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terça-feira, 14 de abril de 2009

OS PIORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS?

A menina à direita captou o espírito de Bebês Geniais 2.

Vou fazer uma enquete relacionada aos piores filmes de todos os tempos. Claro, essas listas variam demais (veja a da Wikipedia). O Stinkers, cujo link não está disponível, fez a lista dos 100 piores do século 20, e deu 1) A Reconquista, 2) As Loucas Aventuras de James West, 3) Batman & Robin, 4) Howard, o Pato, e 5) O Mundo das Spice Girls). Esta lista que eu peguei é do Rotten Tomatoes (Tomates Podres), e é baseada nas notas que vários críticos americanos dão a cada filme. Eu geralmente discordo dessas listas porque elas só chutam cachorro morto. Falem de filmes conhecidos, pô! De superproduções! E não confio em nenhuma relação de piores que não inclua O Pestinha 2 ou o grande vencedor do meu Troféu Cocô de Hamster Gigante, O Professor Aloprado 2. Vamos fazer um pouquinho diferente: na enquete ao lado, você pode votar em todos esses que você teve o desprazer de ver. Ou seja, pode votar em mais de um. E há uma opção para os sortudos(as) que conseguiram escapar sem ver nenhuma dessas bombas! (Não foi o meu caso). Desses, apenas um não chegou ao Brasil. Mas o engraçado é que, se você procurar nos comentários que leitores de diversos sites fazem sobre essas atrocidades, vai encontrar sempre muita gente dizendo “Um grande filme!”, “Fique de olho neste diretor, que ele promete!”, e o onipresente “O melhor filme que já vi na vida” (aí eu sempre penso: e qual foi o outro?). Bom, comento um pouquinho sobre cada um dos filmes pra você poder identificá-los. A lista está em ordem decrescente:

15. Deuces Wild (Ruas Selvagens, 2002) - um filme de gangues nos anos 50. Sim, você leu direito: é um filme de época. Que felizmente eu não vi.
14. Battleship Earth (Reconquista, 2000) - a foto do John Travolta e Forest Whitaker como alienígenas já diz tudo. E este foi um projeto pessoal do John, que acredita na Cientologia. Impossível fazer uma lista das maiores bombas sem incluir A Reconquista (em geral ele aparece em primeiro lugar).
13. Epic Movie (Deu a Louca em Hollywood, 2007) - mais uma paródia de produções de sucesso. Este, que eu não vi, parece que lida mais com Piratas do Caribe e Guerra nas Estrelas. Eu pulo todas essas produções satíriricas. Se bem que vi Todo Mundo em Pânico 4 (era uma época de vacas magras no cinema, compreenda).
12. Godsend (O Enviado, 2004) - um terror que tenta plagiar O Bebê de Rosemary e A Profecia. Eu vi e não lembro de nada, apenas que era com o Robert de Niro e que era de uma ruindade absoluta. Opa, agora lembrei que até escrevi sobre ele!
11. Zoom (Academia de Super-Heróis, 2006) - É com o Tim Allen. É tudo que a gente precisa saber. Não, calma, tem mais: os produtores de X-Men3 entraram com um processo na justiça pra evitar que a comédia, com trama muito parecida, estreasse no mesmo período, já que poderia confundir os espectadores. Ahn, os estúdios não confiam muito na nossa inteligência, né?
10. Half Past Dead (No Corredor da Morte, 2002) - Eu poderia dizer que é com o Steven Seagal, e isso é tudo que a gente precisa saber. Mas a foto indica que é uma comédia! Ou não? Eu me orgulho de nunca ter visto um filme com o Steven. Aliás, sabe a história dele? Ele era professor de artes marciais de algum grande agente, que decidiu lhe dar um filme pelos serviços prestados. E assim nasceu uma lenda. Tá, tô sendo irônica, mas seus filmes já renderam 850 milhões de dólares ao redor do mundo.
9. Master of Disguise (Mestre do Disfarce, 2002) - É com o Dana Carvey. É tudo que a gente precisa saber. Até hoje não entendi o sucesso de Quanto Mais Idiota Melhor.
8. Twisted (A Marca, 2004) - eu acho que vi esse troço, mas não tenho certeza. Olha só o super elenco: Ashley Judd, Andy Garcia, e Samuel L. Jackson. A Ashley faz uma detetive investigando vários assassinatos. Pouco a pouco ela vai percebendo que todas as vítimas foram casos seus. Casos não investigativos, mas sexuais, entende? Parece que não, não é uma comédia.
7. National Lampoon's Gold Diggers (Os Pilantras, 2003) - Eu pulo qualquer coisa que venha dessa franquia do National Lampoon's. Isso fazia sucesso quando eu era adolescente: meus amiguinhos que enchiam a cara e caíam de bêbados todo fim de semana amavam.
6. Superbabies: Baby Geniuses 2 (Bebês Geniais 2: Super Bebês, 2004) - O título já diz tudo.
5. King's Ransom (Um Milionário em Apuros, 2005) - Tá, olha a sacanagem aqui e com o número 3 da lista. São produções desconhecidas com um elenco inteiramente negro. Daria pra deixá-las de fora, não? Não sei, não gosto quando um bando de críticos brancos se junta pra bater num filme negro. Quando fazem as listas dos melhores de todos os tempos, quase sempre deixam o Spike Lee de fora. Coincidência?
4. Pinóquio (2002) - Um projeto pessoal do Roberto Benigni. Quer dizer, mais um. A Vida é Bela veio antes, ganhou Oscars, o escambau. Por que A Vida é belo e Pinóquio é feio? Pra mim ambos são imprestáveis. Estou falando sem ver, já que não vejo Pinóquio nem que me paguem.
3. Crossover (2006) - Repito o que escrevi pro número cinco. Desta vez, é um grupo que joga basquete. E é um drama, filmado em Detroit.
2. Alone in the Dark (O Despertar do Mal, 2005) - Um Christian Slater caidaço faz um detetive supernatural neste terror baseado num video game. Mais não quero saber.
1. Ballistic: Ecks vs. Sever (Dupla Explosiva, 2002) - Este bateu recorde no Rotten Tomatoes. 103 críticos avaliaram o troço, e nenhum lhe deu um parecer positivo. É um filme de ação com a Lucy Liu e o Antonio Banderas. Deve ser imperdível mesmo... Será que é um desses que de tão ruim até fica bom? Não tenho coragem pra conferir.

domingo, 21 de dezembro de 2008

FILME QUE PASSA NO ÔNIBUS, OU: HELP! EU NÃO PASSO PELA JANELA

É nojento mesmo, dá vontade de chorar.

Algo precisa ser feito a respeito dos filmes passados nas viagens intermunicipais de ônibus. Semana retrasada, na ida a Floripa, eu nem lembro que filme foi. Era ruim assim. Consegui abstrair e dormir. O problema é que o filme acabou, e entrou o menu do dvd. Que ficou tocando a mesma musiquinha sem parar. A canção era legal, da minha adolescência, “Land Down Under” do Men at Work. As primeiras cinco vezes que ela tocou eu até gostei. Mas na vigésima, e vendo que o dvd iria tocar até que chegássemos a Floripa, e faltava bem uns 25 minutos, calculei quantas vezes eu ainda teria que escutar a melodia, e calculei também se eu conseguiria passar pela janela do ônibus, e minhas chances de sobrevivência se eu pulasse com o busão indo a 80 quilômetros por hora. Mínimas. Eu teria descido as escadas pra implorar ao motorista que desligasse o dvd, mas eu já tenho problemas com aquela escada com o ônibus parado, quanto mais em movimento. Pra piorar, um homem se postou lá, com as malas. Eu pensei que ele iria descer logo, mas ele ficou uns dez minutos. Ouvindo a mesma musiquinha irritante que eu. Quando ele finalmente desceu, eu gritei, lá de cima, pra ele pedir ao motorista pra desligar aquilo. E ele, espantado, perguntou: “Desligar? Tem certeza?”. Juro que a canção já tinha tocado pelo menos trinta vezes. Ele ainda resmungou pro motorista: “Tem uma mulher aí pedindo pra desligar”. O motorista acabou com o nosso martírio, e sabe quando se pode ouvir um suspiro coletivo? Meninos, eu ouvi.
Mas gostaria de entender como escolhem os dvds que vão passar no ônibus. Numa viagem, já há uns anos, eu voltava a Joinville com uma amiga minha, e o filme que passou foi Professor Aloprado. Dois. Com o Eddie Murphy. A gente ficou horrorizada. Além das 1.342 piadas sobre flatulência (estimativa conservadora), havia um hamster gigante que disparava cocô em cima das pessoas. Pode parecer que estou inventando, mas não estou. Realmente havia um hamster do tamanho do Eddie que ficava em duas patas, inclinava o seu bumbum de roedor, e pumba, soltava seus torpedos. Minha amiga, que não tem tanta experiência em cinema como eu, estava quase em estado de choque, repetindo a cada três minutos, “Não posso acreditar. É a pior coisa que já vi na vida”. Eu até criei uma categoria especial em homenagem ao filme, o Troféu Cocô de Hamster Gigante, conferido às piores produções de cada ano.
Mas semana passada surgiu um concorrente à altura que, claro, também foi passado no ônibus (seria um festival?). Eu ia dormir, estava com sono, mas vi um pedaço e fiquei mesmerizada. Sabe quando a gente não consegue tirar os olhos de um acidente de trânsito? Então. O filme em questão era O Pestinha 2. É sobre um menino de oito anos que aterroriza meio mundo. Por exemplo, ele faz xixi numa jarra onde deveria haver limonada e um adulto toma e diz: “Hmm! Forte!”. Numa cena que dura uns cinco minutos, ele faz um carrossel num parque de diversões ir tão rápido que todo mundo lá passa a vomitar na cara do outro. São cinco minutos de closes de golfadas no rosto de várias pessoas (eu fechei os olhos, mas quando abria ainda estava passando). Ele tem uma rival, uma menininha, e juntos eles jogam uma banana de dinamite numa privada, que explode quando o diretor da escola senta-se lá. E a última cena é um cocô gigante feito por um cachorrinho. Ou seja, é tudo totalmente escatológico (espero que esta não seja sua leitura do café da manhã).
Só isso já seria um bom motivo pro Pestinha 2 concorrer em condições de igualdade com Professor Aloprado 2, mas outras coisas me revoltaram. É, qualé? Eu não sou de ter pesadelos apenas por uma sequência de cinco minutos de chamamento de Hugo ininterrupto. É que tem uma mulher no filme. Ela é uma ricaça independente que se apaixona pelo pai do guri. Ela bate os olhos nele e pensa: este será o meu sétimo marido. Não importa que ele seja um loser total com um menino problema, porque a muié já está na casa dos quarenta anos, e desde quando uma fêmea nessa idade pode escolher? No final, ele nota que ama uma enfermeira submissa que conhece o seu lugar, e uma pedra gigante literalmente esmaga a mulher rica, independente, e jararaca. O pai do rapaz, um velho falido, revolta-se com o filho porque ele precisa do dinheiro da milionária, e o jovem pergunta: “Ué, por que você não se casa com ela?”. Dito e feito: ele agarra a víbora, que não tem nenhum direito a voto, e a beija. O happy end vem na imagem do cocô gigante. A outra coisa que me incomodou é que o garoto do inferno é filho adotivo! Alguém diz: “Ele nem é um menino de verdade, ele é adotado”. Uma bela mensagem pra todos os órfãos mundo afora. E também um recado enternecedor pros pais pensando em adotar uma criança: cuidado, seu filho vai ser um capeta.
Eu compreendo que um ônibus não possa passar um filme com cenas de sexo ou violência extrema porque, afinal, há chances de ter menores presentes. Mas será que o pessoal que compra ou aluga os dvds não percebe que aberrações como o vencedor do troféu Cocô de Hamster e seu vice, Cinco Minutos de Regurgitações, podem ser igualmente traumatizantes?

sexta-feira, 25 de julho de 2008

PIORES FILMES QUE VI EM DVD RECENTEMENTE

Na Netflix pedem pra você avaliar um filme depois de vê-lo. Baseando-se no seu gosto, a locadora virtual pode indicar mais DVDs. Estes foram os filmes recentes que vi que receberam apenas uma estrelinha, a cotação mínima:

- À Beira do Abismo (The Big Sleep, 1946) – é até heresia desprezar tanto um clássico noir, e do Howard Hawks, ainda por cima. Mas o roteiro (do William Faulkner!) é uma confusão só. Até as pessoas que amam o filme reconhecem que não dá pra entender nada. Há um número excessivo de personagens e tramas paralelas. O Humphrey Bogart faz o cara de 38 anos mais velho que já vi, o que não impede que todo o elenco feminino, inclusive a Lauren Bacall, se jogue em cima dele. Parece o 007! O Falcão Maltês é muito melhor.

- Fat Girls (2006) – comédia independente de um tal de Ash Christian, que fez questão de estrelar, produzir, escrever e dirigir o troço. O resultado é uma das obras mais amadoras que vi nos últimos tempos. É sobre um rapaz gay na escola (o próprio Ash, que aparenta ter uns 30 anos) e sua melhor amiga. Ambos são “garotas gordas”, ou seja, desprezados pela sociedade. Sim, e? Nem com muito boa vontade dá pra aturar algo tão mal-feito.

- Ils (Eles, 2007) – terror que até começa com um clima legal, depois desanda totalmente e não vai a lugar nenhum. Strangers, que foi lançado recentemente nos cinemas americanos, tem uma trama muito parecida. Aliás, parece até um remake. Mas juram que não é. De todo modo, não é muito superior ao francês.

- Behind the Mask: The Rise of Leslie Vernon (2007) – desculpa, Pedrinho que amou o filme. Eu achei hiper previsível. E toda a parte documental sobre como serial killer e vítimas se comportam num slasher movie a gente tá cansada de saber. Mesmo quem não decifrou aquilo por conta própria ou não leu teoria feminista sobre o assunto foi apresentado(a) aos clichês do gênero pela franquia Pânico.

- Valley of the Dolls (1967) – um clássico camp que não tem mais o menor atrativo pro público de hoje.

- O Orfanato (2007) – tá sendo vendido como o “Labirinto do Fauno do ano passado”, só porque foi produzido pelo Guillermo del Toro. Como terror, não me assustou nem um pouco. Como historinha de fantasmas melodramática, me deu o maior sono. O filme tá repleto de cenas que não funcionam. Quer um exemplo? Tá, tem a cena em que a mãe se deita na cama, e vemos alguma coisa entrar por baixo dos lençóis. Dá pra ver claramente que não é o marido. Mas ela pensa que é, e desata a falar sobre o filhinho. É uma péssima hora pra um discurso sentimentalóide de três horas. Quer assustar ou quer comover? Difícil fazer os dois ao mesmo tempo. Resultado: eu não escutei uma só palavra do que a muié disse. E nem fiquei com medo. Eu só pensava: “Mas será que a tansa não nota que não é bem o marido quem tá abraçando ela?”.

- This is Nowhere (2006) – documentário sobre americanos que vivem em trailers de luxo, viajando pelo país, e estacionam sempre num Wal-Mart. Deveria render uma observação social instigante, mas a preguiça e falta de criatividade o transformam no pior documentário recente que vi. Não dava pra variar um pouquinho o esquema “alguém falando/paisagem de estrada/musiquinha”? Tédio.

- The Manson Family (2004) – um pouco de documentário e bastante nojeira, beirando o sexploitation puro. Não se tenta fazer um filme de terror em cima de uma história real absolutamente abominável.

- Pink Flamingos (1972) – já destilei meu ódio pelo filme do John Waters aqui.

- Nashville (1975) – não consegui ver o clássico inteiro! Achei tão, mas tão chato que tive que parar. Prefiro filme com história, sabe? Portanto, aquilo de que sempre desconfiei agora é definitivo: Robert Altman é o diretor mais superestimado de todos os tempos. Sinto muito.

- Swimming with Sharks (1994) - nunca tinha ouvido falar nesse drama com o Kevin Spacey (às vezes há bom motivos pra que filmes permaneçam no anonimato). Só o loquei porque uma blogueira americana disse que esse era o filme mais feminista já feito. Perdão? No final, dois homens que passam a trama toda brigando matam uma mulher que era mezzo poderosa, mas tava disposta a largar a carreira pelo seu amor. Isso é feminista em que planeta, exatamente?

Puxa, foram só esses que receberam meu total desprezo. Dei duas estrelinhas prum monte. Talvez depois eu fale deles. E você deve estar morrendo de curiosidade pra saber quais filmes mereceram a cotação máxima. Aguarde...