"É impossível alguém conhecer História e não ser feminista", diz Regina
Lembra que eu disse que faria várias entrevistas? Então, já publiquei algumas, e em fevereiro a Monique, prostituta em Porto Alegre, me concedeu um longo bate-papo, publicado em três partes.
Agora tenho a honra de começar a publicar uma entrevista que fiz, por email, com Regina Navarro Lins. Você deve conhecer: Regina é psicanalista e escritora, autora de onze livros sobre relacionamento amoroso e sexual, entre eles o bestseller A Cama na Varanda e O Livro do Amor. Tem programa de rádio, coluna em jornal, é consultora e participante do programa Amor e Sexo, da TV Globo, e realiza palestras por todo o Brasil. Atua no facebook e no twitter, escrevendo diariamente sobre amor e sexo.
Também vou publicar esta entrevista em três partes. Minhas perguntas estão em itálico/negrito, e as respostas da Regina, na fonte habitual.
Seu bestseller A Cama na Varanda já é fantástico, e agora você lançou O Livro do Amor, que consegue ser ainda mais completo. Vi que você dedicou cinco anos para escrevê-lo. Como foi esse trabalho, muito cansativo, ainda mais que você não é historiadora? A repercussão e aceitação estão compensando?
Passei cinco anos trabalhando muito, sem sábados, domingos ou feriados, começando às 5h ou 6h da manhã e seguindo até de madrugada. Além de escrever, tenho várias outras atividades que me tomam tempo –- coluna em jornal, programa de rádio, palestras, consultório...
Desde o meu primeiro livro, A Cama na Varanda, pesquiso a história das mentalidades, ou seja, como as pessoas pensavam e viviam, o que desejavam e o que temiam. Isso sempre no que diz respeito às relações amorosas e sexuais. Acredito que para mudar o presente precisamos conhecer o nosso passado. É importante identificar a atuação do inconsciente social e cultural sobre a nossa vida amorosa.
Desde o meu primeiro livro, A Cama na Varanda, pesquiso a história das mentalidades, ou seja, como as pessoas pensavam e viviam, o que desejavam e o que temiam. Isso sempre no que diz respeito às relações amorosas e sexuais. Acredito que para mudar o presente precisamos conhecer o nosso passado. É importante identificar a atuação do inconsciente social e cultural sobre a nossa vida amorosa.
Apesar de não ser historiadora estou acostumada a pensar a História. O resultado está compensando bastante. Recebo centenas de mensagens de pessoas dizendo que a partir do meu trabalho estão se libertando do moralismo e dos preconceitos e vivendo melhor. Isso me deixa muito feliz.
Você acha que houve um período na história em que a mulher foi mais maltratada, ou foram milênios, um período contínuo de opressão? E hoje, este é o nosso melhor momento?
A opressão da mulher nos últimos milênios é inacreditável. Hoje, a partir de descobertas arqueológicas, sabemos que houve um longo período anterior ao estabelecimento do sistema patriarcal, há cinco mil anos, em que a mulher foi admirada e respeitada. Não havia deuses masculinos e, pelo fato de gerar um filho, a mulher era associada à deusa.
A “caça às bruxas”, na Renascença, século 16, foi cruel demais. Milhares de mulheres foram torturadas e queimadas vivas nas fogueiras acusadas de roubo do sêmen de homens adormecidos, de provocar impotência, esterilidade e abortos, além de doenças e deformidades às partes íntimas das pessoas. Eram acusadas de ter esse poder todo por terem feito sexo com o diabo.
Sem dúvida, atualmente no Ocidente, vivemos o nosso melhor momento, mas ainda temos que contribuir para que as mulheres sejam tão respeitadas quantos os homens e tenham os mesmos direitos que eles.
Eu vi sua resposta pro Roberto D'Ávila quando ele te perguntou “Você é feminista?”, e você disse, “Claro, você não é?”. É o que eu me pergunto: como alguém pode não ser feminista? O que você aconselha pras pessoas que ainda têm vergonha de sair do armário e assumir seu feminismo?
Penso que é impossível alguém conhecer História e não ser feminista. As pessoas que criticam o feminismo são totalmente desinformadas. Além disso, há os que pensam que feminismo e machismo são a mesma coisa, ou seja, ambos são negativos. Uma vez um ouvinte do meu programa de rádio disse: “Então, vamos combinar: nem machismo nem feminismo!”
Tive que explicar a ele que machismo é o domínio do homem sobre a mulher, e que feminismo é a luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres. Ele não tinha noção disso, assim como muitos seguidores no twitter e facebook ficam surpresos quando mostro essa diferença. A minha sugestão é que as pessoas que imaginam que ser feminista é algo menor leiam para saber do que estão falando.
E aí, dá pra ser feminista e ainda assim achar que quem deve pagar a conta é o homem? Como deixar de ser machista na nossa vida pessoal?
Não dá não. Há mais de 40 anos as mulheres lutam pela igualdade de direitos. Mas na contramão da História ainda tem gente se recusando a aceitar que homens e mulheres têm os mesmos direitos e deveres.
É grande o número de mulheres que deseja usufruir os benefícios da emancipação feminina, mas se recusa a arcar com o ônus dessa emancipação. Isso fica claro quando pergunto se a mulher deve dividir a conta do motel. As respostas parecem piada -– "já gasto em depilação, manicure, cabeleireiro..."
Se essas mulheres não refletirem sobre a questão e não se livrarem das crenças e valores patriarcais, estarão contribuindo para a manutenção de uma mentalidade que, nos últimos milênios, sempre considerou a mulher incompetente e incapaz. Para deixar de ser machista é fundamental refletir sobre as crenças e os valores aprendidos e se livrar deles.
A oposição entre os sexos é uma construção social do patriarcado. Você pode falar sobre como essa falsa oposição nos prejudica a todos e o que podemos fazer para superá-la?
O patriarcado é uma organização social em que as mulheres são consideradas inferiores aos homens e, por conseguinte, subordinadas à sua dominação. A ideologia patriarcal dividiu a humanidade em duas metades, e determinou com muita clareza o que é masculino e feminino, acarretando desastrosas consequências.
É evidente que a maneira como as relações entre homens e mulheres se estruturam — dominação ou parceria — tem implicações decisivas para nossas vidas pessoais, para nossos papéis cotidianos e nossas opções de vida. Como resultado da divisão da humanidade, assistimos à divisão dos seres humanos. Para se adequar ao modelo patriarcal de homem e mulher, cada pessoa tem que negar parte do seu eu, na tentativa de ser masculina ou feminina.
Entretanto, homens e mulheres são ativos e passivos, agressivos e submissos, fortes e fracos, corajosos e medrosos, dependendo das características de personalidade e das circunstâncias. Masculino e feminino não existem. Foram conceitos criados pelo patriarcado para aprisionar ambos os sexos a estereótipos.
Leia a segunda parte e terceira parte da entrevista.
Leia a segunda parte e terceira parte da entrevista.
56 comentários:
Muito boa a entrevista,valeu Lola,esperando a continuação,beijos!
Lola, eu adoro a Regina, ela sempre fala de uma forma muito lúcida, clara e, principalmente, acessível. Uso alguns trechos do livro dela nos grupos de psicoterapia e todo mundo gosta.
Adorei quando ela escreveu que "É grande o número de mulheres que deseja usufruir os benefícios da emancipação feminina, mas se recusa a arcar com o ônus dessa emancipação". Essa é uma questão importante que nem sempre é abordada de uma forma construtiva e que muitas vezes passa ao largo nas conversas que escuto por aí. Muitas ainda não percebem que lidar com ônus dessa emancipação faz parte de ser dona do próprio nariz.
Também gosto muito do fim da entrevista em que ela escreve que "Masculino e feminino não existem. Foram conceitos criados pelo patriarcado para aprisionar ambos os sexos a estereótipos." Vejo pessoas dizendo exatamente o oposto disso e tentando justificar opressões com base em uma diferença entre o masculino e o femino, inclusive psicanalistas. Mais um motivo pelo qual admiro a Regina.
BOa entrevista. Aguardo a continuação.
E que sejam mais os entrevistados.
Adorei. Já passou da hora de nós mulheres pararmos com de ficar perpetuando o machismo e não dividirmos a conta do restaurante, do motel, das despesas de casa, trabalhos domésticos, etc. Isso inclui tbm não aceitar homens machistas em nossas vidas, jogá-los para escanteio, ignorá-los e termos mais auto-estima. Me desculpe, mas não consigo imaginar que depois de tanto tempo que as mulheres conseguiram seus direitos básicos de cidadãs, ter mulheres que aceitem e concordem com o patriarcado (isso vale para ambos dos sexos, que fique bem claro).
Que bacana, me enchi de vontade de ler os livros dela =)
Isto é fato, os livros da Regina elucidam e esclarecem tantas questões que achamos ser "diferenças naturais" entre homens e mulheres que, ao final da leitura, a gente sai bastante transformado. É como enxergar mais claramente e objetivamente tudo que aprendemos sobre relacionamentos e sexo. Adorei a entrevista, Lola!!!!!!!!
Ótima entrevista!!!
Eu li o Cama na Varanda e gostei tanto que já dei de presente para duas pessoas!
A Regina arrasa...
As informações sobre como a sociedade era antes do início do patriarcado me ajudam a argumentar quando as pessoas dizem:" mas sempre foi assim, é a ordem natural das coisas".
Nossa, demais ver a super Regina aqui no meu blog preferido... =]
Beijos!
ótima a entrevista, Lola! Sou muito fã da Regina, li seus livros e, graças ao que aprendi com ela, me tornei mais liberada sexualmente.
Que ótimo você entrevistar a Regina, Lola!
Eu comecei a segui-la no twitter recentemente, adoro tudo o que ela escreve. Ainda não li nenhum livro dela, mas pretendo fazer isso logo.
Lolinha... que tal você sortear livros da Regina no blog???? Hein? Hein? Hein? Seria muito legal! :D
AMANDO a entrevista aqui! Tb tô na espera das outras partes! :D
Oi, Lola
Adoro o seu blog e estou lendo ele desde o inicio. Atualmente estou am maio de 2009 rs.
É minha leitura favorita de fim de noite.
Passei para lhe indicar esta matéria:
http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/fotos/modelo-aproveita-noticia-de-arabes-deportados-e-fica-famoso-nas-redes-sociais-20130425-3.html#fotos
um bj
Mayra
www.facebook.com/origamim
É bastante impreciso e historicamente incorreto dizer que houve um matriarcado e uma valorização social da mulher há cinco mil anos. De onde a pesquisadora tirou isso? É a velha e criticável ideia de um passado dourado.
Enfim, pequenas discordâncias. Adoro a Navarro. Parabéns pela atuação dela.
Adorei a entrevista, a argumentação da psicanalista é ótima, e ela explica as coisas com muita clareza. Não conhecia seus livros mas agora eu quero lê-los!
A parte da mulheres terem que arcar com o ônus da emancipação é muito verdade. Ao invés de reclamarmos de ter que dividir a conta precisamos lutar por salários iguais aos dos homens, em todas as áreas. Daí dividir a conta não vai ser tão problemático assim. Assim como trabalhar fora não seria tão cansativo se em casa as tarefas fossem divididas igualmente entre o casal.
Ai Lola to em êxtase, ler no mesmo texto vc e a Regina é demais pra mim.
Sou apaixonada por essa mulher e suas idéias, a lucidez dela até assusta a gente.
Pra mim ela é uma das personalidades q eu mais admiro.
Pretendo ler todos os livros dela, pra conseguir me aproximar mais ainda do q ela pensa.
Ela e o Christopher Hitchens, q infelizmente ja nos deixou, são, pelo menos pra mim as grandes expressões do pensamento moderno.
Eu ja te admiro demais Lola, mas trazer um pouco dessa Mulher (com M maiúsculo) pra q suas leitoras conheçam, não tem prêço, muito obrigada.
Ah, essa Regina nem é grandes coisas, Flávio Gikovate é quem tem a Supremacia!
Adorei essa entrevista!
Fiquei com vontade de ler o livro!
"É bastante impreciso e historicamente incorreto dizer que houve um matriarcado e uma valorização social da mulher há cinco mil anos. De onde a pesquisadora tirou isso? É a velha e criticável ideia de um passado dourado."
Ela não falou matriarcado, o livro O Segundo Sexo da Beauvoir também cita esse período anterior ao patriarcado em que a mulher era associada a natureza e as divindades eram femininas por causa da fertilidade. O livro diz que existia certa valorização da mulher porque ela estava mais próxima da natureza do que da humanidade, o que levou (quando o homem descobriu que participava da gravidez e começou a desenvolver a agricultura) a dominação da natureza e consequentemente da mulher.
Parabéns Lola! A Regina Navarro é show de bola, 100%. Ragusa
SENSACIONAL a entrevista.
Sobre ter havido matriarcado... a Regina não disse isso. E, historicamente, houve sociedades MATRIFOCAIS - o que é diferente de matriarcais ok. Isso está bem claro ao ler o que ela coloca.
@Anon das 13:53.
Tem uma bibliografia em arqueologia sobre isso (não sei te indicar, só sei que lá fora a questão de gênero já começa a ser estudada), mas ainda com muito dedo. Fora isso, temos as evidências das chamadas "Vênus" ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Estatuetas_de_V%C3%AAnus ) e grupos de culto da Deusa com pesquisas próprias sobre o tema (sobre esses prefiro não dar pitaco).
Todas PIRA com o combo Lolinha + Regina Navarro! É muito amor <3 hahaha
Uma pergunta que você poderia fazer a ela, Lola, é se ela sofre com machismo de leitores inconformados com o fato de ela ajudar tantas mulheres (como eu) a serem livres sexualmente, sem a necessidade de se prenderem a um modelo tradicional de relacionamento monogâmico.
Flávio Gikovate é quem tem a Supremacia de que? Bourne? (perdão pela piadinha infame)
Lola, você também poderia perguntar a ela se ela sofre preconceito de outros profissionais da área e se eles a consideram liberal demais. Parece que não, Lola, mas tá cheio de terapeuta, psicanalista e psicólogo machistas por aí. E sem o menor conhecimento do que seja feminismo. Já vi um desses famosos psicólogos ter a capacidade de dizer que homem precisa mais de sexo do que mulher, porque sentem mais desejo!!!!!!!!!! O cara praticamente justificou a traição masculina e ainda advertiu que mulher, quando trai, é por amor. Triste, Lola. Mas temos Regina Navarro Lins e sua lógica inabalável! Parabéns pela iniciativa da entrevista!
Combo Lolinha+Regina dá fatality em tudo quanto é mascu por aí hahaha
Gostaria de saber quanto dos 70% de mulheres que não se dizem feministas o fazem por não querer arcar com o ônus da igualdade.
Adoro a Regina, lendo o que ela escreve me libertei de muitas coisas que me aprisionavam e assim não conseguia ter uma vida sexual legal, com ela aprendi que temos que ser autônomas além de independentes, que podemos ser felizes sozinhas sem depender de uma figura masculina ao nosso lado. Essa dupla Regina + Lola mudaram muito minhas idéias, pra melhor sempre.
Quero ler os livros dela! E dar de presente pra uma galera aí da minha vida que acha que tudo é "biológico", "natural", "homem é assim, mulher é assado"... Aff
Lola, um pouco feira do tópico, mas olha esse caso que aconteceu no Amazonas http://www.emtempo.com.br/editorias/dia-a-dia/4200-gr%C3%83%C2%A1vida-%C3%83%C2%A9-espancada,-torturada-e-queimada-pelo-marido.html nem precisa falar o to estou revoltada com essa barbárie.
Uma amiga minha dividia todas as contas com o namorado (jantares, motel e etc), inclusive o valor do anticoncepcional.
Quanto a mulher pagar a conta, eu vejo mulheres até machistas dizendo que pagam sua parte sem reclamar. Sempre vejo em mercado, barzinhos, etc... mulheres pagando, eu não sei de onde tiram esse número surreal de que todas querem ser sustentadas. É só colocar as pesquisas de mulheres chefes de familia.
Sobre a Regina, acompanho a coluna dela no UOL e a mascuzada ta em peso lá criticando, ora chamando ela de puta, ora falando da aparência.
"Gostaria de saber quanto dos 70% de mulheres que não se dizem feministas o fazem por não querer arcar com o ônus da igualdade."
André, essa é uma pergunta interessante, que vale para mulheres e também para homens. Quantas pessoas não se dizem feministas por não quererem arcar com o ônus da igualdade? Suponho que sejam muitas pessoas.
Eu amo esse blog!
Lola +Regina=aqui jaz qualquer tentativa mascu de refutação.
Regina Navarro é muito amooor!!
tremei leleco!
lola+ regina adorooo
muito amor
Resumindo tudo: desculpa para promiscuidade feminina
Ah, a Entrevista foi cortada antes de começar e agora só semana que vem? Que maldade, Lola, isso não se faz!
Particularmente não gosto tanto da Navarro, o estilo dela é muito pautado em generalizações literárias e históricas, o que às vezes parece tornar os argumentos apelativos. Ainda assim, é 6/10. Ainda é dez a zero nessas colunistas de revista feminina que ensinam a "segurar macho".
Sou obrigada a quase concordar com o 14:12, realmente, o Dr Gikovate no que ele se propõe, tem mais qualidade, talvez por ser mais prático e sugerir empatia e humildade de ambas as partes.
Por outro lado, ele não faz o estilo desse blog.
Não tenho mais dúvidas de que grande parte da nossa infelicidade (e incluo aí gente de todas as orientações sexuais) vem desse apego a papéis de gênero que já caducaram faz tempo. Assim: se você é homem, não pode demonstrar vulnerabilidade alguma, se é mulher deve cultivar conformismos e ainda chamá-los de "feminilidade". Quem quiser viver assim, que viva, mas não sei até quando vai conseguir respirar sob uma casca de múmia.
Pessoas queridas, como vou viajar daqui a pouquinho (quase 3 da manhã agora; tenho que ir pro aeroporto 3:45), e como não sei quando terei acesso à internet novamente, e como minha mãe não terá tempo nem vontade pra moderar comentários, vou deixar a caixa de comentários aberta, isto é, sem moderação. Mas fechada para os anônimos, que representam 90% dos trolls. Se algum troll comentar, por favor, não deem muita atenção. Quando eu chegar perto de um computador eu deleto. Amanhã, que já é hoje, teremos (mais) um post polêmico (suspense...). Sejam bonzinhos e boazinhas, por favor.
Abração, e espero que as pessoas de Volta Redonda e adjacências venham ver a minha palestra na Bienal do Livro. Será às 19:30 (sábado). E vou levar livrinhos pra vender!
(saiu a segunda edição do livro, finalmente! A partir de domingo passo a vender livrinhos de novo. Por favor, comprem!).
"A opressão da mulher nos últimos milênios é inacreditável. Hoje, a partir de descobertas arqueológicas, sabemos que houve um longo período anterior ao estabelecimento do sistema patriarcal, há cinco mil anos, em que a mulher foi admirada e respeitada. Não havia deuses masculinos e, pelo fato de gerar um filho, a mulher era associada à deusa."
- E depois os neandertais somos nós. São vocês querem voltar pra era pré-revolução neolítica. Assim funciona o mito do bom selvagem: acredita que nos tempos primitivos todo o mundo, homens e mulheres, era feliz, até que veio maldita propriedade prievada e o maldito "patriarcado" acabou com toda aquela felicidade.
Depois quando se diz que a família é a BASE de uma sociedade civilizada, dizem que nós estamos errados. Só confirmam: SEM FAMÍLIA NÃO HÁ CIVILIZAÇÃO.
Lola! Seu blog é incrível! Leio diariamente a quase dois anos. Adorei essa entrevista com a R egina, estou ansiosa para ler as outras partes. Muito obrigada pelo seu trabalho, aprendi muito desde que passei a frequenta-lo, passei a compreender melhor as diferenças e refletir sobre várias questões. Beijos, Luana Góes.
prevejo uma chuva de mascus trolls se apegando desesperadamento no determinismo biológico
desesperadamente
Eduardo , na boa, ninguém vai ler esse texto desse tamanho.
esta fábio.... esperou a Lola sair pra voltar?
pena que quando ela voltar de viagem suas mensagens sumirão como passe de mágica.
É, ninguém vai ler Eduardo. Apaga essa merda.
"- E depois os neandertais somos nós. São vocês querem voltar pra era pré-revolução neolítica."
Deus nos livre de um tempo em que a mulher era respeitada e admirada. E quando digo Deus é Deus mesmo, porque só ele para nos livrar de tamanha desgraça. (escrevi até Deus com D maiúsculo, olha que bonitinho)
o cara varar a madrugada de sexta pra sábado com esse texto aí é final de carreira mesmo.
O cara posta link do marxismo cultural...
"mulheres liberadas são infelizes"
Qual seria o oposto disso?
"Mulheres reprimidas são felizes"?
E o cara ainda pede pra gente dar uma olhada. Mascu não tem senso de ridículo. MESMO.
Cara, vergonha na cara não faz mal a ninguém. Tenta aí.
Eu adorei a entrevista, quero muito ler os livros da Regina.
Lola, adorei a iniciativa. As respostas da Regina foram todas ótimas, mal posso esperar para ler as próximas partes.
Fiquei curiosa para ler os livros dela.
Bjo!
Acho controverso alguém se auto-denominar feminista e abominar as mulheres que dançam o funk. Ora, gosto é gosto! Ninguém é menos mulher por dançar funk. Eu, particularmente não gosto, mas, só porque algumas mulheres gostam elas são inferiores? Claro que não.
A bunda são delas, corpo, mente.
Ora! Ser feminista também é respeitar gostos e opiniões -que não firam nossos direitos, claro.
Algumas pessoas precisam (urgentemente) rever alguns conceitos.
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