sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O CASO ELOÁ E OS FEMINICÍDIOS DA SEMANA

Eu lembro bem do caso Eloá porque o país parou naquele dia de outubro, três anos e meio atrás. Foi muito chocante ver o desespero de uma menina de 15 anos fazendo de tudo para se convencer que a situação iria acabar bem. Lembro da desastrada ação da polícia paulista, porque deve ter sido o único caso no mundo em que uma refém voltou ao cativeiro. E claro que a invasão policial foi completamente errada naquele momento, daquele jeito (espero que a mãe de Eloá receba o milhão de reais que está pedindo de indenização do Estado, e Nayara, que recebeu um tiro na boca e perdeu todos os dentes e até hoje faz cirurgias reparadoras, dois milhões). Lembro das asneiras da mídia, que tratou aquela tragédia como um crime passional. Foi incrível como, durante o sequestro mais longo que SP já vira, Lindemberg deu entrevistas pra várias emissoras de TV. Na Rede TV, no programa vespertino de Sonia Abrão, um convidado bem trapalhão, um advogado, manifestou, ao vivo, a sua torcida: “Eu espero que isso termine assim em pizza, né, e num casamento futuro entre ele e a namorada, a apaixonada dele, né? Ele tá passando uma fase momentânea, né, e ele tem a motivação de viver, porque um rapaz jovem, quando se apaixona muitas vezes se desequilibra, no caso radicaliza, mesmo. Mas isso vai terminar realmente em final feliz, graças a Deus, eu tenho plena certeza e convicção disto”.
Este vidente sem noção esteve longe de ser o único a descrever Lindemberg como um jovem trabalhador e bem intencionado, apenas um pouquinho nervoso, o que era compreensível, né, pobrezinho. Toda a cobertura (absolutamente sensacionalista) da mídia tratava o caso como algo individual, não uma epidemia que mata dez brasileiras por dia, todo dia, quase todas pelas mãos de quem deveria amá-las, seus maridos e namorados, ou por ex-parceiros que não aceitaram o fim da relação. Diante dessa percepção equivocada, feministas e mulheres em geral tiveram que desenterrar gritos de guerra de três décadas atrás, como o velho “Quem ama não mata”.
O caso Eloá também foi marcante pra mim porque eu estava no começo do blog. Pela primeira vez me dava conta do tamanho da misoginia no Brasil. Surgiram várias comunidades no Orkut dispostas a defender Lindemberg e condenar as vítimas. A mais famosa chamava-se “Eloá virou presunto”, em que a “Ordem dos Homens de Bem” felicitava-se porque Eloá seria agora comida embaixo da terra. Eu não sabia na época, mas sei hoje quem são esses “homens de bem” –- os mascus sanctos. Os mesmos que hoje mantém blog misógino e racista ameaçando pessoas (eu inclusa). Há quase quatro anos eles cometem seus crimes com total impunidade.
Mas pelo menos alguém foi a julgamento esta semana. A cobertura do julgamento de Lindemberg foi outro carnaval da mídia, que se recusa a contextualizar o assassinato de Eloá. Porque não é um caso só, são muitos. Chamou a atenção que a juíza, a promotora e a advogada de defesa eram todas mulheres. Também chamou a atenção que, no júri, havia seis homens e apenas uma mulher (o júri é sorteado). Não havia dúvida que Lindemberg seria considerado culpado; a dúvida era quantos anos de prisão ele iria pegar. O júri agiu muito bem: deu-lhe pena máxima, 98 anos e 10 meses (lembrando que no Brasil é impossível ficar preso por mais de três décadas).
Devemos ficar felizes com o resultado, porque a justiça foi feita. No entanto, nesta mesma semana (como em todas as semanas), houve vários casos aleatórios de violência contra a mulher. Só lembrando de cabeça: seis mulheres foram estupradas, duas mortas, numa festa de aniversário na Paraíba; uma menina de 12 anos foi estuprada dentro de um ônibus, no Rio; em Pernambuco, no meio da rua, um marido espancou sua mulher e a enteada de 13 anos com pedaços de pau (as pessoas filmaram as agressões, mas ninguém apartou); em Minas, uma mulher de 64 anos foi estuprada e morta em sua casa; no Rio Grande do Sul, uma moça quase tem sua vida arruinada por um stalker, e precisa de proteção policial; em Santa Catarina, um marido ateou fogo à mulher, e, em Sergipe, mais um marido ateou fogo, mas neste caso nas partes íntimas da mulher (Naomi Wolf explica porque agressores de mulheres têm preferência por destruir partes do corpo associadas à feminilidade).
Isso tudo é de memória, e só o que eu acompanhei esta semana. Como se vê, não são casos isolados. Não são crimes passionais causados por psicopatas. Não são regionais, nem acontece só no Brasil. Não é uma fase. Esta é uma realidade terrível de mulheres que são agredidas e mortas não por terem feito algo de errado, mas por serem mulheres. Podemos culpar o governo, aliás, os governos, todos os governos de todos os tempos e lugares. Podemos culpar a polícia. Podemos culpar a mídia. Mas isso é cômodo demais. Que tal nos perguntarmos como mudar essa situação? Mas não me sinto confortável em fazer essa pergunta aqui, num blog feminista, que luta contra a violência, ou em fazer essa pergunta pras vítimas. Quero fazer essa pergunta a quem me chama de vitimista por mencionar esses crimes, a quem me chama de maluca por querer que os homens assumam sua responsabilidade nesses nossos feminicídios do dia a dia: o que vocês podem fazer para acabar com essa violência de gênero? Sim, vocês. Vocês são parte do problema. Atacar feminista é fácil. Mas não é o feminismo que estupra e mata mulheres. É o machismo.

102 comentários:

Sandra disse...

Acho que a pior coisa que poderiam ter inventando é a abertura para se comentar notícias diretamente onde elas são veiculadas, qdo na internet. Sobre essa menina de 12 anos, eu não li nem uma, nem duas vezes gente indagando "por que ela não gritou" ou o famoso "será q foi estupro mesmo". Ai que ódio.

Anônimo disse...

Li hoje um post de uma ex-professora do Lindeberg falando como ele era bom aluno, como fez apenas uma "burrada" e como os pais da Eloá tiveram culpa pela morte dela ao deixar que uma menina de 12 anos namorasse um caa bem mais velho.

Anônimo disse...

Sempre fico chocada com essas violências contra a mulher, principalmente meninas. Para essa gente sem consciência que nem merece ser chamada de gente, deveria ter penas mais duras, castração inclusive. Pois se não sabe se conter, corta fora!
Beijinho, Lola.

Anônimo disse...

já perdi a fé na humanidade =/

Allice disse...

"Mas isso acontece todos os dias."

"Todos os dias? Eu não perco um filho todos os dias!"

(A flor do meu segredo)

Danieli disse...

Nessa história toda, eu ainda não consegui entender como uma mulher se prontifica a defender um cidadão desses. Mesmo os defensores públicos possuem vários parágrafos do código civil que eles podem utilizar para abster-se de advogar uma pessoa. Acho que ela realmente não soube pesar a gravidade do ato que este homem cometeu contra uma mulher.

Sandra disse...

Porque todo mundo tem direito a justo processo, oras.

Lorena disse...

O mais difícil é mesmo ver como o feminicídio é tratado pela mídia e sociedade; ou melhor, como NÃO é tratado, como é ignorado e cada caso desse é individualizado como "mais uma loucura" de um psicopata qualquer.

Não existe essa de "crime passional"; não é um transtornado qualquer; não é um louco; esses crimes não são esporádicos, não acontecem de vez em quando, nem aqui no Brasil nem em qualquer outro lugar do mundo. Mulheres são mortas diariamente, em todo o mundo, sistematicamente, pelos homens com quem convivem. E existe UM motivo apenas: misoginia.

É preciso dar nome aos bois, já passou da hora da sociedade assumir o que acontece com essas mulheres, aliás, com nós mulheres, porque estamos todas sujeitas a passar por isso. Porque não há nada que possamos fazer pra evitar. O problema não é conosco, mas com quem disse aos homens que eles têm direitos de "posse" sobre a vida de uma mulher.

Daní Montper disse...

Lola, para mim você resumiu tudo aqui:
"os homens assumam sua responsabilidade nesses nossos feminicídios do dia a dia: o que vocês podem fazer para acabar com essa violência de gênero? Sim, vocês. Vocês são parte do problema. Atacar feminista é fácil. Mas não é o feminismo que estupra e mata mulheres. É o machismo. "

Nós, mulheres, feministas principalmente, lutamos contra isso há anos e já tivemos algumas poucas vitórias - após muita, muita luta - mas isso não vai resolver o problema enquanto os homens também fizerem a sua parte - não agredir, educar filhos para não agredirem, denunciar casos de agressão, não compactuar com agressores de forma alguma, não ser conivente, fingir que não é com ele quando os amigos começam a falar atrocidades defendendo agressores ou contando casos de agressão como se nada, etc.
Eles são mais responsáveis por isso do que nós mulheres.
Se eu que nunca fui agredida e nunca agredi ninguém me sinto responsável por cada uma dessas histórias de horror, como eles podem lavar as mãos quando é o gênero deles o maior agressor do outro e do seu próprio?

Carol M disse...

Vc falou td Lola! E aqueles que tem consciência do que está errado, tornem-se parte da solução ao invés de fazer "mimimi, mas eu não faço isso, sou legal..." .

Beatriz disse...

Eu lembro bem do caso Eloá pq foi meu primeiro contato com o feminismo. Estava na faculdade de Comunicação Social na época, e lembro de ter debatido com colegas o absurdo da cobertura da mídia. Lembro de estar no laboratório da faculdade trabalhando e alguém falar "Cara, corre aqui, vc não acredita, ele está na Sonia Abrãao, q abusrdo!".
Era ativa em comunidades de música e moda alternativa no orkut, geek, passava muito tempo online, e alguém me mandou um link dessas comunidades q vc citou, Lola, sabendo q eu poderia espalhar e pedir denúncias. Não sabia o q era mascu na época, mas fiquei horrorizada. Foi qdo aprendi a fazer denúncias a safernet e à polícia federal. E qdo comecei a ler sobre misoginia.

Sara disse...

Mais uma vez vc expressa tudo o que muitas mulheres queriam dizer Lola, inclusive eu. Esse tema é um assunto muito complexo, sabemos que no passado muitas mulheres sofriam violência, e muitas morriam, e a não ser que fossem mulheres famosas como Angela Diniz assassinada por Doca Street, ou Eliana de Grammont assassinada por Lindomar Castilho, os crimes de violência domestica e a famigerada "DEFESA DA HONRA" praticados contra mulheres comuns nem eram noticiados ou tinham repercussão.
Mas as estatísticas que tenho conhecimento e a mídia que traz noticias diariamente sobre esse tipo de crime assustam, , e mais ainda quando vejo casos como esse de Queimadas na Paraíba sequer terem a atenção da imprensa, fico imaginando quantos e quantos outros casos como o relatado por uma comentarista que é repórter aqui mesmo no seu blog, nunca vão chegar ao conhecimento do grande público.
Um dia um mascu disse num desses blogs asquerosos, que o aumento desses crimes são gerados pelo sentimento de inferioridade masculina diante da mulher, que o homem não suporta esse sentimento.
Ele tem sempre q se sentir superior, e como aceitar ser descartado por uma simples mulher?
Não sou homem, nunca vou compreender os motivos de tanto ódio e tanta maldade, não consigo imaginar que razões podem levar tantos e tantos homens a fazerem um verdadeiro massacre contra nós mulheres.
Infelizmente fui vitima de um homem
assim, e tenho amigas bem próximas que também passam por isso.
É horrível ter q viver com isso.
Não da pra saber o q se passa na cabeça de um homem que faz isso, e pior é que nem eu nem minha amiga nunca conseguimos ter ódio desses homens muito pelo contrário, o que eu percebo é q a maioria dessas mulheres que são vitimas de homens assim tem pena, e fazem ou fizeram de tudo pra que esses homens seguissem suas vidas em paz, mas não é isso que eles querem.
O que eles querem???

N. M. disse...

Você sintetiza minha dor, Lolinha.
Feminismo é uma arma contra toda essa opressão. Às vezes eu só queria fechar os olhos e acordar quando esse pesadelo acabar. Mas vai acabar?
Dói questionar até quando a sociedade vai ser machista violenta e alienada, com nós, mulheres, e estúpida e manipuladora com os homens.



Eu tenho medo de viver, afinal, eu sou mulher.

Blanca disse...

Esse post me deu arrepios.

"não são casos isolados. Não são crimes passionais causados por psicopatas. Não são regionais, nem acontece só no Brasil. Não é uma fase."

A última parte tb.

Acho que foi o pior caso de polícia que já vi. Se o Brasil quisesse fazer uma série tipo Flashpoint (série policial canadense), não ia colar nada bem.

Unknown disse...

Pão e Circo. Esse julgamento virou entretenimento. Serviu para fingir que existe justiça no Brasil. Independente de quantos anos ele pegasse de prisão eu continuaria insatisfeita. Porque a Eloá não foi a primeira nem a ultima que sofreu essa violencia. Igual o caso Nardoni. Não adianta, não é pra todo mundo. É pro caso que foi televisionado e virou reality show, é pra menina branca de classe média. Mas não é pras mulheres e crianças que vivem na favela, que sofrem abusos diariamente... aaarg. Falar que existe justiça no Brasil por causa desse julgamento é o cumulo da ignorância.

Iara De Dupont disse...

Pois é, o outro lado...Ontem mesmo no meu blog escrevi sobre o tráfico de mulheres, me perguntando sobre isso, quem são os homens que são capazes de pagar para ter sexo com uma mulher que está prisioneira e não tem como se defender ? Não vejo como acabar com o tráfico de mulheres enquanto não se resolver a questão dos homens que `consomem´´ as mulheres assim.Porque é uma indústria, que sequestra e mantém em cativeiros mulheres para serem prostituidas.É fundamental saber o que leva um homem a querer ter sexo com uma pessoa espancada e amarrada e depois então acabar com o tráfico.Por que sempre se fala em prostituiçao ,mas não se fala na quantidade enorme de homens que vão atrás disso ? É a lei do mercado, sem eles não existiria a prostituição.São eles que tem que parar esse trem.

L disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André disse...

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/1049107-briga-de-marido-e-mulher.shtml

Eduardo Marques disse...

Lola, vc é muito neurótica e vê as coisas sob um ponto de vista extremamente defensivo. Não acho que as pessoas devam passar a mão na cabeça de quem faz esse tipo de coisa, mas também não é para ficar demonizando tanto quem faz algo assim.

UP! - UFRRJ disse...

Lola,me lembrei de vc ontem...comecei aprocurar sobre orcas porque baixei aquele filme de 1977 e quandso fui ver atrilha sonora no youtube,tinha vários comentários apaixonados sobre o sofrimento das baleias e tal,que é absurdo adestrar baleia para servir de diversão...mas e adestratar,violentar,traficar,matar mulheres,ninguém fala nada.Me deu nojo.É inacreditável a total falta de empatia com o sofrimento feminino,sem falar que grande parte dos ativistas são homens,que provavelmente(ainda mais se tratando dos EUA e demais países ricos)já visitaram um strip/lap dance club ou um bordel.Tomei nojo de tudo e espero poder encontrar grupos na minha cidade para combater esta hipocrisia nogenta destes ativismos.E um me escreveu mas tive nojo de ler...posso te enviar,Lola?Vc parece estar mais equilibarada do que eu.
E Iara,o ataque á demanda e projetos para punição de clientes de prostituição já existe no exterior.Vc pode procuirar por NOT FOR SALE,que é uma campanha na Europa contra prostituição.Se desejar mais,entra em contato comigo,meu email está no meu profile.

Beatriz disse...

Eduardo

Não entendi uma coisa no seu comentário: vc qdo disse "demonizar quem faz coisas assim" se referiu ao Lindemberg ou à mídia? (é que a Lola critica os dois no texto)

Anônimo disse...

A violência é algo generalizado. Veja esse caso em que o homem perdeu a guarda dos filhos e deveria enviá-los para outro estado. Como ele nunca mais poderia ver os filhos ele preferiu matá-los e cometer suícidio, igual aquele professor de Direito da USP.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1050160-homem-e-suspeito-de-matar-os-quatro-filhos-a-machadadas-em-mg.shtml

E tem também o caso do filho que matou a mãe a facadas para pegar o seguro de vida de R$50 mil e quitar o financiamento do apartamento.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1049688-filho-confessa-ter-matado-jogadora-de-volei-em-sp-diz-policia.shtml

EdFurtado disse...

Falei num outro post que não me sinto culpado quando esse tipo de coisa acontece, cada um que carregue a culpa pelo que faz e deixe os outros assumirem sua responsabilidade. Não quer dizer que eu não queira ajudar. Estou lendo um livro chamado "No more mr. Nice guy", não achei cópia em português, mas creio que todos os homens da minha geração(dos 15 aos 30) podiam dar uma olhada nele, ali se explica um tipo de síndrome criada nos homens mais novos, que apesar de serem mais sensíveis e legais que seus avôs(avós?) não tem um bom relacionamento com as mulheres e nem com outros homens, ajudando a superá-los esse condicionamento negativo e fazer com que desenvolvam relacionamentos saudáveis com as outras pessoas, especialmente mulheres.

Anônimo disse...

Enquanto alguns países discutem se a morte seletiva de bebês é ou não um direito da mãe, na Holanda o governo já oferece um serviço à domicílio para quem decide fazer suicidio.

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1050133-holanda-tera-unidade-movel-para-eutanasia-em-domicilio.shtml

E para piorar, aqui nos EUA, a cada 10 crianças, uma vive com um alcoólatra na família.

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1050190-um-a-cada-10-menores-vive-com-pai-ou-mae-alcoolatra-nos-eua.shtml

Pandora disse...

Eu estava em uma copiadora ontem enquanto o resultado do julgamento saia e ouvia um carinha dizer que sentia pena dele, era um rapaz trabalhador! Fiquei doente de raiva, é incrível isso, vc é vítima de violência mas de repente vira a culpada...

Anônimo disse...

Iara

Quanto a essa questão do tráfico de mulheres eu recomendo um filme francês de Luc Besson. Simplesmente fantástico e trata sobre essa realidade com muita ação.

Aqui nos EUA o nome desse filme é "TAKEN" que significa levada, carregada, tomada. Ai no Brasil pelo que vi o nome do filme é "Busca Implacável".

Esse filme reúne os piores pesadelos que ronda a mente dos masculinistas e também os piores pesadelos que ronda a mente das feminista. Qualquer pessoa que assista esse filme sente um frio na barriga.

Recomendo.

Heloá disse...

Esse post é um abrir de olhos, Lola. Um chamado à luta! A sair das nossas vidinhas confortáveis e confrontar esse machismo que está em todos os lugares, nas piadas dos amigos, nos comentários da família, nos comerciais de tv...
O que mais me choca nessa alienação toda é a postura machista que muitas mulheres assumem negando essa realidade opressora e justificando, até ratificando o machismo.
Por isso que digo que esse post é um abrir de olhos: não dá mais para nos indignarmos, ficarmos chocadas e só. Vamos começar um movimento de mudança nos nossos convívios diários, combatendo toda semente de misogenia que encontrarmos, vamos nos unir, reivindicar e destemidas realizar mudanças maiores...

Nara disse...

"Talvez eu seja excessivamente kantiano" - esse Helio Schwartsman é muito pedante mesmo...
Até entendi o ponto dele mas... não dá!
"Deixemos, porém, a filosofia de lado e abracemos a sociologia. Alguém já disse que sujeira pouca é bobagem. Dado que estas ideias deixam minhas amigas feministas furibundas, façamos o serviço completo. Gostamos de imaginar a violência doméstica como mais uma manifestação da luta do bem contra o mal, na qual um agressor desequilibrado covardemente ataca uma vítima mais fraca e inocente."


o cinismo com ele fala "minhas amigas feministas"... mas o que falar de um cara que acha que jovens não conseguem tomar decisões complexas porque a neurociência (ah, a neurociência, toda semana na Veja...) diz que o cérebro ainda não está formado... (estou me referindo a um texto nojento dele sobre a greve estudantil da USP)... e agora ele fala: "todos os cidadãos, independentemente do gênero, são seres humanos completos e capazes de fazer suas escolhas em qualquer situação." E todo o contexto de medo, de cultura machista por trás do silêncio das vítimas? Por isso que a decisão foi acertada - é muito pedir a empatia do articulista?

Beatriz disse...

Nara eu li esse texto aí e achei bobo por um motivo muit, muito simples: se o caso for uma acusação injusta, está rolando um processo não? O processo prova, ok, fica td certo. Crime de calúnia existe tb. E todo mundo está sujeito.
Agressão consumada e provada, se a mulher denuncia ou não, não interessa, o cara batendo é crime, sendo pouco, sendo muito (e vale pro contrário tb gente, crime de agressão é crime de agressão). Não quer ser denunciado amigão? Não bata.
E olha essa notícia: http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=16223&t=Central%20de%20atendimento%20a%20mulher%20recebeu%20mais%20de%20600%20mil%20ligacoes

Cárcere privado. Como uma vítima em cárcere privado vai fazer a denúncia?

Sara disse...

Engraçado Eduardo Marques o homem que me ameaçou sempre diz exatamente as mesmas palavras que vc disse no seu comentário, que sou neurótica, que fico demonizando os homens e coisas do tipo.
E te garanto que ele ja cometeu muita violencia e ameaças, mas parece que se esquece disso.
Vc tb é assim????

Bruno S disse...

Todo o show sobre o julgamento, a torcida para que o rapaz pegue a pena máxima acabam fortalecendo a ideia de que é um caso isolado. De que apenas ele é doente, malvado, descontrolado.

Tanto a ideia de pena dele (tadinho, se descontrolou) quanto a de raiva extremada sobre o rapaz (é um montro, pena de morte) ajudam a ideia de que não há um fenômeno maior em volta.

Falta deixarmos claro que por trás disso há um sentimento de propriedade dos homens em relação às mulheres com quem se relacionam.

p.s. Sobre o articulista da folha citado por aí, acho que ele alterna bons e maus artigos, mas gosta mesmo é de polemizar. Geralmente se sai bem quando fala de ciências naturais ou religião e muito mal quando entra nas ciências humanas.

Milene Lima disse...

Aqui, em Arapiraca/AL, onde moro, uma colega de trabalho morreu carbonizada em meados do ano passado porque o marido resolveu atear gasolina e queimá-la. A filha, enteada do sujeito, escapou apenas porque depois de tentar estrangulá-la, o infame achou que a adolescente já estava morta. É assim, a gente via coisas pela TV, mas elas acontecem agora em todo canto, com todo mundo. E nada é feito.

Gosto muito de "ler" sua voz, Lola.
Beijos.

André disse...

Nara,
A meu ver o ponto principal do texto do Helio Schwartsman é que metade das agressões físicas começam com agressões verbais de parte a parte, e que nesses casos não faz sentido demonizar exclusivamente o homem.
Para a outra metade a discussão poderia tomar o rumo do que a Daní Montper disse, o que fazer? Ela sugere "não agredir, educar filhos para não agredirem, denunciar casos de agressão, etc." Quem já faz isso não precisa fazer mais nada? Qual o papel da escola? Um kit antiagressão ajuda?

Nara disse...

André, concordo: o que a Dani Montper diz é totalmente válido e importante! Massss o que a Beatriz disse é a resposta para a primeira parte do seu comentário...Não se trata de demonizar os homens, mas precisamos ter foco, por favor! Existem muitos casos trágicos, que não se resumem a um bate-boca, a beliscões (que na concepção do Helio é coisa leve, boba, imagine!): dessa forma, retormar o que a Dani disse é fundamental.

Relicário disse...

Essas notícias são todas estarrecedoras para mim. Meu esposo fala que sente vergonha total de ser homem quando ouve alguma notícia dessas, mas na verdade acho que todos somos um pouco culpados por esse tipo de coisa. Porque na maioria das vezes somos negligentes, consentimos... Pra mim quem assiste uma injustiça e não se opõe é quase tão culpado quanto quem a comete...o descaso condena milhares pessoas todos os dias e a maioria de nós fica só no discurso do sofá.
Não consigo crer que um homem estupra uma menina de 12 anos num ônibus e ninguém faz nada... é inconcebível.

Hoje mesmo, veio até meu escritório uma menina de 16 anos, ela veio em busca de ajuda para pedir alimentos ao pai que não paga há 02 anos...
Durante a consulta esclareci que sendo ela menor de idade o processo teria que ser movido pela mãe, foi quando me surpreendi com a afirmação dela de que a mesma já era casada desde os 14 anos de idade.
Bom, na verdade não me surpreendi com o fato dela já viver em união estável, sei bem que isso é corriqueiro, mas a minha surpresa foi saber que o suposto marido a proibia de sair de casa, de estudar ou trabalhar. Fiquei extremamente preocupada e alertei o quanto isso era absurdo..., me coloquei a disposição para ajudá-la, caso precisasse, e passou um filme na minha cabeça, como se o futuro dessa menina já estivesse traçado para não acabar bem, pois fiquei imaginando se ela desobedecer o tal marido o que aconteceria...

Essa cultura absurda que põe nas mãos dos homens o destino de nós mulheres é muito mais do que revoltante, é humilhante é indigna, e é principalmente triste, como os olhos daquela menina que sentou na minha frente e chorou...

André disse...

Bruno S,
Se você usou o termo polemizar com sentido pejorativo eu não concordo contigo. O Hélio Schwartsman costuma indicar referências para os achismos dele que, pelo menos no meu caso, obriga a uma reflexão. É muito mais do que faz a maioria dos articulistas da imprensa gorda que não consegue sair dos chavões ou até de ofensas rasas.

Clara Morais disse...

Já perdi a pouca fé que eu tinha na humanidade e juro que nunca mais cogitarei a possibilidade de botar mais gente nesse mundo de merda.

Anônimo disse...

Pandora 17 de fevereiro de 2012 13:43

pois é, seria bom o cara saber que na prisão tb há muito srviço a ser feito por prisioneiro trabalhador... se o criminoso é um homem trabalhador, vai ter de décadas pra trabalhar duro.

Marilia disse...

Sinceramente, às vezes tenho vergonha de uns comentários aqui: estamos falando de mulheres mortas por serem mulheres, por não quererem ser obrigadas a estar com alguém de quem não gostam e alguém fala em "demonizar" demais? Não fossem as estatísticas mostrando que as mulheres estão morrendo, eu preferiria ignorar tal comentário, mas é daí que vem toda a violência. Vem do fato de a sociedade ignorar que o machismo (que existe e não é coisa de feminista furibunda) mata.

Machismo mata.

Anônimo disse...

LoLa, vc já leu o livro abaixo?
"Meninas da Noite", de Gilberto Dimenstein
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/m/meninas_da_noite

Se vc não leu, vai ter interesse em lê-lo. Veja aí se é fácil conseguir o livro... foi publicado há vários anos... uma amiga do Brasil me enviou um exemplar que ela encontrou mum sebo. Bem, eu te mando o meu se vc não encontrar aí.

Anônimo disse...

ah, sim, quero comentar que seu post está ótimo e ainda estou aqui tentando tragar o que li... tá difícil, LoLa, difícil mesmo.

Ralf disse...

A criminalidade deve ser combatida independente de sexo, mas muitos se esquecem que de cada 10 vítimas de assassinatos, 9 são homens, mas parece que pra imprensa a vida da mulher tem mais valor do que a dos homens, talvez seja devido a comoção, já que há pouquíssimos assassinatos envolvendo mulheres.

Ralf disse...

MARÍLIA, o feminismo não mata?

Não to defendendo o machismo, mas o feminismo mata muito mais, ou pra vc fetos humanos não tem vida? Pq pelo que eu saiba quem defende o aborto com todas as forças são as feministas e não os machistas.

Unknown disse...

Umas das poucas pessoas q vi na mídia não focar nisso de ser um crime passional, foi a promotora do caso, dizendo que não é um caso isolado, que acontece todos os dias porque se "coisifica" o parceiro, ficam se achando donos do outro

Anônimo disse...

Ralf, e quem mata esse grande número de homens? São as mulheres ou são os próprios homens?

Eliane disse...

Ao ler sobre o stalker, lembrei-me de minha prima, moça de 21 anos que após entrar num ônibus teve sua vida virada num inferno. Um stalker a viu, gostou, foi atrás de infos sobre ela e de repente, sabe tudo sobre ela, família, etc. A vida dela parou. Não sai, perdeu namorado, amigos, trabalho, tudo. Todos colocam a culpa nela, dizendo que ela deve ter dado bola. Quais os direitos dela nesse caso?

Loja Moeggall disse...

Relicario, pelo que entendi, se a menina já é casada ou está numa união estável, é considerada maior de idade, não? Aí cessa a responsabilidade do pai de suprir alimentos, né? Bom, até aí, vc não pode fazer nada como advogada. Mas a Lei Maria da Penha permite que vc interceda pela cliente, você pode invocá-la desde que sua cliente parece estar sendo oprimida pelo marido, hein? Vai esperar o pior?

Bjs

Loja Moeggall disse...

Li, um completo estranho perseguindo uma mulher há tempos incide na Lei Maria da Penha tb, né não? Mesmo não incidindo, o juiz pode determinar que o stalker dê distância de 300m da mulher. Nesse caso ela poderia pedir porte de arma, fazer curso de tiro...homem doente mental NÃO GOSTA DE MULHER-MACHA, que sabe se defender.

Loja Moeggall disse...

E outra, onde estão os homens da família da sua prima, Li?

Loja Moeggall disse...

Pq pelo que eu saiba quem defende o aborto com todas as forças são as feministas e não os machistas.(Ralf)

Por que os machistas defenderiam o aborto se não ficam grávidos e abandonam lindamente as que eles engravidaram, Ralf? Você acha que o Bruno do Flamengo queria ter o filho da Elisa Samudio? Queria não. Fez tudo prá ela abortá-lo e depois a esquartejou porque foi chamado a arcar com as consequências.

Saiba você que muitos abortos são forçados e pagos pelo pai da criança, viu, acorda prá cuspir.

Anônimo disse...

Eloá mereceu. Ficou infernizando o homem apaixonado para se divertir sadicamente às custas de seu sofrimento, e a brincadeira da "doce menininha inocente" terminou mal.

Homem não agride sem ser provocado.

Adriana disse...

André, já li os textos do Hélio e gostei de alguns, mas desde que ele previu que a gripe suína atingiria 35 milhões de brasileiros que passei a ter o pé atrás com ele. Concordo com o BrunoS que ele alterna bons e maus artigos, mas daí ficou muito difícil ler o cara e ficar pensando se são bons argumentos ou é se são só maus argumentos com boa articulação. Esse texto de marido e mulher tá mais pro segundo caso.

O que é bem ilustrativo do que está nessa discussão, o foco das ações, dos discursos, dos debates tem que ser pelo fim da violência contra a mulher, tem que ser pela desconstrução de ideias como "ela mereceu/pediu/fez por onde ser estuprada e morta", que essa violência é crime e quem cometê-la deve ser punido.

Em vez disso, a gente tem que ver, na semana que o caso Eloá volta a tona, um cara de um grande jornal defender os "homens que não fizeram nada de muito grave e que correm o risco de ser punidos ou até presos" (em função do julgamento do STF sobre a da Lei Maria da Penha). Que balança é essa que, numa semana em que estão tão visíveis as barbaridades contra as mulheres, alguém ache preferível fazer uma defesa... dos homens? Difícil demais.

O que me consola são os blogs como o da Lola, imagina se eu tivesse de viver dos articulistas da Folha, affe...

Alex disse...

Só uma pequena correção: quem fixou a pena de Lindeberg foi a juíza. Os jurados apenas o declararam culpado. A fixação da pena é uma momento muito técnico da sentença condenatória. São necessários conhecimentos jurídicos mais aprofundados para sopesar todas aquelas causas atenuantes, e agravantes, etc. e tal. E ainda tem gente que achou a pena exagerada... E só foi tão alta porque Lindeberg foi condenado por um concurso de crimes: homicídio doloso, tentativa de homicídio, cárcere privado, entre outros. Acho o machismo lamentável. E aqui no Brasil ele é altíssimo. Saíram alguns artigos sobre a relação sexual entre dois participantes do BBB. Em quase todos os comentários dos leitores a mulher era chamada de nomes de baixo calão, que você pode imaginar quais são, mas nada se dizia sobre o rapaz. Ou seja, o homem está livre pra fazer sexo com a mulher que ele quiser, mas a mulher não. É esse mesmo sentimento que leva tanta gente a sentir pena de Lindeberg. A pena me pareceu justa. Espero que ela não seja reduzida, mesmo sabendo que a redução não vai ter efeito prático nenhum, já que ele só pode cumprir no máximo 30 anos, e, mesmo assim, redutíveis se ele cumprir os requisitos necessários à progressão do regime do cumprimento da pena.

Loja Moeggall disse...

Esse crime só aconteceu porque a POLÍCIA É MACHISTA E SOLIDÁRIA COM O MACHISMO. Ela não entende E NÃO QUER ENTENDER que o homem que não tolera uma rejeição e parte prá eliminação de quem o rejeitou NÃO VAI MUDAR DE IDEIA. Isso foi o que a procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, Luiza Nagib Eluf disse com todas as letras no 'Entre Aspas' de terça-feira passada. E conta tudo no livro A Paixão no Banco dos Réus.

Loja Moeggall disse...

De quem vc está cobrando providências e atitudes, Lola? De homens que se consideram machistas, dos que NÃO se consideram machistas, dos que NÃO são machistas, dos legisladores homens, do Congresso, dos próprios assassinos, estupradores, traficantes de mulheres, abusadores de crianças ou dos bebezinhos órfãos de pai que a atacam pela internet?



"Quero fazer essa pergunta a quem me chama de vitimista por mencionar esses crimes, a quem me chama de maluca por querer que os homens assumam sua responsabilidade nesses nossos feminicídios do dia a dia: o que vocês podem fazer para acabar com essa violência de gênero? (Lola)

Loja Moeggall disse...

Desde já fique claro que os bebezinhos como tb os perpetradores do feminicídio não são parte do problema. Eles são O PROBLEMA. Quando foi que problemas se resolveram sozinhos e se auto-eliminaram?

Loja Moeggall disse...

Sim, vamos matar/castrar/capar os homens e ver se eles vão dizer que eles mereceram/fizeram por onde/pediram, hein, Adriana? :))

Bjs



"O que é bem ilustrativo do que está nessa discussão, o foco das ações, dos discursos, dos debates tem que ser pelo fim da violência contra a mulher, tem que ser pela desconstrução de ideias como "ela mereceu/pediu/fez por onde ser estuprada e morta", que essa violência é crime e quem cometê-la deve ser punido." (Adriana)

Loja Moeggall disse...

Mulher que mandou matar é absolvida em Recife

Severina Maria da Silva, de 44 anos, acusada pelo assassinato do pai, foi absolvida por unanimidade nesta quinta-feira (25/8) durante julgamento no Fórum Thomaz de Aquino, em Recife. De acordo com os autos, ela contratou dois homens para matar o pai no dia 15 de novembro de 2005. Severina sofria abuso sexual desde os 9 anos de idade e teve 12 filhos com o pai, Severino Pedro de Andrade. A informação é do Estadão.

Dos filhos que teve com o pai, na zona rural de Caruaru, no agreste pernambucano, sete morreram. Os cinco que sobreviveram, com idade entre 12 e 19 anos, assistiram ao julgamento. Segundo ela, a decisão de matar o pai se deu após ele tentar estuprar uma das filhas, na época com 11 anos.

http://www.conjur.com.br/2011-ago-25/mulher-mandou-matar-pai-serie-abusos-sexuais-absolvida


PRÁ BOA ENTENDEDORA...

grifos meus

Adriana disse...

"Sim, vamos matar/castrar/capar os homens e ver se eles vão dizer que eles mereceram/fizeram por onde/pediram, hein, Adriana? :))

Bjs "


Huuummm, deixa eu pensar... Não?

Bjão!

Pam disse...

Lola,

É a segunda a noite que passo algumas horas lendo vários dos teus textos tão instigantes. Não conhecia seu blog.

Diante da barbárie, muita gente perde a fé na humanidade. Mas o teu posicionamento demonstrado através de argumentos coerentes fortalecem a minha fé.

Não sou feminista, mas tenho respeito por quem se coloca como tal, porque acho que a causa de oprimidos precisa ser defendida com conhecimento específico.

Com isso, quero salientar o que há em comum na busca de direitos daqueles que são desrespeitados, oprimidos, violentados, humilhados, (sejam mulheres, homossexuais, negros, idosos, pobres, nordestinos), é a luta por aquilo que é devido a todo e qualquer SER HUMANO. Não são seres de espécies diferentes!

Essa bandeira comum é evidência de que nenhuma causa é mais relevante que outra, são todas igualmente importantes. Só são o recorte de algo maior. Pra muita gente ainda falta essa compreensão, me parece.

Obrigada Lola. Que se mantenha em você a energia necessária para militar por uma revolução lenta, porém possível. Parabéns.

Laulau disse...

Acho que a raiz de todo esse problema está nesses pontos:
1- Nós ensinamos as nossas filhas a se protegerem para não serem abusadas e esquecemos de ensinar aos nossos filhos a respeitarem as mulheres
2- a nossa sociedade machista diz que só a mulher que tem o dever de criar as crianças,enquanto que o homem fica livre,ou seja,o macho não tem obrigação nenhuma na criação
mas se essa é uma norma ditada pelo machismo e como são as mulheres(mães)que criam os homens(machistas)há de perceber que tem algo errado aí,né?
então conclui-se que:
se você,mulher,quer o fim da violência contra as mulheres,quer o fim do machismo,que crie direito os seus filhos,oras!
somos nós mulheres que temos o poder de mudar a nossa sociedade

André disse...

Adriana,
Ele realmente pisou feio na bola com aquela previsão. Mas no geral as opiniões dele são sensatas e as referências são de qualidade.

Marilia disse...

Ralf, feto para mim não é um ser humano ainda, mas não é essa a discussão aqui. Há outros posts em que você pode falar sobre sua posição sobre aborto e isso não tem nada a ver com o assunto em questão.

Em discussão aqui está o fato de o machismo matar pessoas com família, história, desejos, vontades e sonhos, não algo ainda a existir.

Aqui está em discussão o fato de muitas mulheres estarem morrendo porque algumas pessoas acham que têm direitos sobre essas mulheres, que elas não têm o direito de decidir o que querem para si próprias.

Não venha desviar o assunto.

João Suado disse...

Vocês não são capazes de discutir o que leva um homem a cometer crimes dessa espécie porque vocês não são homens, vocês não sabem o que é ser homem, vocês não sabem o que passa na cabeça de um homem.
A sociedade humilha os homens, irrita os homens, provoca os homens, instiga os homens a usarem toda sua agressividade. Mas quando crimes desta espécie acontecem a sociedade os reprime.

Quando o Lindemberg entrou no apartamento a Eloá e a outra pirigutezinha estavam com 3 machos.
Ou seja, boa parte desses crimes são motivados pelo nível absurdo de promiscuidade e desrespeito das mulheres hoje em dia.
É uma pena que vocês não têm coragem de assumir isso, preferem ficar se fazendo de vítimas, típica atitude de mulher.
É tipico da mulher não assumir suas culpas, sempre jogar as culpa par um homem. É típico de vocês esses mimimis

Dani Cavalheiro disse...

Novamente, Lobo Mau, vc comentou no post errado. hahahahaha

Loja Moeggall disse...

"É uma pena que vocês não têm coragem de assumir isso, preferem ficar se fazendo de vítimas, típica atitude de mulher. "(Lobo Mau)


Concordo. A Eloá devia ter dado uma bela surra e ter cortado o p. do Linderberg fora junto com as amigas piriguetes prá ele sossegar o facho e pôr o rabinho entre as pernas.



"Quando o Lindemberg entrou no apartamento a Eloá e a outra pirigutezinha estavam com 3 machos."(Lobo Mau)

Quando o Lindenberg INVADIU A CASA DA ELOÁ, você quer dizer, né?
E o que o Lindenberg tinha a ver com os outros? Que fosse cuidar da própria vida.

"A sociedade humilha os homens, irrita os homens, provoca os homens, instiga os homens a usarem toda sua agressividade." (Lobo Mau)

Larga de conversa fiada. Põe a culpa da insanidade mental na sociedade não. Vão viver na selva sem mulher alguma que eu quero ver vocês ficarem calminhos.

Sawl disse...

PARA Raphael disse...

O imbecil agora retornou(kk). Escrever "Eloá mereceu(a morte)" é muita leviandade, desumanidade e falta de caráter da sua parte.
A garota NÃO ficou infernizando o "homem apaixonado". Os pais erraram sim, deixando uma menina de 12 anos namorar um rapaz maior de idade. Quem infernizava era...ele.
O Lindemberg segundo testemunhas era um cara muito ciumento e violento. A Eloá NÃO tinha obrigação nenhuma de ficar com ele.
Nao houve brincadeira da "doce menininha inocente". Não escreva merda(aliás, vc jorra pelos dedos o que sai da sua cabeça, hehe). A garota simplesmente terminou com ele e ponto. Ninguém é propriedade de ninguém. Quando vocês homens machistas, ignorantes e babacas vão acordar e enxergar que as mulheres são seres humanos diferentes biologicamente, mas, com mesmos direitos e deveres?
Curioso: Uma mulher não mata um homem quando este termina um namoro e até mesmo um casamento de anos com ela(sim, existem mulheres que cometem crimes passionais, mas, são minoria).
"Homem não agride sem ser provocado." Desculpa de homem que não é homem de verdade, desculpa de homem que é COVARDE e precisa justificar sua fraqueza moral.
Tome vergonha na cara, um dia vc pode ter uma filha(quem sabe assim vc não vira um HOMEM DE VERDADE).

PARA Lobo Mau disse...
Claro mulheres e homens são diferentes mas, se "A sociedade humilha os homens, irrita os homens, provoca os homens, instiga os homens a usarem toda sua agressividade. Mas quando crimes desta espécie acontecem a sociedade os reprime" É culpá do MACHISMO enraizado por anos nesta mesma sociedade. Vocês machistas criaram sua própria prisão!
Veja a seguinte situação(se vc tiver o mínimo de inteligência pra isso, o que duvido).
"Fulana" casada durante 20 anos com "Beltrano" chega e o encontra com três mulheres...na cama.
Primeiro desfecho, ela o mata.
Muitos(machistas principalmente) irão alegar: ele era um pai de família, ela não devia matá-lo.
Segundo desfecho: ela sai da casa chorando.
Muitos(machistas principalmente) irão alegar: Por que ela tá chorando, ele é homem, ela é que devia chegar mais tarde!
Enfim, imbecis misóginos como vc ficariam contra a mulher!
A situação que vc relatou: "entrou no apartamento a Eloá e a outra pirigutezinha estavam com 3 machos." Eu irei lhe falar a realidade. Primeiro: Eloá TERMINOU com Lindemberg porque ele a agredia.
Segundo: Nem Eloá nem a amiga eram "piriguetinhas" sem vagabundo sem alma e sem caráter! Eram(no caso a amiga está viva, mas, sem nenhum dente porque o cara atirou na boca da garota) apenas duas meninas, duas adolescentes e se os rapazes eram amigos ou namorados isso NÃO interessa! A Eloá já tinha terminado com o Limdenberg há muito tempo e ele é que não devia ter ido tomar satisfações.
Não é o nível de promiscuidade e desrespeito feminino(não acho certo que certas mulheres se rebaixem, mas, não se pode generalizar uma parte por um todo) é o "homem"(no caso machistas babacas como vc) que NÃO enxergam a mulher como ser humano e sim como uma "coisa", uma "propriedade".
Se a culpa é da "promiscuidade" porque tantas mulheres humildes, casadas, fiéis e submissas, são agredidas e mortas por seus companheiros?!
Se a culpa é da "promiscuidade" porque um safado violenta uma criança de 12 anos que estava apenas a caminha da escola?!
Se tua: mãe, irnã, filha, etc, fosse violentada, seria culpa dela?
É uma pena que certos homens como vc NÃO tem coragem de assumir isso e preferem taxar de "vitimistas" mulheres que exigem uma sociedade mais igualitária, que denunciam violência contra as mulheres. Enfim, atitude típica de "pseudo-homem" machista.
É típico do homem machista não assumir sua culpa, sempre jogar sua culpa na mulher. Vocês deterioram uma sociedade.
Exemplos: Índia, Congo, Afeganistão, etc, países de 5º Mundo onde o Machismo dita as regras, países miseráveis e sem chance de um futuro melhor.

Sawl disse...

Agora só uma questão: alguém sabe sobre aquele Bispo de São Paulo o tal Dom Luiz Bergonzini?
Alguém com muita coragem podia perguntar para aquele padreco machista e mal caráter o que ele achou dos casos das mulheres estupradas em uma festa de conhecidos e da menina de 12 anos a caminho da escola que foi violentada por um covarde armado.
Queria ver o que este vagabundo psicopata de batina iria responder.
Afinal ele já se retratou por dizer em uma revista que toda mulher que é violentada é porque deixou ou queria"? Será que este canalha não é mais bispo?
Bom, se ele continuar sendo bispo, não estranharei afinal a Igreja Católica tem um passado e um presente misóginos e assustadores. Mulheres foram queimadas na Inquisição somente por serem desejáveis ou mendingas. Mulheres sempre foram vistas como inferiores e sempre tiveram a moral muito mais cobrada do que a dos homens. E, claro, a vigilância extrema sobre o corpo feminino pela Igreja. ALém disso não podemos esquecer os "panos quentes" colocados em cima dos pedófilos. Enfim, se este mal caráter sem alma continuar exercendo uma função da qual NÃO tem vocação, pois Jesus sempre pregou a igualdade entre homens e mulheres, não estranharei.

Anônimo disse...

"Meninas da Noite" é um livro do jornalista brasileiro Gilberto Dimenstein.

O livro é o resultado de uma série de reportagens feitas entre entre 1985 e 1995, sobre a prostituição infantil, e que foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo em 1992. Fala de meninas consideradas escravas da região Norte e Nordeste do Brasil. Foi um trabalho amplo, que durou um ano entre planejamento, investigação e publicação das matérias.

Dimenstein viajou durante seis meses pelo Norte e Nordeste do Brasil, procurando lugares onde meninas eram escravizadas sexualmente ou quase mantidas em cativeiro.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meninas_da_Noite

Lívia disse...

Fico feliz que o júri, composto majoritariamente por homens, não tenha caído no papo do 'pobre rapaz apaixonado que matou por amor'.
A pena, porém, vai ser reduzida pelo TJSP. Certeza. A dosimetria feita pela juíza tá bem errada (errada legalmente, já moralmente é outra história...). Chuto que a pena caí pra 50 anos ou menos. :/

yulia disse...

off topic...

programa panico fecha acordo com a rede bandeirantes e ameaça o cqc!!!

http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/2012/02/16/acordo-do-panico-com-a-band-causa-preocupacao-no-cqc/

fim do cqc, eu acredito!

yulia disse...

''Não acho que as pessoas devam passar a mão na cabeça de quem faz esse tipo de coisa, mas também não é para ficar demonizando tanto quem faz algo assim.''

deixa eu ver se entendi... um cara que invade um apartamento, mantém sob mira de uma arma a ex namorada e sua amiga durante 3 dias seguidos agredindo o tempo inteiro e fazendo terror, parando a cidade inteira e a polícia , mobilizando a sociedade para no fim atirar e matar uma menina de 15 anos e dilacerar a boca da amiga com um tiro não deve ser demonizado.
ta com peninha dele? leva o lindemberg pra tua casa pra fazer terror lá. é cada uma que a gente tem que ler....!!!

yulia disse...

''A criminalidade deve ser combatida independente de sexo, mas muitos se esquecem que de cada 10 vítimas de assassinatos,9 são homens, mas parece que pra imprensa a vida da mulher tem mais valor do que a dos homens, talvez seja devido a comoção, já que há pouquíssimos assassinatos envolvendo mulheres.''

tá bom ralf, agora volta pro canal do búfalo....

bom sobre o fato é o seguinte...

a policia foi covarde e omissa....
simplesmente isso, foi um festival de amadorismo que nunca vi antes. pelo que se noticiou na época
esse lixo social chamado lindemberg ficou 6 vezes na mira de um atirador de elite, a policia
teve 6 chances de abater esse cara e não o fez. outra barbeiragem, deixar a garota naiara voltar
ao cativeiro pra depois levar um tiro na boca. Ao meu ver gente da policia que fez parte da desastrosa
operação também deveriam ser penalizados.
È revoltante pensar que se a impericia não tivesse imperado, talvez eloá estivesse viva e esse lixo morto pelo atirador de elite como era o certo de acontecer!

Anônimo disse...

Educação e Cidadania
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R2412-1.pdf

Há tanto para homens e mulheres aprenderem até que a igualdade de direitos seja realmente uma conquista pra valer... textos como o acima pode sim ser um ponto pra unir ambos os lados.

yulia disse...

''A sociedade humilha os homens, irrita os homens, provoca os homens, instiga os homens a usarem toda sua agressividade. Mas quando crimes desta espécie acontecem a sociedade os reprime''

o senhor mente descaradamente quando afirma isso. deixa de baboseira,isso é desculpa esfarrapada para livrar a cara de psicopatas criminosos , lixos sociais.
vc é um apologista do crime. Nada nada , nada mesmo justifica o que ele e outros criminosos fizeram, ponto final. que morra na cadeia esse infeliz.

yulia disse...

''Quando o Lindemberg entrou no apartamento a Eloá e a outra pirigutezinha estavam com 3 machos.''

vc sofre de sindrome de corno?
vc deve ser psicopata igual ao lindemberg. eram 3 colegas estudando na casa dela... o que acha que estava acontecendo? outra coisa?
para de cornice que coisa ridicula.

Hamanndah disse...

"Não to defendendo o machismo, mas o feminismo mata muito mais, ou pra vc fetos humanos não tem vida? Pq pelo que eu saiba quem defende o aborto com todas as forças são as feministas e não os machistas.

Ralph,

Sabe onde existem mais abortos? Na ìndia. Sabe porque? por que as mulheres quando têm filhas mulheres são execradas pela familia.

Você acha que a mulher indiana,submissa demais, por conta própria, decide matar seu feto do sexo feminino?

Quanto ao feminismo e aborto, eu sou feminista e sou CONTRA O ABORTO

Entendeu ou quer que eu desenhe?

RicAlex disse...

"Beatriz disse...

Não quer ser denunciado amigão? Não bata."

E o mesmo vale pra vocês.

Não quer apanhar? Não provoque.

Anônimo disse...

RIC alex,
candidato a levar ferro da maria da penha.

Rafael disse...

"Podemos culpar o governo, aliás, os governos, todos os governos de todos os tempos e lugares. Podemos culpar a polícia. Podemos culpar a mídia. Mas isso é cômodo demais. Que tal nos perguntarmos como mudar essa situação?"

Honestamente, acho que a culpa recai sobre o governo SIM. Mais especificamente, o nosso governo atual.

O que me surpreeende nesse caso não é o machismo ou a frieza do tal Lindemberg, mas o despreparo da polícia. Lindemberg não foi o primeiro e nem será o último a manifestar tais pensamentos. Isso não dá pra prevenir (pelo menos não a curto prazo). Agora, ações fundamentadas em tais pensamentos podem ser prevenidas. Incompetência policial também.

Se a Justiça fosse mais eficiente, pessoas como esse Lindemberg passariam suas vidas trancadas em seus quartos lamentando o amor perdido e amaldiçoando esse mundo feminista injusto entre uma punheta e outra. A fraqueza (nesse caso, da Justiça) atrai a violência. Daí, a epidemia. O fato de que ele foi condenado à quase 100 anos de prisão em um país onde a máxima pena permitida é de 30 anos é tão absurdo que parece piada.

Isso me lembra uma frase do movimento civil estadunidense: "Continuem sendo racistas; nós só queremos os nossos direitos". Penso da mesma forma. Acredito que os tais "homens sanctos" têm todo o direito de serem machistas, misógenos, reacionários e frustrados. A única coisa que importa é que o Estado garanta a proteção do cidadão incauto contra ações danosas desses grupos. Que eles fiquem em seus porões trocando obscenidades e lamentando um mundo cada vez mais devasso. Só o que eu peço é um sistema legal que me proteja dessa gente.

Como o Estado não oferece nada disso, caímos nesse debate ideológico que não leva à lugar nenhum. Uma mulher ciente da misoginia social brasileira não está mais protegida de um estupro do que uma mulher alheia à toda essa discussão.

Na minha humilde opinião, toda a discussão sobre violência contra a mulher que não leve em consideração a responsabilidade estatal em zelar pela segurança de seus cidadãos (em outras palavras, zelar pelo Contrato Social) é fundamentamente inútil para a situação atual. É como discutir o dano moral da luxúria com um morto de fome. Idéias não enchem a barriga de ninguém. Não seria mais eficiente buscar garantir a melhora e o cumprimento da Lei ao invés de apelar para a consciência moral de pessoas que jamais tiveram alguma?

Deixe que eles sejam machistas. O importante é que o direito deles ao livre pensamento não suprima o seu direito à integridade física e emocional. É o mínimo que deveríamos exigir de um Estado sustentado com nossos impostos.

Len Skaviski disse...

Perdi minha filha, de 22 anos, há 9 anos. Foi assassinada pelo ex-marido com 3 tiros nas costas, saindo do meu prédio, por, depois de ter apanhado dele bebado, o ter largado e voltado para minha casa. está foragido até hoje. Diante disso, ter que ler esses comentários aqui me fazem ter vergonha de ser homem. Tem homem que é tão escroto, mas tão escroto, que num blog feminista, tratando de violencia contra a mulher, vem, na melhor das hipoteses, trollar? sério, até que nivel vai a canalhice desses homens? Por gentileza SEJAM HOMENS e se identifiquem, com nome completo e cpf. Bando de moleques.

Ralf disse...

"LisAnaHD disse...
Ralf, e quem mata esse grande número de homens? São as mulheres ou são os próprios homens?"

Me refiro a vítimas e não criminosos(as)

Ralf disse...

"Eu disse...
Pq pelo que eu saiba quem defende o aborto com todas as forças são as feministas e não os machistas.(Ralf)

Por que os machistas defenderiam o aborto se não ficam grávidos e abandonam lindamente as que eles engravidaram, Ralf? Você acha que o Bruno do Flamengo queria ter o filho da Elisa Samudio? Queria não. Fez tudo prá ela abortá-lo e depois a esquartejou porque foi chamado a arcar com as consequências.

Saiba você que muitos abortos são forçados e pagos pelo pai da criança, viu, acorda prá cuspir."

Não é desculoa, acho que vc sabe que há vários métodos pra evitar filhos, só engravida quem quer e aborto é assassinato sim, esse é o maior motivo dos quais feministas são mal vistas pela sociedade pois quem é realmente de bem não aceita esse crime.

Ralf disse...

YULIA, "volta pro canal do búfalo" hahaha, belo argumento... eu nem to lá, eu rio muito com o argumento dessas feministas...

Mas sobre o resto vc tá certa, deveriam ter estourado a cabela delem, mas sabe pq isso não aconteceu? Por causa dos "direitos humanos" que é uma organização esquerdista como é o movimento feminista, vc deve saber que os "direitos dos manos" só defende bandido, não estão nem aí pra pessoas de bem seja homem ou mulher, mas vcs que são esquerdistas e assim próximos deles, poderiam se reunir e tentar dar um jeito nisso.

Lígia Rolfsen disse...

Olá Lola, tudo bom?
Leio seu blog tem um tempo já, mas acredito nunca ter comentado em nenhum post.
Fiquei horrorizada várias vezes essa semana por esses fatos recentes, e por outros antigos, o caso de Eloá foi horrível e muitos erros foram cometidos pela polícia, acredito sim que a mãe deva receber a indenização, mas me pergunto na responsabilidade dessa mãe no que aconteceu com sua filha. Me lembro que na época a mídia veiculou a informação de que ela namorava Linderberg desde os 12 anos de idade, ocasião em que ele tinha 19 anos. Como uma mãe e um padrasto podem permitir que uma criança namore um adulto? Isso me deixa intrigada e também um pouco chocada.
Beijos,
Lígia. (:

Lígia Rolfsen disse...

Lindemberg*

Anônimo disse...

E o Pimenta neves?

Julia disse...

Não é sintomático que o Lindemberg tenha soltado os meninos que estavam no apartamento com a Eloá nos primeiros minutos do sequestro?? Ele liberou os meninos e manteve as meninas presas por 5 dias.. bem sintomático, né?

Elaine Cris disse...

Por um lado a gente pensa que justiça foi feita e estamos à salvo de pelo menos um misógino. (apesar de tantos outros, como os que aparecem aqui, que esperamos fiquem só no discursinho covarde por trás de um teclado, e não cometam nenhum crime).
Mas aí é só lembrar quanto tempo de fato esse Lindemberg vai ficar na cadeia.
Trinta anos seria o máximo de cadeia, mas se não me engano é réu primário, aí entram milhões de outras coisinhas como bom comportamento (pelo jeito é estar vivo e respirando que o preso tem esse direito), ser réu primário, descontarem o tempo que já passou preso antes do julgamento.
Infelizmente a possibilidade desse cara sair da cadeia ainda com trinta e poucos anos e cometer outro crime do tipo, não é pequena.
A lei brasileira é uma piada de mau gosto...

Nork_ disse...

"Esta é uma realidade terrível de mulheres que são agredidas e mortas não por terem feito algo de errado, mas por serem mulheres. "

Olha, a Eloá ter vontade de terminar o relacionamento, não justifica a ação desse marginal. Mas sinceramente, eu vou tecer algumas palavras, pressupondo que marginais assim, sejam facilmente identificados pelas mulheres. sim! e pra dar um exemplo, aqui vão algumas idéias: Percepção do circulo de amizade em que inserem-se esses individuos, personalidade, comportamento entre outras nuances possivelmente perceptíveis ao sexto sentido feminino, não é mesmo?
Bom, mas de qualquer maneira, vocês mulheres sempre preferiram os marginais ogros. De fato, quem procurou isso foi ela, sem contar que alem de escolher mau com quem se relacionou, tb se relacionou mau, pois sabendo dos riscos, ainda assim se relacionava com outros. Meu chapa, contra fatos não existem argumentos. Circulavam emails antes e depois da morte de Eloá, quando com 12 ou 13 anos, a mesma se insinuava em fotos sensuais a todos que recebessem tais emails. Ora... Nada contra a arte erótica em geral ou contra atrizes amadoras que fazem tal trabalho, mas 12, 13, mesmo se fossem, 14 anos, é idade que se faça isso?

Bom, com tais palavras, retruco: Isso é ser mulher? Sintetizando: Se apaixonar por um marginal, se insinuar com sendo menor de 14 anos na internet, e ainda assim, trair esse amante envolvido com drogas que é ameaçado de morte constantemente? Ok minha amiga, se na sua opinião isso é ser mulher, acredito que sou mais feminista que você, pois isso NÃO é ser mulher!

Até aqui contra-argumentei sem absolutamente nada que pudesse comprovar minhas idéias, apenas fiz uma construção com base em minha humilde percepção dos fatos. Quem sabe se eu ainda tivesse tais emails, eu tivesse como provar algo do que escrevi, mas, como nem na sua propria construção existe prova alguma do que falas, creio que eu tb naum precise fazê-lo.

Ok, até aqui somos dois opinadores virtuais de plantão no blog mais próximo da sua casa, mas hey, espere, ao término de seu post, você ainda tenta me fazer sair de cabeça pesada? Sim, eu, homem de bem, que trabalho e nunca fiz mau sequer a uma adolescente deveria me sentir com consciencia pesada por essas atitudes de marginais imbecis amplificadas por garotas irresponsaveis como as Eloás que existem por aí ? NÃO! você não tem esse direito, me desculpe! Na minha percepção, essas atitudes são motivadas por pseudofeministas como VOCÊ, que consideram coisas de mulher, as supracitadas atitudes irresponsaveis das Eloás. Isso sim é ser omissa, irresponsavel e contribuir pra q mais atitudes dessas ocorram! Não, não vou me culpar por isso. Vale ressaltar, que essa eh uma atitude classica que tb percebo constante nas mulheres, culpar os outros (sejam homens ou mulheres), pelo proprio erro ou fracasso.

bom, pra finalizar, vos deixo uma citação do grande mestre Silvio Koerich (o verdadeiro silvio koerich NÃO É akele nazista do site do rodeio das gordas, akele cara simplesmente se passava por silvio koerich)

" O cavalheirismo morreu, e quem matou eles, foram vocês mulheres"

É, valorizem os homens de vem!

Sem mais.

Sara disse...

JUP vc só é mais um boçal estupido fabricado por aquele ajuntamento de bestas imbecis que era o blog do Koerich, a violencia que atinge as mulheres tambem atinge vcs homens, e espero do fundo do coração que algum mentecapto homem como vc faça a sua parte nas estatisticas e se encarregue de assassinar um lixo como vc.

Bruna B. disse...

Seff Moça Gravetz e jup

Vão macho-teorizar na casa do caralho, babacas.

Mariana disse...

A questão não está só na responsabilidade dos homens,mas é de toda sociedade.Se por um lado o feminismo deu mais liberdade para as mulheres, o que foi bom, por outro ele associado a revolução sexual foi responsável por uma sociedade que banaliza o corpo e a sexualidade humana, como sendo algo a ser exposto, mostrado, vivenciado a bel prazer. Prazer é o que importa, está acima da moral, da autopreservação. Meninas se vestem como prostitutas desde pequenas. Os meninos são estimulados cada vez mais cedo a serem "pegadores". Tudo isso é feito consciente ou inconscientemente pelos pais, familiares, professores, etc. Não se valoriza mais os relacionamentos sérios, como objetivo de crescimento conjunto, de constituição de uma família saudável, alicerçada em bons valores. O homem está tirando Deus da suas vidas e com isso vai se embora os valores morais, pois moral parece ser algo ultrapassado. Daí temos isso aumentando cada vez mais e ninguém entende porque. Não se trata de machismo ou feminismo, se trata de educar para viver a sexualidade de forma responsável, respeitando o outro e a si mesmo e que sexo não deve ser feito buscando o prazer em primeiro lugar, ele é deve ser consequencia de um relacionamento maduro, autêntico, bem estruturado em bons princípios e valores. Fui educada assim e meu esposo também, nunca nos desrespeitamos em nada, nunca buscamos no outro só o prazer mais sempre em primeiro lugar o bem do outro. Os relacionamentos são infelizes e acabam muitos em tragédia pois educamos nossas crianças que elas tem que buscar a própria felicidade, quando na verdade deveríamos educá-las e buscar fazer os outros felizes. Não se trata de tabu, mas de valores que realmente edificam e fazem bem. Eu e meu esposo casamos virgens por opção e convicção próprias e não nos arrependemos disso, pelo contrário, isso é que fez e faz nosso casamento ter tanto sucesso e ser tão abençoado. E não somos só nós, vários amigos seguem esses princípios e não vejo no relacionamento deles violência, desrespeito, brigas, separações, divórcios, crimes pacionais. Pelo contrário, aqueles que buscam uma vivência da sexualidade imediata, num relacionamento ainda frágil e em construção dum namoro tem experiencias muito desgastadas por não dizer desastrosas. Tenho uma amiga que viveu violência, não física, mas foi humilhada e muito. Mas tudo porque escolher aos 16 anos ir morar com um namorado mesmo sendo aconselhada a não fazer. Antes de jogar pedras e achar bodes expiatórios para os problemas os sociedade, como o governo, a polícia, os homens, etc etc, devemos rever nossas condutas, valores, ver como estamos educando nossas crianças. Em uma sociedade cada vez mais ateia, agnóstica ou simplesmente indiferente religiosa, são das pessoas que vivem um religiosidade cristã madura e consciente, sem extremismos e manipulações, que vejo os comportamentos mais coerentes, relacionamentos mais saudáveis e famílias mais bem estruturadas, sem marido e mulher se matando, se violentando, filhos sem matarem os pais, etc. etc.

Lucas disse...

Cara Lola, me chamo Lucas e gostei do texto - não conhecia o blog - mas infelizmente fiquei descepcionado com alguns comentários aqui, por isso resolvi comentar. Bom, concordo com você que a pergunta que fazes deve ser feita aos homens, mas que também deve ser feitas as mulheres. Acalmem-se e não me crucifiquem, pois ainda não terminei. O que quero dizer é que a violência de genero não é uma questão para homens ou mulheres, mas para todos, pois todos somos parte dessa sociedade e todos somos responsaveis pelo que acontece com ela - seja pelo que fazemos, seja pelo que não fazemos. Trabalhei o ano passado todo, em meu estagio de psicologia social, na delegacia para a mulher de Porto Alegre, onde atendiamos previamente ao B.O. situação de Maria da Penha e via que o tratamento dispensado as vitimas por mulheres da delegacia, não eram muito melhores do que o de seus agressores. Contudo o que me incomoda é como as pessoas não refletem sobre isso no cotidiano sem ajuda de blogs como esse e mesmo quando leem os questionamentos levantados tendem a criminalizar, "demonizar" aquilo que lhes é avesso sem refletirem para além dos atos e da punição. Leis como a Maria da Penha, por exemplo, não resolvem e nunca resolverão o problema, pois a questão não é punir, mas mudar a cultura (punir, punimos individualmente, um caso que chega ao conhecimento - e cá para nós, não vai resolver a vida das mulheres, ou se quer curar o agressor, mais provavel o contrário - mudando a cultura não precisamos punir e mais mulheres serão benficiadas, pois as agreditas serão casos isolados. "Mas como mudar a cultura?" Essa para mim é a chave (e sim, você já havia mencionado no texto)e tendo a acreditar que a prevenção ainda é melhor do que o remédio, ou seja, acredito que governo e sociedade civil podem trabalhar nesse sentido e as feministas nem se fale, talves seja mais interessante atualmente se perguntar ao inves de "o que é ser mulher?", perguntar "o que é ser homem?", pois me parece que se queremos homens diferentes, temos que saber e intervir na concepção de homem, de masculino que se tem hoje. Não que se perguntar "o que é ser mulher? não seja mais importante, mas acho que temos que mudar um pouco o foco, não necessariamente abandonando outros.
Acho que talves tivessemos mais resultados investindo nessa mudança, pela discussão aberta e fomentada do que por leis que punem individuos criados pela nossa sociedade, pela nossa forma de viver, pois sim, os Lindenbergs da vida são frutos de uma forma de viver em sociedade, não quero com isso diminuir a culpa dele, pois ele a tem, mas acho que devemos dividir com ele, pois ele assim como nós que não cometemos o crime somos frutos de nossas experiências e modelos ideologicos, e sei que muitos e a julgar por alguns comentários, muitas compartilham de alguns conceitos com ele, só não se dão conta da sutileza, pois desejar morte e castração é compartilhar de violência semelhante a deste, mesmo que não se ponha em ato. Contudo, concordo que leis como a Maria da Penha cumprem função social, mas tem de ser encaradas como paliativas e não como solução, pois são apenas tapa buracos que com o tempo mudam parcialmente a cultura, cria-se um dispositivo, mas de pequeno e lento alcance. É preciso mais, é preciso intervir preventivamente, para que leis como essa acabem no desuso. não precisamos de mais punições, precisamos não precisar ser punidos. Já não vivemos de maneira tão punitiva e vigiada (e não falo dos meios legais)? Sei que a pergunta parece estranha, mas pensem bem. Abraços e que as mulheres e todos os generos sejam livres.

Nork_ disse...

Sara e Bruna: Belo argumento, bem feminino. Parabéns!

Mariana: Bacana seu texto, Parabéns (sem ironia)

Lucas: Voce tem foto de viadinho, não vo ler o q escreveu

Sara disse...

Lucas concordo com vc, inclusive tem uma frase muito antiga que devia nortear a todos "EDUCAI AS CRIANÇAS E NÃO SERÁ PRECISO PUNIR OS HOMENS".
Acho que a Lola tem feito muito bem a sua parte aqui, o maior público dela no blog e twiter são pessoas bem jovens, e muitas vezes vejo nos GUEST POST, relatos e experiências de jovens que são influenciados muito positivamente por ela.
Só acho que deveria haver muito mais nesse sentido, um programa de governo mesmo, e bem abrangente no sentido de educar para mudar essa mentalidade machista que estamos imersos.
Quem sabe assim a sociedade produziria menos parias como são esses homens que se sentem no direito de negar a vida a tantas mulheres, e tambem a tantos homens que nesse processo acabam mortos só para que um individuo doente prove sua masculinidade sobre o outro.

Anônimo disse...

concordo, lucas. o governo tinha obrigaçao de passar na tv (ja q as pessoas sao mesmo educadas pela tv, fazer oq?) e nas escolas campanhas incisivas de combate a violencia. especialmente contra as mulheres, mas tb sobre violencia em geral. as pessoas se agridem e até se matam por bobagens, nao sabem respeitar o espaço do outro. o tempo q é dado pra publicitarios fazerem propagandas horriveis e preconceituosas devia ser retirado do ar e usado pra inserçao de peças publicitarias dessas campanhas.

Anais disse...

Concordo com o foi sugerido em um comentário anterior, que o combate a violência contra a mulher tem de ser um campanha de governo, através de conscientização em tv. Mas acho seria bom que uma campanha dessas abordasse o poder que nós temos tb de melhorar essa situação a longo prazo, se repensarmos a forma que criamos nossos filhos. Nós, mães e pais, somos responsáveis por moldar grande parte das idéias e do carater de nossas crianças. Por isso temos de ensinar os meninos a respeitar o sexo oposto, mostrá-los que amor não é sinônimo de fraqueza, que mulheres são seres humanos e que todos tem direitos iguais. Na maioria das vezes, dentro de casa, não transparecemos a igualdade que tanto queremos e diferenciamos a criação dos filhos. Aos garotos são ensinados desde muito novinhos q a eles tudo é permitido, q são conquistadores ferozes sob o efeito de seus instintos e q as mulheres são apenas seres a lhe satisfazerem os desejos. Muitas vezes as próprias mães incventivam isso. À eles damos a bola, os carrinhos, a liberdade. Às meninas é ensinado que devem ser princesinhas, delicadas, comportadas, com o único objetivo de serem bonitas para q sejam um dia escolhidas como bonecas em uma vitrine. À elas damos fogões e panelinhas, vestidos de princesas, historias de contos de fadas, barbies e as trancamos dentro de casa. Para que tenhamos uma sociedade com menos machismo temos que combatê-lo onde ele se origina: dentro de casa.

Caroline J. disse...

...eu só quero gritar.

Anônimo disse...

Lola, assiste isso aqui e tenha um AVC

http://acidezfeminina.com.br/videos/o-que-eu-penso-sobre-feminismo/#comments

Sâmia Kizzy Kurtz disse...

Lola, quem comina a pena é @ magistrad@, de acordo com a lei. O juri apenas dá o veredito. No Brasil não funciona como nos EUA (culpado ou não), os quesitos a serem perguntados também estão na lei: se houve crime, se o réu concorreu para o crime (ajudou de qualquer modo a cometê-lo), se o jurado absolve o réu e se reconhece as qualificadoras do crime, quando for o caso. Que eu me lembre é isso. Se não for reconhecida nenhuma excludente de antijuridicidade (legítima defesa, etc.) ou se não houver dúvida para a maioria dos jurados de que o réu deve ser condenado, o veredito determina: condenado. Aí sim @ magistrad@ comina a pena. Espero ter ajudado. Bjs!

ROSE OLIVEIRA disse...

Um texto bem escrito mas os comentários são os melhores...