sábado, 6 de agosto de 2011

CARTA DA ALINE PRO NYT

Uma leitora me mandou por email uma carta fantástica que enviou pro NYT pra contestar a reportagem sobre Rafinha Bastos, que faltou ao seu depoimento no Ministério Público. Vou reproduzi-la aqui, sem mudar uma vírgula, porque eu certamente não poderia ter feito melhor. Pra quem não domina o inglês, a Libu deixou uma tradução nos comentários (obrigada!).

Dear Sir/Madam,

My name is Aline Ramos and I am a Brazilian citizen working on a PhD in philosophy in Canada.

Yesterday, when I read the article "A Brazilian's Comic Mania: Social Media" on your website, I was
quite shocked to see an outrageous representation of Mr. Rafinha Bastos, the Brazilian "comedian" being portrayed.
I understand that Mr. Bastos is supposed to be some sort of internet celebrity, and that Mr. Larry Rohter (who wrote the article) is supposed to be some kind of specialist in Brazilian affairs. Now, because of the alleged expertise of the latter, I certainly expected A LOT more research on his part - and more frankness, I guess. The article briefly mentions that Mr. Bastos was questioned by a prosecutor because of an offensive joke involving rape victims ("More seriously, prosecutors here recently questioned Mr. Bastos about an admittedly offensive joke of his about rape victims.") It seemed quite disingenuous of Mr. Rohter to leave out the details of this case, so let me clarify it for you: Mr. Bastos, in a recent interview for the Brazilian edition of The Rolling Stone Magazine, said that "a man who rapes an ugly woman does not deserve to go to jail, rather, he should be given a hug!"
Note, how
ever, that, in Brazil, like in most countries, we have laws which condemn rape and sexual violence, and Brazilian women - just like American women, alas! - do believe that such laws exist for a reason, and rape victims should be protected. Hence, we, Brazilian women, do not find these jokes amusing at all. And this is just one among the many offensive jokes Mr. Bastos makes both during his shows and online (e.g. on twitter). To be clear: Mr. Bastos is currently being prosecuted for inciting violence against women! And Mr. Rohter wrote a 3-page article explaining why Mr. Bastos has become a celebrity and why he is some sort of genius. If that is not guile (coming from an alleged expert in Brazilian issues), then I don't know what is!
I should also add that today, following the publication of the article, Mr. Bastos failed to show up for a hearing with the D.A. concerning the above-mentioned lawsuit. When a news website asked him about his absence, he just responded that people should not be concerned with his public hearing, but rather with the article published in the NYT. I'm sure all the publicity he has been receiving may even help him get away with the offensive comments. It is really amazing what influential international media can do to help criminals. I applaud Mr. Rohter for that!
It is quite pitiful to see a newspaper of the caliber of the NYT publish an article lauding and aggrandazing a person who is known for having such despicable morals, and who is not, I assure you, nowhere near the national hero Mr. Rohter wants us to believe he is.
Honestly, I don't claim to know exactly how things work in the media world, but in academia I see a lot of people struggle to fight against discrimination, verbal offenses and hate speech, so it pains me to see a man wh
o bluntly ignores not only social etiquette but also the law (no wonder he is being prosecuted) being extolled by one of the biggest and most respected newspapers in the world.
As an academic, I expect a lot more from the NYT (and Mr. Rohter) in the future, especially in terms of research and artlessness, and, as a woman, I sincerely expect the New York Times to apologize (to all women).
Yours sincerely, Aline.

35 comentários:

Anônimo disse...

a justiça já está cuidando do caso.não tá na hora de sossegar essa vingança rancorosa?já tá feio

Anônimo disse...

Bom, não está perfeita, mas acho que pode ajudar:

__________________________________________________
Caro Sr/ Sra,

Meu nome é Aline Ramos, sou uma cidadã brasileira e estou realizando um Phd em filosofia no Canadá.
Ontem, quando li o artigo "A Brazilian's Comic Mania: Social Media" no seu site, fiquei bastante chocada ao ver uma descrição revoltante do Sr. Rafinha Bastos, o "comediante" brasileiro que estava sendo retratado no artigo.

Entendo que o Sr. Bastos seria uma celebridade da internet, e que o Sr. Larry Rohter (autor do artigo) seria uma espécie de especialista em assuntos referentes ao Brasil. Pois bem, considerando que esta é a especialidade do autor, eu esperaria uma investigação MUITO melhor da parte dele. O artigo menciona brevemente que o Sr. Bastos foi questionado por um promotor devido a uma piada ofensiva que envolvia vítimas de estupro ("Mais seriamente, promotores aqui recentemente questionaram o Sr. Bastos sobre uma piada reconhecidamente ofensiva que ele fez sobre vítimas de estupro"). Pareceu bastante leviano da parte do Sr. Rother deixar de fora os detalhes do caso, então gostaria de esclarecer o ocorrido: o Sr. Bastos, em recente entrevista que concedeu à revista The Rolling Stone, declarou que "um homem que estupra uma mulher feia não merece cadeia, e sim um abraço".

Note, entretanto, que, no Brasil, como na maioria dos países, temos leis que condenam o estupro e a violência sexual, e que as mulheres brasileiras - assim como as mulheres americanas - acreditam que estas leis existem por uma razão, e que vítimas de estupro devem ser protegidas. Assim, nós, mulheres brasileiras, não achamos nenhuma graça neste tipo de piada. E esta é apenas uma das diversas piadas ofensivas que o Sr. Bastos faz tanto em seus shows, quanto no twitter. Sendo clara: o Sr. Bastos está sendo processado por incitar a violência contra a mulher! E o Sr. Rohter escreve um artigo de 3 páginas explicando porque o Sr. Bastos se tornou uma celebridade e porque ele pode ser considerado uma espécie de gênio. Se isso não é malícia (vindo de alguém que se auto-intitula um especialista em assuntos relativos ao Brasil), então eu não sei o que é!

Eu devo também acrescentar que no dia de hoje, após a publicação do artigo, o Sr. Bastos não compareceu à audiência no Ministério Público em que prestaria depoimento no processo judicial a que me referi. Quando um site de notícias o questionou sobre seu não-comparecimento, ele apenas respondeu que as pessoas não deveriam estar tão interessadas na sua audiência pública, mas sim no artigo publicado no NYT. Estou certa de que toda a publicidade que ele tem recebido talvez até o ajude a sair impune das acusações feitas a seus comentários ofensivos. É realmente incrível a influência que a mídia internacional pode ter no auxílio a criminosos. Meus aplausos para o Sr. Rohter por isso!

É realmente deprimente ver jornais do calibre do NYT publicarem um artigo louvando e engrandecendo uma pessoa que é conhecida por ter uma moral tão desprezível, e que não é, eu garanto, nem de longe o herói nacional que o Sr. Rohter quer que acreditemos que ele é.

Sinceramente, não sei exatamente como as coisas funcionam no mundo da mídia, mas no mundo acadêmico eu vejo muitas pessoas lutando contra a discriminação, ofensa verbal e crimes de ódio, de modo que me martiriza ver um homem que claramente ignora não apenas a etiqueta social, mas também a lei (não é à toa que está sendo processado) sendo celebrado por um dos maiores e mais respeitados jornais do mundo.

Como acadêmica, espero muito mais do NYT (e do Sr. Rohter) no futuro, especialmente em termos de pesquisa e cuidado com o que publica e, como mulher, sinceramente, espero um pedido de desculpas do NYT (para todas as mulheres).

Atenciosamente,

Aline

Babi disse...

Falou e disse, Aline!!!

Matheus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Matheus disse...

Achei a carta de Aline excelente. Fiquei inspirado e escreverei uma carta para o New York Times também.

É realmente lamentável que uma pessoa que ignora (ou finge ignorar) seu papel como formadora de opinião (de uma parcela da sociedade, é claro) faça apologia, disfarçada de "humor", ao estupro e ao desrespeito à dignidade humana.

Estou aguardando para ver qual será a posição do Ministério Público em relação ao não-comparecimento deste senhor para prestar depoimento.

Além de dar a entender que o Brasil e que o próprio Rafinha Bastos e seus companheiros não têm originalidade e apenas copiaram comediantes estadunidenses, a reportagem do New York Times diz que, por sermos uma sociedade caótica, tendemos a apreciar o absurdo.

Eu me pergunto... É impressão minha ou o próprio escritor da matéria tirou um sarro conosco? Os que têm uma visão generalizada de que o Brasil só produz porcaria deveriam ler o artigo.

Ana O. disse...

Bravo, bravissimo, Aline!!! Parabéns Lola, por este espaço onde as mulheres possam se manifestar. Ah, se eu falasse inglês bem, também faria uma carta p/ o NYT! Deve ser denunciadas as piadas de mal gosto sobre estupro e amamentação. Amamentei meu filho durante 1 ano e 4 meses, eu tinha bastante leite, achava um prazer aquela boquinha pequeninha sugando o alimento que eu produzia para ele, só quem sabe o que é ser mãe, ser mulher, ser vítima de estupro é que sabe o quanto dói esse tipo de piada. Não podemos tolerar.

Valéria Fernandes disse...

Ator Rafinha Bastos não comparece a depoimento sobre suposta apologia ao crime - http://bit.ly/qHz3p8 A Justiça está ciudando, mas o corajoso não quer depor... E a gente tem que parar de falar do caso? Ele continua muito, mas muito vivo mesmo.

Nina disse...

Parabéns Aline! Excelente a carta! E muito obrigada Libu por traduzi-la!

Espero sinceramente que a justiça não falhe nesse caso. Como mulher, como brasileira, espero que a justiça coloque esse imbecil em seu lugar.

=)

Aline disse...

Espero que as cartas deem um empurrãozinho no NYT. Obrigada pela iniciativa de divulgação, Lola! E, obrigada, Libu, pela tradução! Ficou ótima!
@alinemramos

Natália disse...

Não me espanta que tal reportagem tenha sido feita por esse jornalista. No episódio do acidente da Air France, imediatamente ele culpou o controle aéreo brasileiro, sem qualquer evidência que apontasse para isso, somente devido à sua opinião de que nosso país é caótico e subdesenvolvido. Concordo com o anônimo acima, é hora de sossegar essa 'vingança rancorosa'. Pelo contrário, devemos iniciar uma campanha de doações para permitir ao nosso comedian a realização de seu grande dream, ir morar no melhor e mais esclarecido país do mundo, os States. Sem passagem de volta.

Annah disse...

Boa a carta, mas o NYT vai ignorar completamente. Eles são uma grande empresa, parte da mídia capitalista na qual apenas os ricos tem voz.
_
"As an academic, I expect a lot more from the NYT" - Eu não. Já vi o NYT mentindo sobre a China - eles disseram que as autoridades chinesas estavam "censurando" as noticias sobre o Oriente Médio. Com um rápido acesso aos jornais chineses, dava para ver que tinham páginas e páginas sobre o Oriente Médio e o que mais fosse que estivesse sendo noticia aqui também.
É muita inocência acreditar que a "imprensa livre" do ocidente realmente "gives a fuck" para a inteligência dos leitores ou que tem algum compromisso com a verdade. Nossa mídia é o grande pilar do sistema capitalista e a grande fonte de desinformação.

Anônimo disse...

Saido um pouco do assunto

Lola, jura que para vc não tem ateus machistas só pelo fato de ser ateu? Vc só falta dizer que ateus são pessoas de espirito elevados, boas e de coração puro, capazes somente de belos gestos.

Maldade está em todo lugar, querida aprenda., mesmo onde não deveria existir e as religiões foram machistas quando a sociedade era muito machista, hoje estamos no ´seculo XXi, caso não tenha notado

Anônimo disse...

Parabéns a todas as loucas que caçam um humorista por ele ter feito HUMOR.

Pois o mundo tem de curvar-se a vossas vontades e vocês só serão felizes no dia que censurarem tudo e a todos aqueles que as desagradam.

E a você Lola, que belo que você tanto deseja censurar aos outros, mas se enfurece quando o Marcelo Tás tenta censura-la pelos ataques PESSOAIS que você o fez.

A hipocrisia é o mau de todas as feministas modernas, que perderam o foco do que deve ser sua luta há muito tempo já.

Anônimo disse...

ainda não consegui entender o que há de humor no comentário de rafinha bastos. ou de ironia, algo que argumentam para defendê-lo.
qual seria a ironia?
alguém explique! (ou tente explicar, mesmo que não concorde)

Ma. disse...

Francamente, não sei o que mais me enoja... a grande sabedoria da moral e do Brasil vinda do Rafinha ou a do NYT.



E é. Bora esquecer todas as atrocidades, leviandades e atos estúpidos que mentes limitadas cometem. Deixa só a justiça cuidar dos casos. É assim que se move uma sociedade evoluída, né, Anônimo?!

Baumwolle disse...

Parabéns Aline. Por não dominar o inglês como você, devo dizer que me senti vingada, de certa maneira, nessa sua iniciativa de entrar em contato com o NYT e apontar as falhas no texto do Sr. Rohter. Muito obrigada.

Liana hc disse...

Deixar pra lá? De que adianta ter senso crítico se ele tiver um prazo de validade curto. Quer dizer, nós podemos até reclamar mas só um pouco, depois fica chato?
A questão não é esta pessoa em particular, se ele faz sucesso é porque tem quem veja seu ponto de vista como válido. Depois dele, virá outro, depois outro e etc.
Dar ibope é ruim, falar pouco do que está errado também. Ninguém aqui disse que essa é a única maneira de lidar com o assunto, ou que não se deve falar também de assuntos positivos, ambas abordagens são necessárias. E quem reclama tá fazendo o que? Na maioria das vezes não faz nem uma coisa nem outra.
Muitos não aguentam nem 5 min de argumentação. Essa coisa de deixar pra lá muitas vezes está relacionado a preguiça mental e vontade de voltar pra mesmice de antes do que uma real necessidade em enfatizar outros lados da questão. Não sei se é o caso em particular dos que aqui reclamaram mas me parece ser de muitos por aí.
Quando o errado teima em ser insistente o certo também deve ser, e mais um pouco. Engraçado o tempo que esta gente passa reclamando da reclamação dos outros.. e continuam reclamando.

Palavras para se guardar no coração: "Parabéns para todas as loucas..curvar-se.. censura.. (loucas)feministas(loucas)" Sei.. você se fez entender muito bem.

Ma. disse...

Ai, Lola... desabilita o comentário Anônimo! Enche de troll anônimo aqui... e isso enche o saco!!!

Pô, vão uivar na turma de vcs!

Aline disse...

Ah, gente, e vale lembrar que eu me inspirei mesmo na carta da Marília, que foi quem teve a ótima ideai de iniciar o envio de cartas ao NYT: http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2011/08/deu-no-nyt-dois-genios-se-encontram.html

Lu-Bau.Blog disse...

Não me espanta ter a entrevista do ser desprezível no NYT, sendo que o jornal pertence ao mesmo grupo do jornal acusado de escutas ilegais na Inglaterra

Blanca disse...

Perfeito, Aline. =)

Anônimo disse...

De nada, Lola! Fico feliz em contribuir.

Isabel disse...

Pessoal, aqui está o email para enviar cartas ao NYTimes: letters@nytimes.com Eles podem ignorar - e provavelmente vão faze-lo - mas vamos tentar pelo menos demonstrar nossa indignação.

Gi disse...

"Ai, Lola... desabilita o comentário Anônimo! Enche de troll anônimo aqui... e isso enche o saco!!!

Pô, vão uivar na turma de vcs!" [2]

Uma das melhores coisas do blog são os comentários. A qualidade está baixa nos últimos dias...

Anônimo disse...

Parece que o Rafinha tá afim de virar o jogo e ficar parecendo a vítima, perseguido pelo ministério público que quer calar as suas piadas espirituosas...

Barbara O. disse...

Gente, utilizemo-nos da concorrência. Algo que deve funcionar no mundo capitalista. Deve existir alguma publicação que critique o NYT e esteja a fim de pisar no calo deles. Lá as chances de sermos ouvidas são bem maiores. O problema é recorrer ao
Wall Street Journal do Murdoch, isto acho que também não dá. Alguém tem uma ideia?

Isabel SFF disse...

gostaria muito de entender prq alguém defende logo esse comentário infeliz do Mr. Bah-stows. Não é uma piada, gente, é um comentário de péssimo gosto e cruel. É tão imbecil e sem graça que não chega a ser uma piada de meu gosto. É só isso, um comentário cruel que incita a violência à mulher.

Não adianta discutir com troll anônimo e eu não vou me dar esse trabalho inglório. Vim aqui parabenizar a autora dessa carta incrível. Obrigada por expressar tão bem a indignação de milhares de mulheres (e homens mais inteligentes do que o Mr. Bah-stows).

Anônimo disse...

Parabéns Aline!

Anônimo disse...

Sinceramente o que vende é a piada, piada sobre gays, loiras "estupro" contadas por pessoas que nunca sofreram um abuso, que nuca passou necessidade nem traumas, deve ser engraçadas. Com certeza o autor da polêmica não sabe o que um estupro faz com a personalidade da vítima, não faz ideia da dor que é carregada até a superação, ( isso se for superado), o pedido de desculpas teria que ser feito a todo ser humano, pois homens que foram vítimas também sentem a dor da piada, quando lembram do que é que estam falando e rindo.




Francamente Phoenix.

Anônimo disse...

Ah, como estou em um péssimo dia, posso dar asas a essa porcaria. Então me imagino agora numa praia deserta, sem ninguém pra me encher o saco. Tá bom, um cachorro e fim de papo; um cachorro e uma bola – au, au! – Tá bom, um cachorro e um osso e uma cerveja com álcool – au,au! -, tá bom, uma cerveja sem álcool para ele e capricha no osso, pra mim pode ser o torresmo com limão -AU,AU! - ok, um copo de soda pra ele e anda logo.

Pedir um suco seria demais, mas me vê um com muito gelo pra depois, de laranja que é o melhor pra digestão – eu não pago, logo me divirto sem gastar nada desse modo – como é bom perambular pelo domingo com um pote de sorvete na mão, de sobremesa.

Noite.
Agora posso divagar sobre as constelações
Sobre o quão ínfimos somos
Minhas idéias cabem em apenas uma página
Na vagina da mulher
No pênis da criança
Na raiva do homem
Aos pedófilos encontrados
Em manchetes
Dona de casa
solteira
morava com a filha
e o marido
o marido
tão cruelmente
machucou a filha
por castigo paterno
Mulheres nuas
dançando
até o sorriso acabar
dançando até a tristeza sucumbir
até a princesa se cansar de ser menor
e sair por aí
nesse mundo de pestes bubônicas
à tosse
A todos que me empurraram para o lixo
Sou pobre e feio
Sou pobre e feio e de pau pequeno
Sou pobre e feio, de pau pequeno e broxa
E vocês me amam
E vocês me querem
E vocês me adoram
Como sou feliz
Sou pobre e fedido
E vocês querem o meu cheiro mais estranho
Cheiro de entrededos
Chupem os meus dedos se forem capazes
Eu amo vocês
Eu amo escrever pra vocês
Eu amo o domingo legal
Eu amo todos os feios porque eu me amo
Eu me amo e me masturbo enquanto escrevo pra poder me amar na reminiscência das almas desesperadas metaforicamente e no sentido mais metabólico sem a mínima decência de serem muitos brasileiros afros americanos buscando promessas em sites pornográficos são os mais acessados entre meus favoritos escritores blogueiros estão preparando a próxima postagem será sobre vinhos franceses são os melhores frutos que minha fazenda é o jogo mais acessado do Facebook só restam os fracos não tem vez na sociedade presencia o final da loja e receba um prêmio de um bilhão de dólares atinge a mega-sena acumulação de impostos alcançam patamares alarmantes nos estados o quinto elemento é o mais procurado dizem os cientistas que chegaremos aos cem anos de solidão é obra do tão aclamado Tarantino é considerado um dos piores cineastas já postulados científicos apontam a presença de um novo vírus nos seres humanos afetam mais da metade da população nordestina passa a fome é frequente esconder de tiros se houver assassinatos em grandes metrópoles a internet acarreta muitos usuários tomam café é o que indica a pesquisa foi feita e passou por todas as etapas comenta ministério da educação investe somente mil e novecentas vagas é o número de inscritos nas filas dos aposentados e pensionistas não pagam atores pornôs filmam com vinte e sete anos de vida e sem nenhuma esperança é a última que morre diz o velho ditado que nunks EUA fui nada pork miuts amigs ni freqams oi espoçs da anse sãs os blods mas acesasds pk ajs fsdha alhag a s d f g asdfg d f g asdfg a s d f g asdfg a s d f g adsf a d s f adsf a d s f afds anilinanilinanilinanilinanilinanilinanilinanilinanilanilinanilinanil

Anônimo disse...

No Canadá também falta louça pra lavar.

Caroline disse...

Eu já gostei do que o Rafinha Bastos disse. Antes de ficar famoso, ele tinha um site bem legal, eu acompanhava e tudo. E adorei saber que ele tava no CQC e tal. Não fico condenando tudo que humorista diz, rir faz bem.
Mas essa piada infeliz dele eu não achei graça. Me decepcionei muito com ele, sabe. Achava q ele era a salvação do humor, cansada já de Zorra Total e Pânico. Mas vi que o humor brasileiro, infelizmente às vezes vem com uns absurdos desses que não dá pra passar batido.

Se as pessoas se colocassem no lugar de outras pessoas, nunca achariam graça numa coisa dessas. Estupro, seja contra mulher bonita ou feia, gorda ou magra devasta, humilha, agride, enfim, acaba com qualquer ser. Não tem graça. Mas ele é homem né, nunca vai ser estuprado.
Será que a gente q é não ve graça em nada, ou os outros que veem graça em tudo?

Aline disse...

Anônimo (8:20 "No Canadá também falta louça pra lavar.")

Não entendi muito bem seu comentário. Talvez tenha sido algum tipo de tentativa de piada, mas para saber se algo é piada ou não, eu uso um critério: testo para ver se é engraçado. Como não achei engraçado, concluí que não é piada. Assim sendo, vou responder:

Se você se interessa por minha vida particular na cozinha, já te aviso que até tenho um jogo bem bonitinho de louças, mas já está meio gasto. Se quiser comprar um novo para mim, aceito. Depois mando o endereço para entrega.

Quanto a lavar a louça, isso geralmente não é problema, porque tenho uma máquina de lavar-louças ótima, que nunca deu problema. Aliás, eu sei que essas máquinas maravilhosas não são exclusividade do Canadá. É bem fácil encontrá-las no Brasil. Recomendo bastante.

Um abraço.

P. P. P. disse...

São Paulo ridicularizada

TJ Kincaid - Orgulho Hétero em São Paulo (Martinsburgo)

http://www.youtube.com/watch?v=c_vl45_iLSY&feature=player_embedded

Blogueiro ateu americano comenta a aprovação do Dia do Orgulho Heterossexual na câmara municipal de São Paulo (Martinsburgo).

Unknown disse...

Gostem ou não, vivemos em um país onde impera a liberdade de expressão e imprensa. E cabe a quem acessa a informação, não importa por qual meio, filtrar o que lhe é conveniente ou não. Já o simples fato de impor regras e barreiras ao humor, é querer voltar ao tempo da censura. Isso lembrando que já temos classificações indicativas para os programas. Já quanto as temas de piadas, se fossemos excluir todos os que ofendam ou tenham traumatizado alguém, não poderíamos aceitar piadas com qualquer doença, com gordos, magros, cegos, portugueses, e por aí vai. Agora, também não acredito que alguém, assistindo um programa de humor, onde se faz piada sobre todo e qualquer assunto, logo quando o humorista faz uma piada sobre estupro, acredite que ele está falando sério!