segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A LEI MARIA DA PENHA VS OS HOMENS RETRÓGRADOS

Ontem a Lei Maria da Penha completou cinco anos. Mesmo que ainda falte muito o que fazer (não há abrigos suficientes, as decisões demoram pra ser tomadas, faltam recursos etc), a lei é uma conquista de toda a sociedade. Ou não? Acabar com a violência doméstica não beneficiaria a tod@s nós? Não, pelo jeito não, infelizmente. Semana passada o Terra publicou uma boa entrevista com a própria Maria da Penha, em que ela lamenta que a justiça ainda seja machista. Coletei apenas alguns comentários para te causar depressão e fazer você perder a fé na humanidade (ou pelo menos numa certa metade dessa humanidade, já que todos os comentários foram escritos por homens ― tudo sic):

- Ai ai. O que falta mais nesse matriarcado.
- Eu acho que ela tem essa birra com homem e com o marido porque ele botava chifre nela por ser muito feia.
- essa maria era santa? como era como esposa?
- Mulher é o bicho mais machista que eixste, pois não vive sem macho.
- Acho que essa Maria da Penha imaginou tudo, fruto da sua mente dissimulada.
- Mulher feia tem q apanhar todo dia.
- Muitas mulheres se aproveitam dessas leis feministas. Vá lavar roupa no tanque que você ganha mais.
- O que fez ela pra esse marido pra receber tratamento tão amável!! Primeiro tiros depois eletrocutar!!! Kkkkkkkk..Não incentivo violencia mas acho que existe muita coisa distorcida no discursso da velhota ai...
- chega de conversa mulher so aprende mesmo e na porrada
- Enche o saco ver essas cadelas feministas falando besteiras sem noção! O que se podia esperar de uma presidente mulher? Essas vacas malcomidas só falam asneiras!
- O que mais essa veia quer? Jogar na prisão quem olha pra bunda de uma mulher? Chega de privilégios! Justiça deve ser igual pra todos!
- euacho que vc apnhou pouco
- Muito lero-lero para coisa de tão pouca importância...
- Quem vai fazer BO em delegacia da mulher é na maioria v/a/g/a/b/u/n/d/a mau intencionada querendo prejudicar o homem que não a quer mais.
- sai dai protetora de p(u)t(a)

Só gente muito, muito ignorante pra escrever essas atrocidades. Mas aqui há todos os clichês reunidos: a lei é coisa de feminista, ela discrimina o homem, mulher é que é culpada pelo machismo, mulher feia precisa apanhar, mulher com qualquer aparência deve apanhar pra aprender, alguma a Maria deve ter aprontado, ela nem foi agredida, a violência doméstica não tem importância, só prostituta apanha. Faltou apenas a idiotice que homem também apanha e não tem lei pra protegê-lo.
Olha, tive a oportunidade de conhecer a Maria da Penha porque eu e ela fomos palestrantes num seminário aqui em Fortaleza, em maio. Ouvi essa mulher forte e corajosa contar sua história. Ela foi atingida do jeito mais covarde: com um tiro nas costas enquanto dormia na sua casa. Isso foi em 1983, época em que ainda se discutia se “quem ama não mata”, em que ainda se considerava aceitável o marido matar a esposa adúltera para limpar sua honra. Não que Maria da Penha fosse uma esposa adúltera. Ela era apenas uma entre tantas mulheres presas a um casamento violento, em que seu marido (ambos com nível superior) a via como propriedade. Maria permaneceu no hospital durante quatro meses. Quando voltou pra casa, seu marido a manteve em cárcere privado e tentou matá-la pela segunda vez, então por eletrocução. Maria, que ficou paraplégica, conseguiu sobreviver. E, durante 19 anos, viu a justiça não ser feita. Só quando o crime já estava quase prescrito, e por causa de pressões internacionais, é que o ex-marido finalmente foi preso. Ele ficou dois anos na cadeia e saiu em 2002, um homem livre.
Mesmo diante de toda essa injustiça, ainda tem gente que acha que Maria da Penha imaginou tudo. Que ela se tornou paraplégica pelo poder da mente, e que sua insistência para que seu ex-marido fosse preso não era sede de justiça, mas rancorzinho de mulher traída e mal-comida.
Esses homens que nem ruborizam ao escrever essas ofensas são os mesmos que negam que o machismo existe. Eles acreditam que vivemos num mundo de plena igualdade, e por isso consideram injusto não que mulheres apanhem (eles ora negam essa realidade ou inventam que elas merecem), mas que haja uma lei específica para protegê-las. O pior é que muitos policiais, delegados e juristas pensam (modo de dizer) igualzinho a esses neandertais. Mas a reação é parecida à quando foi inaugurada a primeira delegacia da mulher no Brasil, em 1985, em SP. Dizia-se que o atendimento especial discriminava os homens, como se as mulheres vítimas de violência não iriam ser agredidas mais uma vez ao pôr os pés numa delegacia convencional, cheia de policiais machistas sem a menor empatia!
Alguns homens são vítimas de violência doméstica também, mas é diferente. Mulher quando bate dá tapa, arranha (sou veementemente contra), mas homem dá soco. Homem que apanha tem que denunciar a parceira, e pra isso existe o Código Penal. Mas a violência é totalmente desproporcional. Ou você conhece muitos homens que ficam paraplégicos ou são mortos pela esposa, namorada ou ex? Pois bem, cinco mulheres são agredidas no Brasil a cada dois minutos. Os números de chamadas ao telefone 180, a Central de Atendimento à Mulher, só sobem ― o que pode ser algo positivo, pois significa que mais mulheres estão denunciando, não se calando para um tipo de violência que costuma ser encoberta pela sociedade.
Muitas vezes o que começa com violência psicológica e verbal escala para a violência física. E quando a mulher decide romper esse ciclo, ela é assassinada. O Mapa da Violência no Brasil/2010 aponta que 41.532 mulheres foram mortas entre 1997 e 2007, o que representa que há mais de 4 vítimas em cada grupo de 100 mil mulheres. No Brasil dez mulheres são mortas por dia, todos os dias. A enorme maioria dessas vítimas é assassinada pelos parceiros, atuais ou ex. E essa rotina está tão impregnada na nossa cultura (e não só na nossa) que montes de mulheres não deixam a casa depois de apanhar. Elas ouvem do parceiro: “Se você se separar de mim, eu te mato”. E sabem muito bem que é uma ameaça plausível.
Por isso a Lei Maria da Penha é tão importante: porque ela agiliza o atendimento. Ela pune com mais rigor. Ela pode salvar vidas. Alguém me convença que isso é ruim.
Apesar dos conservadores misóginos que volta e meia repetem as grosserias que colei acima, a ONU cita a Lei Maria da Penha como pioneira mundial nos direitos das mulheres. 80% da população brasileira aprova a lei. E mesmo entre aqueles que desaprovam, a maior parte das críticas é por ela ser insuficiente. E é. Ela é só um começo. O que precisamos mesmo é mudar a mentalidade das pessoas, essa mentalidade tacanha que diz que o homem é dono da mulher, que mulher deve ser ensinada e vigiada para se manter na linha, e que bater é um ótimo meio de educar. Sou otimista. Acho que algum dia comentários como os do início do post, que banalizam e fomentam a violência, serão impronunciáveis. Aí teremos um mundo menos desigual.

Este post faz parte da blogagem coletiva Lei Maria da Penha.

157 comentários:

Liz disse...

Pessoal, vamos nos manisfestar. Uma blogueira muito cabeça aberta, hétero, com filhos, escreveu um post sobre casamento gay e educação dos filhos. Lá nos cometários, um monte de anônimos acabaram com um casal lésbico que se manifestou. O título do post é "CASA SIM, CIÇA". Abaixo o blog e vamos colocar nossa opinião sobre casamento gay:
Vão lá no link
http://fotocecilia.blogspot.com/

Liz disse...

MANIFESTAR

Ma. disse...

Fantástico texto!

Após a depressão advinda dos comentários (para os quais não encontro um adjetivo, tamanha indignação - eu sei que essa mentalidade ainda é tão viva e comum, mas fico estupefata cada vez que ouço ou vejo coisa assim), o seu texto me confortou, Lola.

Sei de perto o que é a violência contra a mulher e a aplaudo de pé a Maria e a Lei Maria da Penha.
Os animais dos comentários e da vida, eu só lamento. E espero que esse pensamento insano vá morrendo continuamente, a bem desse mundo!

Liz disse...

Embora eu seja advogada da área tributária, eu e minha companheira, fazemos um trabalho voluntário para mulheres vítimas de violência doméstica, ou não, em uma comunidade desfavorecida economicamente de SP. É incrível a maldade dos homens. Fico ( ainda) impressionada com tanta brutalidade.
A Lei Maria da Penha foi um ganho e muito para o Brasil. Não nos esqueçamos que, além da mulher, as crianças e adolescentes, são muito atingidos quando um homem violenta uma mulher. Muitos meninos aprendem que violentar é a única forma de se relacionar com uma parceira. E muitas meninas colocam na cabeça que todo homem é igual ao parceiro da sua mãe. É um círculo vicioso que precisa ser rompido com leis mais duras, mais sérias. Também sou a favor que haja educação de gênero nas escolas e universidades o mais rápido possível. Acredito que com educação e leis rígidas, homens como os que fizeram tais comentários, Lola, sumiriam do mapa do Brasil, sem dúvida.
Lola, espero sua colaboração nos coments do blog PERIPÉCIAS DE CECÍLIA E FOFICES DE CLARICE ( que conheci aqui, quando li um comentário pertinente da Paloma). O post é CASA SIM, CIÇA! Há comentários super machistas e homofóbicos com relação a um casal lésbico que se manifestou no blog dela.
Seu blog é um espaço que eu adoro por trazer questões que nos fazem pensar.

Daní Montper disse...

Sabe, Lola, tive que ouvir outro dia que se eu nunca tinha apanhado de um homem, eu não deveria me meter nisso, me preocupar com essa lei, pode? Claro que foi um homem que disse isso, mas infelizmente existem mulheres que perpetuam essa ideia de que se a mulher apanhou foi, porque mereceu, ou que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher...
A gente tem que lutar todo dia, inclusive para que esse tipo de mentalidade acabe.
A conquista da lei foi o primeiro passo.

Lord Anderson disse...

É Lola, dá mesmo para perder a fé nos seres ditos humanos.

Eu não consigo entender todo esse odio, essa falta de empatia.

Como alguem pode olhar para outra pessoa que foi tão ferida e ainda desejar mal?

Do que esses caras tem tanto medo? em que mundo patetico eles vivem para sentirem-se tão ameaçados?


eles são só idiotas ou realmente acreditam em toda merda que falam?

vergonha alheia e medo do que canalhas assim podem fazer.

Maíra disse...

HORROR! HORROR! HORROR!

o pior é que não dá nem pra "não acreditar" ou achar que é delírio de uns poucos. como você diz, Lola, toda mulher tem uma história de terror pra contar.

E o post que a Liz sugeriu é mesmo muito interessante e pertinente. Deixei lá o link do vídeo da reação - absolutamente natural - de um menino ao se deparar com um casal gay. Fico vendo esse vídeo no "repeat" e ele tem tantas sutilezas que fico encantada toda vez.

letícia disse...

Não importa se é puta, se é santa...o que for. Nada justifica violência.
Os comentários são nojentos, de pessoas pequenas. Tenho dó de gente assim, que não usa os neurônios.
É uma lei que está engatinhando, uma lei que tem muito o que melhorar, no sentido do agressor ser punido(como muitas em nosso país) mas ela está ai.
Infelizmente há muita gente de mente pequena, que quer justificar violência ou finge que ela não existe, mas por outro lado tem os que pensam e os que lutam. E ainda bem que essas pessoas existem.

Hermes Eleggua disse...

Muito bom o texto Lola.

Abraços

Anônimo disse...

maíra,

que vídeo é esse? quero muito ver e divulgar! Essa semana estive discutindo no face com meus primos (evangélicos) e tive que ler que gays são doentes e deveriam inventar uma vacina pra isso. Eu cresci junto com eles, e eles se transformaram nisso. Que desgosto. Enfim... se puder disponibilizar o link aqui, eu agradeço. :)

Sobre a lei maria da penha, nem preciso dizer o quanto sou favorável. Trabalhei diretamente com ela, na promotoria de violencia doméstica, e vi o tamanho de sua importancia.

Outro dia estive discutindo no twitter sobre estender ou não esse mesmo direito aos homens. Obviamente a proporção em quantidade e em violência sofrida é menor pra eles, mas ainda que sejam poucos, esses merecem ser protegidos.

O que vocês acham?!

Hamanndah disse...

Desejo que a Lei Maria de Penha sirva, cada vez mais , para ajudar mulheres agredidas e que ela também seja mista, para ajudar também os homens agredidos.

Também seria bom fazer algumas modificações nela, para que mulheres e homens mentirosos não a usem para caluniar os outros, tipo, dizer inverdades sobre ex-cônjuges

Enfim, que a violência de genêro seja devidamente punidade, de ambos os genêros.

Lar Ternura disse...

Infelizmente a existencia da lei não garante a sua efetivação, por isso nossa luta é diária.

Lei Maria da Penha nº11.340

Eduardo Marques disse...

O que dizer da lei Maria da Penha? É inconstitucional? É. Trata homens diferente de mulheres? Sim. Mas funciona.

Não acho o caso de acabar com ela, mas ela é não é totalmente certa.

Escarlate disse...

QUE NOJO DESSES LIXOS!Fico feliz que pelo menos a realidade está mudando aos poucos e que muitas mulheres estão conseguindo sair desse círculo de violência.

Esse texto é muito bom pra esclarecer pq mulheres agredidas continuam com seus parceiros:

http://politica-sexual.blogspot.com/2010/01/feminilidade-heterossexualidade-e.html

É longo, mas vale a pena.

Bruno S disse...

Espero que nesses anos de existência a Lei Maria da Penha tenha ajudado a evitar mortes e agressões e torço para que evite mais nos próximos 5.

Nina disse...

Adorei o texto Lola! Confesso que ainda estou numa fase onde não consigo contra-argumentar pessoas que são machistas e não percebem. Meu irmão é bacharel em Direito, já estagiou na defensoria pública de minha cidade e sempre solta comentariozinhos machistas sobre a lei e suas implicações práticas. Só que ele fala do alto de seu conhecimento de leis e é MUITO difícil conversar com ele. Eu acabo ficando meio sem argumentos. Como fazer uma pessoa enxergar quão injusta ela é em seus pensamentos e palavras?

Sobre o que a Mariana disse, da lei apoiar os poucos homens que sofrem violência doméstica, não sei. Os homens já tem tantos privilégios, será que eles precisam de um tratamento diferente da lei? É o que eu vivo discutindo com meu irmão. Mas eu entendo que infelizmente o senso comum entende que "briga de marido e mulher, ninguém mete a colher", e coisas do gênero.

Creio que combater o machismo inclui combater essa visão. A Lei Maria da Penha pode não abarcar os homens que sofrem esse tipo de violência, mas no meu entender ela atinge indiretamente todo o contexto da violência doméstica, e isso é muito positivo.

Abraços a tod@s!

=)

Niemi Hyyrynen disse...

Alguem com "com visão para negócios" poderia vender esses comentários para o Rafinha Bastos montar um esquete, tá bem a cara dele!

Anônimo disse...

Eduardo Marques,

Discordo completamente de que a LMP seja inconstitucional. Ela é um belo exemplo de aplicação do princípio da igualdade.

Lembre-se que tal princípio não diz para tratar todos iguais. Apenas quando forem efetivamente iguais. Não é o caso: mulheres precisam de mais amparo do que homens na questao abordada pela lei.

Tratar iguais como iguais e desiguais desigualmente na medida de sua desigualdade.

É isso.

Escarlate disse...

Pra mim homem que fala mal da Lei Maria da Penha é pq tem medo. Se não vai agredir ninguém, não tem nem pq pensar nisso. Isso é receio de ser punido.

Esses trollzinhos nojentos desses portais de notícia são potenciais agressores, se já não o são. Podem ser seu colega de trabalho, de faculdade, seu vizinho, ou um cara bonito da balada. Nunca é ruim ficar prevenida quanto a isso.

Uma boa maneira de descobrir se o cara é machista, é bem no começo do namoro/ficada nem se declarar feminista. Faça algum comentário sobre outra mulher "nossa, que saia curta, né", ou do tipo "ah, mas tem mulher q pede pra apanhar", e espere a reação dele. Acho que vocês já sabem o tipo de resposta que é convite pra cair fora.

Anônimo disse...

Tia Lola, já sou sua fã desde a polêmica com o deplorável CQC. Sempre compartilho seus textos no meu perfil do face e é engraçado perceber o quanto a maioria das mulheres prefere ñ comentar, finge q a violência e o machismo são coisas q só acontecem com as outras. Seu blog é uma referência p mim. Gratidão!

larissa disse...

Eduardo Marques,
A lei não é inconstitucional!
Ela trata as mulheres de forma diferente porque elas estão em situação de vulnerabilidade! A constituição tem como princípio maior a igualdadade, você sabe o que significa igualdade no direito brasileiro? significa tratar os desiguais na medida de suas desigualdades!!

Maíra disse...

Mariana, aqui o vídeo. http://www.youtube.com/watch?v=BbZGdkWNcvE Mega ato falho, eu jurava que tinha colocado o link :(

Luiz Prata disse...

@Mariana,
link do vídeo do qual a Maíra falou:
http://www.youtube.com/watch?v=BbZGdkWNcvE

Gre disse...

Incompreensível a intolerância quando trata-se de diferenças a serem simplesmente respeitadas.

Deplorável a alienação machista que domina os entendimentos de jovens e até de pessoas bem instruídas.

A cultura depreciativa está acima de qualquer graduação ou condição social, infelizmente.

Porque aquilo que não nos afeta, nos encomoda tanto? Não consigo nem nunca saberei responder essa questão. Incrédula com tanta BOBAGEM que lemos aqui e por ai.

Difícil revidar e argumentar mesmo, todo debate acaba em brigas e baixarias. Um comportamento típico de pessoas ignorantes como essas, pois sem argumentos apenas preconceito a saída é a ignorância.

Abraços

Fernando Borges disse...

Concordo com cada palavra dita no texto. Quanto tempo levará para que as pessoas (e isso não inclui apenas os homens) entendam que a mulher não é um produto, não é uma propriedade, mas sim uma pessoa?

Tenho um ótimo exemplo desse pensamento arcaico que ainda predomina: na Arábia Saudita mulheres não podem dirigir carros. Escrevi sobre o assunto e postei uma comentário que vi numa notícia do Estadão sobre o assunto; claro que fiz questão de tirar um print.

Gre disse...

Sobre o vídeo do menino, vi há uns meses, e achei interessantíssimo.

O bom senso deveria estar para o adulto assim como a inocência está para o menino.

O menino apenas relata uma surpresa e entende que ali também há amor.

O resto? Não passou pela cabeça do menino, e não ter preconceito é praticamente não vermos diferenças que não irão intervir em nossas relações pessoais.

Abraços

Blanca disse...

Ei, Lola, já vi um policial falando que a lei Maria da Penha vale tanto para homens quanto para mulheres, porque ela é contra violência doméstica.

Isso não é verdade, é?

Lar Ternura disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lar Ternura disse...

Blanca,

A Lei Maria da Penha é descrita da seguinte forma:
"criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher"

Esse policial é mais um que não sabe o que diz...

Liana hc disse...

Não me espantei com os comentários. Já abandonei a idéia de que dá para argumentar com essa gente. Convivi com misóginos tempo o suficiente para saber a rapidez com que eles passam do discurso à prática. A violência para eles é sempre uma opção. Quem pensa assim não vai mudar seu pensamento salvo raras exceções, no máximo o que acontece é essas pessoas adptarem seus comportamentos. Tem mulheres que acham que meia dúzia de palavras doces vão incutir empatia na mente desses homens. Não vai.

Essa lei precisa ser levada a sério. Nada de cestas básicas para espancadores de mulheres. O mal causado é grande de mais para ser 'remediado' com 'punições' brandas. E que ninguém espere uma conscientização da maioria, o que ocorre é que as pessoas se acostumam: se a impunidade impera, a população passa a agir em acordo a isto; se justiça é atuante e uma parte razoável da população está sempre de prontidão e cobra, o resto segue e com o tempo isto se torna a regra para quase todos. Com o tempo. Até lá é cobrar, punir e educar crianças para lidarem melhor com o mundo em que vivem. É preciso melhorar o aparato de proteção às vítimas. A situação é séria e abrangente, a solução precisa ser também.

Machismo praticado por mulheres: contradição ambulante. Beberam tanto da fonte que perderam a noção de valor próprio.

Escarlate disse...

Blanca, há vários casos em que a lei MDP foi aplicada para casais homossexuais e homens agredidos. Mas a maioria dos casos é realmente violência contra a mulher.

28% das mulheres assassinadas no país morrem em casa:

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/956164-28-das-mulheres-assassinadas-no-pais-morrem-em-casa.shtml

Sara disse...

Lola gostaria que pelo menos a pesquisa em que vc citou que 80%da população são favoráveis a essa lei extremamente necessária, seja verdadeira , o que tenho visto é um numero enorme de pessoas que criticam ferozmente essa lei, alegando alem dos absurdos que vc nos trouxe desses comentários, que a lei é contra a constituição, que ela não pode ser aplicada para os homens, e por ai vai.
Eu só posso imaginar que as pessoas que fazem essas criticas, são sádicos que se divertem ao escutarem as noticias escabrosas sobre o numero que pra mim causa desespero de mulheres assassinadas todos os dias, sinceramente eu não consigo sequer acreditar que esse tipo de pessoa deva ser considerado como ser humano.
Eu nem consigo entender como é possível tanto ódio por parte dos homens, dos que são contra essa lei, e dos que seriam enquadrados por ela.
Sinceramente esse é um assunto que me assusta, talvez pq tenha vivido bem de perto o que é ser ameaçada por um homem, e Tb por ter acompanhado pessoas amigas que passaram por isso.
E a maior parte das pessoas acha que isso é coisa de gente sem instrução, que são casos pontuais, E NÃO É.
Parece que grande parte das pessoas quer ignorar essa questão, e parece também que o homem acha perfeitamente natural ser violento, é apenas uma reação pelo que dizem, a uma agressão emocional.
Diga-se de passagem, que para maior parte dos homens agressão emocional, é quando a mulher quer terminar um relacionamento.
Até o direito de vc escolher seu parceiro essa sociedade machista insiste em nos tirar.
E pior é que defendemos aqui essa lei, mas na verdade ela é quase inócua, porque mesmo as mulheres que recorrem a ela, continuam morrendo aos montes por ai, é o que vc escreveu
“quando a mulher decide romper esse ciclo, ela é assassinada”
E é isso que mais aflige, pq fico pensando que deveria haver mais garantias para a mulher que é ameaçada, e como conseguir melhorias nessa lei, se ela em si já é tão atacada, por boa parte dos homens.

Lord Anderson disse...

"Porque aquilo que não nos afeta, nos encomoda tanto?"

Sexta passada eu e uns amigos estavamos discutindo exatamente iso.

Atualmente parece que ter uma vida "diferente" da maioria incomoda, irrita, desperta odio.

Machismo e homofobia são os mais graves, mas tb se espalha para outros... comos os vegans/vegetarianos , é um absurdo como tem gente que se considera ofendido pelo fatos de alguns decidiram não consumir carne...

ou pessoas que se unem a algum movimento social, ou que protestam por algo...


é como se eles odiassem serem lembrados que há alternativas e que nem todo mundo é mediocre ou acomodado.

Gre disse...

Liana...100% em tudo que você citou...não sei me expressar com tanta clareza quanto você mas compartilho do mesmo pensamento em absoluto.

Lord Anderson, isso mesmo. Falta flexibilidade, respeito e amor ao perceberem diferenças.

Parece que estão constantemente em uma competição de quem está melhor acomodado na sua condição e morrem de medo de terem que se mexer para mantê-la. Quanta burrice!!!

Ultimamente venho dando uns pitacos de leve sobre qualquer comentário que menospreza a mulher ou o direito alheio de qualquer ser vivo. Confesso ter desistido e ficado com preguiça em algumas situações, mas espero nunca presenciar um ato com a mesma intenção.

Escarlate disse...

"é como se eles odiassem serem lembrados que há alternativas e que nem todo mundo é mediocre ou acomodado."

Deve ser isso mesmo, não é possível. Você não pode nem reclamar das instituições que já é chamado de "comunista". É absurdo. Mesmo mulheres que já sofreram com violência doméstica já me chamaram de feminazi.

Principalemnte a classe média ultimamente está tão reaça que dá nojo. Estou me limitando a balançar a cabeça quando vem uns babacas dicutir comigo.

Grizilli disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lord Anderson disse...

Cara

vc tem algum comentario a fazer por aqui que não seja de preconceito, de falta de respeito e que não seja ridiculo?

vc fala em vitimismo mas é só oq vc faz.


toda essa agressividade, esse necessidade que vc tem de atacar mulheres...

de vir num blog que vc aparentemente detesta, todo santo dia,


tua vida é bem patetica hein?

Grizilli disse...

deixo aqui um trabalho que fiz ao ver comentários sobre o tal "dia do homem":

http://www.behance.net/gallery/causes/1793820

Lord Anderson disse...

Gre ,Escarlate

e tome manifestos e videos defendendo os "direitos" dos carnivoros (não só defendendo exaltando o valor disso), dos heteros, dos brancos, da classe medias, dos homens...


grupos que não estão sobre nenhuma ameaça ou restrição.

mas que querem continuar com seu "direito" de vomitar preconceito.

Sara disse...

ta dificil pensar qualquer coisa de bom das religiões, com esse tipo de lixo de pessoa esse flasht, falando sobre Jesus.

Rogério Santos disse...

O maior castigo para um homem que faz comentários como esses do início do texto é ter uma filha. Conheço vários casos de machistas convictos, que sempre trataram as filhas dos outros como lixo e nunca tiveram pudor para falar as coisas mais nojentas acerca das mulheres, se tornarem verdadeiros leões quando as "vagabundas" ou "piranhas" em questão são as filhas deles.

Já soube até de um caso em que um homem voltou da maternidade com a maior cara de enterro após saber que a esposa dele deu à luz uma filha. Perguntado sobre o motivo de tamanho desânimo, ele disse que bagunçou muito com as filhas dos outros por ai, e por isso não queria que a criança dele fosse do sexo feminino para que ninguém pudesse fazer a mesma coisa com a filha dele - e ele disse isso poucas horas depois de a filha ter nascido.

Pimenta nos olhos (das filhas) dos outros é refresco.

Escarlate disse...

"Até o Chaves mostrou que não, ao estar chorando e o seu Madruga vir com "não é homem não?" e ele afrontou dizendo que era um menino "


HAUHAUHAUHAUHAUAUHAUH aiminhadeusa estou chorando de rir pqp! Lola, dá um troféu pra ele! Troll que cita Chaves filosoficamente merece prêmio!!!!!

Gre disse...

Cara,

1 - procure se fazer entender. Seu português está incompreensível.

2 - quanta revolta, sempre que leio seus comentários você está no ataque, sem argumentação, se fazendo de vítima das mulheres.

3 - se tem algum assunto mal resolvido, decepção amorosa, alguma namorada que não te quis mais, procure ajuda psicológica, te fará muito melhor que esbravejar por aqui.

4 - Se está buscando concordância nas suas colocações você está no lugar errado. Nada que você escreve se pode aproveitar. Vide que foi tema de um post da Lola pelo mesmo motivo.

Lord Anderson disse...

Cara, se vc acha que asopiniões que tenho são para puxar o saco...

bem, então vc tem historias de terror?

lamento, mas em algumas delas vc foi ferido, espancado, estuprado, aleijado, morto?

é triste quando uma mulher que desejamos não nos dá bola, ou termina o namoro, ou nos troca por outro...

ja passei por tudo isso, mas comparar com a quantia de vitimas fatais do machismo é muita imaturidade é olhar demais para o proprio umbigo.

e eu sou favor a igualdade, pena que ela não existe.

e numa coisa vc tem razão.

são homens que vivem reptindo que não choramso, que não chamam de fracos pq não mantemos a postura de macho alfas 24 por dia.

são homens que precionam os colegas numa rodinha masculinha a mostrar que é macho de verdade..

que tem falar palavrão, que tem querer "comer" toda mulher que passa...

isso é uma merda, mas que culpa exatamente as mulheres tem disso?

somos nós que temos que nos livrar dessa pressão ridicula, não ceder a intimidação, procurar amigos melhores.

fiz tudo isso tb. é muito libertador.

e serio, vc consegue olhar para uma mulher espancada, que foi parar numa cadeira de rodas e automaticamente achar que ela é culpada por isso?

Niemi Hyyrynen disse...

Gente, parem de dar bola pra esse Flasht...

O cara leva a sério demais Chaves, oque dizer depois disso?

Pra mim está bem claro, ele foi molestado por alguma parente,rejeitado por um bucado de meninas, e a unica que ficou com ele o trocou por um "cafa".

Na boa, ele deve procurar a ajuda de um psiquiatra, nem de psicologo mais...

Daní Montper disse...

Vcs já olharam o perfil da criatura? tudo tem cu di muie.

E ainda cita Chaves como referência!

Dito isso, tudo que posso sugerir é ahahahahahahahahha

Gre disse...

Sim, concordo...meninas estamos a jogar pérolas aos porcos e espancar quem está morto...já que ele próprio disse já ter sido morto...só pode ser um fantasma então?!

kkkkkkkkkkk

Para o espanto dele, acha que o Lord é mulher...Afffff....

Sorte??? Dispenso á você. Conto com meu bom senso, coisa que passou longe de ti...

letícia disse...

Rogério Santos:
O que tem de homem que torce os 9 meses da gravidez para que a criança seja homem! A maioria dos casos, eu diria.
Pelo menos os casos que eu conheço, os homens morrem de medo de que a filha querida vai crescer e vai conhecer outras pessoas e ele vai lembrar as coisas que já fez com as filhas dos outros.
É ai que normalmente nasce o pai que não deixa a filha fazer absolutamente nada.

Lord Anderson disse...

Claro Flas

só vc pode atacar os outros.


e só o estuprado não foi? quer dizer que morto vc foi??

desculpe, mas foi irresistivel.


quanto a maridos espancadores, no geral ,eles não começam assim, muitos homens violentes no inicio tem um comportamente irrepresensivel conquistando não só a mulher, mas a familia dela tb.

dai quando eles começam com a violencia, e elas procuram ajuda muitos não acreditam, e quando ela tenta se separar corre serio risco de vida.

mas isso vc pode ver em qualquer estatica, qualquer jornal.

serio mesmo que vc acha que isso é parcialismo feminino???


e quanto as mulheres que te magoaram? pq vc ficou com elas?

vc tb tem alguma culpa?

Ághata disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
| viviana | disse...

Alguém já viu um programa chamado "I Survived"?

Não sei como se chama no Brasil. Cada episódio mostra 4 pessoas que escaparam por pouco da morte.

99% das vezes em que tem um personagem homem, ou ele se perdeu na floresta, ou o barco em que estava ficou à deriva, ou ele foi atacado por um animal selvagem, etc.

99% das vezes em que tem um personagem mulher, é violência cometida por outro homem (vizinho, marido, ex, louco estranho, etc), a maioria das vezes ligada à violência sexual.

Basta ver o 'Episode guide' no site http://www.biography.com/isurvived/episode.jsp

Mas né, mulher ADORA se fazer de vítima, essas abusadas!

Enfim, estava pensando nesse programa outro dia e me lembrei quando li esse seu texto, Lola. Lamentável.

Teresa Silva disse...

Interessante essa matéria da Isto É sobre o agressor da Maria da Penha.
http://www.istoe.com.br/reportagens/121068_A+MARIA+DA+PENHA+ME+TRANSFORMOU+NUM+MONSTRO+

O sujeito é de uma cara de pau impressionante: depois de separado, casou mais duas vezes e também agrediu as duas mulheres. E diz que a Maria da Penha é uma bruxa que acabou com a sua vida. O bom é saber que qualquer um que consulta na internet o seu nome descobre quem ele é e dá um passa fora no sujeito. Com exceção de uma filha, que por amor ou ignorância não acredita no que falam do pai, o homem vive no isolamento.

Lord Anderson disse...

E em vez de procurar apoio, fazer terapia ou escolher melhores relacionamentos, vc fica entrando em blogs feministas, ofendendo, minimizando o sofrimento de outras pessoasl acreditando mesmo nessa papagaida de que mulheres mandam no mundo ,etc

ou seja, vc é que é vitimista

e eu que tenho problemas nos neuronios...

Escarlate disse...

Gente, ignorem o Chavinho com problemas de bipolaridade e erros de escrita.

Niemi Hyyrynen disse...

Parafraseando o Chaves

"Que burro dá zero pra ele"


ou então

"Vamos querid@s! Não se misturem com essa gentalha"

Escarlate disse...

CALE-SE CALE-SE SENÃO ME DEIXA LOOOOOOUCOOOO!!!

Todas trollando o troll...

Andréia Freire disse...

É brincadeira, né?

Tá bom, os homens que agridem mulheres são uns santos. Eles que são as vítimas. Eles nem deveriam ser presos, deveriam prender essas mulheres que escolhem mal os parceiros. Esses homens tem que ficar soltos pra poderem agredir mais mulheres, isso sim.

Que lógica é essa, Flasht? Você quer o quê afinal? Que os homens que batem em mulher não sejam punidos? Um homem bate numa mulher e a culpa é dela? E a violência dele? Não deve ser punida? Que porra é essa? Explique aí então, o que tá errado e como deveria ser na sua opinião. Quero ver.

É impressionante sua falta de empatia.

Escarlate disse...

Voltando ao assunto principal:

Acho que o pior sentimento pra quem vê a violência doméstica é a impotência. Imagino como deve ser difícil pra quem convive com as vítimas (e com o agressor) e não poder fazer nada. Muitas vezes a mulher não quer denunciar, por medo ou mesmo pq a religião não deixa (já vi isso tb).

O comentário que li numa comunidade feminista do orkut:

"Acho engraçado que enquanto eles estão vendo os pornos deles, falando da fulana que dá pra todo mundo, de futebol, etc... nenhuma mulher vai encher o saco deles.

Mas quando é um assunto tão sério como a violência contra a mulher, sempre aparecem as 'exceções' pra dizer que não é bem assim, que não é todo homem que faz isso, que tem que ver o lado dele, que mulher também agride.

Somente na minha rua, a vizinha da frente reclama pra minha mãe que quando o marido enche a cara de pinga, chega em casa e bate com a garrafa na cabeça dela, depois bate nela com reio, e ela não pode se separar porque não tem estudo, não tem família e não tem pra onde ir, é amélia, os filhos fugiram todos de casa e de vez em quando as filhas visitam ela, quando o cara não ta la. A que mora do lado debaixo dela também apanha, mas não se separa porque a religião não permite. A mocinha do lado de cima também apanha do marido, mas não separa porque tem medo de morrer. Na casa do fundo a minha, mora um cara que veio da Bahia, e uma vez uma mulher subiu no muro de casa aqui e pediu se a gente não poderia dar um prato de comida pra ela, porque o cara trancou ela na casa e sumiu, e ela já estava no 3º dia e com fome. Pelo que acontece com essas mulheres, se vê que o machismo já está impregnado que elas acham normal apanhar, mas não sabem como sair.

Há anos, uma outra que mora mais pra cima, quando se separou do marido por agressão, ele voltava na casa pra espancar ela, e os vizinhos 'de bem' só ficavam na garagem espiando e ninguém ajudou ela, chegou no ponto de que ela teve que pedir pra amigos dormir junto na casa pro cara não voltar.


Realmente, os espancadores devem todos morar na minha rua, pois não é possível tanto homem 'exceção' no orkut e na vida real tão diferente.

De saco cheio desse papo de homem querer ser colocado em um pedestal. Não devem ser todos os homens espancadores, só uns 80% deles.

Que Deus nos abençoe, nos proteja e nos mantenha distantes destas bestas fera."

Andréia Freire disse...

O cara chega aqui sempre atacando as mulheres e depois vem dizer que é "um clube da luluzinha pra falar mal de homem". Putz. Cresce. Argumente. Então denunciar uma violência real é "falar mal dos homens"? Cada uma.

Pare de fingir e assume logo que você odeia mulheres.

Anônimo disse...

Acontece troll, que a lógica a gente reserva pra quem merece, e como seus argumentos são claramente machistas, e sabe-se que discutir com machista = discussão bizantina, ai a gente se reserva no direito de não discutir e tomar como fato que vc é machista e não percebe.
Então pq vc não vai reclamar como as feministas são malvadas num blog mascus, e volte quando tiver um argumento aproveitável se colocando numa posição de discussão e não de ataque cego. BTW não me responda pq eu não vou responder pra vc de volta.

Quanto a Lei, não tem o que falar, ESTATÍSTICAS estão ai para provar que a mulher está e sempre esteve em posição vulnerável com relação a violência doméstica.

Lord Anderson: Parabéns pela iniciativa de conversar sobre o assunto (com seus amigos) e combater o ridículo dessa mentalidade de 'homem não chora' ou 'macho pega todas' etc.
O machismo afeta a tod@s, e qualquer iniciativa de combate é sempre benvinda.

Andréia Freire disse...

Escarlate, não concordo com o final desse comentário, não. De dizer que são 80% e generalizar. Mas de resto, é bem real isso aí.

Acho que o tal do Flasht nunca viu de perto um caso desses e se visse não iria tentar fazer nada, só ficar assistindo.

Andréia Freire disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daní Montper disse...

Como estou com meu espírito de solidariedade à flor da pele, levanto a campanha: doe 1 real e ajude a pagar psicoterapia para os trolls da Lola, pois são todos uns malucos que acham que vaginas são perigosas e o mal do mundo.

=)

Escarlate disse...

Chavinho, se mulheres são tão ruins, ARRUME UM MACHO BEM PAUZUDO E SEJA FELIZ! Homens são tão perfeitos, não é mesmo? Arrume um bem gostoso pra trazer sua alegria de viver!

Andréia Freire disse...

Flasht, você não sabe nem interpretar um texto. E ainda se acha no direito de dizer que os outros são burros. É muita cara de pau.

Você, claramente, não entendeu o comentário da moça. Ela tá falando da mentalidade machista e não dá mentalidade dela. ¬¬'

Lord Anderson disse...

Subservise

Obrigado, mas nem foi iniciativa minha apenas.

o pessoal tb tinha essa percepção, e foi uma das garotas presentes que levantou a questão.

Tb falamos sobre como mesmo em grupos que lutam contra a descriminação o preconceito tb se apresenta.

E assim, mesmo quem é de esquerda, ateu, vegano, homo, negro, feminista, etc, tb pode ser preconceituoso..e como em quase todos os grupos há aqueles que relevam a luta feminista ao segundo plano, e como a atuação das feministas podem atrapalhar a "luta maior", seja ela qual for.

Aoi Ito disse...

Poxa, galerinha de bad, vocês ainda estão dando bola pro Flasht? Não perceberam que ele só vai repetir todo o discurso machista, mansplainar, tentar explicar a nós, inocentes e tolas mulheres, que ele está certo e toda a teoria feminista está errada? E quando desistimos dele, ele se sente vitorioso - Ou não, com pena - Porque essas mulheres não querem pensar, não querem ouvir o salvador macho? Deixem ele, galera, ele vai espernear, vai mimimizar, vai se fazer de vítima, vai dizer que nós somos burras e estamos na verdade errando tudo, que a única verdade é a dele como homem, e depois ele cansa.

Lola, eu tive uma discussão há um tempo com um amigo no twitter. Ele disse que é absurdo que a lei valorize uma classe (No caso, mulheres) sobre a outra. É um cara das muitas lógicas (Não falácias), mas eu acho que ele nunca ouviu falar da falsa simetria, ou então, não consegue imaginar que é preciso alguns privilégios sim (Para combater des-privilégios ou o privilégio da outra classe que não está sendo privilegiada com a lei que valoriza alguns sobre outros), que só falar "geral é igual, OK? a lei vale pra todo mundo e pronto, todo mundo é igual" é ignorar o mundo à sua volta.

Acho que é um problema esse afastamento do jurídico com o social. É tudo muito bonito na lei, tudo muito igualité, fraternité, liberté, mas quando vai pro mundo, vê que as coisas não são bem assim. O jurídico não devia refletir a condição da sociedade e tentar melhorá-la? Então por que tanta gente chia que é inconstitucional a lei Maria da Penha e a lei anti-homofobia? Quem sabe, um dia, não seja mais preciso ter essas leis, e aí podemos falar que a sucessora futura, bem futura, da Maria da Penha seja uma lei só falando de violência doméstica, e a anti-homofobia seja uma lei falando de orientação sexual geral, mas ainda não chegamos nesse nível. Ainda precisamos proteger algumas pessoas, em vez de falar que todo mundo é igual, o mundo é lindo, e deixar os oprimidos se fodendo.

Anônimo disse...

obrigada aos que postaram o link! agora vou ler os comentários que perdi!

Liana hc disse...

Isso é típico. Gente preconceituosa é quase sempre egocêntrica e adora desviar a atenção para si, monopolizando um momento que não lhe pertence. No caso dos machistas isto é muito clichê. Às favas com esta gentinha.
É ridículo vir mendigar atenção por estas bandas.
O assunto aqui é LEI MARIA DA PENHA, não as mazelas do beltrano.
__

Eu vi o video do menino opinando sobre casamento homossexual.. coisa mais linda. Isso é um exemplo de que ninguém nasce com maldade na cabeça, nós (des)aprendemos.

Sara disse...

http://ruminantia.wordpress.com/2011/01/24/machismo-limitacao-masculina/

Embora alguem aqui tenha dito q nunca vai adiantar argumentar com um homem machista, seria tão bom se eles tivessem cerebro e pudessem ler esse texto.

Anônimo disse...

Para esclarecer:

A LMP foi feita para proteger mulheres, apenas.

É verdade que já foi apliacada - EM CASOS ISOLADOS - para proteger homens. Isso não quer dizer que o texto da lei mudou. Alguns juízes apenas interpretam que deve proteger os homens também, mas outro pode entender diferente.

Sara disse...

Poxa escarlate vc deve ser minha vizinha, pq por aqui tb tem muitos casos, casos demais pro meu gosto.
É só abrir os olhos vc vai ver alguem passando por isso.

Luciana disse...

Gente! Meu coração gelou quando li a fala destes "homens". Eu sei que machismo existe, mas é assustador ver o atraso destas pessoas, que se manifestam assim, publicamente,sem nenhuma vergonha.Como criticar uma mulher que está até hj em cadeiras de rodas? Como pensar q se mulheres apanham é pq fizeram por merecer? Não é possível que isto não mude! E vc nos pergunta,Lola, quantas mulheres conhecemos q assassinaram maridos..lhe digo que os casos q aqui em Aracaju tenho visto (os quais geral mta surpresa) são normalmente reações de mulheres que levaram uma vida de humilhação e espancamentos. Houve por ex. aqui um caso de uma sra q pos agua quente no ouvido do marido enquanto est dormia.A polícia ouviu depoimento dos vizinhos q disseram q ela apanhava de pau tda semana.São casos extremos e raros.Fiz um trabalho de pesquisa e o q mais impedia as mulheres de denunciarem os agressores era o medo de q após liberado pla justiça ele voltasse p assassiná-las. Lamentavelment o temor delas n é sem fundamento. Parabéns plo post.

Luciana
http://criancasabusadas.blogspot.com/

Escarlate disse...

"Curiosamente, diversos críticos da aplicação da Lei Maria da Penha para mulheres são ferozes defensores de sua aplicação nos pouquíssimos casos que envolvem homens vítimas de violência doméstica. Repete-se aqui o machismo: para as mulheres, nada; para os homens, tudo, inclusive uma lei criada para coibir a violência contra mulheres."

Recomendo a leitura desse texto super elucidativo sobre a Lei Maria da Penha:

http://cynthiasemiramis.org/2011/08/07/lei-maria-da-penha-e-a-igualdade-entre-homens-e-mulheres/

Milady Carol disse...

So tenho uma coisa a dizer, gente:

Don't feed the troll !

Vivien Morgato : disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivien Morgato : disse...

Eu tinha ficado pasma com os comentários violentos que vc cita, mas fui ler seus comentaristas - sempre interessantes - e tropecei nessa ameba que aparentemente não trabalha, pois gasta um tempo considerável cuspindo e vomitando nos blogs alheios.

Muito deprimente o nível de machismo, burrice e violência desse ser.

Mauricio Trindade disse...

Mulher quando bate dá tapa, arranha (sou veementemente contra), mas homem dá soco.

Isso não é verdade, uma mulher quando enfurecida com o seu parceito ( o homem que se envolve com este tipo de mulher também é um trouxa) bate na mesma proporção que um homem poderia bater nela, na verdade, não é como nas cenas de novela em que a pessoa dar tapinhas e "arranhar" que ridículo, uma mulher enfurencida vai "arranhar" o parceiro? Eu acredito é que a mulher vai atirar algum objeto na cara do parceiro, o que pode machucar mais que um soco.

Agora não sei porque tanta resistência em fazer uma lei que seja igualmente equivalente para homens e mulheres.

Liana hc disse...

Porque existe uma coisa chamada cultura e que no nosso caso incutiu na mente da população que mulher foi feita para apanhar dentro de casa e que isto é um direito 'natural', 'biológico' e até 'divino' do homem('ser do sexo masculino', não 'humanidade').

Porque há toda uma conivência nas mais diversas esferas da sociedade para com este tipo de violência.

Porque por uma questão física mulheres têm menos chances de se defenderem e também por uma questão de 'educação' muitas vezes julgam elas mesmas que merecem apanhar

Eu poderia continuar o dia todo aqui..

Liana hc disse...

Não há uma lei 'igualmente equivalente' para os homens pelo simples fatos de que homens não são tratados com 'igualdade' e 'equivalência' em relação às mulheres.

Mauricio Trindade disse...

Eu nem estou afim de discutir porque isso é perda de tempo, mas o que quero dizer é que é a maior furada essa ideia de que para combater uma suposta desigualde criada ao longo do tempo em favor de um grupo (homens), seja preciso criar outra desigualdade em favor do outro grupo supostamente não beneficiado (mulheres). Não se pode negar que essa lógica da compensasão é na verdade um revanchismo velado, guiado por ideias distorcidas, mesmo que as mulheres fossem as maiores vítimas, não haveria problemas de se icluir os homens na lei, já que ainda assim, as mulheres seriam as maiores beneficiadas, nós estamos falando de invíduos, não de grupos, não é justo que um homem hoje que receba violência da sua parceira não tenha o direito de ser protegido da mesma forma que uma mulher poderia ser, só porque supostamente no passado os homens e mulheres não eram tratados de modo igual e os homens eram benefiados.

Liana hc disse...

'revanchismo velado guiado por idéias distorcidas', agora sim você disse a que veio.

Caroline disse...

Lola, te mandei um e-mail pedindo uma ajuda sua numa situação que está acontecendo. Ficarei muito grata se vc puder me ajudar, mesmo q seja a distância. ;)

Liana hc disse...

Vou pegar o gancho do post "O Masculino como Gênero Padrão da Humanidade", os homens não precisam de uma lei específica para eles porque eles já são o gênero 'genérico', eles já predominam nas leis que foram feitas por eles e para eles. Homens não são um caso especial, eles são a própria referência, o padrão, o normal, o dominante, quando não se fala de ninguém em particular fala-se do masculino.

Pra quê uma lei especialmente feita para homens quando vocês têm praticamento todo o código a seu favor?
As leis para mulheres existem pelo simples fato de que as leis 'genéricas'(e portanto masculinas) não eram aplicadas em favor das mulheres com o peso que deveria.

Elaine Cris disse...

Prefiro pensar que o link da entrevista foi postado em alguma comunidade do orkut ou blog idiota e daí essa chuva de comentários ignorantes e sem noção. Ainda que exista muito machismo, muita misoginia, não imagino a maioria das pessoas, a maioria dos homens se expressando dessa forma em relação a uma lei tão importante.

Já vi isso acontecer algumas vezes.
Infelizmente o lado ruim da internet é esse, é fácil um grupo de idiotas se unir e combinar coisas construtivas como essa.

Mauricio Trindade disse...

Correndo o risco de enxugar o gelo, mas... É verdade que os homes são o gênero padrão, mas isso é o que coloca as mulheres numa situação privilegiada ( Martin Van Creveld ), o argumento de que poderia existir sim uma lei que só benefiasse as mulheres que defendem aqui é o próprio exemplo disso. É difícil existir uma lei que vise exclusivamente a atender os direitos dos homens, mas ao contrário disso, há as leis "genéricas" que na verdade beneficiam tanto há homens quanto mulheres, por outro lado, é permitido leis para mulheres, escolas para mulheres, delegacias para mulheres, ministérios para mulheres, e tudo o mais. Enquanto o homem, por ser o "genérico" não teria o direito a tais coisas.

Liana hc disse...

Tampouco precisam pois suas revindicações já são plenamente satisfeitas, na qualidade de não serem discriminados pelo simples fato de serem homens.
Não entendi isso de mulheres serem privilegiadas por serem discriminadas, me soou uma inversão de valores. Eu renegaria a esse 'privilégio' em nome da real igualdade nas leis.

Eu entendi o seu ponto de vista. Continuo a dizer que a lei existe porque as atuais não contemplam a real situação das mulheres vítimas de violência doméstica. Isso não é fato passado, é presente. A lei é uma resposta ao que acontece hoje. Hoje mulheres são discriminadas, é o hoje que a lei visa.

Homens tem todo o direito a um tratamento digno quando vítimas na mesma situação sendo que as leis atuais e genéricas são suficientes para punir uma mulher agressora.

Elaine Cris disse...

Mas pelo jeito tem gente que ainda acha que o fato de precisarem existir delegacias de mulheres e coisas do tipo é privilégio.
Antes não precisasse existir nada disso. Seria ótimo.

Elaine Cris disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mauricio Trindade disse...

Olha que argumento falacioso:
as leis atuais e genéricas são suficientes para punir uma mulher agressora.

Quer dizer que um homem agredido hoje, procurando uma delegacia comum ganharia o direito de manter sua agressora a 300 metros de distância?

Eu só quero dizer mais uma coisa, aliás, voltando a repetir, a Lei Maria da Penha poderia continuar beneficiando as mulheres na sua maioria vítimas de violência doméstica, a unica coisa, uma simples coisa que essa lei poderia ter, é incluir também aos homens,isso não é pedir demais, isso não prejudicaria em nada as mulheres vítimas de violência.

Niemi Hyyrynen disse...

Eu entendi o que o Mauricio quer.

Ele só quer o que as mulheres têm, pq ele como homem não admite não ter um "previlégio" que as mulheres tem.

Pode ser qualquer coisa, mas ele precisa ser igual, não pode ser passado para trás.

Rafael disse...

Esse tema me fez lembrar do filme "Em nome de Deus" (The Magdalene Sisters, 2002) que muitos de vocês já devem ter assistido. A quem não assistiu recomendo.

ana gabardo disse...

Fico triste lendo isso, sabendo que existem pessoas que pensam desse modo tão cruel.

Tá na laethanta saoire thart-Cruáil an tsaoil disse...

um mundo menos quê?

é o que dá anjo azul escrevê....

Sara disse...

Mas ja ouvi casos em q um homem foi protegido por essa lei Maria da Penha, na verdade nem sabia que ela só fosse aplicada exclusivamente a mulheres, talvez pelo numero enorme de casos em que as mulheres são as vitimas, ela tenha ficado conhecida por isso.
Mas tb não iria me opor se os homens tb fossem protegidos por ela, a casos ainda que raros de agressão feminina, e acho q ela poderia ser aplicada igualmente.
Mas mais importante ainda seria aprimorar essa lei, para que ela se torne mais efetiva na proteção da vitima.

Raíssa: disse...

Meu Deus! Que sopro de ar fresco é esse blog... Parabéns pela coragem, lutar por igualdade de gêneros em um país com tanto preconceito enraizado... Vai pros favoritos.
Beijos! Vamos juntas!

Raíssa: disse...

E quanto ao post anterior, sobre trolls, é engraçado que muitos deles se freiam por não estarem protegidos pelo anonimato... Será que sabem, mesmo que intuitivamente, que as opiniões que professam são frágeis?

Ághata disse...

Vou logo adiantando que eu Não li todos os comentários, mas vi alguns por alto, então:

1. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06) é só para Mulheres! O que a doutrina fez foi estender a proteção as travestis também, por razões óbvias - são mulheres também;

1.2 A lei já foi, sim, usada para proteger homens - no caso, homens gays, mas não há previsão legal pra isso;

1.3 Muitos magistrados se negam a aplicar a lei adequadamente, então, ora dizem que ela é inconstitucional, ora estendem a aplicação da lei aos homens, por isso, foi ajuizada ação no STF para que a jurisprudência fosse uniforme e parece de distorcer a lei;

2.1 Alguém falou aí que não entende porque a lei não protege os homens também! Que não haveria prejuízo algum se protegesse os homens também! [Aliás, esse foi o tema de minha mono, de forma leiga de dizer.]

2.2 Por que a lei defende as mulheres e não os homens? É porque a violência doméstica contra as mulheres trata de uma violência de gênero, ou seja, motivada pelo sexo da vítima - ao contrário da violência doméstica que os homens sofrem.

A violência doméstica que os homens sofrem tem circunstâncias e características que não se comparam à violência doméstica que as mulheres sofrem - que se enquadra como Crime de Ódio tranquilamente.

Além disso, a lei comum se mostrou suficiente para coibir a violência doméstica sofrida pelos homens.

"Quer dizer que um homem agredido hoje, procurando uma delegacia comum ganharia o direito de manter sua agressora a 300 metros de distância?"

Sim, babaca. Se houver razão pra isso. Embora vocês consigam qualquer coisa na justiça. Num dos casos que fiquei sabendo (da boca da vítima), a mulher perdeu a guarda da menina e tinha de manter uma distância dele de sei lá quantos metros porque gritou com o ex marido e o arranhou nos braços - ele ainda estava dentro do carro e ela fora.

Enquanto isso, as mulheres não conseguiam proteção, mesmo com a tutela da lei comum, com tratados internacionais jurando que o Estado as defenderia, mesmo com as delegacias femininas.

A forma com que o Brasil trata as mulheres lhe garantiu uma condenação internacional por violação de direitos humanos, por isso a lei Maria da Penha foi feita.

Injustiça é tratar desiguais como iguais! Não há qualquer necessidade ou motivo que justifique a extensão da tutela da lei aos homens - e só o recalque de vocês que os fazem ficar aí de 'mimimimi'.

A distinção que a lei faz é, inclusive pedagógica, porque afirma que a violência doméstica que a mulher sofre é diferente das demais.

3. O que eu acho engraçado são as tentativas desesperadas que os grupos privilegiados fazem para invisibilizar suas prerrogativas!

Os homens querem ser tutelados por uma lei unicamente porque as mulheres o são, não porque é preciso.

Os heteros querem um Dia do Orgulho pra eles também porque ficam ofendidos com o dia do Orgulho Gay!

E os branquelos horrorizados porque não há cota pra eles (eles, que antes das cotas, chegavam a ser a raça com representação de mais de 90% nas universidades federais)!

4. Os machistas acusam as feministas a quererem igualar seres desiguais. Não, não. As feministas querem igualar onde há que se igualar e desigualar onde há que se desigualar.
São os machistas que costumam passar por cima das desigualdades quando lhes convém, porque esta também é uma forma de se manter numa supremacia social obviamente.

Barbara disse...

Mauricio Trindade, a lei Maria da Penha pune a violência doméstica contra as mulheres, mas ela pode ser aplicada analogicamente para homens. Fato é, mulheres são mortas todos os dias por homens, isso é estatística. Homens mortos pelas companheiras é hipótese. A lei pode sim prever punição para os casos de violência contra homens, mas qual a relevância social disso? Acho que o Código Penal tá de bom tamanho.

E não adianta espernear, porque o entendimento majoritário é que a lei é constitucional sim!

Ia citar também a entrevista concedida pelo ex-marido da Maria da Penha à Istoé. Alguém aí em cima já lembrou, mas fica o link de novo:

http://www.istoe.com.br/reportagens/121068_A+MARIA

Vale a pena a leitura.

Nina disse...

Falou e disse, Ághata!

=)

EriCab disse...

Eu posso até estar entendendo errado, mas acho que o Maurício Trindade tem razão. Se as mulheres são as mais agredidas pela violência doméstica, elas seriam sim as mais beneficiadas por uma lei que regulasse a questão, mesmo que alguns homens (poucos) pudessem ser beneficiados caso a lei abrangesse a violência doméstica como um todo.
Se a família brasileira está mudando (graças a Deus!) e temos configuraçoes familiares bem diversas (nao apenas a tradicional familia nuclear), uma lei mais ampla abarcaria essas diversas configuracoes familiares. Protegeria a pessoa em situacao de maior vulnerabilidade, independente se essa pessoa e' mulher, homem, um deficiente, um idoso, uma crianca etc. (eu sei que idosos e criancas tem leis especificas que as protegam, mas teriam mais um campo de protecao)

PS.: desculpem a ausencia de acentuacao e cedilha, estou com um problema no meu teclado)

Sara disse...

Certissima Aghata,depois disso só desenhando mesmo, abraço!!!!

Paloma Varón disse...

Lola, mais um texto fantástico, pra variar!
Estou sempre aqui, embora nem sempre consiga comentar.
Muito obrigada pela sua visita ao meu blog, fiquei honrada em tê-la no meu espaço engrandecendo a discussão. E qem dera todos os anônimos fossem irônicos como aquele, não?
Beijos

Liana hc disse...

Medidas protetivas já existiam e que eu saiba homens não estão excluídos delas.
Olha, se você quer discutir minúcias da constituição é melhor procurar uma advogadA, é.. assim mesmo.. mulher. Mas não acho que o propósito seja este né. Como eu disse antes, você já deixou clara sua posição sobre o assunto quando disse isso não passa de 'revanchismo' de um grupo guiado por 'idéias distorcidas' e 'supostamente' em desvantagem social

Falacioso: palavrinha engraçada. Não costumo usá-la.
Agora eu entendi de onde veio minha paciência. Meu ciclo menstrual também é engraçadinho.. eu fico mais calma quando minhas regras descem :)

Denise, eu também escutei falar desta lei sendo usada para homens. Continuo discordando do seu uso para isto. A situação da mulher é singular, a lei deve ser também. A lei deve ser outra porque as motivações são outras, a mulher carrega o peso de uma cultura de milênios que a inferiorizou e ainda inferioriza, o homem não. Casos de violência doméstica contra homens devem ser analisados com cuidado dispensado a qualquer situação que envolva intimidade entre as partes mas não sob a mesma lei. A desproporção é simplesmente grande demais para que se possa abrir estas exceções. Essa lei é nossa, temos que lutar por isso.

Barbara disse...

EriCab, o fato de a lei não prever textualmente que é aplicável aos homossexuais vítimas de violência doméstica, por exemplo, não impede que ela seja aplicada por analogia.
De fato, já houve aplicação da Lei Maria da Penha nestes casos.

Qualquer pessoa que sofra qualquer tipo de agressão tem proteção legal. QUALQUER UMA. A lei Maria da Penha veio para reforçar as medidas preventivas e punitivas no caso de violência doméstica contra a mulher, porque como dezenas de pessoas já falaram aqui, são os casos numericamente relevantes.

Não entendo a discussão que algumas pessoas estão armando em cima disso. Gente, agressão é crime e sempre foi. Se sua mulher te bater, pode ir na delegacia que ela será devidamente investigada, não tem erro.

EriCab disse...

Eu tenho dois filhos, um adolescente e uma criança. Um dia presenciei meu filho mais velho batendo no menor. Conversei com ele sobre a injustica de sua ação, pois que ele por ser maior e ter mais forca física esta em vantagem numa briga com o irmao. Aproveitei e conversei com ele sobre a injustiça de uma briga entre um homem e uma mulher, pelo mesmo motivo. E que nunca ele deveria se valer de uma vantagem desse tipo para se beneficiar numa disputa, independente de se seu oponente é uma criança menor, uma menina (uma mulher quando ele crescer), uma pessoa com deficiência, um idoso...
Situações de vulnerabilidade física existem em diversas situações, não só na dupla homemXmulher. As leis deveriam proteger o mais vulnerável, independente de gênero. Obviamente que as mulheres seriam beneficiadas.

EriCab disse...

Não sou c ontra a LMP, acho que ela é um importante avanço em nossa sociedade, isso é inquestionável. Minhas colocações são apenas reflexões. Talvez para serem colocadas em prática em uma sociedade mais igualitária...

Barbara disse...

Olha só, homens descontentes com a lei, o Marco Antonio Heredia Viveros, agressor da Maria da Penha (que jura inocência), escreveu um livro chamado Extermínio de Homens. Vão ler o livro dele, se divirtam!

Dito isso, quero salientar que o agressor cumpriu 16 meses de cadeia. Isso mesmo, tentativa de homicídio, com resultado de invalidez permanente, e ele ficou pouco mais de um ano preso em regime fechado.

Amanda disse...

Lola, cada vez que leio seu blog,me inundo de esperança! Aqui em Curitiba, tem uma moça, a Heliana, que faz um monólogo pra explicar como funciona a Lei para comunidades carentes. Tive a oportunidade de assisti-la e entrevistá-la, e a peça é genial! (http://www.fiepr.org.br/redeempresarial/desenvolvimentocidades/News11033content128262.shtml)

Parabéns pelo blog! É minha leitura diária e inspiração :)

Liana hc disse...

Niemi, seu comentário foi certeiro.

Os machistas querem ocupar todos os espaços. Eles não aceitam dar o passinho para o lado. Se incomodam quando não são o centro das atenções. Aqui o golpe é duplo: além de serem diretamente culpabilizados pelo mal que causam tampouco podem se fazerem valer do mesmo mecanismo para defendê-los.

Digo e repito: A gravidade da situação cultural da mulher justifica a exclusividade da lei.

Tem gente reclamando como se eles estivem desprotegidos. A lei dos homens e para os homens ainda existe. Não tomamos coisa alguma, a lei ainda os protege, aliás como sempre o fez.

Milena disse...

Lolinha, já te contei meu caso no post comemorativo de 2 milhões de acesso né? Então, depois do trauma inicial dos comentaristas do Yahoo, eu tive muito contato com esses trolls (ou não, gente comum, mas idiota). Agora não leio nenhum tipo mais de comentário nesses sites. Então, essa coletânea de atrocidades que você coletou nem me surpreendeu mais... É, triste, eu sei. O que me choca mesmo é o descaso das autoridades. Mas como você disse, isso é perigos, porque essas autoridades compartilham dos mesmo pensamentos retrógrados que os trolls.

A Maria da Penha é uma inspiração. Eu não tenho palavras pra descrever minha admiração.

Isabel SFF disse...

Da reportagem: “Aqueles outros cheios de prostitutas e de bichonas que vão para uma casa no interior. Não sei como chama. ‘Big Brother’, essas coisas, não são comigo.”"

Por que não me surpreende saber que esse criminoso misógino é, além de tudo, homofóbico?

Liana hc disse...

Ághata, resposta mais que adequada.
Minha paciência com essa gente é pouca. Só respondi mesmo pois sei que tem um bocado de mulheres que leem o blog e podem se beneficiar da conversa assim como os homens que não compactuam com esta violência podem apoiar.

Divulgar a lei Maria da Penha é de extrema importância. Gostei de saber que extenderam para travestis, mais do que justo.

Converso de vez em quando com colegas minhas sobre o assunto, a resistência em falar ainda é grande. O assunto é muito delicado pois quem sofre a violência doméstica por medo, vergonha não quer falar a respeito e que não sofre age como se o assunto não fosse algo para ser discutido numa roda civilizada de conversa. Como avestruz, enterram a cabeça no chão e esperam o perigo passar.
Esta lei foi uma conquista, vamos divulgá-la e cobrar sua correta aplicação.

Pedro Marques disse...

Homem que agride mulher (de qualquer forma possível) não é homem, é algum tipo de animal - e, portanto, deve ser devidamente enjaulado. Ponto.

Gaia disse...

Olá gente.
Concordo com vocês. Não acho que o texto da lei tenha que ser alterado. Mas ainda fico em cima do muro em relação a algumas exceções em que ela pode ser aplicada. Estou pesquisando...
Mas me incomodou um pouco a irritação de algumas comentaristas em relação ao Maurício e ao Eric, pois eles me pareceram bastante educados.
Sério que citaram o Chaves? Putz, perdi!

Milena disse...

Gaia, eu senti o mesmo com respeito a esses dois comentaristas. Só que depois das explanações da Liana e da Ágatha eu não tenho dúvidas de que a LMP deve ser exclusiva das mulheres. Quando você faz uma analogia da LMP com Orgulho Gay x Orgulho Hétero e cotas raciais em universidades, dá pra enxergar bem que a LMP é um instrumento indispensável ÀS MULHERES e talvez estende-la aos homens não vá fazer nenhuma diferença na prática, só que, na minha opinião, o simples fato de um homem se sentir incomodado com a existência de uma lei criada para as mulheres é tão idiota quanto um heterossexual se sentir incomodado com o Orgulho Gay e querer fazer um Orgulho Hetero. E pior é alguém apoiar isso se baseando em "igualdade", porque isso é uma clara distorção, é não saber distinguir entre igualdade teórica (a Constituição é maravilhosa né) e realidade.

Gaia disse...

Milena, concordo que é muito irritante ouvir falar de Orgulho Branco/Hétero ou Lei Maria da Penha para homens. Mas (posso estar errada) senti um desejo legítimo deles em discutir a questão. E ataques impedem um pouco a fluidez da conversa.
E reitero que concordo que a Lei deva ser exclusiva para mulheres, mas dependendo da situação pode-se abrir uma exceção (raríssimas vezes).

Liana hc disse...

Gaia e Milena, acho que sou parte das tais comentaristas que se irritaram. Entendo o que vocês disseram. Da minha parte, meu tom mais acima foi dirigido ao tal do Mauricio e não ao Eric. O segundo comentário do Mauricio deixou bem claro que ele é um machista, ele falou em 'supostas' vítimas de uma 'suposta' discriminação social. O que tem de suposto aqui? O machismo não é uma suposição. Espero que vocês percebam o perigo deste tipo de afirmação e não sejam lenientes com quem não merece. O machismo é assunto sério demais para cairmos na conversa suave de um qualquer que tem a coragem de pôr algo tão óbvio na categoria de suposição. Não é porque ele aparentemente falou com educação que o absurdo de sua colocação se desfez.
Eu não caio nessa, já estou mais que escolada neste tipo de situação, aquilo é só uma máscara.
Bem, eu não me importo em ser agressiva quando acho necessário, o que é diferente de ser violenta coisa que eu repudio, entendo que algumas se incomodem com isso. Não sou delicada porque já vi bem de perto os efeitos dessa conversa fiada e da violência que se instala quando se aceita isso.
Mas de fato, sempre há espaço para uma conversa mais amena, só não vai partir da minha pessoa.

Niemi Hyyrynen disse...

Gaia e Milena

Não é pq alguem escolhe palavras brandas, que isso signifique que ela não esteja insultando.

Querer minimizar o sofrimento alheio e renegar uma historia, comprovada e registrada de opressão para o campo de "suposição" pra mim não é nada educado, respeito tb se transgride com palavras amenas.

Tambem me reservo ao direito de ser mais incisiva com quem venha a me ofender pessoalmente quando está procurando inferiorizar o sofrimento de pessoas pelas quais eu tenho empatia.

Acreditem há muito mais dissimulados dando tapas com luvas de pelica do que vc's imaginam.

Gaia disse...

Ok Liana. Te compreendo. Ás vezes é mesmo necessário...

Mauricio Trindade disse...

A gente tenta discutir civilizadamente, mas sempre tem alguem que vem perder as estribeiras, num dos comentários de uma de vocês aí, em resposta a minha indagação da possibilidade ou não de o homem tirar um benfício parecido na lei comum de forma semelhante a lei Maria da Penha:

Sim, babaca. Se houver razão pra isso. Embora vocês consigam qualquer coisa na justiça.

Em resposta a esta pessoa que nem faço questão de lembrar o nome, saiba você que em fórums que você poderia chamar de machista uma regrinha básica é "Ataque as ideias e não as pessoas", mas você, que deve se achar mais justa do que ( porque para você eu sou machista) não parece cumprir tal regra, que na verdade é questão de ética.

Mas deixa estar, eu não estou criticando só a forma que você me responde, eu não concordo mesmo com você, é fácil citar um caso onde houve tal coisa que beneficiasse o homem, da mesma forma que na Lei Maria da Penha, mas isso não é suficiente para dizer que todos os homens que sofrem violência podem procurar a justiça comum que certamente terão o direito de ter os mesmos benefícios da lei como por exemplo, manter sua agressora a 300 metros de distância.

Porque aqui se fala como se a lei existente antes da lei fosse suficiente para os homens terem os mesmos benfícos que a mulher tem na Lei Maria da Penha, isso não é verdade.

Quanto as decisões por analogia,de qualquer forma, a decisão fica a cargo do Juiz, mas se muitos aqui concordam a possibilidade de o Juiz aplicar a lei em benefício do homem, então não haveria problema em colocar essa igualdade no texto da lei.

Letícia disse...

eu não consigo nem imaginar o que se passa pela cabeça de uma pessoa que ouve uma história dessas - uma mulher que sobreviveu de duas tentativas de assassinato, uma à bala e outra por eletrocução - e diz "hehe, essa aí deve ter aprontado, hein?"

o machismo cria monstros!!

Liana hc disse...

Se você quer acessoria jurídica deveria procurar o órgão público cabível mais próximo a você.

Negar uma realidade histórica(o machismo) não é civilizado.

Não vejo nenhum problema em 'atacar' pessoas. Parece conversa de quem falou besteira e agora tenta desviar a atenção para assuntos mais gerais. É como dizer: "Olha, eu só disse aquilo porque tá todo mundo dizendo". Algumas pessoas servem de (mau) exemplo e cabe a crítica pessoal que se extende a todos que compartilham da mesma opinião.

Respeito a opinião alheia, só não vou deixar barato que digam que o machismo é uma 'suposição' de mulheres 'revanchistas'. E se houve 'revanche', nas SUAS palavras, então você está implicitamente admitindo que houve um dano praticado primeiro pelos homens contra as mulheres. Nas suas palavras, pois eu não vejo revanche, só a reparação de uma situação que é muito peculiar.
Peixe morre pela boca.

É um direito de cada um interpretar o assunto como queira. Não tenho nenhum problema com isso. Aquela foi a minha opinião.

Gaia disse...

"
Quanto as decisões por analogia,de qualquer forma, a decisão fica a cargo do Juiz, mas se muitos aqui concordam a possibilidade de o Juiz aplicar a lei em benefício do homem, então não haveria problema em colocar essa igualdade no texto da lei."


Discordo de você. Querendo ou não, as mulheres estão em uma situação socialmente mais vulnerável e mudar o texto para beneficiar homens também é uma maneira de invisibilizar o problema.
Mas a Cynthia explica melhor do que eu.

Liana hc disse...

Terminei de ler os textos da Cynthia Semíramis que é formada em Direito e tocou muito bem nesta questão. Como ela mesma diz, o assunto não foi esgotado mas é uma boa base para se começar, aqui e lá. E por favor, repitam comigo: "O machismo existe". Agora, contextualizem a Lei Maria da Penha com a leitura edificante sugerida e somada, é claro, à experiencia de vida e bom senso de cada um. Aí a conversa pode ser realmente proveitosa.
Sorry gente, não resisti. Ainda vou aprender a falar suave.

Mauricio Trindade disse...

Eu dar minha opinião e tchau, mas a distorção das minhas palavras e tal que não posso deixar de esclarer, quando falo "atacar" as pessoas,colocando ofensas gratuitas como "babaca" é diferente de você criticar tal pessoa pelas suas atitudes.

Que existe discriminação contra a mulher, isso é óbvio, que existe machismo, é evidente.

Porém existe discriminação contra o homem, e isso para mim também é evidente. E achar que ao longo da história só um grupo teve só privilégios enquanto o outro grupo teve foi subjulgado por este outro grupo que também tinhas suas responsabilidades, isso eu não concordo, mas isso é outra história. E certamente já está no foco da discussão que não vai me levar a nada mesmo.

EriCab disse...

Vou dar alguns exemplos para ilustrar a minha refexão.

A lei de racismo não diz que só os negros se beneficiam da lei. Qualquer pessoa que for vítima de preconceito racial (negro, índio, oriental e até um branco) vai estar incluída na lei. Basta provar que o crime foi motivado por racismo. Obviamente que os negros são os principais beneficiados por essa lei. A lei não deixa de valorizar a luta histórica dos negros porque outras pessoas de outras raças eventualmente sejam beneficiadas.

A lei que criminalizar a homofobia é a mesma coisa, inclui como crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. Então se um hétero for discriminado por sua orientação sexual, ele poderá se beneficiar pela lei (ad ela for aprovada, claro). Por ser ampla e englobar todos os tipos de orientação sexual (inclusive o hétero ), ela não desvaloriza a luta dos grupos LBGTT. Muito pelo contrário, até porque os LGBTT's serão os maiores beneficiados (já que é muito raro um hhétero sofrer preconceito - a propósito não conheço nenhum caso).

Por isso tenho refletivo (ainda não tenho opinião totalmente formada) que se a LMP incluir qualquer pessoa que for vítima de violência doméstica na lei, independente de gênero, não vai desvaloriza a luta histórica das mulheres. E elas continuarão sendo as principais beneficiárias, visto que é raro a situação de violência contra o homem no ambiente doméstico.

Eu concordo com vocês quanto a importância da lei para as mulheres. É só uma reflexão.

EriCab disse...

Vejam esse vídeo : http://t.co/xxvmLB5 via @youtube

Ela não espanco ele. Mas é só um exemplo de que tem algumas mulheres que são violentas sim. Teve até aquele caso da mulher que decepou a genitália do marido e colocou no triturador de alimentos da cozinha nos EUA.

É raro mas acontece.

Tenho lido varios sites feministas ultimamente e uma coisa ficou clara pra mim (se entendi certo): o feminismo não é o contrário de machismo, o feminismo busca a igualdade/isonomia.

Dar a possibilidade para que homens que são vítimas de violência doméstica (ou seja, os poucos casos em que eles estão em situação de vulnerabilidade) se beneficiem da LMP não é se opor ao feminismo, é exercer o feminismo. Buscar a igualdade numa rara situação em que os papéis estão invertidos.

Liana hc disse...

Mauricio, também não sou favorável a determinados palavreados e ofensas do tipo pois que eu nunca os uso. No mais, parece que concordamos quanto a existência do machismo. Não admito mesmo aquele tipo de afirmação feita antes. Minha irritação se referiu diretamente a esta questão. Desatado este nó.. acho que você compartilha da mesma opinião do EriCab, correto?

É um ponto de vista válido e que merece maiores reflexões, imagino que um bocado de gente acabaria por fazer as mesmas indagações. Recomendo ler também o texto citado pela Gaia, da Cynthia. Já li um bocado a respeito e minha opinião se mantém mas vou estar atenta a esta conversa.

Esse video é horrível. Não entendi se eles são namorados e neste caso caberia discutir o uso da lei MDP ou se eles são apenas conhecidos, o que não caberia de modo algum, a meu ver. De qualquer forma, ele estaria no seu direito em denunciá-la. Nenhuma forma de violência deve ser tolerada.

Credo, olha a hora. Vou dormir.

Mauricio Trindade disse...

Eu não quero agradar ninguem, nem iria mais responder, mas para não ser indelicado..., eu concordo, sim, com a opinião do EriCab, exceto com relação ao PL.122/2006, pois tenho dúvidas quanto a possíveis exageros no texto desta lei. Se me fosse perguntado antes da da aprovação da LMP se seria a favor ou ou não da sua aprovação, conhecendo o texto do jeito que está, provalvemente diria que não, mas já que ela foi aprovada, então que seja para todos. Da mesma forma seria a Lei da Homofobia, se fosse aprovada então que beneficiasse a todos.

EriCab disse...

Interessante Mauricio que eu pensava como a maioria aqui pensa e essas reflexões que fiz foram motivadas por um post seu que eu li aqui.

Pelo que li sobre a Pl. 122, ela vai dar margem sim para que qualquer pessoa que sofra discriminação por orientação sexual, sendo homo ou hétero, se beneficie da lei. Só resta encontrar um hétero nessa situação ....

Quando puder eu coloco um link do Jean willys explicando melhor essa questão pra vc entender melhor.

Eu não acho que foi ruim a lei Maria da Penha ter sido aprovada com o texto atual. Acho que nossa sociedade precisava do impacto que essa lei causou e vem causando pelo fato de proteger só as mulheres. Afinal essa luta contra a violência à mulher precisava (precisa ainda) de um caminho longo e impactante para gerar a reflexão na sociedade.

Mas isso não impede que reflitamos quanto aos aspectos conflitantes, e esses só foram possíveis graças as diversas situações práticas decorrentes da aplicação da lei ao longo desses 5 anos.

A propósito não são idéias dO EriCab, mas dA EriCab ... sou mulher e sou feminista.

Estou num fuso horário de 4 HORAS de diferença em relação a vocês, agora são 1:20 da madrugada e o sono tá batendo agora rsrs

Sara disse...

LAETICIA
Vc disse que ficou espantada de ouvir isso? pois saiba que ja escutei isso e nem foi da boca de um homem, foi uma mulher como nós aqui, ela disse essas mesmas palavras, "essa dai tava aprontando, se não fosse assim não acabaria dessa forma" e tb "onde ha fumaça ha fogo" e o mais triste é que ela falou isso de uma vizinha que tinha uma loja qse ao lado da casa dela, e foi estupidamente morta pelo marido.
Eu até choro em lembrar disso, porque fico pensando em que sociedade a gente ta vivendo? como é dificil mudar a mentalidade dessas pessoas, qta injustiça mais vamos tolerar?? o que é possível fazer???? Essa lei que estamos discutindo aqui, embora seja um avanço ainda é tão deficiente em nos proteger desse tipo de pessoas que fazem esses comentarios e aprovam quem executa a violencia contra nós. E ainda assim ha uma parte consideravel da sociedade que acha que somos privilegiadas por ter essa lei, como alguem ja disse aqui"QUE PRIVILEGIO É ESSE"????

Daní Montper disse...

EriCab, esses homens que são agredidos pela parceiras podem prestar queixa em qualquer delegacia que serão tratados como vítimas de forma decente, pois os policiais terão empatia. Já as mulheres não, os policiais se identificam com os agressores, então maltratam as vítimas e as julgam, fazem perguntas do tipo "mas o que você fez para ele te fazer isso?" etc. Por isso a lei Mª da Penha é apenas para mulheres. Fora que ela é uma pedida para reparar um erro de até poucos anos atrás em que um marido tinha aval da justiça para bater na esposa como corretivo, e isso ainda está impregnado em nossa cultura, o marido se acha no direito de dar um corretivo em sua esposa. Uma mulher que agride o parceiro não é movida por achar que tem esse direito.
A lei nada mais é do que uma medida reparatória e que visa mexer na estrutura patriarcal, acabar com a ideia de que a esposa/filha/irmã é posse do 'homem da casa' e que ele tem o direito de corrigí-las.

Leia o texto da Cynthia que te indicaram, com certeza compreenderá o por quê dessa lei ser apenas para mulheres.

Liana hc disse...

EriCab desculpe, me refri a você como homem.

Acho que estão interpretando demais a coisa pelo lado jurídico e deixando de lado o fato de que esta lei foi feita em resposta a acusações internacionais de que o país não faz o suficiente para proteger suas mulheres da violência.

NÃO faz sentido incluir homens numa lei que foi feita somente para reparar uma DISTORÇÃO HISTÓRICA que diz que é direito do HOMEM BATER EM MULHER, algo que já dura milênios e que nos dias de hoje, tão avançados e modernos que somos, CONTINUA a acontecer. A violência é presente, neste ponto a 'família' pouco mudou.

A Lei MDP não contextualiza somente a violência doméstica, é a violência doméstica contra mulheres. Nós mulheres por causa do peso cultural que carregamos somos tratadas pela sociedade e pela justiça como pessoas de segunda classe, nossos assuntos importam menos, nossas dores importam menos. Homens não, eles não precisam da proteção desta lei. Eles já tem todo o código feito para o benefício de seu sexo. Eles não foram historicamente discriminados.

E é disto que esta Lei trata, da NOSSA história, das NOSSAS lutas, da NOSSA necessidade em finalmente recebermos o tratamento digno que merecemos. NÓS, não eles.

Lucas disse...

Lola, duas notícias interessantes:

Uma cartilha lançada com orientações sobre a Lei Maria da Penha:

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/lancada+cartilha+com+orientacoes+sobre+a+lei+maria+da+penha/n1597124689963.html

Fugindo um pouco do tema, sobre o falecimento de uma mulher que foi uma das maiores heroínas da Segunda Guerra:

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/morre+heroina+australiana+da+segunda+guerra+mundial/n1597123831880.html

Gre disse...

Liana / Aghata / Niemy...CLAP CLAP CLAP...

Qualquer pessoa inteligente o suficiente não terá como revidar as suas colocações.

Meninas, vocês me inspiram e me fazem crer na possibilidade de fazermos desse mundo um lugar mais justo para nós. Mais otimista agora!

Estou com vcs!

Abraços

Lord Anderson disse...

Lucas

Recebi essa cartilha aqui na cidade.

To passando para o pessoal do trabalho e amigos, para ajudar a desfazer mal entendidos.

Niemi Hyyrynen disse...

Pra quem ainda não entendeu lá vai um desenho.

http://i52.tinypic.com/nck3yr.jpg

Bom dia para todos

Sara disse...

Faço minhas as palavras da GRE, realmente a Dani Montper, Liana, Aghata, explicaram nos detalhes a inutilidade dessa lei ser aplicada no caso dos homens, que até sofrem violencia domestica, mas de natureza totalmente diferente das que a mulher sofre, e com repercussões diferentes tb.

Di Vasca disse...

Mais uma vez sensacional, Lola!

Thaís disse...

Eu não concordo que deve haver uma modificação da lei para proteger homens também vítimas de violência doméstica.

A lei foi criada pra proteger a mulher, o direito não é imparcial, ele é masculino, e a mulher até pouco tempo atrás não era considerada como sujeito de direito, ela era considerada incapaz, assim como uma criança, por isso, a mulher não podia fazer parte de um contrato. E além disso, precisava do consentimento do marido para herdar algo e pra trabalhar. O divórcio era proibido e o pátrio poder não era dos pais, era apenas do pai. Sem contar as aberrações de devolver pra família a esposa, se ela não fosse mais virgem.

As mudanças do tratamento da mulher pelo direito começou com a promulgação da Constituição de 1988, mas mesmo com a previsão legal de igualdade, sabemos que muitos dos pensamentos machistas que embasavam essas antigas leis ainda existem no Brasil. A lei mudou, mas os costumes ainda são os mesmos, logo a proteção da mulher contra violência ainda não vigora de fato. Afinal, a maneira como as mulheres vítimas de violência são tratadas em delegacias e até mesmo por alguns juízes mostra que a mentalidade continua e é necessário que haja debate e que a lei seja só pra mulheres.

A violência doméstica contra mulheres é diferente da que o homem pode sofrer, afinal, ela tem um amparo no que a sociedade considera normal ou então considerava normal até pouco tempo atrás, se houvesse a neutralidade na lei, seria uma forma de ignorar toda essa opressão que aconteceu e ainda acontece com a mulher, ignorar a existência do patriarcalismo, sabe?

E gente, o agressor ou agressora de um homem vítima de violência doméstica vai ser punido, mas da forma do código penal, então não tem nada de inconstitucional, a lei só serve pra buscar a igualdade
entre os sexos.

(Desculpa a confusão do comentário, estou meio ocupada e não pude escrevê-lo com muita atenção.)

Thaís disse...

Ops, uma errata, o tratamento da mulher pelo direito no Brasil começou a mudar com o Estatuto da mulher casada e também com a Lei do Divórcio, mas a previsão de igualdade só aconteceu em 1988.

Thaís disse...

Ah, a parte do amparo da sociedade ficou confusa, então, a violência que o homem pode vir a sofrer tem nuances diferentes da violência contra mulher, pois normalmente os homens ainda são a principal fonte de renda de uma família, culturalmente homens são menos dependentes da parceira e etc e se ele for denunciar, mesmo que ele vire chacota entre alguns homens, por ter apanhado de uma mulher, ele terá empatia da maioria, porque olha como a situação seria estranha pra sociedade, uma mulher, tão agressiva, ao ponto, de atacar o marido?! Sendo que mulheres são todas dóceis e mimimimi, né?!

A história da opressão das mulheres contribui muito pra que ela apanhe calada, tenha medo de denunciar, tenha medo de sair de casa, tenha medo dos olhares da sociedade, a vida da mulher é sempre considerada pública, se ela apanhou, pra sociedade, deve ter algum motivo, deve ser porque ela não é mais virgem, gosta de sexo, não serve seu marido como deveria.

Pensando bem, acho que preciso rever o posicionamento de ser só pra mulheres, fazer uma análise da utilização dessa lei em casos de casais homoafetivos, mas não pensei nisso direito ainda.

Sara disse...

Muito bom seu acrescimo don't call me thaisinha, resta a nós mulheres continuar lutando por uma sociedade realmente justa com as mulheres, e tb outras minorias.

Ághata disse...

Gente, não é por nada não, mas eu ainda quero ver o dia em que um homem vira chacota na delegacia por ser agredido por uma mulher.

Pelo contrário, são sempre tratados como 'coitadinhos'.

Os policiais dizem sem pudores "Ah, ele tá batendo na esposa mas ela também bate nele"!

Numa visita a uma delegacia, o delegado veio dizer que o que costumava incomodar nem eram os traficantes ou outros bandidos, mas as prostitutas das redondezas. Ele dizia que elas viviam reclamando dos 'pedreiros e homens de obras' de uma construção que estava sendo feita perto da delegacia. Eu já ia perguntar o que elas relatavam quando ele disse "Mas na verdade são elas que ficam importunando e agredindo eles - o sindicato delas (Daspu) é forte" e bláblá.

É mole??

Ághata disse...

É, Maurício, me excedi lhe chamando de Babaca - é reflexo incondicionado devido a quantidade de trolls que encontro por aí - mas tô vendo que você não é um deles. Foi mal.

Robson Fernando de Souza disse...

Parabéns, Lola, por mais esse post excelente.

Digo mais, algo que tod@s aqui já devem saber: esse trogloditismo não existe só no feminismo. Costumo procurar de vez em quando tweets, postagens de fóruns e respostas no Yahoo Respostas, comentários creófilos e antivegetarianos. A ignorância é imperial, em todos os sentidos. Uns ofendem os vegs, outros tentam justificar o consumo despreocupado de carne falando mais merda do que Beavis e Butt-head, outros repetem piadinhas velhíssimas que já viraram clichês...

Tem horas que creio que a esperança que tenho na humanidade só se explica por eu não conhecê-la o suficiente.

Aeryn disse...

Na boa. Essa lei é mais um tapa buraco, uma tática para desviar o foco do que realmente importa: a péssima execução da nossa lei.

Não existiria a necessidade de leis para minorias ou para mais fracos se a execução da lei, que deve tratar todos como iguais, fosse realmente levada a sério.

Se a burocracia do nosso sistema legislativo fosse reduzida, se o sistema penal fosse reformado, etc.

Para os casos de agregação bastaria o uso de agravantes: se o agressor leva alguma vantagem, deverá ser punido na mesma proporção.

Mas o que fazem nossos políticos e legisladores? Ao invés de resolver os problemas do sistema e colocarem em prática uma lei que realmente trataria a todos como iguais, eles criam novas e novas leis que no longo prazo não resolvem coisa nenhuma e servem apenas para engrossar a lista de 'contribuições' de cada um deles.

Thaís disse...

Essa lei não é um tapa buraco NUNCA, havendo ou não impunidade, haverá necessidade de ter leis que protejam as minorias.

Todas as regras discriminatórias que beneficiam as mulheres tem o fim de corrigir as desigualdades fomentadas pelos anos de opressão, inclusive jurídica , esse tipo de regra resume décadas e décadas de lutas, no caso da Lei Maria da Penha, das mulheres contra a discriminação. Não é uma simples política social para a justiça penal funcionar não, é uma maneira de conseguir um dos objetivos constitucionais que é a justiça social.

Liana hc disse...

O que REALMENTE IMPORTA é, neste caso, criar uma ponte que permita à mulher vítima de violência doméstica ter acesso a seus direitos básicos. O FOCO é o bem estar desta mulher, não a lei em si.

A Lei é mero acessório, uma ferramenta. Algumas ferramentas tem uma aplicação geral outras são bem específica pela natureza mesma do trabalho. As leis 'gerais' não funcionam não pelo texto ser insuficiente mas porque isto não basta à sociedade, já há muito caduca de ética.

Amanhã.. 'amanhã' viveremos num mundo justo? Só se trabalharmos HOJE. Hoje a violência acontece. Hoje a justiça está dando uma resposta mais adequada e há muito ainda a ser feito, este foi apenas mais um passo em direção a este mundo justo que você preconiza.
Tem gente querendo fazer omelete sem quebrar os ovos.

Além do que, não é 'resolvendo os problemas do sistema e colocando em prática uma lei que trate todos como iguais' que vai resolver. O problema reside no fato de que nossa sociedade é preconceituosa. Ninguém vai deixar de ser machista por força da lei, ela só pune e ajuda a inibir certos comportamentos. Somente a educação muda isso.

O machismo não é um mero agravante, não é uma ponta solta, tipo 'ah, o agressor é machista, mais 2 anos de cadeia'. Não. O machismo está na base da formação da nossa sociedade.

O machismo não é mero agravante pois que as mulheres não são meras pessoas.
Liberar metade da população para que possa interferir e influir à sua própria maneira nas relações sociais, na configuração familiar, na regulação do espaço público, nas relações de trabalho para que se acrescente às essas esferas as variáveis pertinentes ao feminino não é o equivalente a aparar uma aresta. A mudança que advém com o fim dos preconceitos transforma tudo isso dramaticamente. É isso que realmente importa, este é o foco.

Unknown disse...

Excelente post.

Uma pena é vivermos em um país regido por medidas provisórias e onde o código penal data Hum mil noventos e cachorro amarrado com linguiça. Apesar de todos os avanços que a tal lei trouxe, ainda existe muito chão a ser percorrido, muita mulher com medo e descrença de proteger a sua própria integridade física, muito machão metido a Van Damme que se esconde sob o silêncio da companheira agredida. Que me perdoem os juristas de plantão mas o nossa justiça é uma criança com uma arma nas mãos, incapaz de gerir mecanismos mais eficazes para a aplicação mais severa desta importante lei.

Um beijo no coração de todas as mulheres de fibra e coragem que ainda resistem em um mundo regido pela ignorância masculina.

Abraços :D
snoopygeek.

Anônimo disse...

eu, vítima, puxa, agradeco. Que o bater de asas da borboleta repercuta pelo mundo :)

Lady in Black disse...

Olha, sobre os comentários que a Lola postou, a internet, embora tenha trazido inúmeros benefícios, infelizmente possibilitou que os idiotas falem a m#rd@ que quiserem, protegidos pelo anonimato.

Rosa.

Cherry disse...

os homens não conhecem a lei, por isso falam um monte de merda

Anônimo disse...

Olá...Terminei há pouco um Curso de filosofia e meu artigo foi sobre este tema...Adorei seu poste, vou espalha-lo...Parabèns!!!

Unknown disse...

Ótimo Texto.

Não sei nem o que dizer dos comentários que você citou, só sei que deram nojo.

Abraços ;)

Anônimo disse...

Uma pena, uma lei importante como essa sendo usada de forma recriminatória, uma mulher adultera resolve ser homossexual, acusa o marido de violência domestica, a lei que era para defender as mulheres que apanhavam, usada para expulsar homem e filhos do casal, para ela trazer a amante homossexual para a casa da família, tudo de acordo com a lei, medida protetiva.
lã se vai 8 meses e agora aparece as mentiras, porem as consequências na cabeça dos próprios filhos contra a atitude desta mulher ainda denotada como alienação parental.
Não sou contra essa lei, e sim contra os princípios de igualdade removidos bem como a ser ponderada a real veracidade para ser usada.