sexta-feira, 19 de agosto de 2011

GUEST POST: FIZ UM ABORTO E QUERO RESPEITO

O cartum diz: "Há algumas coisas que nunca aceitamos. É a minha casa. É o meu carro. É o meu barco. E no entanto... É o meu corpo".

Publico este email de uma leitora querida que, por motivos óbvios (aborto ainda é crime aqui, apesar de ser legalizado em todos os países ricos, aqueles que vivemos quere
ndo copiar) permanecerá anônimo. Essa moça tem uma visão diferente dos outros dois relatos que publiquei (de mulheres que abortaram e não sentiram culpa, porque não existe uma só reação para todas). O que elas têm em comum é que todas exigem respeito. Suponho que é o que tod@s queremos. Volto no final.

Ler sobre aborto é sempre muito delicado para mim. É estar relembrando algo muito pessoal e doloroso. Sim, vocês já entenderam, eu fiz um aborto. Quando tinha 18 anos. Mas ao contrário do que podem pensar não foi falta de informação. Li Capricho desde os 12, quando ganhei de presente de aniversário a assinatura. Sabia tudo sobre sexo, prevenção e camisinha (naquela época, só em teoria). Mas a prática é diferente, não é mesmo? Não engravidei por estupidez ou ignorância, foi falta de camisinha mesmo. E foi uma vez só, que azar seria engravidar na única vez em que se faz sem! É, realmente foi.
Não posso dizer que foi a decisão certa a ser tomada na época. Hoje, aos 31 anos, enxergo que decidir por um aborto nunca é a melhor opção. Às vezes pode ser a única possível, só que sempre haverão marcas. Apesar de saber que hoje não faria novamente, na época foi o menos pior. Porém, a tristeza que vem com isso é algo que somente quem já passou pela situação pode falar. Ninguém mais. E o pior é que geralmente a gente se cala. Foi como disse uma tia minha: "a gente faz e não toca mais no assunto". Fica assim, proibido, censurado. Mas por dentro, a consciência, a tristeza, a culpa, tudo te corrói.
Foi difícil superar tudo, quando se é nova a cabeça vira um turbilhão de pensamentos desconexos. Aliás, acredito que seja algo nunca totalmente superado. Ainda hoje me pego me perguntando "e se". No entanto, pedi para a Lola postar esse texto para mostrar como é comum, corriqueiro e próximo um aborto. De qualquer um. Não é só rico que pode optar nem só pobre que morre. É a colega da faculdade, a prima, a moça da recepção, são todas nós, mudas, que não tivemos a chance de decidir quando engravidar, por azar, por falta de informação, por que a pílula falhou... É tão fácil ficar grávida quando não se quer!
Irrita-me ver pessoas discutindo legalizar ou não aborto como quem discute o sexo dos anjos. Essa sociedade hipócrita e míope, cheia de moral de cuecas que pretende decidir o que é melhor para o embrião e para a mulher. Não percebe que, independente de ser legalizado, o aborto acontece, mulheres morrem, outras vivem em silêncio com sua decisão. Nunca é fácil, por mais certa que a mulher esteja de que não quer um filho naquele momento. E a gente não pode dizer nada, sempre tem alguém pra te apontar. Poucas e próximas pessoas sabem que fiz um, e para algumas só contei para que elas pensassem em suas próprias situações. Mas lá vem igreja, senado, moralistas, querendo dizer se é vida ou não, se pode ou não pode... Matérias em jornais e televisão mostram o pior lado, com seu dedo acusador: "se você fizer, vai acontecer assim também". Não é abordando desta maneira que vai se diminuir o aborto. Tudo vai continuar existindo. E parabéns a você aí, que critica mulheres que abortaram em blogs, que defende ferreamente a vida, nossa, que valoroso! Deve deitar à noite com a sensação de dever cumprido, não é? Desculpe, mas isso não ajuda em p*rra nenhuma.
A mulher que faz aborto não usa isso como método contraceptivo. Depois do meu aborto, fui a uma ginecologista (eu nunca tinha ido antes!), que viu que estava tudo bem, receitou-me anticoncepcionais e sempre tomei direitinho. Fiquei tão paranóica que usava pílula e camisinha e por muito tempo não me relacionei com ninguém. Aliás, meu namoro desandou, o pai da criança não conseguiu segurar a barra comigo, eu olhava para ele e não queria mais tê-lo por perto. Mas não guardo rancor, pelo contrário, ele ainda é meu amigo e quero-o muito bem. Era tão jovem quanto eu, também ficou perdido.
Por muito tempo, acreditei que, quando quisesse ter filhos, não conseguiria tê-los. Ou eu os perderia espontaneamente, ou eles viriam sem saúde. Uma maneira punitiva e bem autodestrutiva de pensar. Hoje sou kardecista e sei a visão que se tem do aborto. Não é boa, mas acredito em perdão. Rezo muito por esse espírito que não pode nascer e peço que me perdoe. Foi assim que consegui encontrar paz de espírito. Agora, sou mãe de uma garotinha linda de um ano, esperta, perfeita, saudável e cheia de vida. Ela é a minha vida, por ela tento ser uma pessoa melhor a cada dia. Considero-a um milagre e penso que se existe um Deus justo, ele me perdoou ao enviar sob minha responsabilidade um espírito tão belo e inteligente como ela.
Quem faz aborto não quer pedras nem flores. Queremos respeito. À nossa decisão, ao nosso corpo, à nossa dor.

Voltei. Duas boas notícias fresquinhas: Ontem no Senado houve uma plenária da Frente Nacional contra a Criminalizacão das Mulheres e pela Legalização do Aborto no Brasil. O momento para reverter o retrocesso trazido pelo segundo turno das últimas eleições é agora. Há uma tentativa de se formar uma frente ampla, que não fique restrita aos movimentos feministas, para discutir vários assuntos
referentes aos direitos reprodutivos da mulher. A luta não é apenas para legalizar o aborto até os três primeiros meses de gestação, mas também para aumentar a oferta de métodos concepcionais para todas as mulheres, melhorar o atendimento às grávidas, ampliar o investimento em creches, oferecer a pílula do dia seguinte nos SUS e nas Delegacias da Mulher, e por aí vai.
A outra boa notícia é que quem é católica e fez um aborto (um pecado que a igreja pune com a excomunhão) tem até amanhã para viajar para Madri. O próprio papa estará presente em uma das cabines montadas
para ouvir confissões e conceder perdões no Dia Mundial da Juventude. Mas essa promoção especial para salvar sua alma é só até amanhã. Corra!

129 comentários:

Anônimo disse...

Pobrezinha

Júlia disse...

Pobrezinho é vc, que não tem coragem nem de se identificar ao relatar a sua pena...

Lolinha, espero que vc não se importe, mas publiquei um trecho no meu tumblr, aqui ó:dajulia.tumblr.com.

Bjo gde pra vc e para essa mulher corajosa que te mandou esse post.

Anônimo disse...

deve ser difícil mesmo... não sei se eu faria, acho que não. mas gostaria de ter a opção legal. gostaria que houvesse um meio seguro, higiênico, legalizado, para que milhares de brasileiras pudessem se socorrer.

Lord Anderson disse...

Interessante que a Lola resaltou as diferenças entre esse post e os outros.


É importante para lembrar que o mais variado tipos de mulheres se veem em situações em que o aborto pode ser uma opção.


mais um motivo para que seja debatibo, descriminalizado e oferecido de maneira segura a todas que o procurarem.

Taty Valéria disse...

Uma coisa irônica a acrescentar: Sou a favor do aborto, mas a maioria das minhas amigas mais queridas não é. E justamente duas delas, que sempre foram contra e me criticaram optaram pelo aborto em situações bem distintas. A conclusão? É muito fácil julgar e opinar quando a situação não te atinge. Belo texto, me identifiquei um bocado...

Andréa disse...

Não sou a favor do aborto, mas sou a favor da descriminalização.

Não é pq o aborto é crime que vai deixar de existir.

E pena de morte ou mutilação, que acontece muito com quem procura um aborto clandestino, não é algo justo.

Precisamos sim de mais políticas públicas e de suporte para mulheres que passam por uma gravidez indesejada.

Escarlate disse...

Guest post lindo! Ser contra o aborto significa que VOCÊ NÃO IRÁ FAZER. Ser contra a legalização do aborto quer dizer que sua opinião deve valer para todas as mulheres, e q se vc não faz, nenhuma pode fazer. Isso sim é uma atitude muito egoísta.

Mas infelizmente vai ter gente achando que ser contra a legalização é sim um ato altruísta, enfim...

Death disse...

Aborto é um tema que mexe muito comigo.

Acho que quem tem a intenção de fazê-lo, deve fazer e ter coragem até o fim ou então nem cogitar...

só não vale depois falar que tinha vontade de fazer isso para a filha que cresceu, pq machuca e é uma ferida que não cicatriza

Nina disse...

Muito bom o post, como o Lord Anderson disse, foi muito didático (seria essa a melhor palavra? rs) mostrar que diferentes mulheres, com diferentes reações e pontos de vista passam por isso. Isso é realidade! E é muito triste que elas não tenham respeito por parte da sociedade e por parte do poder público - que se usa de idéias moralistas para privar a mulher do direito de decisão sobre o próprio corpo.

Mas se olhamos a mulher não é respeitada em vários aspectos. É apenas uma das faces de uma situação que nos priva de autonomia, dignidade e respeito perante a sociedade como um todo.

Parabéns anônima pela coragem e clareza em seu relato. Solidarizo-me com você na busca por um dia em que não haja necessidade de se pedir algo tão óbvio como o respeito em suas decisões particulares.

Eduardo Marques disse...

"aborto ainda é crime aqui, apesar de ser legalizado em todos os países ricos"

Parei de ler aí.

Lord Anderson disse...

"Parei de ler aí."

ou seja, não deu importancia ao que a autora do post tinha para dizer...

Anônimo disse...

Isso, abortos são feitos, muitos e muitos e essa é a realidade. As pessoas podem ser contra mas vai continuar acontecendo, é uma questão de saúde pública!
Pena que dificilmente é discutido com argumentos laicos.

Nina disse...

Você parou antes de entender o real sentido da frase que a Lola escreveu, Eduardo...

=S

Juliana disse...

concordo com a anônima de cima: tb nunca fiz um aborto, mas gostaria de ter cobertura legal para isso. inclusive em todos os "apertos" que já passei, o aborto estava lá como uma opção. e eu sempre pensando se sairia viva daquela situação: sou alérgica a diversas medicações e já fui parar na emergência várias vezes por conta disso. os anti-alérgicos via oral nem sempre dão conta do recado. e, ainda assim, correria o risco. quem realmente precisa fazer um aborto, o faz independentemente das condições.
eu nao sou medica para dar o meu aval, mas muitas vezes somos bombardeadas por notícias de que alguém engravidou aqui e ali usando anticoncepcional, camisinha e sei lá mais o que. racionalmente falando achamos muito improvável, mas e quando nossa menstruação atrasa ou não chega mesmo que tenhamos usados metodos contraceptivos? comigo não há nada que me convença além de um teste de laboratório. mas até lá a angústia e o medo me atormenta. e se for? e o aborto? vai procurar uma clínica? vc nem conhece nenhuma q faça (ou acha q nao)! vai tentar sozinha? e o risco de dar errado e comprometer o feto? um filho com problemas de má formação???
ngm aborta pq quer de fato. ngm engravida para abortar. e nem qdo o aborto for legalizado as mulheres engravidarão com esse fim. sabemos que apesar dos risco diminuirem com o aumento das clinicas legalizadas e especializadas, eles ainda serão possíveis, assim como em qq outro procedimento cirurgico.
fiquei muito feliz com a notícia da plenária. ontem mesmo tinha lido uma matéria da carta capital com o título "a infantaria antiaborto" (sociedade) que me deixou um pouco desiludida. falava do crescimento da bancada religiosa no CN e, com isso, o aumento da dificuldade em avançar com os projetos da descriminalização do aborto. pra piorar a coisa, fala-se ainda de projetos retrógrados que andam circulando por lá.
será que esse monte de recém-nascidos jogados no lixo não quer dizer nada para essa gente?

Anônimo disse...

Sou a favor da legalização, mas não sou a favor do aborto.

Mas falo isso hoje, sem ter passado por nenhuma experiência que colocasse esse meu pensamento em prova.

Tb sou a favor de não julgar quem faz e, claro, do respeito. Não é correto ver mulheres se submetendo a verdadeiros filmes de horror para poder colocar a sua escolha em prática.

Para e autora, desejo dias de paz e concordo quando ela diz que há o perdão. Parabéns pela sua coragem!

Juliana disse...

o caso da juíza Patrícia Acioli e mais uma vez aquele hábito de tentar transferir a culpa para uma mulher pelo seu próprio fim trágido:
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-assassinato-da-jui%CC%81za-e-o-jornalismo-sexista

Letícia disse...

não sei se vcs viram, mas tá aqui: http://www.youtube.com/watch?v=_GDsuSk1vdA&feature=player_embedded

parabéns para a anônima do post. e digo mais: é muito fácil falar quando a situação não é com você. fácil até demais.

Bruno S disse...

Muito bom o relato.

Acredito que ninguém faça um aborto porque acha bom ou porque gosta. Faz porque vê a necessidade, porque é a saída que encontra.

Um dia ainda as mulheres terão a posibilidade de fazer o aborto pelo SUS com o devido acompanhamento médico e psicológico.

Liana hc disse...

Independente do que aconteça, toda mulher quando diante desta situação deve ser respeitada. Eu sou contra o aborto mas a favor da descriminalização.

Anônima, também sou espírita e deste ponto de vista sentir culpa e recorrer a autopunição é um desserviço a si mesma. A maior lealdade que devemos praticar é conosco. Nossa função aqui não é sofrer e remoer um passado que nos desagrada. Temos o nosso tempo para digerir o que quer que aconteça de doloroso em nossa vida mas depois é cabeça erguida e bola pra frente. Sempre. Minha visão contrária ao aborto não se deve ao espiritismo pois já a possuia desde muito antes e francamente se eu decidisse por fazer um aborto não seria doutrina nenhuma que iria me impedir, teria implicação em meus sentimentos mas não me convenceria do contrário. Enfim.. minhas motivações são outras. Acredito que a vida tem um valor intrínseco que está acima das demais circunstâncias de nossos problemas, acima da nossa capacidade de desatar ou não os nós que nos levaram a considerar o aborto. Acredito também que o feto não faça parte do corpo da mulher que é incubadora viva dada a fragilidade daquele ser, são criaturas distintas em uma relação única de troca. Sei que a vida nos põe diante de situações extremamente difíceis e que seja lá qual for a decisão, ter ou não ter aquele filho, as suas implicações serão enormes para a mulher.

Mas o assunto é válido e necessário tanto para a sociedade e quanto intimamente. Conversar é importante. Quantas mulheres já não pensaram seriamente em fazer? Poder falar sobre isso sem recriminações é urgente.

Sara disse...

Esse assunto é um espinho na carne de muitas mulheres, e acho sinceramente muito difícil aceitar a opinião de um homem ou até mesmo de uma mulher que nunca tenha gerado um filho sobre esse assunto, sei que o que penso devo causar desconforto em muita gente até mesmo aqui.
Quando vejo muitos homens às religiões, políticos e as sociedades em geral discutindo esse assunto, acusando a mulher de assassinato, tenho que me segurar da raiva que sinto.
A polemica de onde começa a vida essa é de dar embrulho no estomago.
Mas em minha opinião homens que batem punheta a torto e a direito são assassinos tanto quanto o são as mulheres que abortam, pois pra mim a vida começa no semem do homem.
Mas é claro que religião, sociedade e muito menos os homens pensam como eu.
É sempre mais prático continuar culpando a mulher por todas as mazelas do mundo.
Outra coisa que é bem difícil de escutar quando já se gerou um filho, e se sabe exatamente o custo disso em todos os aspectos da vida, e, o mais revoltante é que mesmo a mulher que tenha sido estuprada não tenha direito ao aborto, apregoam que não há nada demais em gestar nove meses para finalmente entregar a criança fruto do estupro pra alguma instituição, esse tipo de argumento sob o meu ponto de vista é até criminoso, pois se a mulher já foi vitima de um crime hediondo alias, é justo fazê-la ficar nove meses gerando uma criança que vai lembrá-la a todo instante a violência que sofreu, não bastasse toda essa barbárie, ainda mais arcar com os custos ao corpo e a mente dessa mulher, uma gravidez levada a termo, desgasta tremendamente o organismo feminino, e justo submetê-la a isso?
É obvio que ninguém quer defender o aborto como controle de natalidade, mesmo porque abortar não é uma prática sem custos de toda ordem pras mulheres, e envolve riscos bem graves.
Mas a maneira como é abordado esse tema, é só mais um aspecto da desigualdade de tratamento que nós mulheres recebemos ainda.

Luiza Prestes Karam disse...

Lola, como sempre trazendo assuntos importantes, mas além do que você escreve, gosto muito de ler os comentários dos leitores. E muitos deles servem de complemento ao seu texto. Por exemplo, o link que a Juliana passou do texto de Jean sobre a juíza assassinada em Niterói, é recomendável a todos. Deveria ser lido e discutido nas faculdades de Jornalismo.

Quanto ao assunto aborto, é semelhante ao estupro quando podemos comparar duas dores que as mulheres sofrem. Claro, são situações diferentes, mas a mulher sofre pela violência, no primeiro caso e com o descaso das autoridades e também de pessoas próximas. No caso do aborto, com a tortura psicológica de se fazer ou não e depois de fazer, a culpa e do perigo de sair com vida dessas clínicas. Em ambos os casos, a mulher sofre pelo menos em duas situações diferentes.

Admin disse...

Denise

Então eu como homem não posso aceitar uma opnião de alguem que não tenha prostata e penis para vir falar de masturbação assim.

A masturbação é necessaria para o homem, ELE PRECISA esvaziar a bolsa escrotal. Dá um google ai que vc acha um monte de site sobre sexualidade falando sobre isso. Ou então consulte um urologista.

O espermatozoide não fecundado dentro de um óvulo é somente uma célula como outra qualquer não há assassinato nenhuma ai pq não há nenhum ser vivo tendo sua vida retirada.

Anônimo disse...

Me emocionei com esse post!

Eu passei pela mesma situação, mas desisti do aborto na última hora. Não entendo bem o que me motivou, mas não tive coragem. Hoje tenho a minha florzinha comigo e, graças a ela, me tornei feminista e ativista do parto natural e da maternidade ativa.

Minha filha me ensinou (e ensina) várias coisas. Tive a felicidade de uma maternidade bem-sucedida. Mas a decisão de ter ou não um bebê envolve 1 milhão de outras coisas que somente quem passou por uma gestação indesejada sabe.(Talvez nem essas pessoas saibam, pois cada caso é único!)

Sou, sim, a favor do aborto e da legalização do mesmo. A mulher deve ter o direito de decidir sobre o corpo dela e o futuro daquela criança que, afinal, é responsabilidade dela.

"A maioria das mulheres que abortam o fazem porque têm respeito suficiente pela criança, a ponto de não desejar para ela uma vida diminuída. Sabem que a criança não desejada, nascida da coação e da miséria, já está ferida antes mesmo de nascer". (Ginete Paris - Meditações Pagãs - retirado de http://www.empoderandoasmulheres.com/2011/01/aborto-como-um-sacrificio-artemis.html)

Toda criança tem direito ao amor, ao nascimento digno, ao respeito, a ter pessoas que a cuidem bem dela. Levar adiante uma gestação indesejada, na minha opinião, é uma violência tanto à mulher quanto à criança. O futuro de ambos não podem e nem devem ser negligenciados dessa maneira.

Beijokas,

Günther Traußnig disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maíra disse...

Não passei por isso. Mas essa é uma questão que me é muito cara - por amigas "sem peso na consciência", por amigas que pensam em quantos anos o bebê teria, por amigas que ajudei a passar por isso, por amigas que nunca chegaram nem a contar ao namorado e encararam isso sozinha. Por mim, como mulher que acredita que devo ter poder sobre meu próprio corpo. Belo post.

Anônimo disse...

Denise, por que um homem não pode opinar sobre as suas impressões acerca do tema aborto? Se ele for favorável, pode?
Ou você acha em qualquer situação que uma pessoa que não passa pela experiência, não pode fazer um julgamento pessoal de outra (criar uma opinião após a análise do fato)?
Fosse assim, ninguém pode criticar a dilma por suas decisões, já que ninguém aqui é presidente.

Enfim. sobre o aborto. sou totalmente favorável a legalização, desde que até um período determinado da gestação. É pura hipocrisia não legalizar, já está acontecendo. Mas independente disso, eu sou a favor.

Unknown disse...

Sou a favor do direito de escolha de cada mulher.

Enfim, moro em um País onde quase 70% da populacao é católica e o aborto é legalizado, (há inclusive propagandas das clínicas em estacoes de trem, onde fazem questao de ressaltar que parcelam o pagamento do procedimento.

Aqui nao há tanta polêmica sobre o assunto, nem mimimi. Faz quem quer, ponto final, a pessoa tem o direito de escolha e é respeitada.

As pessoas que julgam e desrespeitam me deixam intrigada. Afinal de contas, o que nos incomoda nos outros seria um reflexo dos nossos defeitos?

Post corajoso.

O primeiro foi apagado porque entrou com o perfil do meu marido, eu esqueci de mudar.

Anônimo disse...

Lola, hoje tenho 27 anos e fiz um aborto aos 16. Muito me identifiquei com o post, pois foi muito parecido com o que aconteceu comigo: Primeiro namorado, primeiro sexo sem camisinha e aconteceu. Também não considero que engravidei por falta de informação, foi mesmo por achar que não aconteceria (você conhece as teorias mas acha que não se aplicam na prática).
Minha menstruação sempre foi muito regular, então quando ela atrasou já fiquei preocupada. 15 dias depois pedi ao meu namorado que levasse o material pra fazer o teste no laboratório, o resultado foi positivo. Ele ficou inerte, suava tanto, o desespero saia dos seus olhos... eu fiquei tranquila, já sabia o que fazer. Ele não me pressionou. Quando perguntou-me, e agora? Eu já tinha a resposta. Não sabia o nome do remédio, mas sabia que existia. Pedi a ele que descobrisse o nome e o comprasse. Em menos de uma semana eu abortei, sozinha. Só nós dois sabíamos, mas como eu morava com minha família, eu fiz tudo escondido, tomei o remédio e no outro dia tive que levantar como se nada tivesse acontecido.
O namoro não foi pra frente. Apesar de eu ter tomado a decisão, não conseguia olhar pra cara dele, então terminei o namoro.
Tenho até hoje as mesmas dúvidas que a mulher do post teve: "e se não tivesse acontecido?"; "será que meus filhos vão nascer normais"?. Mas, apesar de toda consciência pesada, se eu pudesse voltar no tempo eu faria a mesma coisa. Não me orgulho de tê-lo feito, mas não me arrependo.
Acho que por causa de todo estigma que existe sobre o assunto, até hoje ainda não superei totalmente. Quando me lembro, todas aquelas perguntas voltam e mexem comigo.
Hoje, casada mas ainda sem filhos, o aborto é um assunto morto, mas que não foi sepultado. É um fantasma para mim.

Beatriz disse...

Só a própria pessoa sabe a dor que sente.

Respeito é isso: não julgar a dor do outro baseado na nossa própria opinião.

Arlequina disse...

Esses dias vi um trailer de um documentário de uma moça estadunidense chamada Lindsay Ellis - "The A-Word".

E isso chamou minha atenção pro fato de que, na maior parte do tempo, quando se discute aborto, quem fala nunca é uma mulher que passou pelo processo!

Ela relata a experiência pessoal dela nesse documentário, além de mostrar uma realidade nos EUA - o aborto até é legalizado em alguns lugares - mas o sistema de aconselhamento pras mulheres depois do aborto é péssimo. Quando ele existe, é coordenado sempre por igrejas e etc, o que torna o "depois" ainda mais traumático.

Parabéns, anônima, pela coragem em contar sua história. Força pra você!

Anônimo disse...

Quem sou eu pra julgar o outro em suas decisoes, mas penso na minha estoria! Minha mae me gerou em uma circunstancia em que muitas outras mulheres abortariam, e eu serei eternamente grata a ela por toda coragem e luta em me criar e aprender a me amar! Ariana

Anônimo disse...

Lola, sabe o que mais me irrita? Que se a mulher engravidou, foi culpa dela - claro, porque essa mulher é hermafrodita, né? Leio cada comentário do naipe "ah, na hora de virar os zóinhos tava bom, agora aguenta" que, olha... Não é errado quem considera a vida algo totalmente sagrado utilizar isso como punição?

Novamente, não gostaria de reduzir tanto, mas só consigo enxergar isso como uma questão de gênero. Infelizmente.

Eu sou contra, sei o quanto as marcas decorrentes me afetariam. Mas meu posicionamento individual NÃO PODE impedir que quem seja a favor tenha o direito de ser assistido por uma política que dê condições humanas - paralelamente, sou por intensificar programas de educação sexual. A grande maioria faz sexo, é burro tapar isso e as consequências de uma conscientização leviana são diversas.

Falando em leviandade, já vi posições que são contra, alegando que o dinheiro dos impostos pagos não deveriam ir para apoio médico de "assassinas". Até diria que fique chocada, se já não tivesse ouvido antes que "se for para pagar coquetel para viado e drogado com AIDS, eu prefiro sonegar imposto". Todo mundo com direitos, mas desde que as minhas ideologias sobreponham-se ao resto.

É uma questão macro. Não adianta pormenorizar e apenas julgar. Seria importante que, da mesma forma que surgem eventos midiáticos para criticar, aparecessem os dados concretos de quanto se gasta tentando reparar abortos mal-sucedidos - se não me engano, curetagem é o 2º procedimento mais realizado, perdendo apenas para em relação à problemas cardíacos. Devia-se entender a questão por todos os lados. Mas cadê a vontade? Somos um Estado laico, pelo amor de Deus!

Enfim, agradeço pelo blog que tem feito com que eu reflita - como publicitária - em questões que anteriormente eu apenas seguia o padrão.

Anônimo disse...

Rubens, não é por nada não, mas até onde entendo masturbação é necessária por ambos os gêneros.

Anônimo disse...

é tão EGOÍSTA, mesquinho mesmo, julgar a situação dos outros pela sua própria. minha mãe tb me criou sozinha (sem pais, irmãos, parentes, abandonada pelo marido depois de um casamento de 10 anos) e nem por isso acho q a maioria das mães solteiras tem a mesma estrutura q ela.

alias, nem precisa ser mãe solteira. um filho indesejado dentro do próprio casamento pode atrapalhar um arranjo que o casal havia feito entre si.

eu sou totalmente a favor da descriminalização, embora ache q não faria um aborto. é um absurdo que a mulher não possa dispor do próprio corpo livremente como os homens.

repito oq foi dito acima: "A maioria das mulheres que abortam o fazem porque têm respeito suficiente pela criança, a ponto de não desejar para ela uma vida diminuída. Sabem que a criança não desejada, nascida da coação e da miséria, já está ferida antes mesmo de nascer"

Denise disse...

Tomara que acabe mesmo a criminalização. Defendo isso há anos! Na realidade desde minha adolescência em um colégio católico (o que por sinal me valeu muitos e muitos patrulhamentos...).
Mas eu ainda bato na tecla de lutar contra o paternalismo na ginecologia e obstetrícia. É absurdo a forma que a mulher é tratada por todo o sistema médico quando ela engravida e vai ter um filho. E o mais impressionante ainda é ver a mulher que antes era uma feminista defensora dos direitos das mulheres se transformar em uma mulher sem opiniões e completamente submissa às ordens médicas,que são muitas e muitas vezes completamente sem lógica e base científica. Uma violência.

Admin disse...

Anonimo das 13:19

Não disse que masturbação é necessária para um e para outro sexo não. Alias eu considero essa uma prática importante para descobrimento do próprio corpo e saudável sou à favor que as mulheres tb se masturbem sem culpas.

Meu comentário foi direcionado a acusação sem fundamento da Denise de que homem que se masturba é assassino.

Semen por si só não é uma vida, e como ja falei anteriormente a masturbação é necessária, a Denise pode consultar um urologista que ele explica melhor que eu que sou leigo.

Unknown disse...

Ahh quer dizer que na hora de aboratr o corpo é dela e na hora da pensão é, não fez sozinha¬¬
O eterno dois pesos e duas medidas feminino é de uma justiça...

É a colega da faculdade, a prima, a moça da recepção, são todas nós
...Vadias irresponsaveis

É tão fácil ficar grávida quando não se quer

por mais certa que a mulher esteja de que não quer um filho naquele momento
>>Que pense antes, aborto não é solução

Desculpe, mas isso não ajuda em p*rra nenhuma.
>>ahh insentivar é que ajudaria, as mulheres fazem aborto pelo gosto pelo proibido né?se legalizar perde a graça e elas param¬¬

o pai da criança não conseguiu segurar a barra comigo, eu olhava para ele e não queria mais tê-lo por perto. Mas não guardo rancor
>>WTF? alguem vê lógica nisso aí para me explicar? primeiro ela acusa o cara de ser covarde como se fugisse de encarar ela, mas em seguida vemos que quem não o queria por perto era ELA e depois ainda diz que não guarda rancor??? tá é normal a mulher ter rancor o cara sendo inocente
É tipo uma corrente de orkut em que a mulher quer desligar o tel na cara do homem e quer que ele ligue de volta, coisa linda né?

Quem faz aborto não quer pedras nem flores. Queremos respeito. À nossa decisão, ao nosso corpo, à nossa dor.
>>Aborto é assassinato, vamos respeitar os assassinos e estupradores tbm?

PS: e ahh o feminismo apoia o aborto e vcs teimam em bater no peito e dizer que o feminismo não mata ninguem¬¬


Nina
direito de decisão sobre o próprio corpo.
>>Por estar ligado ao umbigo da mulher é parte do corpo dela? ahh valeu sabia não¬¬

Anônimo disse...

'Não é boa, mas acredito em perdão. Rezo muito por esse espírito que não pode nascer e peço que me perdoe.'

perdão é só depois de pagar o karma daquilo, todas as religiões do mundo tem alguma idéia correspondente a isso, acho que é algo intuitivo, inerente ao ser humano.

Flávio Brito™ disse...

Fiz um aborto e quero respeito!
Ninguém vai respeitar uma mulher por ela ter feito um aborto.

O post já começa com uma informação falsa e mentirosa de que o aborto é legalizado em todos os países ricos.

É lógico que o aborto não é contraceptivo, oras, contraceptivo é para evitar a concepção, se existe a necessidade de uma aborto não da mais para evitar a concepção pois ela ocorreu.

E aborto é controle de natalidade sim. Natal significa nascimento, controle de natalidade significa controlar nascimentos.

Me corrijam se eu estiver errado mas o aborto induzido serve apenas para evitar um nascimento!
Ou eu estou mentindo?

Nina disse...

Aborto tem a ver com direito de decisão sobre o próprio corpo sim, Flasht! Ou você não sabe que a gravidez acontece no corpo da mulher, que é algo que traz muitas transformações no corpo dela?

Flávio Brito™ disse...

Ironic mode on!
Vejo muitos argumentarem: o fato de ser proibido não impede que aconteça.
Argumento ridículo no mínimo.
Oras o fato de assalto ser proibido não impede que ele aconteça, então vamos descriminalizar! Né?
Os assaltos continuam acontecendo mesmo sendo proibido, todos os anos milhares de pessoas morrem vitimas de confronto entre policia e assantes. Se descrimilalizarmos estaremos salvando vidas!
Ironic mode off!

Flávio Brito™ disse...

É muita inocência ou má fé dos defensores da legalização.

Inocência por querer implantar uma legislação similar a Européia a realidade brasileira.

Os defensores da legalização parecem não conhecer a realidade do SUS. Onde pessoas esperam meses por uma simples consulta (já vi reportagens onde é espera chega a ser de quase uma ano). Há casos em que só entrando na justiça para conseguir atendimento.

Mas os defensores da legalização, tem o sonho lúdico que assim que for assinada a legalização, a mulher em questão de pouquíssimos dias será atendida nos SUS por uma junta formada por psicólogos, médicos, enfermeiros, conselheiros. Fará os exames, com ultra-som e tudo. (No mundo real do SUS esses aparelhos não existem ou estão quebrados, estão sendo licitados...)

E essas pessoas acreditam que quando o aborto for legal não haverá mais clinicas clandestinas.

Não, claro que não.
Da mesma forma que não há CD’s, DVD’s e cigarros ilegais a venda, pois todos eles são legais em nosso país.

Na imaginação fértil dessas pessoas esses açougues que segundo eles matam milhões de brasileiras todo dia vão desaparecer.

SABE E O QUE VAI ACONTECER QUANDO O ABORTO FOR LEGALIZADO?

O SUS não funciona, faltam médicos, enfermeiras, esparadrapo, soro. Quando uma mulher conseguir marcar uma consulta para fazer esse procedimento o “Produto da concepção” vai estar engatinhando pelos corredores do hospital.

Para as ricas nada vai mudar, continuarão em suas clinicas higienizadas, com conforto...

E as pobres?
Fila de espera do SUS? (meses de espera)
Acho que não.
Vão pro açougue barato que a vizinha da prima da cunhada da amiga do chefe indicou...

letícia disse...

"Mas essa promoção especial para salvar sua alma é só até amanhã. Corra!" Hhahahahahahahaha! BOA!

Um vez li uma reportagem (não sei aonde, era umas dessas revistas que a gente lê quando vai ao dentista) que uma pessoa lutava pela idéia que se houvessem menos nascimentos não desejados, teria também menos violência, pobreza etc.
Eu não vou dizer que concordo ou não, porque isso envolve N assuntos. O problema da violência ou da pobreza não está nas mães que tem os filhos e sim no governo, na sociedade, na desigualdade ENORME que há em nosso país.
Porém, acredito que realizar um aborto ou não, é uma escolha que a pessoa tem que fazer, se necessário. É melhor fazer em uma clínica segura do que fazer clandestinamente. Não é a religião X, Y ou Z que deve determinar se deve ser feito ou não.

Eu não faria.
Por vários motivos, o maior deles é pq eu sei a culpa que EU sentiria. E não iria valer a pena a culpa pelo ato. Mas, isso é algo que EU não faria. O que outras pessoas decidem sobre suas vidas, em situações específicas, não cabe a mim, nem ao governo, nem ao vizinho etc.

Espero mesmo ver o aborto ser legalizado.

Anônimo disse...

Meu, Flavio, fala sério! Péssimo paralelo que você fez entre assalto/crime e aborto! Não dá para comparar, são situações completamente distintas....

Anônimo disse...

O Flávio não 'comparou' com assalto, ele mostrou o que é que o argumento implica usando um exemplo extremo como o assalto
argumento: se não dá pra acabar com X, vamos liberar X
o pessoal por aqui hein, lógica mandou lembrança

Admin disse...

Flávio...Flasht e demais

Será mesmo ingenuidade ou má fé de vc's com esses argumentos? Vamos lá

1 - O feto não é parte do corpo da mulher, está dentro da mulher, ela está apenas servindo de hospedeira.

Sim o feto não é exatamente uma parte do corpo da mulher, mas é uma extensão que está DENTRO. Quem SOFRE com todas as mudanças biológicas do corpo é a mulher não o feto que está lá no seu conforto apenas se nutrindo e se formando.

Em detrimento do corpo da mãe é que o feto se desenvolve e vira uma criança, um ser vivo.

2 - Na hora de abortar é "meu corpo" na hora de pagar pensão é responsabilidade do pai

Mais uma vez, quem gera o feto é a mulher, é ela que vai passar 9 meses tendo uma relação direta com o feto, não o homem, na procriação a participação do homem vai até um certo ponto dali em diante é com a mulher, pq não dar a elas o apoio necessário para decidir sobre algo tão importante?

Além do mais, a mulher que está grávida já tem uma mente consciente capaz de raciocinar sobre a situação do bebê que está por vir, averiguar se o contexto é favorável a ele ou não. Não tem como vc encostar na barriga da mãe e perguntar pro feto "a situação é X vc quer nascer ?". Creio que é necessário dar a mãe a autonomia para decidir, a mulher tem total capacidade de decidir o futuro o que não ocorre com o feto.

3 - Comparar aborto com assalto

Esse é um disparate tão grande, exagerar a condição do aborto para que ele se correlate com um crime é sim uma má fé.

No assalto está se subtraindo um material, dinheiro, quando se fala de aborto estamos falando da decisão de se continuar ou interromper o processo de uma gestação que vai trazer por fim uma crinaça, não está se subtraindo uma vida (considerando que o aborto seja feito nas primeiras semanas).

4 - Utilizarse da deficiencia do Sus para defender o "direito a vida"

Essa lógica é bem enfadonha, o mesmo SUS que hipoteticamente não daria conta do "surto" de abortos tb não dá conta de realizar pré-natais descentes e mesmo assim as mulheres seguem engravidando e tendo seus filhos e dai?

Digo "surto" pq pela lógica de vc's parece que quando o governo legalisar o aborto as mulhers bão correndo para o SUS numa avalhanche desesperada. Muitas mulheres não irão fazer aborto msm ele sendo legal, por diversas questões, dentre elas algumas éticas e religiosas pelas quais vc's compartilham

5 - A mas a rica vai continuar fazendo na clinica limpinha pq tem dinheiro e a pobre?

A pobre terá uma oportunidade de realizar o aborto com as mesmas condições de uma mulher rica, se o Sus não der conta da demanda com certeza o acesso as clinicas particulares será facilitado, pela própria questão da visibilidade e que haverá um aumento dessas clinicas, a competição entre elas ferá com que o preço se torne mais acessivel

Anônimo disse...

o comentário da denise é de uma burrice impressionante

...........

alguns dias, uma semana, três meses,
não importa
Aborto é assassinato sim

M disse...

Eu sou Kardecista também (Na verdade, hoje sou semi- kardecista, ou algo assim), já li coisas horrorosas sobre as conseqüências espirituais do aborto, mas nunca consegui encarar o assunto como apenas "certo ou errado".
É tão mais delicado que isso... A única coisa que tenho certeza é que a discussão precisa ser levada a outro nível. Nossa lei é machista, injusta e nega ás mulheres o direito de decidir o que fazer com o próprio corpo.

Admin disse...

6 - "Salvar vidas"

Alguns de vc's já foram numa clinica clandestina? Num "açougue" como já foi dito?

Se a mulher não morre durante a operação (que é rustica sim) tem grandes chances de morrer por infecção.

Já que estão tão preocupados em "salvar vidas", pq não legalisar o aborto? Milhares de vidas de mulheres adultas serão salvas pois não vão se submeter a condições precárias na hora de realizara operação.

7 - Mulher que aborta usa isso como método anti-concepcional

Não, mulher nenhuma vai pensar "ah é só fazer um aborto". Isso não é banal, não é um método que a pessoa simplesmente executa e pronto.

Estamos falando de um processo que ocorre e mexe muito com a psique da mulher, os julgamentos da sociedade, os medos e os receios da própria pessoa, ninguem vai praticar um aborto como se estivesse espremendo uma espinha.

A decisão do aborto é um último recurso, as mulheres se instruem muito sobre sexo e conhecem muitos métodos contraceptivos e elas tem ciencia de o aborto não é um deles

Liana hc disse...

Olha, é conversando que se entende e que fique bem claro não estou impondo nada a ninguém. Isto posto, tenho uma filha de 10 anos e por isso sei o que é ter um bebê dentro da barriga. Dizer que o corpo é da mulher e é por isso que ela pode abortar se essa for a sua vontade não me parece justificativa muito crível. Acontece que o feto não faz parte do corpo da mulher, eles compartilham metade dos genes mas não são "uma só carne", o feto só fica ali no corpo da mãe pela fragilidade de sua condição e para receber os nutrientes de que precisa para se desenvolver já que neste momento ele não é capaz de fazer isso sozinho.

É óbvio que o feto não é parte do corpo da mulher, não é um apêndice, não é uma "extensão do que está dentro", aquele conjunto genético é diferente. Tanto é que o organismo da mulher faz com que seu sistema imunológico baixe e se adapte para que o feto não seja expulso, já que o próprio automatismo do corpo reconhece que "aquilo ali" não faz parte dele. O psiquismo da mulher também reconhece o feto com algo distinto dela, e age protegendo-a para preservar sua individualidade. E também dizer que o feto está lá sem grandes implicações para ele, só para a mãe é também ingenuidade. As transformações pelas quais o feto passa são imensas, maiores até que as da mãe afinal toda a estrutura básica que todos nós carregamos para o resto da vida está se formando naquele momento, isso não é pouca coisa. O período da gravidez e da 1ª infância é a fase onde ocorrem as maiores mudanças em um ser humano. Qualquer médico ou psicólogo confirmam isto. Minimizar fato óbvio não ajuda na defesa do aborto.

Eu entendo uma mulher que diz que simplesmente não era da vontade dela ter um filho naquele momento de sua vida já que as implicações, pelo próprio aspecto psicológico e de dedicação extrema, da maternidade seriam mais negativas que positivas mas lançar mão dos possíveis aspectos materiais e biológicos é terreno por demais nebuloso e pouco confiável.

Flávio Brito e demais, o respeito que se pretende aqui não é aceitação e concordância das atitudes de outrem, é você admitir simplesmente não tem o direito de destratar uma mulher por ela ter feito aborto. Discordar, ter pouco apreço é um direito que nos assiste a todos, expressar isto dentro dos limites da civilidade também, já imputar a alguém seu franco descontentamento de modo agressivo é desrespeito.

Dizer que ejaculação é assassinato é o mesmo que dizer que a menstruação também é. Não faz o menor sentido. O fio da meada que vai dar início à vida só começa quando da união dessas estruturas. Isoladas e sendo naturalmente descartadas é processo natural.

Trazer o assunto à tona é urgente e necessário e acabo vendo certos argumentos, seja para defender o aborto seja para proibí-lo, que simplesmente não fazem sentido.

Anônimo disse...

Esses caras aí que não têm argumentos e vêm até aqui, se estão incomodados, que se retirem. Por que vêm até esse blog? Para se irritarem com opiniões diferentes? Pra que se estressarem? Vão pescar pra relaxarem.

Acho que isso é inveja da maternidade, de poder carregar um filho no ventre e aí condenam as mulheres que abortam. Bando de egoístas esses caras que ficam defendendo cegamente suas opiniões. Uma coisa é respeitar a opinião dos demais, outra é não querer se colocar no lugar de outro.

E acho sinceramente que é gastar o Latim com esses idiotas. Ignorem, não quando tentam argumentar de forma civilizada, mas quando falam asneiras e gostam de mostrar isso para todos. É só ver o perfil desse Flash Dance, gosta de comer c* de muié. Saiba que cu é cu igual, sendo de homem ou de mulher, então, pare de ser um enrustido e saia logo do armário, coma tb de homem e pare com esses preconceitos.

Anônimo disse...

Esses caras aí que não têm argumentos e vêm até aqui, se estão incomodados, que se retirem. Por que vêm até esse blog? Para se irritarem com opiniões diferentes? Pra que se estressarem? Vão pescar pra relaxarem.

Acho que isso é inveja da maternidade, de poder carregar um filho no ventre e aí condenam as mulheres que abortam. Bando de egoístas esses caras que ficam defendendo cegamente suas opiniões. Uma coisa é respeitar a opinião dos demais, outra é não querer se colocar no lugar de outro.

E acho sinceramente que é gastar o Latim com esses idiotas. Ignorem, não quando tentam argumentar de forma civilizada, mas quando falam asneiras e gostam de mostrar isso para todos. É só ver o perfil desse Flash Dance, gosta de comer c* de muié. Saiba que cu é cu igual, sendo de homem ou de mulher, então, pare de ser um enrustido e saia logo do armário, coma tb de homem e pare com esses preconceitos contra vc mesmo. Vá ser feliz!!!!

Anônimo disse...

O que mais me intriga nessa discussão é quando chamam a mulher de assassina, como já fizeram nestes comentários. Pra mim, essa classificação é a mais machista de todas em relação ao assunto.
Isso porque, quando uma mulher aborta, muitas vezes é com o consentimento, apoio, financiamento do parceiro (um Homem com H). Mas ninguém questiona se o homem é um assassino também! Ninguém nem chega a sentenciar o homem como o comparsa (nessa lógica, caberia!).

Camila disse...

E, queridos, pode existir lógica (tão atacada aqui!) em dizer que os abortos continuam e vão continuar a acontecer, por mais ilegal que sejam, e por isso devemos repensar sua proibição.
A lei deve ser e é reflexo da sociedade. Algumas leis se tornam antiquadas e por isso sofrem alterações. É o caso da lei do casamento, que exclui os homossexuais. Não quero entrar nesse mérito, mas querem emendar a lei porque ela não é mais adequada à situação em que a nossa sociedade vive (é adequada apenas àqueles que não veem que o estado é laico).

As leis não tão acimas dos homens; são criadas por eles e para eles.

Roubo, por exemplo, não sofre esse tipo de discussão! Por mais banalizado que esteja, o tratamento disso como crime não é visto como inadequado por ninguém!

Anônimo disse...

Vamos legalizar o aborto!

Com certeza algumas futuras feministas nem vão nascer

lol

Anônimo disse...

HAHAH
"Na hora de abortar é "meu corpo" na hora de pagar pensão é responsabilidade do pai."
Esse foi o comentário mais ridículo que eu li aqui hoje.
Se meu papel fosse só dar uma pensão pro meu filho, teria pensado mais antes de abortar.

darkgabi disse...

lola, nem li seu gust post ainda, mas digo uma coisa q eu aprendi dia desses na aula de alemao e fiquei pasma: o aborto nao é legal aki na alemanha.

parece q na ddr [a alemanha oriental] era, mas na brd nao era, até pq a brd era maioria católica. dae ficou um empasse meio escroto qt juntou as duas alemanhas.

hj em dia diz q o aborto é proibido, mas q a mulher pode alegar incapacidade psicológica e/ou financeira. ou seja: é proibido, mas é fácil conseguir por vias legais.

só pra gente nao continuar achando q os "países ricos" nao perfeitos.

EriCab disse...

Liana,

Sobre essa questão concordo com você em cada palavra, em cada vírgula. (finalmente, né? rsrs)

Também sou espírita.

Respeito acima de tudo!!!

Maria Angélica Castro disse...

Desde quando assassinas de pobres bebezinhos têm direito a respeito?
Aff...Só me faltava essa.

Natália Santis disse...

Eu compreendo isso e fico feliz que você tenha tocado nesse assunto. É fácil uma pessoa que não tem nada haver com a sua vida ficar apontando o dedo para você e tentar te ditar que isso é errado e blablabla. fico feliz em saber o que se passa de verdade com quem faz isso, porque mostra que não é fácil tomar esse tipo de decisão

Liana hc disse...

EriCab :) Que bom.

É muito legal a Lola ter aberto esse espaço para conversarmos sobre algo tão importante. Desmistificar e falar francamente sobre aborto já estava na hora.

Sara disse...

O aborto é um tema polemico, peço desculpas se me exaltei, mas quero dizer que estava sendo irônica, até sarcástica , quando disse que acreditava que o inicio da vida se dava no sêmen masculino, embora continue achando que isso não é uma total estupidez, as religiões colocam uma carga muito grande nas costas das mulheres, em muitos aspectos inclusive nesse do aborto, o engraçado é que se as religiões não fossem uma herança do patriarcado, distribuiriam melhor a carga de culpa nessa historia.
As religiões que citam a bíblia acusam a mulher de diversas culpas, e na verdade por menos que nós mulheres sejamos religiosas carregamos essas culpas conosco.
Engraçado que há uma parte na bíblia que condena fortemente a masturbação masculina, de onde provem até um termo “onanismo” que seria o ato de desperdiçar o semem , que supostamente deveria ser sagrado, para os religiosos de plantão esta em Genesis 38, ocorre que nunca vi nenhuma denominação religiosa cobrar de seus fieis o ensinamento dado nessa passagem bíblica inclusive o homem que desperdiçou seu semem na terra e se chamava “Onan” foi punido com a morte por seu desrespeito .
Sou capaz de apostar que poucas pessoas sabem dessa passagem bíblica, mas a maior parte sabe muito bem que foi Eva quem levou Adão ao erro, que foram as esposas de Salomão que o desviaram da fé, que foi Salomé quem fez João Batista perder a cabeça e muitos exemplos mais que nos são ensinados e permeiam nossas mentes, nos fazendo acreditar que realmente as mulheres são seres malévolos, fracos e inferiores.
Deixando todos esses aspectos religiosos de lado, uma mulher que toma a atitude extrema de passar por um aborto, em grande maioria são mulheres preocupadas com uma maternidade responsável, optam por isso, para não colocarem seus descendentes em situações precárias, e sem perspectivas.

Tcheis disse...

Tomei conhecimento desse blog a pouco tempo e a cada postagem que leio mais fã viro. Gostei particularmente desse post apenas por um motivo: respeito.
Nunca, fiz aborto e acho que nunca faria porque não acredito cosneguir lidar com uma situação como essa, mas sempre fui a favor da mulher poder escolher. Além disso é fato que as mulheres fazem então não adianta tampar o sol com a peneira porque só fará com que mais mulheres morram por abortos mal feitos.
E também concordo com o depoimento da mulher que diz que é fácil demais para os outros julgarem, mas sem ter a noção total do que realmente é passar um por algo assim.
Espero que seu post e o depoimento corajoroso dessa mulher sirvam para ajudar as pessoas a refletirem melhor já que o governo parece querer ignorar esse assunto.

Anônimo disse...

1- Um punhado de células não é um bebê. Uma semente não é uma árvore. Um pano não é um vestido. Ao contrário do que se acha, a maioria dos abortos não são feito aos 9 meses, quando já tem "pezinho, mãozinha, unhinha", mas sim no máximo até o terceiro mês, onde, bem, é uma bola de células. Vão em qualquer livro de biologia ver como é um feto humano até três meses e agora olha pra um bebêzinho fofinho. Você vai querer criar um punhado de células como uma criança humana?

2- Um feto - Não bebê - Não consegue viver fora do corpo da mãe, então ela decide o que vai fazer com ele. Ao contrário de um bebê, que consegue viver fora do corpo e, logo, não é um parasita no sentido mais simples da palavra. Ao mesmo tempo que o bebê não é autônomo, ele não está usando o corpo de ninguém para viver e crescer. Um bebê nascido é um bebê, um feto é um feto.

3- Nenhum bebê é morto em abortos! Ou você mata plantas comendo feijão e milho? Você mata árvores comendo acidentalmente (ou não) a semente de frutas?

4- Ao mesmo tempo, eu tenho a idéia de que toda precaução é bem-vinda. Minha vida estaria arruinada se eu ficasse grávida, então faço questão de usar pílula E camisinha e não acho big deal.

5- Não dá para comparar a situação da mulher - Que é diretamente afetada pela gestação, já que o feto basicamente a usa para crecser e se alimentar, sem moralismos aqui; e que também sofre o próprio processo do parto, na situação mais minimalística possível, sem falar de cuidar do filho depois - Com a do homem, que, no máximo, dá todo o apoio à mulher durante a gestação e, depois, dá dinheiro. É, o mínimo que uma mulher pode fazer na gravidez é passar 9 meses com um pré-humano dentro de si, se alimentando e modificando seu corpo, e depois ainda ter o trabalho de dar a luz, já que ele não pode simplesmente ficar lá. O máximo que um homem pode fazer é... Dar apoio e dinheiro depois. Claaaaaaaro que é comparável.

Ai, gente, preguiça.

Parem de comer sementes diversas e de se masturbarem porque né, vai matar possíveis pré-humanos.

Aliás, Rubens, o homem não precisa se masturbar. Espermatozóides mortos saem pela urina ou são absorvidos de volta ao corpo. Que droga você nem conhecer a própria anatomia e biologia, hein?

EriCab disse...

Maria Angélica Castro,

Você sabe o que é respeito?

Respeito não significa necessariamente concordar com a atitude do outro.

Pense em tratar o outro com a mesma consideração que você gostaria de ser tratada quando cometer um ato que os outros (ou até você mesma) julguem errados, esse é o primeiro passo para vivermos numa sociedade melhor, mais civilizada, mais solidária.

Respeito é um valor que dá sustentação a todos os demais, inclusive ao de não cometer assassinatos.

Anônimo disse...

Esses caras que comentam aqui não fazem muito sentido, né?! Não consigo ver o menor conteúdo em seus comentários, apenas palavras soltas, sem a menor concordância ortográfica! Que demonstram apenas duas coisas: ou eles ainda são adolescentes, sem quase nenhuma vivência e conhecimento, ou eles precisam de ajuda - palavras de uma pscicóloga! São sempre argumentos infantis e sem base teórica! Aparentemente, eles não conseguem interpretar os textos de Lola! Exergam apenas o que querem e saem falando um monte de baboseiras pra pessoas inteligentes e bem resolvidas! Perda de tempo total! Eu já li sua opinião sobre esses "leitores" Lola, mas realmente é triste absorver tantos comentários bacanas e sempre achar essas pérolas no meio...! Esse pessoal devia se tocar e cair fora daqui! Como uma pessoa que não concorda com praticamente nada que Lola escreve, que não tem uma cabeça boa e aberta pra frequentar esse bolg está sempre aqui, causando (mta vergonha alheia e perda de esperança na humanidade, é claro!)?! Queridos, o que vcs estão fazendo aqui?! Sério? Vão aproveitar melhor a vida de vocês, viajar, ESTUDAR, conhecer pessoas, ver filmes, ler, aprender a tocar um instrumento e, quem sabe, conhecer uma mulher ou homem legal, que os façam crescer e amadurecer! Eu não vou perder meu tempo argumentando com vocês exatamente sobre o que escreveram, porque não vi nada de interessante por lá, apenas pontos de vista toscos... que não merecem resposta! Mas do fundo do corção, desejo que vcs mudem de vida! Se vcs querem curtir a internet, entrem no facebook, twitter, g1, kibeloco, testosterona e demais sites que tenham a ver com vocês! Pq o blog da Lola não tem o nível de vcs...! Quem sabe um dia, depois de vcs estudarem bastante e vivenciarem outras experiências vocês não voltem e passem a se identificar com o objetivo do blog! Até lá, se quiserem aprender alguma coisa, venham e leiam, mas sem deixar suas respectivas opiniões! Pois elas poluem um blog tão sensato como esse! Causem na vida real, ao invés de se esconderem atrás de nomes falsos e causarem justamente aqui, onde é bem fácil! Vão viver crianças!

Anônimo disse...

O cartum acima do post é de péssimo gosto. De uma grosseria e incapacidade de objetivar o apelo proposto fora do comum.

Tanto sofrimento, "polêmica", vitimização, guetização das "minorias excluídas" há nesse blog que parece que vivemos num país sem a mínima jurisdição penal. Vcs moçoilas tão instruídas, descoladas, porque não se previnem para evitar um filho? Não estão aí todas eufóricas com sites como aquele em que a mulher se propõe transar com não sei quantos homens em não sei quantos meses? deveriam pois ter um cabidal de aplicações higiênicas com os próprios corpos para que evite o trauma de um aborto, evitando na raiz de uma gravidez indesejada.

Mas acontece que a Lola precisa lá de seus não sei quantos mil acessos por dia e tem que soprar com fúria a superfície da água do copo, pra ver se vira tempestade.

Cês do politicamente correto são involuntariamente cômicas. Metem o sarrafo em humoristas, e depois ficam toda cheias de bicos amuados quando alguém comenta no blog da tal moçinha que quer cem homens na cama perguntando se a tal já fez sexo por dinheiro. Choro, consternação, reunião feminista para se lamuliarem do mundo. Quem ousou perguntar para a tal contorcionista se ela "já fez por dinheiro"? O que esse cara tá achando que ela é? Uma promíscua?

Cês são de rolar de rir, moçada!

Vida longa a este blog.

Anônimo disse...

Ai, ai, anônimo, cale a sua boca e por favor tenha a capacidade de ter filhos antes de falar sobre o aborto. Aliás, aprenda também que (Eu sei que isso é chocante e vai fazer você parar de transar - Se é que transa - Com mulheres pro resto da vida) camisinha (Cuidado!) pode FALHAR! A pílula pode FALHAR!

A única coisa que eu concordo com você é que prevenção em primeiro lugar, para evitar desconforto psicológico e físico, então por favor, moças (Não moçoilas, energúmeno, quem te deixou nos chamar assim?), usem camisinha e/ou outros tipos de anticoncepcional! :)

Grata.

Serge Renine disse...

Aborto não!

O carro é seu, a casa é sua, sua roupa é sua, mas, não,o corpo não é seu quando essa propriedade viola e atinge a vida de outrem.

Anônimo disse...

Anônima das 19: 12 (proponho à Lola, que quer acabar com termos genéricos como "homens", que faça uma manifestação de frente ao prédio do blogger para que criem a nomeação "anônima" nos comentários aos post_ isso pode dar polêmica, Lola, é só juntar as figurinhas de praxe ao lado do texto, um bocado de termos em inglês-sofisticado-e-da-moda, e pronto, a bomba estará lançada!), existem vários tipos de camisinhas, não só as de preços promocionais em queima de estoque de farmácia. E preste atenção à data de validade.

Ah! Pra quê essa raiva toda? Pra mim pouco importa se a moçoila que fez o post pendure o seu feto morto numa moldura na parede, ou peça para o obstetra que, por favor, lhe embrulhe para levar, afim de dar aos cahorros. Isso é com a vida de vocês, intelectualizadas descoladas que sabem como é viver plenamente. Só que, já que a net é pública e flanamos aqui e ali, muitas vezes caem por aqui não apenas a rapaziada (moçaiada, em respeito à diferenciação de gênero da Lola) da bajulação organizada como você et al, mas pessoas assim como eu, que realmente não transo muito, mas só na quantidade suficiente, e acha um tanto enojante esse tom do texto de que tudo que aconteceu com a pobre autora só tem um aspecto instrumental, impessoal, asséptico, que não envolve uma terceira vida (além a da vida dela e do homem que a fecundou), e que é direito plenipotenciário dela ver o aborto como uma mera questão cosmética. Por isso, me pronunciei, com as hipocrisias e as más criações costumeiras.

E achei maravilhoso essa incorreção política de sua parte em sugerir uma possível homossexualidade da minha parte.

O, Lord, give me a mask!

Alessandro disse...

Lola,

Eu concordo com todas as bandeiras feministas, todas as lutas contra a discriminação (raça, gênero, opção sexual), luta contra a violência e tal.

EXCETO o aborto. Sou contra, e não é pq sou religioso, simplesmente acho que o corpo da mulher passa a ser o corpo de dois seres - mãe e filho - em algum momento entre a concepção e as primeiras semanas de vida.

Já li muitos argumentos dos dois lados, e por mais força que fizesse, não consigo mudar a minha opinião em relação a esse tópico.

Ághata disse...

Excelente a charge, viu? Comparando o corpo da mulher a uma casa, carro, navio... Porque, claro, é tudo a mesma coisa.
[Comparar embrião com criança já virou vício deles, então, não comentarei.]

Alessandro disse...

Talvez um meio-termo seria descriminalizar o aborto até 2 ou 3 meses de gravidez, que é quando ocorrem muitos abortos espontâneos.

Isso para resolver um problema da nossa sociedade HOJE.

Liana hc disse...

Entendo a tentativa de se tentar estabelecer quando se começa realmente a vida. Discussão fundamental no caso da liberação do aborto e para se estabelecer até quando seria permitido. É aos três meses, é aos 4, aos dois? Tem quem considere que só é quando nasce, em algumas culturas nem isso, só mesmo depois de meses. E todos tem opiniões bem fortes a respeito. Nem a comunidade científica é unânime.

Bem, eu chamo de bebê por enxergar ali já uma individualidade, questão de opinião, mas já que é para usar termos mais técnicos..

Embrião(que seria apto para ser abortado por ser só um amontoado disforme de células sem maior desenvolvimento, portanto excluído de direitos, tendo a mulher aqui irrestrita ingerência sobre sua existência); feto(após 8ª semana até o final da gestação, ainda apto para o aborto na 1ª fase da gravidez); tem também o recém-nascido(vulgo bebê, alçado à categoria de 'ser humano', 'alguém', dotado de direitos)

Comparar embrião(e não feto! que já começa a diferenciar "mãozinha" e "pezinho") à feijão, milho, pré-humano e parasita, estabelecer relação aborto-alimentação.. sei não. E dizer que não tem problema por causa disso já que é tão bem pouca coisa , então mulher nenhuma jamais se sentiria mal ao sofrer um aborto, provocado ou espontâneo, e sabemos que não é bem assim.

Já que estamos nos atendo à biologia da coisa, parasitismo e dependência à mãe.. Vamos lembrar da amamentação, hoje em dia há como substituir ainda que muito imperfeitamente, mas para a maioria é a única alternativa então mesmo após nascido continua dependendo da mãe ou de ama de leite. Após desmamado, segue dependente por ser incapaz de se cuidar sozinho.

Usar o parasitismo/dependência de um embrião/feto/pré-humano, tentar descaracterizar sua possível imagem humana para justificar o aborto..
Comparação mal afamada: parece coisa de quem não mata o bicho nem consegue vê-lo assando inteiro no espeto porque embrulha o estômago mas não vê nada de mais num nugget.
Lembrando que no 3º mês o feto já possui "mãozinha' e "pezinho", parece um etezinho mas tá lá, sendo que até esse momento já pode o aborto em alguns casos. Isso é tentativa de distanciamento psicológico, fica menos difícil assim ao imaginar que não há nada ali que lembre um humano. Mais uma vez, argumentos questionáveis.

Tem homem aí esquecendo que mulher não engravida do vento.

Lívia Pinheiro disse...

Liana, ao que me parece vc está dando argumentos contra o aborto, e não contra a sua descriminalização. Porque quando o assunto é descriminalização, não dá para ignorar que, além disso que vc está dizendo, quem decide abortar o fará de qualquer forma, com a diferença que a única vida* que acabará não será apenas a do embriãozinho com brotinhos de pezinhos e mãozinhas no caso de os açougues continuarem detendo o monopólio da prática.

*vida é um continuum. Um óvulo é vivo, assim como um espermatozóide. Por isso não faz o mais vago sentido discutir quando começa a vida, porque não há um período em que ela inexiste no curso da reprodução. O que há, sim, é o início da individualidade, que se dá na concepção. Um zigoto é um indivíduo biológico distinto dos progenitores. A questão não é, portanto, onde começa a vida humana, mas quando é razoável protegê-la legalmente.

Na minha opinião, é uma piada de muito mau gosto dizer que uma única célula ou um punhado delas deve merecer o mesmo tipo de zelo por parte do Estado que eu. Até porque isto envolveria uma fiscalização muito, mas muito maior em cima das mulheres, já que todas em período reprodutivo e que mantêm relações sexuais com homens férteis deveriam ser monitoradas e impedidas de fazer qualquer coisa que pudesse levar a um aborto espontâneo, por exemplo (que pode ter n causas mais ou menos contornáveis com uma fiscalização rígida).

Isso é ridículo? Pois é. Mas se fosse MESMO para considerar o primórdio do indivíduo como uma vida humana tão digna de proteção quanto qualquer um de nós, prender uma mulher por andar de montanha russa uma semana depois de ter tido relações sexuais com um parceiro fértil porque isso causou um aborto "espontâneo" seria tão natural quanto prender uma outra que abandonou o filho de cinco anos num lixão: ambos seriam casos de negligência e, talvez, tentativa de homicídio.

Óbvio que isso é um exemplo extremo, mas é isso, ou algo muito próximo disso, que em tese deveria ser aplicado se se considera que a vida humana tem o mesmo valor em qualquer estágio de desenvolvimento.

Eu concordo com esse distanciamento que vc diz. E não tenho uma resposta sobre até quando seria aceitável dizer que este indivíduo em formação não deve gozar da mesma proteção à sua vida que eu e vc. Ninguém sabe, nem nunca saberá com certeza, porque como é um desenvolvimento contínuo, e não em etapas, não existe nenhum ponto sem qualquer ambiguidade ou sujeito a diferentes interpretações em que se pode dizer "ah, aqui começa a surgir um ser humano que merece ter sua vida resguardada".

Mas, como disse acima eu acho uma palhaçada uma única célula, ou um punhado delas, merecer o mesmo cuidado. Como fetos E mães vão continuar morrendo com o aborto criminalizado, que tal decidirmos logo até quando é razoável abortar, já que assim estaremos sendo pró-vida - evitando 50% das mortes que ocorrem enquanto os abortos são clandestinos?

Anônimo disse...

Se a dona do post tivesse sido abortada não estaria aqui hoje pra falar essas abobrinhas.

Sara disse...

parabens Livia disse tudo......

Marcelo disse...

todo argumento contra aborto é valido de alguma forma.
é maudade abortar por aborar.

mas o mundo atual precisa de aborto e temos que passar por cima de muita coisa pra vivermos de acordo com a atualidade.

Anônimo disse...

Mulher nao engravida do vento.

Querem dividir a culpa com os homens mas na hora de decidir sobre aborto, parece que as imaculadas geraram o filho sozinhas, só elas tem o direito de decidir, nessa hora homem vira vento.

Barbara disse...

Se ela tivesse sido abortada, ela não iria fazer falta no mundo. Se pensar assim, a gente vai ter dó dos milhões de óvulos e espermatozóides desperdiçados no curso da vida, pois cada um deles geraria uma pessoa diferente, única. Imagina cada menstruação você chorando porque esse óvulo iria ser a Marina...buáááá....esse outro ia ser o Gabriel....buáááá....tem dó, né.

Aborto, assunto sempre complicado, né? Eu até tenho uma tendência a acreditar na visão kardecista da coisa, em que você tira a oportunidade de um espírito encarna. Hoje eu não faria um aborto, mas se tivesse engravidado mais nova, faria sim, não obstante a minha crença. Mas beleza, aí é um problema seu, não do Estado.

E também podem me apedrejar, mas eu não acho que um embrião de 36 células merece mais proteção que um animal vivo. Sinto muito, não acho que é a mesma coisa. É um punhado de célula fazendo mitose, mas e daí? Até os microorganismos fazem isso. É fundamental a discussão de quando aquelas células se tornam uma vida humana, que merece ser mais protegida que os demais seres vivos do planeta. E é aí que tá a complicação....é um ponto que não é científico, e descamba para o lado religioso, ou seja, fail, porque não tem como discutir isso religiosamente.

Sou acostumada com a ideia de aborto até os três meses de gestação, mas na verdade isso é um tanto aleatório, não tenho informações consistentes do porquê de vários países escolherem esse limite.

Branca disse...

Lola,

O aborto é um tema que me fascina. E me fascina porque não consigo chegar a um consenso interno. Amo crianças, mas ascho inconcebível que uma mulher tenha de sofrer tanto por algo que deveria ser bom. Assim que não sei.

PORÉM há um argumento que você e muitas pessoas pró-aborto usam que considero inaceitável; um argumento que acho que invalida a luta: dizer que o corpo é seu e você faz o que quiser com ele. Isso, pra mim é errado.

Uma semente não é uma árvore, mas pode vir a ser. Um embrião dentro do ventre não é um pessoa pensante - mas será, se tudo seguir seu curso. Tem o potendial de ser um serial killer ou o prêmio Nobel da Paz - é um ser humano em formação. Pensar que o nosso direito a dispor do nosso corpo se estende até a criatura em formação é de um egoísmo moderno absolutamente repugnante. Friamente, bebês são corpos estranhos que se alimentam de nós e que, depois de nascer, nos exaurem até largar o ninho. Então, por que as pessoas não simplesmente largam seu filhos com babás e vão viver a vida (na verdade muitas mães hoje fazem isso mesmo)

Comparar abortos espontâneos com induzidos é uma leviandade. O aborto espontâneo acontece quando o corpo não consegue levar a gestação e/ou quando a criança é biologicamente incompatível - seu próprio organismo a mata. Mas um aborto induzido significa que você interrompeu uma vida perfeitamente plausível. Não falo, claro, de crianças acéfalas ou com doenças fatais em pouco tempo de vida - essas são incompatíveis mesmo - mas de abortos de embriões saudáveis. Você realmente está apagando uma possibilidade. Sendo poética, é um ser único que você não permite que se desenvolva. Quem te deu o direito de fazer isso, se ele tem apenas 50% dos seus genes?

O grande problema que vejo, na verdade, é o dos homens que tiram o corpo fora. Ou tentam convencer a moça a tirar o bebê, ou a deixam quando a criança nasce. Acredito que por isso que o feminismo é tão cru em relação ao aborto, permitindo-o sob o argumento de que a mulher tem o direito de fazer o que quiser com o corpo; mas sinceramente, não é por aí. Não é assim.

Quanto à questão de mortes por abortos clandestinos, é verdade, as cifras são altas. Mas se vocês forem no IBGE e procurarem uma pesquisa de 2008 sobre o aborto (bastante completa, por sinal) feita à pedido do Ministério da Saúde com dados do SUS, verá que são taxas muito menores do que se imagina. Muito mesmo. O aborto clandestino é perigoso e a liberação permite um maior cuidado do Estado sobre seus habitantes, mas isso precisa ser oferecido com muita sobriedade e ser um último recurso - antes, apoio psicológico e com assistência social deveria ser dados a ambos os pais para saber se é realmente isso que se quer.

O post desse moça é realmente tocante. Não é como o daquela que fala que fez e ergue a cabeça. Esta aqui realmente viu a dor que causa. Mas como se vê isso como algo tranquilo, Lola? Ela cometeu um erro estúpido sim. Se ela sabia o que poderia acontecer, foi uma imbecilidade. Um vacilo. Um mega-vacilo. Mas fugir da responsabilidade dessa maneira me parece imperdoável, se foi causada por um vacilo imbecil.

(...)

Barbara disse...

Acho que o Poder Público deveria fazer muita propaganda da pílula do dia seguinte. Porque mesmo sendo a favor da descriminalização do aborto, acho que há um custo emocional imenso pra mulher. Se fosse legalizado, haveria custo para a saúde pública.

A pílula do dia seguinte é barata e eficaz. Eu mesma já usei duas vezes sem efeitos colaterais. Geralmente você sabe que aquela relação sexual específica foi arriscada, acho que dificilmente alguém engravida de surpresa. Estimular o uso da pílula é muito melhor, porque você ser livra do risco sem o sofrimento envolvido no aborto.

Mas a luta é pela descriminalização! Quem sabe na reforma do Código Penal de 1940, que parece que vai sair??

Barbara disse...

Branca, apesar de discordar da sua posição, é um refresco ver alguém discutindo isso com educação e usando argumentos plausíveis e que devem ser analisados, em vez de dizer que quem mata bebezinhos vai para o inferno!

;D

Branca disse...

(...)

As pessoas - HOMENS E MULHERES, letras garrafais - parecem esquecer que o sexo existe para a função primária de reprodução. Se você faz sexo, você se arrisca a engravidar, ponto. Sua estrutura biológica não está contando com os semestres da faculdade ou com sua situação financeira ou com o pai da criança. Ele te dá as armas e conta com seu senso pra que você faça sexo apenas quando tiver as condições ideais pra reprodução. Válido para ambos os sexos.

Não quero ouvir que sou puritana, crente doente ou anti-feminista porque são as últimas coisas que sou, mas é preciso se lembrar do que significa recato. Não, não são saias até os pés e sexo só depois do casamento. Mas é tentar se lembrar que "com grandes poderes vêm grandes responsabilidades". A Revolução Sexual foi uma lufada de ar fresco numa questão tratada apenas a portas fechadas, mas 50 anos depois da euforia, já é hora de amadurecer e pensar que, né, quem sabe o próprio prazer tenha consequências muito mais graves do que se imagina. Talvez dormir com todo mundo não seja adequado com tanta DST por aí. Camisinhas estouram, pílulas falham. Acidentes acontecem.

E você vai e joga o acidente pela janela porque você não esperava. Exceto que não é um pneu furado ou uma doença chata, é um ser vivo que crescerá dali. Não sei não, mas não acho isso muito certo.

A questão do aborto, Lola, vai muito além da esfera do Estado, ou mesmo da questão do feminismo. É uma questão humanista e sociológica na qual se deve refletir sobre o comportamento e valores que desejamos adotar e perpetuar mais adiante. O aborto não acabará com o mundo. A mulher que aborta não é criminosa, eu não acho. Mas da mesma forma é necessário para de trocar farpas pró-vida/pró-escolha, sentar e dizer que tem de ver isso aí, porque isso é um termômetro da sociedade.

Enfim, tudo muito complicado.

Branca disse...

Barbara, a pílula do dia seguinte não é anticoncepcional. É uma bomba hormonal que pode desequilibrar a mulher de maneira às vezes irreversível, se usada com frequência. Ela é um método emergencial e NÃO É considerada método contraceptivo.

Mas as mulheres usam como se fosse, sabe, um nada. Está erradíssimo. Essas pílulas são para quando aconteceu um desastre - estupro, camisinha estourou, etc - e você quer se garatir. NUNCA pra uso contínuo.

Branca disse...

AH, sim, eu sou contra a descrimilização do aborto, mas não estou muito certa se o Estado deveria oferecer apoio total e irrestrito às abortantes para o ato, a não ser que seja acompanhado de um apoio psicológico voltado à conscientização da condição de família e de ser pais, sendo o aborto uma última opção.

E para quem tem dúvidas, isso de permitir o aborto até os 3 meses é porque o feto ainda não tem as conexões neurais compeltamente formadas, ou seja, ainda não tem percepção completa de dor nem prazer. É considerada a época mais humana até quando se pode fazer um aborto. Depois disso, a criança já sente dor e sentimentos primários - como medo.

Barbara disse...

Certo, nunca para uso contínuo. Mas é bem diferente você dizer "tomei pílula do dia seguinte duas vezes" (eu) e "fiz aborto duas vezes" (a moça do guest post anterior. Eu tomei e esqueci, isso nunca foi motivo de culpa, nunca fui criticada por isso.

Eu preferia a bomba hormonal que o aborto, e acho um atraso isso não estar mais esclarecido para a população.

Branca disse...

Barbara, claro, óbvio. Mas ao mesmo tempo há que se deixar claro qde que não é algo a ser tomado como se toma café. Porque conheço muitas meninas que fazem isso (eu perco um pouco de fé na humanidade com essas coisas)

Liana hc disse...

Lívia, eu usei o termo "vida" por ser um termo comum em debates mais informais mas o sentido é esse mesmo o que você falou. E também porque tem aquelas pessoas que tratam, psicologicamente falando, a tal "massa disforme" como algo neutro, nem vivo nem morto, pois facilita o distanciamento.

Sobre o tema do post, eu nem estou falando do meu ponto de vista, porque eu defenderia minhas idéias de outra maneira, mas só apontando aquilo que eu considero pouco confiável nos argumentos que costumo ouvir e alguns deles estão explicitados aqui. Minhas críticas foram pontuais.

A questão que eu vejo, ao pensar sobre o que ativistas do aborto falam, é que certos tipos de argumentos simplesmente não vão passar no crivo da justiça na hora de apreciarem a questão por serem muito superficiais ou efeito mais de sentimentalismo exacerbado do que de uma idéia bem embasada. Qualquer advogado derruba facilmente a maioria do que se escuta. Mas enfim, quem está comentando o faz mais em tom de desabafo do que outra coisa.

Não é o mesmo tipo de zelo, afinal o aborto é proibido atualmente e o governo jamais pensou em fazer este tipo de fiscalização de que você fala. Portanto isso não faz sentido.

Como você mesma disse, ninguém sabe nem nunca terá certeza mas a legislação precisa determinar. O texto da lei não pode ser vago então isso obrigatoriamente deve ser discutido lá pelos engravatados.

Anônimo disse...

Concordo que o corpo da mulher é propriedade dela, já o da criança não é.

Liana hc disse...

Sobre a questão da assistência às mulheres que abortam, isso precisa ser tratado da forma mais ampla possível. Em momento algum disse que deveriam ficar ao deus dará. Acho mesmo absurdo o que 'profissionais' às vezes falam para as mulheres que buscam atendimento. O respeito deve esar acima de tudo.

Anônimo, eu também acho que homens tem seus direitos aqui mas de forma muito limitada. Quem passa pela gravidez é a mulher, evento que não é meramente biológico mas que exige do organismo e do psiquismo feminino coisas que homem nenhum jamais sequer chegará perto de sentir. É delicado. Homens ganham mais nesta questão apoiando mulheres do que tentando impor qualquer coisa por que eu vou te falar uma coisa, estamos chegando a um ponto no qual todo o controle sobre o corpo feminino voltará para quem de direito: nós mulheres. Sexualidade feminina, gravidez e aborto, por mais que te desegradem, não será mais assunto passível de censura masculina. Decidam qual caminho vocês homens vão tomar porque nós mulheres já estamos irremediavelmente delineando o nosso. É melhor que todos possamos caminhar juntos, afinal.

Defendo que a vida tem um valor intrínseco dispensando portanto qualquer determinação de tempo para ser tutelado ou não pela lei, para ser considerado ou não viável. Como disseram, considero isto uma questão, não feminista, religiosa ou da lei, é humanista. Respeito para todos, inclusive aquela vida que está num momento de extrema singularidade e importância, é sui generis. É vida no seu marco zero. A base de tudo o que viremos a ser, se formou justamente ali, neste período que insistem em tratar como algo próximo a nada, merecedor de aborto. Comparado a semente que se joga fora, se come, se invisibiliza. Não entendo isso. A grandeza, a importância, a complexidade, a prevalência de forças inimagináveis que precisaram concorrer para que a vida tivesse início me são conceitos caros demais para sequer imaginar a possibilidade de se interromper tudo isso. Essa é minha opinião. Mas porque vivemos em sociedade sei que o tema deve ser discutido. Lamento que outras mulheres não possam enxergar a vida da mesma maneira.

Cherry disse...

como diz a poeta: o corpo é o único bem verdadeiro do homem.

Daní Montper disse...

Sabe, um dos motivos de ter me assumido feminista foi para brigar pelo direito da mulher em escolher quando quer ser mãe.
Claro que a melhor opção é a prevenção, mas não é por ter falhado ou vacilado que ela tem que virar mãe se não quiser, se não está preparada, principalmente se for como punição como muitos pregam ("deu mole, agora que cuide do bebê").

Sou à favor do aborto desde sempre, apesar de em minha família a maioria ser contra, em especial minha mãe que é católica - inclusive meu padrinho de batismo é um padre - mas eu sou agnóstica, para decepção deles.

Nunca entendi criminalizarem uma mulher por ela não querer ser mãe, ao crescer entendi mais que era para nos controlar, nos ditar, e por acharem que um embrião valia mais que uma mulher,quando então tive pessoas próximas de mim necessitando de um aborto, correndo o risco de serem presas por isso, ou correndo risco de vida por não estarem prontas para ter um filho, tomei nojo de quem acha que mulher que aborta deve ser presa ou que acha que feto por ser uma vida em potencial tem mais importância que a vida de uma mulher.

Ainda que ache ser uma escolha difícil, deve ser uma escolha da mulher.

Anônimo disse...

Alguém lê essa merda toda?

Anônimo disse...

não Montper
deve ser uma escolha da mulher E do parceiro
e te garanto que a maioria dos homens são contra o aborto

Anônimo disse...

Adoro quando o Flasht comenta só pra na sequência ver a mulherada passando com o trator da racionalidade por cima dele, rs

Menina disse...

A diferença entre um recém-nascido e um feto é que se a mãe morrer o primeiro sobrevive e o segundo não.
Ele precisa de alguém para alimentar e cuidar por ser incapaz? Sim é, mas QUALQUER PESSOAS CAPAZ pode fazer isso e não somente AQUELA MULHER.
Mães que sofrem abortos espontâneos muitas vezes ficam tristes por que QUERIA TER AQUELE FILHO. As que não queriam não sentem NADA, ou sentem ALÍVIO.
Aos 17 anos, eu fui estuprada, e sabe, estuprador não usa camisinha, e advinha? Fiquei grávida!
Tem gente que vai dizer: "ah, mas de estupro pode ser feito aborto..." Por que? O filho do estuprador não é um bebêzinho também? Com mãozinha, pézinho? A mãe também tem a opção de DAR ELE depois que ele nascer.
Pois é. Eu sou contra o aborto, apesar de ser a favor da legalização. Eu não ia fazer um aborto, eu ia ter aquela criança, que eu odiava, que eu desejava nunca ter, que me deixava passando mal e que me fazia lembrar do pior momento da minha vida.
Todos os dias, ao dormir, eu rezava: rezava para que a criança fosse roubada na maternidade, para que eu sofresse um acidente e perdesse aquela criança, qualquer coisa, para que eu NUNCA TIVESSE QUE ENCARAR O FILHO DE UM MONSTRO.
E se mesmo que eu desse aquela criança ela carregasse a maldade do pai e se tornasse um estuprador?
Eu pensava nisso todos os dias.
Li sobre como poderia dar a criança, e gente, pelo amor, que processo complicado, ainda mais por eu ter 17 anos, eu não era dona nem de mim mesma, quanto mais da criança que ia nascer.
Acho que Deus ouviu minhas preces e com um pouco mais de 3 meses de gravidez eu passei muito mal e fui para o hospital e decobri que estava em processo abortivo. Tentaram salvar a gravidez, mas não conseguiram. Doeu muito a curetagem que fizeram depois, um tipo de limpeza.
O que levou ao aborto? Uma má formação no meu Útero. Eu descobri que se ficar grávida denovo, terei que passar 9 meses em repouso total, mas SE eu decidir ter um filho, passarei por isso com certeza. Por enquanto, só penso em adotá-los. Por que já tem criança demais ai no mundo precisando de carinho pra eu por mais uma.
Eu fiquei aliviada, fiquei FELIZ, quando o aborto aconteceu. Eu sempre sonhei em ser mãe, desde pequena. Mas eu não queria AQUELE FILHO.
Mas aborto é aborto, seja o filho de um marido amável, de um namorado cafageste ou de um estuprador.

Menina.

Anônimo disse...

Concordo mais ou menos com a Branca. Prevenir é a primeira coisa que a mulher, a primeira interessada, deve fazer. Não é puritanismo, é que se a mulher transar sem proteção há chances que ela fique 9 meses com um filho na barriga. Não é o homem. Então acho que a mulher é a primeira interessada e precisa se prevenir. Liberdade sexual é uma coisa, mas eu acho que dar mancada feito a moça que fez o guest post (Poxa, era tão informada e fez sexo sem camisinha?) e/ou sair dormindo com todo mundo e depois falar orgulhosamente que fez um aborto para cobrir sua própria inabilidade de se cuidar é bobagem, acho. Não acho que a mulher tenha que ser "punida" com 9 meses de gravidez, mas acho que é muito fácil não se prevenir, ficar grávida, fazer um aborto e sair contando a torto e a esquerdo que fez um aborto e não tem vergonha disso. Não seria melhor você ter se prevenido para não precisar fazer o aborto?

Ao mesmo tempo, eu acho que um punhado de células é um punhado de células. Pode vir a virar uma vida, mas ainda não é. Se morrer, não vai sofrer e você, bem, não terá existido, então o aiaiai uiuiui dos carinhas que ficam desejando que uma mulher que abortou tivesse sido abortada (Porque combater algo que odiamos com justo esse algo que odiamos faz sentido!) nem existiria, porque vocês nem saberiam que ela existiria. É tão claro. Aposto que também um monte de futuros machistas foram abortados e um monte de futuras feministas não foram, por que vocês não choram que eles foram ao mesmo tempo que desejam que as feministas tivessem sido? Poupem-me.

Enfim, de qualquer jeito, vida é vida, mas eu acho que se, por exemplo, eu, no momento que estou, ficasse grávida (Mesmo com anticoncepcionais, perceba), eu não teria condição de criar o filho, minha família não teria condições, eu teria que largar a faculdade para trabalhar, iria ter meu futuro destruído e, com ele, o do meu filho também. Então, eu prefiro apostar num futuro com alguma certeza do que em um que é uma folha em branco tendendo pra falha. Apenas isso.

Fabiola disse...

Acho que um vídeo interessante cabe aqui:
http://youtu.be/FSxapzPeRN0

Anônimo disse...

flavio brito, mesmo que o sus não atenda, essa moça vai poder ir ao açougue barato SEM MEDO DE SER PRESA. a relação dela com o açougue barato pode ser, inclusive, regida pelo direito do consumidor. a ANS vai ser obrigada a fiscalizar o açougue barato e ver se ali trabalha um médico, com condições de higiene mínimas. pode ter certeza q muito obstetra q atende gente pobre decentemente hoje em dia, mas não realiza esse procedimento (pq é ilegal), vai passar a faze-lo

vamos criminalizar uma prática pq o sus não dá conta de atender???? vamos criminalizar então qualquer tratamento médico

quem tem dinheiro, não precisa nem ser MADAME, pega um avião e vai fazer fora do brasil. simples assim. enquanto isso as pessoas pobres não contam nem com sus, nem com plano de saúde, pagam pela cirurgia, e ainda correm o risco de serem presas.

S. disse...

Acho que quem não quer fazer aborto, tem a liberdade de não fazê-lo. Cada um entende o que é melhor pra si, pra sua vida e pro seu corpo.

Eu não sei se eu faria um aborto, mas tenho pra mim que quem precisa/escolhe fazer um, que tem valores diferentes dos meus, deve ter a chance de escolher por si própria.

Fora que uma das maiores questões é essa história de tapar o Sol com a peneira, fazer de conta que ninguém faz aborto se for proibido. Sinceramente duvido que o número de abortos vá crescer se o procedimento for legalizado - o tabu vai continuar de qualquer forma. Se for pra fazer aborto, que pelo menos se faça de forma segura, com informação e com uma rede de apoio.

Ninguém faz aborto como se fosse uma coisa feliz e corriqueira.

Anônimo disse...

TB SOU A FAVOR DO ABORTO
ENJEITADAS VIRAM ODIADORAS PROFISSIONAIS DO CQC

Anônimo disse...

troll, deixa de ser patético. vir aqui só pra ofender a lola? get a life. cresce, criança.

Anônimo disse...

'Ao mesmo tempo, eu acho que um punhado de células é um punhado de células. Pode vir a virar uma vida, mas ainda não é. Se morrer, não vai sofrer'

Isso não tem base científica nenhuma, tem um monte desses 'punhado de células' que consegue sobreviver sim quando sai da barriga da 'mâe' antes do tempo.
E pra sentir dor basta ter um sistema nervoso central.

Paola Lins disse...

Lola, achei o post super pertinente até a piadinha sobre a absolvição das mulheres católicas que fizeram aborto. Poxa, vc publica um post comovente contando a história íntima de sofrimento de uma mulher que teve que lidar com a enxurada de sentimentos pesados advindos de um aborto e depois brinca com os sentimentos de mulheres religiosas, encorajando-as a entrar na "barganha pela fé" proposta pela Arquidiocese de Madrid (e endossada pelo Vaticano)? Olha, o que tá rolando lá nessas Jornadas Mundiais da Juventude é uma violência: o tormento experimentado por várias mulheres católicas excluídas da sua comunidade religiosa após terem feito um aborto vira moeda de troca nas mãos dos "homens da igreja". Nós, mulheres, feministas, atéias, podemos não simpatizar com a fé das mulheres religiosas, mas devemos tentar fazer um pequeno esforço pra nos solidarizar com a sua dor, já que elas são tão vítimas do machismo quanto nós. "Elas escolheram isso por serem católicas". Será? Eu tenho minhas dúvidas. Existem muitas formas de viver uma religiosidade, mas imagino que o sentimento de contato com o transcendente faz muitas mulheres se sentirem parte de algo divino, ainda que discordem de algumas características da "religião instituída". De todo modo, penso que as mulheres católicas que fizeram aborto merecem respeito também.

Anônimo disse...

Anônimo de 20 de agosto de 2011 06:36

Pegue isso:

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Fetus_3_months.jpg

Tire do corpo da mãe e vamos ver quem sobrevive e quem vai sentir dor.

Além do mais, se não entendeu, eu estava falando dos chatos que ficam "ai eu queria que essas feministas tivessem sido abortadas o feitiço vira contra o feiticeiro". Porque não tem COMO você imaginar você falando isso por uma simples questão de tempo, linhas do tempo e física quântica em geral. Se uma pessoa não existe na sua realidade, você não vai saber dela porque ela não existe. Além do mais, é anacrônico falar que pessoas deviam ser abortadas pelo que elas são no presente, já que ninguém sabe o que elas vão se tornar no futuro. Por exemplo, o fanático pelo CQC que diz isso. Assim eu também sou a favor do aborto para parar essa onda de crianças chatas.

Aí vem o "ai mimimi e sua mãe tivesse te abortado por isso eu gosto que a minha mãe não tenha escolha para fazer o que ela quiser com o corpo dela aka pro-life". Ora, se eu tivesse sido abortada, eu teria. Não sentiria raiva porque eu simplesmente não existiria. Não acharia nada porque eu não existiria. Então apelar pro sentimental é inútil.

Anônimo disse...

Fatos laicos sobre o aborto:
1) diminui exponencialmente a criminalidade 16 anos após a legalização. Crianças indesejadas e possíveis marginais não nascem.
2) Foi e é o método de controle da natalidade usado por comunistas, e incentivado por todos que adotam esta postura. Isso porque a sociedade comunista considera o indivíduo um número, não um ser humano propriamente dito.
3) o argumento de que : é crime, mas continua existindo, é o mesmo que dizer: roubar é crime, piratear é crime, mas como existe, vamos legalizar o crime.
Sou a favor da legalização apenas pelo argumento numero 1.

Anônimo disse...

'Aí vem o "ai mimimi e sua mãe tivesse te abortado '

Tô aprendendo muito com esse blog.Por ex, quando uma feminista não sabe argumentar ela vem com essa história de mimimi

Barbara disse...

Anônimo, vc tem razão quanto ao decrescimento da criminalidade a longo prazo, se não me engano é no livro Freaknomics que o autor faz esse estudo...inclusive comentando que é o tipo de coisa que ninguém quer falar, porque seria esquisito o Estado permitir o aborto como medida de contenção da criminalidade.

O argumento de que é crime, mas vai continuar existindo é válido sim. O crime aborto nada tem a ver com o crime roubo ou o crime homicídio. No roubo o bem jurídico protegido é a propriedade ALHEIA, no homicídio o bem protegido é a vida ALHEIA, enquanto que no aborto o bem jurídico protegido é a vida do embrião, com potencial para se tornar sujeito de direito. Sei que esse argumento não é infalível - tem sim que ser discutido até que ponto a mulher pode decidir por outra vida que está dentro dela e dela depende. Mas isso não tem nada, nada a ver com roubo, homicídio, nem outros tipos de crime. Tanto que até hoje ninguém sugeriu descriminalizar o tráfico de drogas, já que tanta gente usa, mesmo.

Anônimo disse...

1)legalizar o aborto pra diminuir os crimes, crime feito por quem nem nasceu ainda.Perfeito, só falta chamar os precogs agora

2)'Ora, se eu tivesse sido abortada, eu teria. Não sentiria raiva porque eu simplesmente não existiria. Não acharia nada porque eu não existiria.'

Precisa falar o óbvio? Você não sentiria nada (supondo que não existe alma nem nada depois da morte, o que não tem provas nem pra um lado nem pra outro)... você não sentiria nada DEPOIS de ser morta, antes se tivesse uma consciência, um cérebro e um sistema nervoso que transmitisse as mensagens de dor pra esse cérebro, sentiria sim
Vocês inventam do nada que antes de sair da barriga o feto é uma coisa inerte, sem consciência sem sensações, e depois que sai...BUM tudo isso aparece magicamente de uma vez
Já foi provado que o feto até sonha.Sonha com a voz da mãe, coitado, que vai meter a faca nele.

Liana hc disse...

"Abortar diminui a ocorrência de crimes." É isso aí, vamos instaurar uma política de profilaxia social. Vejamos:

Isso também vale para ricos que cometem os mais diversos crimes e nada lhes acontece? Porque como bem disseram, as mulheres ricas quando querem abortar tem acesso mais fácil a isso em comparação com uma mulher pobre e até onde eu sei políticos corruptos e banqueiros causam mais males a população que um 'trombadinha' ou um maníaco isolado, ou coisa que o valha. Lembrei da famigerada frase do Sérgio Cabral ao dizer que barriga de mulher pobre é fábrica de bandido. Jura? É.. pobre só serve para burro de carga, prostituta, e empregada doméstica. Vamos deixá-los se reproduzirem só na medida para se repor pessoas nessas funções porque se a natalidade das classes pobres ultrapassar a capacidade de absorção do mercado para as funções mais baixas, este excedente descamba para criminalidade então pelo bem da sociedade vamos nos unir e impedir isso. Não.. o problema não é de justiça social e ética, isto seria só um detalhe. Útero de mulher pobre é bichado mesmo, má distribuição de renda só traz à tona o que já tem de pior nessa gentinha. Isso é 'óbvio' não teria qualquer impacto nas classe abastadas.

Mas ahn, peraí, nunca saberemos afinal por uma questão de tempo e física quântica jamais teremos certeza se está funcionando. Façamos um experimento, vamos sugerir às mulheres ricas que ao menor sinal de problemas(já que a questão aqui é abortar filhos indesejados em qualquer nível) que abortem e vamos ver quanto tempo vai demorar para finalmente vermos diminuir, ou até parar, a roubalheira tanto na política quanto no setor privado que monopoliza a economia, porque francamente não tem pobre nenhum ali roubando bilhões. Ahn.. acho que não né.

Absurdo jogar nas costas de pobre os males do mundo quando o problema é uma falta geral de humanidade e ética que não se restringe a uma questão de classe. Muito simplista este tipo de pensamento e mais uma vez desculpas esfarrapadas para se "justificar" o aborto. Essa gente pega um tema qualquer, de preferência polêmico, e o usa para despejar suas teorias recalcadas que emergem da sua incapacidade de lidar com o mundo em que vivem. Nada de novo aqui.

Hamanndah disse...

Aborto é crime, sim, mas quero agora dar toda minha solidariedade à moça que escreveu sobre isso, o que ela fez e se arrependeu

O amor lava a multidão de pecados e por isso desejo que você e sua filha sejam agora muito felizes

Mulheres feministas: vamos ser todas contra o aborto, pois quando nós o apoiamos, damos a Flasht e a outros machistas idiotas como ele motivos para nos acusarem

Pelo feminismo e igualdade de direitos e CONTRA A O ABORTO!

IGUALDADE DE DIREITOS E RESPEITO AO HOMEM E A MULHER E AO EMBRIÃO EM FORMAÇÃO

Caradepau disse...

hoje ha diversos métodos anticoncepcionais,porque o aborto é necessário? ha também o "anticoncepcional masculino" que ainda não foi aprovado para a venda,reportado no programa roda viva da tv cultura.as feministas brasileiras teriam interesse na venda dessas pilulas masculinas?.Lola.fale a respeito em um post.isso pode ajudar a combater a pratica do aborto.embora você seja a favor dele,concorda que hoje essa pratica mata não só bebes mas também mulheres.

Barbara disse...

Gente, perdi alguma coisa? Quando foi que alguém sugeriu o aborto como meio de controle da criminalidade? Tô confusa.

Para quem quer saber um pouco mais sobre o estudo, leia o capítulo correspondente em Freakonomics. Tem pra baixar na internet. Na própria Wikipédia o assunto é citado:

"A teoria sobre o aborto, por tratar de um tema tão delicado, é constantemente alvo de críticas. (...)Levitt faz questão de deixar claro que não faz nenhum tipo de julgamento de valor a respeito da questão. Seu trabalho é desenvolvido do ponto de vista de um pesquisador que apenas tenta explicar os fenômenos que observa."

Sintonia, é de conhecimento geral que não há métodos anticoncepcionais com 100% de eficácia. Não sei se você é homem ou mulher. Se for mulher e já tiver tomado pílula, sabe que delícia é passar anos engolindo aquele troço que maximiza qualquer enjoozinho, te fazendo vomitar e tirando a garantia de eficácia do método.

Tomo pílula há alguns anos e não sei mais quanto tempo aguentarei. Além da própria pílula causar náusea, tenho enxaquecas que me fazem vomitar. Praticamente todo mês tenho que olhar a tabelinha do esquecimento da pílula, que fala que dia é mais perigoso.

Quanto ao anticoncepcional masculino, li que uma pesquisa indicou que os homens são receptivos à ideia. Sinceramente? Duvido muito que homens vão adotar um método que envolve tomar uma pílula diariamente. O futuro dirá.

Anônimo disse...

Engulam essa, feministas: A massa de células inerte, que enquanto ta na barriga não pensa, não escuta, não sente dor, já 'nasce' reconhecendo a voz da 'mãe':
http://abcnews.go.com/Technology/story?id=97635&page=1

Unknown disse...

A Liana falou tudo

Liana hc disse...

O.o Meu Deus Flash t, quase morri do coração agora!

S. disse...

Comparar aborto com assalto não faz sentido nenhum. São crimes diferentes, considerados como sendo um malefício a sociedade por razões completamente diferentes.

Destacar que as pessoas vão continuar fazendo abortos de qualquer forma é apenas um dos argumentos usado a favor da depenalização do aborto. Se é pra fazer, que se faça de forma segura, que se use a oportuidade pra se conversar com essas pessoas, dar apoio, informação, e também pra coletar informação e entender o quê leva as pessoas a recorrerem a esse extremo.

Caradepau disse...

*Barbara,obrigado por sua atenção.realmente não existe anticoncepcional 100%,mas analisando estatísticas podemos reduzir a gestação indesejada,apesar de ter efeitos colaterais na mulher,são melhores que abortar fetos.Com a venda de "pilulas masculinas"poderia haver uma redução ainda mais significativa,e pelo que li,não tem tantos efeitos colaterais,como acontece com a mulher.
"Sinceramente? Duvido muito que homens vão adotar um método que envolve tomar uma pílula diariamente" Esta sendo preconceituosa e generalizando.cuidado com isso.

Sara disse...

E desde quando machistas precisam de motivo para acusarem as mulheres, se formos tentar viver como eles querem de que valeu tudo o que lutamos até agora !!!!!!!!!!1

Liana hc disse...

Para sanar dúvidas:

Barbara - "Gente, perdi alguma coisa? Quando foi que alguém sugeriu o aborto como meio de controle da criminalidade? Tô confusa."

Anônimo de 11:33 - "Fatos laicos sobre o aborto:
1) diminui exponencialmente a criminalidade 16 anos após a legalização. Crianças indesejadas e possíveis marginais não nascem." "Sou a favor da legalização apenas pelo argumento numero 1."

Barbara - "Anônimo, vc tem razão quanto ao decrescimento da criminalidade a longo prazo, se não me engano é no livro Freaknomics que o autor faz esse estudo...inclusive comentando que é o tipo de coisa que ninguém quer falar, porque seria esquisito o Estado permitir o aborto como medida de contenção da criminalidade."

Eu vou adivinhar a resposta - "Mas não fui eu quem falou, foi o Steven Levitt." - ou quem sabe - "Números não mentem." - Tudo isso é claro, feito sob criteriosa observação social e sem qualquer julgamento de valor.

Medo dessas teorias. Porque tem gente que acredita. Ou só cita inocentemente.

Em algumas culturas um bebê do sexo feminino não é bem aceito. China por ex., abortam tanto que em alguns lugares têm de 'importar' mulheres, tudo promovido pelo governo. Se fôssemos levar isso em consideração, as mulheres chinesas seriam uma das piores corjas do mundo. Criminosas inveteradas dada a extrema rejeição que sofrem. E não são. Até última notícia, aquele país estava crescendo e surpreendendo.

É ridículo e pernicioso citar este 'estudo' para defender o aborto e dizer depois que o decréssimo da criminalidade vem de brinde.

Barbara disse...

Sintonia: sim, eu sei que estou expressando uma mera impressão pessoal. Por isso disse que o futuro dirá. Posso muito bem estar errada.

Liana, eu não disse que o fato de o aborto ter relação com o decréscimo da criminalidade deve ser usado como motivo para a legalização. Na verdade, nem o próprio autor do estudo sugere isso. Ninguém em sã consciência o faria, mesmo que acredite na eficácia - e não é o meu caso. Por isso sugeri que quem tiver interesse leia o capítulo correspondente. Um estudo mostra relação entre aborto e criminalidade. Quis apenas citar que existe um estudo relacionando esses fatores, e não sugerir o aborto como controle de criminalidade, ok? Fosse assim, eu seria a favor de pena de morte e esterilização em massa, e pode acreditar que não sou.

Creio que esse estudo não é de conhecimento de todos e por isso comentei, porque achei que tinha algo a acrescentar. Não é fingindo que o estudo não existe que a relação vai deixar de existir.

Barbara disse...

Porque não tenho grandes esperanças com a pílula masculina? Porque um método desse tipo exige compromisso e acompanhamento constante. Eu vou ao ginecologista todo ano, renovo a receita, faço exame preventivo. Todas as minhas colegas também fazem. Mulher vai ao ginecologista pra consulta de rotina. Me fala um homem que vai ao urologista certinho, sem reclamar, sem fazer mil piadas sobre o exame?? Eu, até hoje, só conheço um. Por isso acho que os homens, de modo geral, não vão ter compromisso pra usar um método desse tipo. Duvido muito que terá a adesão em massa da camisinha. Mas como eu já disse, posso estar errada, veremos!

Barbara disse...

Liana, acho que você foi condescendente comigo, tentando adivinhar o que eu iria responder, inferindo que eu estou repetindo o estudo porque acredito ou porque sou inocente...não gosto disso. Quem trata os outros com condescendência é porque está se colocando em posição superior. Posso ter me expressado mal, mas você não entendeu o que eu quis dizer quando citei o estudo.

Desculpa aí pelo flood.
;D

Anônimo disse...

Só uma correção a alguns comentários - ninguém é a favor DO aborto. Ninguém fala: "isso aí, pessoal! Façam muitos abortos! Cada vez mais, já estamos chegando a 100 mil abortos esse ano".
Somos, sim, a favor da LEGALIZAÇÃO do aborto, para que a escolha e a saúde da mulher possam ser preservados em um Estado que deveria ser laico.

Liana hc disse...

O 'estudo' foi muito questionado por especialistas de diversas áreas, inclusive de segurança ao observarem os mesmos dados que ele utilizou então a tal 'relação' entre aborto e redução da criminalidade é altamente questionável.

Você não foi a única que falou, o assunto foi dito em tom generalista, minha resposta também.

Anônimo disse...

Sério que tem um neandertal aí em cima falando que mulher faz aborto pelo "gosto do proibido"?
Claro, porque fazer aborto é uma delícia, né..
Toda mulher, quando pequena, sonha em como será seu primeiro aborto... já fica imaginando qual será a clínica, se ela terá complicações - porque aí fica ainda mais emocionante, né? Ela pode até morrer no processo, olha só que legal.

Caradepau disse...

"Porque não tenho grandes esperanças com a pílula masculina? Porque um método desse tipo exige compromisso e acompanhamento constante"
esta dizendo que não temos capacidade e responsabilidade para seguir o tratamento,so faltava falar isso mesmo,não bastou generalizar e ter preconceito contra o sexo masculino.

Anônimo disse...

Disse tudo pois o pior é falar que foi um estupload e deveria ter tirado só eu sei como isso me feriu e ainda fere apesar de ter superado bastante isso destrói a criança ou adolescente