Continuando o post que comecei semana passada, sobre terapia, vou narrar parte da conversa que tive com o psiquiatra bonitinho. Vou só deixar fora os momentos mais picantes. Opa, não, não! Esqueci que o maridão ocasionalmente lê este blog. Ha ha, eu até já contei pro maridão o momento em que o psiquiatra olhou fundo nos meus olhos e ficou levemente acariciando meu braço pra me falar de fibromalgia. No carro, comentei com o maridão (porque pedi pra ele me levar à clínica, já que detesto dirigir pra lugares que não conheço) que pelo menos o psiquiatra bonitinho não me pediu pra ficar de sutiã, como fez o dermatologista. E o maridão: “É tudo um complô!”.
Bom, conversei bastante com o psi. Eu falei que sou bem ansiosa às vezes, e que acho que isso afeta o meu consumo de chocolate. Ele perguntou se eu queria um antidepressivo que controla a ansiedade e faz diminuir o apetite. Respondi que não, porque não quero tomar remédio a menos que eu realmente precise, e tenho medo de me viciar em algum medicamento.
A gente papeou um pouco sobre psiquiatria em geral. Pra ele, o relacionamento entre paciente e médico está deturpado porque as pessoas vão ao médico com muita facilidade: “Um rapaz sente uma dorzinha e pensa que tem um problema cardíaco. Ele não pode ter um problema cardíaco porque tem 30 anos. Mas ele vai ao cardiologista, e se o cardiologista não exigir que o rapaz faça um cateterismo, que custa 2,500 reais, e faça um [ele citou diversos tipos de tratamento que desconheço e deu os preços], o rapaz vai sair da clínica falando mal do médico. E vai procurar um outro cardiologista, que fará o que ele pede, inclusive pra ganhar dinheiro. [...] Metade das pessoas que procuram o SUS e clínicas estão somatizando as doenças. A pessoa não aceita ouvir que é a sua mente que está causando os sintomas, e que não é preciso um marcapasso, mas um antidepressivo. A pessoa come uma cuca e sente azia. Aí procura um gastro, mas é só parar de comer a cuca!”.
O grande momento polêmico foi quando ele disse que fibromialgia (dores generalizadas) nada mais é que um termo inventado para satisfazer os pacientes que somatizam uma doença mas não querem admitir que estão somatizando. Eu digo que foi um momento polêmico porque conheço algumas pessoas que têm fibromialgia. E também porque naquele momento o psi bonitinho pegou na minha mão e apertou a ponta de um dos meus dedos (entre a articulação e a unha), e perguntou se doía. Eu disse que não. Ele: “Pois é, é impossível sentir dor aqui. Mas você aperta o dedo de uma pessoa com fibromialgia e ela vai reclamar de uma dor insuportável”. (Foi depois que ele tocou no meu braço, mas imagino que nessa hora eu já estava anestesiada).
Não, brincadeira à parte (não teve clima de paquera não, embora ele tenha acaricidado esse braço que não verá água pelos próximos três dias), enquanto ele falava eu pensava no maridão. Minha cara metade ocasionalmente tem dor nos pés e nas costas. Mês passado, ele foi a uma médica do SUS e fez um raio x do pé e não deu nada. E ele se queixou um monte da médica não ter decifrado o que ele tinha e não ter recomendado mais testes. Falei isso pro psi bonitinho, questionei se o maridão não poderia também estar somatizando a dor nos pés e nas costas, e ele disse que não sabia, porque não havia analisado o maridão. Mas seguiu-se esse diálogo muito tururu tururu (musiquinha do Além da Imaginação):
Ele: Pelo que estou vendo, você deve ser a pessoa que manda na casa, apesar de ser mulher...
Eu: Como assim, “apesar de ser mulher”? Eu sou mulher e feminista!
Ele: Pode ser que ele não lide muito bem com isso de uma mulher mandar.
Eu: Eu não mando, e ele não liga.
Não foi bem com essas palavras, mas foi parecido. Fiquei espantada em como o psi deduziu isso a meu respeito após dez minutos de conversa. Será que eu sou tão mandona que até exalo autoritarismo?
Lendo, parece que foi um papo hostil. Mas não foi não. Teve até várias risadinhas românticas. Quer dizer, o “romântica” é por minha conta e por conta das carícias no meu braço. Mas sério, prefiro mil vezes uma consulta com um psiquiatra que com um neurologista, que bateu no meu joelho com aquele martelinho (eu quase chutei ele de volta no queixo, graças aos meus reflexos de Mulher Aranha).
Já no carro contei tudo pro maridão, que ficou irritadíssimo com a sugestão que ele pode estar somatizando suas dores. Pra ele, isso simplesmente não é uma possibilidade, já que seu preconceito lhe diz que psicólogos e psiquiatras são pra pessoas fracas ou loucas. E ele confunde as coisas, tadinho. Só porque a mente causa um sintoma não quer dizer que esse sintoma não seja real ou que não dói, pô! Claro que o sintoma existe, claro que dói. Apenas que talvez não seja o caso de amputar o pé (Louca Obsessão feelings), e sim de tomar antidepressivo. Mas ele não quis nem saber e se zangou que fui ao psiquiatra falar dele ao invés de me concentrar nos meus problemas.
Eu: Mas que problemas, catzo? Eu não sinto dor nenhuma! Eu fui ao psiquiatra porque preciso de um atestado. Eu não fui ao dermatologista porque estava com problema de pele!
Horas depois, mais calminho, o maridão disse que quem sabe, depois de feitos todos os exames físicos para detectar sua dor nos pés, se realmente nada fosse descoberto, talvez ele pensaria na hipótese remotíssima de suas dores serem psicossomáticas.
Eu adoraria fazer terapia de casal, ainda mais com um psiquiatra bonitinho, mas acho que metade do casal não compareceria às sessões.
A gente papeou um pouco sobre psiquiatria em geral. Pra ele, o relacionamento entre paciente e médico está deturpado porque as pessoas vão ao médico com muita facilidade: “Um rapaz sente uma dorzinha e pensa que tem um problema cardíaco. Ele não pode ter um problema cardíaco porque tem 30 anos. Mas ele vai ao cardiologista, e se o cardiologista não exigir que o rapaz faça um cateterismo, que custa 2,500 reais, e faça um [ele citou diversos tipos de tratamento que desconheço e deu os preços], o rapaz vai sair da clínica falando mal do médico. E vai procurar um outro cardiologista, que fará o que ele pede, inclusive pra ganhar dinheiro. [...] Metade das pessoas que procuram o SUS e clínicas estão somatizando as doenças. A pessoa não aceita ouvir que é a sua mente que está causando os sintomas, e que não é preciso um marcapasso, mas um antidepressivo. A pessoa come uma cuca e sente azia. Aí procura um gastro, mas é só parar de comer a cuca!”.
O grande momento polêmico foi quando ele disse que fibromialgia (dores generalizadas) nada mais é que um termo inventado para satisfazer os pacientes que somatizam uma doença mas não querem admitir que estão somatizando. Eu digo que foi um momento polêmico porque conheço algumas pessoas que têm fibromialgia. E também porque naquele momento o psi bonitinho pegou na minha mão e apertou a ponta de um dos meus dedos (entre a articulação e a unha), e perguntou se doía. Eu disse que não. Ele: “Pois é, é impossível sentir dor aqui. Mas você aperta o dedo de uma pessoa com fibromialgia e ela vai reclamar de uma dor insuportável”. (Foi depois que ele tocou no meu braço, mas imagino que nessa hora eu já estava anestesiada).
Não, brincadeira à parte (não teve clima de paquera não, embora ele tenha acaricidado esse braço que não verá água pelos próximos três dias), enquanto ele falava eu pensava no maridão. Minha cara metade ocasionalmente tem dor nos pés e nas costas. Mês passado, ele foi a uma médica do SUS e fez um raio x do pé e não deu nada. E ele se queixou um monte da médica não ter decifrado o que ele tinha e não ter recomendado mais testes. Falei isso pro psi bonitinho, questionei se o maridão não poderia também estar somatizando a dor nos pés e nas costas, e ele disse que não sabia, porque não havia analisado o maridão. Mas seguiu-se esse diálogo muito tururu tururu (musiquinha do Além da Imaginação):
Ele: Pelo que estou vendo, você deve ser a pessoa que manda na casa, apesar de ser mulher...
Eu: Como assim, “apesar de ser mulher”? Eu sou mulher e feminista!
Ele: Pode ser que ele não lide muito bem com isso de uma mulher mandar.
Eu: Eu não mando, e ele não liga.
Não foi bem com essas palavras, mas foi parecido. Fiquei espantada em como o psi deduziu isso a meu respeito após dez minutos de conversa. Será que eu sou tão mandona que até exalo autoritarismo?
Lendo, parece que foi um papo hostil. Mas não foi não. Teve até várias risadinhas românticas. Quer dizer, o “romântica” é por minha conta e por conta das carícias no meu braço. Mas sério, prefiro mil vezes uma consulta com um psiquiatra que com um neurologista, que bateu no meu joelho com aquele martelinho (eu quase chutei ele de volta no queixo, graças aos meus reflexos de Mulher Aranha).
Já no carro contei tudo pro maridão, que ficou irritadíssimo com a sugestão que ele pode estar somatizando suas dores. Pra ele, isso simplesmente não é uma possibilidade, já que seu preconceito lhe diz que psicólogos e psiquiatras são pra pessoas fracas ou loucas. E ele confunde as coisas, tadinho. Só porque a mente causa um sintoma não quer dizer que esse sintoma não seja real ou que não dói, pô! Claro que o sintoma existe, claro que dói. Apenas que talvez não seja o caso de amputar o pé (Louca Obsessão feelings), e sim de tomar antidepressivo. Mas ele não quis nem saber e se zangou que fui ao psiquiatra falar dele ao invés de me concentrar nos meus problemas.
Eu: Mas que problemas, catzo? Eu não sinto dor nenhuma! Eu fui ao psiquiatra porque preciso de um atestado. Eu não fui ao dermatologista porque estava com problema de pele!
Horas depois, mais calminho, o maridão disse que quem sabe, depois de feitos todos os exames físicos para detectar sua dor nos pés, se realmente nada fosse descoberto, talvez ele pensaria na hipótese remotíssima de suas dores serem psicossomáticas.
Eu adoraria fazer terapia de casal, ainda mais com um psiquiatra bonitinho, mas acho que metade do casal não compareceria às sessões.
50 comentários:
Essa coisa de somatização, se ele (ou qualquer pessoa não acredita) pede pra fala com alguém que tem sindrome do pânico... eu sentia que tinha uma bola na minha garganta (fui em endocrinologista qeu em olho com cara de loca e me mando embora) sentia meu coração explodindo, suando horrores, tremederas... tudo por causa da ansiedade, hoje em dia, por causa dos remedios que tomei, da terapia que fiz e do condicionamento de pensar no que está acontecendo antes de me desesperar estou praticamente 100%. (na TPM muda um pouco:P)
Pois é, as dores são reais para quem sente. O bonitinho também está inserido no discurso machista, de que o maridão poderia não lidar bem com sua liderança...aiaiai...mas teorias à parte, alguns médicos são bons, mas não são deuses, apesar de se comportarem como se fossem. Apertei meu dedo e senti dor...tenho artrite no indicador e no médio, e um pouco de inchaço na articulação. Dói, hein! Beijos, Lolinha!
Lola,
Fiquei horrorizada com a parte do texto em que o seu bonitinho pergunta se você
quer antidepressivo.
Como assim, é só querer e pronto???
Se eu fosse viciada em remédios eu teria muita facilidade para consegui-los
porque tudo quanto é médico te dá uma receitinha mágica. Putz!
Quando eu morei no Rio de Janeiro comecei a ter uns desmaios estranhos (eu acho
que era o calor dos infernos, mas tudo bem) e fui levada a um neuro. Na consulta
eu mencionei que me sentia deprimida e, sem pensar meio segundo, ele foi
logo me dando receitinhas mágicas. Ganhei calmantes e antidepressivos. O
resultado disso: dormia 15h por dia; virei um vegetal. Um mês depois eu me
emputeci e parei de tomar.
Acho muita irresponsabilidade essa cultura da medicação acima de qualquer coisa.
E já que eu to tão tagarela, na metade desse ano eu estava sentindo dores
horríveis nos joelhos e nas costas. Procurei dois ortopedistas: o primeiro (em 5
min) me examinou e disse que eu já era adulta e que a minha coluna já estava
torta e que não tinha conserto - detalhe: ele não pediu radiografia nem nada. Me
passou remédios fortes para dor e me mandou pra casa. O segundo (que pediu
radiografia), depois de ver a quantidade de "oses" da minha coluna,
recomendou... RPG. Sim, fisioterapia. Não tomei nem uma gota de remédio e
algumas sessões depois eu era outra.
Claro que cada caso é um caso e a somatização é uma coisa bem real mesmo
(inclusive... ahn, ok, já falei demais por hoje), mas não acho que tudo seja
caso para remédio, viu? Até porque, quem realmente tem compromisso com você e
sua saúde?
E eu discordo que as pessoas estejam procurando remédios e procedimentos assim,
desesperadamente. As pessoas estão procurando ajuda. Não adianta o médico olhar
na sua cara e dizer que vc está somatizando tudo (e isso tem que ser dito com
muito cuidado pra não parecer que vc está inventando ou criando voluntariamente
problemas pra si mesmo) e não apontar um caminho. Ou te dar uma bengala
(remédio), mas também não sugerir outras alterativas.
Recomendo psicoterapia - feita com psicólogo.
Bau, lembrei de uma piada:
"Alguns médicos acham que são deuses. A maioria tem certeza."
(desculpe o comentário gigante)
O psiquiatra diz que as pessoas estão indo demais ao médico, querendo remédios demais. O bonitinho só esqueceu de incluir a própria especialidade nesse balaio; eles hoje receitam antidepressivo como se fosse Neosaldina. Esses medicamentos são importantes, mas na hora certa e pelos motivos certos, não por qualquer coisa, como muita gente faz hoje. De vez em quando, uma terapia com o Analista de Bagé pode resolver! :-P
abraço,
Mônica
Se você não valoriza a beleza, por que ficou tão empolgada com o psiquiatra? Fiquei sem entender nadinha, nadinha! Aliás este foi julgado apenas pela beleza e nada mais! fiquei viajando na maionese!
Hum, minha mãe sente dor nos pés, nas mãos e jura que tem artrite (já que minha tia tinha e morreu por causa dela) mas os exames não mostram nada. Um médico chegou a dizer até que era artrite inespecifica.
Quando minha irmã sugeriu que ela fizesse terapia e que talvez essas dores fossem resultado de stress, minha mãe ficou bravíssima, afinal, a dor, pra quem sente, é real e ninguém quer acreditar que seja psicológica, porque dá a idéia que o problema "não existe". O engraçado é que quando a minha mãe faz as viagens dela, sai com as amigas, paquera, a dor simplesmente some...engraçado né?
É complicado convencer as pessoas que a dor delas é psicológicas, e que às vezes uma boa terapia pode resolver o problema, mas com o tempo, quem sabe...
Ah, Lola, cuidado pra não sofrer uma transferência e se apaixonar pelo psiquiatra hein? rs, eu não posso começar uma terapia com um psicólogo/psiquiatra bonitinho que fico caidinho...rsrsrs...brincadeirinha hein :)
Jonas
O CM sente dores no pé porque "certas pessoas" pegam muito no pé dele... mas nada que duas pingas no boteco da esquina não resolva!
Oi Lolinha..
Como a colega falou aí em cima, como é no meu caso, quando se tem sindrome do pânico sentimos vários sintomas assim mesmo: taquicardia, sudorese, tontura, náusea, peito apertar etc..
E pior que isto tudo,e acho que aí que está a questão é que por mais que seja um problema da cabeça não deixa de ser menos real para nós que sentimos sabe...
É complicado mesmo e existe muita ignorância e preconceito para compreender problemas psicológicos ao meu ver..
Agora como o bonitinho disse "A pessoa não aceita ouvir que é a sua mente que está causando os sintomas, e que não é preciso um marcapasso, mas um anti-depressivo. ". Será que não é generalizar dizer que a pessoa "precisa" de um antidepressivo?
Eu nunca tomei, e estou muito bem assim, mesmo tendo que encarar os sintomas inconvenientes, aprendi a viver com isso.
Sei lá,, meio que desconfio de médicos que vão tacando remédio!
Beijão Lolinha!
Oi, Lola. Muito interessante a consulta com o bonitinhas, mas ao mesmo tempo que ele pontua a banalisacao de exames e diagnosticos, ele tambem eh mao aberta pra receitar antidepressivos, hein? Se me oferecerem assim um remedio pra controlar ansiedade e diminuir meu apetite por chocolate, acho q aceitaria, viu pq minha relacao com a guloseima eh avassaladora,
Oi, pessoas.
Como assim, você quer um anti-depressivo "que diminui o apetite"? Aí se eu digo sim, ganho a receita? Após quantos minutos de consulta? Meu, inacreditável.
Sei não, viu.
Bjs, Lola.
Eu acho que a gente somatiza e somatiza tudo. E dizer isso não desqualifica nem a dor, nem a doença.
Como vc sabe, sou lúpica, e nós, portadores de sindromes auto-imunes podemos ser a demonstração empírica mais palpável dessa somatização..rs
A relação entre a mente e a criação e desenvolvimento de doenças, em especial as auto-imunes, é realmente muito forte.
Se eu passo por momentos de stress, pode contar que isso vai ativar o lobo.
Henfil dizia que quando comentava essa relação - no caso dele, entre hemofilia e stress- médicos norte-americanos duvidavam, como se ele falasse besteira.
E ele se lembrava do Betinho voltando todo tordo de dor depois de alguma assembleia....
Enfim: acho que o problema não está em relacionar a questão mental com a física, está em alguns médicos acreditarem que se é somatização...é light...rs...pelo contrário.
Agora psi são mesmo uma coisa, tenho várias histórias ridículas com eles, qualquer hora conto.
Beijos.
Lola, Feliz Natal.
Boas Festas!
Um 2010 cheio de alegrias, realizações, saúde, paz,...(etc.,etc.,etc.) mas de verdade!
Um prazer ler você!
Gabriela, pois é, já ouvi que síndrome de pânico é algo bem somatizado... Que bom que vc está melhor e esse problema (que pode ser um problemão mesmo, pelo que me contaram) está sob controle.
Bau, o bonitinho foi bem machista, né? Ele simplesmente diagnosticou o maridão de ter dores por causa de uma mulher mandona... E ainda insinuou que mulher mandona é algo fora do natural, que os homens não gostam. E claro que eu nem acho que sou mandona. Eu sou apenas prática. E Bauzinha, nunca te vi com dores de nenhum tipo. Nem as do coração, dessas que vc jurou que tinha!
A ciência está, cada vez mais, "descobrindo" coisas que terapeutas holísitcos, bruxas e astrólogos já sabem há um tempão. Acabei de terminar um curso que trata exatamente disso: a causa psíquica para cada doença. E na prática você observa e por estatística percebe que tipo de comportamento causa certos sintomas no corpo. Mas é difícil mesmo aceitar isso dentro de nós mesmos; é preciso muita paciência. Não falo sobre isso com 90% das milhões de pessoas que reclamam de alguma doença porque em geral não estão mesmo preparadas para esse tipo de pensamento místico / alucinado / de gente louca. =)
Adoro seu blog. Fiquei feliz em ver algo que se assemelha às minhas pesquisas como tema aqui.
Beijoca.
Luciana, ué, e não é só querer e pronto? Aliás, imagino que pra tomar antidepressivo eu nem precisaria ir ao médico. Bastaria ir à farmácia. Ou estou enganada? Bom, tô contigo: não gosto muito de médico, não confio muito, e acho que eles são ótimos pra inventarem problemas. Mas, sei lá, por enquanto sou relativamente jovem e nunca tive nenhum problema de saúde sério (não tomo nada, só aspirina de vez em quando; raramente fico doente, não tenho dor de cabeça, enxaqueca, cólica, cãibra, nada, ainda bem!). Vai chegar uma hora em que precisarei mais deles... Já pro maridão seria muito bom fazer fisioterapia. A médica que ele consultou recomendou isso. Pergunta se ele foi?
Sobre a somatização, li que 50% das consultas médicas no SUS são por causa de sintomas somatizados. E discordo totalmente do psicanalista bonitinho quando ele disse que as pessoas procuram os médicos com muita facilidade, e que têm muito acesso aos médicos. Ha ha. Eu não tenho plano de saúde, e essa consulta me custou 150 reais! Pra marcar no SUS uma consulta com psicanalista levaria sei lá quantos meses. Então que grande acesso é esse? Obrigada pelo comentário gigante!
Mônica, é, concordo: o bonitinho se contradisse, né? Espero que vcs percebam que no post eu não incluí críticas a ele. Só quis relatar o que aconteceu, sem grandes julgamentos. Mas tenho senso crítico pra notar que o psi foi contraditório, machista, e meio rápido no gatilho pra querer me receitar antidepressivo... Quando ele perguntou se eu queria antidepressivo, eu quis saber se era em comprimido ou em gotas. Porque eu tenho um problema (totalmente inventado pela minha mente, claro) pra engolir comprimidos. Minha garganta trava, eu odeio. Esse é um dos motivos pra eu não tomar nada fora aspirina, que desmancha na boca. Esse e o fato de não precisar...
Anônimo, é, eu não julguei o psiquiatra. Só falei que ele é bonito e relatei a consulta, mais nada. Nem que ele era competente, nada. Inclusive porque nem sinto que o conheci direito, né? Mas quem disse que eu não valorizo a beleza? Valorizo sim. Mas defendo que existam muitos tipos de beleza, não só a beleza do padrão único. E que a gente se esforce pra encontrar beleza em tudo e todos. Eu achei o psi bonitinho apesar d'ele estar fora dos MEUS padrões (não costumo achar homem de barba bonito).
Jonas, ahá, sua mãe tá igualzinha ao meu maridão! Eles preferem ter um nome pra categorizar a dor nos pés (artrite, gota, sei lá – tudo isso já foi considerado pelo maridão) do que investigar que talvez essa mesma dor esteja sendo causada pela mente. É que as pessoas confundem as coissa, né? Dizer que uma dor é psicológica não significa dizer que ela é ilusória, ou que não é real. Ela é real. Só que causada pela mente. Ou a nossa mente também “não existe”? Olha, sinceramente, eu acho que todo mundo deveria fazer terapia. Só traz benefícios. Não é legal se entender melhor? Não sei, eu acho. Eu fiz só um tempinho (um semestre) de terapia em grupo, e pra mim era uma conversa agradável, gostosa. Nada de sofrimento. Eu adorei e faria de novo. Mas não com um psiquiatra, e sim com um(a) psicólog@. E transferência eu só teria pelo Gabriel Byrne. Vc vê In Treatment? AMO!
Ha ha, Mario, exato, por isso que homem não procura médico e muito menos psicólogo... Duas pingas no boteco da esquina já resolve TUDO! Deve ser por isso que o prazo de validade de vcs expire uns dez anos antes que o nosso!
Má, é, bastante gente já me valou dos sintomas da síndrome do pânico. Parece ser bem assustador mesmo. Mas, a meu ver (e sou totalmente leiga no assunto), é algo recente, não? Quer dizer, nos anos 80, e mesmo nos 90, era muito raro ouvir falar nisso. E hoje parece que muita gente (principalemente mulheres) tem! Sobre o bonitinho, ele é psiquiatra, então ele deve achar que as pessoas “precisam” sim de antidepressivos. Eu particularmente não acho (se não vira um Prozac Nation), mas também não creio que alguém deva deixar de tomar um antidepressivo se achar que precisa. Mas fico meio assim com os índices americanos, por exemplo, que apontam que uma quantidade absurda de gente toma antidepressivos (esqueci a porcentagem, mas é altíssima). Beijão, Má!
Ana Flavia, o bonitinhas foi contraditório, sem dúvida. Quanto ao antidepressivo que ele ofereceu, meu coração balançou, confesso. Porque é claro que eu gostaria de ser muuuuuito menos compulsiva em relação ao chocolate, mas ficar tomando remédio que não preciso? Ahn, não, obrigada. Acho que não relatei isso no post, e preciso ser honesta. Mais adiante na consulta, a gente falou de antidepressivos de novo, e eu perguntei se isso não viciava. Ele respondeu que não são do tipo que viciam, MAS que, quando se toma antideprês pra combater uma depressão, toma-se o medicamento por tempo limitado, seis meses, por exemplo. Quando a depressão vai embora, os medicamentos também. E que, pra combater a ansiedade (o que seria o meu caso), tomar antideprês seria por tempo ilimitado, e aí daria a sensação de vício. Achei uma boa explicação.
Ritinha querida, e a senhorita acha que essas receitas pra controlar o apetite (leia-se: pra emagrecer) são receitadas COMO? Após longos exames psíquicos? Ou a pessoa entra na clínica e diz “Quero um remédio pra emagrecer” e sai com uma receita na mão? Eu lembro sempre daquele filmaço, Requiem para um Sonho, já viu? A personagem da Ellen Bustin fica totalmente viciada em remédio pra emagrecer. Ela vai ao médico diversas vezes, e ele nem senta, nem sequer OLHA pra ela, só dá a receita e pronto. Isso nos EUA...
Vivien, eu costumava pensar assim, que tudo é somatizado. Que a gente somatiza tudo, não tenho dúvidas. Mas nem tudo é somatizado. Câncer, por exemplo, e demais doenças genéticas e/ou transmissíveis. Não adianta tomar antidepressivo pra câncer que não vai resolver, né? Mas claro que como a gente se sente pode acelerar processos. Evitá-los, não. Ah, quero ouvir suas histórias ridículas com os psiquiatras!
Lúcia, obrigada! Feliz natal procê tb, e continue me lendo, please!
Lolinha! (ai, tá uma folga no serviço essa semana...)
Eu sou assim, essa pessoa ingênua caminhando sem rumo nesse mundo perigoso... ah, eu fico chocada, num dianta! Não é um absurdo? Por mais que seja comum!! Antidepressivo não é remédio de tarja preta, cuja receita fica retida na farmácia? Não?? Hum. Então tá, achei que fosse. Para emagrecer deve ser uma festa, sim, mas há outros remédios para emagrecer que não são antidepressivos. Não?? Ai, vou parar de falar porque não sei nada do assunto. Qualquer dia conto lá no blog minha luta para... ganhar peso.
Deee qualquer forma, volto a dizer que adoro e recomendo terapia e que se você quiser mesmo tratar sua dita compulsão por chocolate, deveria começar a comer chocolate branco. É horrível, logo logo você desiste. (ahhh Se fosse fácil assim, né? Eu sei.)
In Treatment: adoro! Nunca consegui assistir a um capítulo inteiro (!), porque passa bem naquela hora em que as crianças foram pra cama, eu corro pro chuveiro e vou fazer outras coisas depois, tipo assisitir In Treatment. Aí termina o episódio. Fica pra 2010. Tem em DVD??
Ah, e se você desistir de Fortaleza e vier pra Floripa (vem, vem!!), eu te indico uma terapeuta nota 10.
Beijocas
Rita
Requiem para um sonho: maravilhoso, mas nunca mais quero ver de novo. Angustiante demais. Eu tenho uma listinha de filmes assim: vi, gostei, quero mais não (outro da lista de que lembro agora: Babel).
Bjs.
como num filme ,assim me senti uma emoção nas suas palavras
prendem a atenção
Ufa!!!! Garota, como vc escreve. Consegui ler três posts em... Deixe-me ver... 3 horas? *rsss
Eu não sou de ir muito ao médico, sempre procuro antes descobrir algo sobre o que eu estou sentindo.(ex) Eu tenho cefaléia, descobri que tenho que dormir 10 Hs por dia, se ñ é dor de matar desde as sobrancelhas até a altura da cintura (costas). Tenho varizes e quando sinto dor, me lembro de fazer minha caminhada diária (que deveria ser regular) e volta tudo ao normal.
Só penso que pra QUASE tudo tem uma solução em que os remédios podem ser deixados pra último caso.
Não critico quem prefere aquele remédinho básico, só que quem faz isso deveria (lendo a bula) pensar seria mente nas contra indicações.
Olha eu falando d+.rsss
É verdade Lolinha, tb tenho a impressão de que estas doenças são bem modernas, com um considerável aumento..
Falando nisso comprei um livro de presente p minha mãe esta semana, de uma psicanalista que fala sobre a atualidade das depressões.
Me pareceu legal, vi numa entrevista que esta autora fala da modernidade e seus problemas em relação ao quadro depressivo mesmo..
Acho que tem tudo a ver!!
Beijão Lolinha!
Olá, Lola!!
Cheia de saudades... de fazer comentários aqui. Agora passo diariamente pra ler, é que final de ano estou sobrecarregada no trabalho e ainda babando todo no tempo livre. Uma metade minha veio passar o natal em casa, ... então... imaginas!?!?!?!?! Feliz da vida.
Agora esse psicólogo,... hum!!! Adorei!
É isso...
Beijos querida.
Lola, se pode existir uma universalidade de belezas, pq quem gosta de cuidar dos "tríceps é quadrúpede?" (como colocou em um post anterior) será que uma pessoa dentro dessa pluralidade de pessoas defendida por vc, não pode realmente aliar inteligência, maturidade e até mesmo simplicidade, gostando de cuidar do próprio corpo? Será que isso pode realmente definir a personalidade de alguém?
Lola:
Como eu sei que você nunca leu nada que preste, se não, não escreveria posts estúpidos como estes, que só ofendem esse coitado do seu marido, que por falta de opção aceitou ficar com você, vou te ajudar.
Vamos falar do que interessa.
O assunto: meio ambiente.
Essas Ongs mal intencionadas, mentirosas, como todos que se dizem de esquerda, deveriam pedir desculpas por mentir tanto sobre o aquecimento global visando conseguir verbas ilícitas ( outra vertente da esquerda) diante da verdade incontestável do resfriamento, e não, do aquecimento, dos pólos. Houve um resfriamento dos polos em relação a 2006, segundo dados científicos, e o frio mortal em Nova York, Alemanha, Inglaterra e outros lugares da
Europa, já com centenas de mortos, deixa clara a vigarice do terrorismo ecológico do superaquecimento da terra.
Caiu a mascara dos palhaços do apocalipse ecológico. Que bom!
Me impressiona como alguém consegue falar tanta merda. Vide Oliveira.
Olá, Lola, apesar de praticamente não comentar, gosto de acompanhar o seu blog, Boas Festas pra ti!
(Me divertindo muito com os teus posts ^_^)
Sheila
Lola, minha melhor amiga (que considero uma irmã pq crescemos juntas desde menos de 1 ano de idade e sou madrinha de 2 filhos dela enquanto ela é madrinha da minha única filha) é médica e me diz, qdo questiono os médicos que receitam antibióticos pra crianças a cada espirro (em 95% dos casos sem a menor necessidade): eles prescrevem antibiótico pq se não o fizerem a mãe (note que a culpa é da mãe, da mulher) não fica satisfeita.
Lendo o que vc escreveu, faz todo o sentido. Impossível dissociar mente, emoções e corpo. E os médicos (e dentistas tb), ao menos a maioria, não enxergam a gente como um todo, mas sim de acordo com cada especialidade: um útero, uma arcada dentária, um joelho. E os psiquiatras que prescrevem anti-depressivo à toa tb: tem mta coisa que pode ser resolvida sem remédio, na conversa, exige, esforço, trabalho, mas nada na vida vem fácil, concorda? Por que resolver nossas questões viria? Claro que há casos em que remédios são necessários, mas aposto que esses não são nem 70% da ssituações em que anti-depressiovos e anti-ansiolíticos são prescritos.
Bem, é isso que queria ocmentar. Aproveito pra desejar boas festas pra vc e sua família.
Beijo
Renata
Oliveira, você é um cretino, me dá náusea. Mas acho que é isso, cretino ou não, você tem prazer em saber que alguém leu suas besteiras. Lolinha, o x da questão é que o anti-depressivo é realmente um grande apoio para quem não consegue sair do buracão sem ajuda. Não se toma pelo resto da vida e ajuda a tomar decisões com mais ponderação. Claro que depende do caso, da pessoa. Por isso o médico tem que ser competente, comprometido, e acompanhar seu paciente com cuidado. Vale para quem não toma, e vale para quem toma. Ansiedade, depressão e síndrome do pânico são doenças modernas ou não? A gente não sabe, não havia estatísticas. As pessoas chamavam de histeria, de demência, sei lá o que mais. Enfim, não dá para saber. Só sei, por experiência própria, que a fluoxetina me ajudou a tirar o pé da lama quando eu entrei na menopausa e quase tive um surto psicótico (quase é eufemismo, tive vários surtos). Hoje em dia estou reduzindo a dose. Me fez bem e recomendo a quem precisa. No entanto, só a quem precisa. Anti-depressivo não vai salvar o mundo das suas misérias.
Debora, obrigada! Não sei se astrólogos falam de somatização, mas reconheço que não sei nada sobre astrólogos. E também não sei se existe uma causa psíquica para cada doença. Acho que pra algumas, como o câncer e a Aids, a causa não é psíquica.
Rita, eu tb sou ingênua! Então, que eu saiba os antideprês são remédios de tarja preta. Mas conheço muitas moças que falam que basta ir ao médico (praticamente qualquer um) que ele te dá um remédio pra tirar o apetite e emagrecer. E vc quer ganhar peso?! Ah, deve ser ótimo poder comer o que quiser sem engordar... Boa sugestão essa de comer chocolate branco! Nunca tentei. O melhor pra mim seria mesmo não comer mais chocolate. Consegui fazer isso durante vários meses em 2006. Mas chocolate é tão bom... Fica faltando algo na minha vida. In Treatment a gente gravou na internet. Toda a primeira temporada e parte da segunda. É na rededownload.com . Baixa rapidinho! Não sei se já tem em dvd...
Ah, Requiem para um Sonho é totalmente deprê... Mas eta filminho bom!
Mateus, que amor, obrigada!
Kcal, eu sei que estou escrevendo demais! Acho que perdi totalmente o controle. Antes eu fazia um esforço pra restringir os textos a um certo espaço, mas agora... nem isso! Mas vou tentar voltar a fazer textos um pouco menos longos, porque tá ridículo. Ah, quem tem cefaléia tem que dormir 10 horas por dia? Bom, nada de muito errado com isso. Meu gatinho Calvin dorme umas 16 horas por dia e ninguém o critica!
Má, imagino que síndrome do pânico sempre tenha existido, mas talvez não tivesse nome antes. E agora que tem, virou diagnóstico pra muita gente. E sobre esse livro que vc comprou pra sua mãe, depois fale mais nele, se puder!
Albinha, saudades! Que bom que vc tá feliz da vida, isso é que é importante!
Gadelha, que eu lembre, eu falei de “quem liga pro tríceps é quadrúpede” nos comentários de um post. Foi só uma brincadeirinha, um trocadilho. Não acho que é quadrúpede quem cuida dessa partezinha do corpo cujo nome eu desconhecia até uns dois meses. Cada um faz o que quiser com seu corpo. Só acho que é ruim ficar tão obcecado com o corpo a ponto de cuidar de cada partezinha, até de uma como o tríceps (nesse contexto de “mulher não poder dar tchau com o braço porque a carne treme” - e daí se treme?!).
Oliveira, agora vc ofendeu o meu marido. E também ofendeu Shakespeare e Nabokov, que foram objeto da minha pesquisa nas minhas teses de doutorado e metrado, respectivamente. Pra vc eles são autores que não prestam... Quanto ao meio ambiente, continue se pautando pela Veja e pelo Tio Rei que vc vai longe!
Andréia, vc não deveria se impressionar. O Oliveira fala m**** com um pé nas costas.
Sheila, obrigada, que bom que vc se diverte! Apareça sempre, e comente de vez em quando, vai!
Renata, pois é, isso que sua amiga diz tá de acordo com o que o psiquiatra bonitinho falou: que, se o médico não pede pra fazer uma bateria de exames, ou não manda tomar remédio, o paciente sai do consultório falando mal do médico, e procura outro (que vai fazer direitinho o que ele quer). Por outro lado, também tem paciente que pode não ter nada, e o médico “inventa” um problema. Olha, não sei. Só sei que invejo essas pessoas que passam a vida toda longe de médicos e hospitais, e mesmo assim chegam aos 100 anos... Mas acho que é sorte genética, não? Obrigada, e boas festas pra vc também!
Bauzinha, meu troll é um nojento mesmo, né? Vou ter que voltar a cortá-lo. Mas imagina que pessoa triste e solitária alguém deve ser pra aparecer num blog do qual discorda totalmente pra ofender a autora... Sobre o que vc fala dos antideprês, claro, concordo totalmente. Podem ser uma grande ajuda. E acho que quem tem depressão tem mais é que tomar antideprês mesmo. Só acho que tem algumas doenças de hoje que quase viraram moda, e síndrome do pânico é uma delas. Outra é essa da hiperatividade pros meninos em idade escolar. Isso de criança tomar remédio não é coisa da nossa época, vamos admitir! Mas não sei, vai ver que os meninos da nossa época não tinham como lutar contra seus transtornos... Bauzinha, vc foi a pessoa com depressão que menos aparentava estar com depressão que eu já conheci na vida! Vê se vc vai convencer alguém da sua depressão com esse sorrisão estampado no rosto... Nem a pau!
Ai, Lola. A grande merda é que a gente tá sempre tão vulnerável (por sermos leigos), seja no psiquiatra/psicólogo seja em qualquer outro médico que acabamos não levando em conta nossos instintos. Eu tenho uma enxaqueca forte que me acompanha desde criança e eu sempre soube que ela se manifesta em situações de estresse, como a maioria da dores de cabeça. Isso é somatização. Mas passei anos tomando remedios fortissimos pra enxaqueca, que resolviam a crise mas não impediam que ela voltasse. Toda vez que eu falava para o neurologista que a crise tinha se iniciado depois de um chateação x ou y ele sempre me dizia que o que causava minha enxaqueca era algo orgânico e ponto. E convenhamos, entre aceitar que EU tinha razão (mas não sabia como resolver) e que ele tinha as pílulas mágicas que me faziam sair da crise, eu ficava com a segunda opção. Esse ano comecei a fazer análise, sem sequer pensar na tal da enxaqueca. E a desgraçada não só começou a ficar cada vez mais rara como agora já estou há quase seis meses sem sinal de enxaqueca. Mas a verdade é que não é fácil reconhecer que determinado sintoma é somatização, até porque parece frescurite. É mais fácil assumir que tem uma disfunção orgânica do que que não tá dando conta da vida, do trabalho, dos filhos, etc.
Clarissa
Lola vc sabe o tempo ruge mas preciso dizer: o assunto é da maior importância.Há tanta gente tomando antidepressivo, que fico assustada. Eu tbem precisei deles em 2009. E psiquiatra ou psicólogo bonito complica mais ainda a cabeça da gente.Aqui no seu blog faz-se terapia de grupo sabia?
Bj até o ano que vem! Saude pra vc e sua família. Fatima/Laguna
Oi Lola, acho que a genética conta, mas estarmos bem emocionalmente tb ajuda, viu. Alimentação equilibrada tb.
Sabe que nosso corpor é programado pra expulsar as células "erradas", problemáticas, né? E qdo há um desequilíbrio, que acredito possa ser causadao por fatores externos, emocionais ou mesmo físcos, ele pode começar a não fazer esse trabalho direito, daí os tumores, canceres e tal. Por isso não consigo dissociar cancer do estado emocional, ou melhor, do estado geral.
Já em doenças causadas por virus e bacterias tb tacredito que o desequilibrio geral da gente tem seu papel. Qdo nos estressamos a imunidade não fica abalada?
Acho que o segredo é o olhar sobre o homem e a mulher como um todo, como um sistema físico, emocional, psíquico etc. integrado.
Beijo!
Renata
Nunca vi In Treatment, passa na HBO né? Preciso assistir então rs
Jonas
Lolinha..
É verdade, antigamente não havia nome p inúmeras doênças (anorexia, bulimia, bipolar etc). Mas acredito que como estas doênças tb são influenciadas pelo social, acredito tb haver um aumento devido à época que passamos, de cultura p cultura, país p país etc (na verdade tb sou leiga, mas meu lado socióloga vê assim..) ;)
Sobre o livro, ele se chama "O tempo e o cão, a atualidade das depressões" de Maria Rita Kehl (comprei da ótima Boitempo)
Eu não li ainda, é de presente p minha mãe que teve depressão e se interessa.
Mas agora que o livro chegou em casa, dando uma olhada, fiquei na dúvida se não é meio específico e até com uma linguagem acadêmica p minha mãe que não está acostumada com isso. Tô com medo se ela vai gostar ...rsrsrs
Ainda vou ler, mas parece que ela relaciona a depressão com vários fatores modernos, e tb usa Lacan (sei muito pouco!) e alguns pensadores e artistas como o Benjamin, Baudelaire entre outros que pensaram na questão da modernidade (e a melancolia) mesmo..
Vendo esses autores que ala relaciona que me interessei!
Tem uma materiazinha dela no Metrópolis..dá uma olhada:
http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/multi/2009/04/17/0402306ED8990346.jhtm?metropolis--maria-rita-kehl-lanca-o-livro-o-tempo-e-o-cao-0402306ED8990346
Beijão Lolinha!
Acho que já explicaram em algum lugar aí em cima, mas os antidepressivos/calmantes são remédios controlados que só podem ser comprados com uma receita especial... Claro que ela é relativamente fácil de conseguir, dada a quantidade de médicos irresponsáveis.
Quando eu tava tratando gasrite o médico receitou calmante. Eu disse durante a consulta "meu estômado dói quando eu fico ansiosa" e ele, sem olhar na minha cara, foi logo preenchendo uma receita. Fácil assim (eu já sou uma mosca morta normalmente, imagina tomando essas porcarias?).
Parece que eles querem mais é que a gente pegue a merda da receita e suma de lá.
Lolinha, só mais uma coisa..
Só acho que devemos tomar um pouco de cuidado em dizer que sindrome de pânico virou quase que moda como vc disse.
Digo isso porque tenho, e já ouvi gente dizendo isso, e quando ouço isso as vezes dá a impressão de que quem diz, dá a entender que estes doentes "querem" estar assim ou querem parecer ter problemas da cabeça..Talvez não seja sua intenção, mas dependendo da pessoa soa como se fosse frescura e tal, mesmo que não se diga isso diretamente...Pois "moda" parece ser algo intencional de quem produz isto, diferente de dizer "o crescimento destas doênças" etc..
Entendo que estas doênças precisam de melhor esclarecimento na sociedade. Como tb acredito que alguns sim acham que qq tristeza é depressão, ou qualquer oscilaçaõ de humor seja bipolar.
Entendo tb o consumo de antidepressivos sem necessidade, etc etc...
Pode ser que em alguns meios até seja meio glamouroso ser meio "deprê"..( inclusive só por haver este fato em si já é um problema ao meu ver)
Também concordo com tudo isso Lola..
Mas também é fato o aumento destas doênças e muito preconceito em torno delas .
Como se bastasse querer mudar, fazer algo prazeroso e desejar algo alegre que a doença desapareça. Digo isto porque já ouvi isso muitas vezes Lolinha!
Não digo que vc disse isso, mas há muita confusão ainda nisso tudo, e precisamos de mais estudos, e mais conscientização das pessoas!
Porque é muito ruim para quem tem escutar alguém dizer estas coisas.
Parece que é falta de vontade nossa para querer mudar sabe??
E o que vc disse, não sei qual é a sua posição, mas é uma frase da qual pessoas que tem um certo preconceito já me disseram e as vezes há uma generelização nisso!
No caso da sindrome do pânico por exemplo, os sintomas são TÂO explícitos, bruscos e fulminantes que nem teria como as pessoas "acharem" que estão ou se confundirem que tem pânico (diferente da confusão tristeza-depressão).
Não há dúvida, a sensação de pânico, morte etc é inconfundível..
É isso Lolinha, só para colocar o que penso..
Beijo!
Só mais uma coisa Lolinha..
Acho que talvez a palavra "moda" me parece um pouco leviano sabe?
Mesmo que considerando e provasse que muitas das pessoas acham que tem estas doênças, mas na verdade não tem (acho uma boa hipótese!), há que se pensar duas coisas.
Não generalizar, pois que eu saiba, há critérios para quem tem ou não estas doênças, não é algo subjetivo assim..tipo "meio que tenho depressão, bipolar..". Que eu saiba há graus, mas há como diagnosticar cada caso..
Segundo que, mesmo que existam pessoas que querem parecer deprês, ou se a tristeza (e não depressão) se expandiu, e a glamouraização disso já é uma "crise" e doença na sociedade ao meu ver sabe??
Nossa, acho uma loucura e preocupoante todo essa explosão de problemas da cabeça sabe?
Neste caso, acho que deve ser problametizado estes aspecto, estudado e problematizado tudo isso.
Vixe, ficou longo de novo Lola,,esse debate que nem eu sou especialista rende muito e há muita mistificação no meio!!
Beijão!
Gente, isso de ir num médico p conseguir receita é bobagem, dinheiro gasto à toa!! Quem quer qquer remédio,qquer MESMO é so dar uma olhadinha na net! TEm centenas de pessoas que vendem de tudo! Adiciona no msn, faz pesquisa de preço e Espera uns dias q chega!! Fàcil, fàcil!! E tem tb aquelas farmàcias q os proprios donos tem seus contatos e arrumam uma receita quente por 20 pila!! Sèrio, palavra de quem jà usou de todos esses serviços, heh!
Maas, nao concordo com essa tomaçao de remédio à toa, assim como acredito na nescessidade de serem tomados por certas pessoas!
Beijao, Lola!!
Lola, o exemplo do câncer que vc deu, entra na questão da somatização.
Assim como as auto-imunes que eu citei, uma vez criada, um abraço. Tem que tratar o raio da doença, claro.
O fato é que a somatização...criou a tal doença.
Me arrisco a pensar que uma sociedade que buscasse mais equilibrio poderia ser menos doente.
E olhem só que coincidência, gente, o que saiu hoje no Globo: consumo de antidepressivos aumenta quase 45% no Brasil nos últimos quatro anos. Não creio que isso seja bom...
...FIBROMIALGIA:
Sou terapeuta em REFLEXOLOGIA,
pelo IOR, 73 anos de idade com 40 anos dedicados ao estudo e pesquisa do comportamento humano. Tenho atendido vários portadores de FIBROMIALGIA, (DÔRES NO CORPO COM MUITA INTENSIDADE).
Aplicando as técnicas de REFLEXOLOGIA, consigo obter ótimos resultados; oferecendo assim uma excelente qualidade de vida aos clientes.
A REFLEXOLOGIA não tem contra indicação para estes casos e não usa medicamentos
www.djalma.com.br
São Paulo SP ( Metrô Santana) BRASIL. :.
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