sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

PIORES FILMES DA DÉCADA – SEGUNDA PARTE

A reação do Al Pacino em 88 Minutos é compreensível.

Continuo aqui minhas lista dos piores filmes desta década que vai de 2000 a 2010 (primeira parte aqui).Pior filme de um vencedor do Oscar: Faz tempo que Nicolas Cage não escolhe bem seus papéis e atua no piloto automático, mas a década de 00 foi cruel com ele. Tudo bem, ele fez o excelente Senhor das Armas (05), e os bons Adaptação (02) e Torres Gêmeas (06). Mas perto de algumas outras escolhas, até Motoqueiro Fantasma (07) ganhou aura de “não é tão ruim assim”. Difícil decidir qual foi seu pior filme: se 60 Segundos (00), O Vidente (07), O Sacrifício (06, remake de Wicker Man, clássico dos anos 70), ou Presságio (09). E olha que fiz questão de não ver A Lenda do Tesouro Perdido!Eca! Cena mais asquerosa: Certamente houve vários momentos que me fizeram fechar os olhos pra evitar o trauma, mas acho que os piores são os mais frescos na memória: sujeito comendo um polvo vivo no sul-coreano Oldboy (03; muita gente ama esse filme e o coloca em listas de melhores da década. Eu achei interminável e nojentão). E, claro, clítoris sendo cortado em Anticristo (09). Saber Quando Parar é uma Virtude. As piores sequências: Tudo que lembro de Exterminador 3 (03) é que a tradutora pro português caprichou numa legenda, fazendo a mocinha dizer pro herói “Você é um m****!”, e o cinema veio abaixo. Não é um bom sinal. Ganha um prêmio quem entender o ponto das duas sequências de Matrix (03). Bridget Jones 2 – No Limite da Razão (04) conseguiu não apenas não ser engraçado, como incluir uma sequência racista passada numa prisão tailandesa. E ninguém, nem mesmo a Sharon Stone, precisava de um Instinto Selvagem 2 (06). Defitivamente Não Vale a Pena Ver de Novo, ou os piores remakes: Foram muitas refilmagens totalmente desnecessárias que deturparam o original. Três só com a Nicole Kidman: Mulheres Perfeitas (Stepford Wives, 04), A Feiticeira (05) e Invasores (07). Sofríveis também foram Planeta dos Macacos (01), Máquina do Tempo (02) e A Profecia (2006). Difícil escolher o remake mais sem sentido.
Troféu Continua que Tá Doendo: A década foi próspera num gênero sádico apelidado de torture porn, que exibe closes de mutilações e tortura. Eu até consegui ver os três primeiros Jogos Mortais (04 a 06), depois decidi que esses filmes de terror que não causam medo, só asco, fazem mal pra minha saúde mental. Acho que a franquia já chegou ao sétimo, em 3D (sério!). Albergue (05) é seu primo pobre. E preciso incluir algumas cenas de Paixão de Cristo (04) nessa categoria (chicotadas arrancando pedaço de pele em câmera lenta, etc). Astros Fazendo Coisa Feia: 88 Minutos (08), com Al Pacino. O filme é tão ruim que os próprios produtores sabiam disso. Tanto que demoraram quase três anos para lançar a bomba. Outra é Hannibal (01), com Anthony Hopkins. O romance de Thomas Harris que continua Silêncio dos Inocentes já é detestável. E foi aí que a Jodie Foster subiu ainda mais no meu conceito. Ela se recusou a fazer a sequência por não aceitar que o salário dela fosse muito menor que o do Anthony (e também, imagino, por ler o roteiro). Clarice Starling é tão importante pra saga quanto Hannibal o canibal. Entrou a Julianne Moore no lugar. O filme é horroroso, o pior dos cinco em que Hannibal aparece (direta ou indiretamente). Destaque para a cena em que o serial killer gourmet frita e come pedaços do crânio do Ray Liotta. Vivo. (Este filme poderia estar na categoria Eca! e das piores sequências). Grandes Expectativas, Pequenos Negócios: Indiana Jones e o Reino da Caverna de Cristal (08) e Lula, o Filho do Brasil (09) devem ter sido os momentos brochantes da década. Não são maus filmes, mas eram produções pelas quais muitos esperavam ansiosamente. E, quando chegaram, não conquistaram nem crítica nem público. Hoje ninguém mais fala neles. (Refiro-me ao filme sobre o Lula, que pra mim foi decepcionante por ser um filme tão apolítico, não ao Lula em si, que deixou o governo como o presidente mais bem avaliado da história). Porcos capitalistas: Todo filme é politicamente engajado, até aqueles que fazem o público fechar os olhos e repetir, como um mantra: “É só um filme! É só um filme”. Mas tem alguns que exageram na dose. Esses três são exemplares na sua defesa incansável do capitalismo, da propriedade privada, e do sistema patriarcal: À Procura da Felicidade (06), em que Will Smith aceita ser explorado como estagiário e dormir com seu filhinho (já que as mulheres do filme são todas indignas de confiança) num banheiro de estação de metrô para vencer na vida; Hancock (08), em que Will Smith, de novo, faz um herói (desta vez ele termina o filme deixando o logotipo gigante de uma empresa na lua. Isso de lua não ter dono não tá com nada! Da próxima vez que forem te vender terreno na lua, aceite!); e Entrando numa Fria (os três, de 00, 04, e 10), em que Robert De Niro, ex-agente da CIA, espiona seu futuro genro, Ben Stiller, por ter uma profissão inadequada pra um homem (ele é enfermeiro).

67 comentários:

Dani disse...

Lola, muito boa a lista! Embora eu goste de alguns filmes citados. Mas a lista anterior estava melhor ainda! Acho que o pior de tudo é saber que "A Procura da Felicidade" é uma história real.

Bruno S disse...

Nessa eu fico feliz por não ter visto a mioria dos citados. Do Cage, por exemplo, eu só vi adaptação. O resto descartei pelos títulos.

o segundo Matrix foi uma das piores coisas que vi no cinema. O terceiro só vi tempos depois e entraria na categoria comédia involuntária (sugestão para a próxima lista).

Thiago Pinheiro disse...

Eu tenho orgulho de dizer que nunca assisti um "Jogos Mortais". Quanto aos remakes é frustante saber que ainda iremos testemunhar muito mais disso. A originalidade em Hollywood está se tornando um artigo raro. Pelo menos ainda podemos contar com os trabalhos de Darren Aronofsky.

nelsonalvespinto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
nelsonalvespinto disse...

Vou discordar da lista.

Oldboy e Hostel são dos meus preferidos.

A cena do rapaz, em Hostel, sendo arrastado pelo corredor de tortura é bem impressionante.

Oldboy tem muito da cultura coreana. Até onde eu sei comer polvo vivo é um hábito bem comum por lá. ( E se alguém conhecer um filme com o final mais surpreendente que Oldboy saiba que eu gostaria muito de assistir.)

Lord Anderson disse...

Dessa lista eu concordo com quase tudo.

Alias só eu acho que o Nicolas Cage é um ator de uma expressão só...

E ele conseguiu colocar dois filmes em duas categorias: Motoqueiros Fantasma na de herois e Sacrifico na de remake.

Sobre Oldboy, nessa cena acho que foi choque cultural, varios paises orientais tem como alimentos , animais crus ou vivos.

Em tempo gosto muito do filme e o acho desepserador.

Sobre continuações, eu tb inclueiria o Exterminador 04 (tb vale p/ a categoria decepcções)

Matrix merece o selo "Só Pode Haver Um" de filmes que deveriam ter parado no primeiro (inclui ai Highlander, O Corvo, Predador, Jogos Mortais, etc)

Nos remakes eu citaria tb Furia de Titãs que só serviu p/ acabar uma boa lembrança da minha infancia...


Não vi 88 minutos, mas Hannibal é uma ofensa ao otimo Silencio dos Inocentes...e vc teve tb a refilmagem do primeiro filme com o Edward Norton não é?

Mais um ruim...

Hancock eu não gostei, mas não tenho a mesma ojeriza ideologica.

Bem, se eu lembrar de mais algum volto aqui , rs

@amaurit disse...

Boa recapitulação dos filmes que poderiam não ter sido feitos na década Lola. Queria entender como grandes atores caem nessas enrascadas, e no caso do Nicolas Cage (que gosto bastante) repetidas vezes. Incluiria na listagem As Duas Faces da Lei, com o Al Pacino e Robert De Niro. Fui ver os dois medalhões de Hollywood e saí tremendamente frustrado com um filme-pegadinha. Concordo com a sua oponião sobre os filmes da chamada torture porn, o medo passa longe, é só embrulho de estômago mesmo. Ah! Essa onda de remake já deu faz tempo.

Abs Lola!

Fabio Burch Salvador disse...

ô Lola,
sobre "A Feiticeira", eu estava lendo a tua crítica sobre o filme, mas é assim:

na verdade, o Will Farrell realmente exagera na atuação em diversos momentos, mas é por uma boa causa: no seriado original, o personagem do James foi interpretado por dois atores: Dick York, que fez a maior parte da série, mas em uma filmagem de um longa sofreu um acidente e ficou paralítico, e depois, Dick Sargent, se não me engano... esse segundo ator é totalmente esquecível.

Porque o lembrado, idolatrado e bonzão mesmo era o York, um comediante que vinha de filmes estilo "pastelão", mestre em fazer caretas e que, vendo atualmente, parece ter sido o pai ou avô do Jim Carrey (tem até uma certa semelhança). A atuação do York era histriônica, exagerada, ele gritava... quando ficava com cara de bobo, FICAVA COM CARA DE REALMENTE BOBO, quando se irritava, parecia um psicopata.

Então, Jim Carey era perfeito para o papel. Daria a impressão de terem ressuscitado o intérprete original do James Stevens. Ou de o terem clonado. Mas o Farrell, veterano do Saturday Night Live e de várias comédiazinhas que vão direto para a Sessão da Tarde, fez direitinho. Com exageros e tudo!

O que o filme não explora bem é o começo da história: James se casa com Samantha sem ela dizer que é bruxa. E aí, ele tem uma carreira, e morre de medo de que, se souberem que a mulher faz magias, as pessoas pensem que ele tem sucesso só por causa dos truques dela. E ele não quer que ela o ajude em nada porque quer vencer jogando limpo na vida.

É uma coisa meio sexista, isso... a mulher, bruxa, pode consertar a descarga do banheiro em um segundo, mas aí vai ficar parecendo que o maridão não é capaz de consertar pelo método tradicional...

Eram os anos 1960. Não me olhem com essa cara!

E adaptar a história para os valores da sociedade de hoje estragaria a idéia de um REMAKE, idealizado para puxar boa parte da audiência pela nostalgia.

Fabio Burch Salvador disse...

Uma coisa não citada aqui na lista é A NOVA DUBLAGEM EM PORTUGUÊS DA SÉRIE CLÁSSICA DE STAR WARS...

que ficou um LIXO!

Em nome do politicamente correto, fizeram coisas que tornam a luta contra o racismo uma piada...

tipo... COMO ASSIM "LADO SOMBRIO DA FORÇA????"


Eles pensam que as gerações de fãs que cresceram com o Lado NEGRO da Força vão simplesmente mudar o nome da coisa só porque redublaram o filme? Eles pensaram mesmo que enganariam a alguém?

E... BAH! Que imbecilidade aquilo! Só falta mudarem o nome da canção gaúcha "Vento Negro" para "Vento Afro-Descendete", ou "Vento Sombrio"....

inclusão e luta pela igualdade também devem ser coisas submetidas ao bom senso, e tornar uma luta importante dessas um objeto de compreensívels risadas não é a melhor forma de apoiá-las.

Lord Anderson disse...

Fabio

Pior que Lado Sombrio é a mudança da cena do Han Solo desvidando de maneira riducula do disparo antes de acertar o Greedo...

Amer H. disse...

Sério, Lola? Sério?

A Procura da Felicidade é um filme ruim porque a história se foca em um PAI tentando se dar bem na vida e carregando o filho consigo nesta empreitada? E mais, o cara é um canalha machista por não querer deixar seu filho nas mãos de outra pessoa?

Por favor, sem o discurso "não falei nada de canalha machista", pois estava claramente sub-entendido no seu texto.

Vamos inverter os papéis um instante: se fosse UMA MÃE, passando pelos mesmos apuros na história e se negando a deixar o filho com um homem, tenho certeza que você aplaudiria como uma "crítica ferrenha a sociedade patriarcal", usando o sistema de um peso e duas medidas que é tão presente neste blog.

Mas o filme não se trata disso, mas sim dos sacrifícios que um homem precisa fazer para sobreviver no nosso mundo as vezes. O comportamento mais negativo que podemos perceber no personagem, é a necessidade de manter seu orgulho besta e nunca pedir ajuda as pessoas próximas,o que sem dúvida significaria menos sacrifícios para ele e seu filho.

Uma história ser focada em um pai não é machista, Lola. Lamento ter de destruir suas percepções a respeito disso.

Ah sim, quanto ao Capitalismo...

Basicamente, você está dizendo que é errado alguem querer melhorar de vida, querer mais para sí. Que isso o torna um porco capitalista, ser bem sucedido na vida é praticamente um pecado.

Você é professora universitária, você já morou no exterior, suas palavras são lidas por centenas de pessoas todos os dias... olha só, você é bem sucedida. Pela sua crítica, você é quase tão ruim quanto o personagem de Will Smith nesse aspecto.

Quanto a "Entrando numa Fria", detesto esse filme mais do que detestaria ter uma gangrena, mas me baseio no fato de que acho a série incrivelmente não divertida.

Todo o seu motivo pra não gostar da franquia é que Deniro caçoa do trabalho de Ben Stiller? MESMO? Quando isso é usado para mostrar o quanto o personagem de Deniro é arcáico e preso a valores ultrapassados? Quando é algo que serve para dar alguma chance de desenvolvimento futuro ao personagem?

Olha só, profundidade e desenvolvimento de personagem. Você disse que foi atriz, deveria ser capaz de perceber este tipo de artifício de um roteiro, non?

Olha só, você tem o direito de escrever sobre cinema o quanto quiser, mas que tal parar de procurar chifre em cavalo?

Pegar exemplos aleatórios, chamá-los de "machistas", "capitalistas" e o que mais for, e fazer do ato de não gostar destes filmes um protesto social, não traz benefício algum a ninguém. Só passa a impressão de que você tem tão pouca fé em suas crenças, que precisa justificar tudo que faz em sua vida atrvés delas, para sentir que as mesmas tem algum valor.

Amer H. disse...

Fabio, a mudança de "Lado Negro" pra "Lado Sombrio", foi uma ordem que veio da Lucasfilms. Conheço o diretor responsável pela nova dublagem e ele me explicou isso.

De fato, ele me explicou DEZENAS de dores de cabeça que teve ao fazer esta dublagem, todas de ordem empresarial vindas dos EUA.

Droga de George Lucas...

Amer H. disse...

Aliás, Lola. A imagem de "Jogos Mortais" usada para ilustrar o artigo veio do video game, não dos filmes.

Pesquisar direito antes de escrever críticas incendiárias é bom.

Jaime Balão disse...

Concordo com quase tudo que a Lola disse, e ela falando de cinema é realmente muito talentosa porque quando resolve falar sobre política é uma poeta, como diria o Romário...
Mas enfim, os argumentos ideológicos caem por terra no julgamento de "À procura da Felicidade"quando vemos que se trata de uma história real. Simples assim. Abraços Lola e continue falando de cinema pois você manda muito bem!

Amer H. disse...

Jaime, quando um filme diz "Baseado em uma História Real", significa na verdade "Pegamos uma história real e modificamos 85% dela para fazer este filme".

Há muitas diferenças entre a história que inspirou "A Procura da Felicidade" e o produto final. Faça uma pesquisa e você verá. Não deve ser difícil, já que você tem um portal que o liga com o mundo inteiro, bem na sua frente.

Giovanni Gouveia disse...

Acho que você não assistiu "Scar - A marca do mal"... nem queira :D



P.S. Polvo, como qualquer molusco, é delicioso

Thiago Pinheiro disse...

Eu lembro de uma colega descrever "A Procura da Felicidade" em uma frase: A droga da resposta era dinheiro.kkkk. O filme até poderia ser simpático, mas é fraco e ideológico. Uma decepção.

Fabio Burch Salvador disse...

AMER,
concordo contigo quando tu dizes que a Lola viu machismo onde não tinha: não há nada no filme que diga que as mulheres são incapazes de cuidar dos seus filhos. Só que a ex-esposa do personagem principal é UMA BAITA DE UMA SALAFRÁRIA, que deixa o filho e o marido e se manda. Não teria problema se fosse o contrário também. E aí, vem a pergunta: por quê não fizeram então o filme com uma MÃE guerreira ao invés de um PAI? Sei lá... se fizessem ao contrário, teria essa crítica tão ferrenha? Seria igual?

Na verdade, o filme se baseia numa história real, e o cara da história real era homem, então...

AGORA...
discordo quando tu dizes que a Lola está vendo problemas no fato de um pai querer se dar bem e levar o filho nesta empreitada. O que a Lola critica é o discurso implícito: o cara passa por humilhações terríveis mas, como não se revolta, e segue a receita que é pregada de persistência e trabalho, ele vai subindo e vence. O sistema funciona, para quem se submete às regras dele, há o sucesso no horizonte sempre.

Fabio Burch Salvador disse...

Lola, tu esqueceste, ou é impressão minha, das paródias pasteurizadas...

"Deu a louca em hollywood"
"Stan Helsing"

e outras merdas

liv disse...

NEM SEMPRE gosto da adptaçoes americanas dos FILMES EUROPEUS OU AsATICOS QUE FAZEM SUCuSSO:TIPO:DANÇA COMIGO? (JAPONES)OU... asas do desejo,(ALEMÃO)LEVOU O NOME DE CIDADE DOS ANJOS...ENFIM,CADA UM NA SUA IDALIZAÇAO:O AMERICANO É NEGOCIO DE GANHAR DINHEIRO,OS EUROPEUS SAO MAS DO TIPO...FAZER ARTE E O DINHEIRO VEM JUNTO! eNFIM...GOSTO DAS ANALISE E MAIS AINDA DOS COMENTÁRIOS QUE AMPLIAM A MINHA CULTURA CINEMATÓFRAFICA! cINEMA É BOM E ZSE BEM FEITO(CONTANDO UMA BOA ESTÓRIA,MELHOR INDA.lÓGICO QUE HA AS IDEOLOGHIAS FALANDO PR MASSA(EXISTE PROPAGANDA MAIOR?)Ah,e os artistas europeus que vivem uma experiencia nos estúdios ameicanos acbam fazendo um monte de merda! Abtonio Banderas era ótimo ator e fimes com Almodovar,virou...? Liv Ulmamam quase acabou.Ives montand?ui! Penelope crus está sobrevivendo! Eles acabam virando uma maquina caça niques dos estudios.salva-se os filems independentes com a assinatura do Robert Redefort,ou de Clinst Wood! ABRAÇO.

lola aronovich disse...

Gente, sei que Oldboy tem muitos fãs, entre eles o Tarantino, mas eu peguei o maior nojo do filme. É cheio de cenas feitas unicamente pra chocar, tal qual Anticristo. Eu tive que fechar os olhos/desviar o olhar em várias (tipo o cara cortando a própria língua). Eu particularmente achei que o filme segue uma fórmula do começo ao fim: chato, chato, chato, cena pra chocar e chacoalhar o público, chato, chato, chato, cena pra chorar, chato, chato, chato, cena pra chocar... Até o fim. Eu vi o filme recentemente, na TV, depois de perceber que o filme tá em várias listas dos melhores da década. Mas realmente não gostei, e pelo jeito minha mente fez questão de apagá-lo, porque tô me lembrando de pouquinho.
Nelson, vc deve ser o primeiro acadêmico que conheço que adorou Albergue!

Amauri, pois é, As Duas Faces da Lei parace uma bomba. Eu vi o trailer e decidi que não precisava daquilo na minha vida.
Lord, Fúria de Titãs eu não vi.
Gio, Scar eu não vi.
Ao contrário do que muitos pensam (“Como vc não gostou de Senhor dos Anéis se dormiu no filme?”), eu não coloco filmes que não vi nas minhas listas de filmes ruins!

Amer H. disse...

Fabio, as humilhações presentes no filme aconteceram devido ao orgulho idiota do sujeito. Ele perdeu tudo e se dispôs a trabalhar de graça por seis meses para fazer por merecer ter o emprego de seus sonhos.

Tudo que ele e o filho sofrem, é causado unicamente por seu orgulho e sua necessidade de não pedir ajuda a ninguém. Lembra como ele emprestou dinheiro a um colega de trabalho, mesmo sabendo que 5 dólares FARIAM muita diferença em seu dia?

O personagem de Will Smith priorizou seu orgulho em muitas situações e esta é sua maior falha de caráter. Mas não há um discurso "anti capitalismo" presente na história, ou que sequer deveria ser cogitado pelo público.

Estamos em uma sociedade Capitalista e graças a isso, temos muitas liberdades. Claro, sofremos com ela, mas é o preço a se pagar para termos acesso a toda cultura que recebemos.

Na China, a internet é censurada e a União Soviética, antes de cair, tinha um recorde bem baixo no respeito aos direitos humanos.

Uma socidade não Capitalista é de fato melhor?

lola aronovich disse...

Então, Fábio, acho que vc descreveu perfeitamente bem por que A Feiticeira não deveria ter sido refeito. Se não é pra atualizar a história, se é um tema ultrapassado de décadas atrás (qual homem hoje ficaria com vergonha se a mulher, num piscar de olhos, desentupisse o vaso sanitário?), se é uma série de que ninguém mais fala atualmente, pra que refazer o filme? Tava fadado ao fracasso. Foi dinheiro jogado fora. E o Will Ferrel, tadinho. Ele tem bons momentos, mas não tem comparação com um gênio da comédia como o Jim Carrey.


Ah, na lista não coloquei filmes péssimos ÓBVIOS, como “Deu a Louca em Hollywood”. É muito fácil (e improdutivo) fazer uma lista só com filmes assim, que qualquer pessoa sensata sabe que não deveria ver de qualquer jeito.

Tereza disse...
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Tereza disse...

Em busca da felicidade é a coisa mais asquerosa que já ssisti

lola aronovich disse...

Liv, até concordo. O problema que vc cita é fazer remakes. Concordo que Asas do Desejo é muuuuito superior que Cidade dos Anjos. Mas é aquele negócio: americano não vê filme com legenda. Ou melhor, até vê, se estiver em NY ou em LA. Mas no resto do país... Em Detroit, onde morei, 11a maior cidade americana, havia apenas um cinema “de arte”, e mesmo ele se centrava em filmes americanos independentes, menores. Por isso eles refazem os filmes que fazem sucesso ou que têm uma boa história: pra que o público americano (que geralmente representa metade do lucro que um filme terá; a outra metade é o “público internacional”) o veja, e dê dinheiro com uma fórmula mais ou menos já testada. Mas sem dúvida, cinema é uma indústria, a arte mais cara que existe, e é por isso que os estúdios são tão pouco inovadores: têm medo de lançar um produto que não dará certo. Sobre ator ir trabalhar em Hollywood e em geral dar errado, depende. O que mais tem é ator/atriz inglês e australiano, né? E o Javier Bardem é um bom exemplo de quem consegue conciliar bons filmes no cinema americano com bons filmes no cinema de outros países.

lola aronovich disse...

Amer, o filme é ruim PRA MIM, o que não significa que eu decrete que um filme é ruim e puft, o filme torna-se ruim. É só a minha opinião, tá, não é a palavra de deus, não se sinta tão ofendido. Olha, eu assistiria À Procura da Felicidade novamente sem problema algum (o que não posso garantir no caso de Hancock ou Entrando numa Fria). É um filme que nos envolve. O Will Smith tá bem, e a gente torce pelo personagem. Por todos esses critérios, não é um filme ruim. Mas pra mim certamente é um dos filmes com maior carga ideológica da década. E é uma ideologia que pouca gente vê (o pessoal só vê a história de um pai lutador que vence na vida), e da qual não compartilho. Vc leu a minha crítica, não as duas ou três linhas que deixei aqui no post sobre o filme? Há exatamente 3 mulheres no filme, e as três (sendo que uma é hippie, símbolo maior da contracultura, da oposição ao capitalismo; a outra é negra, e a terceira é o que?, oriental? Não lembro) são vilãs da história. As três só colocam obstáculos pro protagonista. Enquanto todos os homens brancos que trabalham em Wall Street são super boa gente, apesar de fazerem com que um cara trabalhe N horas por dia durante um ano sem receber qualquer tipo de salário ou ajuda. Amer, vc tem uma dificuldade imensa em ver o contexto. Não pense tudo em termos individuais. Isso também é uma marca ideológica.

lola aronovich disse...

E Fábio e Amer, vcs entendem como Kramer vs Kramer, grande sucesso da década de 70, com Meryl Streep e Dustin Hoffman, pode ser visto como parte da reação negativa (backlash) ao feminismo? É uma linda história sobre um cara que aprende a ser um ótimo pai. Mas é tb a história de uma baita de uma salafrária, como vc diz, Fábio, sobre uma mãe que abandona o filho e vem pegá-lo depois, destroçando o amor paternal. Isso não é nada ideológico não, imagina...
E nem sempre dá pra fazer essas perguntas filosóficas: “E se o carinha de À Procura da Felicidade fosse mulher?”. Bom, não se vê uma só mulher no escritório em que o Will Smith é escravo, então fica difícil. Tb é complicado uma mulher dormir na rua ou no banheiro de metrô sem a ameaça concreta de estupro. E por aí vai...


Amer (último comentário que respondo! Preciso trabalhar!), é possível criticar o sistema capitalista sem compará-lo ao comunista, ou não? E não sei por que numa crítica em que reclamo da ideologia de um filme preciso comparar dois sistemas (como se fossem os únicos possíveis). Aquela falácia: não podemos falar da revolta no Egito contra uma ditadura se no mesmo texto não condenarmos a ditadura cubana...

Fabio Burch Salvador disse...

AMER,
o problema do filme não é o orgulho do personagem. O problema é que este "orgulho" faz parte do esquema: quem é pobre demais deve disfarçar isso, baixar a cabeça e trabalhar, para poder entrar no mundo dos não-pobres.
TIPO...
Meu garoto, a vida está difícil? Ora... tem gente aí que assume sua condição de excluído, e se organiza para exigir que o status de "pobre" tenha alguma dignidade, alguns direitos... mas essa linha de pensamento não leva a nada. O legal mesmo é você se enquadrar no esquema, ir entrando de fininho no mundo dos "incluídos" e tudo dará certo para você.

É um filme que leva as pessoas miseráveis a pensar que toda miséria e humilhação é "aguentável", porque com algum esforço, será recompensada com o paraíso da riqueza um dia. E se este dia não está chegando para você, meu amigo, é que você não está se esforçando o bastante, então não tem do que reclamar. É preciso ter FÉ NO SISTEMA e orar... digo, trabalhar com força, que a Salvação vai chegar se voc~e fizer tudo certo. Esse é o recado para o pobre. E por conseguinte, o não-pobre tem a consciência aliviada: se o mendigo ali na rua está passando frio, é parte do caminho dele até a fortuna. E se ele não sair nunca mais da rua, é porque ele não quis fazer força.



MINHA OPINIÃO SOBRE O FILME...
É que ele é revelador! Eu não sabia que nos EUA, a "terra da oportunidade", o pais mais rico do mundo, uma pessoa poderia viver um estado de miséria tão terrível. Se aquilo é possível, então o sistema do país é um fracasso! Deu errado! Melhor tentar o da União Soviética, para ver se não era melhor!



uMA SOCIEDADE CAPITALISTA É MELHOR?
Estamos falando de "capitalismo", sistema econômico. E tu falas em "liberdade", talvez "democracia", um conceito de organização de Estado e sociedade, não de economia.

O mundo não-capitalista tinha, por coincidência, apenas governos anti-democráticos. Se vamos comparar ditadura com democracia, teremos um problema. Mas comparemos ditadura com ditadura: a Argentina dos militares da direita com a Romênia do totalitarismo comunista.
São países de tamanhos diferentes, mas de populações semelhantes. Tá. A Argentina passou por uma ditadura capitalista, despertando para a liberdade nos anos 1980 como um país com graves contradições e que viveria, depois, uma série de crises terríveis. Hoje, cambaleia e já começa a se recuperar. A Romênia passou pela ditadura comunista. Emergiu no início dos anos 1990 em plena convulsão social, mas com índices de analfabetismo próximos de 0% (como, aliás, quase todos os países do bloco soviético). Hoje está na União Européia. Detalhe: a Argentina teve todo o século XX para se desenvolver, e a Romênia teve que recomeçar sua vida depois de ser destruída na Segunda Guerra.

Socialismo e democracia, quando vierem juntos, serão o canal. Se um dia vierem. Não vai ser com os comunistas pequeno-burgueses que vemos por aí dizendo que Lula é um "vendido", disso tenho certeza.

A CHINA não é um país socialista. Eles tinham uma ditadura socialista mas hoje têm um capitalismo com ditadura. Dizer o contrário é se iludir.

Quer comparar DITADURA COM DITADURA, vamos em frente, com países equivalentes:

BULGÁRIA X URUGUAI

CAZAQUISTÃO X AFEGANISTÃO

VIETNÃ X HAITI X ALBÂNIA
Os países mais pobres de três blocos: o capitalista, o socialista de orientação soviética e o socialista de orientação chinesa.

L. Archilla disse...

Engraçado vc ter citado que o Tarantino é fã de Oldboy... quando vi o filme, tinha visto recentemente Kill Bill e detestei o segundo, justamente por tratarem da mesma temática (vingança, pura e simples) e o Taranta ter conseguido fazer uma estória super dinâmica, ao contrário do coreano. Pensei que de repente o Tarantino tivesse se inspirado em Oldboy pra fazer Kill Bill, mas agora vi que os dois são do mesmo ano... então minha teoria caiu por terra.

Quanto ao De Niro, não me surpreende ter feito uma sequência tão retrógrada quanto Entrando Numa Fria, já que um dos papéis mais célebres dele foi em Era Uma Vez na América, um dos filmes mais machistas que eu já vi.

Fabio Burch Salvador disse...

LOLA,

O fato de não ter uma só mulher no escritório onde o Will trabalha é facilmente explicável: a história se passa nos anos 1970 (o cara no qual o filme se baseaou, hoje, é velho).

Note que o protagonista usa um penteado de época e até o terno dele é de época. E não tem computadores no escritório.

Anos 70, mulheres num escritório... meio raro.

lola aronovich disse...

Lauren, embora Era uma Vez na América seja machista, eu adoro o filme. Mas agora já faz um tempo que não vejo. E o De Niro faz qualquer coisa... Taí um cara que não seleciona muito bem os papéis. Mas Era uma Vez é um clássico do Leone! Nenhum ator se recusaria a fazer o filme...
O Oldboy ganhou o prêmio máximo em Cannes porque o Taranta era o presidente do júri na época. Ele deu uma forcinha...


Fábio, E? Que eu me lembre, À Procura da Felicidade se passa em 1981. Mas o que eu quero dizer é que não dá só pra fazer a mudança “e se o personagem do Will Smith fosse mulher”, justamente porque não dá pra ser mulher. Até porque mulher não trabalhava em Wall Street em 1981 (e mesmo hoje são raríssimas). E mulher não teria como dormir em banheiro público sem acontecer algo muito mais grave que pode acontecer com um homem. Mudaria tudo, entende? Por isso, não dá pra imaginar uma mulher passando por aquilo. E por isso não dá pra fazer joguinho de imaginação de “e se fosse uma mulher na mesma situação, o que vc acharia?”. Ahn, eu preciso explicar o óbvio?

Fabio Burch Salvador disse...

LOLA,
por favor, não use frases do tipo "eu preciso explicar o óbvio", dá a impressão de que tu duvidas da minha inteligência.

Quando eu levantei a hipótese do "se fosse mulher", só quis dizer que NÃO É PORQUE O FILME FALA DE UM PAI QUE CUIDA O FILHO ABANDONADO PELA MÃE, que ele é um filme machista. Porque inúmeros filmes mostram a situação contrária.

Claro, na realidade, é mais comum o PAI abandonar a família. mas o contrário acontece também, conheço dois casos, pessoalmente.

Mas deixemos essa discussão de mesa de boteco de lado.

A questão é que "Busca da Felicidade" é um filme que trata o capitalismo como uma religião: seus fundamentos são perfeitos e infalíveis, e se tu te rebelas, ou se aceita mas não é fervoroso o bastante ao segui-los, não alcança a Salvação. E portanto a culpa é tua, e tua pobreza é justa, então não encha o saco.

Já os bons meninos que se resignam à ordem geral da coisa, e se enquadram, e aceitam tudo calados, um dia chegam lá.

Lord Anderson disse...

> Lord, Fúria de Titãs eu não vi.


Fez muito bem.

To tentando achar um inimigo p/ indicar esse filme, mas tá dificil, hehehe

Lord Anderson disse...

Interessante a polemica sobre A Procura da Felicidade...

Nem vi o filme, mas não imagina que daria pano p/ tantas interpretações ideologicas.

nelsonalvespinto disse...

Ahh, tem um monte de outros filmes que só eu mesmo pra gostar.

Albergue eu gosto pelo ponto de ligação entre as duas partes.

Em ambas as pessoas são apenas carne: sem nome, história ou qualquer ligação emocional.

A parte 2 foi desnecessária.

aiaiai disse...

Fábio,

não sei quanto à lola, mas eu tenho muitas dúvidas sobre a sua inteligência...leva a mal não!

Luna disse...

Desses, eu vi Oldboy (passei uma semana traumatizada com a cena do cara cortando a língua), o primeiro e o segundo Jogos Mortais (classifiquei esse tipo de filme é "cinema para psicopatas". Porque hoje em dia, as pessoas estão mais interessadas na forma como a pessoa morre do que em "quem" é o assassino).

Achei A Feiticeira ruim, Mulheres Perfeitas meio sem graça (eu li o livro... mas na época não entendi o final).

Outros não lembro. Não assisto tantos filmes assim. Só sei que esse, o À Procura da Felicidade... eu não gosto muito dele.

Me incomoda que o cara é tão burro que assinou um contrato sem nem verificar se tinha demanda para aquele produto. E sinceramente eu lembro dos meus pais: estavam vivendo em uma situação difícil e meu pai não estava ajudando. Então minha mãe vazou, junto com as filhas.

Muita gente a condenaria por não ficar ali e "acreditar" como todos fizeram com a mulher no filme. Mas foi a melhor decisão que minha mãe tomou no filme.

Talvez por isso eu não goste do filme. E uma vez eu critiquei o filme pra minha professora que passou, pra dar lições de persistência. Ela só fez me olhar e dizer: "então vá morar em Cuba pra ver o que é bom!"

Que desgosto.

Fabio Burch Salvador disse...

AIAIAI,
pelo menos eu tenho um nome real.

Eu me recuso a continuar esta conversa para a qual tu me provocas, e não quero que ninguém aqui entenda o fato de eu ignorar esta pessoa como uma "rendição" ao argumento dela... já que ela não apresentou nenhum argumento, simplesmente saiu me ofendendo.

Ao contrário do que aconteceu em outras oportunidades, desta vez não vou morder a isca, perdendo o controle e abrindo brecha para que me vilanizem.

AIAIAI, apresente um argumento para desmontar a noção bem difundida de que eu sou um cara, no mínimo, inteligente, e PODE SER que alguém dê atenção a um ataque que me parece ser pura falta do que dizer e vontade de chamar a atenção.

Fabio Burch Salvador disse...

Não condeno a mulher do filme por ter abandonado o marido em meio á crise... mas condeno por não pensar no filho. Pais e mães têm que se importar com seus filhos.

Botou no mundo, tem que se importar. Simples assim.

Agora, claro... eu mesmo cheguei a perguntar para a minha esposa se ela não estava arrependida e querendo voltar para a casa da mãe dela, quando passamos pela fase mais dificíl. Dizia que ela e minha filha não precisavam ficar, debaixo do mau tempo, só por "obrigação". Mas isso é o meu caso. Ela ficou e hoje vivemos bem. Mas poderíamos ter fracassado, não fossem algumas coincidências e um pouco de sorte.

A esposa do filme não é má porque se separou. É, porque abandonou o pirralho com o ex-marido, que ela considerava incapaz de sustentar a casa (ou, em termos mais diretos, abandonou o piá à sua própria sorte).

Minha sogra mesmo, foi uma dessas mães guerreiraças que encaram a tarefa de criar os filhos e vencem as dificuldades para não deixá-los passar fome.

nelsonalvespinto disse...

Ficou confuso meu post.

Albergue I eu divido em duas partes: amsterdam e a parte na europa oriental.

Albergue II foi desnecessário.

Dai disse...

há pessoas que amam Oldboy = o/.
há pessoas que amam O Anticristo = o/.
De resto, concordo com tudinho.
beijos,

Dai disse...

comentário maligno: se Will Ferrell, Will Smith e Ben Stiller morresse as listas de filmes ruins encolheriam para a metade.

Dai disse...

Eu tenho horror a esse filme do Will Smith sobre o sonho americano do pai solteiro negro. E a forma como a separação é mostrada é bem machista, sim. Poxa, o cara podia ter vendido aquelas geringonças para a sucata e arrumado um empreguinho, né? A mulher foi sensata e arrumou um, só que em outra cidade, como ela iria levar o filho? Isso é ser salafrária? Afe.

Guilherme disse...

É impressionante como vc consegue ver machismo em filmes que não têm absolutamente nada a ver com isso. Sinto por vc. Vc está deixando este negócio de feminismo atrapalhar sua visão das coisas. Imagino vc vendo os filmes sem conseguir aproveitar o que está sendo contado, pq está ocupada demais procurando traços machistas no filme para poder dizer mais tarde que é ruim.
Vc pode dizer que não, mas para qualquer pessoa de bom senso, é essa a impressão que fica qndo vc diz que "À procura da felicidade" está entre os piores filmes da década pelo seu machismo.

lola aronovich disse...

Dai, eu até gosto do Will Smith e acho que de vez em quando ele faz bons filmes, como Homens de Preto e até A Lenda (não é grande coisa, mas não é ruim). Agora, Will Ferrel e Ben stiller não têm muita salvação. Mas se não fosse eles alguém apareceria pra estrelar esses filmes.


Guilherme, esse comentário é pra mim? Pois é, não é impressionante que uma feminista veja machismo em vários filmes, livros, programas de TV, enfim, na sociedade? Sendo que, obviamente, o machismo não existe? A gente só vê fantasmas, né?
A sua declaração “Vc está deixando este negócio de feminismo atrapalhar sua visão das coisas” é muito divertida. Eu acredito nesse “negócio de feminismo” desde a minha infância.
E onde que eu disse que À Procura da Felicidade está entre os piores da década por causa do machismo? Isso eu disse de Mandando Bala, na lista anterior. De À Procura eu falei da ideologia CAPITALISTA. Embora o capitalismo esteja muitíssimo associado ao patriarcado, não é a mesma coisa. Eu nem falei do machismo de À Procura. Embora o filme seja machista (qualquer pessoa de bom senso pode ver, como vc diz), ele entrou na categoria “Porcos Capitalistas”. Vc faltou às aulas de compreensão de texto, não faltou?

Brivaldo disse...

Ei Lola, vc já viu esse vídeo imperdivel de todas as referências de Kill Bill? http://vimeo.com/19469447

lola aronovich disse...

Vi sim, Brivaldo, obrigada. Meu amigo Ricardinho me enviou o link pelo Twitter, já que aquele desgramado pelo jeito não entra no blog mesmo. Já coloquei o link no meu post sobre os melhores filmes da década de 00, que espero publicar semana que vem. Ops... Entreguei alguma coisa?

Michelle Silva Toti disse...

Para mim a mensagem de A procura da felicidade: se vc se esforçar mesmo vc terá muito sucesso, se não tiver é pq não se esforçou, porque o capitalismo dá TODAS as condições, para TODO mundo se dar bem na vida.

Adriana disse...

AHA!!! Eu sabia que Kill Bill ia entrar na sua lista dos dez mais!
Mas e Bastardos Inglorios? Vale dois Tarantinos?
Beijos Lola!

Deise Luz disse...

Que maravilha é ver A procura da felicidade numa lista de piores! Assisti com nojinho depois que percebi qual era a dele.

nelsonalvespinto disse...

Em busca da felicidade é o tipo de filme "precisamos levantar a moral da América".

Basta os EUA entrar em crise para surgirem filmes que preguem a "eficácia" do sistema. Nesse gênero se enquadram filmes do Frank Capra, da Disney dos anos 60 (que a Globo exibia aos domingos nos tenebrosos anos 80), John Wayne, Rocky balboa (que até oscar levou por isso), etc.

Bem, o que mais estranho é que este tipo de filme escasseou na crise de 2008-2010. O que tivemos foi uma avalanche de filmes sobre o fim do mundo.

Será um sinal de que a fé inabalável no sistema atingiu também Hollywood?

nelsonalvespinto disse...

As citações de Tarantino são um caso à parte. Ele deve ter assistido todas as porcarias de filmes de kung fu e faroeste filmados até hoje.

Anônimo disse...

Lola, desculpa fugir do tema, pode até apagar esse comentário, tá? mas tem um texto que precisa ser discutido pelas blogueiras feministas: http://ghiraldelli.pro.br/2010/12/27/plastica-ja/

Arashi disse...

Nelson, aguenta mais um pouquinho, Capitão América estreia no meio do ano. Nada melhor do que um cara vestido de bandeira pra levantar o moral do Tio Sam...

À procura da felicidade é um filme que eu gosto e desgosto ao mesmo tempo. A ideologia capitalista é barra de aguentar, mas a parte do cara se esforçando para criar o filho é bem legal, e de vez em quando é bom ver um filme em que o pai faz alguma coisa na história. Só pra eu lembrar que esse tipo de coisa existe, sabe, já que ao meu redor não dá pra ver muito disso...

E antes que algum engraçadinho levante a bola, notem que eu disse AO MEU REDOR. Isso não vale pra todo mundo.

lola aronovich disse...

Ai, anônimo, o que dizer de um cara ridículo como o Ghiraldelli? Ele, o Pondé e tantos outros pensam exatamente igual. São dinossauros. Espero que, se eles tiverem uma prole, os filhos cresçam inteligentes, rebelando-se contra as ideias totalmente ultrapassadas dos patriarcas nojentinhos. (o post tá travando, não tá?).


Nelson, pois é, bem lembrado. Filmes pra levantar a moral andam um pouco em falta. Mas a Arashi tem razão: daqui a pouco vem Capitão América, um que tem toda a simbologia americana no nome e no uniforme. Se bem que eu esperava coisas patrióticas/imperialistas/bélicas das mais fanfarronas em Homem de Ferro e elas não vieram...

Anônimo disse...

Não vi muitos filmes dessa lista, mas não gostei de ver À Procura da Felicidade como um porco capitalista. É baseado em fatos reais e é uma história de superação. Se o mundo é capitalista, não é culpa do filme, que apenas mostra como as coisas são. E Hancock é só um filme pra se divertir... nada sério. Totalmente aprovados na lista: Anticristo ("que porra é isso?", foi o que pensei quando vi) e as sequências de Jogos Mortais. Realmente, é preciso saber quando parar. O primeiro é fora de série. Tem elementos interessantes, mas o que vem depois só dá nojo.

Lord Anderson disse...

To impressionado, muito.

Achei que só Senhor dos Aneis ia dar polemica, mas a procura da felicidade parece que despertou o lado raivoso de um monte de gente...


Quantos ofensas a Lola só pq ela teve uma interpretação pessoal do filme.

Serio que a ideia que ela faz do longa é assim tão revoltante?

Vale mesmo a pena despejar tanta raiva só pq não concorda com a visão de uma pessoa?

To pasmo.

Koppe disse...

Na lista de remakes totalmente desnecessários, eu incluiria o novo "A Fantástica Fábrica De Chocolate".


Quanto ao filme do Capitão América... recentemente nos quadrinhos o personagem se redimiu da imagem que se criou ao longo dos anos, de "escoteiro-chato-legalista-moralista-puxasacodosistema", quando na saga Civil War se rebelou contra a nova lei e o governo. Essa saga Civil War não deixa de ser uma parábola dos tempos sombrios que os americanos viveram nos últimos anos, de governo Bush, medo de terrorismo, guerra no Iraque e atos governamentais questionáveis. A Marvel teve a ousadia de criar uma situação parecida nos quadrinhos, de medo, caos, país dividido e governo aumentando o controle sobre a população, e colocar logo o Capitão América como líder da oposição. Atualmente ele está morto, e todo mundo se pergunta como a Marvel vai fazer pra ressuscitar (nos quadrinhos isso tem acontecido bastante).

Arashi disse...

Koppe, esperemos sinceramente que o Cap não venha com pataquada nesse filme. Ele é um dos meus personagens favoritos, mas é o tipo de personagem que precisa de um roteirista de peso pra não desandar.

Martha disse...

Lola, o texto do Ghiraldeli não está travando, não. E é extremamente nojento. Que horror!

Fabio Burch Salvador disse...

Olha Lola, se quiser me banir para sempre do blog, não faz mal, mas... eu realmente abri o link do texto do Ghiraldelli...

CARACA! Nossa! Ele é a expressão máxima do sofisma, um cara que consegue dar uma aura de sentido lógico e base de argumentação para a defesa até mesmo da mais absurda das idéias. Confesso que se eu tivesse lido este texto dele, quando eu tinha uns 12 anos, acreditaria e até compraria os livros deste filósofo. Sério! O cara não joga a idéia de "mulher feia não pode governar porque somos obrigados a olhar para ela" assim, de sopetão. Não! Ele CONSTRÓI UM RACIOCINIO levando a este ponto!

Não pensei que eu leria um texto desses.

Mas a leitura me fez bem! Eu estava triste por ser um colunista de jornalzinho provinciano e porque, às vezes, mudo de idéia sobre um assunto e retifico em outra edição, mas me sinto mal quando defendo uma idéia que depois, vejo que estava errada. Mas lendo o Ghiraldelli, e sabendo que mesmo escrevendo o que escreve, ele tem um público cativo, me senti até um Luis Fernando Veríssimo. Me senti um gênio. Sério.

Então, governante não pode sofrer de feiura.

Dilma é uma afronta.

Lindos mesmos eram o atlético Lula, o FHC de rosto juvenil e angelical, o alto e forte Sarney... e o Figueiredo, então!

Bah! O único presidente bonitão que tivemos no período em que estou vivo foi o Collor e... melhor não comentar...

Incrível. Realmente incrível. Nunca havia parado para ler um texto do Ghiraldelli! Li esse. E agora minha vida nunca mais será a mesma.

Fabio Burch Salvador disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fabio Burch Salvador disse...

Minha esposa não é mais nenhuma menininha. Ela passou dos 35. Ah, que supremo azar, terei que mandá-la para a plástica!

Ou não. Ela ainda é muito linda.

Melhor não deixar ela ler o Ghiraldelli. Senão vou ter que fazer implante de cabelo aos 35... se com 29 já dá para notar o recuo das tropas em direção às linhas de trás...

... mas na minha foto do perfil, não dá pra notar né? Isso é uma técnica chamada "uso estratégico da franja".

Amer H. disse...

Não Lola, não tenho problemas em entender contexto. Eu trabalho com a palavra escrita, dissecar contextos é tudo que faço o dia inteiro.

Então das duas uma, ou você REALMENTE tem uma opinião ultra extremista, que busca apenas fazer oposição, e qualquer um que discorde da mesma "não entendeu" o contexto em que ela foi escrita (adoro quando alguem usa essa desculpa) ou você escreve mal e a idéia que você que passar com seus textos passa voando por cima daqueles que não tem a mesma opinião que a sua.

Ora, pra quem concorda, um texto não precisa fazer sentido real.

Agora, quer criticar um filme? Vá em frente. Você tem direito a uma opinião. Mas se quer ser levada a sério, elabore algo além de UMA LINHA pra explicar porque aquele filme é ruim em sua opinião.

E que bom que você citou Kramer vs. Kramer. Quer dizer que o filme tem um discurso machista porque coloca a mãe como uma pilantra? Hmmmm, verdade, mulher nenhuma NUNCA abandonou o filho, isso não existe, não é verdade? Todas as mulheres são vítimas afáveis de um mundo louco que elas não construiram, ooohhhhh, os meus sais.

Aliás, o filme do Will Smith que voc~e citou como sendo "não ruim" se chama "Eu Sou a Lenda". "A Lenda" é um filme dos anos 80 com Tom Cruise.

Já que você é atriz e entende tanto de cinema, pesquisar o nome dos filmes antes de escrever ajuda um bocado, algo que hoje em dia pode ser feito em cinco minutos.

Fabio Burch Salvador disse...

E o AMER jogou a LOLA nas cordas e na volta deu UM DRAPS COM OS DOIS PÉS NA CARA!!!!

Seguem as emoções da World Wrestling Comentation!

Cíntia disse...

Lola, eu achava que só eu fazia esse paralelo entre Dick York e Jim Carrey... Obrigada, Fábio Salvador.
Odeio esse "A Feiticeira", odeio todos os papéis do histriônico Will Farrell.
De fato, a lista não é uma unanimidade, mas é quase.
Não pude deixar de lembrar de todos os filmes de Jennifer Lopez. Parei para pensar porque odeio, além do fato de ser uma atriz fraca. É porque seus filmes sempre reforçam o estereótipo da mulher latina pobre, desarrumada, sem estudo, ingênua, e mesmo quando não é pobre, é sempre sem estilo, insegura, atrapalhada.
Mas tem sempre um bonitão que será seu "salvador".
Bjs para Nelly.