sexta-feira, 28 de novembro de 2008

ARTE É COZIDA, VIDA É CRUA. A MINHA EU QUERO MAL-PASSADA

Faz um tempinho, li algo muito interessante que me deu o que pensar. Parece que, nos anos 90, uma feminista radical decidiu fazer uma performance numa livraria na Califórnia. Ela pegou uma cópia de Psicopata Americano, bestseller de Bret Easton Ellis, e passou a ler uma das passagens mais chocantes do livro.
Cabe aqui uma explicação. O romance, de 1991, vendeu muitas cópias e causou furor entre as feministas, que o acusaram de misógino. Ele descreve com detalhes vários tipos de torturas, mutilações genitais, enfim, todo tipo de violência contra prostitutas (que não são as únicas vítimas do protagonista; tem também os sem-teto e alguns colegas, mas sua preferência é mesmo por matar mulheres). Uma cena gráfica - vou te poupar dos detalhes - inclui um rato numa jaula próxima ao órgão genital feminino. É muito, muito horrível, e asqueroso. Felizmente, o filme, roteirizado e escrito por uma feminista, deixou este e outros trechos de fora. Agora, não há dúvida que o protagonista, um serial killer, odeia mulheres. Mas a trama é misógina? Bom, sempre há um componente de ódio contra as mulheres numa obra que descreve detalhadamente o que fazem os homens que odeiam as mulheres, né? Ao mesmo tempo, o livro deixa claro que Patrick Bateman é não apenas um assassino doente, mas também um idiota completo, inseguro e covarde. O problema é que todas as mulheres do livro são ora vítimas, ora moças fúteis. Pode-se dizer que todos os personagens do livro, independente do sexo, são estúpidos. Afinal, o romance é uma grande crítica satírica ao mundo dos yuppies, que tomaram conta dos anos 80. Esses young urban professionals eram ricos, consumistas ao extremo, muito vaidosos, e cheiravam cocaína adoidado (outro dia li um artigo que dizia que os yuppies venceram, pois hoje o ideal nos EUA é ser justamente um yuppie, só que com outro nome, talvez metrossexual?). Enfim, um dos personagens mais angustiantes é a secretária de Patrick, que ele ignora ou maltrata, e ainda assim ela continua apaixonada por ele. Acho que ela e as descrições de violência fizeram que o livro entrasse na mira das feministas. Eu, particularmente, acho um excelente documento de uma época, e o filme com Christian Bale no papel principal até que lhe faz justiça.
Mas, voltando à performance da feminista radical numa livraria, imagine a cena: ela lia, em voz alta, trechos horrendos do livro. Alguém chamou a polícia e ela foi presa. Não soa estranho pra você?
Vejamos: o livro não sofreu nenhum tipo de censura. A feminista não estava inventando nada de novo, apenas lendo diretamente do romance. Ela estava fazendo uma performance, assim como escrever é uma performance. Viver é uma performance. “Atuamos” de maneira diferente de acordo com o nosso público. Não somos iguais com os nossos pais ao que somos com nossos amigos. E mesmo entre os amigos somos diferentes. Dependendo da amizade, com alguns somos mais abertos, com outros, mais fechados. Yu-Fu Tuan aponta que as crianças “caem” (como teme o Apanhador no Campo de Centeio) da inocência para a cultura, e nessa cultura encontram uma vida de performance. Segundo ele, nós adultos estamos fazendo performance até quando vamos ao banheiro, pois nos recordamos do aplauso ou da reprimenda que recebíamos quando começamos a largar as fraldas (e lembre-se que adotamos o termo performance até para avaliar performance sexual e linguística). Para muitos dos analistas de performance (sim, existe um campo imenso só disso), atuamos o tempo inteiro. Somos atores dentro de um cenário, a cultura. Richard Schechner, um dos principais teoristas, ainda arrisca que “a arte é cozida e a vida é crua”. Mas, no máximo, o que fazemos na vida, no nosso dia a dia, é uma performance crua. Na arte, elaboramos melhor.
Bom, só isso já rendeu e continua rendendo dezenas de livros, mas, voltando mais uma vez à feminista radical, ó dificuldade de ir direto ao ponto!, perceba que não estou julgando nada. Sou contra a censura. Não acho que o livro mereça ser censurado, mas tampouco concordo que a feminista deveria ter sido presa. Cadê a liberdade de expressão? Ela estava reclamando contra uma obra que considerava misógina. Ao ler trechos do livro, tentava alertar os consumidores. Por que ler as palavras em voz alta seria mais chocante que lê-las silenciosamente, na página? Ambos - ler e ouvir - são atos passivos, embora incluam interpretação e recepção, que não têm nada de passivos. Mas digamos que são técnicas mais passivas que falar e escrever. Será que as palavras de Bret Easton Ellis ganhavam mais vida ao serem ditas do que lidas? Seriam mais aterrorizantes? Incomodariam mais gente?
Ok, a gente não sabe a história inteira. Vai ver que a feminista estava fazendo um escândalo. Vai que havia crianças ouvindo aquelas atrocidades. Vai que o pessoal confunde livraria com biblioteca e pede silêncio absoluto. Mas isso tudo me fez pensar sobre o poder da palavra. Mais de 75% dos filmes made in USA não são roteiros originais, mas adaptados de outras fontes, geralmente de livros (e, no verão, de revistas em quadrinhos). É indiscutível que os filmes têm muito mais alcance que os livros. Claro que o filme é apenas uma interpretação entre infinitas possibilidades de interpretações. A feminista radical, com sua voz, sua entonação, seus gestos, estava oferecendo a sua interpretação de Psicopata Americano. Mary Harron, em 2000, ofereceu outra.
Opa, não sei se você notou, mas me perdi. Não sei onde quero chegar. Por favor, chegue a umas conclusões por mim. Na vã tentativa de encontrar alguma, fui ao jardim arejar minha cabecinha já de vento e vi de onde estava vindo a barulheira que venho ouvindo. É algum vizinho tocando pagode com amigos, eles mesmos produzindo a música (medonha, por sinal). Se a mesma música no mesmo volume viesse de um cd-player, eu estaria revoltada. Mas por quê? Não são ambas performances? Por que uma me irrita menos que a outra? Pra qual eu chamo a polícia?
Minha arte é tão crua, às vezes.Lolinha, esqueça os vizinhos. Guarde seu machado.

86 comentários:

Babs disse...

Lola, a sua conclusão inconcluída foi ótima! É muito boa essa reflexão "arte cozida e vida crua". Duro que é muita gente não entende, espera que a vida seja cozida e tem a ilusão de que a arte seja crua...
bj

Giovanni Gouveia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Giovanni Gouveia disse...

TEm uma lista de discussão que eu participo, que quando as pessoas se cadastram recebem um questionário, e uma das perguntas é:"um filme ruim que só a gota?" (traduzindo: um filme ruim pra caramba), aí o owner da lista, depois da resposta das pessoas pergutna sempre: "conhece psicopata americano e encaixotando helena"? Segundo ele os piores filmes que já assistiu. Como é muito amigo meu, e a gente é meio pareia nos paladares (a única diferença é que ele não fuma nem bebe), eu não me atrevo a assistir esse filme (nem ler)...
Meu pai sempre me ensinou a "conhecer pra poder criticar", mas tem coisa que eu nem me atrevo, ou que é óbvia demais. Ou será que é preciso se aprofundar em Olavo de Carvalho, ou assistir todos os filmes pornôs (que aliás têm sempre o mesmo "roteiro", é já assisti alguns...) por exemplo, pra saber que não serve?
Em tempo, adoro finais inconclusos, parece instalação plástica, em que o artista compartilha com o público a construção da obra.

Tina Lopes disse...

Ih, eu sou careta pra arte, gosto de tudo enquadradinho. Apesar dos abstratos de amigso que tenho pendurados em casa... Bem, ocorre que teu ótimo texto me levou a outro, do Contardo Caligaris na Folha de ontem (ou de anteontem - não estão me entregando na hora e só leio à noite). Ele comenta sobre a lei anti-pedofilia, que proíbe performances com atores se fazendo passar por menores. Questiona se o Estado não está abrindo precedente terrível proibindo a fantasia, que por si só não é crime. E compara com o estupro, que é crime mas amplamente encenado no cinema. Mas de qualquer forma se eu estivesse na livraria com uma chata lendo cenas de violência, que é a coisa que mais odeio acima de tudo, certamente iria embora. Ou faria um duelo, lendo Pollyana pra ela. Hahahaha.

Anônimo disse...

Hahaha, adorei o texto a deriva ("a deriva" deveria ter crase, mas estou sem acentos).
Olha, eu acho que ouvir um texto eh mais passivo do que ler. Ler, para mim, eh uma coisa ativa, eu junto aquelas palavras na velocidade que eu quiser, se eu nao quiser eu paro, olho pro outro lado. Jah uma mulher lendo aquelas atrocidades nao me dah escolha (a menos que eu coloque a mao nos ouvidos e grite "lalalala" que nem crianca). Portanto acho que eh mais invasivo sim.
Mas enfim, eu tambem nao sei da historia toda, mas acho que obrigar todo mundo em uma livraria e entrar em contato com aquele livro (na livraria vc pode escolher com quais livros quer se envolver e quais nao vai nem abrir) eh uma certa violencia sim. Mas eh engracado que eu pense assim.
Tambem ficou tudo meio inconcluso na minha cabeca, mas eu queria dizer que gostei sim de Psicopata Americano. E sempre lembro do Christian Bale numa entrevista reclamando que odiava malhar e fazer dieta e que ficar daquele jeito pro filme (um espetaculo, diga-se de passagem) foi um sacrificio horrivel.
(off topic: deve ser por isso que no primeiro Batman ele ta saradinho mas no segundo ta "churreado", como se dizia na minha adolecencia - parece que deu preguica de malhar...)

Eita, fiz um comentario totalmente a deriva tambem.

Masegui disse...

Lolinha,

Comentários atrasados, tô sem tempo:

Legal o guest post da Marjorie.

Parabéns pelo 100 mil! (lembra que eu fui o 50 mil? óia que eu tenho prova!)

Desta vez não passei nem perto, a concorrência tá grande e eu tô sem tempo... tchau.

João Neto disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Giovanni Gouveia disse...

desculpa aê, Lola, mas não resisto:

huáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuá
huáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuá
huáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuáhuá

Será que sabe também a intensidade de uma cólica menstrual ou a dor do parto?

Anônimo disse...

Ai, preguica, mas eu vou responder:

Joao, as mulheres nao gostam que fiquem mexendo com elas na rua nao. Na adolescencia eu ate gostava, fazia bem para a minha auto estima. Hoje em dia eu moro em Londres e aqui as pessoas nao te olham que nem um pedaco de carne, e isso eh OTIMO. (com excecao de alguns italianos nojentos)
Queria ver se vc ia gostar de ouvir "Te chupo toda!" atravessando a rua no centro do Rio. Pois eh, aconteceu comigo.
Nao eh toda mulher que gosta de ser tratada como coisa. Muitas gostam, mas nao todas!

Anônimo disse...

João,
vc já disse o que Lola devia fazer umas "trocentas" vezes. Agora, diga pra gente: o que vc deve fazer?

Gisela Lacerda disse...

Olha, não achei o filme misógino. Vi uma vez no Intercine da Globo e sinceramente me deprimiu e adorei isso, porque achei ultrareal, pelo menos no meu conceito de realidade, especialmente como eu imagino a sociedade americana e "classe yuppie". Achei extremamente irônico inclusive e despretensioso.

Anônimo disse...

Eu ia comentar aqui sobre o psicopata americano, fazer um paralelo com um livro do marquês de Sade que me deram de presente e eu não aguentei ler, mas fiquei enojada com o comentário absurdo do João:

"Mentira! Mulher sai com roupas provocantes para chamar a atenção e se os homens não a notarem, ele fica acabada e vai fazer regime, plástica, psicanalista etc."

Ai, sério, menino, enough is enough. A paciência dos outros só aguenta ouvir merda até certo ponto. Pára. E, sim, chamo de merda porque é. Você sabe disso. Sabe que o que está falando não tem base nenhuma. Sabe que só está generalizando e espezinhando. Seu único objetivo é irritar os outros.

Sério, vai arranjar uma vida.

lola aronovich disse...

Desculpe, gente, mas tive que deletar o comentário do João, até porque ele ofende diretamente a Andrea (e TODAS as mulheres). Vai ter que virar post de novo. Só aí pode ser respondido à altura.
Eu DETESTO dar destaque assim a um pensamento tão estúpido, tão pequeno, tão ridículo, mas é bom pra gente saber que muita gente pensa assim. E é bom pra gente se mobilizar também contra a intolerância.

Anônimo disse...

Lola,

Antes de mais nada, parabéns pelos 100 mil. Como conheci seu blog há pouco tempo, tem muita coisa que eu não li, mas quando estiver com mais folga vou dar uma lida nos posts antigos. Lendo homens que odeiam mulheres, não sei porque lembrei de muitas mulheres que eu conheço, mães de rapazes, preconceituosas e que estão educando seus filhos com conceitos extremamente machistas.

Anônimo disse...

Mas, sério, gente, a gente devia ignorar o moço. Porque, no fim, o que ele gosta é disso. Que todo mundo fique revoltado com as besteiras preconceituosas que ele diz. Acho que nem ele se leva a sério, vai...

É igual criança, quando fica repetindo as coisas ininterruptamente só pra espezinhar o coleguinha. Se você ignorar, uma hora a brincadeira perde a graça.

Quem sabe então ele veja que pode fazer coisas muito mais legais do que ser um stalker na internet. Afinal, a Lola pode não fazer nada para ajudar os conterrâneos ilhados, mas certamente o sr. João tb não está ajudando ninguém ao fazer comentários só pra chamar a atenção.

Anônimo disse...

Lola, não publica o comentário dele como post, não. Já seria o terceiro.

O que ele quer é isso, roubar o espaço do blog só pra ele. E sabe exatamente o tipo de absurdo que tem de dizer para isso. Não acho que ele esteja falando a sério.

Renata disse...

Ai João Neto, espero que você saiba inglês para entender o que eu quero dizer porque é a primeira coisa que me vem à cabeça: "get over yourself".

Mulher não gosta de ser abordada na rua por estranhos, é justamente por esse tipo de coisa que sempre tememos ser atacadas. É abusivo, invasivo, inconveniente e grosseiro.

Mas quer saber? Tudo bem, continue achando isso tudo e falando aqui pra todo mundo te xingar, porque é isso que você gosta mesmo: de atenção.
Quando você fala que as mulheres na real gostam de ouvir cantadas de operários de construção porque gostam da atenção você está é projetando. Quem gosta de atenção, mesmo que negativa, não são as mulheres, é você.
Sabe muito bem que seus comentários são às vezes ofensivos e largamente criticados neste blog. Mas continua insistindo neles mesmo depois do assunto ter mudado...

Dedalus disse...

Cara Lola,

Quando leio seu blog e os comentários nele postados, eu fico até com vergonha de ser homem: afinal, o que eu consigo "sentir" é que todos os homens são maus, que a inteligência é privilégio único e exclusivo das mulheres, especialmente das feministas, e que a humanidade só teria a ganhar se todos os homens sumissem da face da Terra (esse sentimento me parece que é até expresso numa estorinha em quadrinhos que apareceu agora no Brasil -"Y, o último homem") - enfim, me parece que todos os homens são apenas versões modificadas do personagem do Christian Bale no filme que você escolheu, adequadamente, para comentar. Note que eu não estou exagerando: é realmente o que parece que eu sinto, mas eu fico até em dúvida se eu sinto algo, já que eu fico também com a impressão de que homens não sentem - são animais insensíveis... Parabéns pelas suas críticas de cinema (das melhores que existem na internet) e pela sua popularidade: as mulheres parecem se identificar muito com você. Realmente, acho que é uma pena que eu só seja um ser humano, infelizmente não do gênero certo.

Um abraço!

Giovanni Gouveia disse...

Ei, Dedalus, tem uma ruma de Homens por aqui. Não esquenta não, continua fazendo as máquinas, e convencendo teu filho a não se aproximar muito do sol... ;)

Renata disse...

Dedalo,

acho que você entendeu errado os comentários do blog, e isso eu deixo pra Lola comentar, mas acho que também entendeu errado a premissa do Y: The Last Man.

Eu li toda a série (nos EUA já terminou e teve 60 edições) apesar de ter recém começado a ser publicada no Brasil. A história não se trata do paraíso que seria se todos os homens da Terra morressem, mas sim do caos de um genocídio de gênero provocaria.

A princípio até pode parecer como uma premissa bobinha e fadada a incorrer em machismos, afinal que homem não daria tudo para ser o último do seu gênero na Terra?

Mas é muito bem escrita e lida com isso de maneira na maior parte das vezes bem madura. Você tem que ler todo o quadrinho para entender, mas em termos gerais a história trata do fato de que como espécie precisamos dos dois lados para sobreviver, e que ainda é preciso sabedoria para entender algumas diferenças entre nós.

Eu particularmente adorei a série, e achei inclusive que o retrato da homossexualidade feminina foi bem feito. Lola, não sei se você gosta de quadrinhos, mas esse é um que indico pra todo mundo, gay, hétero, homem ou mulher.

Renata disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kaká disse...

Essa coisa de fazer performance lendo o livro me lembrou um chato que as vezes fica aqui na frente do prédio, liga o seu amplificador pega o microfone e lê a Bíblia. E lê mal porque não tem vírgula ou ponto final que o faça pausar. Sabe aquele professor do Ferris Bueller que ficava repetindo os nomes? Pois é.



João, receber elogios respeitosos toda mulher gosta, mas não é o que acontece 99% das vezes. A maioria é na linha do 'vou te chupar todinha', como disse a Barbara, ou um "gostosa" super mal intencionado.

(só vi agora que o cometário dele foi deletado, mesmo assim vou deixar esse meu para ele.)

Tina Lopes disse...

Eu não vi comentário do João Santiago Troller da Silva, mas quer saber, Lola, não perca seu tempo. Não dá palco não.

karina disse...

Olá, sou uma das lurkers mencionadas no post anterior. Já li TODOS os textos postados, mas não comento nunca, talvez por achar que não tenho nada de realmente interessante a acrescentar. Adorei este texto, adorei as fotos no post anterior. Beijos, continua escrevendo, que eu continuo lendo...

Anônimo disse...

Amada Andrea,
o moço te ofendeu, ofendeu a Marjorie, e nos ofendeu a todas. A mim me parece que não podemos perder o nosso tempo respondendo às agressões, pois como dizem a Marjorie e a Renata, ele quer chamar à atenção. Eu tava tolerante, bem, até certo ponto, mais ou menos tolerante. Porque eu o via como alguém errado nos seus pensamentos, carente, e muito imaturo apenas. Não achei que ele fosse maldoso. Ele já tinha falado que fora criado com amor por uma mãe atenciosa e realizada que ficou em casa cuidando dos filhos. Por que um moço bem criado se transforma em um troglodita que ofende desse jeito às meninas? Acho que estamos sendo manipuladas: ele não é isso que aparece aí. É só performance pra conseguir nossa atenção, pra que se ocupem dele. Meio doentio, não acham? Eu cansei. É muito repetitivo pra aprender alguma coisa.
Nem vou nem ler mais seus comentários (dele, oh, português) Fico com os comentários de meus moços amados, inteligentes, bonitos, bem humorados, carinhosos e solidários : o Cavaca, o Masegui, o Giovanni, o serge renine, e outros que não identifico, o pablito também, e dispenso o João e o Santiago.
Sorry, Lola : se você dar mais um post a semelhante grosso, não vai ter Imperial Cake pra festejar os 100.000. Vou ficar meio preguiçosa, ta? La Mamacita

Babs disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Babs disse...

Wow, até a Mamacita já se encheu do João. Ela tem fortes argumentos heim Lola?
Além do mais eu não dispensaria o cake...
bj
:)

Giovanni Gouveia disse...

Ahora tengo una duda atroz. Yo no sé si admiro más la madre o la hija. Pero es mejor no alimentar la duda, y la admiración es de ambas. Gracias, Mamacita. (con permiso, yo no sé vuestro nombre)

Anônimo disse...

Mamacita! tãnãnam! Mamacita! tãnãnam!

(usando os mesmos pompons dos 100.000 da Lola)

Anônimo disse...

Ai, Lolô,
que desgraça esse moço inconveniente. Justo quando aparece de novo uma discussão interessante, performance, arte, cru, cozido, o medo e a violência do Yi-Fu-Tuan ( você tá com o livro em casa? )e vai saber tudo o que as comentaristas mestrandas e doutorandas do blog teriam a dizer do tal de unncany, a palavra da moda.( Não o Freud) Bjs, La Mamacita

lola aronovich disse...

Babs, querida, que bom que vc gostou! Eu acho essa discussão de arte cozida e vida crua interessante tb. Mas é verdade, tem gente que não entende. Eu já discuti isso com amigas muito inteligentes que se sentiram ofendidíssimas com a idéia que estamos atuando o tempo todo.


Gio, vc já falou que não gosta de filme/livro violento! Não tem nem que chegar perto de Psicopata Americano. Se bem que o filme não é muito violento, não. Quanto ao seu amigo, Encaixotando Helena é realmente péssimo, concordo, mas Psicopata tem um grande cult. Tanto que foi lembrado naquela polêmica lista dos 500 melhores filmes de todos os tempos, sabe? E eu acho justo! Gosto muito do filme. E concordo que a gente não precisa conhecer tudo a fundo para criticar. Mas também acho errado não conhecer uma coisa, achar que conhece, citar a tal coisa e criticá-la - sem nem se informar sobre ela -, como vi ontem num blog. Aí é um desserviço.

lola aronovich disse...

Tina, o pior é que também sou careta pra arte! No cinema, por exemplo, gosto de filmes com história. E também não sou fã de artes performática. Se vc puder me mandar esse texto do Caligaris (não sou assinante), agradeço.
Eu também não gostaria de uma chata lendo cenas de violência numa livraria, tenho que confessar...


Barbara, mas ouvir, como ler, também exige interpretação, certo? E vc não consegue se “desligar” às vezes de alguma coisa que está sendo dita (os maridos fazem isso super bem com a gente!)? Há há, cobrir os ouvidos e gritar “lalalala” é fofo! Mas claro, concordo que, no caso da feminista, o que ela fez foi invasivo. Foi uma performance.
É, li que o Christian Bale odiou ter que malhar tanto pra Psicopata. Tadinho, taí um ator que já fez o corpo sofrer pra caramba pela arte. Malhadão em Psicopata, magro como um palito em Maquinista... Espero que ele ganhe muito bem, porque esses sacrifícios todos não são legais.
Ele não tava com corpão no segundo Batman? Nem notei! Gostei muito do seu comentário, Barbara, à deriva ou não...

lola aronovich disse...

Nem vem, Mario Sergio! Vc me abandonou! Eu pensei que vc lutaria pra repetir a façanha dos 50 mil!


Gio, é dose, né? Não duvide: o João Neto sabe tudo! Ele e Deus!

lola aronovich disse...

Barbara, Luiz, queridos, obrigada por responder ao João. Mas, por favor, hold your fire! Guardem sua munição porque esse comentário vai virar um outro post.


Gi, despretensioso acho que o filme não é, pelo contrário, mas gosto muito dele. E ele tem um certo viés feminista até. Mas o que importa mesmo, pra mim, é que seja O filme (e A obra) sobre o reinado dos yuppies. É um belo documentário sobre esses costumes.

lola aronovich disse...

Marjorie, mas comente sim sobre Psicopata e Marquês de Sade! Por favor! Não liga pro João. Não por enquanto.


Lili, obrigada! Isso, leia os posts antigos com calma, porque tem MUITO post antigo... Quase 1,100. E vc já viu o tamanho da maioria, né? É terrível isso de mulheres continuarem educando seus filhos com uma mentalidade machista. Elas acham que, por serem SEUS filhos são maravilhosos. E, se crescerem misóginos, odiando e agredindo mulheres, será porque ELAS mereceram. Porque o filhinho é perfeito! Muito triste.
Mas, por outro lado, eu vejo tanta mãe mais jovem que NÃO está criando os filhos assim... E aí tenho esperança. Um pouquinho, pelo menos.

lola aronovich disse...

Dedalus, obrigada pelo seu comentário. Entendo como vc se sente, de verdade. Estou ocupada demais no momento pra te responder, mas provavelmente vai virar post tb, ok?


Gio e Renata, obrigada por responder ao Dedalus. Já já eu respondo melhor. Quer dizer, talvez demore um pouquinho, mas juro que respondo. E Rê, que beleza! Parece hiper interessante esse Y: The Last Man. Tem na internet ou eu preciso comprar?

lola aronovich disse...

Kaká, que bom que vc voltou a comentar! Eu ainda não vi a resposta sua pra minha pergunta sobre quando vc estudou na Escola Americana do Rio, e se vc participava do Big Four. Porque vai que já estivemos na mesma quadra como rivais?! Esse mundo é pequeno.
Há, esses carinhas que ficam pregando o apocalipse certamente são performáticos! Eu posso escutá-los por um tempo, mas depois fica repetitivo.


Tininha, eu sei, eu sei. Veja o que respondi pra Marjoria, Renata e Mamacita, abaixo.

lola aronovich disse...

Marjorie, Renata e Mamacita (vulgo minha mãe): vou responder os comentários das três de uma só vez, ok? Entendo seus argumentos e agradeço sua preocupação com esse demente ocupar o espaço do blog. Mas eu sinto que PRECISO responder (e minhas respostas são imensas, vcs sabem), até porque ele insultou a Andrea. Eu acho que ele se leva a sério e quer holofotes. Acho que ele e o Santiago são a mesma pessoa. As coisas começam a fazer sentido. Ele fica frustrado porque ia/vai ao Rafael Galvão (um outro blogueiro, mãe, muito mais famoso do que eu), fala as besteiras dele, e todos o ignoram. Então acho que ele procura outros blogs pra encher o saco. Como aqui a gente já havia descartado o Santiago, ele voltou como o João Neto, um pouco mais comedido, mas passou a se soltar agora. É performático sim, e é doentia essa busca por atenção.
Ao mesmo tempo, fiquei com muita raiva ao ler o último comentário dele e decidi responder. O post já está pronto, ficou bom, e vai ser publicado segunda. Mas é o último.
Mãe, vc não vai deixar de fazer bolo de chocolate pra mim só porque eu respondi ao nojento, vai? É só ameaça sua, vai! Não, sério, hoje escrevi um outro post (minha tese realmente não anda) sobre blogs em geral e o que pra mim é um bom blog e, enquanto estava procurando imagens pra ilustrar o post, cheguei a um blog (em inglês) dizendo que, quando um blog fica bom, com vários comentaristas inteligentes, ele mais ou menos anda sozinho, porque esses comentaristas interagem, fiscalizam os trolls, sugerem posts, corrigem o autor/a etc. E eu achei: puxa, como isso é verdade! Eu sinto o meu blog MUITO melhor do que no começo, e isso se deve ao nível das(os) comentaristas. E os autores daquele post também diziam que isso podia levar ANOS pra acontecer com um blog. E eu fiquei toda toda porque pensei: putz, pra mim só levou MESES!
Quer dizer: nem todos os comentaristas são seres pensantes. A gente vê o João, por exemplo...

lola aronovich disse...

Karina, nem vem! Como assim, já leu TODOS os textos postados?! É muito texto, viu? Quase 1,100. Mas agradeço de coração o esforço descomunal pra ler tantos posts. Só discordo que vc não tenha nada de interessante a acrescentar. Não seja tímida, acrescente sim. Abração, querida! E esse bebê super fofinho da foto, é seu?


Ih, Babs, que vc não seja outra a me ameaçar de cortar o fornecimento de chocolate se eu responder ao João! Minha mãe fala isso mas ela faz o bolo, nem que seja pelo genrinho. Aliás, mãe, eu pensei que o bolo seria comemorativo à volta do Silvinho, não as minhas cem mil visitas! Serão portanto DOIS bolos neste final de semana?

lola aronovich disse...

Gio, o nome da minha mãe é Nelly. E acho bom vc admirar la hija mucho más que la madre, tá?!


Débora, os pompons são exclusivos pra mim! Pô, assim não dá, leitores infiéis!


Mãe, tá cheia dos fãs, hein? Fazendo sucesso! Algum dia eu falo do uncanny (o conceito do bizarro, do sinistro, do Freud) por aqui. Eu não tenho livro do Yi-Fu-Tuan. Mas tenho vários livros sobre teoria de performance, se quiser emprestados. Os do Richard Schechner são muito interessantes. Vc, que é antropóloga, iria gostar.

Andrea disse...

Aff Lola! Não aguento mais as tolices desse João. E olha que desta vez eu nem sei qual foi a besteira. Só digo que alguém como ele é tão pequeno, tão mísero que deveria simplesmente ser ignorado. Tenho mais o que fazer com o meu tempo, que nos últimos dias tem sido tão precioso.

Desculpa vir postar pra fazer um vômito com toda essa palhaçada. É que coisa ruim eu não absorvo, coloco pra fora mesmo.

E valeu pelo post de hoje! Ri um monte no "chegue a umas conclusões por mim". uhauahaau

Andrea disse...

PS - e minha ausência do blog desse fds é justificavel. Mas domingo a noite ou mais tardar segunda de manha to de volta, e como sempre tb leio retroativo. hehehe =)

Bom findi!

Giovanni Gouveia disse...

"Vc, que é antropóloga, iria gostar."

Ainda por cima Dona Nelly é cientista social... tá bom, margaret mead, levi-strauss, mauss, Malinowski, Radcliffe Brown e cia ltda não são meu forte (trauma de um mau/mal professor), mas ainda assim estudamos as mesmas relações sociais, com óticas diferentes

João Neto disse...

Lola:

Eu não sou o Santiago, nem o Rafael Galvão é um blogueiro mais famoso que você, na verdade, poucos o visitam e cometam.

Se você olhar no blog do Galvão, você vai ver que, eu já comentei lá no passado mas parei pois o cara é um petista idiota. Eu só o leio de vez em quando, mas ele está cada vez mais fraco.

lola aronovich disse...

Andrea, mil desculpas por ser nome ter sido atacado pelo João! Terei que repetir os insultos dele no post (que, obviamente, não se restringem a vc, mas atacam todas as mulheres). O que esse senhor basicamente disse foi que vc ADORA que os homens mexam contigo. E que todas as mulheres adoram isso. E que as feias têm é inveja. Enfim, apesar desse comentário ser de uma estupidez atroz, eu preciso responder. Sai na segunda. Abração, querida, e bom fim de semana!


Gio, é, minha mãe é formada em Antropologia em Buenos Aires, e em História pela USP. Chique, né? Vcs têm muito que conversar...

lola aronovich disse...

João, acho que vc é o Santiago, sim. Pelo menos o seu modus operanti é muito parecido. E quanto ao Rafael Galvão, entrei pouquíssimas vezes no blog dele, e só entrei porque foi citado por outras pessoas. E blogueiro citado é blogueiro conhecido, eu acho. Ele está na blogosfera faz tempo, eu acho, escreve bem, tem um público muito maior que o meu. O Alexandre do Pense Nisso o considera um dos melhores blogueiros brasileiros, e o Alexandre conhece a blogosfera muuuuuuito melhor do que eu.

Serge Renine disse...

Aronovich:

Fala pra mim o que o João Neto falou da Andrea, a bela, que vou me entender com essa cara!

Serge Renine disse...

Querida Aronovich:

A vida, ou viver, é a única arte: crua, viceral, seca e ao mesmo tempo, a performance mais bem elaborada, ensaiada, e bem executada, que teremos em toda nossa existência.

Babs disse...

Lola, eu não faria isso com você jamais! Mesmo porque, eu já te disse, tenho um lado sádico. Gosto de ler você respondendo fantasticamente à essa gentinha, colocando esses espíritos de porcos(sem ofensa aos bichinhos) no lugar deles... Na verdade, dependendo da resposta eu vou colocar mais bombons.
Bjs

Andrea disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Andrea, sorry! Deletei o seu comentário e só deixei o começo dele. É que o resto eu quero transformar num guest post, posso? A gente tá falando muito em violência contra a mulher e sempre fala de violência física/sexual, mas existem outros tipos, e o seu belo comentário é um exemplo. Me autoriza?

Este é o primeiro pedaço do coment. da Andrea:

(eu de novo)

Li agora todos os comentários deste post, daí achei que cabia mais um comentario meu (heheeh).

Primeiro, thanks à la Mamacita e a todos pela solidariedade. E vejo que a balança pesa para os dois lados no caso publica ou não. É o caso, ele quer atenção. Só que infelizmente só receberá atenção negativa.

O que me leva ao comentário do Dedalus. É uma pena ele se sentir assim com relação a ser homem. Acho que no caso é só mesmo aprender com tudo isso e nao replicar esse tipo de comportamento misógino. Sabe, tentar ser o diferente, pra melhor, aquele que se destaca pelo que faz. E o mais importante, é que isso é possível!!!

E apoio também o comentário da Lili, que muita culpa disso é SIM, das mães. Aquela mãe que exige que a filha arrume a cama e o filhinho não. Que pede às meninas para pôr a mesa e lavar a louça enquanto os guris jogam video game.
(ANDREA)

karina disse...

Lola, li, sim. Demorei, mas li. Meu trabalho anda chato e quando fica insuportável dou uma corrida pra cá, pra conseguir um "respiro" para o meu humor. O único problema é que todas as vezes em que você menciona a tese, meu estômago esfria. A minha tá na geladeira, ou subiu no telhado, sei lá. O bebê é meu, mas a foto tá antiga... ele não é mais bebê, ao menos não segundo ele mesmo, já tem 02 aninhos.

Esse carinha tá rendendo, heim? três posts já não é muito, não? sei lá...

Suzana Elvas disse...

Lola;

Você tem a tese, eu tenho trabalho: vamos pois as duas dar as mãos e sentar na cozinha de Mamacita pra discutir... sei lá... quantas vezes aparece um homem de avental no cinema?

Concordo com a voz geral: João quer atenção nesse palco. Ele é voz dissonante no grupo, e por isso as discussões tornam-se mais divertidas, já que não há aquela coisa de "Concordamos todos, então vamos a jantar". Mas, João, a gente gosta muito, mas MUITO de respeito. E você generalizar dizendo que mulher gosta de ouvir "Vou te chupar todinha" ou "Você nuinha deve ser uma delícia" é nojento - eu já escutei isso acompanhada de minhas duas filhas, de 7 e 9 anos. E o cara ainda passou a mão no rosto da minha caçula. Eu gosto de usar blusas com decotes porque tenho o colo bonito. E não quero ter que deixar de usar isso porque "estou provocando os homens". Minhas filhas não vão deixar de usar shorts pelo mesmo motivo. Eles que vão tocar uma atrás do muro e se resolverem num analista. Ou, melhor, se curar tomando no rabo numa cadeia.

Lola, acredito que dar MAIS UM post pra essa criatura é demais. Publique, mas feche pra comentários. E fim de papo. Ou o João posta CIVILIZADAMENTE, respeitando quem vem aqui, quem contou histórias sofridas de abuso e violência sexual e física, quem tem feridas eternamente abertas, ou cai fora. Dizer que as mulheres provocam esse tipo de comportamento é culpar os judeus pelo Holocausto, as vítimas pela chacina, a criança pelo ataque do pedófilo.

Eu sou uma que luta todos os dias para apagar da minha vida sete anos de opressão e violência. Já ouvi do meu próprio pai que a culpa foi minha por ter casado com quem casei. E sou daquelas que vai cansando e, se você notou, cada vez comentando menos. Porque lembrar e repisar e falar não adianta nada. João Neto vai continuar pensando como ele pensa - até que alguém de quem ele gosta imensamente, que não usa decotes, não solta os cabelos, não usa minissaia (pode ser sua própria mãe, João) Deus nos livre é vítima de violência. E aí quem ele vai culpar? O mundo? A vida? O governo? Os petistas? A culpa é dos outros? Dela?

Como eu disse, estou cansando disso, e provavelmente é a última vez que comento sobre esse assunto. Ele não vai mudar a não ser que algo mude para ele. E, convenhamos, acredito que só acontecendo com ele João vai ter idéia do tamanho das sandices que ele, até agora, postou aqui.

Andrea disse...

Aff, lá vai a Lola...
Pode sim, claro, mas da próxima vez avisa antes(hehehe) que eu melhoro a escrita acadêmica.

Brincadeira!

Isso aí foi só a gota d'agua, os detalhes é assunto pro nosso merecido café!

Abraço!

Suzana Elvas disse...

Giovanni;

"Psicopata americano" é um livro estupendo. Pena que as pessoas, na maior parte das vezes, vejam o filme e não leiam o livro. Eu sempre leio o livro ANTES de ver o filme. Garanto que é outra coisa. É como conhecer Pompéia sabendo o que significam todos aqueles afrescos, a história de cada casa.

Mas "Boxing Helena" é ruim de doer, sim. Foi o filme que rendeu um megaprocesso à Kim Bassinger - por ela cair fora do projeto depois de ler a bomba do script.

Leila disse...

Acho que as erformances sempre importam na hra de contar uma história, digo isso por dois motivos:
1- Por ser estudante de psicologia sabemos a importância sobre o COMO contar histórias, existem cursos para contadores de história, bem como existem maneiras de tocar uma pessoa dependendo do modo de contar as histórias
2- Tenho um amigo que faz das tripas o coração ao contar uma hstória, ele faz vozes, comentários e atuações, vc deve imaginar que tudo é muito divertido, até é, mas depois de um certo tempo vc percebe que ele sempre está atuando e nunca vivendo.
De qualquer maneira, disse td isso pq agente sempre é influênciado pelo COMO apesar de dar valor ao O QUE?
entende?

Anônimo disse...

Mas voltando à vaca fria, isso de estarmos em performance o tempo todo me faz pensar se em algum momento deixamos de representar. E se a arte é uma elaboração da performance, existirá também uma arte crua?

Kael disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kael disse...

Agora fiquei imaginando a cara dos vizinhos quando eu vou ensaiar com a minha banda...

Lola, essa é a primeira vez que comento mas já venho visitando seu blog a um tempo. Ah, parabéns pelas 100.000 visitas. :]

Suzana Elvas disse...

"Sorry, Lola : se você dar mais um post a semelhante grosso, não vai ter Imperial Cake pra festejar os 100.000. Vou ficar meio preguiçosa, tá? La Mamacita"

Hahahahá, agora que eu vi.
Lola, amor, lascou-se.

Kaká disse...

Oi Lola!
Desculpa, eu não tinha visto a sua pergunta. :) O Big Four era só para o high school, eu estudei na EARJ até a 8th grade, mas eu participei de todos os big six (além das do big four ainda tinha a OLM- outra escola americana do Rio e a de Campinas). Um deles foi na Chapel.
Mas acho que você é uns 4 anos mais velha do que eu, então quando eu estava na 8th grade você já era senior. :)

Masegui disse...

Lolinha,

Jamais abandonarei meu blog preferido! Estou mesmo sem tempo. Além disso, na maioria das vezes eu fico sem poder dizer nada porque essa mulherada porreta já disse tudo!

Agora, não resisto e respondo ao nosso amigo Dedalus: fica triste, não, companheiro, a grande maioria dos homens é gente boa. O problema é que os maus aparecem mais, afinal ser do bem não é nenhuma vantagem é obrigação!

Ps.: Achei genial o "João Santiago Troller da Silva" by Tina.

Mica disse...

O Christian estava bem mais magro no segundo Batman... (no primeiro ele foi obrigado a malhar, pois o filme anterior foi O Maquinista e, bem, engordar 30kg sem malhar não deixaria o corpo muito adequado ao biotipo do Batman)

Confesso que li os comentários até pouco mais da metade. Difícil entrar num tópico quando já tem mais de 62 comentários, snif.

Adorei Psicopata Americano e todas as coisas das quais ele fala.
Quanto à feminista na livraria, bem, invasivo ao extremo. Infelizmente eu sou dessas pessoas que gostam de ler em livraria, então o clima adequado para mim é aquela musiquinha calma de fundo, talvez um vocal calminho e as pessoas falando bem baixinho. Livraria para mim é lugar sagrado, adoro. Mais do que biblioteca (ainda mais com uma biblioteca impessoal, fria e ruim como a de Florianópolis). Ficaria furiosa se alguém começasse a fazer escândalo lá dentro me obrigando a compartilhar de seu desvario.

Mica disse...

Suzana, eu não gosto de ler os livros depois de assistir os filmes. Primeiro pq já saberei de (quase) tudo, segundo pq a imagem que eu farei dos personagens e dos locais e dos acontecimentos ficará contaminada pelo que eu vi no filme. Quando eu gosto muito do que eu vi no filme até vá lá, mas e quando não gosto?
O inverso eu acho muito mais interessante. Se eu leio um livro sempre procuro assistir o filme também. Ou quando tenho a possibilidade, quando sei que algo vai se tornar filme, tento ler o livro antes. Geralmente acabo criticando o filme todo depois, mas...é mais gostoso criticar um filme do que um livro, que demora mais para passar.

Suzana Elvas disse...

Então, Mica: é exatamente o que eu disse. Eu leio o livro e depois vejo o filme - como conhecer Pompéia depois de ler sobre a cidade.

Anônimo disse...

Serge renine,
Adorei a resposta que você deu pra Lola, “vou me entender com esse cara”. Perfeito, Serge. Suas filhas devem crescer cheias de segurança e de orgulho com um pai desses. E sua mulher, então. Exemplo para os moços inconvenientes saberem como as mulheres gostam de ser tratadas: com respeito e carinho. Thanks.

Babs, querida, a Lola é uma tremenda abusada, já viu? Dois bolos no mesmo fim de semana. Dois! Help!!

Giovanni, muito obrigada pelos seus elogios. Tenho certeza que a gente tem um monte de leituras, livros, filmes e opiniões em comum. Adoro sociologia.

Suzana Elvas, luz de meu coração : você pôs as coisas em claro. Concordo com tudo o que você disse. Su, você e tão precisa com as palavras. Você escreve como ninguém. Amo seu blog e seus comentários. Bjs, La Mamacita

Liris Tribuzzi disse...

Lola, deixei um comentário no post de ET.
Tava lendo também os posts anteriores sobre a culpa da mulher ser mulher e fiquei indignada. Quando o sexo masculino parar de acreditar que mulher não é um pedaço de carne ou algum modelo de carro, as coisas mudam.
Tem um sujeito que desde o começo do ano quando eu vou pro cursinho e cruzo com ele, o infeliz vem me passando cantada. E cada vez mais alto, parecendo que ele me conhece. Eu sempre ignoro, mas já tá ficando meio assustador, sabe. Comemtei com um amigo do curso e agora eu sempre dou um toque pra ele me esperar e descer comigo. Vê se pode uma coisa dessas!!!

Unknown disse...

hmm...vc já viu isso?
http://blogofhilarity.com/2008/11/11/the-9-most-disturbingly-misogynistic-old-print-ads

Anônimo disse...

Que legal la mamacita respondendo todos os comentários. E que super mãe você tem, nâo?

Anônimo disse...

Oi lola! essa é a 1a vez q comento aqui, sou do tipo q lê vários blogs por ai, mas nunca comenta. Sei q p autor é ruim n obter resposta do seu leitor.. Ja li seu arquivo td, e ja conheço seu blog ha meses, alem d entrar td dia. Vc escreve mt bem, adoro se blog! :)

Bom, mas o q eu queria dizer, é q todos aqueles posts sobre as mulheres me deixaram inspirada, do tipo q decici q, caso ouvisse algo na rua, responderia. E coincidentemente hj aconteceu.

Um cara passou do meu lado e falou algo cmo "gostosinha" e eu repliquei "feioso"! Hahaha. Pensando acho ate engraçado, tanta coisa p dizer, pareci uma criancinha brigando (n sei se isso é bom, n qro dizer q devia ter chamado d fdp, mas sim ter falado algo q n exatamente um xingamento). O cara parou e perg "o q?" com aquele tom d "repete se tem coragem". N sei se ele realmente n entendeu, ou so qria q eu parasse p comprar briga. Eu simplesmente n falei mais nd e continuei andando. Ele até me seguiu alguns metros.

Confesso: meu coração ficou acelerado, pensei até em correr, mas achei melhor simplesmente continuar em frente. A 1a vez q rebato, o cara resolve logo me seguir? pq n podia so ficar envergonhado e sem jeito com uma reação? imagino se n tivesse um ponto final d onibus cheio e perto...

Anônimo disse...

Hj eu estava tão, mas tããão entediada. Joguei no Google blog search "tédio", ia dava uma olhada numas coisitas, nuns bloguitos... Ai, ai, vida...
Aí depois nem sei mais qual era a palavra da busca, achei seu blog e me curei daquela canseira, daquele marasmo. Li, li e não parei de ler. Adorei e me fez muito feliz. Botei até no meu perfil do orkut, mandei link pruma amiga, vou sempresempre voltar! Um beijo!

lola aronovich disse...

Serge, ah, quer dizer que vc quer defender a Andrea só por ela ser bela? Não se preocupe que vc é mencionado no post que sai na segunda.


Babs, ah bom... Gostei da minha resposta ao João. Vai colocando mais uns bombons aí na caixa.

lola aronovich disse...

Karina, uau, que coisa vc ter conseguido ler mais de mil posts! Vi no seu blog que vc é de BH. Achei toda a sua família linda, vc, o Pedro e, com o devido respeito, o seu marido também! Ai, nem me fala em tese subindo no telhado... Esses dois últimos capítulos (antes de reescrever tudo) estão custando pra sair. Eu tô tão atrasada... E a sua? Vc abandonou?


Su, ai que nojo! Se já é asqueroso um estranho falar uma coisa dessas pra gente na rua, na frente de duas crianças (ou, às vezes, PARA as duas meninas) é de lascar. Ainda estou esperando as minhas leitoras advogadas responderem: PODE um homem dizer coisas assim pra uma criança? Isso não é tentativa de corrupção de menores ou algo assim? Eu sou totalmente a favor da liberdade de expressão, mas é como vc disse, com respeito. E quando envolve crianças a liberdade delas deve vir em primeiro lugar. Uma menina deveria ter o direito de não precisar ouvir essas obscenidades.
Eu vou publicar o último post, Su, na segunda. Fechar pra comentários? Não, nunca fiz isso nem vou fazer. Eu quero o diálogo. Não com o João, que não vai mudar, mas com as minhas leitoras (a enorme maioria é mulher) e leitores. Eu acho importante esse último post. Ele ofendeu uma amiga minha! Só o comentário que ele pôs aqui, que eu demorei pra ver, já rendeu algumas reações indignadas. Essas reações são positivas. Precisamos reagir.
Pode ter certeza que, se acontecer algo com alguém que ele gosta, a culpa vai ser do Lula, em primeiro lugar, e da vítima, em segundo. Aí ele vai defender a pena de morte pro agressor, bem ao estilo da direita. Como se isso resolvesse alguma coisa.

lola aronovich disse...

Andrea, não se preocupe, eu dou uma editada no texto. Achei um texto muito interessante.


Su, pra mim depende. Eu adoro ler, mas não é sempre que prefiro ler um livro antes de ver o filme. Depende da disponibilidade. Também há livros que não me interessam, mas que depois de ver o filme, eu fico com mais vontade de lê-lo. Não sei se eu leria Fight Club, porque eu não gosto nada do filme, mas certamente nem me passaria pela cabeça ler o livro se o filme não existisse. Mas é uma questão de popularização. É SEMPRE bom pras vendas de um livro que ele vire filme. Por pior que seja a adaptação... Não acha?

lola aronovich disse...

Leila, ah, sem dúvida, esse campo de “contação (?) de histórias” (stoytelling) cresce a cada dia em importância. E acho que existem pessoas que atuam mais do que outras, ou nas quais isso fica muito evidente. Mas não sei se elas estão vivendo menos por atuarem mais. A maioria dos teóricos de performance acha que nós todos estamos atuando o tempo todo. “Atuar” é uma palavra suspeita, tá muito ligada a teatro e cinema. A palavra em inglês, “perform”, realmente é mais adequada.


Débora, bom, pros teóricos desse campo, não, nunca deixamos de representar. Até porque SOMOS representações. E o mundo em que vivemos é cheio de representações tb. Como nos vemos e como vemos os outros também são questões de representação. Mas é uma ótima pergunta a sua: existirá uma arte crua? Não sei. Quem sabe o que essa feminista estava fazendo na livraria fosse justamente isso, uma arte crua?

lola aronovich disse...

Kael, AGORA vc imaginou? Pense sempre nos vizinhos, pelo amor de Deus! Eu particularmente odeio barulho. Claro, posso aturar numa boa se for algo mais raro, mas como meus vizinhos faziam antes (sem tocar nada, apenas colocando as caixas de som na rua, no volume máximo, começando as 8 da manhã e indo até às 3 da matina) virou caso de polícia mesmo. Eu acho uma total falta de cidadania.
Mas que bom que vc visita o blog faz tempo e está comentando pela primeira vez. Não pare!
Ah, e vc tem o sobrenome da minha crítica de cinema favorita, a Pauline Kael!


Su, pois é, tá difícil a minha vida. Mas acho que o bolo vai ter que ficar pro fim de semana que vem mesmo. A gente nem tem os ingredientes.. Até lá ela esquece qualquer desfeita.

lola aronovich disse...

Kaká, ah tá, então se quando eu era senior vc tava na 8a, não tinha a menor chance da gente se conhecer mesmo. O que vc jogava? Vc lembra bem da Chapel? Eu só fui aí pra EARJ uma vez.


Mario Sergio, ah bom! A mulherada é porreta mesmo.
Fala pro Dedalus que vc é tratado a pão de ló por aqui.

lola aronovich disse...

Mica, eu também não gostaria que alguém começasse a ler um livro em voz alta, em nenhum lugar. Mas se fosse um livro que eu já li, como seria o caso de Psicopata, eu ia ouvir uma parte com muita atenção (até me cansar).
Quanto a ler os livros depois de ver o filme, pra mim não tem problema. Muitas vezes o ator/atriz fica na cabeça, mas às vezes não. Por exemplo, ao ler Ensaio sobre a Cegueira, que foi só depois de ver o filme, a Julianne Moore ficava bastante na minha cabeça, em algumas cenas, mas os outros, não. Eu faço um esforço mental pra separar o ator do personagem, e geralmente dá certo.
Eu tava morrendo de vontade de ler Pecados Íntimos, sabe? Little Children? Infelizmente não o encontrei nas bibliotecas das universidades lá em Detroit. E eu tenho um pouco de birra em lter a tradução se posso ler o original em inglês.


Oi, mãe! Acho que os bolos terão que ficar pra semana que vem, porque a gente não foi ao supermercado ontem, e vc não tem os ingredientes (só os chocolates!). É, porque todo mundo fica falando “Que mãe maravilhosa vc tem!” e tal, mas devo avisá-los que se vc pede um bolo pra comer uma fatia de sobremesa no almoço de sábado, ele só aparece na sua mesa no jantar de domingo!

lola aronovich disse...

Li, ah tá, respondi lá no post do ET. Pois é, num caso desses, que vc passa pelo mesmo lugar e todo dia o cara fala alguma coisa, não daria pra falar com ele? Quer dizer, talvez quando vc estiver com alguém. Quando não for noite nem nada, e houver gente por perto. Talvez falar educadamente, e explicar que vc quer ser respeitada, e que se ele disser “Bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, vc responde, claro, mas que isso de baixaria só faz vc não vê-lo como um ser humano. Não sei, tô viajando? Um diálogo assim realmente é impossível? É perigoso?


Ah, muito bom, Meire! Obrigada. Já tô com uma coleção grande de anúncios machistas. Só falta arranjar tempo pra escrever...

lola aronovich disse...

Babsiix, pois é, pro autor/a é sempre bom receber feedback, saber que alguém leu... Mesmo que seja pra dizer “Que legal, gostei”. Ou “Achei chato, não gostei”. Mais uma alma heróica que conseguiu ler os 1,100 posts!
Fico super feliz em te inspirar, mas longe de mim querer colocar as mulheres em perigo. Quer dizer, em perigo já estamos desde que nascemos, e eu acho que a reação, em muitos casos, pode ajudar. Obviamente não recomendo reagir se o homem estiver armado! Enfim, no seu caso, vc respondeu com um “Feioso”. Não sei nem se vale a pena reagir nesses casos de um homem falar alguma coisa. É diferente de um cara tocar em vc. Aí acho que tem que reagir mesmo, mas é perigoso. Sempre é perigoso. E acho que, em público, deve-se reagir. No seu caso, a gente não sabe se o demente iria te seguir mesmo que vc não tivesse falado nada. Talvez uma palavra como “feioso” estivesse fora do script? Quer dizer, mesmo que a maior parte das mulheres não diga nada quando ouve uma cantada na rua, há muitas que dizem alguma coisa, certo? Ou xingam, ou dizem “idiota”. Talvez esses idiotas que falam obscenidades estejam preparados pra escutar um palavrão ou um “idiota”, mas não estão pra escutar um “feioso”. Não sei, tô viajando? Ou talvez o seu idiota em particular nunca tivesse escutado qualquer coisa de nenhuma mulher que cantou, e sentiu o seu ego masculino ferido.
Não havia ninguém por perto pra pedir ajuda? Acho que compensa. Minha irmã, quando era adolescente, deu um tapa num cara que lhe passou a mão dentro de um ônibus. Só que o cara fez questão de descer quando ela desceu e foi bater nela! Acho que ela deveria ter reagido de qualquer forma, MAS ter exigido que o cara não descesse quando ela descesse. É um direito nosso, pô! E tem que aproveitar quando a gente tá no meio de mais gente mesmo.

lola aronovich disse...

Lili, legal, né? Mas já falei de como ela falha em entregar o bolo no horário combinado?


Oi, Renata Sakai! Que maravilha que vc, tão entediada, encontrou um blog pra acabar com o seu marasmo! Realmente, aqui a gente não costuma ver muito marasmo não! Volte sempre mesmo, e comente quando quiser! Abração!

Anônimo disse...

lola, você parece ter vizinhos horriveis.

karina disse...

Lola, obrigada pelos elogios à família. O blog foi só uma tentativa abandonada, sei lá como escrever textos mais informais. Mas a tese não foi abandonada, não. Na verdade, ainda tenho um bom tempo para defender, ainda estou na qualificação e, como você fez, ainda tenho um ano de sanduwich pela frente. Mas tô sem saco, sabe? de birra com o tema. E seu blog não ajuda nem um pouco, olha o tempão que fico por aqui. Bom tenho que ir, afinal você já escreveu mais uns dois posts e eu não posso acumular... Beijos.

Kael disse...

Lola, no final das contas nós (da banda) pensamos no bem estar dos vizinhos quando escolhemos os horários dos ensaios. Mas eu me referi à sensação de ter um vizinho tocando algo e eu ter que ficar escutando. Ah, e o Kael é nick mesmo que acabei adotando. Tem a ver com meu primeiro nome (que é Micael, prazer) por isso algumas pessoas até me chamam de Kael "em inglês". Claro que tenho vários outros apelidos mas às vezes basta um "Ei, você aí!" pra saber que é comigo. (haha!)

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

In every tom's time, at some pass‚, our inner fire goes out. It is then bust into enthusiasm at hand an face with another benign being. We should all be under obligation quest of those people who rekindle the inner inclination