segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

"COMO ASSUMIR MEU FEMINISMO?"

Bordado: "Desculpas por irritar alguns de vcs. Toda sua cultura me irrita"

A Carla me enviou este email:

Admiro bastante seu trabalho; tanto o seu como o de feministas ativas, como a Cynthia Semíramis.
Gostaria de fazer um desabafo e também alguns questionamentos: embora a tenha admirado bastante, embora considere minhas aspirações e ideais feministas, tenho dificuldade em assumir este feminismo. O que mais admiro em você é a forma como você se coloca: como uma mulher forte, independente e corajosa. Uma mulher que não tem medo de ser rotulada, que dá a cara pra bater e ainda assim, é aceita.
Sempre acreditei que meu feminismo poderia me deixar só, sem amigos ou ser apontada na rua. Já manifestei várias vezes as minhas ideias; no serviço sempre tinha um ou outro babaca achando que vou brigar com tudo que é homem ou tentado dizer alguma asneira machista para me irritar. Por isso, boa parte das vezes, se tenho que mostrar indignação frente a algum acontecimento, mostro de uma forma mais discreta ou sequer mostro indignação. Além de não querer armar as pessoas (dar chance a elas de me irritar, a partir do momento que as deixo perceber meu ponto fraco), acredito que esta atitude seja uma fuga; tanto de não querer me aproximar das sensações desagradáveis que vem à mente quando me deparo com alguma situação machista, como a revolta pelo fato de haver uma cultura que legitima a violência e o desrespeito dos homens sobre as mulheres -- culpando as mesmas. 
Certa vez, ouvi um termo que diz tudo: o machismo "é o legítimo direito da foda masculina". Me irrita este aval que a sociedade dá, como se a mulher não fosse gente suficiente, não fosse sujeito suficiente, não fosse dona de si o suficiente; como se só pudesse existir para ser para o homem! Me irrita que até hoje as mulheres devem lutar para ter direito à uma sexualidade, à uma vida com o direito de existir, da forma que quiser, do modo que achar adequado. Me irritam as revistas femininas, sempre com a sua obssessão em agradar o homem, sempre pedindo aval, pedindo bênção, permissão -- "o que ele vai achar se você der no primeiro encontro", "como levar seu marido à loucura", "como segurar um macho com 10 cantadas infalíveis"; me irrita as mulheres avalizando sites que visivelmente as depreciam, como Manual do Cafajeste, Testosterona -- blogs que indicam como uma moça "direita", "de família", deve ser, agir ou comportar-se, para não virar "biscate", "periguete". 
Me irritam as propagandas de cerveja que fazem uso do corpo feminino, mas não as mostra como sujeito; me irrita a mulher retratada nos filmes como algúem sem iniciativa e coragem; me irrita um bufê infantil da minha cidade, que colocou em seu parque de diversões um tanque de lavar roupa e uma cozinha cor-de-rosa para as meninas brincarem; me irrita que site para homem sempre tem uma pelada, mas site para mulher sempre tem o tema "amor e sexo", com amor, claro, em primeir lugar; mais TODOS os temas de interesse feminino, como moda, saúde, beleza, casa, decoração e filhos; nada de mecânica, informática ou sexo pelo sexo, sexo para ela mesma, para dar prazer à ela mesma, sexo que seja visto de acordo com a experiência dela, com o olhar dela sobre ela mesma; me irrita que a mídia e um grande número de mulheres incentivem a gente a não ser gente por conta própria, como se o fato de a gente ser a gente por nós mesmas, seres autônomos e suficientes, fosse uma ofensa à existência masculina! Me irrita quando terceirizam o juízo de valor que uma mulher tem -- ela por ela mesma não garante seu valor -- seu valor deve ser dado por um homem e todo o seu comportamento deve ir ao encontro das expectativas dele.
Me irrita quando procuro no Google "historiadoras da história" e vejo uma porção de resultados com "historiadores", mas, o contrário, não acontece; me irrita que as mulheres se conformem com o fato de não poder dar descendência de nome a seus filhos, me irrita que eu seja "técnico" em informática; a pornografia -- e mulheres sendo estupradas, vilipendiadas e desrespeitadas nestes filmes -- me exaspera e irrita profundamente.
Como você vê Lola, estou bastante amargurada.
Como você fez para se assumir? Ou você não precisou se assumir, sempre suas ações combinaram com seu discurso? Sempre viveu suas verdades e disse dane-se aos outros? Por que acho que é isto que me falta. Acho que você fez o certo: tentou minimizar seu sofrimento frente ao machismo tornando-se atuante, agindo; acho que falta em mim a coragem de fazer o mesmo!
Parabéns e obrigada, você é uma fonte constante de inspiração.

Minha resposta: Carla, com tanta coisa pra te irritar, é meio difícil que você não seja uma feminista assumida! O que você faz com todas essas irritações? Você diz que se manifesta sobre elas de vez em quando, depedendo da ocasião e do interlocutor. É o que eu faço.
Muito, ou talvez tudo, do que te irrita também me irrita. O que eu fiz pra lidar com isso? Ahn, comecei um blog... Neste espaço eu tenho a liberdade pra escrever o que eu quiser e de dialogar com leitorxs muito inteligentes. E de ignorar trolls furiosos com as mudanças (lentas, porém constantes e inevitáveis) da sociedade. 
Mas tem situações do dia a dia que de vez em quando a gente tem que deixar passar, porque senão estará discutindo boa parte do tempo, e isso pode ser desgastante. Por exemplo, em meados de 2009, quando eu já tinha o blog havia mais de um ano, fui fazer uma disciplina num curso a distância. Mal me lembro qual a matéria, pra você ter uma ideia. Ela era oferecida em várias áreas, e eu escolhi assistir às aulas presenciais na História, pensando, com certa ingenuidade, que lá o pessoal seria menos conservador que na minha turma de Letras. Mas não. Logo na primeira aula, alunos e professor falaram inúmeras besteiras do senso comum (tipo: agora que mulher trabalha, ninguém cuida da educação dos filhos; logo, a culpa é da mulher que as crianças estejam tão malcriadas; as mulheres deveriam voltar pra casa; o mundo está perdido etc). Horrorizada, eu rebati algumas coisinhas, mas era minha primeira aula, eu estava num curso que não era o meu, e em situação excepcional, ainda por cima (o professor não era nem mestre, e eu já seria doutora no mês seguinte) -- tudo que eu queria era passar, incólume e anônima, cada matéria.
Não dá pra gente comprar todas as lutas o tempo todo. Porque é cansativo. E tem gente que tem muito orgulho de sua ignorância e não vai mudar. Imagina se eu vou tentar argumentar com um montão de babaca preconceituoso que vem ao meu Twitter me xingar! É perda de tempo. Nessas horas a tecla block é a melhor invenção da face da Terra. Seria ótimo se houvesse essa opção no mundo real.
Eu tive o privilégio de ser criada numa família liberal (apesar de também ter seus preconceitos), e de ser feminista desde que eu me conheço por gente. Tem feminista que acha que sou arrogante por falar que sou feminista desde os meus oito anos de idade, mas não posso inventar uma outra história pra mim só porque nem todas as pessoas tiveram esta minha sorte. Feminista, pra mim, nunca foi um insulto. Eu só passei a ouvir as definições que os anti-feministas dão às feministas (mal amadas, ogras, lésbicas, peludas e bigodudas etc) muito depois que eu me assumi feminista, então nunca tive conflito. 
O que fica difícil é se dizer uma coisa e agir de forma que contrarie esta definição. Sei lá, dizer que é feminista e querer ter aceitação dos machistas. Ser mais machista que os machistas, usando termos como vadia pra ofender mulheres, e, ao mesmo tempo, não querer ser associada com o atraso. Mas isso raramente acontece. Tem muita mulher (e homem) que defende direitos iguais, que acha que mulheres são tão capazes quanto homens, que quer liberdade para ser o que quiser, mas não se assume feminista porque a definição do senso comum pra feminista (e pra qualquer militante de qualquer causa que combate o senso comum) é pejorativa. Essas pessoas, a meu ver, precisam sair do armário. Eu amo gatos, e se alguém me pedir pra descrever um gato, minha descrição será toda positiva. Por que eu vou me basear na definição de quem odeia gatos pra explicar esses bichinhos maravilhosos?
Nunca perdi amigo por ser feminista, mas, claro, certamente deixei de fazer amizades com gente com quem vou antagonizar o tempo todo. Ou não. Alguns de meus amigos de infância eram, e continuam sendo, muito conservadores. Eles acham incrível que minha fase de revolta nunca passe, e eu acho incrível que eles possam passar a vida toda sem um pingo de idealismo. Discutimos, evitamos alguns assuntos, usamos muita ironia e humor, e vamos levando.
Agora, se tem gente que vai te apontar na rua por ser feminista? Nessa rua imensa que é a internet, vai ter sim. Vai ter gente que vai querer te trollar unicamente por você ser feminista. Mas, e daí? Vai ter gente querendo te trollar unicamente por você ser mulher. The movement you need is on your shoulder, já dizia Hey Jude. Dê de ombros. A maior parte das pessoas que não vai querer contato com você por causa das suas posições ideológicas é gente com quem você não ia querer contato mesmo.

53 comentários:

Hortensia Hernández disse...

queridas mujeres , segun Dalai Lama las mujeres "ocidentales" debemos salvar el mundo . Se refiere no tanto al lugar de origen sino a su cultura y situación vital . No podemos aceptar sociedades no democráticas con distintas exigencias según el genero . Les animo a participar en este camino de compartir y cambiar lo que no seria posible sin conciencia. abrazos

Alexandra disse...

Acho que entendo a Carla. No meu caso, é um pouco diferente porque eu vivo num ambiente onde a maioria das pessoas é muito engajada com várias causas: feministas, raciais e tantas outras da mesma importância.
O meu problema é dentro da minha família, que é extremamente conservadora, preconceituosa e machista. O casamento, para as mulheres da minha família, é um objetivo. E a virgindade, é motivo de orgulho a ser cantado a quatro cantos. Mesmo assim, eu procuro enfrentá-los. Claro que é cansativo e muitas vezes (a maioria delas, na verdade) não vale à pena porque são pessoas que não estão dispostas a ouvir a sua opinião, como disse a Lola. Nos dias que estou mais calma, finjo que não escuto, faço uma piadinha, rebato, saio andando. Em outros, eu compro briga. E você não tem idéia de quanto isso afeta o meu convívio com a minha família. Mas eu faço questão de deixar clara minha posição, mesmo sendo ridicularizada por ela o tempo toda. Sou a ovelha negra, a esquerdistinha, a que nunca vai casar porque que homem vai querer uma mulher assim! Como se eu estivesse numa prateleira esperando pra ser escolhida por um homem incrível que vai poder pagar uma empregada pra que eu não tenha que fazer todo o trabalho de casa sozinha. Olha que legal! Na verdade, tenho uma tia que sempre se orgulhou porque ela pagava a empregada com o salário dela, e não com o do marido, porque, afinal de contas, a empregada estava fazendo um trabalho que ela (a minha tia), deveria estar fazendo. Então, nada mais justo do que o ônus financeiro também ser dela. Tsc.
Bom, são só exemplos. Mas acho que você vai acabar aprendendo a lidar com isso.

Anônimo disse...

Olha, tem pessoas q eu gosto muito e são ultra reaças (sou feminista) e tb faço como a Lola: evito alguns assuntos, uso de humor e sarcasmo pra rebater outros... Faço ouvidos mocos pra certos comentários e pessoas... E quanto nada disso dá certo eu faço como a feminista cansada: recorro à um docinho.
Estou sendo exposta e rotulada inclusive por colegas de luta. Mas me mantenho firme e vejo pessoas lindas como vocês e não desanimo.
Eu saí do armário há pouco tempo também, mas eu acho q sair do armário (pelo menos pra mim) foi uma coisa mais gerundiana: eu abri a porta, olhei o q havia do lado de fora...coloquei os pés e partes do corpo aos poucos até sair completamente.
Acho q você deve fazer as coisas no seu ritmo e au seu tempo, não dê ouvidos à quem ousar questionar seu feminismo porque ele não está dentro do 'ideal' (é, se vc ainda não encontrou, vai encontrar uma penca de gente que vai querer te ensinar a militar, te colocar como louca e histérica - pq é isso q as feministas são ..rs- , gente q inclusive é bem reaça). Tudo isso vem pra nos desanimar, mas não desista. Estamos todas aqui, no micro mais próximo. <3

Pili disse...

Eu fui assumida feminista, e só depois me assumi.

É que desde criança tentaram usar de força e de autoridade comigo pra me fazer entrar nos padroes, na ordem natural das coisas.Até aí, normal, foi assim com todas nós. Mas graças a Buda eu sempre soube que os tais padroes eram falsos. Porque, oras, se era necessario violencia e obrigação pra que as coisas ficassem assim, entao é porque elas nao eram tao naturais quanto estavam me dizendo.
E claro que essa minha resistência a ser violentada, opa quer dizer, ser educada, rs, fazia as pessoas se irritarem.
Eu demorei um bocado pra descobrir que quando as pessoas me punham a alcunha de feminista era porque elas queriam me xingar. E talvez eu nao tivesse percebido que pros outros isso é um xingamento se eles nao dissessem junto uma serie de outros xingamentos covardes e pesados.
Enfim, a medida que fui crescendo nunca achei importante me entitular feminista porque eu achava que os outros já faziam isso por mim. E porque eu achava que as minhas falas e ações eram mais importantes que um nome.
Hoje em dia eu vejo que distanciar as minhas ações deste nome também me distancia de tantas outras pessoas deste movimento. E isso também é uma forma de enfraquecer. Uma forma bastante intencional, fomentada desde as primeiras vezes que @s primeir@s reacionár@as "xingaram" as primeiras feministas.
Bom,
Hoje em dia eu sempre respondo com surpresa quando me chamam ou perguntam se sou feminista:
"Claro, ué! Você não???"

Beijos, e boa sorte pra sair do armário.
Vale muito a pena!!!! ;)

Bruno S disse...

Essa parte de colocar sua visão de mundo, que sai do senso comum, é difícil sim.

Como a Lola disse é muito cansativo ser miltante o tempo todo.

Além de cansativo acho que também há o risco de nos tornarmos pedantes.

Acho, por exemplo, que diante de algum comentário preconceituoso muitas vezes um comentário que cause um desconforto no outro funcionará melhor que uma descompostura.

aiaiai disse...

Carla,

Feminista você já é certo? Então, falta sair do armário. Não precisa sair do armário brigando com todo mundo, mas pontuando a sua opinião quando necessário.

Eu falei em sair do armário porque me lembrei do Harvey Milk (viu o filme?). Ele foi o primeiro ativista homossexual a pedir para que as pessoas que fossem gays e lésbicas se mostrassem. Para ele, ao fazer isso, a sociedade perderia o "medo" ou "desrespeito" por eles. Pois veriam que conheciam pessoas homossexuais e elas eram iguais às outras: filhos, amigos, familiares, professores, médicos, vendedores, etc. E isso acabaria com a ideia de que os homossexuais eram monstros perigosos e pervertidos que devíamos manter longe das crianças.

É a mesma coisa com as feministas. Nos atacaram (o famoso backlash) quando estávamos começando a ganhar terreno na luta pela igualdade. Daí ficou nas últimas gerações essa ideia de que feminista é aquela mulher que não conseguiu se dar bem com os homens (por ser feia, peluda,mal humorada, etc) e, por isso, quer destruir o "maravilhoso" patriarcado.

Eles estão inebriados com essa ideia, mas se você explica que quer apenas que as mulheres tenham o mesmo direitos dos homens, ninguém tem coragem de dizer na cara dura q você tá errada, né?

Por isso, digo p você sair do armário. Qd as pessoas virem que você é uma mulher bem resolvida e ainda assim é feminista, vão ficar confusas. Mas, aos poucos a gente vai se mostrando e eles vão compreendendo e a luta vai crescendo.

um texto sobre o Milk pra quem não conhece:
http://thonnyhawany.blogspot.com.br/2009/10/harvey-milk-um-simbolo-de-luta-e-de.html

Mariane disse...

Eu me reconheço feminista bem nova, talvez uns 11 ou 12 anos de idade.Passei muito tempo no armário, com medo das críticas.Aos poucos fui criando coragem de reagir.Até já passei um pouquinho dos limites, talvez porque tenha passado tanto tempo me tolhendo.Mas ainda hoje não sou e ajo exatamente como gostaria.Muitas vezes me calo e depois me arrependo de não ter dito nada.Mas é como a Lola falou: não dá pra combater todo o tempo.
Coragem querida, você vai se sentir muito bem quando começar a reagir!

Camila Strongren disse...

off post:

Já viram, esse novo comercial da nike? Eu particularmente gostei.

Talvez oq mais pegue, é que a maioria desses protagonistas representando a "grandeza" sejam figuras masculinas, e valorizam só um tipo de sucesso: sucesso no esporte (mas tbm, a nike é uma marca esportiva e isso é um comercial).

Mas acho que já é um começo falarem que o sucesso é consequência de atitudes humanas e não de uma força sobrenatural.

Acho que já é um começo de mudança de mentalidade. O que vocês acham?

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=KiDhb9Sf7zM

Anônimo disse...

Sendo uma lésbica misândrica.

Anônimo disse...

Sou so feminista nos atos mesmo.Mas nunca me auto-titulei feminista.Nao me importo me chamarem assim.

Vivi disse...

Eu acho que estas dúvidas de como estar na contracorrente no cotidiano sempre passa por nossas cabeças mesmo. Inevitável.
Inevitável não querer ser xingada, não querer ser considerada chata, querer ser aceita, querida..talvez faça parte mesmo isso. Fomos criadas para sermos "queridas e agradáveis".
Mas, se para ser aceita e bem quista (familia , amigos) precisamos aceitar a visão machista de mundoe dizer amém pra isso? Não nunca!
Eu entendo que há várias situações, e a contradição faz parte de todas nós, por isso vai ter situações que não vamos expressar toda nossa opinião.Normal isso.
Não dá pra discutir todo tempo, e isto nao faz de ninguém menos feminista. Ser feminista não é debater todo momento. è tentar lutar contra opressão, no cotidiano tb, mas dizer que iremos brigar com TODA a fala machista que escutamos, assim nenhuma mulher conseguiria viver.
Para isto que temos e precisamos da lutta polítca coletiva, de passeatas, de mobilizações.
Não há- a meu ver- luta política que seja plena e alcance seu objetivo se for uma luta individual, no micro, a união e a coletividade que nos fará forte!
Acho que a autora ainda sente um pouco, incoscientemente, de uma vergonha, resquício da ideologia de que ser feminista não é tão bom e toda negatividade relacionada ao feminismo.
Desculpe se estiver errada.
Mas digo, tenha orgulho de você Carla! Ser feimista é motivo de orgulho! Não precisa sair aí batendo boca com todos, não se trata disso. Trata-se de assumir no mundo e de sua visão de mundo e luta que pode desenvolver a partir disso!
Como conselho: no que puder (porque nem tudo dá) fuja de pessoas machistas, mesmo que seu circulo de amizade se reduza. Brigue de uma vez com a familia machista que eles não vão mais te pertubar. Antes ser "rotulada" de feminista e fazerem eles tomarem cuidado com o que diz perto de vc do que o strsse de mediar cada situaçaõ e comentário chato.
Prefiro ser a chata da familia e do trabalho do que passar stress.
E digo, vc se acostuma facil com isso de ser chata, não liga não...rsrs

Bjos

Elaine Cris disse...

Acho que não dá pra dar murro em ponta de faca, porque além de não adiantar nada, nos desgastamos à toa.
Então em relação ao meu feminismo, não escondo de ninguém minha forma de pensar, dou minhas opiniões e pronto, mas não entro em discussões inúteis quando percebo que o interlocutor não vai mudar de ideia ou está apenas querendo provocar ou irritar.
Apresento meu ponto de vista e não me importo de encerrar conversas ou até dizer que não concordo com aquilo e sair de perto se os comentários machistas começam. Se a pessoa não gostar ou se ofender, o problema é dela, não é meu.

Camila Strongren disse...

Lola, o que você acha de mais essa do Rafinha Bastos?

http://www.insoonia.com/wp-content/uploads/2012/12/rafinhaVsLucianoHUCK.jpg

Camila Strongren disse...

lembrando que a declaração do Rafinha gerou mais um processo:

http://f5.folha.uol.com.br/celebridades/1195155-luciano-huck-acionara-rafinha-bastos-na-justica.shtml

Anônimo disse...

Cara, é foda. Quando eu to entre amigos, em locais descontraídos, sempre tento puxar a orelha de quem "sai da linha", mas tento andar com uma galra que tem a mente aberta e um pensamento mais avançado do que esses clichês machistas da sociedade. Mas quando se trata de ambiente profissional, faculdade, etc., ou até família, a coisa fica diferente. Não que eu me importe com o que vão pensar de mim: mas o que eu disser pode e será usado contra mim. No trabalho principalmente. Não dá pra arriscar a vida profissional, mesmo que seja justo, mesmo que você tenha o direito. O que eu faço é aquela cara de cu quando fazem piadas machistas (meu instrutor da auto-escola acha que sou mau-humoradíssima). Rir com eles vai fazer eles contarem mais piadas. Mas fazer cara de cu desencoraja. Mas é bom sempre ter uma boa resposta na ponta da língua, porque quando eles resolvem todos juntos zoarem com a tua cara, é bom dar uma rasteira e mostrar que feminista que é feminista sabe se defender porque tem argumento. Por favor se assuma. Nem que seja aos poucos. Nem que seja exigindo que seus colegas de trabalho parem de falar sobre assuntos "masculinos" (geralmente nojeiras sobre o corpo feminino), mesmo se for só quando estão perto de você.


Ass: Lígia.

Anônimo disse...

Lola , o q vc acha nós as feministas somos como os primeiros cristãos, as vezes temos q recolher a nossa crença mas por dentro temos a chama sempre acesa e quando nos encontramos,tipo nesse blog é só alegria de estar em meio a mulheres e alguns homens q já conhecem a verdade:MULHER É SER HUMANO TBM!

Anônimo disse...

Eu acho que o feminismo tende a favorecer a todos ao contrário do que seus opositores dão a entender. Sempre gosto de fazer gentilezas (como abrir portas, oferecer frente quando necessário, etc.) independente de ser para um homem ou uma mulher, o que já me rendeu o título de de cavalheira, e por que não?! Troco o pneu do meu carro e obrigada, mas não preciso de um macho disponível para fazer os trabalhos considerados masculinos, troco lâmpadas, pinto parede, carrego peso se necessário (afinal as mães também não são capazes de carregar seus filhos?). É injusto deixar toda a responsabilidade econômica cair sobre os ombros do homem se a mulher pode e quer trabalhar. Também apóio quando ambos acordam que 1 dos parceiros pode dedicar-se ao lar, que é igualmente trabalhoso. Desta forma acho correto defender opiniões feministas, mas como a Lola mesmo colocou, não me expor em um ambiente muito hostil, melhor, nestes casos, agir pelas beiradas.

Anônimo disse...

Me vi no desabafo da Carla... Vivo exatamente o mesmo momento...

kaa (Uma Bostoniana) disse...

Acho lindo a forma que vcs tratam o feminismo de vcs, afinal desde muitos tempos as mulheres vem lutando contra o machismo e sua liberdade na sociedade, e fico feliz por ver que ainda tem muitas mulheres que lutam por isso, mesmo que sejam em seus dia-a-dias ou através de meios de comunicação... Eu sou sempre contra o machismo e quase sempre (quando possível) imponho minha opinião..
Nunca me assumi feminista por razões de ignorância (eu acho)minha... pois a palavra feminista sempre me veio a cabeça como machismo ao contrario, e como sou contra o machismo, sempre achei que o feminismo, seria como o preconceito ao contrario! afinal acho que os direitos devem ser igual para todos... sim creio que um equivoca entre as palavras, né? Bom é isso...

Naiara disse...

quando tô conversando com amigos e surge conversas do tipo, eu exponho meu ponto de vista. mas tenho medo de expor minhas opiniões no facebook e virar alvo, sabe? eu nem tenho tantos amigos assim de facebook, mais o pessoal da faculdade e amigos mesmo, mas me sinto insegura. eu constantemente compartilho textos daqui e outros blogs feministas, mas de vem em quando bate um medinho. acho que é mais reação minha que medo justificado, não acho que alguém que eu conheço me machucaria, mas nós nunca temos como saber, não é? mas meus amigos sabem que eu sou feminista, e quando o assunto surge em uma conversa de facebook, não tenho problemas em me assumir. até hoje não tive muita repercussão, fora uma amigo (amigão mesmo) que achou engraçado (e eu percebo que ele é da galera que acha que feminismo não tem mais propósito) e achou legal postar uma foto me taggeando de uma mulher fazendo a barba, legenda "feminista". fiz uma brincadeira, mas não tenho muito pavio pra essas coisas.
entendo como deve ser difícil se a situação é empregadx / patrão, ou alunx / prof. felizmente, ainda não tive de lidar com isso.

Mariane disse...

Hoje vejo que reagir verbalmente ao machismo é até mais fácil que com ações. Por exemplo, eu ainda sou a principal responsável pelos afazeres domésticos embora trabalhe em tempo integral. Meu marido faz o mínimo; filhos idem. E eu que detesto bagunça e fui criada para o lar, acabo fazendo o que seria dever deles!

Gabriel disse...

Isso de se definir como feminista não é fácil. Boa parte das vezes se você excluir as palavras "feminismo/feminista" da sua opinião ela será melhor aceita ou ao menos levada a sério. O triste que essa é uma saída ruim pra questão.

O certo seria dar a cara a tapa, mas pra quem (igual a mim) encontra dificuldade de nas relações sociais falar abertamente, uma saída pode ser levar os argumentos feministas contextualizados, ou por meio de ironia, sarcasmo ou humor.

Nem sempre dá pra levar isso de forma descontraída. Claro que às vezes você quer tocar na ferida, levar a conversa pra outro patamar, e ai ser claramente identificado como feminista. Nesse caso, cada um sabe o que é melhor fazer. Eu particularmente evito engrossar em discussões familiares, pois no geral são as mais penosas mesmo.

Anônimo disse...

Boa noite, Lola!!!
Já viu?
http://www.hypeness.com.br/2012/11/fotografo-registra-a-realidade-de-fukuoka-uma-ilha-dominada-pelos-gatos/

Bjs!

Anônimo disse...

0la lola e carla! a história me deprimiu. Eu sou um garoto que sempre foi feminista,deve estar penssando que sou arrogante em dizer isso,mas não! afinal até uns 4 anos só fui criado por mulheres! Quanto ao seu caso,acho que o principal são as ações, esses dias mesmo eu estava cuidando de umas crianças,quando os meninos começam a brincar de carrinho,e queriam deixar a marina de fora,pus ela na brincadeira e ela se divertiu muito! tudo e um resumo,mas oque te da ódio também me dá.uma dica, veja o quanto vc tem a perder por falar,pese os pros e os contras e pronto! lembre-se somos iguais e vc é uma mulher, mas assima disso e uma pessoa com sonhos!

ass arthur+1verme

Julia disse...

Acho que temos de ser feministas nas ações. Os ignorantes (machistas) não estão muito interessad@s em discurso. Vc não precisa dizer pra todo mundo que é feminista, vc tem que agir como uma. E aos sons@s que perguntarem - Vc é feminista???, como se estissem falando com uma leprosa, responda como já foi dada a sugestão - Claro que sou! Vc não é?

Eu sempre achei que feminista é o mínino que as pessoas tem de ser. Assim como não serem racistas ou homofóbicas. É o mínimo, sabe? Eu não aceito menos que isso das pessoas que me rodeiam. Eu sei que é muito difícil não ser machista em algum grau (afinal fomos (quase) tod@s criad@s para ser), mas sabe aquele machismo intolerável? Eu não deixo passar. Saio de perto e não dou nem bom dia mais.

Anônimo disse...

..gostaria de acrescentar que o feminismo é uma desconstrução da opressão em relação a mulher e seu corpo. Faço grupos de empoderamento e lamento constatar que ainda são poucas as mulheres que conhecem a história da mulher. As mulheres ainda falam com um discurso contaminado pelos homens, que não são o foco da nova sociedade, portanto não deverima pautar nada no feminismo...elas temem o feminismo...então aprendi a explicar para elas que muitos são os feminismos...isso as deixa menos defensivas. Apoio sua atitude!!! Perseverança...determinação sempre!!! bjsl

Anônimo disse...

Você deve se afirmar como feminista, feminismo não e um retiro de fim de semana, não podemos querer derrubar o patriarcado sem escolhermos um lado, mulheres que dão risinhos para o patriarcado, estão alimentando um padrão, se você defende um 'feminismo café com leite' limpinho cheirosinho, beleza: Saia do movimento feminista. Você acha que para acontecer uma "revolução socialista feminista" (por assim dizer)não podemos mudar uma sociedade feita por homens simplesmente fazendo parte dela, sendo absorvidas pelo capitalismo, que causa toda a objetificação feminina, devemos o que quanto a isso ?, enriquecer mais? Xs socialistas devem se tornar patrões/patroas? Devemos fortalecer o padrão patriarcal, mesmo que seja por baixo --logo obedecendo "não-socialista"-- para que de repente façamos dessa força uma força de esquerda? Devemos nos tornar policiais, agentes repressivos, pra depois que mudar, muda tudo? Devemos nos render ao trabalho capitalista?
É isso? Porque é assim que eu vejo quando uma feminista quer se tornar empresária, ou viver bem com os agentes de uma sociedade machista, seja no trabalho, comunidade ou na família ( que não passa de mais uma construção social, para oprimir). Se for isso que você pensa por resistência, lindo-maravilhoso. Mas discordo completamente.

O feminismo deve se opor de forma total a tudo o que esta ai,não vamos mudar a sociedade com mulheres extremamente preocupadas com o que os homens pensam ou dizem sobre elas. como diz bem um cartaz da marcha das vaias de Boston :
" Este e um mundo feito por homens, vamos destrui-lo"

luci

Anônimo disse...

Um dia eu percebi que o meu incômodo em me assumir feminista era o fato de que é ridículo que em pleno século XXI ainda precisemos do feminismo.

Mas infelizmente, ainda precisamos, ainda temos muito o que lutar.

Unknown disse...

Feliz ou Infelizmente hoje em dia as pessoas não são mais tão atrevidas fora da Internet, caso te assumas publicamente feminista militante, o mais provável é ouvires algo do tipo "Sou contra machismo e feminismo" ou "Não gosto de nenhum ismo" e ficar por isso mesmo.

Luciana disse...

Me identifiquei bastante com a Carla. Eu também me considero feminista, só que tenho receio de “sair do armário”. Cansa revidar ou ouvir pessoas acham que o mundo é assim e que minha revolta irá passar. Doí ver pessoas instruídas com discursos que Lei Maria da Penha é desnecessária, afinal tem mulher que bate em homem. Que feminismo não deveria existir, pois as mulheres já alcançaram esses diretos. Em hangout (com pretexto de estarem conversando entre amigos ¬_¬, mas que divulgam e disponibilizam o vídeo) fazem posse de “bom moço” em relação à morte da Amanda Todd, mas que ridicularizam a jovem que teve fotos intimas espalhadas pelo ex-namorado e que entendem a atitude do cara. 'É só uma piada', repetem os seguidores e simpatizantes do comediante, mas se esquecem de que piada é política. Estes que mostram o rosto reforçando o racismo, homofobia e misoginia, estão escondidos por trás da máscara chamada hipocrisia e comodismo.

Karla Shimene disse...

Eu já discuti com muita gente, já me estressei e até chorei de raiva. Mas agora faço como a Lola, deixo algumas coisas passarem. Se eu for falar tudo o que eu penso sobre o pensamento machista escroto de pessoas com quem convivo, vou acabar me afastando de todos. Infelizmente eu conheço só uma pessoa feminista e só com ela posso compartilhar minhas idéias e ter conversas inteligentes. Mas nem sempre a vejo.
O que mais me irrita, são as regras que essas pessoas impõe. Onde eles compram o Manual de Regras da vida?

Cissa disse...

Eu não veho problema nenhum em certas revistas femininas. Algumas são de mulherzinha,mesmo, mas a maioria está mudando. A Claudia, por exemplo, é uma revista que fala de comportamento,de sexo, de profissão, de família, de cuidar dos filhos, sem colocando a mulher no foco, como dona de todas as suas atitudes. Outro exemplo: na Gloss do mês passado teve uma matéria sobre os benefícios da masturbação (veja:uma forma de se auto-satisfazer!). E não vejo problema em matérias do tipo "como enlouquecer seu homem na cama". Ué, são dicas apenas, não regras. E em revistas masculinas tipo Men's Health e VIP também tem matérias assim ("o que qla gosta na cama"). Portanto, cuidado com extremismos....

Anônimo disse...

"A maior parte das pessoas que não vai querer contato com você por causa das suas posições ideológicas é gente com quem você não ia querer contato mesmo."


AhazoooO

Anônimo disse...

"E tem gente que tem muito orgulho de sua ignorância e não vai mudar" Ai Lola, você é demais!!!

Anônimo disse...

Engraçado este pist agora, eu acabei de escrever uma carta, me apresentando para uma pessoa que não me conhece, e em determinado ponto eu digo que sou feminista. Acho importante essa afirmação, porque é o que tira qualquer possibilidade de alguém tentar me ofender usando esse termo, eu já sei, já disse que sou, visivelmente não tendo esconder e não me envergonho, é óbvio que eu não vou ficar ofendida se alguém me chamar de feminista, ou vadia, ou qualquer coisa que eu seja e não me envergonhese ser.

Liana hc disse...

Eu também sou da opinião que ser feminista é o mínimo, junto com não ser racista nem homofóbico. Tem gente que concorda com esses posicionamentos, mas não quer assumir o rótulo, por n motivos.

Você parece estar se cobrando demais, e se sentindo culpada por não corresponder às expectativas que criou para si e se irritando com os outros por eles não corresponderem às expectativas que você criou para eles. Não somos perfeitas, nem os outros são.

Cada um sabe de si. Penso eu que tudo na vida tem consequências. Assumir-se feminista tem consequência, não se assumir também. Vai do que cada um pode e quer lidar no momento. Há um processo aí, e o seu processo de tornar-se feminista precisa ser respeitado. No dia-a-dia precisamos escolher as nossas "batalhas", do contrário a vida se torna cada vez mais insuportável e, no final das contas, todos nós precisamos seguir em frente com um mínimo de satisfação naquilo que fazemos. Precisamos de equilíbrio, entrar em um acordo com nós mesmas pra poder tocar o barco de forma mais tranquila.

Talvez o problema não seja o que você (ou os outros) está fazendo com o seu feminismo, mas o que você não está fazendo com a sua vida de um modo geral, e que está se manifestando dessa maneira. Eu acho que a gente só se irrita quando há desequilíbrio na nossa vida, algo que não estamos realizando, suprindo. É possível discordar e participar de uma ideologia, ser consistente, sem se desgastar, sem "perder a fé" na humanidade, sem nos torturarmos, sem nos infelicitarmos no meio do caminho. A solução para isso não está nos outros, está na gente e nas escolhas que fazemos com a nossa consciência, sem a arrogância de cobrar perfeição e não tolerar os tombos e desacertos. Não há fórmulas, receber apoio do grupo ajuda e muito, contudo o caminho em si é individual.

Sara disse...

Carla tudo q te irrita me irrita tb, bem vinda ao clube!!!
Assumir o feminismo não vai te deixar incólume, embora a Lola diga q não perdeu nenhum amigo, isso não é pra todas, eu preferi perder alguns, (q não estão me fazendo a menor falta).
O feminismo não vai te trazer muitas alegrias, pois ficamos mais atentas a porção enorme de injustiças que são reservadas as mulheres, realmente a IGNORÂNCIA nesse sentido é uma benção.
Mas desistir de lutar pelo q eu acho certo, me anularia completamente, por isso vou em frente.

Anônimo disse...

"E tem gente que tem muito orgulho de sua ignorância e não vai mudar"
-
Se vocês mudarem a sociedade, o que pretendem fazer com elas ?
Estas monstruosas pessoas que tem uma vida particular tradicional.

Leio Lola Leio disse...

A Carla falou de tanta coisa que eu também penso e sinto!

Lud disse...

Quando me chamaram para ver Matrix, pensei: ficção científica com Keanu Reaves? Que horror, vai ser outro Johnny Mnemonic!

Eu estava errada. Matrix é ótimo, e virou um dos filmes meus favoritos (sendo que eu prefiro ignorar as continuações).

De fato, nem sempre é fácil assumir nosso feminismo. Mas olha, a vida é feita de momentos difíceis. E nem por isso deixamos de enfrentá-los!

Força aí!

Anônimo disse...

Dizer que mulheres são mulheres são "estupradas, vilipendiadas e desrespeitadas" em filmes pornográficos é bastante exagerado. Estupro é sexo sem consentimento, e atrizes pornográficas participam desses filmes voluntariamente, por dinheiro. É um trabalho como qualquer outro, e condená-lo é até preconceituoso de sua parte.

D disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mirella disse...

Aquele momento estranho em que você fica olhando para baixo para fingir que não tá quase chorando.

Anônimo disse...

ANON 12:54, concordo com vc. Elas estão sendo pagas, aquilo é uma encenação. São atrizes, embora muitos as chamem de prostitutas. Elas não estão sendo estupradas. Mas a minha preocupação é: quem gosta desse tipo de filme/vídeo?; Porque gosta?; A quem agrada essa violência?; Por que ela é tão comum na pornografia?

Um dia desses eu assistia um programa num canal a cabo e um rapaz de 15 anos mandou um e-mail perguntando a um grupo de homens de mais de 30 anos se ele aprenderia a fazer sexo assistindo filme pornô. Eu ri da ingenuidade do rapaz e pensei comigo que a resposta era "claro que não". Pois o meu choque foi que os caras lá responderam que sim! Ele aprenderia a fazer sexo assistindo pornô! Mas o que se aprende assistindo pornô? Em que buraco meter? Acho que isso todo mundo já sabe, não?

Unknown disse...

Esse post veio na hora certa para mim, porque essa semana mesmo aconteceram coisas que me deixaram muito triste. Não escondo de ninguem as minhas opiniões, e uma amiga que eu considerava muito postou no facebook uma imagem daquelas tipicas falando que "sou a favor da igualdade, menos quando meus privilégios são retirados" Me senti extremamente agredida, até porque respondi que não é bem assim e acabei me envolvendo numa discussão quilométrica. Passei dias pensando nisso, me sentindo invadida por ser agredida gratuitamente por defender que mulheres tem os mesmo direitos e deveres que os homens.

Morg. disse...

Ha Lola, muito obrigada! Você respondeu tudo que eu queria perguntar.
Digamos que eu estou saindo da minha zona de conforto, onde todos os meus amigos são esquerdistas, uma boa parte é homossexual e por tanto, muinhas idéias feministas nunca abalaram ninguém. Porém, eu também sou motociclista, eu e meu marido. Sempre viajamos sozinhos, curtindo so nos dois, nunca sentimos necessidade de fazer parte de um motoclube, ate por que o único que existe aqui na cidade (Sobral-ce) são só de filhinhos de papai, e gente que quer mostrar a potencia e custo monetário das motos acima de tudo. No inicio desse ano, conhecemos um outro motoclube de fortaleza e estamos quase entrando pra ele.
Com a convivencia percebi como o meio motocliclista é cheio de machistas e preconceituosos Lola, claro que nesse motoclube específico são dois ou tres assim, ate por que se fosse o contrário não estaríamos quase fazendo parte dele, mas, muitas e muitas vezes eu tive que engolir seco, pela harmonia do clube não brigar mesmo com alguns. E não são pessoas que eu poderia chamar de alienadas ou sem instrução, não. Todos formados, ganhando seus 5 mil por mes, ou mais (o que pra mim é muito), diga-se de passagem que eu serei a primeira mulher de fato a fazer parte do motoclube, as outras que viajam ou vão nos encontros , são as esposas e namoradas e só.
Tenho exercitado MUITO minha paciência, é dificil de mais não ser compreendida, ser provocada.
Tenho procurado ver o motoclube como uma pequena amostra do mundo: a maioria é legal, e uma pequena parte é quase insuportável. E me desafiar a não voltar pra minha zona de conforto, como escrevi lá em cima.
Não dá pra comprar todas as brigas do mundo o tempo todo realmente.

Lana disse...

Não assumo o meu feminismo.
O meu trabalho é de formiguinha. Em 15 anos consegui com q homens revissem q suas atitudes são condicionadas pela sociedade.
Pra mim é o q vale, eles saírem do modo automático e repensarem pq agem assim ou assado com uma mulher.

Feminismo pra mim é só uma palavra, o significado foi tão pervertido q virou MxH, é assim as pessoas entendem qdo vc pronuncia, "guerra".

Para mim o q vale é o resultado.



Anônimo disse...

Já viram uma página que se chama "mulheres contra o feminismo" (?) KKKKKKKKKKK
E todas elas votam, devem usar métodos contraceptivos, devem detestar violência...realmente adoro pessoas 'bem informadas'

* disse...

Sou feminista desde que eu tinha uns quatro anos, quando meu primo ganhava carrinhos de controle remoto (q eu sempre achei legal) e eu panelinhas e frigideirazinhas.
Ou quando eu cresci mais um pouco e quiseram enfiar na minha cabeça que se eu não soubesse fazer serviço de casa, seria uma fracassada.
Ou quando meu primo podia sair sozinho e eu não, pq era "menina".
Ou talvez desde que o médico disse à minha mãe que o bebê que ela esperava era menina.

Leitor_chato disse...

me irrita que nesses blogues feministas está escrito o tempo todo:

"todxs"
"elxs"
etc

mas nunca está escrito "estupradorxs"

para essa palavra, tem que marcar gênero, né?

já sei! será porque 90% dos estupros é cometido por homens? Legal, agora vamos escrever sempre "agressorAs de bebês", porque 90% das agressões contra bebês é cometida por mulheres.

Allice disse...

Tem gente que só é contra o feminismo porque não quer perder a empregada doméstica ou o camelo/burro de carga que trabalha pra pagar tudo!
Quando dividimos tarefas ao meio tudo fica mais fácil, ambos têm tempo pra trabalhar, se organizar, namorar...

Priscila disse...

Anônimo disse...

Se vocês mudarem a sociedade, o que pretendem fazer com elas ?
Estas monstruosas pessoas que tem uma vida particular tradicional.

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Como assim "se"? ;-)

Anônimo disse...

Boa tarde. Sou leitor assíduo deste blog. Gostaria que você fizesse uma análise crítica desta nova HQ www.revoltahq.blogspot.com.br/p/capitulo-3.html, que tem como tema principal a reação de um grupo de amigos à situação política brasileira atual. São abordados (declaradamente o de modo subliminar) temas como corrupção, armamento, sexismo/machismo, poder, assassinato, drogas etc. Através desta publicação, percebe-se claramente um conservadorismo latente nos nossos jovens e a obediência cega à mídia (a "revolta" proposta no título foi bastante incentivada pela mídia de direita, especialmente contra os acusados no caso do mensalão). Esta é a minha sugestão para mais um post interessante. Obrigado.