Aqui nos EUA toda última segunda-feira de maio é feriado nacional, Memorial Day, em que se saúdam soldados americanos mortos em guerras. Como o país promove muitas guerras, realmente deve ter muitos mortos pra homenagear. As ruas se enchem de vermelho e azul, e suponho que o número de bandeiras vendidas só rivalize com o de 4 de julho. Inicialmente o Memorial Day foi criado pra celebrar os mortos na Guerra Civil, mas logo foi estendido pra todas as atividades bélicas de que o império participa. No quadrinho de 1900, a legenda mostra o menino dizendo: “Pode apostar que eu também serei um soldado quando crescer, como meu tio David”. Sim, e pode apostar que os EUA vão sempre precisar de soldados.
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4 comentários:
É triste ver como em pleno processo de globalização, que eu creio que jamais termine, aliás, nem quero que termine se continuar seguindo os moldes de hoje onde globalização quer dizer ocidentalização (pra ser mais abrangente), ainda existam nações bélico-expansionistas como os EUA.
Celebrar seus heróis de guerra é um direito de qualquer nação, mas tal celebração perde sentido quando tais heróis são como peões de um grande jogo de xadrez interminável.
Qual a lógica de se exaltar mortos numa ocupação que visa o controle de fontes petrolíferas, ou de uma ocupação que tem como sentido recuperar o orgulho ferido?
mulher de deus, que delícia de blog!!!
Ahn, Liris, a globalização só existe por causa dos EUA. Faz parte do processo de "expansão" deles. Eles são um império diferente, não fazem questão de conquistar territórios. Só querem que o mundo cumpra as vontades deles. E quando um paisinho não cumpre, usam seu grande exército. Mas é mais barato e eficiente pra eles ter líderes antenados com sua política. Por isso que aqui na América Latina, por exemplo, eles estiveram envolvidos em TODOS os golpes militares: Brasil 1964, Chile 1971, Venezuela 2002 etc.
Pra eles todos os soldados americanos são heróis, porque lutam e morrem pela pátria e permitem que os EUA mantenham o American way of life. Obviamente o resto do mundo não tem motivos pra homenagear o exército americano. Mas os americanos têm, e precisam. Celebrar soldados é garantir que novas gerações continuem "lutando pela liberdade".
Oi, Fal, que bom que vc gostou! Apareça sempre, vamos trocar figurinhas. Que honra vc aparecer por aqui. Sei que o seu blog é um dos bambambans!
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