quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

GUEST POST: NUNCA PERTENCI À HETEROLÂNDIA

A Linda, vamos chamá-la assim, me enviou um relato delicioso sobre a descoberta da sua sexualidade. Meninas que me mandam emails dizendo “Ish, acho que sou lésbica! E agora?”, leiam! Intolerantes de plantão que acham que é melhor viver uma mentira do que ser feliz, leiam também. E pessoas de todos os tipos e credos, leiam, que eu acho que vocês vão se identificar.

Cansei de ficar com isso preso toda vez que alguém liga homossexualidade à falta de vergonha na cara. Então vou escrever aqui tudo o que eu gostaria que essas pessoas, com esse pensamento totalmente ausente de empatia, soubessem.
Cresci numa típica família tradicional de classe média. Um pai, uma mãe, um irmão mais novo. Não era rica, nem sou, mas sempre tive uma vida confortável e com privilégios. Nunca fui maltratada, nem violentada, cresci cercada de homens maravilhosos, a começar pelo meu pai. O relacionamento materno nunca foi dos melhores, mas nada que se diferenciasse muito dos desentendimentos normais de mãe e filha.
Sempre fui diferente. No ensino fundamental achava bobas as meninas que corriam atrás dos meninos bonitinhos e ficavam chateadas quando eles não lhes davam bola. Sofria com a pressão interna do primeiro beijo e de ter histórias amorosas pra contar. Lembro-me de ter uma forte atração por uma coleguinha de classe, mas considerava normal, simples admiração. Com alguma sorte encontrei amigas que tinham os mesmos interesses que eu e tampouco ligavam pra namoro. Nós gostávamos de ler, ver filmes e dançar.
No ensino médio, mudei de escola. Lá os dramas amorosos eram mais frequentes e eu sempre era aquela que não tinha histórias pra contar. Ninguém queria saber sobre os livros que eu estava lendo ou sobre a coreografia que eu havia aprendido. Comecei a achar que talvez era eu que estava demorando demais pra crescer.
Por ser extremamente reservada, ninguém sabia da minha total ausência de vida amorosa. Eu seguia a vida apenas observando. Mas havia uma amiga, muito próxima, de quem eu fazia de tudo pra conseguir atenção sempre. Eu morria de ciúmes dela e era super compreensiva com tudo o que ela fazia, tinha pavor de perder a sua amizade. Chorava noites quando ela se distanciava (ou quando eu achava que ela estava distante) e vivia com uma louca vontade de estar sempre perto dela, abraçá-la o tempo todo. Ela era super carinhosa comigo também, e às vezes até demonstrava ciúmes. E eu achava isso tudo perfeitamente normal –- apesar de com as outras amigas ser completamente diferente. Éramos apenas amigas, muito amigas.
Enquanto ela namorava, eu continuava com meu drama de não sentir vontade de ficar com nenhum dos meninos que se interessavam por mim. Não entendia essa minha "falta" de sentimentos e me autodenominei insensível. Pensei que ninguém jamais seria capaz de me conquistar. Minha amiga/paixão platônica mudou de escola e eu só faltei morrer de tanta saudade. Alguma coisa na minha mente dizia ‘isso não é normal’, mas eu não me importava, não entendia de jeito nenhum. Foi então que cheguei à conclusão de que eu precisava sentir algo. Com minha pouca fé e muita ignorância fiz uma oração no chuveiro pedindo pra Deus fazer eu me apaixonar por qualquer cara que fosse, qualquer um, nem que fosse pra sofrer. Eu só queria sentir, só queria provar a mim mesma que eu não era fria e insensível.
A partir daí passei a observar todos os caras ao meu redor e considerar se eu não estava interessada neles. Tinha um colega de classe que eu até achava bonitinho. Tentei me convencer de estar gostando dele, mas não passou disso. Até que um colega de outra turma teve a coragem de chegar perto abertamente e dizer que tinha sentimentos por mim. Eu mal havia me dado conta da existência do moço, que dirá considerá-lo como parceiro em potencial. Mas ele era legal, uma pessoa querida por todo muito, e gostava muito de mim. Então eu pensei “por que eu não poderia gostar dele também?”, e decidi levar as coisas pra frente, decidi que eu fingiria gostar dele também, e quem sabe eu não me apaixonava? Como uma amiga dizia, eu precisava dar chance às pessoas de me conquistarem. Se não desse certo, eu me mudaria de cidade em alguns meses e usaria isso de desculpa para terminar o namoro. Um plano perfeito.
Lembro-me de chegar em casa na primeira noite em que ele expôs seus sentimentos, e chorar incontrolavelmente e sem saber o motivo, por uns cinco minutos. Tentei, em vão, me convencer de estar perdidamente apaixonada por ele e triste por estar indo embora em pouco tempo. Quando ele oficialmente me pediu em namoro, foi a mesma coisa, a diferença é que eu comecei a chorar no instante em que virei as costas pra ele, depois de dar boa noite. Novamente, eu não fazia ideia do porquê.
Os meses que se seguiram foram uma mistura de fingimentos. Menti pra ele, pros nossos amigos e pra mim mesma. Me afastei de quem eu não poderia enganar e quis muito que aquilo tudo fosse verdade. Queria acreditar nas minhas mentiras como todo mundo acreditava. A parte da pegação era a mais agradável, mas era como ficar com um estranho na balada. Gostoso, mas faltava alguma coisa. Não gostava de conversar com ele e por vezes ficava quieta. Detestava quando ele ligava pra dar boa noite e nós nunca tínhamos assunto. Eu não queria saber nada do que acontecia com ele e estava completamente presa a meus conflitos internos. Desejava não precisar fazer aquilo e poder aproveitar os últimos meses ao lado das minhas amigas. O mais difícil é que eu não conseguia nem arranjar um motivo para terminar, ele era um ótimo namorado, e a única forma seria dizer que eu não tinha sentimentos por ele. Chegou num ponto que isso foi tão forte que eu, sem conseguir arranjar motivo pra terminar o namoro, deixei ele extremamente chateado a ponto de ele terminar comigo. Tirei todo o peso das costas mesmo sabendo que quem tinha provocado o término havia sido eu. Tentei por na minha cabeça que se ele havia terminado, era porque não queria mais nada e eu estava livre.
Ao contrario do início, não derramei uma só lágrima. Contei tranquila a uma amiga e logo passamos a tratar de outras coisas. O ex se arrependeu e correu atrás de mim nas semanas seguintes, mas eu não iria voltar de jeito nenhum. Ele queria acreditar que eu estava mal, mas eu nem me importava em fingir isso também. Viajei. No último dia que passei na cidade acabamos ficando. Mais tarde tive uma briga feia com a minha mãe e fui encontrar com ele aos prantos. Ele perguntou se eu estava chorando pela briga apenas ou se estava chorando, também, porque iria sentir falta dele. Menti de novo. Não iria magoar alguém que não havia feito nada pra merecer ser parte do meu teste. Ele não merecia isso. Fui embora me sentindo a mais filha da p*ta das criaturas e jurei que nunca mais namoraria alguém que eu não gostasse. Nunca mais iludiria alguém.
Um bom tempo passou sem que eu não fizesse nada além de estudar. Não tinha amigos na nova cidade e meu relacionamento em casa continuava muito ruim, mas me convenci de que não precisava de ninguém e que a minha vida era estudar. Cheguei a ficar com alguns garotos aleatoriamente, mas me sentia muito desconfortável com eles e tinha ânsia só de pensar em sexo. As férias chegaram e eu fui visitar aquela amiga/paixão platônica. Fazia mais de um ano que não nos víamos. Foram ótimas férias e não nos desgrudamos durante o período que passei lá. Porém, alguma coisa na atitude dela me fez achar que a nossa amizade ia além. Nunca tive certeza se foi apenas exagero meu. Voltei pra casa e as imagens dela continuavam vindo a minha mente, principalmente durante as aulas, pensava nela o tempo todo. No início eu tentava bloqueá-las, mas aos poucos fui me convencendo de que não havia nada que eu pudesse fazer para continuar negando meus sentimentos por ela. Eu a amava, e o primeiro passo para me entender era admitir isso. Depois de admitir meus sentimentos e sofrer mais um pouco, comecei a me dar conta de que precisava entender o mundo ao qual eu fazia parte. Eu havia sido instruída na Heterolândia, e por mais que nunca houvesse pertencido a esse lugar, não fazia ideia de como deveria lidar com o mundo sendo lésbica.
Comecei a ler, muito. Procurei blogs, li artigos, reportagens, entrevistas, contos, poesias, procurei explicações na psicologia. Busquei todas as informações que estavam a meu alcance, e apesar de serem poucas, elas me ajudaram. Assisti muitos filmes e vídeos também. Comecei a entender o que as frases de amor diziam, o que as pessoas diziam e me peguei chorando ao assistir romances. Me vi fazer tudo aquilo que eu via as outras meninas fazerem e nunca entendia. Percebi que o interesse que algumas mulheres despertavam em mim desde sempre era o mesmo que as outras meninas sentiam, mas em relação aos homens. Durante esse período, entrei na faculdade. Já num dos primeiros dias de aula, uma menina linda e super estilosa chamou minha atenção. Ela fazia algumas aulas comigo e eu comecei a me interessar muito por ela. Mais uma vez tentei me interessar por algum dos meninos que me cercavam, sem sucesso. Inconscientemente minha atenção se voltava pra ela e era um esforço enorme ignorá-la. Era isso: eu não gostava dos garotos, nunca havia gostado e nem conseguiria, não havia nada que eu pudesse fazer.
Numa viagem de férias finalmente tive coragem de ficar com meninas, e foi uma descoberta maravilhosa, como um estalo. Algo como “Ah eu sou lésbica, claro! Como não percebi isso antes?”. Era algo que fazia parte de mim. É claro que ao mesmo tempo que veio o alívio e a autocompreensão, surgiu um novo conflito interno. Eu havia sido criada em uma família extremamente religiosa, e por mais que nunca houvesse concordado com tudo o que me diziam -– nem dentro nem fora das igrejas -– eu ainda tinha muito medo do que Deus ia achar de mim. Fiquei muito brava por um tempo por achar que Deus estava me testando ao fazer isso comigo. Na minha lógica, se Deus achava que era errado eu ser homossexual, por que ele havia me feito lésbica, ou me deixado tornar lésbica? Por que ele simplesmente não me fez gostar de homens? Ele é Deus, é uma coisa simples pra ele. Mas as pessoas insistiam em dizer que Deus testa as pessoas fazendo com que elas tenham vontade de fazer coisas que ele acha erradas, pra que elas provem seu valor para ir para o paraíso.
Sendo assim, na lógica delas, eu deveria ignorar meus sentimentos e atração por mulheres e viver relacionamentos heterossexuais falsos, exatamente como meu primeiro e único namoro, pois dessa forma eu estaria provando a Deus que eu sofreria a minha vida inteira para ter uma chance no paraíso. Mas essa ideia que as pessoas insistiam em por na minha cabeça não fazia sentido algum pra mim, pois ia de encontro ao que eles pregavam sobre Deus amar as pessoas. Um deus que quer que eu abdique da minha vida amorosa, viva uma mentira e sofra a vida inteira pra provar meu amor por ele, é um deus que me ama?
Deixei de acreditar no que as pessoas diziam sobre Deus, pois se acreditasse ia acabar com muita raiva dele. Eu sabia que Deus estava lá, eu acreditava nele, só não conseguia acreditar no deus de pseudo-amor que as religiões me mostravam, pois esse deus odeia quem eu sou. Finalmente me acalmei quanto a isso e cheguei à conclusão de que se Deus quiser me mostrar ou dizer alguma coisa, ele vai ter que achar outro meio de fazer isso que não seja através dessas pessoas prepotentes que usam a religião para justificar o domínio de uma maioria.
Mas eu tinha outros problemas também. Eu ainda dependia do dinheiro da minha família, e ela jamais aceitaria minha sexualidade e minha opinião diferente. A religião que eles possuem -– a maioria das religiões, na verdade -- tem uma grande dificuldade de lidar com o diferente. Se você quer conviver, tem de se adequar. E se adequar no meu caso significava me manter dentro do armário e viver uma falsa heterossexualidade disfarçada de falta de tempo para relacionamentos. O que significava também: nada de xavecar as gatas da turma da faculdade, até que eu tivesse uma independência total, incluindo a financeira.
Eu contei toda essa longa história de autodescoberta e aceitação pra mostrar que não foi por causa de violência sexual, falta de parceiros em potencial, curiosidade, tédio, vontade de ser diferente, MUITO MENOS falta de vergonha na cara, que eu me ‘tornei’ gay. Eu sou lésbica porque sou lésbica, ponto. Se nasci assim ou me tornei, eu não faço ideia, só sei que é o que eu sou. E o máximo que posso fazer é negar isso e causar sofrimento a mim e a outros, coisa que eu não vou fazer, porque eu tenho outra opção: a de ser feliz.

188 comentários:

Luma Perrete disse...

Lola, acho que já falei isso aqui, mas você deveria tomar mais cuidado com as imagens que você coloca no blog, no que diz respeito aos direitos autorais.
A ilustração das duas moças abraçadas na cama, por exemplo, pertence ao ilustrador Hiro Kawahara e não custa nada colocar crédito ou até pedir autorização pra usar.
Não sei como você escolhe as imagens, mas parece que você procura no Google e escolhe de acordo com o tema do post. Você deveria tomar mais cuidado com isso.

Loja Moeggall disse...

Bonita história. Só não vi privilégio em lugar algum...rs

Beatriz disse...

Post mais lindo ever

LOVE MAKES A FAMILY disse...

Lola,aqui sou eu, Two Of Us. Ontem comprei um livro que há tempos gostaria de tê-lo em minha biblioteca: O Livro Negro Da Condição Das Mulheres, Org.: Christine Ockrent e Coord. de Sandrine Treiner, pela editora Difel. Você o conhece? E sabe o que observei? Só há um texto que fala sobre a condição da mulher lésbica. Daí meu questionamento de sempre sobre o silêncio em torno de mulheres que têm uma orientação sexual como a minha. E por isso e muito mais, eu sou muito grata a você por levantar temas como este post! Minha gratidão a você por realmente se importar com todas nós, mulheres, não importa a orientação sexual, é enorme!
Assim como a Linda, eu também não sofri problemas, como abuso sexual, que muitas mulheres sofrem na vida. E, sim, eu tive homens maravilhosos em minha vida. Meu pai faleceu quando eu tinha 4 anos, mas guardo algumas poucas lembranças super amorosas dele. E meus irmãos me contam da seu coração terno e generoso. Meu paidrasto é o homem mais lindo e amoroso que eu conheci em minha vida. Eu o amo com toda minha força! Gostaria que tod@s tivessem o privilégio de ter tido um pai como ele.
Sou lésbica porque nasci assim. Nenhum falácia do senso comum se enquadra em mim. E, não, nunca senti atração por homens e jamais beijei um. Sou casada há anos com o primeiro amor de minha vida: uma mulher maravilhosa em todos os sentidos, pelo menos para mim!
Amei o post de hoje, Lola!!! Muito obrigada!

Lord Anderson disse...

Belezura de post. rs

Linda, vai lá e seja feliz.

A vida é curta e só tem uma.

Perde tempo com quem só quer odiar não.

Luiz Prata disse...

Um lindo relato.
No aspecto religioso, penso da mesma forma que a autora do guest post: acredito em Deus, mas não naqueles que se dizem seus porta-vozes.

Lorena disse...

Estou lenddo, ainda não terminei... e até agora posso dizer que eu poderia ter escrito esse texto, cada linha dele! Me identifiquei com tudo, foi exatamente igual comigo, inclusive a auto-incompreensão, a coisa de se achar "uma insensível", de achar que tinha alguma coisa errada comigo por nunca me apaixonar por menino nenhum... mas também não conseguir entender o porquê e também o que eu era. E a oração a Deus... meu Deus, Linda, você saiu da minha cabeça e do meu coração??? rsrs! Você descreveu coisas que eu senti, pensei e fiz, e nunca contei a ninguém! Estou literalmente boba com a identificação!

Bom, vou continuar lendo, porque minha história teve um final feliz, aliás, mto feliz... e estou aqui torcendo pra que a história da Linda, que começou tão idêntica a minha, termine da mesma forma. :)

Dária disse...

gente, que coisa linda! Fiquei encantada com a maneira como vc narrou sua descoberta como lésbica... de forma tão leve, gradativa, com pequenas aproximações e atrações cotidianas.
Gostei bastante tbm da suas considerações sobre a religião. Sou ateia, mas independentemente disto tento convencer meus parentes religiosos que se Deus existe, ele não deve ser este terror todo que nos pintam, pois se for é um tirano! rs
Se é pra acreditar, que se acredite na bondade, na diversidade e na compreensão ;)

Lorena disse...

Lindo texto, linda lição! :)

É isso... Não tenho nem o que acrescentar a não ser dizer que nossas experiências foram extremamente parecidas, e eu fico me perguntando se é assim com todas nós. Provavelmente não. Mas eu também não tive nenhum trauma, nenhuma crise familiar, todos os homens da minha vida são maravilhosos, não odeio homens, muito pelo contrário... Só não amo homens de forma romântica, assim com a Linda. Tentei muito, também assim como ela. Também parti o coração de um rapaz maravilhoso, dando a entender que queria mais do que realmente queria, com a diferença de que, na época, eu já sabia que era lésbica, só estava em negação... E me senti a pessoa mais livre e mais completa do mundo o dia que me aceitei como eu sou. Essa "viagem ao passado" pra tentar se compreender, eu também fiz. E também constatei que várias das menians, moças e mulheres que tanto "admirei" eram, na verdade, as paixonites que toda garota tem na adolescência e que eu, na época, me julgava isensível por não tê-las. Hoje é mto bom saber que sim, eu era capaz de me apaixonar; só devia mudar de foco! :P Mas isso é coisa que a gente só entende depois... O bom é que uma hora a compreensão chega. :)

Desejo toda a felicidade do mundo à Linda. As coisas não são fáceis pra gente, como gostaríamos que elas fossem, e se assumir é um processo que pode ser doloros. Mas vale MUITO a pena, muito. Cada pequena conquista é uma felicidade imensa. E eu acho que, apesar das dores, o crescimento pessoal é maravilhoso.

Loja Moeggall disse...

Só acho curioso uma coisa> aos sete anos eu já sabia que gostava de meninos, romanticamente falando. Ninguém me ensinou a heterossexualidade ou a homossexualidade. Mas sempre soube que estava apaixonada por este ou aquele garoto. Por que, então, as lésbicas não sabem desde o primeiro momento que gostam romanticamente de outra menina/mulher? Alguém?

Lorena disse...

Eu,

justamente porque nos ensinaram que o certo era a menina gostar de meninos. E era isso que eu achava que devia acontecer comigo. Não imaginava que o que eu sentia por meninas era, na verdade, o que as meninas heterossexuais sentiam por meninos. Não sabia o que era estar apaixonada, já que imaginava que o "certo" era isso acontecer em relação aos meninos... Então ficava esperando acontecer. Mas não acontecia.

Precisei de maturidade pra compreender que os sentimentos que eu tinha por mulheres eram, na verdade, sentimentos românticos.

Acho que o fato de meninas terem uma relação mto próxima como amigas também ajuda a "ernganar" o sentimento... Como andamos de mãos dadas, abraçamos e estamos sempre em companhia das amigas, é um pouco difícil, pra alguém sexualmente imaturo, digamos assim, definir o que sente, se amizade ou algo mais.

Bruno S disse...

Muito legal o texto.
Essa situação da pessoa descobrir que o afeto dela segue uma linha diferente de tudo que ela tinha aprendido deve ser bastante dolorosa.

Espero que no capítulo seguinte ela tenha conseguido fazer a família a lidar com sua orientação. A opção de ficar no armário não deve ser lá muito confortável.

Lorena disse...

Por isso que acho que o mesmo não costuma acontecer com os rapazes gays. Geralmente, os meninos já sabem desde mto cedo se são romanticamente atraídos por outros meninos. Porque, entre meninos, não é comum essa proximidade física, esse contato que há entre meninas. Então se eles sentem essa vontade, essa inclinação... é mais fácil perceber que o sentimento é diferente.

Anônimo disse...

Eu:
Vc aprende desde pequena que é natural gostar de esse ou aquele menino, isso é certo e ponto. Nenhuma menina é ensinada que deve gostar de outras meninas, muitas vezes quando somos crianças nem sabemos que a homosexualidade existe. Por isso é difícil perceber que aquela admiração por uma amiga é mais do que só admiração.

Eva disse...

Eu: porque se confunde o interesse romântico com a amizade. Quando se cresce na heteronormalidade, sem o menor exemplo de diversidade amorosa, a gente cresce acreditando que o que se sente por alguém do mesmo sexo é só amizade forte, irmandade e tal, e não interesse amoroso.

Linda história. Eu demorei anos pra aceitar que gosto de meninos e de meninas, e quando aceitei, foi um alívio muito grande.

Bruno S disse...

Lorena,

acho inclusive que no caso de meninos, mesmo que ele não se perceba diferente, logo ele será "alertado" pelos demais por conta do comportamento diferente.

Lembro de alguns garotos na escola que desde muito cedo já sofriam esse estigma pelos colegas.

Loja Moeggall disse...

Lorena, obrigada. Mas só acho difícil não perceber uma atração romântica por uma menina e não por outras e não fazer a conexão com a atração romântica. Bjs

Lorena disse...

Bruno,

eu geralmente leio que meninos sabem bem antes, bem cedo... Ainda na infância. Não vou generalizar, mas na maioria dos casos que leio, é assim. Algumas meninas também sabem desde criança, mas, ao contrário dos homens, vejo que são a minoria.

Robs disse...

Legal,Lolinha.
Adoro relatos.
Mas vc podia postar relatos de transsexuais tbm e travestis.Num dos posts passados vc postou sobre visibilidade trans e eu não lembro de vc fazer um post com relatos de um transhomem ou transmulher.Faz um please,esse é um blog tão delicado para tratar desses assuntos e cada vez mais me dou conta que os transsexuais são o grupo mais sofrido,sempre esquecidos,desprezados e postos em duvida por todos,até pelos que se dizem a favor dos direitos das minorias.As vezes são esquecidos de proposito pq as pessoas simplesmente não querem tocar no assunto.

Lorena disse...

Eu,

falando de mim, e pelo que percebi, com a Linda também foi assim, o que acontecia era eu achar que gostava muito mais de uma amiga do que das outras... mas era um "gostar" que eu via como admiração, como carinho... Não como paixão. Era vontade de ficar junto com a pessoa, mas como, por exemplo, nunca tinha visto duas mulheres se beijando, não surgia em mim a vontade de ter contato físico desse tipo, até porque eu nem sabia que era possível (isso na infância e adolescência). Só depois que cresci mais, que amadureci, aí sim, eu percebia essas vontades. E, ainda assim, neguei por muito tempo.

Bruno S disse...

Acho que devem saber mesmo, Lorena.

O que disse é que a sociedade o ajuda a saber também. O menino muito ligado nos amiguinhos vai ganhar apelido, vai sofrer brincadeiras de mau gosto, recerá atenção especial de família da escola. Mesmo que o menino não tenha se percebido diferente, o efeito em volta vai fazê-lo perceber que há algo diferente.

No caso das meninas passará como normal para todos em volta.

Loja Moeggall disse...

Ariel, às vezes é admiração mesmo. Há sensações físicas envolvidas numa atração romântica, entende? Podemos nem saber os nomes, mas não temos dúvidas de que não é admiração ou amizade mais forte.

Bruno, há uma rejeição natural do assédio entre meninos, né? entre meninas não há. Outra que mulheres não são muito de tomar a iniciativa, acho, a não ser que exista homossexualidade feminina ativa e passiva. Homens, mesmo gays, já têm essa natureza de avançar...rs

Ana Clara Telles disse...

Sobre os comentários da Eu: não é só porque nunca aconteceu com você que esse tipo de confusão é 'difícil' de acontecer.

Loja Moeggall disse...

Ana, pode ser que eu tenha testosterona circulante mais do que o normal...sou uma hétero super hiper romântica desde criancinha...kk Se tivesse nascido lésbica, não teria a menor dúvida sobre meus sentimentos...:))

bjs

Loja Moeggall disse...

Ana, os héteros tb têm esse problema às vezes, de não saber se é amor, se é amizade...rs comigo não tem isso não. Quando gosto, gosto mesmo, com todas as letras. jamais tive dúvidas 'se é amor'...rs

Lorena disse...

Ana Clara,

exatamente. Mas acho que a "Eu" muitas vezes perde a oportunidade de simplesmente ouvir a outra pessoa e entender as experiências da outra pessoa, que não são as mesmas que a dela. Principalmente quanto estamos aqui, umas 5 mulheres, dizendo a mesma coisa... Será que custa ouvir e perceber que o que vale pra ela pode não valer pra gente? E que há um porquê disso.

Acho, inclusive, que é uma oportunidade de perceber o quanto das relação amorosas heterossexuais é construção social, já que nós, gays, geralmente não temos como construir uma noção de relacionamento até termos um, de fato. Porque não há representatividade das relações homoafetivas na mídia, nem no dia a dia, então crescemos sem referencial. Por isso é tão difícil se compreender, compreender o que sentimos.

karina disse...

Eu, penso sobre o que você tem dúvidas. Ao menos me questiono sobre isto a partir de seus comentários nos últimos posts. Alguém tão cheio de si, seu nick parece adequado.

Thays M. disse...

Eu,

Ninguém te ensinou a heterosexualidade? Como? Onde vc se escondeu?

As princesas dos desenhos infantis não encontram seus príncipes (e não princesas) para serem seus pares românticos?

Quem é o par romântico da Barbie? É homem ou mulher?

Annah disse...

Que post doce e emocionante, deveria virar filme romântico. Espero que a autora seja muito feliz em sua vida. ^^
-
@Lola: achei um arquivo com todos os trabalhos da Andrea Dworkin: http://radfem.org/dworkin/

Ginger disse...

Puts que post incrivel!

Achei muito legal, pq estou passando por situações parecidas (acho que sou uma dessas que Lola citou sobre os emails hahaha XD).

O maior problema está em casa, minha mãe é homofóbica (ela é toda fóbica) assumida e já disse que to demorando demais para aparecer com um namorado em casa (eu ate tive alguma coisa com um menino, fiz um"teste" igual da autora, me senti pessima igual por ter "usado" ele =/ e muito culpada).

Dai a minha mãe não se convenceu muito não e disse que se eu me "revelar" "pé grande" ela me toca pra fora de casa =/

Eu me sinto péssima, deslocada to em vias de admitir pra mim mesma mas ao mesmo tempo não querendo não. =/

Lola eu amo seu blog! XD

Anônimo disse...

Que postagem maravilhosa! *.*

Tales disse...

Eu tenho um pouco de resistência quando falamos em "se descobrir" (mesmo que seja muito melhor do que "se tornar"). A impressão que fica é que a pessoa encontrou o seu lugar no mundo e agora pode pertencer a um quadradinho seguro. Não vou negar que é importante e confortável acreditar que se pertence a algum lugar ou a algum tipo de comunidade, mas como Robs apontou, existem tantos outros sujeitos invisíveis e tantas outras comunidades ignoradas...

O que pesa é a nossa genérica incapacidade de estar com o outro se esse outro não for compreensível para nós. É isso, mais do que qualquer coisa, que faz meninos "afeminados" serem alvo de chacotas, meninas grandonas etc. Nós humanos somos tão inseguros que precisamos nos agarrar a certezas: a fé de que um determinado deus não aceita, a fé de que se nós nos privarmos de sexo seremos mais puros, a certeza de que só há um jeito correto de ser e agir.

O "se descobrir", portanto, só faz sentido numa sociedade que usa essa ou aquela etiqueta. Amar alguém, ou sentir tesão por alguém, nada disso precisa de um nome (a ser descoberto) pra acontecer. Simplesmente acontece.

Loja Moeggall disse...

Thays, ninguém me ensinou a sentir o que sentia pelos meninos, querida. Uma coisa é a fachada, o teatro, outra coisa é sua mente não parar de pensar numa pessoa, sentir arder onde tava quieto...rsrs Isso não é ensinado em contos de fadas algum, porque no conto de fada não tem sexo, ou tem? Não fui exposta a pornografia, a erotismo pela TV porque quando era criança as coisas eram muito diferentes. Vocês devem ser novas, por mais inocentes da homossexualidade que fossem, alguma erotização vcs sofreram, até pelo programa da Xuxa...Tá certo que nos meus delírios românticos, eu não idealizava a relação sexual porque nunca tinha visto ou tido uma...mas idealizava um monte de situações...

Loja Moeggall disse...

Ginger, eu te adoto. Pode vir. Bjs

Loja Moeggall disse...

Tales, gostei do que vc falou, mas nosso estado de vigília requer que nós entendamos discursivamente o que se passa conosco. A gente vê muito isso quando ficamos doentes. Damos graças a Deus quando o diagnóstico vem, porque quer dizer que alguém já classificou, já sabe da existência daquela doença.

Lorena disse...

Eu,

quando você respondeu ao Tales falou, exatamente, o que estamos tentando te falar e você parece não compreender. Dar nome aos sentimentos é difícil quando ninguém te apresentou aquele sentimento antes. Se você cresce num meio onde ninguém fala que existe amor romântico para com pessoas do mesmo sexo, ou mesmo isso não é parte do seu universo, como dar nome ao que vc sente por outra pessoa do mesmo sexo?? Como saber se aquele sentimento é romântico? Quando não se tem maturidade, é difícil, mto difícil. Pra vc que é hetero é mais fácil e isso não tem nada a ver com erotização, como vc diz. Você via sua mãe e seu pai juntos, não via? Sabia que mulheres se casavam com homens e não com outras mulheres, beijavam homens e não mulheres... Na sua casa, na tv, nos contos de fada, nas brincadeiras... Então quando vc sentia algo pelo sexo oposto, sabia o que era, porque existia a representação social pra te "mostrar" (sim, te mostrar) o que era aquilo que você sentia.

Ana Clara Telles disse...

Eu, acredito que o que a Thays quis dizer foi que você foi ensinada a acreditar que relacionamentos heterossexuais são o certo. Não porque sua mãe ou seu pai eram homofóbicos, mas porque o mundo é hostil a relacionamentos homossexuais.

Para quem é heterossexual (e eu sou), isso é percebido de forma natural. 'Legal, eu gosto de meninos, e o normal é meninas gostarem de meninos mesmo, então está tudo bem comigo'.

Mas quando se é homossexual, minha amiga, aí o bicho pega. 'A princesa beija o príncipe, a Barbie fica com o Ken, a mamãe se casou com o papai... E eu, quando eu vou achar um menino de quem eu goste? Será que tem algo errado comigo?'.

Não precisa ir muito longe para entender que essa é uma situação totalmente opressora, principalmente a uma criança. E daí para ela ficar confusa em relação aos próprios sentimentos é um pulo.

Thays M. disse...

Eu, só pra esclarecer, eu sou heterossexual, e acho que não preciso ser homossexual pra perceber como o mundo é hostil a isso, como bem colocou a Ana Telles, que pra mim já disse tudo.

Loja Moeggall disse...

Pra vc que é hetero é mais fácil e isso não tem nada a ver com erotização, como vc diz. Você via sua mãe e seu pai juntos, não via? *

via sim, brigando, minha mãe reclamando...nunca vi meu pai e minha mãe em atitudes românticas. eles são muito conservadores. Aos sete anos nem novela existia ainda...eu mal sabia ler conto de fada. TV era só prá assistir ao National Kid...Ninguém me apresentou o sentimento romântico, muito menos a atração física. Também não sabia os nomes. Na minha época (sou velhinha), o problema eram as mulheres desquitadas. As lésbicas ficavam solteironas ou iam pro convento, sei lá, e ninguém comentava absolutamente nada. Nem sobre um primo efeminado e gay que eu tenho se dizia uma palavra, uma referência. Silêncio total sobre sexualidade. Nunca vi hostilidade alguma para com a homossexualidade quando era criança. Isso não existia, entende?

Loja Moeggall disse...

'Legal, eu gosto de meninos, e o normal é meninas gostarem de meninos mesmo, então está tudo bem comigo'.
*

Nunca tive esse tipo de pensamento ou alívio por ser igual a todo mundo. Nunca me senti mais afortunada que ninguém. Muito pelo contrário. Tive problemas de saúde, estéticos, emocionais... Muita tristeza. Nem tinha tempo ou cabeça prá dar graças a deus de ser hétero...rsrs
Hoje, minha filha me dá banho na maneira de pensar sobre meninos, sobre as sacanagens que aprontam prá gente...

Loja Moeggall disse...

E eu, quando eu vou achar um menino de quem eu goste?

essa frase vinda de uma garota que já se sentiu atraída pelo mesmo sexo é improvável. Se não sentiu nada por ninguém, até pode ser.



Será que tem algo errado comigo?'.

Essa frase sim, a gente faz sempre que o mundo não responde às nossas expectativas.

Ana Clara Telles disse...

Eu, você deve não ser tão 'nova' quanto a gente, mas com certeza não é tão velha quanto o meu avô (que nasceu em 1931 e morreu ano passado, aos 80 anos).

E, veja só, ele foi expulso de casa aos 17 anos porque era gay. Só voltou aos 25 porque prometeu que ia 'tomar jeito' e, para isso, se casou com a minha avó (e partiu o coração dela anos depois).

Não venha me dizer, portanto, que na sua época não se viam atitudes hostis a homossexuais.

Se você ou sua família escondiam o preconceito embaixo do tapete, o problema é de vocês.

Eu, infelizmente, sou fruto do que há de pior na humanidade: a intolerância. E isso na década de 40.

Ginger disse...

Eu,

to sussa, brigada pela oferta mas uma mãe como vc eu to tranquila.


thanxs

Tales disse...

Eu, tu (1) disse o seguinte: "essa frase vinda de uma garota que já se sentiu atraída pelo mesmo sexo é improvável. Se não sentiu nada por ninguém, até pode ser."

Com isso deve entender que tu não acredita que seja possível uma pessoa se sentir atraída tanto por homens quanto por mulheres? Ou por homens com jeitos ditos femininos (o que é diferente de homossexual)? Ou por mulheres ruivas? Ou por ninguém? Ou por árvores? Ou por tudo ao mesmo tempo?

Homo e Hetero são duas classificações que, felizmente, não esgotam o espectro de possibilidades do desejo humano. Só que, de novo, na ânsia de diagnosticar, a gente finge que só os dois são de verdade, o resto é "indecisão" ou "falta de noção". Fica parecendo mais um modo de relegar as pessoas que são diferentes de mim a uma segunda importância...

Lorena disse...

Eu,

entendo. Mas ainda assim, as relações heterossexuais eram as únicas representações de relações afetivas que você, e todo mundo, tinha. Ainda que a relação dos seus pais não fosse um exemplo de relação harmônica, era um exemplo de relacionamento pra você. Todos os casais que vc conheciam eram hetero, tô errada? Eu também. Até os meus 14 anos eu nunca tinha visto um beijo entre duas pessoas do mesmo sexo. Nem sabia que isso existia. Como eu poderia decifrar algo, em mim, que eu nem sabia que existia?
(claro que eu já tinha ouvido falar de gays, "bichas", "sapatões"... mas eu não sabia exatamente o que era, e nem sabia que qualquer pessoa poderia ser homossexual, mto menos que eu poderia ser. E sabia menos ainda que não tinha problema ser gay, pelo contrário. Não se falava de homossexualidade).

Lorena disse...

"essa frase vinda de uma garota que já se sentiu atraída pelo mesmo sexo é improvável. Se não sentiu nada por ninguém, até pode ser."

Mais uma vez, você se recusa a pelo menos ouvir o que as pessoas aqui estão te dizendo...

Maria O disse...

só digo uma coisa, "Eu":
estude um pouco de história e antropologia.
mesmo que você tenha vivido em uma BOLHA, você pode ter um PINGO de noção de como as coisas sempre foram e de como a heteronormatividade sempre foi a regra.
pare de se justificar e COMPREENDA o (ao meu ver) ÓBVIO das relatos dessas meninas e meninos daqui.

ôrrash!

Bruxo Nefasto disse...

É tudo questão de VERGONHA NA CARA.

No dia que ela encontrar um cara viril ela deixa de ser sapata.

Bruxo Nefasto disse...

Fiquem fazendo seus textinhos ai Lola.


Vamos botar o Chalita em SP pra dar na cara da ditadura Gayzista.

Vamos ensinar a heternormatividade para as criancinhas e parar de promiscuidade desde já na raíz.

Ensinar Adão e Eva direitinho.

Beatriz disse...

É inacreditável o indivíduo querer saber mais de homossexualidade q os homossexuais.

Loja Moeggall disse...

Perfeito, Tales, então, não haverá espaço prá se perguntar: quando vou gostar de um menino? ou de uma árvore? ou do porteiro do edifício? entende?

Você já se perguntou quando você vai gostar de uma pessoa 20 anos mais velha ou mais nova que vc? pois é...

a gente vai sabendo a medida em que vai acontecendo. Se já sentiu atração pelo mesmo sexo e pinta atração pelo sexo oposto ou vice versa, ou quando é que não vai gostar mais de ninguém? não é porque vc perguntou quando vão acontecer essas coisas, mas porque ACONTECERAM.

Lorena, o que aconteceu com vc não é exclusivamente porque é gay. acontece com todo mundo. os héteros não nascem com uma enciclopédia sexual embutida. Não caia nessa. Tudo é aprendido, cedo ou tarde. Outra coisa são sentimentos que vc pode até não identificar, mesmo depois de adulta. A gente só enxerga o que vem prá consciência, entende? não tem outro jeito.

Tenho lido muito sobre os transexuais, eles geralmente se reconhecem com uma mentalidade diferente do sexo de seus corpos desde a tenra idade, sem nunca
terem sido apresentados à transexualidade. eles simplesmente SABEM. É isso que estou tentando dizer.

Augusto disse...

Lola, fugindo totalmente do assunto, gostaria de saber se piada sobre TPM é machismo? Só sei que o meu professor de biologia ficou um tempão rindo e contando piada de mulher na TPM...

Ana Clara Telles disse...

Eu desisto, deixo para as minhas nobres colegas a tarefa de tentar iluminar essa alma.

Beijos a todos.

Loja Moeggall disse...

Beatris, o que se está discutindo não é homossexualidade e sim o reconhecimento em si mesmo da própria orientação sexual, qualquer que seja. Digo e repito, acontece com todo mundo. se não é pelo mesmo sexo o problema, é por pessoas mais velhas, é pelo irmão, é pelo professor, é por crianças, é pelo pai, é pela mãe...é por pessoas casadas, é por relações sado-maso, e por aí vai...Nada disso é ensinado, ACONTECE.

Robson Fernando de Souza disse...

Depoimentos como esse mostram que preconceituosos homofóbicos que falam de "escolha sexual" ou "opção sexual" (incluindo a neodireitista Dilma Rousserra) NÃO conhecem homossexuais de perto, preferindo se ater a estereótipos imaginários.

Ótimo depoimento, Linda. Espero de coração que você encontre sua alma gêmea (hoje eu acredito sim em alma gêmea, já tenho a minha <3) e se torne independente financeiramente o quanto antes.

Abração

Nans disse...

Eu, transsexual é outra coisa, tem a ver com identidade de gênero, é diferente de ser homo ou heterossexual.

Lorena disse...

"os héteros não nascem com uma enciclopédia sexual embutida. Não caia nessa. Tudo é aprendido, cedo ou tarde. "

Mas é exatamente o que eu estou dizendo. A diferença é que quem é hetero aprende mto mais cedo, por convivência. Em nenhum momento eu, e acho que ninguém aqui, disse que as pessoas nascem sabendo como é se relacionar romanticamente. Mto pelo contrário, eu disse que é aprendido, eu disse que a sociedade "te mostra" o que é um relacionamento, e que desde criança você assimila aquilo.

E que exatamente por isso é mais difícil pra quem é gay, principalmente no caso das mulheres (pelos motivos que já te falei, é só ler de novo), entender os seus sentimentos. Porque não teve esse aprendizado, não tem exemplos e nem modelos sociais. Por isso temos mais dificuldade em decifrar o que sentimos. E eu disse que, com a maturidade, fica mais fácil.

Você é quem disse que não entende como não "sabemos" qual o nosso sentimento para com outra menina, que sabia desde bem novinha quando estava interessada num menino, e não entendia como a gente não. Você quem disse que achava improvável uma menina, criança ou adolescente, esperar se apaixonar por um rapaz sendo que ela tem sentimentos conflituosos por uma moça. Você é que só agora levantou a possibilidade de que o relacionamento tem um componente social que é aprendido.
Você é contraditória.

E eu já disse tudo que tinha que dizer. Qualquer dúvida, releia todos os meus posts, e os seus. Rsrs.
---

Loja Moeggall disse...

Robson, você tem certeza de que a nossa presidenta é hétero? tenho cá minhas dúvidas. Ter uma filha não é parâmetro. A Cássia Eller tb tinha..rs Nada contra, é lógico.

F. pois é...são facetas do mesmo universo da sexualidade humana.
Acontece. Um dia cai a ficha. Como prá todo mundo. A ficha ainda está caindo aos poucos prá mim e prá todo mundo, sabe por quê? porque as pessoas que convivem com a gente, que nos conhecem melhor que nós mesmos, NÃO DÃO O TOQUE, NÃO FALAM NADA. NÃO COMENTAM NA NOSSA FRENTE. Deixam a gente na ignorância, na negação, prá gente não desesperar, acho eu ou porque não sabem da existência daquele problema ou daquela condição. Temos que descobrir as coisas sozinhos. Eu descobri que tinha depressão maior desde que entendo por gente, sozinha, já adulta, lendo um artigo no jornal.

Bruno S disse...

Ás vezes tenho impressão de que alguns colegas comentaristas são muito pacientes, ou que aproveitam a provocação para exercitar a retórica.

Loja Moeggall disse...

Lorena, não são os outros que nos ensinam, É A NOSSA EXPERIÊNCIA. Aprendemos por experiência. Vamos fazendo as conexões, as associações.
Não fui contraditória. Criança alguma vai tomar aulas de sexualidade humana, a não ser que a cartilha da homossexualidade entre em vigor nas escolas...e assim mesmo, não vai dizer tudo. Não vai ensinar a um pedófilo que existe a pedofilia, por ex., que mesmo que seja crime, ele não tem culpa. Já pensou como se sentem os pedófilos, coitados...sentem atração física por crianças e nunca viram aquilo na vida? Deu prá entender agora?

Loja Moeggall disse...

Você quem disse que achava improvável uma menina, criança ou adolescente, esperar se apaixonar por um rapaz sendo que ela tem sentimentos conflituosos por uma moça.*]

Confirmo o que disse. Se a menina já sabe o que sente por outras meninas não vai perguntar quando vai sentir a mesma coisa por meninos. Isso é uma espécie de melodrama que a gente faz às vezes. Da mesma forma que eu não vou me perguntar quando vou me apaixonar por um velho de 80 anos. Se acontecer, aconteceu. está fora do meu radar. A menina pode se perguntar sim, POR QUE ela não se interessa por meninos e sim por meninas e não QUANDO, você não acha?

Lorena disse...

Eu,

e é a última vez que respondo a vc, porque vc fica dando voltas no mesmo lugar em vez de simplesmente LER o que as pessoas escrevem,

"Se a menina já sabe o que sente por outras meninas não vai perguntar quando vai sentir a mesma coisa por meninos."

A menina não sabe o que ela sente. Ponto final.

E outra coisa, antes de falar sobre o kit anti-homofobia que ia ser distribuido para as escolas (de ENSIMO MÉDIO e para os PROFESSORES, não para os alunos), sugiro que você procure saber o que era, pra não falar besteira. Aliás, não falar besteira NOVAMENTE.

milla disse...

Adorei o post!! Me identifiquei demais com muitas coisas que a autora relatou. Descobrir-se com uma sexualidade diferente daquela que é norma na nossa sociedade é realmente complicado e eu passei pelo mesmo processo de não ter referência de outras possibilidades além da heterossexual. Eu mesma só fui me descobrir depois de ter contato com homossexuais (amigos que se assumiram pra mim já no final da adolescência). Depois de um certo tempo de convivência com LGBT’s (admito que nem tanto com os T’s), eu percebi que aquela sensação estranha que eu tinha, de não me encaixar muito bem, era exatamente o que diz o título desse post. Eu nunca me senti parte da heterolândia. Quando eu finalmente consegui entender, pelo menos um pouquinho, quem eu sou, foi realmente libertador. Me sinto muito mais feliz hoje, sabendo quem eu sou, do que quando vivia na ignorância. Acho que a invisibilidade que os LGBT’s enfrentam contribui muito para o que pessoas como eu, a autora do post e outras comentaristas daqui passaram. Nós não temos representatividade, nossa sexualidade e forma de amar não são reconhecidas por grande parte da sociedade. Felizmente, eu percebo que essa situação está mudando. Ainda que a situação seja muito difícil, a visibilidade tem aumentado nos últimos anos e isso é bom, não só pra gente, mas pra sociedade como um todo.

Loja Moeggall disse...

A menina não sabe o que ela sente. Ponto final.*

Uai, se ela não sabe o que ela sente, não tem consciência, aí mesmo que não vai perguntar quando ela vai sentir pelos meninos o que ela NÃO SABE QUE SENTE pelas meninas, né, Lorena?...rsrs

Rebecca disse...

Que lindo o post!

Eu tenho muitos amigos gays, e cada um deles descobriu de uma forma e lidam de maneiras diferentes com as respectivas sexualidades.

Parabéns pra autora, por toda coragem, lucidez e disposição para encarar o caminho do auto-conhecimento.

Aproveitando o gancho, recomendo esse texto pra vocês.

http://getstooobsessed.tumblr.com/post/9004061623/mommy-they-are-just-like-me-my-oldest-son-is

É o depoimento de uma mãe que tem um filho de 6 anos que já demonstra interesse pelo mesmo sexo. Não tem nada de chocante, é extremamente sensível e bonito. Provavelmente, muitos aqui já conhecem.

Espero que gostem!

Lola, como sempre, você está de parabéns pelo guest post!

Beijinhos!

Loja Moeggall disse...

Mas eu entendi o que vc quis dizer. A guest poster tentou se enquadrar no que ela via como normal ou o exigido dela, daí o conflito, o namorado...Mais ou menos o que as meninas sentem com relação à prosissão de modelo. Todas querem ser modelo a certa altura da infância/adolescência. Algumas conseguem e outras ficam tentando, tentando até entenderem por experiência e por resposta da 'sociedade' que elas não são e nunca serão modelos.

Bye

Anônimo disse...

Em caso de alguém aqui curtir assunto de saúde física e mental, não que ser homossexual tenha a ver com questão de saúde, OK? bem, lá vai:
www.secondopinion-TV.org
é que acabei de ver um episódio e o assunto foi ANSIEDADE... existe a ansiedade positiva, e existe a ansiedade que atrapalha nossa vida.

Robson Fernando de Souza disse...

Esses trolls parecem crianças mal crescidas, que só cresceram em físico e continuam com mentalidade de meninos imaturíssimos.

Tales disse...

Se ela não sabe o que sente e/ou por que não sente, e todo mundo ao redor sente por meninos... não seria lógico que ela se perguntasse quando vai ser normal e sentir algo por meninos, também?

Loja Moeggall disse...

Por meninos tb ou só por meninos? se ela não se dava conta da atração pelas meninas como quer a Lorena, acho que poderia perguntar quando vai ser igual às meninas que só se interessam por meninos, a não ser que todas sentissem atração por ambos os sexos.

LOVE MAKES A FAMILY disse...

Lorena, clap, clap, clap pela super paciência em tentar dialogar!

Anônimo disse...

Linda, vc é linda! Lola, amei a escolha desse texto.

Alguém escreveu q o Chalita é hetero???? kkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Gente, que angu de caroço é esse por conta da homossexualidade da moça do post? Mulher é algo tão bom... me sinto tão bem comigo mesma.

Sugiro a leitura do romance "O Poço da Solidão", da inglesa Radclyffe Hall, que li há mais de 25 anos. -- Achei o livro no lixo, assim como tb achei "Servidão Humana", de Somerset Maugham, médico e escritor, que como a autora acima tb era homessexual.

"O Poço da Solidão" é um livro de ficção lésbica da autora inglesa Radclyffe Hall, originalmente publicada em 1928. A obra conta a história de Stephen Mary Olivia Gertrude Gordon, uma mulher inglesa de família de classe alta cuja "inversão sexual" (entenda-se homossexualidade) é aparente desde tenra idade. Ela se apaixona por Mary Llewellyn, que ela conhece em seu serviço como motorista de ambulância, durante a Primeira Guerra Mundial. Porém, a felicidade delas é afetada pela rejeição e pelo isolamento social, os quais Hall descreve como tendo um efeito debilitante sobre seu amor. O romance ainda retrata a homossexualidade como algo natural, uma condição outorgada por Deus e faz uma súplica explícita: "Dê-nos o direito de existir".
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Well_of_Loneliness

Literatura Lésbica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_l%C3%A9sbica

Literatura LGBT
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_LGBT

No Brasil houve duas escritoras homossexuais que ficaram obscuras pela mídia conservadora e machista. Vou me lembrar o nome delas... eu li livros das duas... uma delas teve um caso com o político Adhemar de Barros e ela escreveu dois livros, entre tantos outros, "Eu Mataria o Presidente" e "Eu e o Governador" e outra escritora não me lembro os títulos.

Enqto estupradores saem ilesos pela (in)justiça, fazem tanto alarde por conta da homossexualidade feminina, uma sexualidade tão linda. É ler "O Poço da Solidão".

Loja Moeggall disse...

ih, Love Makes a Family, você é monogâmica? Monogamia é senso comum,né não? (Tô te provocando, rs) Bjs

Anônimo disse...

me lembrei... Adelaide Carraro e Cassandra Rios.

Sara disse...

Maravilhosa essa historia, conheço uma muito parecida, de uma pessoa que eu amo muito e conheço desde bem pequenina, só que infelizmente ela teve muitos problemas e bem serios com a mãe e a familia.
Mas ela esta superando todos esses problemas, encontrou seu amor, que inclusive tambem conheço desde bem jovenzinha, estão muito felizes e acredito que muito em breve serão realizadas em todos os sentidos.

Lorena disse...

Lisana, não conheço essa autora que você indicou, mas vou procurar os livros, obrigada! Eu adoro os livros da Sarah Waters, vc já leu? Ela é inglesa tb, e os livros dela inclusive viraram microsséries da BBC... São ótimos, Fingersmith é meu favorito.

E em relação a escritoras brasileiras, hoje em dia já existem algumas escritoras lésbicas que escrevem romances lésbicos, apesar de ainda não os ter lido.

Anônimo disse...

Obrigada, Lorena. Já estou indo pesquisar sobre Sarah Waters.

Frustração Diária disse...

Que susto entrar como de costume no blog da Lola e se deparar com seu texto! haha. Ah, eu sou a Linda.

Gente, eu to muito feliz ver esse texto aqui! Eu sei que muitas meninas passam pelo que eu passei e muitas ja passaram, e foram relatos assim que me ajudaram a ver que nao tinha nada de errado comigo e que eu podia ser feliz, simplismente!

Ainda nao terminei de ler todos os comentarios, mas pelo que li ja da pra agradecer a compreensao tao linda de voces, é bom ver que existem pessoas que deixam esse preconceito de lado e passam a respeitar o outro e sua forma de amar, viver e tudo mais.

E obrigada por ter publicado Lola! Seu blog é extremamente importante pra mim!

Anônimo disse...

Lorena, minha nooooossa, já viajei na Wikipedia em inglês e da Sarah Waters descobri outra escritora do mesmo gênero autora de um romance que virou ópera !!!

Se vc tem a sorte de ler em inlgês, vai lá
http://en.wikipedia.org/wiki/Patience_and_Sarah

Nossa, muito obrigada mesmo! Meu Kindle vai engordar...

Anônimo disse...

Frustração Diária?!!
Pára já com isso, linda Linda. Que tal Vitória Diária? Batalha Diária? Napoleão Bonaparte, entre vitórias e derrotas, ficou na história como um dos grandes... qdo se fala nele o menos que se aborda é sobre seu final solitário e vencido. Conquiste seu direito de existir. Você e seus sentimentos valem muito. Muito mesmo.

Loja Moeggall disse...

Eu, você deve não ser tão 'nova' quanto a gente, mas com certeza não é tão velha quanto o meu avô (que nasceu em 1931 e morreu ano passado, aos 80 anos).

E, veja só, ele foi expulso de casa aos 17 anos porque era gay. Só voltou aos 25 porque prometeu que ia 'tomar jeito' e, para isso, se casou com a minha avó (e partiu o coração dela anos depois).

Não venha me dizer, portanto, que na sua época não se viam atitudes hostis a homossexuais.*

Hostis, nunca. Já falei que não se fazia referência a gays em momento algum. Levou décadas prá eu verbalizar na minha cabeça que meu primo era gay.

Se você ou sua família escondiam o preconceito embaixo do tapete, o problema é de vocês.*

o que era escondido na minha família era uma das mulheres que amigou com um homem separado. Durante esse tempo, seus irmãos não a visitaram uma vez sequer.

(não tinha visto este coment.)

Ginger, eu sou linha dura sim, rs mas com respeito à homossexualidade, não tenho problemas. Perguntei mais de 2X aos meus filhos se eles eram gay. Queria que eles ficassem aliviados de contar. Se sua mãe a expulsar de casa por causa da sua sexualidade, pode vir prá cá. :))

Frustração Diária disse...

Lorena, clap, clap, clap pela super paciência em tentar dialogar! (2)

Hahhaaha, haja paciência pra tentar explicar! Mas nem se estressa Lorena, que tem coisas que a gente ou entende quando passa ou tem que ter muita empatia pra entender! Eu acho que a 'Eu' pensa que a sociedade não influencia o individuo, só pode!

Bem, como a Lorena já disse milhões de vezes, é muito fácil você achar que o que sente pela menina é mera amizade, por que a sociedade te ensina que TEM que ser só amizade. E meninas como amigas são muito próximas, então você realmente acaba acreditando que sua devoção a menina não significa nada além. Dai você sofre, sofre, sofre, e com sorte consegue entender. Enfim, é difícil de explicar, e eu nem sou tao paciente quanto a Lorena, haha.

Robson, eu também acredito em alma gêmea, só acho que a minha deve estar bem escondida nesse mundão. Ô mulher difícil de achar viu! hahhaha

Frustração Diária disse...

LisAnaHD, era o unica conta fake que eu tinha no momento, hahhahaa! Juro que vou arranjar uma mais positiva, ou me assumir logo pra usar minha conta real *-*

Outra coisa, ACABEI de ler 'O poço da solidao'! Na verdade faz umas duas semanas, e eu ainda nao consegui organizar todos os meus pensamentos sobre o livro. Nao sei se gosto do final ou nao, se a Hall foi fatalista demais, só sei que toda lésbica devia ler!

E detalhe, mudei de cidade - de novo - a pouco tempo e ainda nao me achei no mundo gay desse lugar! Nao tenho com quem discutir o livro -.-

Loja Moeggall disse...

Frustração Diária, quando a gente é criança, a sexualidade é uma área marginal da nossa vida. Somos consideradas assexuada até a adolescência plena...aí sim, concordo com vc que o âmbito familiar e escolar não estimula o afetividade sexuada das meninas na segunda infância e início da adolescência, ainda mais a nossa sociedade que pretende que as mulheres estudem, estudem, trabalhem só prá depois pensar em algo do tipo. As precoces e as muito atraentes começam mais cedo a vida afetiva/sexual. Algumas são erotizadas muito cedo tb. prá essas, não precisa ensinar nada,rs. o normal é como vc,que ficou meio sem saber o que estava acontecendo, mas tb vc estava em formação, estava começando a vida, a estudar, se relacionar. E digo, mais uma vez, que isso acontece com a imensa maioria das crianças.

Além dessa questão, tem o bullying, tem o distúrbio alimentar, tem as dificuldades de aprendizado, desvios de conduta, os abusos sexuais, tudo meio velado, meio subclínico...não estamos preparados para ler esses sinais, entende?

Quando eu era adolescente, o material disponível eram dois livros: O Diário de Ana Maria e o Diário de Danny e só.

Fique de boa,

Bjs

Frustração Diária disse...

As vezes eu tenho a impressão de que esses trolls sao militantes feministas disfarçadas usando de extrema ironia e sarcasmo pra satirizar a sociedade e suas normas. hahahahhaah. É que é muito absurdo pra uma pessoa pensar mesmo dessa forma!

Loja Moeggall disse...

Dai você sofre, sofre, sofre, e com sorte consegue entender. *

rsrsrs, bem vinda ao clube. Todas sofrem, eu sofri muito, muito mesmo.
Não é prerrogativa dos homossexuais e outros gêneros o sofrimento por motivos afetivos. Senão, não estávamos aqui, né?

Loja Moeggall disse...

Frustração, não adianta você pôr a culpa na sociedade. Você faz parte dela. Mude a sua cabeça que a sociedade muda tb.

Todo mundo que fez algo de diferente, deu a mínima prá sociedade. Foi lá e fez. Quiser pôr a culpa em alguém, culpe o lado ruim da sua mente, viu? ele é o único culpado.

Loja Moeggall disse...

E não ligue para os trolls. Eles são os bebês da Lola.

lola aronovich disse...

Frustração Diária, concordo com a LisAnaHD: muda esse pseudônimo. Não combina contigo. Muitíssimo obrigada pelo guest post. O pessoal (e eu também) amou!
(Você deletou um comentário seu pra Eu?)


Eu, se os trolls são meus bebês, eu quero cometer infanticídio. E não sei se a Linda estava se referindo aos trolls agressivos de sempre (que eu deleto) ou àqueles que falam bobagem em 150 comentários diferentes (e que os próprios trolls disseram que sabem quem é, e que não é uma mulher). Eu não sei, acredito que vc é mulher, e não te acho totalmente troll, no sentido da agressividade. Mas no sentido da ignorância, da insistência, e em não ter vontade nenhuma de aprender, sim, vc é troll.

Loja Moeggall disse...

Lola, você chamou esses meninos que agora ficam por aqui, brincando, fazendo baguncinha, rsrs...você não gosta da minha participação, mas não porque eu sou troll, mas porque eu questiono. Sou agressiva e direta sim, às vezes, mas não ataco as pessoas. ataco as situações. :))

Loja Moeggall disse...

Eu também não gostei do nick da Linda, mas respeito a escolha dela e de todos. Temos liberdade de expressão, e se ela quer Frustração Diária, prá mim é só um nick. Quando ela quiser mudar, vou acatar tb. POr isso não falei nada, viu, Linda?

Loja Moeggall disse...

lola, não caia nessa que eu não sou mulher, que eles sabem quem eu sou. Não sabem. Não participo de blog mascu/feminista algum. só aqui.

Quando você quiser saber quem eu sou, me pergunte.:))

Laulau disse...

Que texto perfeito!!!
Sou da teoria que as pessoas nascem hétero,bi ou homo e ponto final.
Mas apesar de não ser lésbica me identifiquei com algumas partes,sabe?
Sou hétero e apesar disso sempre fui forçada a mostrar a minha feminilidade,ou seja,tinha que pegar vários caras,pois se não fizesse me chamam de sapatão!

Anônimo disse...

Linda,
Você não precisa alardear sua homossexualidade. Vai vivendo e deixa as coisas acontecerem normalmente. Mais dia menos dia vc conhecerá nessa nova cidade ou em outra cidade, a vivo e a cores, ou via net, alguém pra fazer par com vc. Seja autêntica, porém discreta. Discreção é elegante e cabe em todo e qual que seja o relacionamento amoroso.

Anônimo disse...

Esses trolls são pessoas que querem desarmonizar, só isso. E para isso fazem a arruaça que o espaço lhes permitir enqto lhes permitir.

Anônimo disse...

Moema, já procurei por "O Diário de Ana Maria" e "O Diário de Dany", mas não consigo localizá-los. Você tem alguma dica? Eu tb os li na minha adolescência e gostaria de tê-los de volta.

Anônimo disse...

Ginger,
Não sei sua idade, mas enqto vc depender dos seus pais financeiramente, vc vai ter de ir levando a situação... não forçar a barra pro lado da sua mãe. Qdo vc tiver condição de ser financeiramente independente, bancando seu próprio aluguel e despesas pertinentes e outras tb, então sim poderá ser dona de seu nariz e sua mãe que busque consolo na barra da batina de algum padre.

LOVE MAKES A FAMILY disse...

Lola, adoro suas intermediações nos diálogos mais calorosos por aqui!

Anônimo disse...

"Maurice" é o título do primeiro filme (1987) que eu vi com Hugh Grant. O filme é do livro do romancista inglês E. M. Forster de cujos romances vários filmes foram rodados. Em "Maurice" o tema é homossexualidade masculina, filme lindo. Não li o livro, mas agora, com esse post e comentários à tona, estou com cócegas por lê-lo.

morena-flor disse...

Lindo guest post, Linda. Deve ter sido bem doloroso mesmo tudo isso...
Eu não passei por isso, gostei só de meninos até 19 anos. E tem quase dois anos que me casei com a Luiza. E foi super mágico também descobrir que eu podia ser o que eu sentia desde sempre e ser extremamente feliz. Espero que você encontre alguém tão linda quanto você pra sua vida!!!
Grande beijo.

p.s.: hoje eu descobri uma coisa que já deveria ter aprendido: quem não quer aprender ou apreender algo, não o faz. não adianta argumentar!

Loja Moeggall disse...

Lisana, achei no mercado livre vários exemplares usados.

http://lista.mercadolivre.com.br/o-diario-de-ana-maria

http://lista.mercadolivre.com.br/livro-o-diario-de-dany

Shishiu disse...

"Eu" tem a típica linha de argumentação sofista. Seus argumentos nunca são postos para servir a um fim lógico, ao invés, usam de artifícios rasteiros e exemplos particulares para dar aparência de que, de fato, há um debate.
A dita-cuja dá voltas desnecessárias para chegar à mesma idéia das primeiras linhas de seus posts, na tentativa de lograr e intimidar.

P.S.: Literalmente tenho espasmos cada vez que ela manda um "rs", um "bjs" ou uma :). AAAAAAAA!!!!

Loja Moeggall disse...

esse vendedor tem os dois:

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-213872531-o-diario-de-dany-michel-quoist-_JM

Loja Moeggall disse...

Shishiu, pode demolir meus sofismas, viu?rsrs Bjs :))

Loja Moeggall disse...

Sabe quando é que um debate acabou? quando se começa a debater os debatedores. :)) Falta de assunto. Esperem até amanhã que a Lola posta mais...rsrs

Shishiu disse...

No seu caso não houve debate, mas sim uma repetição interminável de argumentos rasteiros que poderiam ser ditos em um parágrafo bem construído.

P.S.: É sério quanto aos "rsrs", espasmos!

Frustração Diária disse...

Gente, como eu ja falei, esse nick é de uma conta que é a unica que nao tem meu nome real que eu lembrei a senha. Eu podia até dar um jeito de mudar mas acho desnecessário, sei la. Me chamem de Linda então, adorei o pseudônimo da Lola! hihi

'Eu', eu jamais disse que os heterossexuais não sofrem com problemas afetivos. Só disse que o nosso sofrimento é diferente, por que vem de dentro, vem de nós mesm@s.

LisAnaHD, eu também acredito que você nao precisa sair por ai alardeando as coisas e tentando adiantar o que você ainda nao está pronta pra receber. Mas é que é meio tenso viver medindo suas palavras, olhares, expressões por que você não é assumida, é daí que eu poderia dizer que vem a minha frustração.

Maria-flor, você tem razão: Nem adianta tentar explicar algo se a pessoa não ta aberta pra receber, infelizmente. Eu desejo toda felicidade do mundo pra você e sua Luiza!

Ah e sobre os trolls, eu me referi aqueles comentarios que eu acho que a Lola apagou, do rapaz com avatar do Anonymous (eu acho). Que ele falava que tinhamos que ensinar Adão e Eva direitinho, haha.

Shishiu disse...

O incrível é achar que se tem a "qualidade" de "questionar". Faz-me rir! Vomitar frases idiotas em que a simples tentativa de refutá-las nos faz parecer mais idiotas ainda não se encaixa na qualidade de questionamento inteligente.
Leio o que você escreve e me vem logo a imagem de um quadrúpede que, pasmem os que tiverem bom senso, me instiga a contra-argumentar asnices!
Ó céus!

Loja Moeggall disse...

Sozinha foi que eu não debati, né, Shishiu?

Por outro lado, vc só vem posar de superior...qual é a sua?

tomou seu bicarbonato de sódio? rs

Loja Moeggall disse...

Como diz uma amiga, 'não sabe brincar, não desce pro play'. tá passando o House. não é melhor do que se nausear aqui?

Loja Moeggall disse...

ou você quer é trollar mesmo, hein, Shishiu? rsrs :))

Frustração Diária disse...

Ah e Lola, magina, eu que fiquei honrada de ter meu texto publicado aqui!

Eu deletei um dos comentários por que tinha um erro de concordância que ia confundir todo mundo. Mas não era pra 'Eu' não. Se qualquer forma, foi um desses aí que eu reescrevi.

lola aronovich disse...

Eu, não faça a Shishiu ter espamos! Tente limitar seus comentários um pouquinho, vai. Vc não acha que uns cinco comentários ridículos por post tá de bom tamanho? Porque concordo com a Shi: dá pra escrever tudo que vc escreveu em um parágrafo bem construído. Quer dizer, não sei se chega a um parágrafo. E não, Eu, eu não desgosto dos seus comentários porque vc questiona. É porque vc é uma guardiã do senso comum, é repettiva, é chata, não dialoga, e é incapaz de se colocar no lugar do outro. Só por isso.

Ah, pois é, Linda, tem comentários muito agressivos que ando apagando ultimamente. Se não apago na hora é porque não estou no blog. E porque a droga do blogspot não lê certos comentários como spam. Se alguns coments fossem mandados pra caixa de spam automaticamente, isso facilitaria DEMAIS a minha vida.

Loja Moeggall disse...

Lola, vc não respondeu a pergunta do Augusto, se piada de TPM é machismo...

Shishiu disse...

Lola, "o" Shishiu. Sou o que na minha terra se chama cabra-macho, sem o macho obviamente.

Loja Moeggall disse...

Lola, se vc prestar atenção, verá que as meninas tentaram me convencer der qq jeito que o que elas passam é muito especial, é muito diferente do que as outras passam. Elas sim, se repetiram um bocado. No fundo, elas têm necessidade de falar sobre isso. Só servi de eco, entende?

com esse comentário: " Eu disse...
Lorena, obrigada. Mas só acho difícil não perceber uma atração romântica por uma menina e não por outras e não fazer a conexão com a atração romântica. Bjs"

2 de fevereiro de 2012 12:49,

eu me despedi. Por mim o debate tinha acabado. Mas elas continuaram.

lola aronovich disse...

Esqueci! Se piada com TPM é machista, Augusto? Acho que depende muito da piada. Machista é achar que toda mulher tem TPM, ou que a TPM deixa a mulher descontrolada, ou que mulher vira fera quando está com TPM... TPM não faz ninguém matar ninguém. Homens não têm TPM e matam infinitamente mais que mulheres...


Também não respondi a Luma! Não sei se foi neste post ou em outro. Então, Luma, eu pego as imagens do Google images. Eu procuro por palavras específicas, quase sempre em inglês. Muitas vezes eu coloco de onde tirei a imagem na foto, só que tem que clicar na foto pra ler. E na maior parte das vezes a imagem não vem do blog/site do ilustrador ou fotógrafo, mas de outro blog que não é autor da imagem.

lola aronovich disse...

Por que será que uma minoria historicamente discriminada sente a necessidade de “falar sobre isso”, Eu? Poderia ser exatamente por causa de pessoas como vc, que não só não conseguem se colocar no lugar delas como ainda duvidam do que elas dizem?


Shishiu, desculpe. Impossível saber por um pseudônimo desses se vc é um cabra macho ou uma cabra fêmea. Qual a sua terra, por sinal? Paraíba? (ou cabra macho é usado em todo o nordeste?).

Frustração Diária disse...

Ah mas até que dá pra rir um pouquinho com os trolls Lola, faz parte. Ninguem leva eles a sério mesmo.

Lembrei agora de alguém que falou aqui que tem gente que, ou tem paciência infinita pra argumentar ou usa o bate-rebate alheio pra exercitar a retórica, me pego fazendo isso as vezes, haha.

Eu sei que essa discussãozinha já ta chata mas vou colocar meu ultimo comentario pra Eu:

É claro que o que eu passe é extremamente especial na minha vida, assim como o que a Lorena passou provavelmente também foi na vida dela. Acontece que eu acredito que as suas experiencias pessoais, as da Lola, e as de qualquer pessoa, são especiais. E sempre vai ter por ai alguém passando por algo parecido ao que você passou, e se você puder contar sua historia e dar uma ajudinha pra essa pessoa, você não faz ideia da diferença que isso pode fazer na vida dela! Eu sei por que foram textos de outras pessoas que nem me conhecem que me ajudaram e muito! E tem também aquela parte militante de ajudar a desconstruir ideias bobas do senso comum sobre homossexualidade.

Então deixa de querer desqualificar a experiencia de vida alheia e conte a sua! Assim a gente enriquece a vida e tudo fica melhor (:

Loja Moeggall disse...

Lola, muitas comentaristas não sentem necessidade de debater. Postam uma vez e param. Eu crio o contraditório justamente prá quem quiser falar, poder falar. Eu defendo meu ponto de vista e espero que elas defendam os delas. Quem convenceu quem não importa. Importa que elas falaram. Eu tb gosto de falar, de debater, senão, não estava aqui...

Loja Moeggall disse...

Ah mas até que dá pra rir um pouquinho com os trolls Lola, faz parte. Ninguem leva eles a sério mesmo.(Linda)

Excelente, Linda. eu concordo que eles não me incomodam nem um pouquinho. Me divirto tb.

Vc é muito séria e muito bem educada. Parabéns!

Anônimo disse...

O problema "Eu", é que quando você disse que achava difícil que essas meninas não soubessem o que sentiam, você acabou duvidando dos relatos delas, o que provocou toda a discussão. Não foi porque você questionou, mas sim porque duvidou que elas estavam relatando a verdade, só pq essa situação nunca aconteceu com você.

Shishiu disse...

Nasci na Bahia e aqui, é verdade, se usa pouco o cabra-macho. Temos uns sertões, Juazeiro principalmente, em que ainda se usa o termo. Mas enfim, achei que cabia a piada!

Frustração Diária disse...

Nisso eu concordo com você Eu, é ótimo debater opinioes e discutir ideias. Mas é sempre bom lembrar de estar de abert@.

Isso que eu adoro aqui no Blog da Lola, é super enriquecedora essa troca de ideias.

Frustração Diária disse...

Ah e acho que foi por aí mesmo que começou a discusao Carolina, é que eu nao acompanhei desde o inicio.

E Shishiu, eu ri da piada, só tinha esquecido de comentar, haha.

Loja Moeggall disse...

Carolinapaiva, eu posso duvidar e achar difícil alguma coisa, né? não quer dizer que estou chamando alguém de mentiroso. Os argumentos e as premissas têm que ter uma certa lógica É isso que eu debato, pergunto, refuto, até o pensamento ficar claro e o argumento inquestionável. Eu provoquei alguém que disse que o caso dela fugia totalmente do senso comum...parece que é isso que todo mundo agora quer. Não fazer parte do senso comum. Oras, qual é o problema do senso comum? O contrário do senso comum é o conhecimento científico. Como um caso pessoal e subjetivo pode ser científico, fugir do senso comum? Isso é repetir frase pronta, pensamento dos outros sem entender minimamente o que se está dizendo.
Talvez ela estivesse querendo dizer que o caso dela é único. Mas todos os casos são únicos. Há muitas variáveis...

Pôr a culpa na sociedade é outro lugar-comum que a gente precisa pensar. Só existe essa leitura da realidade?

A guest poster disse que era privilegiada. Você viu onde estão os privilégios? Que privilégio? ter o que comer? ter onde morar? Ninguém retrucou e eu fiquei quieta.

E por aí vai...

Loja Moeggall disse...

A Lorena afirmou categoricamente que não se sabe o que está sentindo e ponto:


"Se a menina já sabe o que sente por outras meninas não vai perguntar quando vai sentir a mesma coisa por meninos."(Eu)

"A menina não sabe o que ela sente. Ponto final." (Lorena)

Ou seja, ela assumiu que a menina não sabe o que sente, na certeza de que todas sentem e não sabem a mesma coisa porque têm a mesma orientação sexual...:O

aí, tem que refazer as premissas, vc não acha, carolina?

Anônimo disse...

Pessoal, pra dar um manero light aqui na cunversa, me lembrei dum filme da velha guarda... do tempo da Jovem Guarda... ehehehehe.... com Sandra Dee e Bobby Darin, filme de 1962, "If a Man Answers" cujo título no Brasil não me lembro. Pra treinar o marido, ela usa um manual de treinar cachorro... uma beleza! "Como Treinar o Melhor Amigo do Homem" é o nome do manual. O marido fica uma obediência tremenda... como toda mulher sonha.... e continua sonhando.... eheheheh.

(Sei que o filme tem título brasileiro pq vi o filme no Brasil, legendado.)

Anônimo disse...

Moema em que país vc mora? Em que país/es já morou?

Loja Moeggall disse...

Lisana, você é impagável, menina.


.

Loja Moeggall disse...

Lorena, eu moro no Brasil e sempre morei aqui. Só mudei do Rio pro interior de São Paulo. Não tenho ilusões com o exterior e não aguento com frio, mesmo sendo EX-asmática, não me arrisco... Por quê?

Anônimo disse...

gente, achei o filme inteiro, sem legendas... sorry.
http://www.youtube.com/watch?v=Sdm7kPVlocQ

Anônimo disse...

ué, Moema, por que sou impagável?

interior de São Paulo? Marília é onde nasci.

Loja Moeggall disse...

Significado de Impagável

Diz-se de pessoa muito espirituosa, muito engraçada, que provoca hilaridade: sujeito impagável.

Você deve ser muito divertida!...

Eu tô na região de Campinas.

Anônimo disse...

Eu

A questão é que tu duvidou que a guria do guest post passou por tal situação, e isso é sim chamar, mesmo que indiretamente, alguém de mentiroso, ou,no mínimo, fazer pouco caso da experiência dela.

Em nenhum momento elas disseram que o que passaram era "único" ou "especial", somente que há diferenças de reações e de situações. Em uma sociedade heteronormativa, experiências homo terão suas particularidades, e afirmar isso não é o mesmo que dizer que heteros não passam por situações de conflito amoroso.

Sobre os privilégios, já discutimos o assunto em outros posts, tenho minhas convicções e você as suas, não me repetirei.

Loja Moeggall disse...

Tô imaginando o treinamento do marido e o que substitui o doce (é doce que se dá como recompensa?), rs

Loja Moeggall disse...

OK, Carolina. Como eu disse, eu duvidei de uma asserção específica, que depois se provou não exatamente o caso. Ou a pessoa sabe o que sente por alguém ou algo e não vai perguntar quando vai sentir a mesma coisa pelo oposto ou não sabe o que sentiu ou sente e aí sim, vai perguntar quando vai sentir por alguém algo que não sentiu por ninguém. Ou vai saber que sentiu por alguém 'errado' e vai perguntar POR QUE não sente pelo certo. Ou vai perguntar quando vai sentir a mesma coisa pelos dois opostos SE todos parecem sentir a mesma coisa. Tudo junto é que não dá, rs

Anônimo disse...

Eu

Pelo o que eu interpretei, a guria do guest post não sabia que o seu interesse por garotas era romântico, pq achava que esse tipo de relacionamento só existia entre homem e mulher. Por essa razão ela se perguntava "quando eu vou gostar romanticamente de homens?".
Como é que ela poderia saber sobre esse sentimento se nunca o sentiu de fato? Simples, observação. Ela mesma disse que via suas amiguinhas sofrendo de amores pelos garotos, mas que ela não sentia o mesmo, e achava que havia algo de errado com ela por não sentir o que todas as outras garotas sentiam.

Loja Moeggall disse...

Carolina, pois é. eu concordo que se ela não sabia o que sentia, só cabia achar estranho que não gostasse dos meninos como todo mundo.

Mas, em gostando muito de uma menina, ela não quis ver que não gostava de meninos PORQUE gostava de meninas. Isso é o que acontece no mais das vezes: só vemos o que QUEREMOS ver. A atração pela colega estava lá, a falta de atração pelos meninos em geral estava lá, mas ela não fez a conexão.

É isso que não bate. Prá mim, ela sabia sim, o que estava acontecendo, MAS NÃO ACEITOU. Daí a raiva, as orações, querer provar que não era fria e insensível, o namoro forçado...Se nunca tivesse se interessado pelas colegas, aí sim...não teria o que fazer senão se revoltar pelo fato de não acontecerem os casos amorosos na vida dela.

Será que 100% das lésbicas não fazem desde logo a conexão?, podem ficar chateadas, com medo e tudo o mais, mas preferem querer ver. A Linda queria ser igual às colegas, e não obedecer ao que a sociedade heteronormativa ditava. (As colegas héteros tb não estavam obedecendo a sociedade, estavam obedecendo a uma orientação e expressando isso, claro que com a anuência tácita da sociedade, não vou negar) Ela queria pertencer. Pertencer era muito mais forte do que gostar de meninos ou meninas. Ela tentou. É isso.

Se ela vai chegar a essa conclusão deitada no divã do psicanalista aqui, ou nunca, vai depender dela e de todas na mesma situação.

Também não foi isso que ela quis provar aqui, e nem tem que estar preocupada com isso. Já passou. O que ela quis passar é que a gente nasce homossexual ou heterossexual, que não há sem-vergonhice ou coisa que o valha na questão.

E o que as demais comentaristas quiseram provar é que as lésbicas não se dão conta disso por influência da sociedade heteronormativa.

Agora chega que já encheu!!!!

Anônimo disse...

Pra que ir pra divã de psicanalista se temos esse espaço aqui? Falando sério, aqui a gente faz um trabalho e tanto na área de Psi. É ler os posts, desabafar aqui, questionar, debater e depois pedir pro clínico geral o medicamento pra ansiedade, pra ataque de pânico, pra depressão e afins, mas a desopilada legal mesmo que dá alívio psicológico a gente faz nesse espaço tão bacana com troll e tudo.

Anônimo disse...

Ah Moema, o pessoal me acha sim divertida... se alguém me joga um balde de água fria, eu rebato com um balde de água gelada, mas na boa, de preferência pegando a pessoa de supresa... rs... Brigas com o marido terminam em comédia tipo no meio da briga eu pergunto se ele precisa trocar a fralda e ele fica p da vida, mas dá risada... noutra briga pergunto se a testosterona foi de uma cabeça pra outra... e entre tapas e beijos não existe tapa nenhum, apenas abraços. Se alguém grita comigo, eu respondo com voz bem suave pra pessoa ter trabalho pra me ouvir e então prestar atenção no que estou dizendo.... rs... e se quem foi ingrata comigo bater à minha porta num dia de frio, eu abro a porta e ofereço um chá quentinho com o melhor biscoito que eu tiver. Se for dia de calor, convido prum sorvete. E, feminista que sou, não tenho faxineira, tenho faxineiro e não o troco por mulher nenhuma!

A VIDA É UM ETERNO APRENDIZADO disse...

Olá!
Foi um grande prazer conhecer seu blog.Aproveito meu tempo para navegar e ler textos e poemas feitos por pessoas que gostam de escrever.
Que bom que você é uma delas.
Grande abraço
se cuida

Anônimo disse...

Achei o texto muito interessante, eu sou hetero, mas me choca a incapacidade de tantas pessoas de entender que seu modo não a única via possível, ou correta, de viver e amar.

Acabei de criar um blog, uma das temáticas que mais quero explorar é o preconceito:

http://filhademariamaria.blogspot.com/

Flávio Brito™ disse...

Lola você nunca me disse que eu era seu bebê...

:(

Relicário disse...

Coisa mais linda esse post...maravilhoso...

só posso desejar que a Linda continue sendo muito feliz...

Bruxo Nefasto disse...

Tão achando que sou feminista disfarçada?

Tão pirando!? cogumelo ta barato hj em dia, falei com PM's honrados e eles falaram que os vagabundos esquerdistas tão popularizando essa porcaria.

A direita precisa impedir vc's!

Bruxo Nefasto disse...

Anonymous?

Puts, é muita droga esquerdista msm que vc anda consumindo.

Lola, me surpreende que vc nunca fez um post defendendo as drogas que os esquerdistas adoram, pq? tem medo de ser presa por apologia ao crime?

Fica preocupada não, se esquiva da acusação falando que era só piada.

Carol M disse...

Existe uma coisa bem básica qd alguém faz um relato pessoal, que é a sensibilidade de entender aquilo como a verdade daquela pessoa. Dá pra ter várias confusões juntas sim.

O oposto do senso comum não é o conhecimento científico, e sim a metodologia científica, como forma de se chegar a alguma conclusão.

O problema do senso comum não é alguém dar a sorte de se encaixar nele ou não. O problema é achar que ele é a única verdade possível.

lola aronovich disse...

Ahn, Bruxo Nefasto, que eu saiba, ninguém estava falando de vc. Pare de pensar que vc é o centro do universo. E vc está a um passinho de entrar no time seleto dos trolls que são deletados 100% das vezes, sem que eu sequer leia a asneira que escreveram. Continue assim.

Cynara disse...

Putz que menina chaaaaata.
Chata chata chata!
Sempre sem argumentos,repetitiva...aff

Lindo post Lola.Valeu Linda.

aiaiai disse...

Post lindo, Linda!

E, Eu, vc não é questionadora. Você é chata.

LOVE MAKES A FAMILY disse...

" Por que será que uma minoria historicamente discriminada sente a necessidade de “falar sobre isso”, Eu? Poderia ser exatamente por causa de pessoas como vc, que não só não conseguem se colocar no lugar delas como ainda duvidam do que elas dizem? "

Argumentação perfeita, Lola!

Como mulher, como lésbica, sou duplamente discriminada em uma sociedade erguida sob a égide da heterossexualidade e do patriarcalismo.

Eu tenho absoluta certeza que seria muito mais vítima de preconceito/violência se minha etnia fosse negra, mulata, de etnia indígena, oriental.

Como mulher branca, de classe média, com acesso aos bens culturais, sei que sou mais protegida do que minhas irmãs lésbicas de classe socialmente desfavorecida economicamente, ou, ainda, das etnias que citei acima.

Sabemos que há violência física absurda em comunidades mais empobrecidas. Em tais lugares, as mulheres usam o meio de transporte público, descolocam-se para espaços onde não há segurança pública decente, moram em casas frágeis em termos de segurança, pouco acolhedoras, além de viverem sob o medo permanente de um psicopata, o estuprador.

Agora, imagine-se, "Eu" e outr@s leitores deste blog, se uma mulher de um lugar deste, assume sua uma orientação sexual que não seja a heterossexual? Conseguem? Consegue, "Eu"? Consegue percebe que tais irmãs não têm voz, não têm recursos, não têm um espaço privado mais protegido para serem livres? Consegue perceber que enquanto e eu e minha companheira, (e talvez você e tantas outr@s leitor@s da Lola) moramos em um bairro privilegiado, com total segurança, vizinhos acolhedores, mais esclarecidos e, portanto, com menos preconceitos; nos movimentamos apenas em nossos carros, temos lazer com segurança, viajamos para o exterior, cujos países que escolhemos, podemos ter liberdade em demonstrar publicamente nosso afeto? Consegue perceber que a maioria da população mundial do sujeito do feminino, está totalmente desprotegida?


Olha, mesmo com toda "proteção" de classe e de etnia que eu e minha companheira temos, ainda assim temos que nos proteger muito mais, por exemplo, do que minhas amigas heterossexuais. Não podemos, só mais um exemplo, nos hospedar em um hotel 2, 3 estrelas. Tentamos 2 vezes em todos estes anos que estamos juntas. Porque, infelizmente, em nosso país, paga-se caro para termos funcionários bem treinados para nos receber sem olhares maliciosos, debochados. Gastamos muito mais que um casal hétero gasta em uma viagem de férias no Brasil. Se optarmos por táxi, em vez de locação de carro, não pode ser uma cia qualquer. É sempre a mais cara, mas é uma forma de não nos estressarmos e curtimos nossas férias com dignidade e segurança.

A continuar...

LOVE MAKES A FAMILY disse...

Na questão da saúde, moça, não pode ser qualquer ginecologista. Daria um post para falar sobre isso. Geralmente os planos de saúde não cobrem médicos com mais ética profissional. Pagamos, cada uma, uma quantia de 650 reais, toda vez que vamos em nossa consulta de rotina. O mesmo serve para a mastologista, que nos cobra 590 reais para cada uma. São consultas que acontecem a cada 4 meses. Pense, por um momento, em nosso gasto com a saúde, que além disso, ainda pagamos um plano de saúde altíssimo. Tudo para não sofremos mais com preconceito velado.


Estamos no processo de ter um filho/a, mas todo o procedimento será na Dinamarca, por uma única razão, desejamos qualidade, tratamento com respeito e a possibilidade de noss@ filh@ conhecer o doador, caso tenha necessidade quando estiver com 18 anos. Consultamos 6 clínicas de inseminação no Brasil. E sem exceção, todas quiseram nos empurrar para uma FIV, mesmo que eu não tenha nenhum problema físico para engravidar. Na Dinamarca não há tal problema e, sim, será muito mais em conta que aqui, apesar dos gastos com hotel/passagem nos meses que tentar engravidar.

E poderia, "EU", tentar colocar-se no lugar de uma mulher lésbica apenas por alguns minutos e perceber que estamos em uma condição real de vulnerabilidade, até mais que nossas irmãs heterossexuais, pensado na lógica do patriarcado? Poderia tentar dialogar sem a mesmice de sempre? Que tal, moça?


Por isso insisto em dizer que NÃO HÁ nos meios de comunicação um discurso mais aberto para dialogar sobre tais questões. E o seu blog, Lola, é uma preciosidade para que o silêncio seja quebrado.

Parabéns, Lola querida, por deixar-nos "falar sobre isso", de nos expressarmos sobre nossas reais necessidades!

Eu tenho que almoçar. Até outro dia, Lola!

Carol M disse...

Eu não quero que o mundo seja binário, quero que vá muito além disso. Vc q parece não aceitar que o binário despreza uma variedade imensa de pessoas, que devem ser visíveis e ter espaço para contar suas estórias sem serem diminuídas.
Vc não questiona pelo simples fato de que vc nem ao menos lê direito as respostas que mandam pra vc, e se lê, tem um problema sério de interpretação.
Existem privilégios. Não é crime ter privilégios, mas é uma cretinice negar que eles existem.

Frustração Diária disse...

'Falando sério, aqui a gente faz um trabalho e tanto na área de Psi.' (LisAnaHD)

Poisé, pra que pagar psico né? hahhaa

Entao, a Carolina, a Carol, a Lorena e A LisAnaHD ja tiraram as palavras da minha boca, então não vou repetir. Só vou acrescentar duas coisas que acho que ninguém falou: Eu não fiz nenhuma acertiva cientifica no texto falando que se nasce homossexual. Falei que não se escolhe! Eu tenho acredito que minha orientaçao sexual PODE ter sido formada durante a minha infancia, por algum tipo de fator social, psicológico ou algo assim. Como disse alguém que eu não lembro (descupa a falta de fonte, haha): Quando alguns homossexuais dizem que nasceram assim, as vezes eles querem dizer que não sabem o por que são assim, só sabem que não escolheram. Foi isso que eu quis dizer no texto, desculpa se deu brecha pra alguma outra interpretação.

Para mais informações sobre a minha opinião a respeito, leia a Teoria das Cores, no blog na Jac:
http://flexoeslesbicas.wordpress.com/2011/03/05/homossexual-nascenca-ou-escolha-%E2%80%93-parte-2/

(Ta no finalzinho do post)

Outra coisa, sobre privilégios. Eu, você acha que ter onde dormir e o que comer não é privilegio? Não sei se foi isso que você quis dizer, mas se foi, acho que ta bom de você sair da caixinha e ir dar uma volta na periferia da sua cidade. Eu sou privilegiada sim. Meus pais pagaram meus estudos em ótimas escolas e eu sempre tive o que comer e uma ótima cama pra dormir, e eu sei que, não é todo mundo que tem essa sorte.

No mais: Eu, vc não é questionadora. Você é chata. (aiaiai)

Rafael Levi disse...

Lindo texto, e não fala apenas sobre homossexualidade mas também é uma aula sobre relacionamentos, etc.
Passei uma situação muito semelhante com minha ex, não sei se é o caso dela ser lésbica ou não, mas essa questão de viver um relacionamento o qual os dois não tem o mesmo sentimento é uma tortura.
Eu tinha mais dificuldade para entender como as mulheres se descobriam/tornavam homossexuais, mais por curiosidade mesmo. Muito bom o texto.

Loja Moeggall disse...

"Eu não fiz nenhuma acertiva cientifica no texto falando que se nasce homossexual. Falei que não se escolhe!*

OK, Linda, mil desculpas por não ter incluído a hipótese de você NÃO ter nascdido gay e sim ter se TORNADO gay num momento qualquer de sua infância/pré-adolescência. De qualquer maneira, acho que todo mundo entendeu e eu tb que não passou pela sua cabeça virar gay, e que virar hétero, que realmente passou pela sua cabeça, não foi possível, mesmo querendo desesperadamente.
Já debati o que são privilégios em outros posts. :))

Love makes a family, você é discriminada onde? não deixam vc entrar nos lugares por ser lésbica? Você paga mais imposto de renda? Você não arruma emprego por ser lésbica? Alguém lhe pergunta da sua orientação sexual na hora da entrevista? Seus pais dificultam seu relacionamento? Alguém impede vocês de frequentarem reuniões sociais? No restaurante os maitre diz que não tem mesa quando vc chega com sua parceira? Você sabe o que é discriminação?

Olha, eu não sou lésbica mas faço igual a vc. Só contrato o melhor dentro das minhas posses. Se não posso ter segurança e bons serviços, fico em casa. Sintom-me tão vulnerável quanto você,pode acreditar. Talvez um pouco menos por ter um marido. Mesmo assim, tomo todo o cuidado sempre. Fofocas, sempre as há, né?

Quanto aos tratamentos de saúde, não digo nada. Já falei bastante sobre a classe médica aqui no blog.

Fui checar com uma amiga (hétero) que viveu um relacionamento homo por 5 anos(só rompeu porque engravidou e foi viver com o pai da criança) e ela disse que ninguém incomodou-as durante o relacionamento. As duas funcionarias publicas, bons salários... fiquei no ap delas em viagem e nunca reparei que eram um casal, rs. Muito tempo depois essa amiga me contou da natureza do rel. Uma muito feminina, bonitona, a outra muito sequinha, quase sem busto, sem bumbum, e muito igual a todo mundo.
Mas ela me disse uma coisa: hoje há mais exibicionismo e menos discrição, do que uns tempos atrás.
Não sei até que ponto isso é a causa para os olhares tortos...
Aí eu lhe pergunto: onde que duas amigas tomando um táxi pode ser tão problemático assim?

Como é muito comum, a gente tem mania de julgar os outros usando nossa própria condição como referência.

A mulata de um morro carioca qualquer que vai sambar na Avenida daqui a alguns dias deve ser mais feliz e despreocupada com a homossexualidade dela do que você com a sua.
Esta moça possivelmente relativiza sua sorte, dá valor ao que é e ao que tem e encara as vissicitudes da melhor forma possível.
Não tenho mais pena das homossexuais do que das héteros que não resolvem sua vida amorosa e financeira (no fundo, o problema é financeiro, rs)satisfatoriamente. Você, pelo que contou, está resolvendo maravilhosamente bem. Toda força prá você.

Anônimo disse...

Eu

"Não bate" pra você. Pra mim, tal situação é perfeitamente possível. As pessoas não reagem sempre da mesma forma. Discutir como deveria ter sido a reação dela é algo muito subjetivo.

Uma observação: o assunto "encheu o saco" pq as pessoas te cutucaram de volta.

Loja Moeggall disse...

Uma observação: o assunto "encheu o saco" pq as pessoas te cutucaram de volta.*

Não, mocinha,o'chega que já encheu' é do tempo em que eu estudava prá concurso. Fui aluna de um maravilhoso professor que dizia isso quando dava a hora de acabar a aula, todo mundo cansado...rs

Não assuma...pergunte, tá?

LOVE MAKES A FAMILY disse...

Não, não estou a falar de pena, "Eu". Desde quando tal sentimento muda algum preconceito? Falo de consciência. E é algo que você não tem e, talvez, nunca terá.

Você jamais entenderá sobre o que passamos como mulher lésbica. E jamais abrirá sua mente, assim, desisto de tentar dialogar com alguém como você. Teria tanto para descrever sobre um simples táxi, mas tanto, mas eu prefiro te deixar na mediocridade de tuas ideias.

Exibicionismo? Você reduz tudo o que escrevi a exibicionismo? E se houver alguém que deseja beijar, demonstrar carinho, abraçar @ outr@ em lugares públicos? Um casal hétero é, então, exibicionista por andar abraçado e de mãos dadas? Um beijo de selinho de um reencontro é exibicionismo? Okay, você é exatamente o tipo de pessoa que evitamos em nossa estrada.


Sua forma de descrever o corpo de uma mulher magra me causa espanto, vindo de alguém que se diz consciente.

Seu pensamento é por demais reducionista.


Sem mais e fique com a última palavra neste post!

Anônimo disse...

Eu

Não interessa de quem foi que você ouviu a expressão, o sentido é o mesmo para todos que lerem o seu post. E "aula" você não deu nenhuma ;)

Carol disse...

Adorei! Nao te conheço, cheguei ao teu blog por intermedio da minha irma que me linkou seu post pelo facebook... Mas meus parabens, tb me identifiquei bastante, principalmente com o começo qnd rolavam as paixoes PLATONICAS pelas amigas rs.
Obrigada pela boa apologia, mostrar que isto nao significa inferioridade ou transtorno mental em hipotese alguma!

Tatiana disse...

Amei o guest post!
Como mulher, lésbica e ateia me identifiquei muito. Passei por muitas das fases descritas pela Linda.
E as paixões platônicas... essas me atormentaram bastante também.
Ah, nem tenho muita coisa para dizer. Muito do que eu sinto está neste belo texto.

Tatiana disse...

E de boa, não percam tempo discutindo com a "Eu".
Ela vive num mundo cor de rosa, onde só importa olhar para o próprio umbigo. Empatia zero. É provavelmente uma pessoa incapaz de se colocar no lugar do outro.
Tive a infelicidade de discutir com ela em um guest post sobre doação de sangue por homossexuais, neste mesmo blog. Tremenda perda de tempo e energia.
Ela só enxerga o que que quer enxergar.

Loja Moeggall disse...

Bom, LOVE MAKES A FAMILY, ela tb tem a estrutura esquelética de quadris projetados prá frente e a coluna bem arqueada. Ela não deve ligar a mínima prá minha descrição, ela é uma lésbica feliz, é super interessante, divertida, e foi por pura admiração que minha amiga hétero ficou com ela por 5 anos. Agora pode chorar pela minha falta de consciência à vontade, viu?

Quem falou do exibicionismo foi a minha amiga, não eu. Mas como eu falei prá alguém aqui no post, tá a fim de beijar a parceira, vai lá e beija. Nâo é crime. A sociedade está na sua cabeça, é você quem a constroi e a projeta.

PS.: Compartilhe a odisseia de pegar um táxi, esqueça que eu existo e pense nas outras leitoras na mesma situação. Bjs

2. Pense bem antes de pôr filho no mundo sem pai (saber da existência do material biológico dinamarquês faz fazer diferença NENHUMA, em termos de paternidade), viu?

"Sua forma de descrever o corpo de uma mulher magra me causa espanto, vindo de alguém que se diz consciente."*(Love makes a family)

Liz disse...

Linda, post lindo e de muita sensibilidade! Torcida para você encontrar uma namorada tão especial quanto você, menina!

Liz disse...

Love Makes A Family, identifiquei-me completamente com seu relato! Fui olhar seus blogs e...Não, Não, são vocês, A e R!!!! Best lesbian couple ever in internet! Minhas referências como casal lésbico tão difícil encontrar um casamento (duradouro, realmente compromissado e feliz como de vocês!). Vieram a Sampa e não tiveram a oportunidade de conhecer nosso trio...So bad!
Fiquei super feliz por vocês terem um blog! Era hora! nem sabia do primeiro e, agora, há um segundo. Maravilha! Torcida para que venham logo o filhote de vocês!
Esta tal de Eu é um throll, sem dúvida! Recalcada, mal amada, infeliz, invejosa, problemática, lesbofóbica, também doida pra dar uma com uma mulher e tem medo. Duvido que alguém como ela seja casada e, se for, está muito mal neste suposto casamento.
Ela não entendeu absolutamente nada do que as pessoas postaram aqui. Vai gostar de ser ignorante assim em outro mundo, mulher.
LOVES MAKES A FAMILY não falou de pai, senhora medíocre. Relatou sobre o direito da criança conhecer suas origens. Não entende bulhufas de nosso tipo de família e sai escrevendo asneiras?? Isso é falta de respeito! Quem é você para aconselhar um casal tão lúcido como este? Falta de comer, rezar e transar, sem dúvida.
Tudo o que você escreveu sobre ter conhecido um casal les. é invenção sua. Uma engravidar e ir morar com o pai do bebê, depois de cinco anos?? RÁ, Muita ficção. Depois de tanta idiotice que escreveu aqui, acha mesmo que acreditamos em suas besteiras fantasiosas??
Eu fiz uma FIV, mas em NY. Assim como elas, preocupei-me com as emoções dos meus filhos quando crescerem. É super normal o desejo do ser humano conhecer suas origens. Eles jamais terão um pai, mas duas mães! Se não consegue entender nossa preocupação, deixa de postar asneiras e vá tentar ser feliz.
Gente, essa mulher tem raiva louca de mulher lésbica porque sente vontade de ter uma mulher na cama, mas é covarde demais para admitir. Todo enrustido é exatamente como esta mulher, se for uma mulher...
Lola, com minha nova vida de 3 bebês lindos, tá complicado vir aqui. Mas hoje no face uma amiga me indicou este post e estou aqui feliz da vida por você ser aberta em conhecer mais sobre nós!
Obrigada, obrigada, obrigadaaa!

Gente, vamos deixar esta recalcada "falar" sozinha. Mulher chata demais.

Loja Moeggall disse...

Ô palhaça, olha o que a LOVE MAKES A FAMILY disse: "estamos no processo de ter um filho/a, mas todo o procedimento será na Dinamarca, por uma única razão, desejamos qualidade, tratamento com respeito e a possibilidade de noss@ filh@ CONHECER O DOADOR, caso tenha necessidade quando estiver com 18 anos."

grifo e maiúsculas minhas.

Vê se desce o facho, porque ser lésbica não de ser saída de banheiro de rodoviária, tá? Respeite suas colegas aqui.

Loves Makes a Family então quer tão somente que sua filha (ela já escolheu o sexo) tenha origens dinamarquesas? o que é isso, racismo, palhaça Liz?

E vai sonhando que eu quero me deitar com mulher, viu? Se eu quisesse, não me faltou oportunidade, rsrs uma conhecida, em crise no casamento, quis ser minha marida, se apaixonou só porque eu elogiei o pé dela, pequeno que nem o meu,rs..meu marido bufou sem parar até ela se mancar e ir embora. Larga de assumir o que vc não sabe, ser lésbica não lhe dá poderes paranormais, que eu saiba, e nem a faz mais especial do que ninguém, tá bom?

Eu sou chata mas vc não se aguenta...kkkkkk

Loja Moeggall disse...

E já dei um print no seu post ofensivo, viu Dra palhaça Liz?

Loja Moeggall disse...

não é sinônimo de ser...*

Anônimo disse...

Liz 14:37
Caramba, com toda sua formação vc tinha de baixar o nível? Não poderia elaborar uma redação pra gente ler e ter prazer em ler um texto bem escrito mesmo vc discordando e dando uma lição pra pessoa de quem vc discorda?

Claro que a grosseria exposta na sua redação nada tem a ver com vc ser lésbica. De gente revoltada e grosseira ao se expressar o mundo tá cheio independentemente da orientação ou preferência sexual.

Loja Moeggall disse...

Eu fiz uma FIV, mas em NY. Assim como elas, preocupei-me com as emoções dos meus filhos quando crescerem.*

Escolheu o material genético de um Prêmio Nobel judeu pros seus filhos, palhaça Liz? É mesmo, genética de brasileiro tem negro, né, tia? Vamos lá pros States que lá não teve miscigenação...boa sorte. Que um deles ganhe um prêmio nobel pro Brasil, ou eles vão ter cidadania americana tb? :X

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DAS MÃES disse...

Gostei do post

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DAS MÃES disse...

Eu, o @ e usado quando não se define, ou não quer definir, ou não sabe o sexo. Muita gente recorre ao arroba hoje em dia.
Eu entendo a revolta de algumas meninas aqui porque tem gente que gosta de provocar. E acho que você provocou muitas fechando-se para entender os argumentos dos outros. Mas fica de boa com o pessoal, pega leve.
Não julgue as pessoas de primeira. Procure perguntar o motivo delas procurarem bancos de sêmen no exterior. Dê uma pesquisada na internet e veja os motivos.
No mais, muita calma nesta hora.
E acho que a Liz ficou nervosa porque ela é lésbica, fez FIV lá fora e você pegou pesado com seus comentários. Eu sou mãe e mãe vira uma fera quando toca no que temos de mais precioso. Mas de repente você é uma alma boa. Não provoca mais as pessoas, Eu.
Boa sorte, Eu!

Loja Moeggall disse...

INSUSTENTÁVEL, a LOVE MAKES A FAMILY já disse porque vai prá Dinamarca...

Eu tô de ótima...rsrs não se preocupe, viu? Bjs

o @ é substituto do a sim, viu? é muito usado em nicks da garotada...


veja:

*_* b@rb@r@ *_* *_* gat!inha *_*
Jd.Grimalde Jd.Sinhá
Brazil
[B@rb@r@ Dias]
User
B@rb@r@ Dias
santa maria
Brazil
[B@rb@r@ Indi@ carvalho]
User
B@rb@r@ Indi@ carvalho
Rio Das Ostras
Brazil
[B@rb@r@ model]
User
B@rb@r@ model
Porto alegre
Brazil
[B@rb@r@ M@ch@do]
User
B@rb@r@ M@ch@do
SAO PAULO
Brazil
[B@RB@R@ Timbó Cid]
User
B@RB@R@ Timbó Cid
Fortaleza
Brazil
[B@RB@R@ LUIZ@]
User
B@RB@R@ LUIZ@
********
Brazil

LOVE MAKES A FAMILY disse...

Juro que escrevi um coments aqui e apaguei, mas resolvi explicar para a Eu e algum@s leitor@s. Não gostei de ser acusada de racista!

O arroba(@), é uma prática feminista minha, Eu. Não escolhi sexo d@ filh@, não.

Dinamarca, EUA, Suécia são os países que nos dão a oportunidade de escolhermos um doador não-anônimo. Há muitas casais lésbicos optando por esta preferência. Confesso que preferiríamos o Brasil, mas não há lei que permita que @ noss@ filh@ saiba de suas origens. Nossa preocupação como mães, é tão somente nos possíveis anseios d@ filh@.

Sou neta de europeus, Eu. E minha companheira é filha de europeu. Somos brancas e queremos uma família de nosso tipo. Não é racismo, é apenas o nosso desejo. Eu não sou racista ( nem poderia, há judeus em nossa família, meu cunhado é libanês e eu tenho um primo adotado, ele é negro. E é uma pessoa linda em todos os sentidos! Não desmereço nenhum religião,nenhum ateu- Lola é uma das pessoas mais lindas que gostaria de conhecer pessoalmente. Ela é ateia e a respeito!- etnia, orientação sexual).

A Dinamarca, como expliquei, é pelo custo benefício. Por favor, não escreva coisas que você não sabe. Estamos em um processo muito delicado para nos tornarmos mães. Torça por nós, Eu!

Olha, caso você queira conhecer mais a nosso respeito, escreva-me: duasartistas@gmail.com

Liz é um amiga querida que conhecemos em um certo blog materno. Ela me enviou um e-mail e dei minha senha do blog para ela responder a você em meu nome, mas eu li e achei que ela estava muito nervosa. Mesmo com muita dor de cabeça e uma gripe horrível, resolvi vir eu mesma postar para esclarecer.

Liz é de origem israelita/judaica e tem muito orgulho disto. Neta de rabino, ela escolheu um doador não-anônimo e de origem israelita para os filhos delas.

Um beijo pra você, eu! Fica em paz!

Loja Moeggall disse...

Eu torço por vocês, LOVEMAKESAFAMILY, tô é pensando nesse filho de origem dinamarquesa que pode até saber o nome do pai, onde mora, mas vai ficar por isso mesmo, não vai não?
O Steve Jobs sabia quem eram os pais e nunca aceitou o fato de ter sido adotado e nunca perdoou o pai. Vocês estão mexendo com o imponderável, não é da minha conta, espero que dê tudo certo. No final, sempre dá...o esquecimento vem prá todos...
Bjs


Fala prá sua amiga prá não ficar nervosa, eu não ofereço perigo.
E se ela estiver grávida, pelo amor de Deus...que ela se acalme já. Não aconteceu nada. Talvez seja o excesso de responsabilidade que ela e a parceira estão chamando prá si. Mas isso também não é da minha conta. :))

Minha cabeça tá fundindo aqui...:((

O mundo está muito complicado...

Bom, vou retomar minha leitura do Mito da Beleza. Inté prá todas.

Anônimo disse...

Steves Jobs recoheceu a filha que ele teve a moça namoradinha desde os tempos da adolescência pq o juiz exigiu DNA. Steve Jobs foi tão cara de pau que, pra negar a paternidade, disse que era estéril. Mas o tempo e o monte de dinheiro curou tudo... como disse EU/Moema, o esquecimento vem para todos, principalmente qdo há conveniência em se esquecer... DEP -Descanse em Paz-, Steve Jobs... se isso for-lhe possível.

Gabriel Nantes de Abreu disse...

Gostei muito do post pois me identifiquei completamente com a história. Obrigado Lola e à garota que escreveu o post!

Ansiao disse...

Pertenceu sim. Até partiu um coração de um cara. Repetidas vezes.

snowhitequeer disse...

Como o nick pode indicar, gosto de usar o termo queer. Não seria correto me identificar como lésbica, mas me dizer bissexual seria uma mentira - posso me apaixonar por qualquer um que tenha comigo uma grande ligação emocional, mas sem esse laço prévio apenas mulheres me atraem. Pena que não há um termo em nossa lingua que expresse essa não-heterossexualidade em termos mais gerais.

Passei dois anos me questionando e a coisa que mais me incomodava era como eu nunca havia notado antes que o que eu sentia por mulheres bonitas não era inveja ou admiração. Me aceitei com a definição acima sem responder isso direito. Saber que não sou a única que passou por uma puberdade assim - indiferente, sem entender o que as outras meninas tanto viam (e ao mesmo tempo não entendendo o desespero dos meninos), congelando toda vez que me pediam um exemplo de homem bonito ou ~pegável~ - faz com que essa pergunta talvez consiga ser respondida.

Mariana disse...

Querida autora do relato, parabéns e obrigada pela sua coragem em se expor.

Jornada de autodescoberta é assim mesmo, muito dolorida mas sempre libertadora e gratificante. Sempre infinitamente melhor do que viver uma mentira.

Deus te ama muito, te conhece, aprecia sua sinceridade e só está interessado no seu amor - nunca no seu medo de um castigo, nunca na sua sujeição cheia de má vontade. Se Deus se parecesse com religiosos reguladores de cada passo da vida alheia, seria um ser apequenado e mesquinho e não Deus (que fique claro que essa é a MINHA verdade, respeito quem não crê).

Voltando à autora, eu sei o quanto uma consciência assombrada por pessoas que dizem que isso e aquilo são pecado pode doer. Não deixe eles te torturarem, fique bem, faça o máximo de bem aos outros que puder, ame seus pais e lembre-se que chegará a hora de assumir uma posição diante deles. Também nessa hora lembre que a autenticidade é a melhor saída.

Bjo grande!

Frustração Diária disse...

'Sempre infinitamente melhor do que viver uma mentira.'

Obrigada pelos conselhos Mariana, você tem toda razão. Estou tentando seguir meu caminho da melhor forma possivel. espero que dê tudo certo pra você também!

Anônimo disse...

Olá a todos,primeira vez que faço um comentário em um post por aqui,mais me identifiquei muito com este.Tenho 23 anos e desde criança tinha uma grande admiração por certas coleguinhas era coisa de bater o olho e querer ser amiga,já os meninos nunca me interessaram e as coias não mudaram enquanto fui crescendo,cheguei até achar que gostava de um menino em particular mais não era nada de mais.Passei minha adolescência vendo as amigas se apaixonarem e se desapaixonarem e eu esperando um cara que mexesse comigo,mais nunca apareceu nenhum e agora começa a ficar claro que nunca apareceu pq eles não em interessão,sempre acabo viram para olhar quando passa uma menina que me chamada atenção igual quando era criança e achava que era admiração.Acho que para garota é sim mais demorado para se perceber que se é gay pq uma menina que nunca namorou que não tenha muito intersere por homens é só considerada tímida ou só esta pensando nos estudos,já um menino que nunca namorou deve ter algo errado pq para o homem não é normal ficar sem "pegar" ninguém então ele deve ser gay.
Ainda estou muito confusa mais cada vez fica mais claro o que sou só não estou preparada ainda para assumir isso totalmente.

vivi disse...

Isso tem a ver com o que vc e
Orientaçao sexual voce nao aprende voce so descobre .sou assim e sou feliz

Anônimo disse...

É muito simples: condicionamento. Por sinal, o texto até deixa isso mais ou menos claro. Apenas aprendem a ver é compreender as relações afetivas heterossexuais. Quando não são não fica claro no início por causa do condicionamento, de que o natural é ser hétero. Descobrir-se não hétero leva tempo, por que lhe foi ensinado que todo mundo naturalmente é e que é o certo ser hétero. Em face disso surge o conflito, os sentimentos que não se enquadram ao que foi ensinado. O relato de Linda deixa isso muito claro.

Charlie

WILLIAM disse...

Ótimo texto, me identifiquei bastante em algumas partes mesmo sendo homem. Aos 11 anos já comecei a sentir atração por garotos, mas não aceitava de jeito nenhum, tentava tirar de todas as formas de minha cabeça, achava que iria passar. Aos 16 fiz uma amizade muito forte com um garoto, e pra mim era apenas amizade, admiração mesmo, não imaginava que aquele sentimento era algo a mais, e se por um acaso essa dúvida aparecesse, eu tratava logo de espantar da mente e me sentia uma aberração. Nessa época eu nem sabia que gays existiam, pra mim gays eram apenas homens que se vestiam de mulher, não conhecia nada do mundo LGBTI. Foi muito difícil para mim, a pressão da família e sociedade para ter uma namorada, cheguei a namorar duas garotas, mas foi exatamente igual como descrito no texto, eu não amava, apenas as usava para satisfazer essa sociedade hipócrita. Com 17 anos acabei ficando com esse amigo e só nesse momento caiu a ficha que eu realmente era gay e que o que eu sentia era amor. A partir desse momento eu me aceitei e então pude conhecer um mundo maravilhoso que é o vale s2. Hoje tenho 26 anos e só agora formado, com independência financeira, abri o jogo com a família. É a melhor sensação do mundo estar fora do armário. Minha família não gosta de tocar no assunto, mas aceitaram (foram obrigados, já não dependo mais deles). Acho que fiz a escolha certa, esperei o tempo certo. Estar fora do armário é a melhor sensação do mundo, no entanto acho que vale a pena esperar. Se você se precipitar, pode acabar passando maus bocados. Enfim, espero que seja feliz, Linda. E que já tenha encontrado sua alma gêmea (o post é de 5 anos atrás, né). Eu já encontrei a minha. Grande abraço!