Logo no início de "Corrente do Bem", Kevin Spacey, um professor de Estudos Sociais, pede aos seus alunos da sétima série para pensarem numa boa idéia de melhorar o mundo e colocá-la em prática. Se eu exigisse isso dos meus adolescentes, eles perguntariam "vale nota?" e talvez, com sorte, passassem a fazer a lição de casa. Mas um dos pupilos do Kevin leva a sugestão a sério e cria uma corrente: ele ajuda três pessoas, cada uma dessas três ajuda outras três, e assim sucessivamente, até que – oremos – uma das boas ações atinja um produtor de Hollywood que, misericordioso, decida investir num filme menos LBV do que este.
Depois do final lacrim(in)oso, o maridão me beijou. Entendi isso como uma mensagem. Quando surgir a oportunidade, beijarei mais três caras. Se cada um dos sortudos beijar três moças, e assim sucessivamente, teremos um mundo cheio de paz e amor. Ou, pelo menos, com mais sexo.
Cansei de ser cínica. É claro que o dramalhão me tocou. Quase levei um sem-teto pra tomar banho em casa, como faz o garotinho de "Corrente". Teria feito isso se não estivesse tão preocupada com o Haley Joel Osment. É esse o nome? Já sugeri que, se ele ambiciona mesmo a fama, deve adotar apenas dois nomes, pois ninguém se lembra de três. Escrevi isso na ocasião de "O Sexto Sentido" e um leitor perspicaz me enviou uma lista cheia de atores famosos com três nomes, dos quais eu nunca havia ouvido falar, o que corroborou minha tese. Minha apreensão com a carreira do Haley se justifica. Além d’ele nunca ter pai, seu destino parece ser acordar no meio da noite em todo santo filme para ir ao banheiro. O que será do futuro deste menino? Primeiro ele vê pessoas mortas, agora ele vê a Helen Hunt. Visivelmente, o Haley está traumatizado.
A Helen merece alguns capítulos à parte. Acho que ela está tentando tirar o atraso de quando ficou mofando na TV. Em menos de um ano, esteve em "Náufrago", "Do que as Mulheres Gostam", "Dr. T. e as Mulheres", e neste "Corrente". Seu agente deve estar trabalhando horrores. Não se pode dizer o mesmo dela, coitada, que nem precisa ter três nomes para não ser lembrada.
Quiçá seja uma corrente. A Helen estrela um filme. Este filme capta mais três filmes, e assim sucessivamente, até que todos os filmes tenham a Helen nos créditos. É aterrorizador: imagina o que pode acontecer com a incansável produção de Hollywood se a Helen – Deus proíba – entrar em greve ou pegar uma gripe e ficar sem filmar durante um mês?
Na verdade, nota-se claramente que estou com inveja da Helen. Quisera eu contracenar com Tom Hanks (se bem que a bola de vôlei recebe mais atenção que a Helen em "Náufrago"), Mel Gibson, Richard Gere e Kevin Spacey, mesmo excessivamente maquiado. Bom, contracenar não é bem a palavra adequada para o que eu gostaria de fazer com estes senhores. Tomara que o Tom Cruise não leia isso, ou ele pode ficar com ciúmes. Tomara também que a Helen não atue com o Tom.
A pergunta que não quer calar é: "o que o Kevin está fazendo num filme desses?". De fato, nada. Sair de "Beleza Americana" e entrar numa fria como "Corrente" é um erro e tanto. Será que ele não leu o roteiro? Será que ele não prestou atenção no nome da diretora? A Mimi Leder tem talento. Primeiro, ela destruiu o mundo em "Impacto Profundo". Depois, explodiu dezenas de carros e prédios para celebrar a paz mundial em "O Pacificador". E atualmente ela quer mudar o mundo pra melhor em "Corrente". Agora é tarde, Mimi. Por favor, deixe o mundo em paz.
Portanto, da próxima vez que me convidarem para assistir a um filme da Mimi com a Helen, eu, que sou educada, responderei: "não, obrigada, nem morta". Aliás, anseio pela primeira produção na história recente do cinema sem a Helen. Durante a exibição de "Corrente", dois rapazes entediados não pararam de conversar. Pensei em promover uma corrente do mal em homenagem a eles. Eu faria uma má ação para três pessoas, cada uma para mais três, e assim sucessivamente. Acho que esta crítica é um bom começo.
Cansei de ser cínica. É claro que o dramalhão me tocou. Quase levei um sem-teto pra tomar banho em casa, como faz o garotinho de "Corrente". Teria feito isso se não estivesse tão preocupada com o Haley Joel Osment. É esse o nome? Já sugeri que, se ele ambiciona mesmo a fama, deve adotar apenas dois nomes, pois ninguém se lembra de três. Escrevi isso na ocasião de "O Sexto Sentido" e um leitor perspicaz me enviou uma lista cheia de atores famosos com três nomes, dos quais eu nunca havia ouvido falar, o que corroborou minha tese. Minha apreensão com a carreira do Haley se justifica. Além d’ele nunca ter pai, seu destino parece ser acordar no meio da noite em todo santo filme para ir ao banheiro. O que será do futuro deste menino? Primeiro ele vê pessoas mortas, agora ele vê a Helen Hunt. Visivelmente, o Haley está traumatizado.
A Helen merece alguns capítulos à parte. Acho que ela está tentando tirar o atraso de quando ficou mofando na TV. Em menos de um ano, esteve em "Náufrago", "Do que as Mulheres Gostam", "Dr. T. e as Mulheres", e neste "Corrente". Seu agente deve estar trabalhando horrores. Não se pode dizer o mesmo dela, coitada, que nem precisa ter três nomes para não ser lembrada.
Quiçá seja uma corrente. A Helen estrela um filme. Este filme capta mais três filmes, e assim sucessivamente, até que todos os filmes tenham a Helen nos créditos. É aterrorizador: imagina o que pode acontecer com a incansável produção de Hollywood se a Helen – Deus proíba – entrar em greve ou pegar uma gripe e ficar sem filmar durante um mês?
Na verdade, nota-se claramente que estou com inveja da Helen. Quisera eu contracenar com Tom Hanks (se bem que a bola de vôlei recebe mais atenção que a Helen em "Náufrago"), Mel Gibson, Richard Gere e Kevin Spacey, mesmo excessivamente maquiado. Bom, contracenar não é bem a palavra adequada para o que eu gostaria de fazer com estes senhores. Tomara que o Tom Cruise não leia isso, ou ele pode ficar com ciúmes. Tomara também que a Helen não atue com o Tom.
A pergunta que não quer calar é: "o que o Kevin está fazendo num filme desses?". De fato, nada. Sair de "Beleza Americana" e entrar numa fria como "Corrente" é um erro e tanto. Será que ele não leu o roteiro? Será que ele não prestou atenção no nome da diretora? A Mimi Leder tem talento. Primeiro, ela destruiu o mundo em "Impacto Profundo". Depois, explodiu dezenas de carros e prédios para celebrar a paz mundial em "O Pacificador". E atualmente ela quer mudar o mundo pra melhor em "Corrente". Agora é tarde, Mimi. Por favor, deixe o mundo em paz.
Portanto, da próxima vez que me convidarem para assistir a um filme da Mimi com a Helen, eu, que sou educada, responderei: "não, obrigada, nem morta". Aliás, anseio pela primeira produção na história recente do cinema sem a Helen. Durante a exibição de "Corrente", dois rapazes entediados não pararam de conversar. Pensei em promover uma corrente do mal em homenagem a eles. Eu faria uma má ação para três pessoas, cada uma para mais três, e assim sucessivamente. Acho que esta crítica é um bom começo.
2 comentários:
Mimi leder pode não ser otima com filmes, alias ela só dirige e não os escreve, mas é otima na tv e nas series que dirigiu, dizer pq ela aceitou dirigir esse filme assim como os outros não posso, mas ela faz bem o trabalho, otimos jogos de camera, a edição deles é otima é só uma pena não ter senso critico quanto aos roteiros.
Posso confessar que eu, filha da p*** cínica como sou, chorei no final do filme? Eu não sei se foi a cara de cachorrinho perdido do Haley Joel Osment ou estava na TPM, mas precisei agarrar uns lencinhos de papel quando acabou.
Agora vou lá promover uma corrente do mal pra me redimir desse momento de fraqueza... ou dormir. É, acho que dormir é melhor.
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