










Não acredito! Vocês fizeram isso só pra me provocar! Das 113 pessoas que votaram na enquete pra escolher a pior adaptação de um super-herói dos quadrihos pras telas, 21 rebeldes, ou 18%, desprezaram totalmente a minha opinião de que Mulher-Gato até que é fofinho, por ser bastante feminista, e por ser uma celebração de um animal maravilhoso (gato), e escolheram o filme de 2004 com a Halle Berry como o pior de todos. Se eu coubesse numa roupa justíssima de couro, sairia às ruas à noite pra me vingar de vocês. Como eu tenho dificuldades em manter o equilíbrio num só pé, acho que vocês estãos seguros.
Em segundo lugar, vocês escolheram Batman e Robin (1995), com 13%. Esse é com a fantasia do Batman que tem mamilos? Aliás, se tiverem paciência, me expliquem a fixação com os mamilos. Por que todo mundo fala nisso? Eu provavelmente nem teria notado se não tivessem me falado (vejam a foto e me digam com sinceridade: a pior coisa dessa armadura de plástico são os mamilos?). Não lembro desse Batman, mas se é aquele com o Jim Carrey, eu não acho tão medonho.
Em terceiro lugar ficou o Hulk do Ang Lee, com 12%. Pra quarta colocação houve três empates: Demolidor, Motoqueiro-Fantasma, e a categoria “Odeio filme com super-herói”, cada um com 8%. Em quinto, Batman Eternamente e Elektra. Em sexto, Howard, o Pato, com 5%. Opa, só 5%?! Imagino que a maior parte de vocês não era nascida em 86, e por isso teve a sorte de escapar do que é comumente
visto como o grande fracasso da carreira do George Lucas e uma das maiores bombas da história do cinema. Não só do cinema de ação, notem bem. E aí vocês vêm me dizer que Mulher-Gato é que paga o pato?!
Em sétimo veio A Liga Extraordinária, com 4%. Em oitavo, as duas tentativas de Quarteto Fantástico, e Superman Returns. Homem-Aranha 3 e “nenhum” receberam dois míseros votinhos cada, e uma alma solitária elegeu Superman 3. Blade Trinity, Constantine e Superman IV não tiveram nenhum voto – o que, no caso desta enquete, é um bom sinal.
Só pra constar, vou revelar o meu voto. Optar por apenas um nessa tabela de horrores é complicado. Se eu fizesse uma seleção preliminar com só três, entrariam Demolidor, Howard, o Pato, e Liga Extraordinária. Pra mim são os piores. Dentre eles, o vencedor seria... Demolidor. Pronto, eu falei. Não há filme com super tão ruim como Demolidor (e olha que eu gosto muito do personagem). Se o super-cego fosse mulher e gato talvez vocês concordassem comigo. Humpf!
É difícil organizar uma pesquisa dessas, pelas razões que apontei aqui. E eu ainda esqueci de incluir Fantasma e Van Helsing na lista. De fato, se Constantine entrou, como uma bomba do tipo Van Helsing não estaria? Mas o que adiantaria? Vocês ainda escolheriam Mulher-Gato...
Lamento dizer que esta não é uma semana de grandes estréias, nem no Brasil, nem nos EUA. Eu digo “lamento” porque, pros fãs da série Arquivo X, existe uma enorme expectativa cercando o lançamento do segundo longa, Arquivo X: Eu Quero Acreditar (cri-crítica de trailer aqui). Infelizmente, a expectativa é só deles. O grande público não parece estar prestando muita atenção. Espera-se que Arquivo X não provoque nem cócegas em Cavaleiro das Trevas, que já ultrapassou a marca dos 200 milhões de dólares nos E
UA e certamente será o maior arrasa-quarteirão do ano, deixando no chinelo os dois outros filmes que fizeram mais de 300 mi na bilheteria americana, Homem de Ferro e Indiana Jones 4. É impressionante, mas Cavaleiro fez mais dinheiro em cinco dias que Batman Begins em cinco meses, em 2005. O sucesso é por causa do Heath Ledger. Cavaleiro é um ótimo filme, lógico, mas vem atraindo não apenas o espectador que adora blockbusters de ação, como também gente que quer ver a última atuação do Heath.
A outra grande estréia dos EUA é Step Brothers, com Will Ferrell e John C. Reilly. Trata-se de mais uma comédia da fábrica de produções Judd Apatow (Superbad, Ligeiramente Grávidos, o abominável Meu Nome é Drillbit Taylor). Não dá quase nenhuma vontade de assistir. Outro lançamento, bem mais limitado, é The Wackness, meio que comédia independente com o Ben Kingsley como um psicólogo que fuma maconha e faz amizade com um jovem traficante – tudo na Nova York de
1994, então é um filme de época, digamos. Eu pessoalmente não gostei nada de Wackness, que vi em sessão pra crítica, e se o filme algum dia estrear no Brasil ou sair em dvd, escreverei uma crônica. Pode apostar que o hype é todo em torno da Olivia Thirlby. Quem? Eu sei, eu sei. Ela é a melhor amiga da Juno naquela bobagem pró-vida que eu desprezei. Como em The Wackness ela aparece de biquini, os críticos (quase todos homens) prestaram atenção.
No Brasil chega às telas, além de Arquivo X, o romance nacional Era uma Vez, um caso de amor entre dois jovens de classes sociais distintas. A direção é do Breno Silveira, o mesmo de Dois Filhos de Francisco. Ah, e também Space Chimps: Micos no Espaço. (Bocejo) Este post tá dando sono em você também? Micos já estava passando aí em ritmo de pré-estréia, e tem lugar de destaque na minha lista de “nem que me paguem”. Uma estréia menor é Ao Entardecer (Evening), um drama com a Claire Danes (Romeu e Julieta) e Toni Collette (Pequena Miss Sunshine). É do ano passado, e ninguém deu bola. O Metacritic gostou mais ou menos, m
ais pra menos.
Ahá, mas eu tenho uma boa notícia pra animar o seu dia! O Nevoeiro tá com nova data de lançamento marcada no Brasil: desta vez, 29 de agosto. Será que agora vai? Já comentei que este é talvez o melhor filme de terror que eu vejo em, sei lá, dez anos? Oremos.
- À Beira do Abismo (The Big Sleep, 1946) – é até heresia desprezar tanto um clássico noir, e do Howard Hawks, ainda por cima. Mas o roteiro (do William Faulkner!) é uma confusão só. Até as pessoas que amam o filme reconhecem que não dá pra entender nada. Há um número excessivo de personagens e tramas paralelas. O Humphrey Bogart faz o cara de 38 anos mais velho que já vi, o que não impede que todo o elenco feminino, inclusive a Lauren Bacall, se jogue em cima dele. Parece o 007! O Falcão Maltês é muito melhor.
- Fat Girls (2006) – comédia independente de um tal de Ash Christian, que fez questão de estrelar, produzir, escrever e dirigir o troço. O resultado é uma das obras mais amadoras que vi nos últimos tempos. É sobre um rapaz gay na escola (o próprio Ash, que aparenta ter uns 30 anos) e sua melhor amiga. Ambos são “garotas gordas”, ou seja, desprezados pela sociedade. Sim, e? Nem com muito
boa vontade dá pra aturar algo tão mal-feito.
- Ils (Eles, 2007) – terror que até começa com um clima legal, depois desanda totalmente e não vai a lugar nenhum. Strangers, que foi lançado recentemente nos cinemas americanos, tem uma trama muito parecida. Aliás, parece até um remake. Mas juram que não é. De todo modo, não é muito superior ao francês.
- Behind the Mask: The Rise of Leslie Vernon (2007) – desculpa, Pedrinho que amou o filme. Eu achei hiper previsível. E toda a parte documental sobre como serial killer e vítimas se comportam num slasher movie a gente tá cansada de saber. Mesmo quem não decifrou aquilo por conta própria ou não leu teoria feminista sobre o assunto foi apresentado(a) aos clichês do gênero pela franquia Pânico.
- Valley of the Dolls (1967) – um clássico camp que não tem mais o menor atrativo pro público de hoje.
- O Orfanato (2007) – tá sendo vendido como o “Labirinto do Fauno do ano passado”, só porque foi produzido pelo Guillermo del Toro. Como terror, não me assustou nem um pouco. Como historinha de fantasmas melodramática, me deu o maior sono. O filme tá repleto de cenas que não funcionam. Quer um exemplo? Tá, tem a cena em que a mãe se deita na cama, e vemos alguma coisa entrar por baixo dos lençóis. Dá pra ver claramente que não é o marido. Mas ela pensa que é, e desata a falar sobre o filhinho. É uma péssima hora pra um discurso sentimentalóide de três horas. Quer assustar ou quer comover? Difícil fazer os dois ao mesmo tempo. Resultado: eu não escutei uma só palavra do que a muié disse. E nem fiquei com medo. Eu só pensava: “Mas será que a tansa não nota que não é bem o marido quem tá abraçando ela?”.
- This is Nowhere (2006) – documentário sobre americanos que vivem em trailers de luxo, viajando pelo país, e estacionam sempre num Wal-Mart. Deveria render uma observação social instigante, mas a preguiça e falta de criatividade o transformam no pior documentário recente que vi. Não dava pra variar um pouquinho o esquema “alguém falando/paisagem de estrada/musiquinha”? Tédio.
- The Manson Family (2004) – um pouco de documentário e bastante nojeira, beirando o sexploitation puro. Não se tenta fazer um filme de terror em cima de uma história real absolutamente abominável.
- Pink Flamingos (1972) – já destilei meu ódio pelo filme do John Waters aqui.
- Nashville (1975) – não consegui ver o clássico inteiro! Achei tão, mas tão chato que tive que parar. Prefiro filme com história, sabe? Portanto, aquilo de que sempre desconfiei agora é definitivo: Robert Altman é o diretor mais superestimado de todos os tempos. Sinto muito.
- Swimming with Sharks (1994) - nunca tinha ouvido falar nesse drama com o Kevin Spacey (às vezes há bom motivos pra que filmes permaneçam no anonimato). Só o loquei porque uma blogueira americana disse que esse era o filme mais feminista já feito. Perdão? No final, dois homens que passam a trama toda brigando matam uma mulher que era mezzo poderosa, mas tava disposta a largar a carreira pelo seu amor. Isso é feminista em que planeta, exatamente?
Puxa, foram só esses que receberam meu total desprezo. Dei duas estrelinhas prum monte. Talvez depois eu fale deles. E você deve estar morrendo de curiosidade pra saber quais filmes mereceram a cotação máxima. Aguarde...
Mais tarde notei que esse cartão é a maior roubada. Toda vez que você quer ligar pra alguém de um telefone público, precisa antes ligar pra empresa e dar o número do cartão. Daí uma ligação informa que será debitado US$ 1,25 por essa ligação. Se eu não quiser pagar isso, devo procurar um telefone não-público. Hello? Se eu tivesse um telefone em casa, por que diabos precisaria da #%&^! de um cartão?!