terça-feira, 25 de novembro de 2008

UM ET NA MINHA VIDA

Choque de gerações: a gente que viu ET no cinema chegou à lua antes.

Sabe aquele velho ditado dos anos 60, “Don't trust anyone over 30” (não confie em ninguém com mais de 30 anos)? Eu tava pensando e vi que não posso confiar em ninguém com menos de, hmm, deixa eu fazer as contas, tá difícil, o quequié, nunca viu, eu faço Letras?, hmm, tá, talvez seja isso, 28 anos?! Ok, meus leitores(as) jovens, não é que não possamos ser amiguinhos e nos dar muito bem, é só que vocês não estavam vivos quando estreou ET. Isso foi em 82. Por isso nessa minha conta incluí gente que já estava viva, pero no mucho. Sei lá, vai ver que nem deixavam você entrar no cinema ainda.
Claro que só estou falando por mim, mas ET foi um marco pra minha geração. Tanto que muitas das senhas bancárias minhas e do maridão são 1982, e o nosso modo de lembrar é “ano do ET”. (Não se preocupem que eu já troquei as senhas. Algumas eram 1984 também, por causa do Orwell e do Grande Irmão. Somos muito criativos). Eu devia ter 14 ou 15 quando ET estreou, e o filme foi um estouro. Só se falava nisso. Tinha bonequinho à venda, ET com coração que acendia, de pescoço que aumentava, o escambau. Todo mundo, mesmo quem não falava uma palavra de inglês, imitava o ET phone home, com aquela voz de extraterrestre e tudo. Tinha tanta, tanta coisa na mídia que eu fiquei sabendo tudo sobre a anã que fez o ET (a mesma de Poltergeist, se não me engano. Isso foi antes dos efeitos especiais computadorizados) e caí na ladainha (imagino) que a Suécia (!) tinha proibido ET pra menores de 12 anos porque o filme gerava desconfiança contra os pais (tem a maior cara de lenda urbana, mas repeti isso durante anos). Lembro que fui ao cinema Gemini, em SP, ver ET várias vezes com meus pais e meus irmãos. Cinemas completamente lotados. Filas de Titanic, sabe? Mas não era cool uma adolescente se sentar com os pais, então eu me sentava longe. Lembro até hoje de um grandalhão do meu lado que chorou o filme inteiro. Quer dizer, eu também causei um dilúvio. Era uma comoção coletiva. Por isso, se você não viveu isso, você perdeu algo muito importante.
Ok, você pode dizer, mas esses filmes-eventos tem um por semana agora. Tem. AGORA. E como é um depois do outro, a gente nem lembra do filme-sensação da semana passada. Mas em 82 era diferente. Não existia internet. Pô, não existia nem computador. Só a NASA tinha computador. Outro dia o meu orientador foi lembrar como era digitar uma tese de doutorado com máquina de escrever manual. Tinha página 187A, 187B, 187C... E a revolução que foi a máquina de escrever elétrica?! Mas saí da rota. O que eu quero dizer é que, antes da invenção da internet, pra todo mundo estar falando da mesma coisa é porque o sucesso era estrondoso mesmo.
Uma vez, muitos anos atrás, fui apresentada por uma amiga a um jogador de xadrez austríaco com tiques nervosos. Foi a única pessoa que conheci na vida que havia nascido exatamente na mesma data que eu, 6/6/67 (três seis, número do demo). Ele não era muito simpático. Mas sei lá por que motivo a gente foi falar de ET e ele, muito sério, disse: “ET? O que é isso?”. E a gente falava: “ET, ué, o filme do Spielberg”. E ele continuava com a cara confusa e dizia, muito sério, “Não conheço”. Eu não aceitei aquilo. Declamei todas as falas mais famosas do filme pra ele. Cantei a musiquinha. Acho que até fiz um desenho do extraterrestre (tá, isso eu inventei). E ele: “Não, nunca ouvi falar”. Até hoje tenho certeza que ele estava tirando uma da minha cara, porque é impossível que alguém que era adolescente em 82, num país que tinha cinema e TV, não conheça ET. Tente fazer isso da próxima vez que alguém falar de, por exemplo, Cavaleiro das Trevas. Faça uma cara de perplexidade, pergunte “O que é isso?”, e conclua com um “Nunca ouvi falar”, e você vai ver se a pessoa não vai chamar os homens de branco pra te internar no ato.
Francamente, assim como o marco de uma geração foi “onde você estava quando o Kennedy foi assassinado?” (e a piada do ótimo Harry e Sally mostra uma jovem querendo saber “Ted Kennedy foi assassinado?!”), e o do pessoal nascido mais recentemente seja “Onde você estava quando Nova York foi atacada?” e, talvez, se o Obama fizer um governo marcante, “Onde você estava quando Obama foi eleito?”, pra minha geração o marco foi mesmo o ET. Tá, parece total alienação, mas também não dá a impressão de um mundo menos conturbado, em que meninos voando de bicicleta eram o assunto do momento? Pior é que era só impressão.Já falei que cheguei antes à lua que os jovenzitos aí?

52 comentários:

Giovanni Gouveia disse...

Ih, eu tinha 14 anos, assisti ET no falecido cinema Veneza, na rua do Hospício, no Recife (que aliás foi o primeiro cinema que eu entrei, pra "assistir" A Moreninha), mas sinceramente não foi um filme marcante de minha vida, nem do ano, principalmente pq em 82 eu assisti The Wall, no (também extinto) Cinema São Luis, na Rua da Aurora, às margens do Rio Capibaribe, quando eu estava com febre...

Giovanni Gouveia disse...

Lola, bem Off topic, olha de quem vem solidariedade para Santa Catarina:
http://caderno.josesaramago.org/

Serge Renine disse...

Aronovich:

Não liga não. Essa não lembrança do ET pelo seu amigo acontece. Tem gente que nós falamos de qualquer filme, ou qualquer coisa e a pessoa sabe do que estamos falando, da opnião, etc. Outras se não falarmos de coisas exclusivamente da sua área de interesse não sabe de nada. É normal.

Anônimo disse...

Rá. Meu marido tem medo do ET até hoje.

Babs disse...

Nunca assisti ET...
Do filme só sei que a Drew Barrymore está nele...
Agora sou eu que sou ET...

Tina Lopes disse...

Eu tinha doze anos e o ET foi a frustração da época: morava no interior, sabia da onda ET (Silvio Santos passava os trailers pra faturar) mas não podia ir à capital assistir. Minhas primas viram e me contaram a história em detalhes. Quando finalmente assisti, numa véspera de Natal na TV, o bicho me deu agonia. Bem, bem. O que dizer de quem não viu o Ursinho Mischa????

Anônimo disse...

ai, o ET, o que eu chorei!!! tinha 7 anos, mas como lia muito bem conseguia ler as legendas todas.

tina, o ursinho Micha era a mascote dos jogos olímpicos de Moscovo? Eu tinha um urso chamado micha :-)

.. disse...

Oi,Lola

Puxa,eu sou de 1979(tinha 3 anos) e me lembro do ET.Ganhei até o bonequinho...

Obrigada pelo seu interesse com o que aconteceu com nossa amiga do Anarquistas.
Pode deixar que sempre daremos notícias através de nossos posts.
Ela já está bem fisicamente e fazendo terapia .Mas,é forte e já quer voltar à vida normal.
Quanto aos bandidos, já foram presos!
A família optou por não fazer muito ôba ôba..para preservar a filha.

Obrigada pela visita.Vamos linkar seu Blog ,que por sinal,é ÓTEMO!!
bjs
Luana

Anônimo disse...

Lola, ET realmente foi um marco!
ET, Flashdance e Footloose, para mim. Nâo pelos filmes em sí, mas pela magia da época, pela inocência, por tudo.

Lembro que na estréia de ET, eu morava em Brasília e foi o meu debut sozinha sem meus pais e, no final da sessão o DFTV estava entrevistando as crianças e não é que eu aparecí? rsssss

Bons tempos....

Beijos

Unknown disse...

Eu nunca gostei muito de ET (choro até hoje se assistir!!!)...mas adoooro Harry & Sally!

lola aronovich disse...

Val, ET me emociona até hoje tb! Vc viu o relançamento em 2002? Eu chorei como se estivesse em 82. Aliás, mais, porque aí vem toda uma nostalgia gostosa junto.


Gio, ah, quantas memórias! Eu acho que eu tb tinha 14 anos. Sorry se já te perguntei isso (esqueci!), mas vc é de 1967, como eu? The Wall eu não me lembro de ter visto no cinema. E acho que o filme inteiro perde seu impacto. Mas aquele clipe dos martelos e das crianças entrando no moedor de carne é marcante.
Ah, obrigada pelo link do Saramago! Pois é, estamos debaixo d'água. E o maridão ainda não conseguiu voltar pra casa, coitado!

lola aronovich disse...

Serge, não lembrança é uma coisa. O meu amigo (na realidade, amigo da minha amiga) insistiu que nunca tinha ouvido falar. Eu realmente acho isso impossível.


Débora, medo de ET por que? Ele é tão fofinho...

lola aronovich disse...

Babs, como assim, nunca viu ET? Qual é o seu problema? A Drew tá uma gracinha no filme. Mas todos estão.


Tina, tadinha. Deve ter sido uma frustração terrível, porque só se falava nisso!
Ah, o Mischa... Que lindo, que fofo! Realmente, vcs jovens, vcs não fazem idéia do que foi um verdadeiro mascote olímpico! E a melhor abertura de uma Olimpíada (Moscou 80), na minha opinião totalmente objetiva.

lola aronovich disse...

Sarah, como não tenho filhos, sempre esqueço da dificuldade que deve ser pruma criança novinha conseguir ler as legendas. Não sei como era pra mim na época.


Luana, obrigada pelas notícias. Já coloquei um update no meu post de ontem. Olha, não quero expor ninguém, tanto que nem falo o nome da sua amiga. E se a família dela não quis divulgar (não o nome, claro, mas o caso), quem sou eu? Mas é que achei a notícia tão chocante, tão inusitada, e como estupro e violência contra mulher foram o tema principal do meu blog semana passada, achei que tinha que colocar. Mas é muito horrível! Bom, pelo menos a polícia foi rápida. Todos os nove estão presos?
Fico feliz que sua amiga esteja bem, dentro do possível. Tudo de bom pra ela!

lola aronovich disse...

Chris, é verdade, Footloose tb foi marcante. É um filme meio tosco, mas falou alto pra gente na época. Agora vão refilmá-lo com o rapaz de High School Musical, sabia? Quero ver como vão lidar com o lado religioso do filme. Hoje o movimento religioso criticado no filme já é 25% da população dos EUA! Na época ainda era tímido, estava apenas engatinhando...
Quantos anos vc tinha quando viu ET?


Meire, vc não gosta do ET porque te faz chorar? Esse é um dos motivos que eu gosto! Harry e Sally eu amo tb! Tenho os dois filmes em dvd aqui em casa.

Anônimo disse...

Lolets
Sei EXATAMENTE o que vc quis dizer com esse post... hoje em dia trabalho com pessoas que não viram o Cazuza vivo! Vc sabe o que é isso? Adultos, maiores de idade, trabalhadores que NUNCA VIRAM O CAZUZA VIVO... QUE ACHAM QUE ELE É UM MITO, UMA LENDA UM SER DE OUTRA GERAÇÃO... Muito doido isso né? Outra maluca é perceber que com essa reprise de Pantanal nós praticamente viviamos em outro mundo. Fiz até um post sobre isso no meu blog... cara, naquela época não existia celular, dvd, musica eletronica, drag queen... é o que chamamos de "outro século" de verdade!

Anônimo disse...

É impressionante como nossos gostos cinematográficos são parecidos... claro que por termos mais ou menos a mesma idade, vimos os mesmos filmes.. tbm adoro Harry e Sally! é um dos filmes mais marcantes pra mim... vc bem que poderia propor um meme ou uma brincadeira.. tipo cada um falar seus filmes mais marcantes, aqueles que "desenharam" a personalidade de cada um e, a partir disso, a gente fazer uma comparação, um troca-troca (no bom sentido, é claro!)

(preciso perguntar uma coisa: como vão as cosias ai no sul com vcs? fiquei pensando no que vcs devem estar passando ai... tenho deois irmão que moram em Floripa e sei que a coisa não está fácil)

Anônimo disse...

Eu lembro do ET. Deve ter sido um dos primeiros filmes que vi no cinema, quando tinha 6 anos. Mas não lembro nada da história, e nunca mais quis (ou tive a chance) de ver.

Outro dia, tive de explicar pra um cara mais novo como que era difícil, na minha época, conhecer bandas novas (e ter indicação de livros, filmes...) Enfim, NÓS sabemos o que é isso. E felizmente a gente não sabe o que é escrever tese com página 187 Alfabeto (essa me deu calafrios...) Ainda bem que o mundo mudou, né?

Suzana Elvas disse...

Lola, eu acho que muito mais do que ET foi "Guerra nas estrelas". As filas foram muuuuuuito maiores, e todos os personagens (em ET só tem o ET) viraram ícones, assim como toda a parafernália, as roupas, o penteado da Princesa Leia, as naves espaciais, o Chewbacca. Até hoje Star Wars rende desenhos ("Clone wars") e continuações. Foi uma revolução no cinema, onde inexistiam efeitos especiais decentes - e ele é mais antigo que "ET" (1977).

Já lá se vão duas gerações, e as minhas filhas assistem "Guerra nas estrelas" na TV - e gostam!

Renata disse...

Bom... por pouco que eu não ganho o respeito da Lola...nasci em 1982... então não adianta, não tinha como ter visto a estréia de ET.

E realmente não marcou muito minha vida... sou bem mais Guerra nas Estrelas mesmo, que por sinal sou fanática e sei de cor a maior parte das falas... além de toneladas de conhecimento inútil do universo da força...

Mas fazer o quê... o que marcou minha geração foi a droga da Xuxa e os Thundercats... Sempre que um pessoal da minha idade se reune acabamos conversando sobre os desenhos animados da época (He-Man, Cavalo de Fogo, Smurfs, etc).

Vinda de uma geração mais individualista e viciada em TV, pra mim é mais fácil te dizer que seriados me marcaram mais do que que filmes... Acho que a minha adolescência foi mais marcada por dois seriados do que por qualquer filme, X-Files e Buffy respectivamente...

Ainda teve o episódio de Ellen em que ela se assume que ficou gravado na minha memória desde a primeira vez (por razões óbvias). Só bem depois fui processar aquilo, mas me fascinou por semanas. Denial, denial, tsc tsc.

A lista vai longe... mas é claro pra mim que os personagens de seriados eram mais próximos pra mim, e portanto mais marcantes.

Um abraço,
Renata.
www.oraculodelesbos.blogspot.com

Giovanni Gouveia disse...

Quae, Lola, nasci pós maturo, e quem era esperado para o natal de 67 nasceu em janeiro de 68, assim tenho, segundo Zuenir Ventura (1968, O Ano Que Não Terminou), no Máximo, 11 meses...
E sim, Allan Park, depois que quase endoidou com o Pink Floyd, fez uma obra primorosa, que só funciona, bem, no Cinema (tenho em dvd, mas não é a mesma coisa)
Sobre escrever tese com páginas alfa numéricas, lembro que quando eu entrei na universidade o Departamento estava discutindo a possibilidae de permitir monografias dissertações e teses com computadores (aqueles troços chamados XT, com 300 KB de memória); Também me faz recordar meu tio, que fez PhD em Nashville, na década de 70, e usava computador com cartões perfurados...

Anônimo disse...

Adoro ET, volta e meia bate uma nostalgia e assisto novamente.
E sempre fico emocionada.

Anônimo disse...

Lola, vou ver se acho os videos do sony no you tube... Aqui, no trabalho, não abre.

Recebi por e-mail este blog aqui, é do ator Pedro Cardoso: http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/

Tanto ele quanto os jornalistas se mostram bem bobocas (o Pedro por causa do moralismo exagerado e a atitude meio infantil, teimosa; e os jornalistas com o discurso corporativo e ensaiado, sem perceber que são instrumentos do interesse comercial de uma enorme empresa, que é a Abril).

Mas, embora não passe de uma picuinha, acho isso interessante porque aborda a questão da pornografia, que você estava discutindo esses dias, por isso resolvi passar o link pra ti. E tb porque, em alguns pontos, o Pedro aponta algumas falhas da praxe jornalística, como a linha editorial e o tratamento do entrevistado como um "objeto". Não era essa a intenção dele (e suponho que não tenha visto que é este o seu maior feito), mas no fim isso ele fez bem.

Se tiver tempo e saco, acho que vou escrever sobre isso...

bjo

Babi disse...

oi lola!
nasci no ano seguinte ao lancamento de et, 83, mas mesmo assim nao perdi o fenomeno mundial... Todos os natais, durante toda a minha infacia, eu assistia ET na globo... adorava, mas nao conseguia ver o final, super traumático!

vou aproveitar pra te dar uma dica de um joguinho mto legal... nesse site ( http://whatthemovie.com/beta/movies/view/1 ) vc encontra vaaaaaarias fotos, e tem q falar de qual filme é. Muito legal pra testar seus conhecimentos de cinéfilos como vc e eu!!!
depois fala o q achou do jogo (e c teve tempo pra jogar)

Unknown disse...

haha...é que não gosto de filmes que me façam chorar, principalmente quando tem bichinhos, criancinhas tristes, gente velhinha que morre...
:((

fico o dia todo me sentindo mal se assisto!

Anônimo disse...

Como moro no fim do mundo (MA) só fui ver ET em 91. Eu já era bem crescidinha. Mesmo assim, chorei litros.

Acho isso de chorar em cinema algo tão curioso que vou fazer uma sugestâo: porque não fazer uma enquete perguntando qual filme fez as pessoas chorarem mais no cinema? Exempplos de alguns filmes debulha-lágrimas: Titanic, ET, Cinema Paradiso, Dançando No Escuro, Central do Brasil, A Lista de Schindler...

Beth/Lilás disse...

Ah, o ET foi demais! Até minha mãe adorou este filme e quando vinha prá minha casa passar alguns dias, depois de 3 ou 4 dias, apontava o céu como ele e dizia "Casa, minha casa!" Ela já estava co saudades e queria voltar. hahah

Mas, minhas lembranças cinéfilas são mais distantes, ou seja, passa lá no meu blog e saberá de que se trata. É o meu último post.

Ah, e como estão vocês aí com esta calamidade que assola a linda Santa Catarina?
Nós aqui em cima estamos solidários e preocupados com o povo sulista maravilhoso.

beijão carioca

Suzana Elvas disse...

Lola, quanto aos programas infames da Sony: basta entrar no Youtube e digitar "Reflexões de uma mente perigosa" e "Macho de respeito". Vem tudinho.
Bjs

Leila disse...

Oi Lola
poxa tenho 21 mas sei muito bem do que você estava falando, não sei se foi porque eu tenho dois irmãos mais velhos e eu acabei curtindo muita coisa porque eles curtiam, mas de qualquer maneira ET passou na sessão da tarde e eu vi em cassete!
Até hoje de vez em quando faço o classico "ET telefone casa" (dá um desconto eu não conseguia ler as legendas!)
Acho ele uma fofura, eu tinha um q assendia o dedo!
(minha avó achava horrivel, ficava horrorisada como agente podia gostar tanto, agente nem ligava, ela achava o mesmo do fofão!)

Ju Ribeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ju Ribeiro disse...

bom, eu nasci em 83, mas meu pai fez questão de me apresentar o filme, e eu nem preciso que dizer que me apaixonei, né?

meu pai também me iniciou em outros filme como "mary poppins", "o mágico de oz", filmes da disney como "bernardo e bianca" - ele adora o albatroz. sim, o meu pai é militar, semi-analfabeto, retirante nordestino e possui um gosto pra filmes bem peculiar.

tenho ou não tenho sorte?

kelly marciano disse...

acho que era 26 de dezembro. shopping sorocaba, na esquina de casa. nem lembro o nome do cinema.
eu tinha 13 anos. horas de fila. lembro dos sapatos de verniz vermelho que eu usava, devo ter ficado muito tempo olhando pra baixo!
ainda adoro ET.
e ainda tem a garota de rosa choque (o filme da minha adolescência)

Anônimo disse...

Espero que ninguém vá me linchar aqui... Mas eu só vi o E.T uma vez quando era criança e não gostei muito, não é que eu tenha achado ruin, mas não foi marcante para mim... Só o "phone home" mesmo... Mas também estou no grupo de suas leitoras mais jovens, para mim o marco seria mais a queda do WTC como vc mencionou... Disso me lembro direitinho. Mas voce mencionar o Obama me fez pensar que não houve bem um momento em que o Obama foi eleito, pois devido a internet, a facilidade de comunicação e etc, antes dele ser efetivamente eleito, todo mundo já sabia , mas não tinha certeeeza... Foi um processo gradual. Pelo menos eu vi assim. Me senti roubada desse momento. Como sempre, parabens pelo post! Lola rules! Ah, minha meta para 2009 é estar entre os mais assíduos do fala gente fala!

Cristine Martin disse...

Oi Lola!

Tenho acompanhado o blog diariamente há algum tempo, mas é a primeira vez que comento. (aliás, parabéns! gostei muito daqui)

Sou de 64, e como disse a Suzana, Guera nas Estrelas foi uma loucura muito maior que ET (vi Star Wars 3 vezes no cinema). E é isso mesmo, cada geração tem seus momentos marcantes e ídolos, o que não impede que "nossos ídolos ainda sejam os mesmos": minhas filhas curtem Beatles, Simon e Garfunkel, Queen, e todos aqui adoramos o ET!

Um abraço!

lola aronovich disse...

Pablito, uma amiga muito querida com quem perdi contato me chamava assim, de Lolets. Eu gostava.
É incrível isso, né? Não ver o Cazuza vivo... Mas pelo menos eles já ouviram falar. E meu marido, que foi conversar com um rapaz americano de 19 anos que nunca tinha sequer ouvido falar de... Frank Sinatra? Essas coisas me fazem sentir tão velha...
Ah, essa brincadeira que vc sugeriu, minha mãe já recomendou antes, e vou fazer. Na realidade, o post tá até pronto, só falta colocá-lo.
Obrigada pela preocupação com nossa situação no Sul. Coloquei no post, ok?


Cynthia, ah, reveja, se puder. É uma graça!
O seu papo da dificuldade que era no passado de conhecer bandas, livros, filmes, me fez lembrar uma passagem de Um Grande Garoto. Faz tempo que quero escrever um post sobre isso! Vou fazer!
Olha, até eu que sou velhinha não sei como sobrevivi tantos anos sem computador e internet! Parece outro mundo, né?

lola aronovich disse...

Suzanita, vc voltou! Que bom, eu tava com saudades, e preocupada tb, porque seus últimos comentários foram muito jururus. Bom, é verdade: Star Wars fez um incrível sucesso anos antes. Mas não sei, é diferente. Primeiro que foram precisos vários filmes pra deixar uma marca tão indelével culturalmente quanto ET. Vendeu pra caramba, sem dúvida. Foi o primeiro filme na história a vender bonequinhos baseados nos personagens. Um verdadeiro blockbuster, que redefiniu (para o mal, segundo muita gente) o jeito de fazer cinema. Mas acho que ET foi muito mais abrangente. Star Wars foi feito pro público masculino mesmo.


Renata, vc é uma warsie?! Eu acho os trekkies mais charmosos... Pô, que bom que não vivi a sua época e não tenho que falar de He-Man! Smurfs eu me lembro porque eu tinha bonequinhos. Mas o desenho animado passou batido. Interessante isso que, pra vc e pra muitos da sua geração, os seriados de TV tenham marcado mais que os filmes...
Puxa, eu nunca vi esse episódio da Ellen em que ela se assumiu. Tem no YouTube? Sabe, todas as vezes que vejo a Ellen, gosto muito dela.
Abração, Rê. E o seu blog, será atualizado?

lola aronovich disse...

Gio, eu lembro desses computadores monocromáticos! Num dos meus primeiros empregos eu usava um deles. Eram bem melhores que máquinas de escrever elétricas, se bem que a impressão deixava a desejar... E os computadores não eram muito confiáveis. Cartões perfurados? Não, isso não é da minha época. Não consigo imaginar como o pessoal escrevia tese de doutorado de 300 páginas com máquina de escrever manual...
Bom, parece que 68 também foi um bom ano pra nascer, velhinho!


Cris, eu tb. Sempre!

lola aronovich disse...

Marjorie, pois é, não falei ainda do Pedro Cardoso. Deu preguiça. Talvez eu fale. Eu quero falar sobre pornografia. Talvez esteja ligado. Mar, o seu guest post sai quinta, ok? Até que enfim!


Barbara, como eu choro naquele final! Mas pra mim a cena mais comovente é dos meninos pedalando pela lua. Por causa da música, sabe? Aquela trilha do John Williams é algo de espetacular.
Obrigada pela dica do joguinho!

lola aronovich disse...

Meire, entendo como vc se sente. Eu fui proibida (ordens médicas) de ver Babe 2. Porque tive convulsões de choro ao assistir o primeiro Babe, O Porquinho Atrapalhado.


Guta, quequié, MA não é fim do mundo! Aposto como os filmes hoje em dia estréiam antes aí que aqui em Joinville!
Boa sugestão, Guta. Vou tentar.

lola aronovich disse...

Beth/Lilás, especialista em relações humanas, ou devo te chamar de quarta pateta?! Ah, “casa, minha casa” é legal. Eu tenho uma frase meio íntima pra contar sobre ET. Ah, vou contar! Às vezes o maridão depois do sexo que r logo se levantar. Um estúpido! Total falta de romantismo! Aí eu olho pra ele com a minha cara de ET e solto um “Stay...”. Ele sabe bem a que estou me referindo! (mas óbvio que nem isso funciona. O pior é que ele já passou da data de validade e não aceitam mais trocas).
Obrigada pela solidariedade, Beth. Escrevi sobre a catástrofe de SC num outro post. Abração!


Suzana, farei isso, thanks! E obrigada pelo email tb.

lola aronovich disse...

Leila, puxa, sua avó não gosta de ET? Pra compará-lo com o Fofão, é porque tá difícil... Que bom que vc, apesar de tão jovem, acompanhou toda a trajetória do ET. O filme é uma gracinha mesmo, e eu acho que não envelhece.


Ju R, que legal! Até que seu pai te apresentou vários filmes lindos. Bernardo e Bianca eu também sempre gostei muito. Agora não lembro do filme, mas eu gostava pacas quando era criança. Ainda bem que seu pai é um militar do bem, Ju!

lola aronovich disse...

Kelly, coincidência vc falar de Garota de Rosa Shocking! Logo hoje escrevi um post em que mencionava o filme (vou publicá-lo na sexta). Não tem nada a ver com o filme, por isso que a coincidência é ainda maior. Acho que estamos telepaticamente ligadas.


Danda, bom, tudo bem, ninguém vai te linchar, mas tenta rever o ET pra ver se vc mantém a mesma opinião.... Não, sem dúvida, pra vcs jovens a queda do WTC deve ter sido marcante. Aliás, acho que foi pra todo mundo. A eleição do Obama, bom, pra quem esteve no comício da vitória em Chicago, deve ter sido verdadeiramente inesquecível. Pra gente foi marcante tb, mas não acho que vai ser do tipo “Onde vc estava quando Obama foi eleito?”. Ainda assim, acho que a gente vai lembrar da euforia que foi. Obrigada pelo “Lola Rules”. Vou fiscalizar pra ver se vc consegue atingir sua grande meta!

lola aronovich disse...

Cristine, incrível, na escola eu tive uma colega exatamente com o seu nome e sobrenome. Ela era francesa. Ok, talvez não seja um nome tão incomum, mas quando vi pensei na minha colega. Humpf! Guerra nas Estrelas?! Não sei, esse filme nunca me disse nada. E olha que eu tava bem viva em 77, com 9 ou 10 anos... Que bom que vc consegue passar pras suas filhas gente tão fantástica como Beatles, Simon & Garfunkel, e Queen... Abração, e comente sempre, pra eu poder ter a ilusão que minha colega de escola tá me lendo lá da França!

Suzana Elvas disse...

Oi, Lola;

Eu acho que "Star Wars" bastou-se por si - e mesmo que não houvesse os outros filmes ele, por si só, já seria o marco de uma geração. E acredito que foi tão abrangente quanto ET. Não acho que tenha sido feito para o público masculino. A Princesa Leia (que, aí, sim, despiu-se no segundo filme e virou ícone erótico para uma multidão de adolescentes, ao aparecer seminua e acorrentada) era a representação da garota forte e determinada, apesar de viver no meio de uma multidão de machos. Sem pai nem mãe, lidera zilhões de seres e planetas. EU queria ser a Princesa Leia.

ET é um filme terno, fofo, que também deixou sua marca - mas jamais igualou em idolatria toda uma geração de onde saíram todos os que, hoje, trabalham com computação gráfica, animação, efeitos especiais, cinema, televisão. Que introduzem os filhos na saga dos dois irmãos. "Star wars" gerou toda uma nova indústria (incluindo a cinematográfica), criou toda uma onda de identificação que, até aquele momento, só era vista entre os trekkies (de "Jornada nas estrelas"). Hoje há pelo mundo dezenas de convenções de fanáticos por ficção científica. Vemos (principalmente na TV) dezenas de títulos que se baseiam na estrutura de "Guerra nas estrelas". Como exemplo mais recente temos "Stargate", que já vai para a terceira franquia e é absurdamente semelhante - principalmente em sua tecnologia - a "Star Wars". "ET" não gerou nada semelhante a isso.

Anônimo disse...

Nasci em 85, tinha medo do ET e por isso nunca tinha assistido.

Algumas semanas atrás, liguei a tv na Record e o filme ia começar !!!
Fiz cara feia nas primeiras cenas em que o ET aparecia, achava-o feio e nojento, mas logo o visitante do espaço ganhou minha simpatia. Me emocionei e quase chorei com a história. Sem falar que a Drew estava uma gracinha né?

A propósito, eu comentei que achei seu blog, através da matéria da revista, o que não deixa de ser verdade. Em um dos blogs citados, o dono fazia a indicação para o seu. Tá vendo? rendeu frutos até para vc !!! Bjo !

Cristine Martin disse...

Lola,

Que coincidência eu ter o nome de sua amiga... mas não sou francesa, sou bem brasileira. Ah, e agora que criei coragem, vou comentar sempre!

A Suzana (cujo blog também estou acompanhando, abração Suzana!) explicou bem o que foi o fenômeno de Guerra nas Estrelas e ET. Na época foi uma loucura, e eu tinha só 13 aninhos, ver aquela perseguição do final na tela grande foi o máximo! (hoje em dia estamos mais acostumados, com os videogames e quetais)

Também acho legal as meninas apreciarem o que há de bom em filmes, músicas, livros, enfim, em termos culturais.

Abração!

Anônimo disse...

:(

Mas... mas... Eu assisti ET... Tá... E foi só por causa do filme que eu comprei o meu mini-pinscher!
Humpft!

Bj!

Lola... Depois me conte ai algo sobre o filme "Feliz natal" do selton melo!

^^

Liris Tribuzzi disse...

Lola, olha que atrasadésima por aqui, mas eu não podia deixar de comentar num post sobre o ET.
Eu não era nem um plano dos meus pais em 1982, óbvio, mas eu tenho uma relação muito legal com esse filme.
Primeiro porque, quando eu era piveta e passava quase todo mês na tv, eu morria de medo. Não via nem que me pagassem. Saia de perto da tv e tudo. O pavor era com ets em geral, eu nem olhava pro céu com medo de ver um disco voador ou algo assim...
Só fui ver ET pela primeira vez em 2002, com 13 anos (:O) em DVD. Nem em sessão de 20 anos eu fui. Mas enfim, estava eu com meu pai na sala, me sentindo muito corajosa, diga-se se passagem, assistindo ao filme, quando um morcego resolveu se instalar entre o meu pescoço e o sofá. Imagina o escândalo que eu naõ fiz! E sabe o que é o pior, acho que foi a única vez que eu vi. Meu pai chegou a comprar, mas não sei porque TODAS as cópias (originais!!) eram recusadas pelo meu aparelho...

lola aronovich disse...

Su, mas a geração de ET e a de Star Wars é a mesma, né? Só 5 anos de diferença separa os dois filmes. Nisso, eu acho que ET, e talvez até Caçadores da Arca Perdida, tenha marcado mais toda uma geração que Star Wars. E insisto na maior abrangência. Star Wars foi pensado e feito pra meninos de 12 e 13 anos. O próprio Lucas admite isso. Claro, isso não impediu que atingisse outros públicos, mas o principal foi esse mesmo. A Princesa Leia virou ícone erótico? O que eu li é que o Lucas colocava esparadrapo nos seios da Carrie Fischer pra que eles ficassem os mais invisíveis possíveis.
Em matéria de influência no mercado, tanto na forma do mercado operar e na computação gráfica, sim, Star Wars foi muito mais marcante. Foi um divisor de águas.
E Star Wars têm o maior número de fãs organizados, desses que vão a convenções e tudo, de todos os filmes. Mas acho que isso de deve, em boa parte, aos novos filmes, que não param de ser lançados, e seduziram toda uma nova geração que não estava viva em 77. A maior parte dos fãs é jovem. Não sei, eu acho que ET tem uma ligação mais sentimental, menos comercial, com seus fãs. Mas o que eu estava tentando mesmo analisar foi a histeria em torno de ET em 82, quando foi lançado.

lola aronovich disse...

Docinho, é, acho que no começo o ET parece bem feinho, e aos poucos vai nos conquistando com sua simpatia. Que bom que vc chegou ao blog!


Cristine, legal, apareça e comente sempre!

lola aronovich disse...

Bobby, o que o ET tem a ver com seu mini-pinscher? Eu não vi Feliz Natal. Será que chega aqui?


Li, tudo bem, eu também tô atrasada pra responder os últimos comentários. Sério, Li? Que karma! Então vc nunca conseguiu ver ET? Tsc tsc. Tá, é bom nem insistir. Nada de lutar contra o destino! Se o universo conspira contra vc ver ET, nada de resistir!
Ah, vc devia ter visto no relançamento dos 20 anos, pelo menos... Quem sabe no dos 30?

Cris disse...

Lola, não acredito!!(Isso é preconceito, sabia?!)Em 1982 eu nem pensava em nascer! :/ (Sou de 1992 )...

E, exatamente como no caso da Danda (Sim, eu li os comentários só pra ver se alguém aqui também não assistiu à estréia...que triste.), lembro de ter assistido em uma Sessão da tarde muito muito distante, e não me lembro de quase nada, só sei que não gostei muito, não, era uma agonia o final daquele filme!rsrs