erros que cometeu. Não foram erros graves e isso passa. Ela continua sendo uma boa desenhista. Ela não ser politizada não torna o trabalho dela ruim.
"(...)mesmo quando a resposta revele saber tanto de feminismo quanto eu sei de quadrinhos."
ResponderExcluirSe não sabe nada nem devia ter feito um post sobre isso.
ficaadica
Pili, desculpa a história de lavar calcinha... rsrrsrsrs!!! Obrigada por dispender seu tempo para elucidar questões sobre meu trabalho e por se dispôr a ler as tirinhas.
ResponderExcluirTodos os comentários aqui são muito valiosos para mim. Críticos ou elogiosos, são extremamente valiosos. Um verdadeiro aprendizado. Muito obrigada.
'não sou machista, nem feminista' = direito de resposta automaticamente desacreditado.
ResponderExcluir... eu sou a única que tá feliz porque agora um monte de gente conheceu o trabalho da Pryscila e ao mesmo tempo a Pryscila conheceu o blog da Lola? *dançando na sala*
ResponderExcluirNo fim das contas a minha humilde opinião é que o debate rendeu bons frutos. É, uns tropeços aqui (as ativistas não sabiam do contexto), outros ali (a Pryscila não conhece o feminismo a fundo either), mas todo mundo aprendeu alguma coisa, né? Eu acho que com o tempo tudo se ajeita.
E a conversa sobre a intenção do autor x o contexto (ou a falta dele) pelo visto ainda vai longe...
Also, rindo muito alto da idéia de um cara comprar uma boneca inflável "pra não se incomodar mais com mulher" e ela vir com "defeito" e ter vontade própria! Achei genial \o
As feministas estavam certas em apontar o equívoco da personagem da Pryscila. E ela, Pryscila, tem de saber aprender com os erros dela. Espero que ela, a partir daqui, passe a aprender um pouco mais de feminismo não só com o objetivo de crescimento individual dela, mas também como inserção do feminismo nos quadrinhos (que é raro).
ResponderExcluirN. M. por trás desse cartaz, tem um ser humano. Também achei insensível tanta crítica. Estou bem triste. Mas, passa. Tal como Laerte, já fiz muita merda na vida. E farei outras tantas. O importante é, quando necessário, tentar elucidar o causo. Tentei. Espero que o tiro (que nem fui eu quem disparou) não saia pela minha culatra... rs! Como já disse, foi um aprendizado valoroso (e doloroso) para mim, uma mera cartunista. Besos e obrigada pelo seu tempo.
ResponderExcluirAcho interessante aqueles que sabem criar um humor saudável e político, um humor que não colabora com o sistema machista, racista e homofóbico.
ResponderExcluirOlha, eu gosto muito desse universo dos quadrinhos, penso até em fazer algumas histórias no futuro, mas quando se aproxima dele, você descobre que ele é muito machista, muitas autoras em busca de reconhecimento e aceitação, escolhem o caminho mais curto que é o de repetir e consolidar o discurso vigente... Percebi que as personagens femininas apelativas sexualmente, loucas emocionalmente e machistas são as que mais repercutem e são elogiadas, foi por isso que essa autora foi para nos cartazes e não outras que não tratam de perpetuar esses temas.
ResponderExcluirAugusto, convido-o a conhecer as tiras da personagem Amely no www.pryscila.com.br Besos!
ResponderExcluirAcho que a Pili disse tudo, Pryscila. É bem isso, da forma como o cartaz foi exposto é machista e quando isso foi apontado a intenção era justamente criar uma discussão. Não crucificamos as pessoas por terem atitudes machistas (ou, como no seu caso, que deu a entender que teve) e sim tentamos fazê-las repensar seus atos e o quanto isso pode ser maléfico pra todos nós. Obrigada pela sua resposta e por participar da discussão.
ResponderExcluirEu fico mal, Pryscila, todos nós ficamos e nenhum de nós estamos felizes por criticá-la. Como queríamos um mundo sem machismo. Como queríamos... Como queríamos um mundo no qual estupros não acontecessem e mulheres não fossem desrespeitadas por isso. Como queríamos um mundo em que uma transexual fosse respeitada por sua escolha. Todos nós estamos tristes, nós não queremos ver nas ruas propagandas que propagam ideias retrógradas, e vemos. É ruim. Mas, no fim, todo mundo cresce e todo mundo aprende e todo mundo mesmo fica mais feliz.
ResponderExcluirPryscila,
ResponderExcluirA vida é um constante aprendizado. Como eu disse no meu post, aprendi bastante nos últimos anos (acho que, em especial, no último ano).
Não tenho vergonha de falar que *aprendi* a ser feminista. Claro que adoraria ter nascido assim, prontinha de fábrica, mas não foi o caso.
A história da Lola é ótima. Ela foi criada assim. Enquanto isso, eu sou fruto dessa mistura brasileira sensacional, onde meu pai descende de sírio-libaneses (machismo pouco é bobagem) e a minha mãe de alemães, daqueles bem tradição-família-e-propriedade.
A gente aprende na porrada (não literal), mesmo.
Acho muito bacana a sua disposição em aprender. Por mais que você não concorde com os posicionamentos da Lola, é interessante (e importante, na minha opinião) aprender o que o feminismo tem a oferecer.
Porque a mulher ainda é muito objetificada e ninguém se dá conta que isso repercute num monte de coisa.
Se quiser entrar em contato comigo, no meu blog tem email. @vbfri é meu nick no twitter.
Acho que você está no caminho certo. :)
Ai que saudades da Amélia!
ResponderExcluirAcho que a gente ja entendeu que voce nao é feminista e que pouco conhece sobre feminismo, moça. Mas eu espero sinceramente que você va buscar o conhecimento. Como artista, você tem uma funçao social importante que, alem de refletir o carater da nossa sociedade ajuda a formar esse carater também, não tem como voce fugir dessa responsabilidade.
ResponderExcluirE o mais importante: o feminismo também não apoia a representaçao dos homens como seres rasos. Pelo menos nao o feminismo que eu defendo.
Pryscila, lendo agora seus comentários aqui,mudei totalmente a imagem que fiz de você.
ResponderExcluirO seu texto postado (direito de resposta) me pareceu extremamente rude e ofensivo ao feminismo. Posso imaginar que essa não tenha sido sua intenção, em absoluto, no entanto, foi isso que transpareceu (pelo menos para mim).
Agora lendo seus comentários vejo que você não é a pessoa arrogante que pareceu no texto e desejo a você muito sucesso nos quadrinhos!!
Por fim, desejo que você utilize essa oportunidade para conhecer cada vez mais o feminismo (ele é libertador)e crescer ainda mais como pessoa e artista!
(:
O único quadrinho relevante para mim é "Sandman" do Neil Gaiman o resto é apenas "punhetice crônica como se não houvesse amanhã".
ResponderExcluirMe mostrem que eu estou errada POR FAVOR!!!! É sério... não aguento mais essa merda, preciso saber que o mundo dos quadrinhos não se resume apenas a essa humilhação e objetificação das mulheres.
"
ResponderExcluirSe não sabe nada nem devia ter feito um post sobre isso.
ficaadica"
É né, bem que a Lola podia ter recebido um guestpost de outras pessoas então, oh, wait...
Todos nós aqui tivermos o nosso feminismo enfiado goela abaixo. Foi custoso para todo mundo e todos nós fomos um pouco idiota e falamos muitas bobagens, a gente aprende e você está tendo a chance de aprender também, aproveite.
ResponderExcluirVejo que Pryscila é como algumas pessoas da minha família. Como minha irmã, Pryscila é uma boa pessoa e inteligente, mas desconhecedora do feminismo.
ResponderExcluirAugusto, imagina só... é claro que eu quero um mundo melhor, bem como você disse. Sempre!!! Fiquei brava com a interpretação errada do meu trabalho, mas acho importantíssimo receber suas opiniões para melhorar em todos os aspectos, seja pessoalmente ou no meu trabalho. Afinal, cartunista trabalha com comunicação e não podemos nos dar ao luxo de errar com tanta gente. E em que situação eu teria essa baita oportunidade de ter tanto feedback do meu trabalho?! Só por aqui. Muito obrigada mesmo. Besos!
ResponderExcluirOk. Vamos parar então de usar o termo feminismo, já que algumas pessoas aqui não são próximas desse termo. Usamos "Igualdade entre o sexo". Preferem assim?
ResponderExcluirJuliana, gentes de Deus.... pareci arrogante porque eu estava (desculpem a expressão) emputecidaaa... rs!!! Desculpem-me. Na verdade estou é achando um super aprendizado mesmo. E queria convidá-los a conhecer meu trabalho (a quem tiver tempo e disposição, claro). Por ora, só tenho o site www.pryscila.com.br
ResponderExcluirE mais uma vez, desculpem-me pelo tom da resposta... coisa feia. Desculpem-me.
Isso me lembra o que a Lola escreveu em um velho post, o "RESPOSTAS AS MINHAS ACUSAÇÕES MAIS FREQUENTES": "Nada é 'só' alguma coisa. Tudo tem um significado e um contexto". Aparentemente o mesmo não se aplica aqui, pois o que importa não é o contexto em que a trama dos quadrinhos se desenrola, apenas o que um pedestre vai interpretar quando ver o cartaz! (não estou me dirigindo especificamente a você, Lola, mas a alguns comentários extremamente chatos que apareceram aqui, como o da Jéssica lá no alto).
ResponderExcluirMuito obrigada, Geíza Bolognani, por suas linhas nesse momento que está sendo difícil para mim (e para Amely...). Besos!
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ResponderExcluir@Augusto!
ResponderExcluirApesar de ter escrito no feminino - não reconheci pelo nome o genero da pessoa em questao - me referia ao cartunista Solda, que a Pryscila tentou defender. Minha posição continua a mesma. Acho que foi de uma extrema insensibilidade e desconhecimento cultural - para usar as próprias palavras de Pryscila- usar um macaco para se referir a posse de Obama. Mesmo que segundo ele a intenção não tenha sido essa. Repito, toda pessoa tem que ter responsabilidade por aquilo que faz/escreve. Ele deu não foi margem a interpretações erradas, ele deu foi um oceano! Reafirmo aqui tb a frase; se sua arte precisa de legenda para explicar-se, ela falha.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPryscila, por que não posta seus trabalhos no facebook? Eu gostaria de acessá-los por lá e acho um bom divulgador.
ResponderExcluirOlha, mostrando junto o contexto realmente o cartaz fica massa. A intenção foi ótima. Só que intenção não basta. Intenção não é mágica, Pryscila. Ninguém lê mentes aqui nem na rua, e a menos que a pessoa conheça a referência original, o cartaz parece péssimo e machista sim!
ResponderExcluirQuanto à ilustração do Solda, é o mesmo caso. Você pode dizer até o final dos tempos que ele não é racista e não teve a intenção de ofender ninguém. Mas ofendeu. Pra um cara com trocentos anos de experiência debaixo do braço, foi uma mancada absurda.
Rodrigo Emanoel Fernandes também acho que faltou aquele tiquinho de elegância na abertura da Lola ao meu "direito de resposta". Mas estou lendo o blog dela e estou me apaixonando também. Lola terá milhões de outras oportunidades de expressar a elegância que sabemos que ela tem. E eu também, né?! Beijo e obrigada pelas linhas.
ResponderExcluirDaniela, não precisa pedir por favor. Se Sandman é o único relevante pra você ouso dizer que você leu bem pouca coisa ou procurou nos lugares errados. Acontece, porque comic-shops tendem a se transformar em clubes do bolinha mesmo (o que acho cansativo...).
ResponderExcluirSó pra começar:
- todas as outras obras do Neil Gaiman;
- praticamente tudo do Alan Moore, com destaque para "Do Inferno", "Lost Girls" e "Promethea";
- "Estranhos no Paraíso" do Terry Moore;
- Locas, dos irmãos Hernandez (saiu recentemente no Brasil)
- Daytripter e praticamente tudo dos irmãos Bá;
- Várias séries que saem na revista mensal "Vertigo", em particular "Casa dos Mistérios", e "Escalpo";
- J. Kendall - Aventuras de uma Criminóloga;
- marca nos favoritos o blog Lady´s Comics (http://ladyscomics.com.br/)
- além disso uma grande quantidade de mangás é produzido por mulheres, compensando a falta de quadrinistas no ocidente.
Ufa, depois posso lembrar de mais.
E só pra reforçar: Sandman é mesmo sensacional!
FEMINISMO NAS ESCOLAS. URGENTE.
ResponderExcluirDF É MUITO POUCO.
Agora depois das explicações da Pryscila tudo ficou ok, mas o que causou toda a confusão realmente foi o cartaz.
ResponderExcluirO cartaz era um convite, uma propaganda do evento que é visto por todos que passam pela rua.
Só que o problema é que nem todos que passam pela rua procuram saber do trabalho da Pryscila e da história que ela criou para Amely, e o que fica é aquela imagem isolada da mulher seminua e da piada da TPM.
Concordo que ainda temos e sempre teremos muita ignorância visual, mas não podemos confundir interpretação visual com advinhação.
A interpretação só pode ser feita com base nos elementos visuais do cartaz e no cartaz não havia nenhum elemento que sugerisse uma mensagem não machista, não misógina ou que ao menos aludisse ao real sentido da personagem Amely.
Quem não foi pesquisar o histórico da Amely antes de criticar pecou? Talvez. Mas pelo que entendi a crítica não foi à história Amely, foi apenas à forma como ela apareceu no cartaz.
Concordo com quem disse que "se uma obra precisa de explicação, então ela está deficiente como arte".
Sobre Pryscila agora!
ResponderExcluirAchei o original machista, assim como sua releitura. Mas acredito que isso não se deva a minha falta de conhecimento de quadrinhos - o que seria uma tremenda inverdade, contando que alem de ser casada com um ilustrador, minha casa é cheia de quadrinhos de todos os tipos, dos melhores alias.
Mas também sou feminista, sou estudante de gender/queer theory. E posso te falar, sem querer ofender a pessoa, mas sim criticar sua obra, ela reflete machismo e esteriótipos de genero sim. Se essa não foi sua intenção, isso eu não duvido. Somos, na maioria das vezes machistas e homofóbic@s sem perceber. E sabe porque? Não por sermos burros, mas porque os processos de interiorização de práticas normatizantes de genero e de sexualidade fazem com que essas se tornem invisíveis e naturais. As estruturas machistas estão interiorizadas na nossa sociedade. Torná-las visíveis - assim como estamos fazendo com o racismo- é que é o desafio. E isso causa, necessariamente desconforto. Por isso que ao termos nosso machismo de cada dia, ou nosso racismo, desnudados nos sentimos mal. Mas somos tod@s aprendizes. Eupelo menos me vejo assim!
Ah, pessoal, e deixa eu contar outra para vocês: nesse mês fui até Recife julgar um Salão de Humor cujo tema do concurso foi "Mulher". Foi dificílimo julgar os trabalhos por conta da visão do homem sobre as mulheres... sim, porque absolutamente TODOS os cartuns eram de homens. Pouquíssimas mulheres se dedicam à esse ofício penoso. Em breve vou publicar no meu site minha impressão sobre essa rara experiência. Claro que não vou agradar a gregos e troianos de uma só vez, mas os convido a ler essa futura postagem (profvavelmente até quinta feira). O resultado desse evento pode ser visto no http://www.sihg.com.br/por/index.php Se quiserem, seria ótimo que vocês opinassem sobre os cartuns vencedores, até para que criemos parâmetros mais profundos de análise. Seria genial. Muito obrigada. Besos.
ResponderExcluirSou "feminazi de carteirinha" e ADOREI a resposta da cartunista. Gostei também da indicação que ela fez sobre os "chargistas em chamas", até porque acompanhei isso aqui e, diferente da maioria, eu entendi a piada.
ResponderExcluir"Quem não bebeu da mesma fonte que Montanaro, não entendeu que a charge foi uma referência direta à xilogravura entitulada "A Onda" de Katsushika Hokusai, uma das obras japonesas mais conhecidas do mundo. O resultado foi uma charge narrativa, refinada, não imbuída de critica ou de chacota, elementos que a maioria das pessoas acha obrigatório no trabalho de um chargista. Mas, haja legenda para sanar o desconhecimento cultural e a insensibilidade de alguns "leitores"!"
Assim como também conhecia a referência à mulher gigante daquele antigo filme, reproduzida no cartaz da artista.
Não conhecia a artista e seu trabalho mas uma rápida pesquisa no Google mostrou que se trata de algo de muita qualidade, acima da média eu diria.
E ela está mais do que certa de ter ficado p... da vida e dado uma resposta à altura. Um bando de gente anônima achincalha seu trabalho e tudo bem, vai ficar por isso mesmo? Achei super fraquinha a desculpa de não quererem se identificar porque é perigoso. Imagina se todas as feministas do mundo fizessem seu trabalho assim, na surdina, sem dar a cara?
Pra mim, foi covardia na cara larga. Perderam uma boa chance de calar a boca.
Se ela pouco sabe de feminismo, as blogueiras que a atacaram e o próprio Escreva, Lola, Escreva pouco sabe sobre quadrinhos também, menos ainda sobre essa artista em especial e seu trabalho. Empate técnico? Não, o prejuízo foi da cartunista, apenas. Inclusive o que lhe aconteceu pode ser criminalmente enquadrado como difamação e eu faria, sem dúvida, que os responsáveis respondessem pelo ato na justiça.
Mulheres assim foram condicionadas a achar que qualquer mulher "gostosona" num cartaz é, fatalmente, um objeto, embora mulheres "gostosas" também pensem. Ou seja, a análise do grupo "Feministas Independentes de Curitiba" é compreensivelmente preconceituosa, comum e digna de compadecimento diante da história do humor gráfico que sempre nos colocou como o objeto da piada. Eis que venho para subverter esse padrão. Atentem.
Algo que diz que ela sabe MUITO MAIS sobre feminismo do que muitos(as) feministas auto-proclamados(as) aqui.
Mandou bem, Pryscila! Haters gonna hate.
Fico feliz que o clima esteja agradável nesta caixa de comentários. Tive medo que todxs nós escreveríamos coisas agressivas. Peço desculpas por ter acrescentado a frase que Pryscila entende tanto de feminismo quanto eu de quadrinhos. É só que hoje eu e Pryscila trocamos vários e-mails, e quando ela disse que queria um guest post de direito de resposta, eu disse ok, mas sugeri que ela não adotasse um tom agressivo, pois este é um blog feminista, e maior parte do leitorado é feminista. E ela respondeu que tudo bem, que não queria mais polêmica, só se explicar, e que se houvesse alguma coisa que fosse agressiva, ela poderia alterar. O problema é que quando recebi o texto... bom, é este texto que está publicado aqui. E não seria o caso de mudar uma ou outra frase como “não sou feminista nem machista” ou “sangue na calcinha”, mas o texto inteiro, que está com um tom bravo. Vi que seria inútil sugerir uma ou outra mudança e publiquei assim mesmo, mas, né, ele demonstra um desconhecimento muito grande do feminismo. E tudo bem, porque Pryscila disse que não é feminista. Enfim... Mandei um outro e-mail pra ela dizendo que agressões e ameaças contra feministas existem de fato, e mencionei o caso do Engenheiro Emerson, um dos líderes mascus, preso justamente em Curitiba. Ela, como tanta gente, nunca tinha ouvido falar nisso, e ficou horrorizada.
ResponderExcluirMencionei também que hoje um dos comentários anônimos (e deletados) que recebi foi esta coisa horrível: "No dia em que eu conhecer uma mulher que saiba mais do que eu de quadrinhos e games, provavelmente irei matá-la." Quer dizer, se a gente achar que o inimigo de um universo machista como o dos quadrinhos (e do cinema, e dos livros, e da música, etc etc) é o feminismo, e não o machismo e a misoginia, estará enfrentando os inimigos errados.
Trocar pedradas realmente não é o melhor meio de se dialogar com alguém, e por isso abri o maior sorriso quando vi que vocês estavam começando a se entender por aqui. (é verdade que os mascus estão calados e dessa forma não atrapalham, devem estar na hora da siesta). Vi que a Pry mudou de tom completamente. E claro que fiquei feliz com isso.
Quanto ao cartaz em si, como cinéfila que sou, reconheci a referência ao clássico “Ataque da Mulher de 50 Metros”, e, sinceramente, nem sei se toda menção à TPM é necessariamente machista. Como eu já disse diversas vezes, nem sempre um guest post reflete a minha opinião. E, mesmo em guest posts que estejam próximos do que penso, quase sempre tem algo que não concordo 100%. Um dos problemas é que os quadrinhos ainda hoje compõem um mundo masculino e machista. É uma maravilha que pessoas como a Pry, a Ana Luiza (cujo guest post maravilhoso vou publicar amanhã), e tantas outras, estejam conseguindo romper essas barreiras. E acho maravilhoso também que a GibiCon tenha convidado várias ilustradorAS e feito uma mesa de debate só com elas. Essas são iniciativas importantes, e que podem não ser conhecidas das pessoas passando na rua. Acho também que pessoas que consideram os cartazes machistas têm todo o direito de se manifestar. E não achei que as Feministas Independentes de Curitiba foram hostis ou mal-educadas.
Concordo com a visão otimista da Ana. A Pry vai aprender um pouco sobre feminismo, e nós vamos aprender um pouco sobre a obra dela... e sobre uma boneca inflável comprada para ser muda e sem opinião e que imediatamente passa a dizer a que veio.
Pryscila, muito bom vc ter respondido. O que eu acho que as pessoas não entederam é a ironia tanto no seu cartaz quanto na sua personagem. O machismo na representação dela faz parte da sua critica. Acho que falta sim educacao visual, que é a noção de que nenhuma arte pode ser vista descontextualizada. E eu acho que as pessoas não podem achar que a sua falta de conhecimento sobre o feminismo seja um defeito, uma vez que claramente voce pensa sobre questoes de genero e como todas nós pode ter atitudes machistas inconscientemente. Continue o seu trabalho e espero que o feminismo possa trazer no as questoes na sua criação. :)
ResponderExcluirGostei da resposta, tinha me sentido meio desconfortável com a postagem das "Feministas de Curitiba"... Acho que é preciso ter um pouco de cuidado, acho muito válida a questão de se debater o machismo no mundo dos quadrinhos, mas achei a postagem da Gibicon meio exagerada. Quando olhei o cartaz primeiro, tb achei meio de mal gosto e sem graça, parecendo reproduzir uma ideia machistóide... mas acho que as críticas nesse caso poderiam ter sido mais contextualizadas, um pouco mais abertas, não tão agressivas... enfim, acho que entendi um pouco melhor o humor da autora, apesar de não ser meu tipo de humor pra quadrinhos, mas acho que ela deu uma explicação interessante da construção da personagem. Talvez, fiquei imaginando, como era um evento voltado pra quem curte quadrinhos em Curitiba, imagino que seja uma personagem razoavelmente conhecida nesse meio, nessa cidade, então quem sabe muita gente não tenha visto o cartaz com os olhos que eu vi, não sei... talvez tenham visto mais pela proposta original da autora
ResponderExcluirE mais uma vez, desculpem-me pelo tom da resposta... coisa feia. Desculpem-me.
ResponderExcluirNão precisa se desculpar de nada quando você está coberta de razão. Parabéns pelo seu trabalho.
Lindo, Lola! Agradeço o espaço que cedeu para direito de resposta. Reconheço o tonzin chatin que eu tive (estava braba) mas no fim das contas o saldo foi positivo. Estou conhecendo bastante sobre o que é feminismo, machismo e suas opiniões sobre meu trabalho. Apesar de bravinha, achei importante minha manifestação por aqui, porque minha intenção não é agredir ninguém, de maneira alguma. Desculpem-me se fiz isso através do cartaz ou do direito de resposta. Coisa de coração em chamas... rsrsrs! Verdade é que sempre quis provocar sorrisos e reflexões com meu trabalho. Dessa vez não provoquei tantos sorrisos quanto queria, mas refletimos, o que eu achei super produtivo.
ResponderExcluirLola está favoritada e será leitura obrigatória para mim. Todos erramos um dia. Feio é não se retratar, né?! Beijo-beijo!
Olha, eu realmente não estou entendendo isso de "Exageraram nas críticas!". Ou seja, exagerar = expressar opinião contrário de forma escrita na internet...?
ResponderExcluirPorque francamente... Não houve petição contra sua obra, protestos na internet, ninguém foi a sua casa, não floodaram sua caixa de e-mails, não te ameaçaram de morte, nem qualquer outra coisa semelhante que frequentemente acontece com ativistas.
Ninguém é obrigado a baixar a cabeça quando se sente ofendido por algo, se foi a intenção do/a autor/a ofender ou não, é irrelevante. Se @ autor@ não percebeu que poderia ofender, ou se a obra sozinha precisava de explicação, isso não muda o fato de que foi ofensivo, e neste caso, machista. Quem decide se se ofendeu ou não, é o ofendido (e se foi um crime, como racismo, daí também entra o sistema jurídico).
"Jéssica, fugi de qual posicionamento, please? Sou apolítica."
erm, e ser apolítica não é fugir de posicionamento político e de se informar sobre o assunto?
Também não entendo a insistência em dizer "Tinha contexto!" quando a obra estava INDIVIDUALMENTE na RUA, então o contexto ou a intenção são irrelevantes.
Incrível!!! Cuidado, PRY, feminismo deixa as pessoas amargas. Olhe para mim, para a Lola, e para outros feministas. kakakaka.
ResponderExcluirPs: Um segredo: Feministas são muito mais felizes.
por um lado é absolutamente inverossímil que todo mundo conheça o contexto de toda e qualquer obra de arte. e nem acho que a obra de arte deva vir acompanhada de uma legenda explicando todo o contexto. isso seria PÉSSIMO pra arte. diminuiria a experiência em prol de um enciclopedismo barato. as pessoas estão reclamando porque esse contexto não aparece no cartaz, elas é quem deveriam buscar conhecer mais a obra da autora. e não a autora fazer arte sob encomenda pra espectadoras feministas que não se empenham em conhecer o contexto da obra da artista, antes de criticá-lo. por outro lado, a intenção do autor importa muito pouco quando se está apreciando uma obra, pode aparecer como um dado anedótico e nada mais. e aquela história de que a arte é construída na cabeça do espectador?pensando assim dá pra entender porque algumas pessoas curtem e outras pessoas não curtem tanto esse cartaz. o que não significa que artista pode dizer qualquer coisa porque é arte e nenhuma outra esfera deva interferir...
ResponderExcluireu particularmente acho legal quando vejo mulheres refletindo sobre a situação das mulheres em suas respectivas obras de arte. mas não acho que mulher artista TENHA A OBRIGAÇÃO de refletir a desigualdade em suas obras. além disso existem VÁRIAS formas de fazer essa reflexão, portanto nada de patrulha, nada de impor a forma que você ache mais correta. só acho que a coisa toda é bem mais profunda que
"o cartaz é machista",
"vocês não entendem o contexto"
"o contexto deveria aparecer no cartaz".
mas prycilla eu confesso que não entendi a charge do macaco. não entendi mesmo. você poderia me explicar?
Seria genial a presença de vocÊs em eventos de quadrinhos para apimentar essas questões que devem ser debatidas. Nesses eventos, são raras as mulheres que produzem quadrinhos. Felizmente, andam criando espaços em que podemos discutir o assunto. Vamos participar dessas Gibicons, Comicons e seilácons da vida, para que possamos discutir esses assuntos não apenas por aqui.
ResponderExcluir;)
Recomendo este blog a você, pryscila:
ResponderExcluirhttp://cynthiasemiramis.org/
e faça seu teste feminista:
http://cynthiasemiramis.org/teste-voce-e-feminista/
Roxy Carmichael poxa, eu estou cada vez mais emocionada com as palavras dos comentaristas do Lola... deveria ter conhecido beeeeem antes esse espaço. Muito inteligente toda a sua observação. Baita material de tese!
ResponderExcluirE quanto à charge do macaquinho, eu interpreto assim, veja se concorda: "O desenho faz menção a uma figura clássica cuja situação histórica foi elucidada pela leitora Bárbara Kirchner: "A 'República das Bananas' é um termo criado pelo humorista estadunidense O. Henry quando refere-se ao colonialismo norte-americano que vilipendiou a América Latina no século XX, fazendo uso de instrumentos como a linguagem, para sarcasticamente chamar de 'república' o que na verdade é uma 'ditadura'". A charge do Solda defende os brasileiros porque explicita o sentimento da nossa nação, escarninhamente taxada de "República das Bananas" pelo Tio Sam, ao representá-la por um macaquinho que faz o audacioso gesto "banana para vocês", como quem diz que já conquistou um pingo de decência e independência para livrar-se da ditadura comercial e cultural imposta pelos nossos "colonizadores"."
Besos!
olha, tenho algumas considerações a fazer...
ResponderExcluirem primeiro lugar, eu sempre li as tirinhas da amely, e sempre fiquei em dúvida quanto à sua intenção. Traz reflexões muito irônicas e interessantes sobre gênero, e ao mesmo tempo, repete piadas machistas.... Com seu post talvez tenha ficado mais claro a intenção de ser irônica e ridicularizar os personagens machistas nas tirinhas, mas eu garanto: isso muitas vezes não fica claro. Não estou falando por mim, até porque acho que tenho muito mais chance de relativizar e encontrar a crítica até onde não tem. Estou falando de situações mais formais.
Na minha escola os professores de lingua portuguesa fazem semanalmente uma atividade de interpretação de charges e tirinhas (apresentação oral). Sim, interpretamos tirinhas da amely, tanto é que fui sorteada para explicar uma ótima dela, publicada no dia da mulher. Essa personagem aparece com frequencia em nossas atividades, e, infelizmente, sempre é alvo de interpretaões machistas. Não falo de alunos, mas sim de professores! Em uma tirinha em que você faz paralelo com a metamorfose de kafka, mostrando como mulheres viram baratas quando estão de tpm, a conclusão tirada em sala foi: é mesmo, as mulheres deixam de ser humanas, o humor se constrói aí..... O que quero dizer com toda essa história? Se suas tirinhas tem intenção de ironizar o machismo, não propagá-lo, sugiro que tenha mais clareza na construção delas. Se professores que preparam um trabalho específico sobre a amely não percebem, imagine quem passa na rua e vê um cartaz como esse? Se buscou referencia em outras artes, em um filme, ótimos, muito bom! Agora esperar que o povo olhe para o cartaz e pense "uau, aquele filme critica mesmo a imagem da mulher na sociedade" (e critica??) ao invés de "haha, tpm!" é muita viagem.
Minha impressão? Você mesma falou: não se posiciona. Se seu trabalho não tem nenhum fim político, nenhuma intenção de mudar a imagem da mulher ou diminuir o machismo, agora sim, com essa declaração, é possível condená-lo. Por entretenimento não se engole nenhuma piada machista. Se vocÊ são é feminista, você não quer igualdade entre sexos, ok. Também não quer superioridade masculina, não é machista, ok. Você acha que as mulheres são superiores? Ou você não está nem aí?
Hm, gente?
ResponderExcluirEu não quero jogar gasolina, mas só pra fazer uma observação?
Quanto a 'nada está solto, tudo é contexto', qual é um dos maiores esforços que a gente faz aqui na caixa às vezes? Ah é, convencer as pessoas de que 'não, não é só um comercial', 'não, não é só uma piada', 'não, não é só música'.
Eu -como muita gente aqui- mudei minha perspectiva em relação ao mundo depois de conhecer o feminismo justamente porque aprendi a aplicar o contexto de submissão da mulher ao que vejo. Nada nunca mais foi 'só isso' ou 'só aquilo', eu passei a pensar numa imagem maior que mudava o impacto do que eu via.
No caso da publicidade, a gente sabe que o corpo da mulher é usado como chamariz e isso é um tipo corriqueiro de objetificação. Então quando a gente vê isso em algum lugar, soma à esse contexto, e tira conclusões.
O que estou enrolando pra dizer é que as ativistas Tinham um contexto. Não era o mesmo que o da Pryscila, mas era um contexto.
Porque o comercial da Schin gerou revolta? Porque nós conhecemos uma coisa chamada cultura do estupro, que involve entre outras coisas a banalização da violência e a nosso ver, o comercial se encaixava como exemplo disso. Do mesmo jeito as ativistas viram os cartazes como exemplo do uso da imagem feminina como chamariz. Ok, agora a gente sabe que não era bem isso, e que havia Outro Contexto. Mas eu não acho que dá pra dizer que a manifestação delas foi 'gratuita'. Não foi. Elas estavam levando outras questões em conta. Não eram as questões que a Pryscila queria levantar, mas enfim... Só dizendo.
@Priscila Boltão
"Gente, que orgulho da Pryscila, lendo os comentários agora. Se desculpando pelo tom, explicando tudo o que diz, sendo educada..."[2]
Augusto, estou vendo o cynthiasemiramis.org/
ResponderExcluire fiz o teste... hahahaaaa! Sou feminista?! Aqui em casa todo mundo é, então! Good!
Nossa Rodrigo Emanoel Fernandes, muito obrigada mesmo pelas indicações! Vou providenciar o quanto antes! :D
ResponderExcluirVocê tem razão, na verdade os meus amigos meninos que me emprestavam, uma vez tentei ir a uma loja especializada e realmente não me senti muito a vontade, isso foi nos anos 80 na cidade de Porto Alegre, acho que o vendedor nunca tinha visto uma menina dentro da loja disposta a comprar alguma coisa e eu também não sabia direito o que pedir.
Sandman conheci em 89 através de uma amiga que havia voltado de um intercâmbio em Londres.
Aí voltei naquela mesma lojinha para iniciar a minha coleção.
Depois de conhecermos o feminismo, percebemos que ele é maravilhoso e que não víamos tantas coisas escondidas.
ResponderExcluirBem colocado Ana. Eu pensei também em comentar, não queria criar polêmica, mas como Pili colocou em seu comentário, o contexto da inspiração para o cartaz - o cartaz do filme - é machista, mesmo que a personagem não o seja. Então pra quem falou que feministas ignoram o contexto quando lhes convém, bem, leiam os comentários também, apesar de eu ficar um pouco incomodada com a agressividade que rola aqui de vez em quando, como a Lola sempre fala são ricos debates que podem ensinar muito, ver pelo ponto de vista do outro é enriquecedor.
ResponderExcluirEna, fico surpresa ao saber que as tirinhas são levadas até a sala de aula para discussão. Se quiserem, um dia posso ir até a escola para falar do meu trabalho com os alunos. Esse é um dos pontos sobre educação que eu mais venho batalhando quando posso ter um microfone em mãos: a interpretação visual, descobrir as mil palavras implícitas numa imagem. Já parabenizo a escola por propor esse método de ensino... mas, se os próprios professores não são versados em imagem ou humor, como eles poderiam ensinar isso?
ResponderExcluirE eu trabalho com sarcasmo nas tirinhas. E o mundo estará perdido quando tivermos que ter aulas de humor. Interpretá-lo e reconhecer a crítica que uma tira ou charge carrega é válido, conforme faz sua escola. Mas ensinar humor acho que não existe. Já assistiu o O Guia do Mochileiro das Galáxias? Tem um planeta com os Vorgons, uns caras beeeeem chatos e mal humorados. Acho que nos tornaríamos Vorgons, se o humor fosse matéria de grade escolar.
E minhas tiras não precisam carregar textos alusivos a nenhum tema específico (no caso machismo ou feminismo, como vc propôs). Falo de relacionamentos, de chocolate, de pneuzinhos, de academia, de morte... do que eu quiser. Entenda que a simples existência de uma mulher, que seria considerada um objeto apenas, falando e pensando, já é uma crítica à desobjetifcação da mulher. Funciona mais como sustentação de personagem do que como tema de piada constante. Será que me fiz entender? Escrevi rápido... Veja lá.
Beijo e obrigada pelo seu tempo. Aprendizado puro!!!
Tenho em mente que a própria existência de uma boneca inflável que pensa e fala como deseja, já seja material suficiente para torná-la militante contra a desobjetificação da mulher. Mas as tirinhas em si, tratam de relacionamento entre casais, de chocolate, de pneuzinhos, de pecados, morte, sorvete, formigas... enfim, de qualquer assunto. Afinal, sou cartunista, livre pensadora com um poderzinho de desenhar bem tortinho o que eu gostaria de expressar.
ResponderExcluir"Não sou machista, nem feminista." = Não sou a favor da superioridade dos homens, nem sou a favor da igualdade entre homens e mulheres.
ResponderExcluirEla é o que então? Femista, a favor da superioridade das mulheres? Oi?
Acho que na verdade ela é desinformada.
Daniela, vou aproveitar os seus comentários pra criar uma discussão paralela sobre quadrinhos aqui. Um povo aprendendo feminismo, outro povo aprendendo quadrinhos, rsss...
ResponderExcluirO lance é assim: como qualquer outra arte industrial no século XX, os quadrinhos também se desenvolveram dentro da ótica patriarcal, estão inseridos na mesma cultura. Pra piorar, no ocidente (no oriente é um pouco diferente) os quadrinhos de fato foram produzidos voltados para os meninos de menos de treze anos por boa parte de sua história e considerado arte menor. Sempre houve exceções, especialmente na Europa, mas no geral o paradigma era esse. Mas dos anos 80 pra frente começou a aparecer uma geração que se tornou adulta lendo quadrinhos e que começou a se questionar sobre até que ponto essa linguagem poderia chegar. Não é a toa que Sandman surgiu justamente em 1989... e dentro de uma editora especializada em super-heróis.
De lá pra cá muuuuuita coisa diferente foi produzida, mas é preciso ter paciência, ter cuidado antes de virar a cara ao primeiro sinal de sexismo, porque você não muda o paradigma de um dia pro outro e não de fora pra dentro. As comic-shops continuam sendo um espaço majoritariamente ocupado por homens (e, admito, nerds tendem a ser machistas se não tomarem um susto) mas as mulheres também tem um pouco de culpa nisso, porque recuam. Talvez você tenha dado azar e pego uma comic-shop ainda mais mascu do que o normal, mas se você gostou tanto de Sandman e queria mais, devia ter enfrentado essa barreira, porque quando você faz isso abre espaço pra outras mulheres e ainda abala as "convicções" dos Bolinhas, entende o que quero dizer?
Muitos fãs, como eu, cresceram lendo quadrinhos de super-heróis mas, com o tempo, acabamos deixando-os pra trás conforme descobrimos coisas mais sofisticadas. Mas a gente sabe que pra chegar no trigo, a gente tem que garimpar o joio, basta focar no que nos interessa e não se assustar com a embalagem geral da indústria e os paradigmas a que está acostumada. Esses paradigmas vão caindo devagar, um a um, conforme a industria vai percebendo que chega a ser não-lucrativo mostrar-se conservadora. Mas a gente sabe como é isso, um passo de cada vez... e foco nxs autorxs que a gente aprende a confiar... como o senhor Gaiman, que é monte lindo, rsss...
Me adicionem no facebook quem quiser papear sobre quadrinhos de vez em quando. Adoooro e não me canso!
https://www.facebook.com/lordevelho
Pryscila, não conhecia o seu trabalho, acabei conhecendo com essa polêmica, e eu A-DO-REI!
ResponderExcluirSendo contrária a algumas vozes, em sua explicação e nos pontos que vc colocou, vc foi mais feminista do que muita feminista assumida.
Vc está na correria, criou uma personagem genial, com bom humor.
ps:E vamos parar com isso de "ai, mais uma que diz que não é machista e nem feminista". Na boa, isso está parecendo um clubinho. Cada um tem o direito de se definir como quiser, ou de não se definir. Isso não desmerece ninguém. Ás vezes ALGUMAS agem como se estivessem numa panelinha de colégio.
pryscila
ResponderExcluireu sigo sem entender. o macaquinho é um habitante dessa republica de bananas? se for isso, eu acho que não teria nenhum problema, no entanto, quando o macaco sugere banana para receber um presidente negro, há algumas interpretações possíveis:
1)os macacos gostam de bananas, portanto os macacos habitantes de uma republica de banana pensariam nesse item para oferecer a qualquer convidado, presidente, seja ele negro, branco ou asiático
2)o macaco oferece banana a um presidente negro porque supõe que um negro, assim como um macaco, gosta de banana.
Outro ponto: quem não conhece quadrinhos pode até não ter sacado a intenção da autora no cartaz. Mas tenham certeza de que o público desse tipo de evento geralmente conhece muito bem quem faz quadrinhos no Brasil e no mundo, e quais as críticas presentes nele.
ResponderExcluirRayara, perto de vocês, super comentaristas, ativistas, militantes, não sou absolutamente nada mesmo. Pode acreditar. E isso não é ironia. É verdade. Prefiro não tomar partido do que não conheço profundamente. Mas estou me informando, caso me ache desinformada... embora eu ache que jamais saberei de tudo com tanta propriedade. Besos.
ResponderExcluirEu vejo maior potencial na Amely.
ResponderExcluirRodrigo Emanoel Fernandes é perceptível do quanto gosta de quadrinhos. Vou te add no Face. Estou criando um novo perfil, mas vamos falar de quadrinhos. Beso e obrigada por trazer luz ao debate.
ResponderExcluirPryscila, eu te critiquei duramente ainda hoje no meu twitter e peço desculpas por isso. De verdade e de coração. Se o seu tom no texto me deixou bem chateada, a sua forma de debater, sua abertura, derreteram a muralha de gelo que havia se erguido. Então, assim como você me apresentou a sua personagem Amely, eu vou te sugerir um post, do blog "Cem Homens", escrito pela Letícia (Nome fictício). Sobre porque é importante defender o feminismo. Um abraço.
ResponderExcluirhttp://cemhomens.com/2012/10/porque-sou-feminista-com-f-maiusculo/
Pryscila, adorei sua personagem e a tirinha que vc postou sobre ela. Não vi nada de machista. Parabéns pela sua arte!
ResponderExcluirRoxy Carmichael pois é... por causa desses outros ítens que vc enumerou e pela crença de algumas pessoas incitadas pelo autor do blog, foi que o Solda foi prejudicado por toda a vida. Mas eu o conheço, e te garanto que ele não é racista, não. Foi uma tristeza. Ele é um grande mestre, da old school, dos cartoons.
ResponderExcluir;)
Vitória, seu comentário também é uma brisa refrescante. Obrigada pela conexão feliz com meu pensamento. As vezes, até me faço entender. Beijo.
ResponderExcluirRoxy Carmichael , esqueci de responder, mas eu acho que o macaquinho é um habitante dessa república dos bananas, sim.
ResponderExcluirnina você tem razão
ResponderExcluirdesculpa se eu generalizei sobre feministas ignorarem o contexto. eu me referia às comentaristas feministas de curitiba, que escreveram uma crítica que motivou esse direito de resposta, não sem contexto, certamente, como observou a ana, mas que talvez (ao menos eu tive essa nítida impressão lendo o guest post delas e esse da pryscila) desconheciam o contexto em que a personagem aparece (historias em quadrinhos com uma boneca inflável que pensa e que fala)
a pili apontou a referencia do cartaz: o cartaz do filme a mulher de 15 metros. de fato um filme com esse roteiro, escrito nessa época, não há outras leituras possíveis além dessa acertadíssima leitura da pili. no entanto, eu penso que a leitura da personagem da pryscila pode ser essa aqui tb:
ma boneca inflável que pensa e fala, à revelia do ideal machista de possuir uma boneca inflável justamente para evitar o pensamento e a fala de uma mulher, acaba se tornando um incômodo (ainda bem!) dessas proporções (15 metros de puro incômodo). a questão é a crítica feita ao quadrinho não se baseou na relação com o cartaz do filme. e sim, com a forma que a personagem estava vestida. mas é muito complicado julgar a forma como uma personagem está vestida se não se conhece a história dessa personagem. agora, eu penso que quem conhece quadrinhos, possivelmente pode estar familiarizado com a personagem que estampa o cartaz de divulgação de uma conferência...de quadrinhos. mas eu concordo plenamente com isso aqui: "Nao entender a ironia do seu personagem nao é falha do publico. É falha da maneira como o seu personagem foi exposto."
e com isso aqui também: "E sim, os seus leitores sabem quem ela é e que ela fala, mas o novo publico que os cartazes querem conquistar nao sabe."
acho que isso pode inspirar a pryscila em seus novos trabalhos.
Eu não me afetei com o tom nervoso da resposta de Pryscila porque assim como outras pessoas, também acredito estar ela plena de razões para tanto.
ResponderExcluirÉ de uma irresponsabilidade IMENSA pregar a placa do "machismo" no trabalho de outra pessoa, mais, de outra MULHER sem um mínimo de averiguação e contextualização dos fatos.
Mulheres combatendo mulheres, que típico! O Patriarcado fica bem feliz com isso.
E não existe nenhuma desculpa para isso. O cartaz está perfeitamente assinado e usando o Google, tanto a Pesquisa normal quanto a Pesquisa por Imagens, é possível chegar na sua autoria e no trabalho dessa pessoa. Nada difícil, só precisa ter um pouco de boa vontade.
As tais "feministas independentes de curitiba" estão precisando, de fato, se organizarem e refletirem mais antes de tacarem pedras nos outros. E de forma anônima ainda, que é pra piorar tudo.
Parabéns à excelente artista e digo que o cartaz ficou ótimo.
"mas não acho que mulher artista TENHA A OBRIGAÇÃO de refletir a desigualdade em suas obras. além disso existem VÁRIAS formas de fazer essa reflexão, portanto nada de patrulha, nada de impor a forma que você ache mais correta. "
ResponderExcluirLembrou-me daquela publicitaria que fez aquele comercial ridiculo da Marisa.
Brancos também gostam de bananas, ou não? Aliás, todo mundo gosta de banana, e quem come banana tem muito menos chance de contrair câncer de intestino. O macaco também não come SÓ bananas, principalmente habitando uma floresta tropical, mas usamos essa fruta quando falamos dos primatas porque eles descascam a banana como nós, humanos.
ResponderExcluirRoxy Carmichael com certeza, querrrrrido. Vocês me inspirarão forever. Obrigada!
ResponderExcluirBrócolis: __ Eu pareço uma árvore.
ResponderExcluirNozes: __ Eu pareço com um cérebro.
Cogumelo: __ Eu pareço com um guarda-chuva.
Banana: __ Eu não gosto desse jogo.
Obrigada, Mara... e ao contrário de meu nome de batismo, Pryscila (com esse Y que me lembra o cromossomo) o nome desse grupo de feministas de curitiba, sequer pode ser encontrado em todo o google para que esclareçam a leviandade de certos atos que cometem. uma pena.
ResponderExcluirFico feliz que a situação foi resolvida. Não julgo a resposta raivosa de Pryscila, pois às vezes somos raivosos ao defender nossos pontos de vista, ainda mais se os mesmo forem mal interpretados com frequência, como acontece com movimentos sociais também.
ResponderExcluirOuvir 500 mil vezes pessoas falando as mesmas bobagens sobre feminismo é irritante e, ao responder, podemos ser agressivas. Ninguém é de ferro, né?
Concordo que não podemos analisar uma obra sem saber o contexto. O problema é quando esse contexto não está claro na obra.
O cartaz é feito partindo do pressuposto que as pessoas sabem quem é a personagem. Esse é o contexto: conhecendo a personagem, a mensagem fica clara.
No entanto, tenho a mesma dúvida da Roxy Carmichael. No caso do macaquinho, não fica muito claro o contexto não. Mesmo após a explicação. Não duvido que o contexto seja aquele explicado, claro, mas acho que houve um problema na execução, o que pode acontecer com qualquer um.
De todo modo, lamento pela proporção que o caso tomou. Um erro de execução não justifica o linchamento moral de alguém.
Oi Pryscila.
ResponderExcluirMeu nome é Morena e só vou comentar algumas coisas que alguns já comentaram mas por um olhar de quem também faz arte.
Eu entendi a sua tirinha da Amely e adorei a proposta, achei realmente muito legal. Só acho que as pessoas que passam na rua, os homens que tem esse discurso da TPM só reforçarão seus preconceitos. Não entenderam a ironia pois não lerão as tirinhas. Essa formação social é importante pro artista na medida em que tudo que fazemos e dizemos (mesmo simbolicamente) no mundo tem uma função ou uma repercussão. A arte não tem a obrigação de levantar bandeiras, mas precisa ser responsável pelos signos e pelas reações que provoca nos "espectadores". Não precisamos ser didáticas, como vc não tem sido na tirinha, mas talvez a alusão sem prévio conhecimento NESTE CASO provoque a afirmação de algo que é tão detestável, o preconceito.
Concordo que vc adotou um tom agressivo e isso também me irritou (rs) mas parei pra ler os comentários e vi que se todxs nos irritássemos nada caminharia. Na verdade para nossa formação pessoal, para entendermos mais dos mecanismos de poder, esse estudo do social é importante. Para sabermos que o fato do meio dos quadrinhos ser majoritariamente masculino não caiu do céu. As circunstâncias em que nos encontramos é dura de roer mesmo... Sei que pra ser artista precisamos dedicar muito do nosso tempo, da nossa cabeça, mas vai por mim, separa uma fatiazinha do seu pra dar uma olhada numas coisas. Muitos coisas vão se encaixar em vc e na sua obra. Beijos, Morena.
Pryscila, ficarei muito feliz se me adicionar no face (eu até já assino o seu perfil, rss). Seria muito legal trocar umas idéias. Se eu puder me atrever, dá uma fuçada no meu blog. Eu demoro séculos pra atualizar porque acabo usando ele pra postar artigos acadêmicos, textos longos, enfim... ainda planejo torna-lo mais ágil, mas ao menos me orgulho muito do material que tem lá =)
ResponderExcluirhttp://lordevelho.blogspot.com.br/
Pryscila, ao contrário do que você sugere, não estou dizendo que você é pior ou melhor do que ninguém aqui. E já que prefere não tomar partido do que não conhece, devia começar sem me definir como "super comentarista", pois dificilmente comento aqui.
ResponderExcluirAcho incoerente você dizer que não quer tomar partido do que não conhece, defendendo a sua ignorância, e, na resposta do post, criticou levemente a Lola por ela postar um guest-post sobre quadrinhos sem saber minimamente sobre quadrinhos. Se você acha que ela deveria ter procurado se informar um pouco ao menos, para que não fizesse julgamentos precipitados, poderia ter se informado minimamente sobre o que é feminismo antes de vir publicar num blog que trata desse tema, não? Seria um pouco mais coerente.
Fico realmente feliz ao ver que você está se informando, sinal de que é inteligente e gosta de agregar conhecimento. Afinal, desinformados e ignorantes todos fomos um dia.
Gizelli, não se preocupe. Acho que maturei o assunto durante esse dia e compreendi as críticas que recebi. Aliás, foi um dia muito sofrido para mim, mas também muito valoroso pelo aprendizado todo com os comentaristas que ao invés de brigarem, debateram o assunto. Achei D+! Por mim, gostaria de levar todos às próximas convençlões de quadrinhos para que pudéssemos, cada vez mais, evoluir no tema.
ResponderExcluirE li a matéria, super bem escrita, no cemhomens. Linda dica! Outro site que vou fuçar muito e sempre. Obrigada.
Besos!!!!
Então, eu sou desenhista e estou me formando em Design Gráfico. Quando eu vi o cartaz pela primeira vez eu achei ao mesmo tempo divertido (uma "mulher" gigante destruindo tudo, mas também achei uma forma meio objetificada.
ResponderExcluirDepois de um tempo, imaginei que o cartaz pudesse ser na verdade uma brincadeira sobre coisas de mulher (como vc falou, mulher não pode ficar brava que já se imagina que está na tpm).
De qualquer forma, quem não é do meio das hqs vai interpretar baseado nas suas próprias vivencias! Vc não precisa ficar tão brava com isso, todo mundo vive julgando meus trabalhos tb, confesso que é um saco ter que explicar tudo para me fazer entender.
Infelizmente, estamos a merce do que cada um vai receber de mensagem...E o cartaz dá braxa para diversas interpretações.
Rayara, desce do pedestal. A Pryscila não veio aqui postar coisa nenhuma com relação ao feminismo e não tem obrigação de se inteirar de nada que ela não queira. Ela veio tão somente exercer seu direito de resposta, dado a ela pela Lola, muito justamente.
ResponderExcluirÉ verdade Rayara. Eu realmente sou ignorante no que diz respeito ao que é feminismo. São muitas opiniões e vertentes que eu não estudei profundamente para me intitular feminista. Não me envergonho disso. Causaria-me vergonha assumir ser algo que não sou. E isso não é falha, nem fraqueza. Como disse, estou agregando conhecimento sempre. Só que não vim ao blog de feministas criticá-las, e sim, vim defender meu trabalho e meu ponto de vista que foram de forma leviana, atacados de forma contundente, agressiva. Senti-me muito mal. De maneira alguma quis criticar todas as feministas do mundo, apenas não curti o grupo misterioso que sequer assume suas próprias opiniões. E eu complemento seu desfecho de comentário, dizendo que talvez, sejamos desinformados e ignorantes não apenas por um dia, mas por toda a vida. Difícil alguém saber tudo sobre tudo. Eu estou pesquisando, despretensiosa e deliciosamente. Beijo!
ResponderExcluirBeijos, Morena! Daqui, parece-me serena essa querida Morena. Obrigada pelas linhas.
ResponderExcluirRodrigo Emanoel Fernandes conhece o Paulo Ramos, né? Baita crítico de quadrinhos. Pelo pouquinho que tive tempo de ler no Reminiscências de um Lorde Velho (ótimo título!) acho que você gostaria dos livros dele também.
ResponderExcluirE vc já é meu assinante lá no FB?! Show! Agora acho que tenho que criar um novo perfil, daí te adiciono dignamente. Bj
Pryscila, Lola e todxs, fico feliz que tudo tenha terminado bem.
ResponderExcluirE Pryscila, parabéns pelo seu trabalho, é bom ver cada vez mais mulheres conquistando seu espaço no mundo dos quadrinhos, que não deve ser exclusivo de grupo nenhum ("Clube do Bolinha" é, ou ao menos deveria ser, um conceito ultrapassado), mas aberto a todxs.
Bjs.
Mara,
ResponderExcluira crítica das Feministas de Curitiba foi pacifica, fundamentada e exemplificada.
elas não tacaram pedra, desrespeitaram, atacaram, achincalharam, nem nada disso que alguns estao dizendo aqui.
E mais, elas criticaram O ANUNCIO nao o trabalho da pryscila nem ela.
A resposta que a autora deu foi bastante coloquial num momento em que ela estava irritada. E foi exagerada, rude, cheia de xingamentos. e não. Ela não tinha razão não.
Tanto que ela propria se desculpou e assumiu uma postura diferente aqui na conversa.
Eu pessoalmente nao me afetei pelo tom rude anterior da autora.
Porque prefiro um comportamento diferente pra minha vida*.
Mas a exposicao daquele poster e as criticas feitas a ele primeiramente tem muita importancia sim.
*... mentira!! é porque escrever demora mais que falar, e aí dá tempo de construir frases calmamente. kkkkkkkkkk!!!!!!
Anônimo, sinceramente, não sei de que pedestal você está falando. Estou expressando minha opinião como qualquer um aqui, e realmente não acho que sou melhor ou pior do que ninguém.
ResponderExcluirPryscila, não acho que para se dizer feminista alguém precise estudar vertentes e opiniões diversas. A própria Lola diz que é feminista desde criancinha. Se você acredita que homens e mulheres devem ser tratados igualmente (o que infelizmente ainda não acontece, apesar dos avanços), que pelo menos na minha opinião é o princípio mais básico do feminismo, isso já é o bastante. Pelo que você escreveu, você parece defender essa igualdade, sim? Não exatamente saindo na rua em passeatas, por exemplo, mas na sua opinião pessoal. Isso já é muita coisa!
Eu entendo você ter se sentindo chateada com o post do blog, e a Lola foi muito justa em te conceder direito de resposta.
Concordo demais contigo, em algum ponto, seremos sempre ignorantes, o que é algo natural. Mas não são todos que estão dispostos a rever seus conceitos. Felizes são os que tem a mente aberta e que estão sempre aprendendo mais!
Para Lola
ResponderExcluirDesculpa a sinceridade, mas, vc deveria ter postado sim, o comentário do mascu reaça e doente para TODOS verem o PERIGO que estes tipos de homens representam!
Muita gente encara Masculinismo e Misoginia como brincadeiras, mas, NÃO são!
Através de "pseudo-humor" se passa muito preconceito. Através de "meras opiniões" são mostradas quem são as pessoas que digitam seus comentários.
Este sujeito, este "homem"(não merece ser chamado como tal, eu o chamaria de rato, mas, eu estaria ofendendo os pobres bichinhos, então prefiro defini-lo como o que ele é: um monte de LIXO!) que alega que ""No dia em que eu conhecer uma mulher que saiba mais do que eu de quadrinhos e games, provavelmente irei matá-la."
Bom, talvez ele tenha algum problema de identidade sexual, mas, prefiro acreditar que ele não seja gay, porque sua declaração é de um cara misógino e a maioria dos gays são homens que apesar de sua opção sexual amam as mulheres.
Hétero, ele NÃO é. Um homem que gosta de mulher, ama, respeita, e não trata mulher como se fosse "coisa" que se lhe desagradar pode matá-la!
Este cara na verdade é um: PSICOPATA!
Pra odiar tanto as mulheres ao ponto de NÃO aceitar que apenas uma mulher saiba mais do que ele em quadrinhos e games, o sujeito vai enlouquecer ainda mais, descobrindo que VÁRIAS mulheres saibam tanto ou muito mais do que ele nestas áreas!
Este cara é um sujeito perigoso, um doente mental, um psicopata da pior espécie que não devia estar circulando entre as pessoas normais e sim TRANCADO em um hospício. Um cara tão recalcado, misógino, mal amado e cheio de ódio é digno de pena, sujeitos como ele são dignos de pena, embora que muitos são dignos é de hospício ou prisão!
Lola, mais uma vez parabéns por dar espaço para os dois lados - as feministas de Curitiba - e a jovem e talentosa Pryscila.
Seu blog mostra o quanto devemos nos informar não só sobre o Feminismo como também sobre espaços machistas onde mulheres talentosas como a Pryscila estão se destacando.
Com o aumento cada vez mais frequente tanto de fãs quanto de desenhistas mulheres em hqs e games, homens como o tipinho que vc citou vão é explodir e morrer(no sentido figurado e também real da palavra) de inveja, isso sim, fazendo um favor ao Mundo em diminuir a quantidade de lixo misógino e preconceituoso deste planeta!
Sawl
Para Pryscila
ResponderExcluirQuerida Pryscila.
Eu não conhecia seu trabalho. Moro no RJ.
Apesar de trabalhar como arquiteta gosto muito de quadrinhos e games.
Vi seu blog e adorei! Gostei do traço do desenho e também da personagem que é super divertida e sarcástica. Até brinquei com meu marido mostrando algumas situações mostradas na hq do seu blog. hehe.
Fico feliz em ver um espaço machista ser "invadido" pelo talento feminino.
Que os machistas e ignorantes preconceituosos de plantão engulam a inveja e o veneno que têm contra as grandes mulheres como vc.
Parabéns garota!
Sucesso sempre!
Sawl
Pryscila, ganhou mais uma fã com sua postura realmente aberta em todos os seus comentários, fui conferir seu site e estou amando!!! PARABÉNS!
ResponderExcluirSó não entendo essa necessidade de taxar o grupo das feministas de curitiba como covarde e "misterioso" só pq se manifestou como GRUPO, e não individualmente.
ResponderExcluirse o PETA se manifesta a favor ou contra alguma coisa, ninguém pergunta QUEM são os membros do grupo. se o Greenpeace faz um protesto para salvar as baleias, ninguém pergunta quem exatamente tava ali protestando. e funciona assim com sindicatos, partidos, empresas, enfim.
se a crítica feita a você foi assinada pelo grupo das feministas de curitiba, então vc já sabe a quem responder: ao grupo, como uma unidade. vc não precisa saber cada pessoazinha que faz parte desse grupo para responder àquilo q enxerga como ataque, o coletivo falou por todas.
Eu não ia comentar nada, mas como desenhista tenho que falar. (E antes que alguém venha me criticar por causa do "Anônima", conforme já comentei em outros posts, conheço alguns dos mascus trolls daqui, e já tive alguns problemas com eles. Infelizmente não tem como saber como uma pessoa é até "mostrar as garrinhas" :/)
ResponderExcluirPor mais que o poster remeta ao filme, nem todo mundo vai entender porque, hum, nem todo mundo conhece o filme! (e foi o que aconteceu) e ninguém é de fato OBRIGADO a entender. Como li em alguns comentários (muito bem colocados por sinal) não dá pra esperar que o público tenha com ele toda a carga de significado (ou seja, que já conheça toda a história que antecede o trabalho para entendê-lo). Acho que o comentário da Pilli deixou isso mais explicado :)
O que me leva a outro ponto:
Augusto disse: "Se a sua obra precisa de explicação, então ela está deficiente como arte."
É EXATAMENTE isso.
Então seja mais profissional, não leve isso pro pessoal. Use isso pra aprender mais. Acredite, tenho mais anos de "casa" que você e já ouvi (e li) coisa MUITO pior. Se você não aprender a filtrar isso de agora, sinto muito, você não vai longe na carreira. A tendência é piorar, vai por mim (e olhe pelo lado bom, pelo menos você não é o rob Liefeld xD - entendedores entenderão hahaha).
E uma dica, JAMAIS trabalhe de graça! isso cria uma péssima imagem. É prejuízo. Trabalhar "de graça" só vale em duas situações: ou você está fazendo caridade, ou você terá algum ganho futuro. E que esse ganho não seja só aplauso né, porque aplauso não paga conta, tablet e nem nanquim. Lembre-se que estão ganhando com seu trabalho, nada mais justo do que você ganhar também. Ou você acha que um evento desses é caridade?
Agora, Lola, "(...)mesmo quando a resposta revele saber tanto de feminismo quanto eu sei de quadrinhos", pfv hein? até eu aqui que não tenho nada a ver na história fiquei incomodada.
Assim como aiaiai, não curti nadinha a frase "vamos lavar essas calcinhas sujas de sangue suor e lágrimas", mas assim como o rodrigo achei muito feio dar o espaço já esculachando a "guest". Mas quem frequenta a web sabe que é fácil perder a linha numa discussão. Fora alguns comentários complicados, como "não sou machista nem feminista", que poderiam ter sido rebatidos no próprio parágrafo, como costuma acontecer no blog, eu me senti esclarecida pela resposta da Pryscila e ver a boneca inflável justamente como uma caricatura do que se espera que a mulher seja. Vamos deixar os linchamentos para quem merece, né?
ResponderExcluirNão consegui ler todos os comentários, apesar de ler boa parte.
ResponderExcluirFoi meu irmão quem me indicou essa ~polêmica~. Nós dois desenhamos. Eu quando vi o cartaz reconheci na hora a Amely, que já vi em outros carnavais. E apesar de achar a personagem genial, achei que o cartaz não comunicou a intenção que a Priscila disse que queria passar.
E é só nesse ponto que toco: se ela quis passar um sentido irônico, e muitas pessoas entenderam o contrário, ela não usou tão habilmente a referência do cartaz mais a fala do menino para fazer uma crítica.
Ela não tem obrigação nenhuma de ter posição política definida.
E sinceramente, levantar bandeiras, qualquer que seja, não vai fazer de alguém um cartunista melhor, homens ou mulheres.
O cartunista RI das contradições humanas, políticas ou sentimentais. E temos muitas, somos todos loucos e doentes como seres vivos, homens e mulheres. Um cartunista com uma ideologia demarcada e dita obviamente só enfraquece o seu trabalho.
Uma mulher não vai se tornar uma cartunista melhor se começar a levantar uma bandeira cegamente.
Mas também não vai se tornar melhor se não reconhecer que a exata coisa que ela quis dizer foi entendida de modo totalmente contrário a intenção.
É o que acho como uma pessoa que trabalha com arte também e também como mulher.
No mais, crescimento sempre, Priscila!
obs.: Também achei a Lola e várias outras pessoas bem intolerantes com o direito de resposta.
Ai, gente! muito legal essa abaixada de bola (de todos os lados!) e o debate que tá rolando. mesmo, fiquei felizona. :)
ResponderExcluirSobre o cartaz, eu bato na mesma tecla de muitos: não pode-se exigir um tanto contexto prum cartaz na rua! acabou parecendo machista sim, MAS agora todos vemos que não foi a intenção (e que Amely é, na verdade, uma personagem muito legal!). Parabéns, Pryscila pela vontade de aprender e pelo seu trabalho também. prometemos deixar as pisadas de bola pra lá, acontece com todos.
e gente, sobre os quadrinhos, mais algumas sugestões? eu acho uma linguagem MUITO bacana, mas acabo me desanimando com algumas coisas que folheio. tem MUITA coisa legal (pra mim tá liberado botar a marjane satrapi num pedestal RIGHT NOW), mas nem sempre é fácil de achar - principalmente para nós, os leigos interessados.
"Se a sua obra precisa de explicação, então ela está deficiente como arte."
ResponderExcluirFalou o todo poderoso. Querido, arte não é uma expressão unilateral, ela provoca reações adversas, não é uma receita de bolo que deve ser seguida a risca pra agradar ao paladar de ninguém, é liberdade de criação. Quem olha esse cartaz na rua , qquer pessoa, pode entendê-lo como algo que carrega consigo um conteúdo machista e misógino, porém isso não é responsabilidade da artista; é um efeito da nossa sociedade que é, veja só, machista e misógina. E mesmo ninguém aqui tendo a MÍNIMA obrigação de conhecer o trabalho da Pryscila, seu processo de criação e referências, é de se pensar que quem pára pra ler esse cartaz tem ao menos interesse no universo dos quadrinhos e assim interesse em aprofundar-se melhor no assunto, para quem sabe entender de maneira menos simplista o que a obra procura expressar. Isso é pra quem tem interesse de conhecer, mas para aqueles que se dispõem a CONTESTAR o trabalho da mulher, aí tem q ser PHd em Priscila e Amely, afinal, ignorância s superficialidade são inadmissíveis nesse contexto. Infelizmente, foi o caso das feministas de Curitiba. Se manifestaram a respeito do que não conheciam. A artista sentiu-se no direito - com toda a razão - de responder a esses "ataques", e para não ser tão incompreendida, deu-se ao trabalho de mapear o processo de criação da Amely e do pôster. Ainda assim tem gente que se faz de rogada por puro orgulho, e até por topeirice mesmo. Priscyla, não se dê ao trabalho de explicar-se mais do que vc já se explicou. É como diz o ditado: o monge aponta o sol; o sábio olha pro sol, o bobo olha pro dedo. Abs
Anônima, querida. Cansei por hoje. Concordo com algumas letras, discordo da maioria. É fácil linchar alguém que não se conhece pessoalmente na web. Trollagem total. Ainda mais se escudando no anonimato (não falo nem de vc, falo do grupinho curitiboca sabotador).
ResponderExcluirE eu trabalho cobrando ou não para quem eu bem entender. No caso, tive meu lucro, sim. Não se incomode com isso, cara colega com tantos anos a mais de trabalho.
Eu cansei por hoje, mas de qualquer maneira agradeço seu valioso tempo dispendido em criticar meu trabalho de forma construtiva. Besos.
Marina, recomendo Maus, Palestina - uma nação em conflito, Palestina - na Faixa de Gaza... todos muito bons, pra quem gosta de quadrinho político.
ResponderExcluirLuana, eu te amo. Para mim, fechou com chave de ouro os comentários. Foi o dia mais infeliz da minha vida, acreditem. Mas Luana me salvou. Obrigada. Besos!
ResponderExcluirLudmila Nascy muito obrigada pelas palavras. Beijo!
ResponderExcluirCris, a comissão organizadora da Gibicon vai procurar esse "Grupo". Já sabemos que no Google elas sequer aparecem. Para mim, isso é caso de polícia. E eu gostaria de saber quem foi, mesmo que fosse comentário de apenas uma pessoa, sim. Independente disso, queria conversar de perto com a(s) responsáveis por tamanha difamação. Vamos ver no que desenrola. No que desenlola. Hehe! Beso.
ResponderExcluirdwestfahl também acho: linchamentos para quem merece. acho que já "paguei" demais por algo que sequer tinha intenção de fazer mal. vamos dormir, que faz bem pra pele, pro espírito e pra mente. besos!!!
ResponderExcluirObrigada Pamina. Seja sempre benvinda!!!! Recebi muitos emails de fãs e novos fãs por conta desses posts infelizes, pero produtivos. O saldo geral é positivo. OBrigada.
ResponderExcluirSawl, seja também muito benvinda. OBrigada!!!! Beijo! *AMO o RJ. Gostaria de morar aí um dia!!!
ResponderExcluirMarina... uma coisa é fato e admito: se você entrar numa comic-shop e pegar alguma coisa ao acaso, existe uma enorme possibilidade de que seja algo sexista (embora nem sempre você tenha como dizer isso sem ler, só folhear as vezes engana), isso porque o maior sustentáculo da indústria como um todo é o "vírus de colecionador" que acomete os fãs de quadrinhos de super heróis. Então, quando você entra num lugar assim, é certo que mais da metade do que você vai encontrar é desse gênero. Mas mais da metade não é tudo, só que provavelmente você terá dificuldade de descobrir outras coisas in loco, é mais fácil usar a internet pra pesquisar e se tiver amigxs que conheçam a área, aproveite os palpites. Aqueles autores que sugeri pra Daniela são todos bem interessantes e, nesse meio tempo, lembrei de:
ResponderExcluir- "Local" de Brian Wood
- "Corto Maltese" de Hugo Pratt
- "Maus" de Art Spielgelman
- "Lobo Solitário" de Koike e Ikegami
- "Os Invisíveis" de Grant Morrison
E por aí vai... Muito autores homens? Pois é, mas como eu disse antes pra Daniela, os paradigmas vão sendo minados aos poucos, muitas autoras estão aparecendo, eu ainda não li muitas das novas (eu conheço pouco de mangá, o quadrinho japonês, onde a participação de autoras mulheres sempre foi forte), mas sei que ainda vou ler... e enquanto isso tem muitos homens bem feministas sacudindo essa indústria de dentro pra fora ;)
É isso aí, Rayara!!! Beijo!
ResponderExcluirLuiz Prata, obrigada pelo incentivo! Num dia como o de hoje, é mais do que delicioso. Bj
ResponderExcluirPriscila, acredita que não li os livros do Paulo Ramos ainda? Eu produzi aqueles artigos num contexto que não era exatamente pesquisa sobre quadrinhos, foi algo meio que fiz na marra, então muita coisa ficou de fora na pesquisa... mas é bom você me lembrar pra eu tirar o atraso ;)
ResponderExcluirBom, gente, como eu já disse, fiquei feliz em ver como isso tudo terminou. Agora não vou dormir, que ainda tenho que preparar as aulas de amanhã (dormir é para os fracos!), mas vou me retirar do computador por algumas horas. Obrigada a todxs que comentaram, e a Pryscila, por mostrar sua disposição para aprender. E por responder aos comentários!
ResponderExcluirAmanhã publicarei um guest post incrível da Ana Luiza Koehler que contempla muitas das questões discutidas. Acho que vcs vão amar. Convido a todxs para encher a caixa de comentários inteligentes e amáveis como os que vi hoje por aqui. Adoro totalmente vcs!
Pryscila,
ResponderExcluireu não entendo nada sobre artes gráficas, sou totalmente leiga, assim como em quadrinhos. A última vez que li quadrinhos foi turma da mônica há anos atrás. O máximo que vejo são tirinhas.
Eu não costumo entender propagandas. Nada visual funciona comigo. Prefiro palavras, por isso sua explicação me pareceu mais clara que seu cartaz.
Se a Amely deseja ser respeitada, amada, bem tratada, ser igual a todas as outras pessoas do mundo e ter direitos, então a Amely é FEMINISTA!
Pois é, vejo muitas pessoas que dizem que não são feminista, até com um certo medo, pois acham que ser feminista é querer um mundo sem homens ou fazendo dos homens um ser inferior e muito pelo contrário, feminismo é a luta pela igualdade e pelo respeito.
Não veja a critica como uma agressão, mas como algo pra te fazer pensar.
Eu muitas vezes me pego a fazer/falar/pensar algo machista/racista/homofóbico/preconceituoso e então passo a refletir como mudar aquilo ou como melhorar minha posição.
É necessário pensar se a grande massa entendeu a Amely e o que pode ser feito para que ela seja melhor compreendida.
Seja bem vinda ao blog da Lola, é uma ótima leitura.
Beijos
Aline
Dormir é para os fracos, Lola?! Poxa, então vou ficar acordada mais uma, das cinco noites que não durmo trabalhando... rsrsrs!!! Afff... De jeito nenhum. Dormir também é para os bons, de consciência limpa, meu caso. Também agradeço a todos os leitores do seu espaço pela compreensão e por estarem abertos a um debate saudável e produtivo. Favoritada está, Lola. E amanhã, tem a genial Ana por aqui... nossa, que mulher é a Ana! Imperdível o texto dela sobre o assunto em questão. Já li antecipadamente e posso afirmar que é um dos melhores textos sobre a tal questão. Até mais. Besos!
ResponderExcluirPor isso é bom lembrar às vezes que o Lola, Escreva, Lola é um blog pessoal... A opinião da Lola ou das Curitibanas não expressam todo o pensamento feminista e por assim vai. Tanto que quem é do movimento sabe que é diálogo o tempo inteiro. Pryscila, não sei se vc vai me ler, mas adoraria. Achei um tanto exagerada a crítica feita ao seu trabalho, que inclusive achei visualmente interessante. Isso agora não tira o fato que você também foi se exaltou no "vamos lavar essas calcinhas...". Parece aquele velha história do "vai lavar roupa suja", o que por si só já é bestinha e antiquado. Assim como as moças que receberam a contra resposta podem se informar mais sobre quadrinhos, talvez seria interessante você ler um pouco de teoria feminista. Porque não tentar? Aposto que, no mínimo, você acharia algo a ser pensado e quem sabe, trabalhado. Paz!
ResponderExcluirRodrigo Emanoel Fernandes , então, Paulo Ramos já! Ele é D+. Leitura recomendadíssima. Também tem o trabalho da Sonia Luyten, que há 40 anos pesquisa quadrinhos, caso aceite outra dica dessa cartunista cheia de hematomas virtuais... hehe! beijo
ResponderExcluirLuana, você se equivocou.
ResponderExcluir"Arte" pode até ser pra "ser apreciada", mas quando se trata de PROPOSTA, o processo é outro.
Se fosse "arte por arte" não haveria necessidade de existirem designers e nem o pessoal da propaganda.
Se a arte já tem uma proposta definida e não consegue passar isso ao público, ela é sim fraca no que concebe "passar a mensagem". Não fale do que você obviamente não entende.
Luana, i love u. Dont worry. Be happy.
ResponderExcluirHa ha, Pry, não estava falando de vc quando disparei o "dormir é para os fracos", mas de mim. É que se eu dormisse as 6 horas diárias que adoraria dormir não teria tempo pra fazer tudo que faço. Mas eu sonho em dormir 6 horas por dia! E sei que não vou conseguir continuar com esse ritmo insano de 3 a 4 horas por noite por muito tempo... Durmam o sono das justas, pessoal!
ResponderExcluirAbração a todxs.
KKKKKKKK!!!!
ResponderExcluirLola, nem me fala. Luxo dormir 6 horas por dia ultimamente para mim também... chego a sonhar que estou dormindo, quando durmo de verdade. coisa doida. temos que trabalhar menos, ganhar mais e dormir muuuuuito mais. que glamour!!! beijo
"se sua arte precisa de legenda para explicar-se, ela falha"
ResponderExcluirDiscordo veementemente disto. Inclusive boa parte da arte só é compreendida por pessoas com conhecimento de contextos histórico, ou seja para a grande massa ela permanece um mistério e nem por isto deixa de ser arte.
Parece um argumento classista
Anônima linda dali de cima, pode deixar que já estou me informando. rsrsrs!! e eita coisa besta essa da calcinha mesmo. foi referência ao lavar roupa suja mesmo, talvez tenha soado bestinha mesmo. mesmo. bjbj
ResponderExcluirOi Pryscilla!
ResponderExcluirachei legal vc vir esclarecer sobre o desenho, mas só depois de ver sua explicação entendi que a personagem está brava e o homem ignorante diz "é só uma TPM"... a primeira vista achei q ele estava debochando dela (o desenho deu uma margem a uma dupla interpretação, pelo visto; acontece).
beijo!
Eef
acompanho esse blog desde 2008. confesso que esse ano foi o ano que menos acompanhei, o peso da "fama" deixou tudo menos leve, menos interessante, pelo menos pra mim. mas ainda venho às vezes, pq acho a lola legal, ja fui ve-la em palestra e tudo mais. mas tem coisa que erram muito na mão.
ResponderExcluirconcordo bastante com esse trecho desse comentário:
"Rodrigo Emanoel Fernandes disse...
"não tenho problema algum em publicar direito de resposta... mesmo quando a resposta revele saber tanto de feminismo quanto eu sei de quadrinhos."
Lola, amo seu blog, sigo a muito tempo e vivo espalhando suas postagens pelo facebook, por isso achei muito chato ler esse comentário venenoso, com toda cara de orgulho ferido. Não é a primeira vez que, mesmo admitindo que não entende nada de quadrinhos, você acaba dizendo besteira. Até aí normal, nem sempre a gente acerta, mas por isso mesmo é importante baixar a bola quando dá mancada. Você não conhece o trabalho da Priscila, que tá nessa luta a muito tempo e que tem tudo pra ser uma aliada, não uma adversária."
eu ja conhecia o trabalho da pryscila, e é bem bacana. não custava nada ter feito uma pequena pesquisa antes de fazer um post cheio de acusações. bom que pelo menos ela fica sendo uma autora mais divulgada ainda.
e o primeiro comentário do post que diz:
"Jéssica disse...
Olha, e daí que o contexto da personagem é de crítica? Esse contexto foi mostrado para os pedestres na rua? Não.
Para as pessoas na rua que viram o cartaz, é só mais uma imagem menosprezando mulheres com raiva, mais uma piadinha com TPM.
Não importa o que você quer que as pessoas pensem sobre o seu cartaz, mas o que elas realmente vão pensar."
Como a Jéssica sabe o que todo mundo vai pensar? Eu nao pensaria em nada disso e, na verdade, eu me interessaria em ir a feira de quadrinhos que o cartaz divulga.
lola, vc ja ~defendeu~ o polanski, ja se ~aliou~ a miriam rios e tudo teve contextos bem especificos, saiba analisar o contexto dos outros tb.
e acho que as pessoas precisam parar de atacar todas as mulheres que falam ~nao sou feminista nem machista~ e ja deslegitimarem tudo q elas falam so por essa frase, eh extremamente arrogante isso, ngm tem obrigacao de levantar bandeira nenhuma e a priscyla, como ja foi dito, ja se mostrou ha tempos muito mais aliada do que inimiga, vcs q nao fizeram questao de pesquisar o trabalho antes de pesquisar. enfim, enfim....
"Se a arte já tem uma proposta definida e não consegue passar isso ao público, ela é sim fraca no que concebe "passar a mensagem". Não fale do que você obviamente não entende."
ResponderExcluirDepende do motivo pelo qual a obra não conseguiu passar a mensagem.Se for porque é preciso um conhecimento maior acerca do trabalho do autor não considero a obra falha.
A menina e talentosa, parece ser extremamente inteligente, e ter sentidos apurados para os fatos ao seu redor, eu ja conhecia a personagem Amely, acompanho todo dia no jornal Metrô, o melhor dela como artista para mim e a espontaneidade , e vocês querem tirar isto dela com este seu politicamente correto chato, mas para meu consolo, tenho certeza que não vão conseguir, a artista prevalecerá !
ResponderExcluirO post resposta foi muito mais agressivo q o post critica. Eu realmente acho q a critica foi uma manifestação da liberdade de pensamento, sem agressões além de ter apontado o cartaz como machista. Dizer que foi caso de policia, forcou um pouco a barra, será perda de tempo.
ResponderExcluirAgora, pryscila, vc diz q é difícil ser uma das poucas mulheres em um meio, mas não reconhece q essa dificuldade decorre exatamente do tipo de visão estereotipada sobre as mulheres q o cartaz passou?
Enquanto a gente achar q é difícil ser mulher, mas continuar se enquadrando a estereótipos para ser aceita em determinado nicho, dizendo q não tem obrigação de ser feminista, vamos continuar a correr atras do próprio rabo.
E mesmo com suas explicações, mesmo levando em consideração o contexto da obra, tratar a mulher nao docil como tpm é clichê e é machista, ainda q vc não seja nem o conjunto de sua obra, o q acho q já ficou bem claro.
Luciana
Pra mim, o exemplo da Pryscila na caixa de comentários nos mostra que muitas vezes nosso posicionamento em discussões e debates faz toda a diferença.
ResponderExcluirNão que não possamos nos indignar ferozmente e assumir posturas mais incisivas ou até de escárnio, mas acho importante manter o foco da militância: o que desejamos?
Estamos todos os dias em contato com blogs feministas, e constantemente nos deparamos com os mesmos tipos de comentários, o que pode nos tornar muito intransigentes e até maniqueístas. As discussões ficam pautadas pelo ego.
"Parei de ler no 'não sou machista nem feminista'". Quantas vezes eu não fiz um comentário desses? Hoje evito. Acho uma postura arrogante e nada produtiva. Se nós temos um embasamento maior sobre as questões de gênero, não é de nossa responsabilidade multiplicar esse conhecimento?
Devemos exercitar a autocrítica e repensar periodicamente nossas ações e intervenções. Se o cartaz à primeira vista parecia machista, poderíamos munidas de nosso conhecimento e capacidade de questionamento, procurar saber um pouco mais sobre o trabalho da autora e ajudar a promover o evento e sua personagem, como forma de incentivar a interação de cada vez mais gente com o assunto.
Seria mais eficaz do que carimbar "MACHISTA" no cartaz que NÃO TINHA a intenção de sê-lo (existem casos e casos, que fique claro). Deixem que as pessoas se informem, discutam e cheguem a essa conclusão, nossa função também é abrir caminhos para isso.
A dx artista? Se elx quiser.
Afinal, politizadxs ou não, cada um com seus interesses, estamos todxs do mesmo lado, certo? Precisamos de mais aliadxs, e não adversárixs (o que já temos de sobra).
Pryscila, parabéns pela atitude! E também pela sua arte, que ainda não conhecia. Qual a sua página no FB? Gostaria de acompanhar as atualizações!
Aiai Lola, obrigada pelo blog! ;D
"Vai ler um pouco sobre feminismo" é o novo "vai procurar uma pilha de louça pra lavar".
ResponderExcluirE não ser feminista não é automaticamente ser machista.
Assim como vc não precisa ser cristão para acreditar em Deus (se quiser) vc não precisa ser feminista para acreditar em direitos iguais para as mulheres.
O feminismo é um movimento e como uma religão tem seus dogmas e seus ensinamentos. E nem eu nem ninguém precisa se assumir feminista e concordar com toda a doutrina feminista para viver uma vida de igualdade.
Parem de tentar enfiar o feminismo goela abaixo das pessoas.
Eu já conhecia as tirinhas da Amely, realmente é uma ótima personagem. E pelo menos pelas histórias que eu li, não depõem contra o feminismo e contra a mulher.
ResponderExcluirMas, francamente, Pryscila: "não sou machista nem feminista"??? zZZzzZZZZZzzZZ
Feminismo não é o oposto de machismo. Quer que eu desenhe??
Pryscila, na sua ânsia de rebater a crítica do grupo Feministas Independentes de Curitiba, vc acabou insultando todos os leitores da Lola, uma pena.
ResponderExcluirBom, acho que a Pryscila está correta.
ResponderExcluirA obra não é claramente feminista, mas é claramente crítica à objetivação da mulher pelo homem.
Torna-se autoritário, até fascista, esperar que todos sejam feministas, todos desenhem exatamente como nós, feministas, queremos e, caso não o façam, sejam defenestrados publicamente. Todo meu apoio à cartunista.
Lendo os comentários atentamente, percebi que a Pryscila demonstrou uma postura mais admirável que a agressividade do texto. Então venho comentar de novo só pra reforçar: seu trabalho é ótimo e a sua abertura para dialogar e conhecer o feminismo é respeitável. Muito mais que as feministas que se apressaram a criticar o cartaz sem conhecer a Amely e o que essa personagem representa.
ResponderExcluirTodas nós erramos, afinal. Inclusive eu, que comentei mais acima com um tom agressivo desnecessário.
Se você precisa explicar para as pessoas que quis dizer, então é por que não funcionou.
ResponderExcluirCara Pryscila,
ResponderExcluirparabéns pela qualidade gráfica do seu trabalho.
Na minha opinião, o "efeito irônico" do cartaz só funciona se o observador conhece a referência subjacente. Eu nunca tinha ouvido falar do "Ataque da Mulher de 15 Metros" - sendo assim, boiei. É delicado pressupor que o outro partilhe das mesmas referências que você.
Não muito tempo atrás, também costumava dizer (provavelmente, por comodismo ou receio) que não era "nem machista, nem feminista". Hoje sei que sou - e sempre fui - feminista. Sem alarde, mas com firmeza. No meu entender, nos dias machistas em que vivemos, nao posso - nem quero - ser outra coisa.
Abraco,
M.
Pryscila, sou designer (portanto possuo um pouco de cultura visual), feminista e tudo o que posso dizer é que o seu texto é agressivo e desinformado. Como profissional, aconselho que vc aprenda a separar as coias e a não personalizar a crítica sobre seu trabalho: na minha opinião sua ilustração é muito bem executada, vc revelou que fez pesquisa e tentou fazer um trabalho com humor. Legal. Vc caiu em um erro conceitual, em que todas nós estamos sujeitas pq fomos criadas em uma sociedade machista. Use isso para se informar sobre feminismo, é legal, é uma oportunidade. Não caia na armadilha de parecer pouco profissional ao lidar com críticas, como vc está me parecendo.
ResponderExcluirSua afirmação de que feministas não entendem de quadrinhos é risível. Existem inúmeros grupos de discussão sobre quadrinhos e feminismo na internet, é só procurar. A própria revista feminista Ms. já destacou a personagem Mulher Maravilha. O que acontece é que, como críticas da cultura, procuramos deixar de lado o nosso olhar de fãs que muitas vezes somos e analisar o que é feito criticamente. Entenda que o fato de muitas feministas gostarem de quadrinhos não os torna menos machistas. Entenda que muitas feministas criticarem as representações femininas nos quadrinhos não nos torna menos apreciadoras/consumidoras do mesmo. Cobramos justamente pq queremos nos ver melhor representadas em produtos que apreciamos. Enfim, entenda o que é senso crítico. E o utilize para defender seu trabalho de forma mais madura na próxima vez.
nossa deu pano pra manga heim povo??
ResponderExcluirsobro de tudo e falto de tudo...
Pry..vc eh vitima do machismo..por isso acaba reproduzindo algo que ele te faz pensar que é inofensivo ...mas não é..o cartaz fora de contexto não é nada inofensivo...e não da pra esperar que todos entendam o que toda a sua obra quis dizer se foi usado uma parte que por si só propaga uma visão sexista sobre a mulher...leia mesmo sobre o feminismo...
e bom...desqualificar quem te desqualificou é facil...o que o grupo de Curtiba fez foi defender o seu..e os meus direitos..e ofende-las não vai ajudar em nada...dizer que elas são caso de polcia eh simplorio demais..ser ou não anonimo não faz diferença..antes elas anonimas que agem do que eu mesma que não sou anonima mas faço pouquissimo pela causa...se vc acha que elas erraram diga..mas ofende-las não vai te ajudar em nada...
e seja bem vinda ao mundo feminista...e dpeois de conhece-lo bem vc vai entender o por que de algumas pessoas se esconderem pra poder agir..
Lola arraso nos post...nos dois...
Passando batida pela parte das calcinhas sujas de sangue, suor e lágrimas, o que me chamou mais a atenção no texto foi uma pergunta que se propunha retórica:
ResponderExcluir"Entenderam a inversão, ou preciso desenhar?!"
No final das contas precisou mesmo desenhar não foi? E isso me lembra aquela história de que uma piada (ou uma ironia) que precisa de explicação simplesmente NÃO é boa!
Pryscilla, Parabéns! Que texto! Que classe! Que inteligência! Fiquei sinceramente emocionado. Uma resposta elegante e precisa contra o obscurantismo. E ainda por cima, a julgar pelas fotos que vi, você também é linda por fora. Me motivou a conhecer o seu trabalho.
ResponderExcluirSobre o cartaz e o desenho do Obama tenho a mesma opinião da Natália (29 de outubro de 2012 18:33).
ResponderExcluirReforço que...
Erro de interpretação no desenho do Obama? Papo furado! Muito fácil fazer piada de grupos oprimidos. Quero ver comédia sobre religião, ricos, TV, políticos (com negros e mulheres políticos já fazem).
''Não sou machista, nem feminista. Nada esquerda, zero direita'' e diz que não está em cima do muro?
ResponderExcluirOI?
Olha, eu não concordo com a Luana e outras pessoas que falaram que a responsabilidade não é da artista se interpretam o cartaz de maneira misógina e machista. Acho que não só o artista, mas qualquer pessoa tem que ser responsável pelo que faz e diz em público. E o artista atinge um grande público, a responsabilidade aumenta, enfim. Eu entendi que a intervenção das Feministas de Curitiba não foi direcionada ao trabalho da Pryscila, mas a divulgação da GibiCon, que só mostrou mulheres em seus cartazes de maneira objetificada. O que não tira o direito da artista defender seu trabalho, mas seria legal ela entender que a intervenção no trabalho dela foi dentro de um contexto maior, não foi pessoal. Aliás, eu achei bárbaro ela se dispor a vir nesse espaço expor seu ponto de vista e defender a personagem (que é ótima). Notem que nenhum dos outros autores nem a coordenação da GibiCon se preocupou em vir debater, ensinar e aprender. Ela foi extremamente corajosa e temos que recebê-la bem, aproveitar a oportunidade pra trocar aprendizado.
ResponderExcluirÉ importante que ela e todos nós possamos entender que são essas pequenas coisas (objetificação da mulher pela mídia em geral) que alimentam o machismo, a cultura do estupro... Que MATA, que fere, que causa tanto dano. As Feministas de Curitiba se assumem como um coletivo, é importante entender isso dentro de um contexto de colaboração e ausência de hierarquias, e se elas não se expõem mais é por medo de represálias violentas - que é muito comum. Podem até acusá-las de covardia, mas ninguém é obrigado a correr risco de vida, e eu acho que se foi a forma que elas encontraram de fazer a diferença (anonimato) é válido, antes fazer alguma coisa dentro das possibilidades do que nada.
Eu não vou ter condição de fazer um comentário decente (correrias) mas gostei muito da Amely e da ironia da coisa toda. Pryscila, minha dissertação foi justamente sobre o discurso de humor das mulheres cartunistas. Mais informações aqui: http://www.univerciencia.org/index.php/record/view/18296
ResponderExcluirQueria trocar mais, espero que vc volte a publicar por aqui.
Ai, não deu tempo de ler todos os comentários pra variar...
ResponderExcluirEu gosto da Amely e não gostei do cartaz. Preferia uma piada irônica como vejo nos quadrinhos.
Quando você lê um pouco dos quadrinhos a hipersexualização de uma boneca inflável se torna uma coisa caricata, até assexual, e engraçada. Mas realmente fora de contexto é só mais uma figura feminina seminua e uma piada de tpm.
Parabéns pelo seu trabalho Pryscila.
ResponderExcluirComo colecionador de quadrinhos e andarilho de sebos nas décadas de 80 e 90 sei bem o quanto é masculino este universo.
E achei sensacional a sacada da Amely - mulher de verdade.
Beatriz não disse que mulheres não entendem de quadrinhos. Leia direito o texto. A própria Lola afirmou em seu infeliz post, que não entendia nada nda quadrinhos. Atenção, please. ;)
ResponderExcluir" Pryscila disse...
ResponderExcluirBem, pelo menos vou ler mais o blog da Lola para aprender mais sobre feminismo, para sentir se simpatizo um pouco mais com a causa tão mal representada. Espero que vocês leiam mais sobre quadrinhos também para que emitam opiniões melhor embasadas. Besos."
Prestei bastante atenção, sim. Sua presunção em rebater a crítica mandando o pessoal se informar sobre quadrinhos só é equivalente a presunção de, no mesmo texto em que afirma não ser feminista, utilizar a expressão "conteúdo pseudo-feminista". Como vc já pode rotular algo de pseudo ou não se nem está informada sobre o assunto?
Enfim, vc falhou e continua falhando como comunicadora. Gostei muito da proposta personagem Amely, mas sustento que a ilustração foi infeliz e que se vc precisa anexar toda a sua pesquisa de referências para que ela seja entendida do jeito que gostaria, ineficiente. E como profissional desse meio, tenho uma má vontade especial com colegas que, ao serem criticados, rebatam acusando o público de desinformação. Nossa função é justamente nos fazer entendidos, é sempre bom recordar.
eu não queria me meter, mas achei impossível. estou aqui, lendo a Pryscila se defender e uma galera xingando e falando absurdidades infinitas. vou expor a minha opinião.
ResponderExcluiroi, Pryscila. e oi pessoal que está insatisfeito. e oi, Lola.
eu sou ilustradora, quadrinista e feminista. e eu, como ilustradora, quadrinista e feminista, concordo com a Pryscila nessa discussão. eis os meus motivos:
1º feminismo é um movimento que busca a igualdade entre os sexos. e por igualdade entre os sexos eu quero dizer o reconhecimento de que todos os seres humanos (independentemente do sexo) são iguais e, obviamente, deveriam ser tratados como iguais. se a definição de feminismo mudou desde a última vez que a vi, então eu não sou mais feminista. sou... defensora da humanidade. não sei, acabei de inventar isso.
2º embora muitos veem os quadrinhos apenas como produto de entretenimento, eu os vejo como forma de arte. arte, sim. acho que dá pra fazer muita coisa com eles e chegar em vários problemas que às vezes só podem ser discutidos com a forma com que a arte lida com as coisas. eu amo quadrinhos mais do que qualquer forma de arte.
3º que bom que o poster da Pryscila incomodou. o que ele é, senão um gatilho ao incômodo? toda crítica incomoda. você não é obrigado a conhecer a Amely para entender que o poster é uma crítica. críticas se fazem das mais diversas maneiras. a questão é que a arte é, sim, uma coisa complicada em todos os sentidos e é difícil de compreendê-la na sua totalidade (eu mesma frequentemente me perco). mas a questão se faz por duas coisas: a intenção da autora (que pudemos ler, já, é bem óbvia) e o modo como o público recebe a obra. o quadro da Amely gigante provavelmente não causa mais do que um risinho de canto de boca para a maioria das pessoas. mas ele se faz entender para outras poucas pessoas e só por isso, ele já vale a pena.
se, ao invés de um cartaz desses, ela tivesse feito um manifesto feminista, então a) a Pryscila seria escritora de manifestos, e não cartunista e b) ela provavelmente receberia o mesmo número de críticas raivosas que recebeu agora.
a diferença não se faz para aquele que ainda não consegue "ler" a obra. ela se faz para quem consegue. e quem consegue é quem vai a debates (muito bom o debate na Gibicon, aliás; eu estava lá), é quem escreve textos, faz quadrinhos, produz formas de tentar, aos poucos, mudar o mundo.
menos violência, amigos e amigas. mais amor.
Achei muito legal Lola dar o direito de resposta pra Pryscilla. Enriqueceu demais a discussão e trouxe a questão da leitura que o "leitor"faz de uma obra, o que me interessa demais já que fui estudante de comunicação.
ResponderExcluirNenhum artista deve e nem merece ser definido ou caracterizado por apenas uma obra sua. Para entender um(a) artista plástico, um(a) cineasta, e sim, um(a) desenhista de quadrinhos é importantíssimo conhecer a sua obra e seu contexto.
Mas, faz parte tb do estudo da comunicação a analise de obras fora desse contexto. Isso não é em detrimento do autor@ e sim uma forma de perceber como fazemos a leitura das obras tendo somente o nosso próprio "contexto" (não sei se isso ficou muito claro)
Por isso a leitura das meninas de Curitiba não foi ërrada", mas foi simplesmente uma leitura sem conhecer a obra da Pryscila. O que, eu imagino, foi o que aconteceu com muitas pessoas que passaram na rua nesse período.
Eu entendo tb, perfeitamente, o que a Pryscila quer dizer quando se diz apoiltica e o pq de ela achar importante ter essa postura para fazer a sua arte. Eu só não acho que isso seja possível. Por mais que ela não coloque explicitamente suas visões políticas/sociais nas suas tirinhas ela é um ser humano com um contexto (olha ai essa palavra de novo). O lugar onde ela nasceu, a criação, a cultura com que cresceu e etc tudo isso formou a pessoa que criou a Amely. Outra pessoa em outro contexto criaria outra Amely. Por isso o fato de Amely não ser uma tirinha sobre politica, não quer dizer que seja tb uma tirinha apolitica/imparcial.
Mas, de verdade, gostei mto do trabalho da Pryscila e vou acompanhar mais e adoraria ver um trabalho meu sendo discutido dessa forma.
Queridos(as) leitores do blog da Lola:
ResponderExcluirJá dispendi tempo demais por aqui respondendo à maioria dos comentários, tentando elucidar minha personagem e defender meu trabalho das agressões. Infelizmente, tenho que trabalhar e vou me ausentar. Trabalho com cartoon, o que exige mente limpa para criar.
Gostaria de responder à todos os comments, mas estou exaurida com análises repetitivas, embora também esteja revigorada com o apoio dos muitos que entenderam a tempestade em copo d´água em que fizeram questão de me jogar. Concluo que:
Ok, o cartaz pode ter sido colocado de maneira ineficiente no sentido de apresentar a personagem e sua luta pela desobjetificação da mulher, implícita em sua própria existência. Ninguém é obrigado a saber tudo sobre tudo, muito menos sobre minha obra. Mas ao menos poderiam ter pesquisado meu trabalho ao invés de deliberadamente me prejudicar profissionalmente. Foi uma atitude de muito irresponsável achincalhar-me sem conhecer-me. Mas agora, para quem queira, acesse www.pryscila.com.br e veja um pouquinho das tirinhas da Amely.
E se ninguém é obrigado a saber tudo sobre tudo, também não sou obrigada a saber sobre feminismo, embora tenha achado interessante descobrir pensamentos diferentes com os quais posso enriquecer a vida e o trabalho. Só não foi bom ser chamada de ignorante e desinformada, simplesmente porque não tenho as mesmas informações e vivências que vocês tem. Horrível isso. E ainda não me sinto à vontade para dizer que sou feminista, machista, direitista ou esquerdista. Talvez seja um longo aprendizado. Ou talvez eu jamais tome partido. Por ora, continuo sendo apenas cartunista o que já é suficiente, visto que meu trabalho é ilustrar a sociedade e seus comportamentos.
E isso deu certo. Mexi com algo inimaginável para mim, quando criei esse desenho para a Gibicon: feminismo. Quem diria que falar sobre TPM (assunto recorrente em tiras de todas as cartunistas - vide Maitena, Chiquinha, Cibele Castro) era algo tão desmerecedor para meu trabalho. Mas não pretendo deixar de tocar no assunto por conta de vossa fúria. Eu mesma sofro com esse problema e já tomei muitos remédios em vão. Para mim, esse não é um problema feminista, é um problema biológico.
Reforço que senti-me alfinetada, achincalhada e maltratada por pessoas que sequer se identificaram. Brigar pela WEB é tão fácil quando pode-se escudar no anonimato, não é?! Hoje entendo quando um adolescente suicida-se por conta de cyber bulling. É FODA aguentar gente como alguns daqui. Haja estrutura emocional. E eu, que sou toda coração, senti-me MUITO prejudicada emocionalmente por ter me envolvido nisso aqui. Se arrependimento matasse, eu nem precisaria do achincalhamento virtual para isso.
Por outro lado, estou orgulhosa de mim por ter tido a coragem de encarar todos de peito aberto, sem máscaras, sem medo. "Prazer, sou Pryscila. Fui ofendida, estou emputecida e quero me defender". A maioria das críticas são lindas, super embasadas e eu vou guardar no coração e na mente. E embora alguns aqui tenham tentado me levar para o buraco onde se encontram, aviso que até me acho fodona (minha mãe também... rs). Sou bonitona, tenho um marido incrível, minha família é um show, tenho dois cães super engraçados, crio cravos no nariz, tenho uns trocados na conta e claro, muita gente gosta e principalmente entende (ou passou a entender)meu trabalho.
Financeiramente não é fácil ser cartunista. É praticamente inviável. Agora, com esse patrulhamento, ficou ainda mais dolorosa essa profissão. Sinto-me amordaçada, pois ao invés de me protegerem e me colocarem como vossa aliada (coisa que, sinceramente eu achava que era), fui tachada muitas vezes como inimiga. Estou mais perdida do que amendoim em boca de banguela. Mas estar perdida me excita. Para onde eu vou agora? Mistério?! Nããããoooo! Minha vida é um livro aberto. Para quem quiser, pode acompanhar as cenas (literalmente) dos próximos capítulos.
Um beijo para todos e meu baita agradecimento pelo vosso precioso tempo dispendido nesse debate enriquecedor. Palmas para todos nós!
Pryscila.
*Lola, ontem recebi um email direto falando que por aqui tinham "feminazis". Choquei.
ResponderExcluirImagino que a "crítica" de "se você precisou explicar, é porque não funcionou" se deva à mídia em que o quadrinho foi publicado.
ResponderExcluirUm cartaz no ponto de ônibus tem um apelo X. Este mesmo cartaz dentro de uma tirinha de 4 quadros consegue outra conotação, completamente diferente. Creio que o local e o ambiente em que algo será mostrado influenciam completamente na compreensão da obra.
Você admirar uma obra numa exposição, num museu, numa feira como a Gibicon, é uma coisa. Às vezes há distribuição de folhetos comentados, explicativos. Você pode procurar saber sobre o que estará exposto. O contexto é necessário para uma melhor compreensão e, em geral, quem procura este tipo de arte também procura o contexto. E é completamente diferente da exibição de algo num ponto de ônibus. Não há contexto nenhum ali. Você passa, vê um cartaz de propaganda de um evento de quadrinhos (coisa de homem) de uma gostosa irritada com um homem dizendo que é só TPM. Sério que a primeira coisa que irá pensar é "que sátira genial da objetificação feminina nos quadrinhos"? Se fosse uma mostra chamada "Respostas divertidas aos estereótipos dos quadrinhos", a arte de Pryscila estaria fantástica - como de fato é, ao ver seu site. Só que não estava. Então talvez tenha faltado uma propaganda do debate "Mulheres nos Quadrinhos". Sou muito fã de não precisar explicar "tin tin por tin tin", mas não falar nada penso que complica.
Por isto, acredito que seja válida esta argumentação. Não precisa colocar um cartaz enorme dizendo o que você pretendeu nem nada, apenas acredito que, para o tipo de mídia utilizado, a representação tenha sido pouco efetiva. É só ver quantas pessoas acreditaram ser apenas mais uma, dentre milhares, representação sexista e machista.
Quanto a outro argumento. Acho difícil comparar com o "não é só uma piada, não é só um comercial". Por que o contexto em questão é a crítica da naturalização de um comportamento, de uma violência. Não é o contexto em que o comercial se passa. Não é um problema de execução da peça que queria passar uma mensagem e acabou por passar outra. Tem a ver com o porquê de aquela peça ser ofensiva e perpetuadora de atitudes sexistas e misóginas. Não seria possível colocar aquela peça em lugar nenhum para que tirasse sua mensagem de "que engraçado abusar de mulheres sem ser punido" ou "mulher é decoração e não bebe cerveja". O mesmo já não acontece com Amely. E é importante observar o contexto em que o cartaz apareceu: quadrinhos, aquele ambiente de mulheres notadamente peladas e peitudas. Infelizmente, o contexto de "estereótipos criticados e ridicularizados" é pequeno e, portanto, precisa de uma divulgação menos implícita. Pelo menos penso assim.
De qualquer forma, é excelente saber que estávamos tods enganads! E que agora conhecemos uma quadrinista com ideais feministas (e, por quê não, ela mesma feminista) que, tenho certeza, encontrará aqui um ambiente de divulgação de seu trabalho!
Pryscila, como disse, imagino que tenha havido uma pequena falha na execução da exposição da Amely (nem por sua parte, mais por parte talvez da Gibicon). Nada que, com sua humildade nos comentários e disposição em rebatê-los, não possa ser sanado.
Vamo que vamo! Apenas com o debate podemos chegar em algum lugar!
Em um primeiro momento, achei o cartaz machista, mais por aquele balãozinho com a frase da TPM que com o desenho em si. Já havia lido algumas tirinhas da Amely e gostado bastante do humor. E fiquei feliz em saber que a cartunista é uma mulher, porque nunca tinha me atentado a isso.
ResponderExcluirAchei dispensável a ironia da Lola e a de muitos comentários, porque, como outras pessoas já disseram, ninguém é obrigado a ter uma "carteirinha de feminista". Quando eu cheguei neste blog, certamente era uma das que dizia que não era feminista e acreditava que feminismo é o oposto de machismo. Simplesmente porque é isso que a gente ouve a vida toda!
Então, se nós, feministas (sim, hoje sei o que é e me considero), lutamos contra a mídia machista e o machismo enraizado na sociedade, por que, quando nos deparamos com outra mulher que não está bem informada como nós, a atacamos ao invés de explicar pra ela o que realmente é o feminismo, e mostramos a ela porque, em certos pontos, ela está colaborando com o machismo? Como disse outra leitora, "somos meio feministas e meio machistas", e ela tem razão. A gente não transpõe todos esses obstáculos de uma hora pra outra. E não é um certo "machismo" atacar uma MULHER que disse não se considerar feminista, sendo que nós sabemos que as mulheres que dizem isso desconhecem o feminismo como ele é e estão habituadas aos clichês?
No mais, a Pryscila começou meio errado mas no fim deu uma boa resposta; ela pode não entender de feminismo, mas ela mostrou-se um tanto feminista pela sua obra e aquilo em que acredita, e, melhor ainda, mostrou-se disposta a aprender mais sobre o feminismo.
Po, gente, não adianta nada criticar mídia machista, criticar quem faz slutshaming e ficar bravinha toda vez que alguma mulher demonstra desconhecer o feminismo (já que o mundo é feito pra que a gente o desconheça!).
Temos que lembrar que mulheres "não feministas" ou que desconhecem o feminismo não são nossas inimigas, são simplesmente vítimas do machismo, e cabe a nós ajudar, e não acusar as vítimas, não é?
Pryscila, espero que você leia sim o blog da Lola, como eu você vai aprender muito por aqui; vai concordar com algumas coisas e discordar de outras, afinal ninguém é obrigado a ser vaquinha de presépio e concordar com tudo que o outro fala, não é?
E meninas, mais calma na hora de criticar outras mulheres por desconhecerem o que é o feminismo, vocês estão fazendo algum outro tipo de "shaming" também... e às vezes elas são feministas e nem sabem porque estão presas aos clichês!
Sofia V
Concordo com a N.M... Obras fora de um contexto geram má interpretações. Não necessariamente de má fé... Mas isso serve como lição para nós, comentaristas do blog, creio que devemos aprender um pouco mais para embasar nossas críticas
ResponderExcluirAcho uma lástima que a Pryscilla se sinta alfineta, achincalhada e que precisa se defender.
ResponderExcluirFalando sinceramente não li todos os comentários, mas os que li e o post inicial da Lola fazem críticas MUITO pertinentes ao cartaz e não a toda a obra da autora e muito menos a autora em si.
E falando somente do cartaz, desculpem mas o cartaz não fala da ironia fina que a autora diz utilizar em seus quadrinhos. Salvo engano, isto é um cartaz cujo público são transeuntes que pode OU não saber sobre quadrinhos ou sobre o histórico da personagem ali retratada.
Por isso, eu concordo com as críticas. O cartaz dá ensejo elas.
"'Arte' pode até ser pra "ser apreciada", mas quando se trata de PROPOSTA, o processo é outro.
ResponderExcluirSe fosse "arte por arte" não haveria necessidade de existirem designers e nem o pessoal da propaganda.
Se a arte já tem uma proposta definida e não consegue passar isso ao público, ela é sim fraca no que concebe "passar a mensagem". Não fale do que você obviamente não entende."
a proposta é divulgar um evento, não discutir feminismo. Se o pôster causou tanta discussão, está claro como água que se aprofundar no trabalho da artista é um meio de buscar fundamento para o debate. E não me venha dizer sobre o que eu devo falar ou não, não vou deixar me expressar só pq vc pensa diferente de mim. Abraços!
Eu mesmo, aliás, já conheço a Amely há vários anos e tenho pena que a Pryscila venha a se sentir "achincalhada" justamente pelas feministas.
ResponderExcluir@Pryscila, vc não precisa se sentir assim. É a crítica ao seu cartaz que foi desinformada e disparatada.
Na constituicao de 1891 nao excluia as mulheres de votar, mesmo porque, elas nem eram consideradas individuo dotado desses direitos. Na epoca algumas mulheres requerem sem sucesso esse direito. "Vendiam-se" isso de maneira que fosse desonroso a mulher votar. Em 1892 Berta Lutz (ao lado de Nisia Floresta pioneiras no feminismo brasileiro) fundou a fundacao brasileiro do progresso feminino: lutavam pelo voto, escolha do domicilio e pelo trabalho de mulheres sem autorizacao do marido. RN e MG foram estados pioneiros em autorizar o voto feminino. 1921, 1922, 1927, 1933....Mas recentemente na ditadura, grande importancia do movimento feminino que denunciavam as repressoes que os militares haviam impostos aos cidadaos brasileiros. Em 1997 teve ate CPI pra investigar como a mulher e tratada no mercado de trabalho. A morte de Angela Diniz onde o agressor foi absolvido gerou serissimas represalia do movimento feminino que chegou ate a criarem o SOS Mulher, de suma importancia, que protegiam as mulheres que trabalhavam e sofriam chantagens e abusos sexuais pelos patroes. Podemos aqui tc N situacoes importantes, historicas, de valor agregado para o bem dos cidadoes pelo movimento feminino. Precisamente no ano 2000 ate os Correios lancaram selos (08.03.2000) em homenagens as mulheres pioneiras da aviacao brasileira (que tempo diferente, gracas a Deus). Dai chego eu, um homem hetero (hj em dia hetero e importante) senao nao tem futura geracao daqui uns dias, em 30.10.12 (dia 29.11 e meu niver) e leio frases, palavras, textos, de pseudo-feministas criticando a Amely (que e mulher de verdade sim senhores e senhoras). E olhem que pra mim (macho alfa), para quem nao sabe macho alfa e o que cobre todas as femeas do bando, aprendi isso em discovery channel (assistam) render-me aos encantos da Amely, ter saudades da Amely, querer os carinhos da Amely, os beijos da Amely, o cheiro da Amely, acordar com Amely (sim, ACORDAR junto, como e dificil isso), tudo isso e muito mais principalmente porque ela pede e exige respeito com a condicao feminina dela, com o time (ingles) dela, com a individualidade dela, privacidade, liberdade, direitos e deveres, harmonia a ela e a todos, participacao dela nos fatos que diz sim senhores e senhoras a respeito de como interferira no dia a dia dela e de quem a cerca. Ah como e doce o beijo quando vem da boca da Amely, da uma vontade de ter ela sempre comigo. A Amely luta por situacoes identicas, parecidas e, de importancias tais aquelas que la atras mulheres nobres, honradas lutavam. O que a Amely precisa e de maior numero de mulheres de verdade ao lado dela, pois, uma andorinha só nao faz verao...senhores e senhoras...causas feministas e de supra importancia e q nao faltam, portanto, foquem no que de fato e importante, mudara a vida das pessoas pra melhor, protegera direitos dos dos pobres e necessitados...quero ver o movimento feminino no brasil lutar contea decisoes judiciais que pervertem direito dos humildes em troca de favores a grandoes...e tantas e tantas outras injusticas por ai afora...Amely case comigo e prometo que serei um homem que te tratarei bem, com carinho, atencao, amor, respeito, cumplicidade, discutiremos a relacao se vc quiser e quando vc quiser, tambem aceito ir em loja e te dar palpite nas roupas q vc quer comprar, te ajudarei tb a lavar louca se teu dia foi stressante, sim tb posso fazer uma massagem pra te ver com a carinha mais feliz, ok ok eu troco o chuveiro, arrumo a luz, sim sim sim ajudo vc a fechar o ziper das costas e nao vou reparar em suas celulites nem nas suas varizes, mesmo pq nem sei a diferenca disso...e juntos faremos do nosso mundo a dois um mundo igualitario, transparente e com principios humanos e valores de alma...Amely, vc sim e mulher de verdade e feminista de verdade.
ResponderExcluirParei de ler no "Não sou machista, nem feminista".
ResponderExcluir¬¬
Ah,só pra esclarecer, pq tenho plena consciência de que me expresso um pouco mal: eu não quis dizer que os artistas não têm responsabilidade sobre aquilo que criam. Quis dizer que eles não podem ser estigmatizados pela interpretação equivocada que fazem de sua obra, ainda mais quando a intenção passa longe de querer criar polêmica. Não estou comparando com um Rafinha Bastos da vida que fala bosta e fica putinho quando alguém "ousa" questioná-lo, afinal é com intenção de gerar repercussão que ele tem determinadas atitudes. Já a Priscyla pelo visto tem um trampo muito honesto, ela quer se expressar e gerar reflexão, não simplesmente causar pra ter visibilidade e ganhar dinheiro.
ResponderExcluirps: Lola, por engano eu postei esse comentário no seu texto mais recente, vc poderia apagá-lo se não for muito incômodo? Vai ficar totalmente fora de contexto se ficar por lá rs Abraços
Uma arte, seja ela escultura, pintura,desenho, etc, pode ser interpretada de milhares de maneiras diferentes, provavelmente totalmente diferente do jeito que o autor imaginou. cada pessoa inevitavelmente vai enxergar aquela obra de um jeito diferente, dependendo do conhecimento de mundo que tiver. Sair criticando um trabalho do qual não se tem o mínimo conhecimento só porque achou-se que significava determinada coisa é tão, sei lá, tão tosco.Custava jogar o nome da autora no google antes de querer dar opinião? não ia demorar nem dois minutos...
ResponderExcluirAchei a resposta da Priscila um pouco grossa, e ignorante a respeito de feminismo, mas feminismo não é ensinado na escola gente, como já foi colocado aqui, a maioria de nós já foi ignorante a respeito de feminismo, e reproduziu, sem a menor crítica interna, posições machistas (as vezes ainda reproduz, arrisco dizer, da maioria, mas essa mesma maioria, assim como eu, hoje tem condições de se criticar quando o machismo internalizado escapa), dá até para fazer um joguinho de vergonha do própio passado(as vezes do passado recente, ou até do presente)...Quem nunca?Quem nunca fez slut shaming?Quem nunca perseguiu acriticamente um ideal de beleza desnecessário?Quem nunca pediu para um cara carregar uma coisa pesada que não era pesada de mais para você?Quem nunca deixou um namorado ou ficante pagar a conta (com frequência) porque é um papel aceitado e esperado para um homem?Quem nunca se culpou por qualquer tipo de violência de gênero sofrida (seja até um constragimento púbico, como quando um cara te chama de gostosa na rua), por que saiu determinada hora ou usou determinada roupa?Quem nunca se disse não feminista, só por não saber o que era feminismo?
ResponderExcluirMachista (quase) todo mundo já foi, e mesmo quem se considera feminista muitas vezes ainda é, eu não nego, eu sou feminista e machista, eu escolhi ser o primeiro, e não consegui me livrar completamente do segundo, faz parte da minha cultura, eu internalizei determinados padrões desde a infância, não são dois anos de movimento estudantil que vão destruir todos os rastros disso. Eu sempre tive algumas posições feministas, vibrava com personagens femininas de destaque em espaços que eu curtia, como desenhos, em sua maioria, os que eu assistia, quadrinhos passados para a televisão, mas essas personagens quase não existiam, no final, as mulheres praticamente sempre se transformavam em donzelas em perigo, a serem salvas pelo macho protetor, eu gostava muito de Dragon Ball, Full Metal Alchmist, Death Note, Bleach, One Piece, já fui viciada em animê, lá pelos peus 14/15 anos, mas aquele universo não me representava, em todos os animes citados, as mulheres eram personagens de importância secundária, por mais que elas fossem fortes, no final, nas grandes crises, elas seriam somente donzelas em perigo, em alguns nem chegavam a isso, em Death Note mesmo, todas as mulheres eram tolas, só mais personagens a serem manipuladas pelos gênios protagonistas.
Enfim, a Pryscila não tinha obrigação de saber o que é feminismo, eu achei o cartaz dela da Gibicon machista, mas eu não conhecia o contexto, como a maioria das pessoas que o viram também não conhece; a Amely parece ser genial, parabéns Pryscila, fico muito feliz de saber que existem pessoas construindo quadrinhos que não tratem as mulheres como dois peitos, uma vagina, e uma bunda grande, eu curto um pouco quadrinhos, frequento dois sites de tirinhas on line, o umsábadoqualquer (que é machista em inúmeras tirinhas, mas continua sendo genial em muitas outras, na maioria arrisco dizer)e o bichinhos de jardim, que é bem...filosófico da depressão cotidiana? enxergo como algo assim, vou tentar acompanhar suas tirinhas também e ver se gosto do seu trabalho; bem, além disso, fico muito feliz com a sua disposição ao diálogo e interesse em aprender sobre feminismo, para saber se se identifica :)
Lembrei agora de um episódio dos Simpsons em que o Homer fica apavorado com a idéia do Bart estar "se tornando" gay, sempre sustentando essa teoria em estereótipos (coisas do tipo: Bart prefere um doce de morango ao invés de um de chocolate = gay), ele inicia então um processo de "reversão" que inclui exibir comerciais machistas de cigarro pro filho (com mulheres objetificadas, servindo como "material de consumo" pros homens) pra testar o efeito que teria nele, inclusive mostrando disposição pra comprar cigarros pro menino de 10 anos se for "necessário" (ou seja, se o processo de reversão surtir efeito), vendo o contexto como um todo podemos enxergar que é o desenho foi crítico e apresentou uma perspectiva diferente e liberal pra homossexualidade, principalmente na época (1997, mais ou menos um ano antes da novela Torre de Babel, que foi "obrigada" a matar um casal lésbico numa explosão de shopping, "por causa da rejeição de público", só pra ficar bem claro, foi há quase 16 anos atrás), mas NUNCA nega esse "estereótipo" do homossexual, será que eu, como gay, deveria ficar ofendido com isso?
ResponderExcluirA minha respostá é realmente: "Eu sei lá", se a gente negar esses estereótipos, fica muito difícil fazer humor, não é? E se o humor se sustenta na expectativa que o público tem com determinados conceitos, porque não trabalhar com esses conceitos que estão "socialmente firmados", mesmo que seja pra fazer um questionamento, romper com eles?
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Inclusive se pegarmos cenas isoladas e descontextualizadas, podemos acabar achando que o episódio é homofóbico (por exemplo, em uma cena Homer é bem ríspido ao ver o filho de peruca e dançando uma música da Cher), Homer não poupa em nenhum momento classificações pejorativas pra falar dos gays (viado, bicha, boiola, só na versão brasileira)
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Em um momento ele até se revolta com um gay que usa o termo "boiola", já que, como ele mesmo diz é muito atrevimento de um gay usar um termo que ELES criaram para humilhá-los dessa forma desapegada, sem um contexto ofensivo, eles não tem esse direito, eles tiram o "valor" da palavra dessa forma.
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o que eu quero dizer é que o cartaz está "descontextualizado", mas conhecer a personagem e o contexto como um todo não poderia ser suficiente pra entender a proposta dele? Considerando que é uma quadrinista de Curitiba, e o cartaz foi projetado para circular em Curitiba, pra um público que consome quadrinhos EM CURITIBA, o cartaz não é capaz de permitir essa leitura por si só, mas ele projeta um "leitor ideal", o leitor que conhece a personagem e a proposta dele, que provavelmente mora em Curitiba, não venham me dizer que "falhou como arte" se "o público não entendeu" (leia-se "o público: nós, eu"), TUDO que é feito na arte já predispõe um "leitor ideal", o público do Zorra Total não acharia graça nesse episódio dos Simpsons e se achar, provavelmente será pela imagem ridícula que aqui ou ali, ele projeta dos gays.
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Como alguém perguntou: "Esse contexto foi mostrado para os pedestres na rua?" não, mas o contexto desse episódio dos Simpsons dificilmente ficaria claro para o meu tio homofóbico por exemplo, enxergar que na verdade ele está sendo o maior motivo de "chacota" ali, e não apenas "os veados", não fica claro
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Talvez a Priscyla, autora dessa imagem, tenha se equivocado e nem tenha cogitado que iam fazer um "auê" em nível nacional por causa disso
primerio jogaram a garota na fogueira...
ResponderExcluirAgora assopram e pedem desculpas...
Daniela, Persépolis. Marjane Satrapi arrasa..
ResponderExcluirEu curso design e tenho a matéria história em quadrinhos, meu professor é o Luis Gê. a Pryscila deve conhecer!
ResponderExcluirEnfim, gê a parte, eu aprendi que você tem que estudar onde seu projeto gráfico será veiculado e, caso haja alguma referencia, pensar se o seu público vai entender. No caso, este é um filme de 1960, não vou chutar uma porcentagem, mas garanto que a maioria esmagadora das pessoas não vai conhecer e não vai fazer o link. Por conta disso, por mais que a intenção da prycila seja boa, o efeito é o contrário do que ela desejava.
Tal como na Idade Média, em que mulheres eram consideradas bruxas pelo seu livre pensar, fui queimada em praça publica nessa fogueira cibernética. O pior é que os novos inquisidores são (pasmem) mulheres. E não adianta assoprar. A mágoa que carrego daqui não teve pedido de perdão e me prejudicou muito. Mas agradeço seu apoio em meio a esse fogo desnecessário e maligno. Bjs
ResponderExcluirInquisição é na Idade Moderna, bjs.
ResponderExcluirO machismo é profundamente entranhado em nossa cultura.
ResponderExcluirEssa crônica, de um autor famoso é um exemplo de revirar o estômago.
http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=3542&titulo=Nem_aos_Domingos
De boa...
ResponderExcluirA autora confundiu obra e vida pessoal ao responder o manifesto.
Deveria apenas ter dado as devidas explicações sobre as fontes de inspiração para a criação do poster, e que deixasse o debate rolar de maneira saudável, sem essa angústia tacanha em se defender de qualquer jeito, sem parar para observar o que as pessoas (um público diferente dos seus fãs) estavam compreendendo do poster. Seria legal que tivesse dormido sobre o assunto. Gerou muita confusão para ela mesma, em sua resposta estabanada, defensiva e sem o mínimo de reflexão, não saber onde fica sua opinião pessoal, e onde fica sua opinião de "cartunista"
É com o debate que se aprende, que se cresce, não adianta ficar tentando idealizar como a mensagem será recebida pelas pessoas, e como de fato a mensagem é recebida, principalmente se as pessoas são consideradas "analfabetos visuais", necessitando que "se informem mais sobre TUDO", essas pessoas que "estavam em casa confabulando contra o que sequer conheciam".
Também não sei qual é o orgulho em ser uma quadrinista que tem como "diferencial" ser mulher, mas não se dar ao trabalho de conhecer o que é o feminismo, o que é o machismo, o que é gêner, muito menos estudar a história das mulheres na humanidade e no Brasil.
Usar sua falta de conhecimento sobre assuntos fundamentais, principalmente na profissão de cartunista, quando ela declama "Não sou machista, nem feminista. Nada esquerda, zero direita. Muito menos em cima do muro. Sou cartunista" interpreto como uma declaração de que para ser cartunista do estilo Pryscila Vieira, o principal requisito é ser alienado.
O bacana em ver em todo esse texto é que Pryscila segue direitinho os passos fundamentais da cartilha da escola das subcelebridades curitibanas: menospreza o próprio público e repele o público que ainda não teve a oportunidade de conhecê-la.
Pryscila Vieira necessita se informar mais sobre TUDO.
Por que tao amargurada, Priscyla? Você poderia ter defendido o seu trabalho sem ataques às "calcinhas sujas de sangue" alheias. Sabe desenhar, mas nao sabe nada de retórica! Você ficou ofendida com o post das Feministas de Curitiba e reagiu exatamente como se espera de uma mulher...cheia de mágoa! Acho que você sim é quem tem que refletir mais sobre o seu trabalho. Erros todos cometemos...a vida é assim mesmo, dois passos pra frente e uma para trás. Ainda há tempo de você virar uma feministona de corpo e alma e trazer pra gente personagens que ativem a fantasia de mulheres modernas, com diploma, doutorado e que ganham seu próprio dinheiro. Quando artistas femininas nos oferecerem alternativas ao "feijao com arroz" midiático que nos oferecem, aí a gente compra o produto de vocês.
ResponderExcluirBrygada! Ah, deixa eu me identificar...sou Marcela, cientista política. Sem máscaras e com muita auto-estima, por favor! Acho que nenhuma de nós quer ser uma boneca inflável com uma boca feia e um peitao de silicone que tem que trocar de 10 em 10 anos...isso se nao explodir antes!
Cara Pryscila, boa noite.
ResponderExcluirSe você não é feminista e não é machista, posso concluir que é mal informada.
Deduzo também que quando você se diz APOLÍTICA, na verdade, você quis dizer que é APARTIDÁRIA.
Não existe sujeito sem ideologia, a não ser que tenha alguma disfunção cerebral.
Se o cartum precisa vir acompanhado de uma longa explicação sobre o que o/a autorx gostaria de dizer, significa que a peça produzida não é boa.
A mensagem é responsabilidade de quem emite. Se você quer só leitores ideais para seu trabalho, não o exponha. Não há a menor possibilidade de o/a autorx controlar a recepção da obra, as interpretações e reações dos milhares de leitorxs, cada um com uma formação cultural diferente e com uma visão de mundo construída de maneira subjetiva.
Essa é sua ingenuidade: achar que depois de pronta, a obra continua pertencendo ao autorx.
Quantos artistas foram incompreendidos em seu tempo porque eram vanguarda demais? Não que eu ache que esse seja o seu caso.
Considero que foi falta de conhecimento sobre a história de luta feminina ao longo dos séculos e sua 'prosápia' em se afirmar "apolítica' que lhe levaram a produzir uma obra tão polêmica e que ofende as mulheres.
E como você frisou bastante a questão da identidade - garantida pelo nome - aí vai o meu: Martha Almeida
Haja paciência com essas inquisidoras. Blarg!
ResponderExcluirRepito: Tal como na Idade Média, em que mulheres eram consideradas bruxas pelo seu livre pensar, fui queimada em praça publica nessa fogueira cibernética. O pior é que os novos inquisidores são (pasmem) mulheres. E não adianta assoprar. A mágoa que carrego daqui não teve pedido de perdão e me prejudicou muito. Mas agradeço quem teve compreensão sobre a agressao gratuita que sofri messe blog em meio a esse fogo desnecessário e maligno. Bjs
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