segunda-feira, 21 de julho de 2008

CRÍTICA: CAVALEIRO DAS TREVAS / O legado do Heath

Ele merece os aplausos

Antes de Cavaleiro das Trevas começar, o maridão virou pra mim e revelou suas baixas expectativas. Assim que o filme terminou, ele declarou ter odiado tudo. Só tô citando o caso por ser uma raridade: o maridão era uma das poucas pessoas que não tinha grandes expectativas com a aventura mais aguardada do ano, e talvez a única a tê-la detestado. Ou seja, eu e ele brigamos. Estou entrando com a papelada do divórcio agora. Porque eu adorei Cavaleiro.

Mas não foi assim o filme inteiro. Até a metade, por aí, eu tava com algumas birrinhas contra ele. Não gostei do lindo e charmoso Aaron Eckhart (de Erin Brokovich) como Harvey Dent declarando “Buy American” (compre produtos americanos), numa crítica a uma arma made in China. Ou do Bruce Wayne namorar quem deve ser a bailarina mais peituda da história do balé clássico. Fora isso, algumas explosões me cansaram. E as cenas de luta do Batman não funcionam. Ele só chega e bate em todo mundo. Bem quadrinhos mesmo, só faltou o Pow! Sock! Pof!, tudo escuro e rápido demais. Fiquei pensando na necessidade de tantos personagens e de mais de um vilão. Não dava pra deixar o carinha que vira vilão pro próximo filme? Eu certamente gostaria de ter visto mais do confronto entre Coringa e Harvey Dent no hospital, e muito menos da cena em que Batman sequestra o contador chinês. Há tantos personagens que alguns aparecem e desaparecem sem grandes explicações (tipo, eu devo ter piscado na cena em que a Maggie Gyllenhaal é levada pra ser amarrada a barris de óleo). E quando começou a cena dos dois barcos e a diversão do Coringa, pedindo pra que o pessoal fizesse uma escolha a la Jogos Mortais, chiei: “Isso não vai dar certo”. Mas a resolução dessa sequência é mais que satisfatória - é emocionante até. O prisioneiro pegando o detonador do guarda e falando “Vou fazer o que você já deveria ter feito”, me fez derramar umas três lágrimas. No fim a trama fecha tão bem que eu perdooei os excessos. Aquele vilão que eu queria dispensar de repente soou fundamental. De tudo, eu só cortaria bastante as cenas com a Maggie, coitada. Não sei como o pessoal pode falar mal da Katie Holmes no Batman Begins. Não lembro dela, mas imagino que sua participação era mais relevante que esta da Maggie. Quer dizer, êta papelzinho ingrato esse de namorada de super-herói. Ela só serve pro vilão ameaçá-la diversas vezes, e pro herói ter que decidir na hora H se vai salvar seu amor ou o mundo. Geralmente ele consegue salvar os dois. Eu também picotaria o personagem do Gary Oldman, o comissário Gordon. Não vou ver Batman pra encarar dramas de mulher e filhinhos de um coadjuvante.

Aliás, pelo jeito, não vou ver Batman nem pra ver o Batman. É pra ver o Coringa mesmo, que personifica o mal absoluto. No fundo, ele é um terrorista sem causa. Não quer dinheiro (adoro a parte em que ele ateia fogo a uma montanha de dinheiro e diz pra um mafioso desesperado: “Não se preocupe, só estou queimando a minha metade”. Porque queimar e rasgar dinheiro é parecido: tem que ser louco pra fazer isso), não quer poder, só quer o caos total. E trazer à tona a maldade das pessoas. Tenho apenas uma pequena reclamação contra esse monstro. Suas duas primeiras entradas (sem contar a do assalto ao banco, que mal dá pra ver o rosto dele e saber quem é quem entre os mascarados) são triunfais, mas suas saídas são anti-climáticas. Compare: ele interrompe a reunião da máfia com aquele “truque” de mágica do lápis, e sai... mostrando um casaco com granadas?

Não importa muito, eu sei, porque o Heath Ledger está absolutamente brilhante. Seu Coringa não traz nenhum resquício daquele do Jack Nicholson (que, na época, foi um ícone). Um ator menor reverenciaria o Jack, faria homenagens e tal, mas não o Heath. Ele tá muito mais maníaco. Seu olhar (meio fosco, só raramente o olho brilha), seu andar, sua voz, permitem uma reconstrução perfeita do personagem. Na cena do interrogatório na prisão ele lembra um pouco o Hannibal Lecter, mas Heath disse ao Gary Oldman que sua inspiração tinha sido o Alex de Laranja Mecânica. De todo modo, sua interpretação é única, e realmente marca o Coringa como um dos grandes vilões da história do cinema. É difícil prever, mas desconfio que, mesmo que Heath não tivesse morrido, os elogios seriam os mesmos. Ele carrega o filme, rouba todas as cenas, é o centro das atenções. Lembre-se que a gente começou a ver os teasers e trailers ano passado, meses antes da sua morte, e o foco já era todo nele. Eu lembro do primeiro teaser que vi. Como sou desligada e nem procuro saber muito sobre um filme antes de vê-lo, recordo ter visto aquele Coringa e pensado: “Quem é esse ator? Uau, tá super bem!”. E fiquei surpresa ao descobrir que era o Heath, porque não dá pra dizer que essa é a mesma pessoa que fez Brokeback Mountain. No Bruce do Christian Bale, que é outro grande ator, há vários traços de Psicopata Americano. A gente vê que o Morgan Freeman (mais um grande ator) faz quase sempre o mesmo papel. Mas a mudança do Heath, o mergulho dele no Coringa, impressiona. E, no final de Cavaleiro, muito mais do que em janeiro, eu realmente lamentei a sua morte.

Não sei se esta frase, dita pelo Harvey Dent, poderia se aplicar ao Heath: “Ou você morre como herói ou você vive o suficiente pra se ver virar o vilão”. Será que, se Heath tivesse vivido mais que seus 29 anos, teria feito filmes tão ruins que morreria como um ator menor, depois dos triunfos do começo de sua carreira? Não sei (este é um dos temas de Cavaleiro – sobre precisar ou não de heróis, e de que tipos, e sobre a maldade e bondade humana). Também não sei se este Batman é uma obra-prima, porque há falhas, mas que tá na lista dos melhores filmes sobre super-heróis já feitos, bom, é meio impossível discordar. Só sei que, lá pelas tantas, Batman pergunta ao Coringa por que ele quer matá-lo, e o malvadão responde que não quer isso: “O que eu faria sem você?”. É uma pergunta que o Batman – e toda a equipe do próximo filme deve estar se fazendo por conta da morte do Heath Ledger.Desta vez a montanha de dinheiro usada pra fazer um filme (185 milhões de dólares) não foi torrada em vão.

28 comentários:

Chaves disse...

Sabe, a única coisa que me entristece é saber que as pessoas vão ficar satisfeitas consigo mesmas em dar um Oscar pro Heath Ledger, como se fosse uma compensação pela sua morte. Li pouco a respeito das causas da morte, mas creio que tinha a ver com overdose de remédios pra controlar uma situação provocada por esse mesmo trabalho. Sei que ele teve lá a sua responsabilidade, de não ter ao mesmo tempo conseguido manter o equilíbrio e fazer um trabalho tão desafiador como o Coringa. É certo que ele deu mais de si do que podia. E é verdade que ele merece ser premiadíssimo.
Quero dizer apenas que ele é mais um dos que deram a vida pelo trabalho, e que vai ganhar uma plaquinha de honra ao mérito, mas que não vai voltar pra sua família.
(O que é a vida, afinal?)
E me lembra também do Val Kilmer, que se por pouco não morreu, detonou a carreira com o Jim Morrison do The Doors.

Nita disse...

eu não li o post. Prefiro ir assistir ao filme sem ter lido nada a respeito. Prometo que assim que chegar do cinema na quarta-feira eu venho correndo ler oq você escreveu sobre o filme e comentar.

lola aronovich disse...

Camolia, o que li sobre a morte do Heath é que não foi relacionada com o trabalho, não. Que ele não ficava "in character" como muitos atores loucos fazem (o Daniel Day Lewis, por exemplo). Durante as filmagens ele tava bem normal, ele não era o Coringa. Não acho que dê pra culpar o filme ou a indústria pela morte dele. Parece que foi uma overdose acidental de remédios controlados (nada de ilegal). Aliás, não sei se dá pra culpar Hollywood pelas tragédias que acontecem com muitos dos atores na vida real. O pessoal tem que aprender a lidar com a fama, sem precisar usar drogas. Quer dizer, o caso do Leath parece que foi diferente do caso do River Phoenix. Mas vamos ver. Por enquanto, pra corrida pro Oscar (resta saber se ele vai ser indicado pra categoria principal ou coadjuvante), o Heath não tem concorrente (quer dizer, pra categoria principal tem, sim: o Richard Jenkins, por The Visitor).


Nita, tudo bem, no problem. Aguardo sua opinião na quarta.

Kaká disse...

Eu adorei O Cavaleiro das Trevas!! Tem sim seus pequenos defeitos, mas todos perfeitamente esquecíveis.

Eu também achava que eles poderiam ter guardado o Duas Caras para um próximo filme, mas o desfecho foi muito bom. Ficou um pouco irônico que o Coringa que foi preso no filme (talvez na intenção de trazê-lo de volta), morreu na vida real, e mataram o Harvey Dent(ou não - lembra que o Gordon fingiu de morto) que poderia voltar.

Eu também acho que o Bruce Wayne do Christian Bale (adoro!) tem um "que" do Patrick Bateman, que cai como uma luva no Batman.

O Coringa do Heath é uma unanimidade: fantástico. Tô com medo dele até agora.

Anônimo disse...

Eu gostei do filme, apesar de odiar coisas do tipo "precisamos de heróis", e acho que ainda tenho muita coisa pra analisar nos próximos dias...

Me parece que a causa do Coringa é bem mais abstrata: ele gosta do poder de tirar as pessoas da inércia, obrigando-as a tomar decisões precipitadas e perderem a estabilidade psicológica. Ele curte ser essa força que move o mundo...

Chaves disse...

Oi, Lola, também não é minha intenção responsabilizar "a indústria" pelo que aconteceu. Como disse, a responsabilidade é sempre nossa por não conseguirmos encontrar um equilíbrio entre trabalho e saúde. Parece que ele declarou em entrevista que começou a tomar remédios pra dormir por causa do estresse do filme. É a isso que me refiro, ao desgaste natural do trabalho - e quanto maior a dedicação, maior o prejuízo à saúde.
Mesmo que tenha fugido um pouco do assunto do post e do blog, o que esse filme, junto com a história do Heath me fizeram pensar foi sobre as compensações que a vida nos dá pelas coisas que realizamos.
É que seu blog é um lugar tão legal que me sinto à vontade pra viajar!
Mas o filme é bem legal, e o Coringa rouba todas as cenas.

Anônimo disse...

Tipo... Tô tarada no novo visual do Coringa. Apaixonei pelo maluco, sabe? Já curtia ele nos gibis, a interpretação do Jack Nicholson foi magistral, mas a interpretação do Health acrescentou um "q" a mais.
Acho que vou até criar um bonequinho personal do Joker inspirada nessa foto dele sentando em frente as grades.

Liris Tribuzzi disse...

Só li o primeiro parágrafo.
Ainda não vi...

Patty Martins disse...

Camomila, concordo com vc sobre o que aconteceu com o Heath. Pelo que li foi isso mesmo, o Coringa foi extramente extenuante e ele não conseguia dormir, a ansiedade cresceu e precisou tomar remédios cada vez mais fortes. É realmente uma lástima ele não poder desfrutar do sucesso estrondoso de sua atuação. Foi perfeito. Memorável, pra sempre.
Falando do filme, eu achei uma obra-prima do cinema como há muito não via. Os diálogos, as cenas de ação, os conflitos e dilemas colocados, prontos pra uma reflexão de quem estiver disposto a isso. Isto pra mim é cinema com C maiúsculo. Um filme que é entretenimento mas que tbambém é uma fonte inesgotável de questionamentos. Parabéns, Christopher Nolan! Obrigado, Heath Ledger!

Anônimo disse...

Oi lolaa!!!!!!

Estou muuuuito ancioso para assistir Batmam!

Mas vim aqui para falar da enquete!

Não é possiiiivel q a mulher gato esteja ganhando!
Aquele Hulk parece uma amoeba tamanho familia! Parece de borracha!

Muito tosco!

Ufa... desabafei!

^^

lola aronovich disse...

Kaká, durante a primeira metade do filme fiquei pensando que havia personagens demais, e que o Harvey Dent poderia ter sido poupado pro próximo. Mas ele é super importante pro tema do filme. Ou o Batman iria se sacrificar por quem? Será que o Harvey volta? É uma pena que o Coringa do Heath não possa voltar... Muito triste mesmo.
É, o Bruce do Bale tem algumas ligações com o Bateman de Psicopata, o que torna o personagem bem dark...


Cynthia, eu também detesto isso do cinema americano do "precisamos de heróis". Mas Cavaleiro oferece uma boa discussão disso, e termina meio que dizendo que, mais que de heróis, o pessoal precisa mesmo é de vilões, de culpados (o que é seria uma crítica ao sistema americano). Sobre o Coringa, sim, ele quer tirar as pessoas da inércia, mais o que quer mais, a meu ver, é ver todo mundo maltratar todo mundo, todo mundo mostrar seu lado freak.

lola aronovich disse...

Camomila, que bom que vc gosta do meu bloguinho! Sinta-se à vontade pra viajar sempre.


Ollie, tarada pelo Joker?! Fico aguardando seu bonequinho inspirado nele!


Li, vai ver logo. Vale muito a pena.

lola aronovich disse...

Patricia, eu não li nada a respeito disso. Houve rumores que o personagem gerou stress no Heath, mas houve mil e um rumores sobre tudo quando ele morreu. O que a Entertainment Weekly diz é que todos que atuaram com ele em Cavaleiro afirmam que ele estava normal no set, brincava, ria, sem problemas. E que quem tava obcecado mesmo com o personagem (dele, não o do Joker) era o Michael Caine... Mas, mesmo que o Heath tivesse ficado estressado por causa de fazer o Coringa, não dá pra culpar o filme ou a indústria pela sua morte. Dessa vez não houve uma "conspiração que matou o Heath", como houve uma que matou a Marilyn Monroe. Foi um acidente.


Bobby, acho totalmente injusto que Mulher-Gato esteja liderando a enquete. Este deve ser o filme daquela lista que eu mais gosto (gosto de Homem Aranha 3 também, e até de Motoqueiro Fantasma, mais ou menos). Mas ninguém me respeita por aqui!

Rosangela Oliveira disse...

Estava inclinada a não assistir esse filme no cinema, mas, depois dessa critica tenho que ir com certeza.
Lola você se supera a cada dia.
Beijos

Anônimo disse...

Eu até concordo que indiquem o Heath, porque o desempenho foi muito bom mesmo (vi o filme sábado a noite), mas não quero que ganhe não. Sei lá, é aquele negócio que já comentei, fica parecendo tributo, aquele climão chato de homenagem. A morte dele obscurece os verdadeiros critérios a serem considerados. Agora, o personagem é fascinante mesmo, porque o Heath trouxe a tona um aspecto mais psicológico e profundo à figura do Coringa. Ainda gosto mais do Coringa do Jack Nicholson, mais é só um caso de preferência pessoal mesmo. Também acho que o Duas Caras foi desperdiçado nesse filme. E também não curti a Maggie. Eu já desconfiava que isso não ia dar certo, mas acabou saindo pior que eu imaginava. Não vou mais falar mal da personagem da Katie Holmes porque é chutar cachorro morto, a sra. Cruise é medíocre do primeiro fio de cabelo até a unha do pé. Mas a Maggie é uma boa atriz, só que ela ficou muito fora de lugar nesse tipo de papel. Ela é bonitinha e indie demais para mocinha de super-herói. O Batman saía com a Nicole Kidman, né? O cara sair da Nicole para a Maggie é uma decadência e tanto! Esse tipo de personagem não rende grandes atuações e nem é para render. A mocinha de super herói tem que ser o verdadeiro protótipo de donzela em perigo: linda (mas linda mesmo e não, "cute" feito a Maggie e a Katie, que na verdade, eu acho feia) e meio vazia mesmo. Ela só tá na história para ser salva pelo herói, para que enfeitar muito?
Ainda sobre o Heath, se forem verdade os rumores de que ele batalhava contra o vício em cocaína, heroína e anti-depressivos (causando, supostamente, o divórcio com Michelle Williams), recusando-se a ir para a reabilitação, acho díficil eu me sentir mal por ele. Porque, ele tinha família, amigos, uma esposa e uma filha que o amava, e aparentemente, ele escolheu a auto destruição, ignorando toda a dor e tristeza que poderia causar a essas pessoas que estavam lá para ele. Não consigo me sentir mal por essas celebridades problemáticas como a Britney, Amy Winehouse ou Lindsay Lohan. Eu sei bem que, dinheiro e fama não garantem felicidade, porque por trás de todo o glamour, existe um ser humano como qualquer outro, suscetível a fraquezas. Mas, com tanta gente passando por problemas realmente sérios no mundo, acho inaceitável ficar puxando sardinha para popstar mimado, que tem tudo na vida e prefere se destruir nas festas da moda a buscar ajuda de verdade, como fez o Johnny Depp, por exemplo. Não aceito o rótulo de "pobre menino(a) rico(a)". No apartamento em que Heath morreu não acharam nenhuma droga ilegal, mas não acho que ser viciado em álcool ou drogas médicas seja diferente de ser viciado em substâncias ilegais. Aliás, acho impossível de existir, pelo menos da minha parte, simpatia por viciados. As pessoas tem livre arbítrio e começam a usar drogas porque QUEREM. Ninguém aponta uma arma para a cabeça de uma pessoa e a obriga a usar heroína. As pessoas "experimentam" porque tem vontade, aí se viciam e o fim da história a gente já sabe. Culpar o mundo cruel pelo vício e descontrole de algumas estrelinhas estragadas de Hollywood é tão ridículo quanto uma família querer processar a Marlboro porque perdeu um membro para o câncer de pulmão, quando o morto em questão deve ter começado a fumar aos 18,19 anos por escolha própria. Tem muita pessoas ricas, jovens e famosas como o Heath era, que não andam por aí cheirando cocaína sobre as mesas de boates nem tomando tanta pílula para dormir a ponto de terem uma overdose e serem encontradas, pateticamente, nuas e sozinhas na sala de um apartamento. Enfim, acho que, quem tem problemas, está infeliz e deprimido, se tiver condições, como o Heath tinha, deve buscar ajuda profissional ao invés de se refugiar em drogas que matam e não vão resolver o problema. E o mais importante, a pessoa tem de se se conscientizar sobre seu estado e estar disposta a mudar.

Dgsantos disse...

Eu adorei o filme mas, realmente, tem lá suas falhas...
Foi de doer ouvir o Harvey dizendo ao bandido "deveria ter comprado uma arma americana" ... e achei a parte lá na China totalmente desnecessária, encheção de lingüiça.
Enfim, acho que o filme poderia ter sido mais "enxuto".

Chaves disse...

Poxa, e eu tinha esquecido de dizer que faltou o Van Helsing na enquete. Ele também é baseado em personagem literário, ou não?
Dia desses li uma versão para "jovens leitores" do Dracula (é mole? eu quase não dormi!) e tava lá o dito cujo. Acho que esse deve ter sido o maior mico do Hugh Grant, junto com aquele filminho com a Meg Ryan, Kate & Leopold, onde o vi pela primeira vez e fiquei imaginando quem era aquele cara charmoso.
Tem bomba demais nessa enquete, o melhor é fazer por eliminatórias, que nem a Copa do Mundo.

Anônimo disse...

Muito muito foda... Um dos melhores filmes que vi esse ano, não achei a parte desnecessaria, achei massa o lance dele ser arrastado pelo avião :D.
O coringa dispensa qualquer comentario, esta superior ao "Ahton Chugah" ou algo assim ehauehuaee e seria merecido sua indicação e por enquanto vitoria.
Gostei da morte de Rachel e me surpreendeu, agora devem trazer mulher gato, vale ressaltar que se houver a infelicidade da Halle Berry nesse papel novamente meu boicote ao filme se iniciara. Tem que voltar aos padrões da Michelle Pfeiffer*(tbm nao sei como se escreve).

Quanto a enquete, meu voto já ficou claro acima HEHEHE...

PS: Acabei de ver Gritos Mortais (Dead Silence), achei divertido levando em consideração a tematica e gostei do final EHEHEHEHEHE.

lola aronovich disse...

Rosangela, obrigada. Vá ver o filme sim, que é um desses "filme-eventos" imperdíveis, que será assunto de conversa até... o próximo filme-evento.


Ah, Sadie, se o Heath merecer ganhar, quero que ele ganhe. É muito cedo pra dizer. A gente nem sabe se ele será indicado pra ator principal ou coadjuvante. Mas é, na minha opinião, uma das duas grandes performances do ano até agora (a outra é do Richard Jenkins por The Visitor, um filme independente muito bonito). Bom, sobre a Katie Holmes, eu gosto dela, sempre a achei uma gracinha, e, como gosto do Tom Cruise, não tenho nada contra por ela ter se casado com ele. Gosto do Maggie também, só acho o papel ingrato.
E sobre a "auto-destruição" do Heath, a gente não sabe direito o que aconteceu. O fato d'ele tomar drogas legais podia ser uma sintoma que ele estava procurando ajuda, né? Afinal, medicamentos podem ajudar no combate à depressão, ou mesmo a largar outras drogas. Entendo o que vc quer dizer. Eu também tenho mais pena de pessoas pobres que enfrentam muito mais adversidades na vida. Mas isso não impede que eu sinta pena de pessoas ricas que parecem ter tudo e na realidade são muito infelizes. Tenho amigas com depressão, e é muito triste. Mas, no caso do Heath, o que é mais lastimável é o sentido do desperdício. Um cara super talentoso no início de sua carreira... Imagina quantas outras grandes atuações ele podia ter realizado em mais dez, quinze anos...

lola aronovich disse...

É, Daniel, concordo, o filme não precisaria ter duas horas e meia. A parte da China não tem muito a ver com o resto. Por mim, podiam ter tirado essa parte toda e aumentado a cena entre Harvey e Joker no hospital (que pareceu abrupta demais).


Camomila, é, quando organizei a enquete pensei no Van Helsing, que de fato é um filme horrível. Mas fiquei meio assim... Não sei até que ponto ele é um super-herói. Bom, se o Constantine é, o Van deveria ser tb, né? Mas já tem bomba demais nessa enquete! Vc escreveu "Hugh Grant" no seu comentário e me confundiu toda. Fiquei pensando: "o Hugh Grant tá em Van Helsing? Preciso rever o filme!". Se eu revisse o filme pra encontrar o Hugh Grant eu iria ficar furiosa...

lola aronovich disse...

Pedrinho, aquela parte da China é desnecessária. Não acrescenta nada pro filme. Tudo aquilo só pra gente ver o Batman se pendurar num avião? Sem falar que achei um ritmo esquisito. Deu a impressão, pra mim, que o pessoal fica lá olhando, esperando que o Batman fuja de avião. O problema é que o filme já é longo demais, e podia dedicar mais tempo a alguns personagens mais importantes (tipo a transformação do Harvey?).
Não sei se o Joker tá melhor que o Anton Chighur, mas tá lá, entre os melhores vilões. Será que o Heath será indicado pra ator principal ou ator coadjuvante? Ah, pra mim ele é o principal. Não achei a Halle Berry ruim como Mulher-Gato. O roteiro que não ajudou. Mas o filme não é tão tenebroso, repito!
Gritos Mortais? Eles ficam colocando títulos quase idênticos pra confundir a Lolinha, né? É pessoal, fala a verdade.

Andie disse...

Eu adorei o Dark Knight tambem, e acho que a maior pena realmente eh nao poder trazer o Heath de volta como coringa. E ao mesmo tempo, uma pena que ele tenha morrido com esse personagem, porque muita gente fica especulando que foi por causa dele ter se envolvido tanto no lado negro do Coringa. Pelo que eu li, o Heath ja tinha problemas de insonia ha muito tempo.. mas a gente nunca vai realmente saber o que aconteceu, neh?
Quanto a Oscar, eu imagino ele ser indicado, mas sera que os velhinhos da academia vao querer votar num filme de super-heroi? Acho dificil!
Tambem dispensaria o papel da Maggie, o que me faz perguntar: porque que a burra da Katie Holmes rejeitou voltar? Por um papelzinho desse versus a grana que ela ia receber, it's a no brainer! Mas as cenas da Rachel em Batman Begins tambem nao eram grande coisa nao, pode saber.
E por ultimo: que sem coracao voce comentar do Gary Oldman!! O comissionario Gordon eh um dos personagens principais em Batman! E eu chorei na cena em que parecia que ele tinha morrido :) Alem disso, o James me disse que nos quadrinhos a filha dele se torna Batgirl no futuro, entao precisava introduzir os filhos.

Chaves disse...

Oi, desculpa, eu tava com sono... confundi os Hugh.. era o Jackman mesmo que eu queria dizer. Eu só fui ver esse filme por causa dele...

lola aronovich disse...

Andie, se o hype pra cima do Heath se mantiver como ta agora, o pessoal vota nele, sim. Bom, vai depender da concorrencia. Por enquanto, ele tem o favoritismo do Javier Bardem do ano passado. Mas isso pra coadjuvante! E os filmes "dignos de Oscar" ainda nao estrearam. Se eles nao forem bons como Dark Knight, o filme pode ate ser indicado pra mais categorias. Eh raro mas pode acontecer.
A Katie Holmes recusou o papel ou nao a chamaram de volta? Tadinha! Ela eh criticada se aceita, criticada se recusa... Vcs sao mas com a mulher!
Sobre o comissario Gordon, sou uma sem-coracao mesmo. Gosto dele, gosto do Gary Oldman no papel, mas os viloes sao muito mais interessantes. Aquela cena do Harvey ameacando a familia eu nao gostei. Eh longa demais, e a gente sabe que o menininho nao vai sofrer nem um arranhao, porque crianca nao morre em filme americano. A gente tb sabe que o Batman nao vai morrer. Entao cade o suspense da cena? Ah, a menina vira a Bat Girl? Interessante! Eu li em algum lugar, muito por cima, que nos quadrinhos a filha do Gordon eh estuprada pelo Coringa, ou algo assim? Pergunta pro James!

Camomila, eu nem me lembro do Hugh em Van Helsing. Alias, minha mente conseguiu apagar tudo sobre Van Helsing! So me lembro do titulo da minha cronica sobre o filme: "Troque o Van Helsing pelo Van Bora". Que eh melhor que o filme, com ou sem Hugh Jackman!

Patty Martins disse...

Lola, é verdade isso sobre o Coringa estuprar a Barbara Gordon. E na frente do pai, Gordon! Aconteceu nos quadrinhos chamado A piada Mortal que, aliás, serviu de inspiração para a composição desse Coringa de The Dark Knight. Antes ele era mais light, puxado mais pro engraçado, mas a partir de Piada Mortal ele está muito mais sombrio, psicótico e louco.

lola aronovich disse...

Patricia, obrigada pela informação. Mas que horror isso que vc relata! Ainda bem que no Cavaleiro decidiram deixar esse estupro de fora, ou seria muito mais difícil "perdoar" o Coringa. Imagino que no gibi essa menina é mais velha que a do filme, certo? E é ela que vira a Batgirl?

Nita disse...

Lola, para ser bem sincera, eu nem consegui reparar nos defeitos do filme. Adorei Cavaleiro e sim, o Coringa está genial no filme. As duas horas e meia de filme passaram em 2 segundos e apesar de ter passado a noite anterior em claro, eu não tive um resquício de sono durante o filme. Adorei.

lola aronovich disse...

O filme é muito bom mesmo, Nita. Que bom que vc gostou!