Semana passada, o Instituto Maria da Penha e parceiros lançaram três comerciais que fazem parte da campanha “Mulheres e Direitos”. As três peças são muito boas. A primeira é de duas mulheres lavando roupa na beira de um rio e conversando sobre um marido que mudou após o casamento e está se comportando como dono. O segundo mostra mulheres saindo de casa e indo a uma delegacia. O terceiro traz Milton Gonçalves, Carlinhos de Jesus e Bernardo Mesquita falando das mudanças na sociedade e de como a violência se sustenta na desigualdade. Em todos Maria da Penha fala no final, com muita propriedade, como sempre.
Embora os vídeos sejam de excelente qualidade, o principal numa campanha é a divulgação. Lógico que nós na internet iremos espalhá-los por aí, mas eles passarão (encurtados pra 30 segundos) na TV? Em que programas? Por quanto tempo? Eu sonho com uma campanha como a do Equador, aquela do “O machismo é violência/Reaja, Equador”, que já tem mais de dois anos de veiculação. Produzir essas peças pode ser caro, mas tem um preço ínfimo se comparado a quanto custa ocupar um espaço comercial na TV.
Eu queria que vídeos como os três lançados na sexta, e também outros, falando do desrespeito de todos os dias que as mulheres sofrem, tivessem presença diária na TV — e de graça. Que o governo pudesse ter direito a quinze minutos por dia em inserções comerciais, sem que nós contribuintes tivéssemos que pagar por campanhas que só visam melhorar a sociedade (para todos — homens e mulheres, ou alguém acha seriamente que um homem que bate na mulher leva uma vida boa, que uma sociedade que ouve gritos vindos da porta ao lado e não faz nada, porque “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, é saudável e feliz?).
É absurdo que precisemos lembrar sempre que TV é concessão pública. Não é, ou não deveria ser, um canal que foi dado ao Roberto Marinho ou ao Silvio Santos ou ao Edir Macedo como um cheque em branco. Tem responsabilidades, e é assim em todos os países do mundo.
Claro que eu gostaria que não houvesse mais público que risse de piadas como as do CQC. Eu adoraria que houvesse cada vez menos gente que quisesse se associar com velhos preconceitos, mas sou a favor da liberdade de expressão. Só acho que eles não devem, e não podem, ser deixados sós, falando as bobagens que quiserem, sem reação. Já pensou que legal se antes e depois de um quadro como o do Zorra Total, em que duas amigas são bolinadas no metrô, houvesse comerciais do governo (ou de entidades ligadas a ele) mostrando que essa é uma realidade que atormenta milhares de mulheres todos os dias, e que isso não é engraçado e nem deveria ser aceito como natural? Seria um avanço se tais peças trouxessem depoimentos de mulheres que sofreram e sofrem essa realidade, e avisassem aos espectadores homens que as filhas, irmãs, mães e esposas deles também passam por isso. E por que limitar essa reação, essa tentativa de educar as pessoas, na violência contra a mulher? Vamos firmar um acordo com as TVs para que elas veiculem vídeos contra a homofobia e o racismo também, contra o bullying nas escolas, contra a "palmadinha pedagógica" nas crianças... Que tal se, depois da cena da novela que mostrou um gay sendo morto a chutes (porque novela não mostra beijo gay pra não chocar o público conservador, mas mostra violência contra gay, que aparentemente não é nada chocante), viesse um comercial didático com dados de quantos gays são mortos no Brasil?
Seria ótimo se a mídia em geral se conscientizasse que seu papel pode ser combater preconceitos, ao invés de fomentá-los. Adoraria que a Globo tivesse campanhas institucionais contra o machismo, que este fosse um tema frequente em novelas. Gostaria que programas de humor apontassem suas armas contra os preconceitos, não contra ativistas que lutam contra esses mesmos preconceitos. Mas, infelizmente, se a gente for esperar que a mídia acorde e queira melhorar o mundo, vamos esperar sentad@s até morrer. Não vai acontecer. A mídia se preocupa apenas com lucro, e, pra lucrar, nada mais fácil que martelar os velhos temas preconceituosos que vemos em todo lugar. Não há inovação.
Na mídia reina o pensamento único, que é aquele mesmo pensamento expresso por conhecidos, parentes, amigos, colegas de trabalho, professores. É o senso comum, e o senso comum é extremamente preconceituoso. Escolhendo bem seu círculo de amizades, você pode passar a vida inteira sem encontrar alguém que divirja dos seus valores preconceituosos, valores que você carrega desde a sua formação preconceituosa. Mas o oposto não é verdadeiro: você teria de viver numa ilha deserta pra nunca topar com ideias preconceituosas. Então eu acho incrível a cara de pau de quem defende liberdade de expressão pra que Rafinha Bastos faça a apologia ao crime que quiser, mas ficaria revoltado se um programa de TV se dedicasse a apontar machismo, racismo, homofobia. Parece que essa liberdade de expressão é muito relativa. Só deve valer pros mesmos de sempre. O que eu ouço de “Cala a boca, sua feminazi nojenta!” todos os dias não tá no gibi. Eles querem liberdade de expressão... pra eles. A liberdade que defendem é que possam continuar exercendo seus preconceitos sem serem contestados. É só isso.
Como já disse várias vezes, sou contra a censura. Eu quero é briga, quero revoluções. Quero que toda ação enfrente uma reação. Mas não vejo essa reação na TV. E ela precisa existir. Ninguém deve ter o direito de perpetuar as besteiras que quiser sem ser contestado. Mas pra ser contestado é preciso espaço. Toda a programação de TV é deles pra perpetuarem seus preconceitos. Já passou da hora para que a luta contra os preconceitos tenha espaço também.
Eu queria que vídeos como os três lançados na sexta, e também outros, falando do desrespeito de todos os dias que as mulheres sofrem, tivessem presença diária na TV — e de graça. Que o governo pudesse ter direito a quinze minutos por dia em inserções comerciais, sem que nós contribuintes tivéssemos que pagar por campanhas que só visam melhorar a sociedade (para todos — homens e mulheres, ou alguém acha seriamente que um homem que bate na mulher leva uma vida boa, que uma sociedade que ouve gritos vindos da porta ao lado e não faz nada, porque “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, é saudável e feliz?).
É absurdo que precisemos lembrar sempre que TV é concessão pública. Não é, ou não deveria ser, um canal que foi dado ao Roberto Marinho ou ao Silvio Santos ou ao Edir Macedo como um cheque em branco. Tem responsabilidades, e é assim em todos os países do mundo.
Claro que eu gostaria que não houvesse mais público que risse de piadas como as do CQC. Eu adoraria que houvesse cada vez menos gente que quisesse se associar com velhos preconceitos, mas sou a favor da liberdade de expressão. Só acho que eles não devem, e não podem, ser deixados sós, falando as bobagens que quiserem, sem reação. Já pensou que legal se antes e depois de um quadro como o do Zorra Total, em que duas amigas são bolinadas no metrô, houvesse comerciais do governo (ou de entidades ligadas a ele) mostrando que essa é uma realidade que atormenta milhares de mulheres todos os dias, e que isso não é engraçado e nem deveria ser aceito como natural? Seria um avanço se tais peças trouxessem depoimentos de mulheres que sofreram e sofrem essa realidade, e avisassem aos espectadores homens que as filhas, irmãs, mães e esposas deles também passam por isso. E por que limitar essa reação, essa tentativa de educar as pessoas, na violência contra a mulher? Vamos firmar um acordo com as TVs para que elas veiculem vídeos contra a homofobia e o racismo também, contra o bullying nas escolas, contra a "palmadinha pedagógica" nas crianças... Que tal se, depois da cena da novela que mostrou um gay sendo morto a chutes (porque novela não mostra beijo gay pra não chocar o público conservador, mas mostra violência contra gay, que aparentemente não é nada chocante), viesse um comercial didático com dados de quantos gays são mortos no Brasil?
Seria ótimo se a mídia em geral se conscientizasse que seu papel pode ser combater preconceitos, ao invés de fomentá-los. Adoraria que a Globo tivesse campanhas institucionais contra o machismo, que este fosse um tema frequente em novelas. Gostaria que programas de humor apontassem suas armas contra os preconceitos, não contra ativistas que lutam contra esses mesmos preconceitos. Mas, infelizmente, se a gente for esperar que a mídia acorde e queira melhorar o mundo, vamos esperar sentad@s até morrer. Não vai acontecer. A mídia se preocupa apenas com lucro, e, pra lucrar, nada mais fácil que martelar os velhos temas preconceituosos que vemos em todo lugar. Não há inovação.
Na mídia reina o pensamento único, que é aquele mesmo pensamento expresso por conhecidos, parentes, amigos, colegas de trabalho, professores. É o senso comum, e o senso comum é extremamente preconceituoso. Escolhendo bem seu círculo de amizades, você pode passar a vida inteira sem encontrar alguém que divirja dos seus valores preconceituosos, valores que você carrega desde a sua formação preconceituosa. Mas o oposto não é verdadeiro: você teria de viver numa ilha deserta pra nunca topar com ideias preconceituosas. Então eu acho incrível a cara de pau de quem defende liberdade de expressão pra que Rafinha Bastos faça a apologia ao crime que quiser, mas ficaria revoltado se um programa de TV se dedicasse a apontar machismo, racismo, homofobia. Parece que essa liberdade de expressão é muito relativa. Só deve valer pros mesmos de sempre. O que eu ouço de “Cala a boca, sua feminazi nojenta!” todos os dias não tá no gibi. Eles querem liberdade de expressão... pra eles. A liberdade que defendem é que possam continuar exercendo seus preconceitos sem serem contestados. É só isso.
Como já disse várias vezes, sou contra a censura. Eu quero é briga, quero revoluções. Quero que toda ação enfrente uma reação. Mas não vejo essa reação na TV. E ela precisa existir. Ninguém deve ter o direito de perpetuar as besteiras que quiser sem ser contestado. Mas pra ser contestado é preciso espaço. Toda a programação de TV é deles pra perpetuarem seus preconceitos. Já passou da hora para que a luta contra os preconceitos tenha espaço também.
57 comentários:
Post excelente Lola
disse tudo, vou recomendar para alguns conhecidos cabeça duras que veem toda critica a midia como tentativa de censura.
Já que você quer reação, por favor reaja às declarações do Guilherme Fiúza, colunista da época, direitista com tudo de ruím que isto quer dizer. Ele disse, em seu editorial desta semana, que coisas como a criação do dia do orgulho hetero são reações à luta contra a homofobia, que a sociedade não deveria ostilizar os heteros, que a televisão não deveria forçar a barra mostrando que ser gay é normal... Você, como ninguém, sabe dar a resposta que indivíduos como este merecem. Dá uma olhadinha no artigo. Please!
eu não vejo tv aberta...só o bom dia brasil de vez em quando p dar risada da cara da miriam leitão (kkkk).
Mas, bom, o q eu queria dizer é que estou chocada com o que li e ouvi sobre a novela da globo e os gays...os caras pegaram pesado dessa vez. Sou a favor de boicote total e afirmo: é possível ser feliz sem ver TV !!! (e até mais feliz do q vendo).
Sobre o texto, como sempre, disse tudo lolinha. TV e rádio é concessão, o estado brasileiro deveria ter o direito de veicular mensagens com conteúdo cidadão. 15 minutos por dia...sei não, acho pouco. Mas seria bom se ficasse determinado q esses 15 minutos tem q ser em horário nobre, senão eles botam tudo de madrugada...
Mas acho difícil isso acontecer num curto prazo. Tentaram acabar até com a hora do brasil no rádio?
Eu, como brizolista de longa data, acho q a solução é tirar a concessão de todo mundo e redistribuir essa bagaça como o evo morales tá fazendo na bolívia
leia mais sobre isso pelo mestre idelber avelar @iavelar
http://www.sertsc.org.br/mostra_capa.php?id=540
Ouvi há uns dias que a TV não deveria expor casais gays porque crianças iriam assistir e seriam influenciadas por acabarem achando essas relações normais.
Contestei dizendo que é uma relação normal, onde tem amor, carinho e respeito e que as crianças não são influenciadas a serem homossexuais, homossexuais nascem não se transformam, não é um processo de mutação. Ainda em tempo, disse que melhor entenderem que há casais diferentes desde cedo, pois quando se depararem com uma situação na vida real não estranharão e não terão reações inadequadas.
Mas aí desisti. Veio uma onda de críticas de todos os lados, até de quem não estava na conversa. Como se homossexualidade fosse doença contagiosa exemplificaram que o mocinho "virou" gay porque a namorada era uma pessoa de mau caráter (contraponto) e o professor gay o influenciou na fase em que ele estava carente. TENHO MEDO!!!
Acredito que exposição de homossexuais na dramaturgia ajuda sim a nos familiarizarmos com as diferenças e aprendermos a respeitá-las. Assumo que luto diariamente contra concepções incutidas em minha educação desde criança, mas faço isso, pois não condiz com a minha moral e ética. São costumes de linguagem e de comportamentos que vão contra o que sinto e penso. Ando me policiando há tempos para mudar isso em mim e ao meu redor. Passo por chata, mas pago o preço! Isso não somente em relação à homossexualidade, mas a todas as minorias.
Há o lado comercial da Tv em colocar os mesmos personagens em todas as tramas, reality shows para polemizar e aumentar a audiência, mas vejo mais benefícios nessa exposição do que malefícios.
Liberdade de expressão para todos sim, também lembrando a liberdade de pensamento! Mas respeito em primeiro lugar!!! Ou assuma as conseqüências previstas em lei!
Somos todos "ensinados' a aceitar o que vêm da tv como sendo normal e legal à beça. Uma vez se não me engano foi o S Santos que disse que quem tem que ensinar é a escola, que tv é pra divertir. E o governo não deu nem uma "chamadinha" nele por isso. Tudo aqui nesta terra fica por isso mesmo. Meu pai apesar de ser ótimo, ficou a vida toda ensinando eu e meu irmão a engolir sapo pra "não entrar em briga", a aturar gente insuportável "pq é assim mesmo fulano não vai mudar", evitar confrontos mesmo saindo perdendo com isso. Coitado, só depois de muito tempo nós falamos pra ele o quanto isso nos doeu e o quanto prejudicou à ele mesmo. Opa, sai do tema, desculpa.
Mas aí,dia desses a Ana M. Braga "ensinava" em seu programa: "vc quer ser feliz ou quer ter razão? nem sempre vc precisa entrar em certas brigas, viva sua vida"
Exatamente como meu pai falava. E nunca teve razão, nem foi feliz.
Lola sempre perfeita! Texto incrível,já passou da hora de pararmos de pagar por uma tv aberta totalmente preconceituosa e reacionária. E o pior é ver esse chavão "mas e a liberdade de expressão" quando é pra humilhar grupos historicamente desfavorecidos. Beijo gay? "Não, isso é ensinar as crianças a bla bla..."
Eu parei de ver tv praticamente, mas as vezes assisto aquela novela Insensato Coração. Pelo menos ontem achei legal o Vinicius, assassino homofóbico, sendo preso e o pai dele falando que homofobia era doença e etc. Achei que foi importante pra pessoas como meu pai com cabeça fechada começarem a respeitar a vida dos outros.
Achei inapropriado demais o comentário da Marussia. Aqui, fala-se contra preconceitos, mas ela se refere a quem é de direita como "direitista com tudo de ruím que isto quer dizer".
Francamente, viu! Esquerda ou direita, não importa, Marussia! No final de contas, somos todos HUMANOS, falíveis, com tudo de ruim e bom que isto quer dizer.
acho a "solução" da aiaiai um pouco antidemocrática.
Quer dizer, a mídia muitas vezes presta um deserviço enorme à sociedade, mas também é o fiscal, o denunciante das eventuais falcatruas políticas e as vezes presta um papel importante. É a fonte de informação da esmagadora maioria da população. O que temos que fazer é tomar medidas para que essa informação seja ética e de qualidade, não acabar com as concessões. Melhorá-las. :) E melhorar também a criticidade dos telespectadores, através da educação (no fim das contas, tudo envolve educação né? :))
Sobre a cena de espancamento dos gays.. Eu não acompanho muito a novela, mas pelo que notei, os pitboys não são pintados como os mocinhos, pelo contrário. Os telespectadores ficam ao lado dos gays (será, meu deus, que tem alguém que não fica?) Mostra a realidade também. Mas ficaria feliz de que, além disso, fosse exibido um beijo gay. :)
Gre,
geralmente são as mesmas pessoas que se chocam quando aparece um casal gay ou um seio exposta na TV, mas acham normal levar crianças de 5 anos para ver Tropa de Elite.
Lembrando o caso globo, (e outros similares), é engraçado que a violência é cada vez mais banalizada e normatizada e o amor é censurado. Ninguém parece notar como é ridículo censurar uma cena de demonstração de afeto/amor, mas mostrar uma de violência pode. Que valores distorcidos são esses?
Homens não podem se abraçar afetuosamente, mas podem se matar e isso não tem problema.
Eu não acho que adianta ou que temos que cobrar da globo direitos humanos, pq isso nunca irá ocorrer enquanto essas mídias operarem na lógica capitalista. O que temos que fazer é derrubar essas mídias corporativistas e cobrar de fato a TV como concessão pública.
Bruno, eis as contradições do ser humano...por isso digo que tenho MEDO! Valeu...
Marussia, esse fiuza é um desclassificado...acho melhor não dar bola p ele. o cara tenta aparecer de todo jeito, mas é muito fraquinho.nem os conservadores engolem ele.
O único politico que enfrentava a Gloebells o Estradinho a Fulha e todos os outros rinocerontes da mídia.
Chamava-se LEONEL DE MOURA BRIZOLA.
O resto.
SE CAGA DE MEDO ....
Muito bom, Lola, mais uma vez =)
E repito o que falei no outro post: além do machismo, a creofilia e o especismo têm cadeira cativa em todas as emissoras. A Sadia patrocina o Jornal Nacional, a Globo faz apologia a rodeios e touradas, vaquejadas prosperam em emissoras nordestinas, o consumo de carne é fortemente encorajado, o vegetarianismo estrito por sua vez recebe críticas caluniosas de insuficiência nutricional (o que, em algumas emissoras, parece felizmente estar começando a mudar)...
Quem dera se tod@s só ligassem a TV pra assistir Chaves, Chapolin (ambos programas sem preconceitos e baixarias e bastante complexos psicologicamente, à parte a reprodução de alguns poucos valores bizarros que vigoravam na época de sua produção) e Os Simpsons...
Muito bons os vídeos. Que que sejam passados na íntegra entre a sprogramações de todas as emissoras. Palmas, Lola!
Nós, que passamos a vida contestando os propósitos e absurdos dos preconceitos, somos, no mínimo, estranhos. Em quase todas as rodas que frequento, eu sou zoada por contrariar essa lógica.
Como nossa luta é árdua e tem muito o que conquistar, façamos dessas desigualdades o combustível da nossa bandeira.
Eu fico feliz todos os dias ao ler o blog da Lola, ao indicá-lo, ao discutir os temas pautados nele. Fico feliz pela clareza de como os assuntos são tratados, de saber que esse é apenas um dos canais que podemos utilizar em prol da igualdade.
Meu apoio incontestável a você, Lola, às leitor@s (es)/admirador@s(es), e a todos que simpatizam a sua maior causa, que é o respeito à condição humana.
Sds...
Lola, esses videos são muito bons. O primeiro achei bem interessante porque ficamos falando em machismo, seus males, suas incoerências mas ali no dia-a-dia nem sempre as pessoas conseguem distinguir uma atitude machista de outra coisa qualquer. Arrumam desculpas para certos comportamentos que cerceiam a liberdade da mulher com aquela conversa de que se o cara faz é porque ama ou apelando para o medo que se supõe que toda mulher deveria ter em ficar 'sozinha'. Como se não ter um homem do lado nos jogasse num ilha deserta, anulando todas as nossas outras relações sociais.
A mensagem foi simples e direta. As campanhas, os fóruns de discussão, as leis são importantes mas combater aquele desrespeito nosso de cada dia é mais.
Mostrei esses videos para minha filha de 10 anos e a primeira reação dela foi querer divulgar para as coleguinhas da escola. É impressionante as coisas que se escuta da boca de criança, repetem direitinho o machismo que aprendem em casa, ou na rua mesmo.
off: vou aproveitar para divulgar um site muito bom, é sobre navegação segura na internet feito especialmente para o público infantil
http://www.criancamaissegura.com.br/
Ótimo texto, Lola!
Geralmente, eu assisto o jornal da tarde na Globo (MGTV), e certo dia uma reportagem estava mostrando a história de um policial que, depois de uma briga, atirou em sua mulher e depois se matou. A mulher sobreviveu.
A chamada da reportagem, algo como "briga de casal termina em morte", me fez perceber que, mesmo com o alto índice de violência contra a mulher, casos desse tipo não são muito divulgados. Já vi séries de reportagens falando sobre violência contra idosos/crianças, mas não me lembro de ver material parecido a respeito das mulheres.
Eu queria muito que houvesse maior divulgação de campanhas anti-violência e de conscientização da população.
Lola,
o nome do ator é Milton Gonçalves, um dos mais éticos e brilhantes atores brasileiros. Merece a correção.
Jussara
A verdade é que se esperarmos que a Globo fale abertamente sem mascaras sobre o preconceito e a violência contra a mulher estamos perdidas...
Ótimas colocações.
Mas eu gostaria de fazer um adendo, se me permite...
Bom seria, se logo após um comercial de uma deliciosa refeição, a tv fosse "obrigada" - Como você propôs - a veicular alguma notícia sobre a fome no mundo.
Que tal, logo após uma cena "deliciosa" mostrando um rico e refinado jantar, mostrar crianças desnutridas pelo mundo?
Ah, e você Lola, já dividiu teu delicioso desejum com o miserável da esquina?
Boas colocações, como eu disse...
Estava pensando em umas coisas aqui. Na mídia, sempre que uma mulher agride um homem - Casos reais, não programa de comédia -, ela é vista como uma monstra, mas é esperado, afinal, ela é mulher e não sabe se controlar. Explicado, mas nunca justificado, afinal ela tem que ser muito psicopata cruel para fazer isso com um pobre homem. Ela estava descontrolada por ódio e sentimentos ruins.
Quando um homem agride uma mulher - Novamente, em casos reais, como Eloá - SEMPRE dão um jeito de botar a culpa na mulher. Ela é que fez isso ou aquilo, ela é que confiou demais, ela é que provocou. E o cara fez isso por paixão, porque estava descontrolado por sentimentos bons, porque amava muito a mulher e entrou em frenesi.
Então eu acho que muitas vezes o caso não é "poxa, o cara vai ser humilhado se for na delegacia denunciar violência doméstica da esposa". Afinal, violência doméstica é como estupro: A mulher nunca tem a razão. Pode até acharem ele fraco, mas provavelmente vão achar que a mulher é um monstro muito cruel que acabou com a vida dele em um ato anti-natural de bater em um homem sendo mulher, ao contrário do ato natural de bater em uma mulher sendo homem, que parece ser uma realidade "triste, mas necessária".
Péssimo, né? Até hoje ninguém disse que o massacre em Realengo foi femicídio. E, mesmo que falassem, sempre vai ter o boçal que vai falar que era justificado porque as meninas - Não essas que foram mortas, mas meninas em geral, mulheres - Zombavam dele e isso deu a ele total passe livre em se vingar. Se é uma mulher que sai matando menininhos (e a ocasional menina sem querer), ela é a lésbica from hell of doom feminazi man-hater. Realmente não duvido que isso aconteça, viu?
E quanto à violência, olha, vivemos em uma sociedade tão fodida, mas tão fodida, que se importam mais com a morte de uma celebridade com que quase 90 pessoas mortas em um atentado terrorista sob circunstâncias inesperadas. Guerra em todo o lugar, todo mundo acha que é tragédia, mas que violência é um mal necessário. Na boa, vou parecer hippie mas falta amor nesse mundo. ): Falta mais empatia e menos "você tem que esmagar o outro pra vencer, todo mundo é falso, sua vitória é individual, sua liberdade é individual, ninguém pode ser melhor que você". E mais gente que realmente se importe, porque já esbarrei com gente cuja mentalidade era, sem a mínima vergonha, "Se não me prejudica, não me interessa". Ou seja, se fosse para lutar contra sexismo, não tava nem aí. Mas no caso de leis de defesas a minorias, por exemplo, as pessoas eram incrivelmente contra, por algum motivo, mesmo que não dissesse respeito a elas. :/ E na maior cara de pau. Muita pouca esperança no mundo, Lola. Muita.
Campanhas como essas seriam bem-vindas mesmo, ainda mais para a mais recente história de horror que eu escutei: aqui no RJ, na entrada de um condomínio de classe média, em horário de bastante movimento, uma mulher foi rendida por um assaltante. A rendição aconteceu dessa forma: ela foi agarrada, arrastada e imprensada contra uma parede por um homem, que escondido apontava uma arma para o seu peito. Para as pessoas que assistiram à cena o assaltante disse "Isso é briga de marido e mulher, ninguém se mete". O blefe do assaltante fez efeito por que ninguém fez nada, nem ao menos chamar a polícia. A pobre mulher com a arma imprensada contra o peito não podia dizer que era um assalto. E pra piorar a história acabou no estupro da mulher. Me sinto mal só de contar essa história.
Aoi Ito...
Amor é a palavra-chave, assim como respeito. Concordo plenamente com suas colocações. A competitividade, a rivalidade e essa busca em sermos melhores sempre e perfeitos nos faz esmagarmos esses sentimentos e comportamentos nobres. Movidos por ódio e insegurança ficamos cegos diante de tanta crueldade.
A solução é simples, complicado é ser humilde. Compaixão é quase que utopia.
A revolta de todo um movimento, mesmo tendo causas justas, tende a confrontar valores já perdidos. Eis o problema.
Flasht, seu problema com interpretação de textos já foi citado aqui. Leia novamente, se não entender o contexto procure ajuda.
Recuso explicar o que já está explícito!
Mas o assassinato do gay não foi justamente para conscientizar da violência contra os homossexuais? Sei lá, o beijo não é um problema, matar alguém é.
eu nem acompanho a novela e li o post rapidinho...
Lola, você já conferiu a reportagem mais machista do dia? http://gnt.globo.com/comportamento/noticias/Segredo-de-um-casamento-feliz-e-a-mulher-ser-mais-magra-que-o-homem.shtml
Concordo com o que foi dito, mas a MTV sempre faz propagandas que visam conscientizar o público, a respeito de causas mais 'politicamente corretas', como uma propaganda que informa a quantidade de gays que são mortos no Brasil por ano, e põe em pauta a impunidade dos que cometem tais crismes. E eu acho que as outras emissoras deveriam seguir o exemplo da MTV, e mesmo sendo tida como 'alienada' é a única que se importa em conscientizar o público. E não só quanto a homofobia, como a preservação ambiental, etc.
excelente! Não tinha pensado nisso, faz muito sentido...
Flasht
Se fosse verdade, metade das acusações que vc faz contra as mulheres, os homens morreriam de medo de fazer qualquer coisa contra nós, se a lei fosse assim tão desproporcionalmente a nosso favor.
Mas não é o que eu vejo por ai, ligue a Tv, leia jornais, revistas...vc verá que a onda de violencia contra a mulher é muito grande. Parece que seus amigos não tem medo de bater, de xingar, de humilhar e estuprar mulheres, onde esta essa lei subversiva feminista que vc diz?
Pare de basear sua realidade por aquilo que vc lê no testosterona.
(Deus me perdoe por isso)
Embora não concorde com a imposição às emissoras por ser simplesmente antidemocrático, os comerciais são sucintos e de excelente tom.
As próprias emissoras deveriam ter a iniciativa de divulgá-los, mesmo que fossem ao ar versões reduzidas (30 segundos, por exemplo). Existem vários espaços de publicidade desocupados ao longo do dia e elas poderiam passar estes comerciais, em vez de inventar vinhetas para disfarçar a falta de anunciantes.
O texto está muito bacana! Vamos indicar no Mulheres de Segunda, caso você autorize publicamos na íntegra. Parabéns http://mulheresdesegunda.wordpress.com
Lolissima e por essas e outras que a gente nao consegue NAO passar por aqui!
obrigada por divulgar estes videos! eu pessoalmente na minha vidinha umbilical nao conhecia... conheci a Maria da Penha atraves de voce tambem!
os videos sao de dar orgulho! lindos, sobretudo o primeiro deles, embora os 3 tenham formas diferentes de chamar atencao para o mesmo problema.
ja divulguei e vou continuar divulgando...
a tevê é exatamente isso que voce disse: ela precisa ter apoio, audiencia e vender produtos para uma maioria... e a maioria tem preconceitos que nao acabam mais.
eu nao sabia da cena do espancamento, mas nao basta exercer sensacionalismo nos programas trashs de aparente informacao, precisa expor nas novelas, porque e disso que o povo gosta... a vontade de surrar um gay, alguem que vai contra o que Deus criou na terra, e uma vontade de tanta gente e ela se extravasa no momento em que a pessoa pode ver na novela o seu odio sendo colocado para fora... mesmo que pareca violento, mesmo que nao pareca que e para repetir o comportamento ele funciona...
e e triste mesmo que a gente so tenha possa ver um dos lados da moeda...
Já divulguei através das redes sociais, no grupo de e-mail da minha sala de faculdade, espero que todo mundo siga divulgando. Pretendo mandar por e-mail pra alguns professores.
Negando o que o troll disse, hoje na aula de criminologia, ouvi meu professor contando e contando casos e ele falou "tá cheio de mulheres cansadas de fazerem b.o. porque estão sendo ameaçadas de morte e apanhando, moças novinhas, mães, avós, prostitutas e praticamente todas as vezes, antes do inquérito acabar, elas já foram mortas, adivinhe por quem? O marido o namorado, o companheiro."
Ele fala também que se um dia a filha dele arrumar um namorado e ele virar ex e ela falar com ele "ele tem me perseguido", ele vai com ela até o fim do mundo, mas não deixa esse cara chegar perto dela, porque ele sabe o perigo que é.
Todo dia ele faz questão de ressaltar como são inúmeros os casos de violência contra mulher e como todo mundo nem liga, finge que não vê.
Ele também me dá aula de processo penal e me deu aula de alguns períodos de direito penal e é defensor público, eu acho que ele sabe do que está falando, né troll?!
Pois é, é uma triste realidade que muitos, como o troll acima, insistem em negar, e é através de campanhas de conscientização que o debate vai acontecer e assim talvez os números de violência contra a mulher vão diminuir. Pelo menos, eu torço pra isso.
O processo de interiorização de uma norma que foi criada pra coibir certo comportamento considerado normal pela sociedade não é simples, não é só a lei existir, é necessário que haja campanhas de conscientização, a lei tem que vir junto a algum processo de educação da sociedade, e quem já está conscientizado tem que cobrar que essa lei seja respeitada, tem que denunciar, tem que debater a questão e pelo menos tentar educar quem está a sua volta.
Assinado Thaís, a idealista. Hauheuahue. (:
Acho engraçado quando falam que não pode passar beijo gay porque criança pode ver por três motivos 1. novelas tem classificação livre, por acaso? Não, então o que o filho tá fazendo vendo novela? 2. beijo heterossexual tem a mesma classificação que beijo homo. 2. Não pode ver beijo gay, mas pode ver cena de casal transando?
Os vídeos são excelentes e deveriam ser divulgados em tudo que é canto mesmo - eu já tinha divulgado ontem, mas não custa fazê-lo de novo, e todos os dias.
Obrigada pela reflexão maravilhosa, Lola, espero que toque algumas pessoas...
Vi os vídeos, espero que façam uma campanha bem abrangente com eles, pra massificar a idéia, de que a mulher não é um cidadão de segunda classe e merece ser respeitada em todos os seus direitos e mais ainda no direito primário a vida.
Embora eu não costume ver TV, esse é o veiculo que atinge a maior parte das pessoas e tenho fé que esses vídeos comecem a despertar a consciência delas.
E tenho q concordar com o professor da don't call me thaisinha, e ter um relacionamento com um homem se transformou em uma atitude de risco, principalmente quando se quer romper esse relacionamento, e isso tem que mudar.
Lola, excelente.
A pergunta "Você julga com base em quê?" deve ser honestamente respondida: "com base em seus preconceitos"
Aí sim podemos reverter isso, começando pela admissão do preconceito e depois pela rejeição.
Ah entendi troll...tá certo.
Devemos nascer mudas e morrer algemadas para evitar que sejamos mortas pelos homens.Uau, achei que éramos tão racionais e emocionais independente de gênero e que todos tivéssemos capacidades de auto-controle ao sermos contrariados.
Sim, todas as mulheres morrem, são espancadas porque não obedeceram seus amados e não seguiram a cartilha de boa esposa: lava, cozinha, cuida dos filhos e abra as pernas quantas vezes forem do interesse de vcs ok? Uauuuu
Cômodo não? Te dou um conselho, leve também para seus amigos da roda dos superpoderosos, não casem, não namorem, fiquem solteiros e não precisarão ser contrariados e nem reagir as maldades que as mulheres fazem com vocês.
Ah, ainda ... vi vários comentários dizendo "não assisto TV mas vi tal coisa". Não vejo problema nenhum em assumir que assisto TV e de ser noveleira. Minha fonte de informação está na internet bem como na TV, mas nem por isso tudo que leio ou assisto encaro como verdade. Intenções, preconceitos, entre-linhas, tem em todas as mídias (internet, rádio, jornal, revista etc). Depende de cada um deixar de ser esponja e aprender interpretar. Assisto TV sim, e como disse a Dani, há horários, programas e o controle remoto para selecionar o que você quer ver e o que você quer que seus filhos vejam.
Meu professor quando falou de fugir com ela até o fim do mundo só quis demonstrar o medo que ele tem de homens violentos e ele sabe que isso não é solução.
Olha, se eu fosse responder com violência cada "provocação/ofensa" que me fazem, pqp, teria espancado metade das pessoas que conheço. Mas eu sou uma pessoa que preza por respeito e diálogo, não vou sair metendo porrada em todo mundo que não concorda comigo e que não me respeita. No caso do respeito, se for alguém que eu prezo, eu converso, se for alguém que eu sou indiferente, eu me afasto.
Homens batem em mulheres só por elas serem mulheres, homens batem na mulheres porque chegaram bêbados em casa às 2 e meia da manhã e não tinha janta posta na mesa, homens batem em mulheres porque a mulher usou determinada roupa, homens batem em mulheres porque elas não concordam com eles, homens batem em mulheres que não desejam fazer sexo com eles, homens batem em mulheres que terminam relacionamentos com eles e por aí vai...
Isso não é provocação, homens batem em mulheres porque acham que são donos delas. Mulher pra maioria dos caras é posse, é objeto, logo deve ser tratada como um, né?! Pode largar quando quiser, não precisa respeitar, não precisar nem dialogar, pode bater, pode quebrar. Qualquer demonstração de autonomia é motivo pra espancar.
Olha só, mas não precisa falar que as mulheres escolhem esses caras, eles não parecem ser assim de cara, faz parte de um relacionamento abusivo o cara tratar a mulher com muito carinho e "amor" e prometer nunca mais fazer isso quando acontece.
Num mundo onde as mulheres não podem ter atitude, autonomia, onde o corpo de toda mulher é público, onde todas são estimuladas a sair em busca de um homem pra ficar com eles toda a vida, onde ciúme é considerado demonstração de amor, onde mulheres ainda tem obrigação de cuidar da casa inteira, mesmo trabalhando tanto ou mais que o cara, onde nem toda mulher tem independência financeira, onde a mulher tem medo de denunciar pra não ser morta ainda mais rápido, ou pelo medo de como será tratada na delegacia, pelas colegas e etc, além disso, pra você denunciar e sair daquela, você dá um stop na sua vida, você tem medo de ir trabalhar e dar de cara com o agressor, num mundo desses, não dá pra justificar nada disso com "provocação".
Mas aqui, eu sei que existem caras legais, esses caras acham um absurdo qualquer violência contra a mulher, seja física ou psicológica, esses caras não acham que é resultado de provocação, esses caras não brigam quando a namorada, companheira, esposa conversam com amigxs, esses caras não tratam nenhuma mulher como depósito de esperma, enfim, esses caras não odeiam mulheres.
Aproveite que todos os dias você visita o blog e passe a refletir que por mais que você tenha se magoado, acho que todo mundo aqui já se magoou muito com as pessoas, mas ainda tem empatia e senso crítico pra perceber que violência contra mulher não é resultado de provocação, né?!
Gente.. só vai dar para conversar com este peculiar indivíduo depois de uns 20 anos de terapia psquiátrica intensiva.. com Jesus Cristo porque só Ele \o/ dá jeito. Ele é um misógino, não dá para bater um papo legal com esse tipo.
Ele se sente rejeitado por mulheres e vem buscar atenção num lugar no qual ele sequer é bem vindo, numa vibe meio masoquista sei lá. Porque vejam bem, ele vem aqui, vomita sandices que ele sabe que serão rejeitadas, para depois pensar 'Tá vendo só, como essas mulheres são ma-lé-vo-las, eu só estou aqui tentando dar a minha opinião e elas me escracham. Buá, tô triste.' Tudo isso para reforçar a opinião negativa que ele já tem sobre as mulheres, num estranho processo de retroalimentação de seus preconceitos e recalques. Preguiça mental e acomodação atroz.
Essas pessoas precisam começar de novo, desenvolver habilidades sociais básicas, eu sugiro começar tentando amar um cachorrinho talvez um hamster, expandir para outros seres do reino animal, terapia equina é uma boa, para lá no penúltimo degrau passar para um ser humano. O último é si mesmo, neste caso. Quando ele receber um olhar amoroso de alguém, ele vai parar e pensar 'É.. se esta pessoa me ama é porque ela viu algo de bom em mim.' Aí ele vai começar a procurar 'essa coisa' nele, talvez ele ache. Talvez não.
Gosto muito do blog, mas achei o post equivocado em alguns aspectos no que diz respeito a Insensato Coração:
Os autores estavam sendo podados a respeito das cenas do casal gay, com cortes de sequências inteiras e modificações. A produção pediu para que esfriassem a ambos, e de uma forma muito sutil, os autores conseguiram driblar o conselho com algo de mais impacto.
O público é preconceituoso? Sim: muitos ainda recusam e se incomodam com as perspectiva de um beijo gay entre homens. Público e alta cúpula global, mas ignore esse fator. Insensato Coração matou o personagem justamente para discutir a impunidade e a frequência deste tipo de crime. A cena foi chocante? Muito, e soou como um tapa na cara e sinceramente?
Da forma como as coisas andam, prefiro ver o fim da impunidade à violência contra gays, bi, lésbicas, travestis e transsexuais do que ver o beijo gay, pelo menos por hora e olha que sou a maior defensora da necessidade que esse beijo aconteça, desde que ele tenha contexto e não seja uma arma de ibope, a là Thiago Santiago.
uhm pensando bem.. é melhor começar tentando amar uma planta. regar e adubar já demanda muito esforço emocional deste tipo de pessoa.
No meu entender, pessoas capazes de destilar tamanho rancor (quiçá ódio) jamais deveriam ter seres vivos sob sua responsabilidade. Animais, ou vegetais...
Lola, queria aproveitar aqui para fazer um comentário sobre a polêmica que está tendo por conta da censura do filme ´Terror Sem Limites´, filme que conta a história de um ator pornô que se envolve num projeto para cometer atrocidades sexuais. O filme contém uma cena de abuso sexual explícito contra um recém-nascido!!! O responsável pela divulgação do filme no Brasil está por aí dizendo que vai até as últimas instâncias para liberar o filme justamente usando esse velho argumento da "liberdade de expressão".
Só posso dizer que estou chocada.
Lola, teu blog é um oásis no meio de tanta baboseira na internet! Sobre o teu texto, levemos em consideração que o valor gasto para produzir comerciais contra a violência é in-fi-ni-ta-men-te menor do que a verba pública destinada ao atendimento das vítimas na rede pública de saúde...
Flasht
Pedi perdão a Deus por desperdiçar meu tempo com vc, já que é um presente precioso que ele me deu :)
De fato, vc não tem concerto.
Liana
Eu pensei que vc gostasse dos animais...
Já que ela adora Chaves, vai ser meio comico o dia que ele tiver passeando com o cachorro dele e alguem parar pra perguntar "o que vc faz com este animal ?"
E o cachorro responder:
"Nada eu juro, ele só levou a sério o que a Liana disse"
vi a discusão sobre violência doméstica... uma leitora minha mandou essa história dela, por email, que achei triste demais:
apagando lembranças
Ai, Lola.
Deveria ter campanha contra violencia domestica em todo o mundo. Eu sou vítima, reconstruo agora uma vida destruída, e, juro, ao me levantar, muito vou fazer por isso !
avante, sempre :*
Maravilhoso, Lola. Enxergo o caminho exatamente assim. Calar alguém, até mesmo o Rafinha Bastos, é tão ruim quanto calar qualquer outra pessoa. Entretanto, direito de reações, reações nos próprios programas (como os comerciais equatorianos), isso sim seria lindo. Pena q ainda parece distante.
Como é que pode isso ser gratuito?Sempre tem um custo pra transmitir, da emissora, do uso dos equipamentos, do trabalho dos técnicos etc
Se o governo pagasse a emissora no fim das contas quem ia pagar o pato de verdade ia ser o contribuinte
ntwrdprss, não se esqueça: TV é uma concessão pública. Que se faça uma lei e as TVs q arquem com os custos disso.
@Ulisses: falar em concessão pública parece que é algum tipo de favor do governo pros míseros mortais que o sustentam.Então o governo é dono das ondas de rádio? Elas não existiriam sem ele? O governo se apropriou de uma forma de comunicação descoberta e disse: 'agora ninguém meche, só quem eu deixar'.E isso, óbvio, pra obrigar os outros a dependerem dele.
Ainda bem que a internet não foi criada sob essa mentalidade.
@Ulisses: falar em concessão pública parece que é algum tipo de favor do governo pros míseros mortais que o sustentam.Então o governo é dono das ondas de rádio? Elas não existiriam sem ele? O governo se apropriou de uma forma de comunicação descoberta e disse: 'agora ninguém meche, só quem eu deixar'.E isso, óbvio, pra obrigar os outros a dependerem dele.
Bom, foge um pouquinho do assunto, mas nem tanto. Eu vi uma vez no Los Angeles Ink, uma história de um pai indo fazer tatoo em homenagem às quatro filhas que ele criava. Ele deixou a mulher partir quando ela pediu ajuda a ele pra recomeçar a vida. Acho que fatos assim são raros, e merecem ser divulgados. Escrevi até um conto sobre isso (momento propaganda) http://mardemarmore.blogspot.com/2011/08/caveira-entre-as-rosas.html
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