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Com “Torres”, o cinema todo tava fazendo “sniff sniff”. Eu, uma manteguinha derretida, obviamente chorei. Só um sem-coração total como o maridão não derrubou uma só lágrima. O filme é sentimental até a medula, construído pra comover, e eu sempre caio. Câmera lenta e música emocionante, eis a receita pra um dilúvio. Mas, pensando bem, se fizessem uma produção sobre uma das inúmeras criancinhas iraquianas e afegãs que certamente devem ter ficado presas em meio a escombros quando seus países foram bombardeados pelos EUA, não seria tão diferente, seria?
No fundo, a mensagem é que nossos maridos precisam estar entre a vida e a morte pra reconhecer o nosso valor. Perguntei pro maridão se ele, soterrado até o pescoço, finalmente me daria o merecido valor. Ele respondeu: “Talvez se eu deitasse na cama em casa a poeira se acumulasse e eu ficaria soterrado. Mas não sei se o seu valor viria à mente”. Depois eu quis saber se, nesse caso extremo, ele diria pra mim “Você me manteve vivo”. O verme rastejante respondeu que sim, essas seriam suas últimas palavras.
O Stone opta pela temática típica americana, a de glorificar o indivíduo. Deixam a cena os quase três mil mortos no atentado, substituídos por dois heróis. Ao focar a história inteira no drama desses dois homens e suas mulheres, de gente que não tem a menor idéia do que aconteceu, o Homem-Pedra esvazia o conteúdo crítico. Não é bem “As Torres Gêmeas”. Tá mais pra “Drama Particular nas Torres Gêmeas”. Até o Bush aparece positivamente, longe do presidente titubeante que vimos em “Fahrenheit 9/11”. Não é à toa que tem crítico ultraconservador
chamando o filme de “pró-americano, pró-fé, pró-família, e pró-macho”. Quem sou eu pra discordar? Mas espectadores escreveram coisas mais relevantes. Por exemplo, um disse que é como ver um filme sobre o Titanic sem ver o navio afundar. Outro manifestou seu temor de que o fuzileiro (o personagem mais patriota e suspeito) iria matar, não salvar, os sobreviventes. Sei lá, se é pra conhecer o drama de alguém, eu preferiria ver os momentos finais das pessoas que pularam do prédio. Ao invés disso, o Stone nos leva ao fundo do poço de um elevador, onde há mais bigodudo por metro quadrado do que em todo o Iraque, imagino. É o memorial do herói enterrado vivo. Não deixa de ser uma boa metáfora pros EUA.
O Stone opta pela temática típica americana, a de glorificar o indivíduo. Deixam a cena os quase três mil mortos no atentado, substituídos por dois heróis. Ao focar a história inteira no drama desses dois homens e suas mulheres, de gente que não tem a menor idéia do que aconteceu, o Homem-Pedra esvazia o conteúdo crítico. Não é bem “As Torres Gêmeas”. Tá mais pra “Drama Particular nas Torres Gêmeas”. Até o Bush aparece positivamente, longe do presidente titubeante que vimos em “Fahrenheit 9/11”. Não é à toa que tem crítico ultraconservador
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