quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

GUEST POST: COMO VIREI ATEU, UM TESTEMUNHO DE NÃO FÉ

O Robson, do blog Consciência, já nos brindou com diversos guest posts. Um deles, sobre ateofobia, foi dos mais comentados do ano passado. Em outro, ele enfrentou o preconceito contra ateus. Neste aqui, ele conta o que o levou a tornar-se ateu. Acho um relato fascinante, inclusive por ser bastante raro. Eu, por exemplo, sou ateia há tanto tempo (desde os treze anos), que não me lembro do passo a passo do meu ateísmo. Lembro apenas que havia (há ainda) diferenças irreconciliáveis entre meu feminismo e a crença em uma figura patriarcal, masculina, barbuda e branca que é chamada de Deus (com maiúscula). Gostaria de frisar que nem eu nem o Robson estamos fazendo apologia ao ateísmo, apenas narrando uma experiência pessoal. E não se pode negar que ateus seguem sendo um dos grupos mais discriminados que há no Brasil. Assumir nosso ateísmo com orgulho é uma forma de combater este preconceito. Eis o "testemunho de não fé" do Robson.

Um testemunho de não fé pode ser visto com olhos desdenhosos por religiosos e mesmo por alguns irreligiosos, que podem achar que estou fazendo o mesmo que evangélicos que depõem como se converteram ao cristianismo -– ou seja, de alguma forma pregando que sigam meu exemplo, que mais pessoas se tornem ateias.
Mas, por outro lado, mostrar às pessoas por que virei ateu poderá lhes derrubar mitos sobre o abandono da fé religiosa –- como a falsa crença de que ateus o são porque “fizeram pacto com o demônio” ou porque queriam uma “liberdade libertina” de “embriaguez, orgias e drogas” a despeito dos ensinamentos das igrejas. Assim sendo, o testemunho ateísta pode servir como uma investida contra o preconceito que tantos religiosos têm contra os ateus, suas (des)crenças e sua motivação para ter abandonado a religião.
Meu ateísmo veio em fevereiro de 2005, bem antes de eu ter a visão de mundo que tenho hoje. Posso dizer que foi a primeira grande revolução pessoal pela qual passei –- as outras foram o vegetarianismo e o hábito de ler. Eu já estava com minhas crenças teístas em decadência desde meados de 2004, e o ateísmo foi a conclusão dessa desconversão.
Até a primeira metade de 2004 eu era bastante cristão, embora não frequentasse igrejas. Era um cristianismo de tendência protestante. Eu orava todos os dias, acreditava que Jesus existiu e “morreu na cruz para nos salvar”, cria em demônios e encostos –- quando havia briga na família, eu achava que era intervenção demoníaca –-, levava a sério que Jesus poderia voltar a qualquer momento e a banda que eu mais apreciava era uma banda cristã de metal alternativo.
Então frequentador de fóruns virtuais de tema livre, me deparei em um deles (já extinto), em julho de 2004, com o conto (provavelmente lendário) da entrevista à radialista cristã Laura Schlessinger, no qual se mostrava que o deus cristão era benevolente para com a escravidão e outros absurdos da lei do Pentateuco. Foi minha primeira decepção com a Bíblia -– que, a saber, eu nunca tinha lido fora do Salmos 91.
Poucos dias depois, li em um outro site que Deus não só apoiava a escravidão no Velho Testamento como também fazia guerras no mesmo, tal como um grão-general. Minha ideia sempre tinha sido a de que Deus tinha uma ética imutável e pacifista e que os hebreus bíblicos eram um povo pacífico que só guerreava para se defender. Entendi então que eu era cristão simplesmente porque não conhecia a Bíblia.
Então, já voltei às aulas (do pré-vestibular que eu fazia na época) não mais cristão, mas ainda crente em Deus -– numa certa crença teísta que denomino pós-cristã. Continuava orando, acreditando em providência divina e crendo que Deus me ajudaria a fazer um grande vestibular. Tanto que, num blog pessoal que eu mantinha naquele tempo (que não era o Consciência Efervescente nem tampouco o Consciencia.blog.br), inseria em cada post, nas semanas anteriores ao vestibular que eu faria para Jornalismo, uma frase parecida com “Deus, me guie rumo à vitória!”, e expressava o desejo de que Deus ajudasse John Kerry a tirar o malfeitor George W. Bush do poder nas eleições estadunidenses de então.
A crença teísta pós-cristã permaneceu estável até o terrível tsunami do Oceano Índico. Tanto que paguei promessa por ter passado no vestibular com uma nota alta andando um grande pedaço da avenida que liga minha casa à UFPE e beijando o chão do prédio onde eu estudaria (por apenas dois meses, desistindo do curso de Jornalismo por crise psicológica).
Depois do tsunami, li em uma notícia um ateu falando que o tsunami e as tantas mortes humanas causadas eram uma prova da inexistência de um deus pessoal como aquele em que eu ainda acreditava. Minha fé então foi minada, e passei por uma transformação gradual da crença à descrença. Via Deus como uma entidade de existência cada vez mais duvidosa. Em janeiro de 2005 fiz uma “oração de despedida”, esperando que a divindade provasse sua existência me ajudando mesmo sem orações.
Poucos dias depois da “oração de despedida”, minha crença “decaiu” ao deísmo –- eu passei a acreditar que Deus nada mais era do que uma energia cósmica transcendental que movia o universo, inclusive crendo que a energia escura seria algo que transcendia o universo material, como uma característica do deus-energia transcendente.
Mas a crença não parou mais de “decair”, de modo que passei a ser agnóstico depois de ter deixado de acreditar na energia transcendental, adquirindo um ceticismo incipiente que era o embrião do meu atual pensamento irreligioso. Às vésperas do meu aniversário de 18 anos, em fevereiro de 2005, completei então minha transição ao ateísmo.
Por algumas poucas vezes, nos meses que se seguiram, passei por momentos de conflito com familiares e amigos intolerantes para com ateus. Mas depois deixei de ter esses problemas, uma vez que as pessoas com quem convivo aceitaram tacitamente meu ateísmo. Vez ou outra algum(a) parente ainda tenta me perturbar, insistindo a mim que “Deus (o da Bíblia) existe” e que “Jesus morreu na cruz para nos salvar”, comportamento a que respondo com indiferença.
Hoje vivo muito bem em se tratando de condicionamento psicológico e espiritual. Ao contrário do que o preconceituoso senso comum religioso acredita, não tenho nem um pingo de infelicidade espiritual, nenhum problema relacionado à falta de “respostas” metafísicas. Contemplo a natureza e o fenômeno da vida com muito regozijo, ao contrário do desencanto que supostamente marca o pensamento ateísta segundo religiosos.
Minha posição sobre a morte é que ela é o fim de minha existência, a volta para o nada, mas nada impediria que surgisse uma nova consciência em algum lugar do universo -– ou, quem sabe, em outros universos paralelos -– que assumisse o papel que minha consciência exerce hoje, o de contemplar e interagir com o mundo fora do meu corpo -– a grosso modo, uma espécie de reencarnação sem espírito.
E, para tornar minha convicção ateísta ainda mais sólida do que já é, periodicamente tomo conhecimento de novos fatos que me comprovam que a crença em um deus pessoal é incoerente: orações frustradas com a morte ou sofrimento de pessoas religiosas, pessoas mostrando como o deus em que creem é relativo e subjetivo demais para existir objetivamente, catástrofes que atestam a inexistência de providência divina interventora etc.
Assim eu vou vivendo, sem nenhuma divindade e com muita disposição para viver uma vida feliz.

207 comentários:

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Vanessa Bencz disse...

tbm sou ateísta, com orgulho!
http://garotadistraida.wordpress.com/

Shishiu disse...

Eu sou ateu há tanto tempo que não lembro se houve um "momento de passagem", vamos dizer assim. A verdade é que sempre percebi o teísmo com desconfiança. A música Paranóia de Raul Seixas exemplifica como eu via deus quando criança: uma assombração, morria de medo!

Sempre me senti bem (ou pelo menos não me sentia mal pela falta de religião ou crença) sem deuses e sem o sobrenatural.

Eu era bem tranquilo quanto ao teísmo alheio mas ultimamente tenho sido bastante ácido e contundente com amigos e familiares que são crentes. O que decorre desses episódios é sempre frustração e aborrecimento, já que não se pode arrazoar com a fé, que pra mim é um dos grande males do mundo (dramático!). A fé não permite que a conversa gire em torno da sua falibilidade e contra-senso já que os crentes tomam argumentos como ofensa pessoal.

Bruno S disse...

Felzimente não precisei passar por esse longo processo de se desapegar a valores que tinham sido importantes durante muito tempo.

Acho que nunca tive uma fé. Nunca me fez sentido precisar acreditar numa existência superior. Minha lembrança dos meus 5, 6 anos é que eu achava que acreditar num Deus fazia tanto sentido quanto Papai Noel ou coelhinho da páscoa(que eram bem mais divertidos).

Tinha uma época que eu me incomodava, hoje me divirto com o estranhamento que causa nas pessoas o fato de não ter religião e de não acreditar, principalmente entre pessoas mais religiosas.

Jac disse...

Eu sou atéia, mas tenho uma visião diferente da do Robson =)

Não vejo catástrofes e afins tanto como prova de não-existência de Deus. O que caracteriza, para mim, prova da não-existência de Deus é a falta de provas da existência dele.

Porque se podemos afirmar que algo existe sem provas da existência, papai noel, harry potter, chupa-cabra deveriam ser tratados como existente...

Anônimo disse...

Oi Robson, muito prazer. Primeiro preciso dizer que fiquei muito surpresa com o teísmo que vc descreveu. Tenho 30 anos, sou cristã protestante e tb já passei por várias crises,a última foi a perda de uma grande amiga que morreu de repente e deixou uma filha linda que acabava de completar dois anos de idade.
Minhas últimas descobertas foram de encontro com o Deus que vc descreveu: Paternalista, que cuida de tudo e de todos. "Deus era a favor das guerras?" A bíblia é um livro complexo e completo Robson e analisar o velho testamento sozinho pode levar a interpretações um tanto equivocadas. Mas o plano descrito na bíblia é lindo (teria o maior prazer de discutir isso com vc,sem proselitismo ok? rsrsrs). Cada vez percebo o uso desse "Deus" para isentarmo-nos das nossas escolhas e dos nossos erros. Fui criada num ambiente por vezes fundamentalista e aprendi a torcer o nariz pra muitas coisas e me libertar de moralismos vazios que nada continham do cristianismo. Já tive minhas crises (como mencionei acima)e acredito que ainda as terei,o que talvez me deixou intrigada foram os motivos que o levaram ao ateísmo, por apresentar um Deus sádico (Tsunami), um Deus que sinceramente eu não consigo ver.
Gostaria de oportunidade de trocar sobre isso com vc e com quem mais se interesse. Um abraço.
Patrícia Araújo
patricia.07soares@yahoo.com.br

Anônimo disse...

Também não tive nenhuma definição clara em minha passagem para ser atéia. O mais engraçad é que por nunca ter sido religiosa, quando lembro de quando acreditava em Deus, pensando hoje nem era uma defesa ferrenha na crença. Tenho a sensação de que era mais algo no "automático" de ser "natural" que se acredite em Deus. Por isso acho que quando soube da existência de ateus e poucas ideias sobre aquilo, do nada me pareceu o "mais natural" caminho do que a crença...
Bom, parecu confuso mas para mim foi assim. Sem neuras, sem crises. O que diga se de passagem não é a reação dos outros de quando digo que sou ateia. Para ser sincera, tem ocasiões que nem falo que sou por preguiça/constrangimento e preconceito dos outros, mas sei que tenho que mudar isso, pois não é motvo para vergonha.
Também posso dizer que sou uma pessoa sem problemas emocionais que me abalaram(e se fosse tb né?), como acredito ser uma pessoa com fortes convicções morais e éticas ;)


bjo

A Line disse...

Eu também sou ateia, e sou bastante tranquila com relação a morte, espírito, natureza, essas coisas. Não tenho medo de morrer, e acho que seria realmente um saco essa coisa de vida eterna.

Minha descrença em deus e na religião cristã iniciou na adolescência, quando eu comecei a estudar determinados assuntos que revelavam não só a violência do deus do antigo testamento e das ações da igreja cristã ao longo do séculos, mas também o caráter artificial da bíblia e dos dogmas (as convenções acerca dos livros que compõem o livro sagrado, os empréstimos de outras religiões e culturas, etc.). Até então eu havia sido uma cristã pouco fervorosa (exceto em momentos de grande desespero, hahaha), achava as missas frias e repetitivas demais pra fazerem algum sentido, e sempre discordei das leituras mais "literais" que justificavam qualquer tipo de preconceito.

Depois desse primeiro estágio de descrença, motivado por razões intelectuais e direcionada mais especificamente à religião judaico-cristã, o ateísmo foi se instalando num nível mais pessoal e profundo, tornando-se simplesmente a ausência de crença e da necessidade de crença.

Posteriormente fui tentando entender (e ainda tento) compreender as motivações antropológicas e psicológicas da religião, sua função no mundo contemporâneo, e acho um assunto que rende inúmeras reflexões.

Não me sinto superior a quem tem religião ou acredita em algo divino ou supra-humano, não sou o tipo de ateu que acha que essas pessoas estão num estágio inferior na escala da evolução humana, simplesmente porque não acredito em evolução humana, assim como não acho a Razão a última bolacha do pacote ocidental.

Se a religião é, muitas vezes, não uma fonte de alívio e crescimento espiritual, mas uma mina de ódio e preconceito, vejo muitos ateus propagando comportamentos semelhantes, sob a desculpa de "contra-ataque", e esquecendo que o ateísmo pode ser justamente uma alternativa à discriminação do outro, do diferente. Eu discordo completamente desse tipo de postura "fight fire with fire".

Shishiu disse...

Cara Patrícia,

Poderia tentar me salvar também? Tenho medo do inferno, não é pra lá que vão os infiéis?

Outra pergunta: Esse seu Deus paz e amor que você diz encontrar na bíblia é o mesmo Javé do Velho Testamento, certo?

Minha última pergunta: O livre-arbítrio existe ou é uma invenção bíblica para nos incutir culpa e medo?

Anônimo disse...

Antes de mais nada: Lola adoro seu blog, sou fã mas a coluna dos posts com tão poucas palavras por linha me dá nos nervos, o ritmo de leitura fica prejudicado. Mas ok... Seguindo.

Estudei em escola católica por 13 anos, eu tinha aula de religião toda semana em todas as series. Na época eu só estudava por obrigação de estudar religião como estudava matemática ou geografia, nunca questionei a Igreja, a Bíblia, os religiosos. Simplesmente estudava sem pensar muito.

Nunca fiz catequese porque nunca rinha me interessado afinal era nos sábados de manhã e não queria ter mais aulas de religião, eu preferi ficar dormindo. Só minha irmã mais nova fez.

Depois que sai do colégio fiz 5 anos de PUC-RS e no primeiro semestre a cadeira de Religião era ministrada por um indiano católico e as aulas dele basicamente eram duplas que escolhiam uma religião de uma lista pré-determinada e apresentar na frente dos colegas. (lembro que fiz sobre taoismo)

No segundo semestre era o semestre inteiro sobre a Igreja e BIblia e tudo mais mas agora eu estava começando a me questionar e questionar os outros. Foi aí que começou a se formar minha visão sobre não ter uma religião.

Me irritava quando uma mãe abortava espontaneamente e dizia "Deus quis assim", ou se falava o mesmo para catástrofes naturais ou ser homossexual "não é de Deus". Ora, Deus não é o pacifista que ama e respeita a todos, Deus é um assassino e homofóbico! Aposto que ele matou mais gente que o diabo! Ou talvez o problema sejam os fieis que levam ao pé da letra uma coisa escrita séculos atras?

Também passei a ler mais sobre a BIblia e como foi feita. A BIblia é um work-in-progress cheio de contradições e vários relatos absurdos. O tal milagre de Jesus morrer e depois voltar a vida na Páscoa? Eles na época desconheciam o coma? Se Deus criou o mundo, quem criou Deus? Ele nao pode ter surgido do nada. Historias fantásticas sempre existiram mas acontecem como na BIblia?

Tive muitos questionamentos, a pedofilia na Igreja me causou mais repulsa ainda e me afastei da religião. Me afastei das igrejas, nao quero casar de branco, não consigo acreditar em bispos que prometem terreno no céu e cobram dízimos para montarem igrejas tão suntuosas quanto shoppings (e ainda lançam cartão de credito, vejam só)

Hoje em dia estou muito bem sem Deus. Não preciso dele pra saber que matar é errado, roubar é errado, que ele não vai me ajudar a ter um emprego ou perder 20kg.

Alias, assistam os vídeos do George Carlin sobre religião, são absolutamente certeiros sobre a nao dé x religiosos.

Anônimo disse...

http://retalhosdeexistencia.wordpress.com/2011/04/26/a-biblia-nao-e-confiavel/

Leiam isso, vale a pena

Anônimo disse...

Sou ateia a mais ou menos uns três anos!abertamente a um ano.
Quando eu era criança a religião foi me apresentada como algo tenebroso! Como castigos eternos, o demônio sempre as nos tentar e deus nos castigando também devido as nossas falhas! Lembro de ficar acordada noites e noites com medo do demônio!
Quando fui crescendo comecei a entrar em contato com outras visões de mundo e fui entendendo que o cristianismo não é e nunca foi unanimidade. O que foi contribuindo para a total descrença em dividades superiores! Eticamente as religiões irritam me por inúmeros motivos, mas o principal é o preconceito contra o diferente!
Não tenho nenhum problema existencial acho que encontrei mais respostas sobre o verdadeiro significado da vida no ateísmo do que no deísmo.
Emfim estou sendo feliz na minha caminhada solitária pela terra.

Anônimo disse...

". . . da entrevista à radialista cristã Laura Schlessinger, no qual se mostrava que o deus cristão era benevolente para com a escravidão e outros absurdos da lei do Pentateuco.: --do guest post

Desculpe a correção, mas dra. Laura Schlessinger é judia ortodoxa.

Anônimo disse...

Já vi de quase tudo nessa vida, mas ateu reencarnacionista é a primeira vez.

Falando sério, o ateísmo desse rapaz é tão ingênuo quanto a sua hoje renegada religiosidade. Virar ateu por causa de um tsunami! Vamos e venhamos...

Shishiu disse...

Joel Bueno disse tudo!!!

HAuhAUHAUAHuA Eu estava ainda agora matutando sobre essa passagem no texto do cidadão!
Mentes voadoras em universos paralelos!!!

Me batam um abacate ou me façam uma garapa...

Anônimo disse...

Tem gente que vira religioso porque um cara morreu numa sexta e voltou a viver no domingo... Francamente, fanáticos são uma piada.

Anônimo disse...

Ouvi dizer que o pior preconceito é aquele praticado contra os ateus e isso me assusta pois as barbáries contra grupos étnicos e contra homossexuais já são de arrepiar, como existir algo pior? Os maiores crimes da história foram cometidos em nome de um deus, seja lá qual for esse deus.

Qto a Jesus morrer e em três dias haver ressuscitado outros povos gentios ou pagãos tb tinham a mesma estória... personagens com outros nomes, mas o mesmo enredo.

Houve um derramamento de sangue tremendo ocorrido na China no século 19 em nome do Cristianismo. Um chinês convertido ao cristianismo (por missionários/evangelizadores americanos) meteu na cabeça que ele era irmão de Jesus Cristo e se enveredou por umas ideias apocalípcas que deram em carnificina na China, daí o terror que muito chineses tem com ref. ao Cristianismo. Existe muito mais destruição do que construção em nome de deus ou Deus... (a menos que considerem a construção de suntuosos templos pra adorar deus algo benéfico).

Anônimo disse...

daniele,
entre tantas formas de se comunicar, vc dá por escolher a menos eficaz... i.e. a baixaria.

Anônimo disse...

pessoas devem ser respeitadas e idéias devem ser debatidas. não respeito as idéias dos cristãos e não peço respeito deles pelas minhas. apenas exijo ser respeitado como pessoa. por isso não me vejo com a obrigação de explicar nada. e se acham que eu tenho pacto com o demônio, pior pra eles. a idéia até me agrada.

Anônimo disse...

É incrível como ateus respeitam religiosos mas o contrario nunca acontece. NUNCA

Anônimo disse...

bem me lembro de há mais de 15 anos qdo numa entrevista Whitney Houston disse que tudo o que ela havia conseguido devia a Jesus... e outras vezes ela tb repetiu a importância de Jesus na vida dela... Elvis Presley foi outro que uma vez, durante um show, qdo chamado de rei, parou de cantar e disse que Rei é apenas um, Jesus... o vídeo está no YouTube... WH e EP foram encontrados mortos num banheiro, com a corrente sanguínea acusando a injestão de drogas legais e ilegais mais álcool...

Anônimo disse...

injestão ou ingestão?
digestão... ingestão!

Marina disse...

Não consigo definir em que estágio eu estou na minha crença ou descrença de um Deus. Sei que estou num processo, ao que ele me levará ou o que ele me mostra, não sei ao certo, talvez jamais saiba e viva bem com minhas dúvidas. Apesar de a Patrícia ter tocado num ponto delicado: “a complexidade da bíblia” eu não julgo inadequado a forma como o Robson, chegou ao ateísmo (embora ache que foi um processo um pouco superficial), afinal de contas, acredito que um livro considerado como a palavra de Deus não deveria ser complexo, ambíguo, etc., e as interpretações “erradas” que se fazem dele –muitas, aliás – se deve justamente por ser assim: um livro que oferece diferentes interpretações. Outro ponto sobre isso também está relacionado ao fato de que existem muitos lideres religiosos que fazem questão de nem sequer interpretar a bíblia, veem como está lá e pronto pregam aquilo. Não podemos negar a existência, na bíblia, de um Deus da Guerra e outro do amor, separados pelo velho e novo testamento. E o que difere a aceitação de um ou de outro depende unicamente de cada pessoa. Por que venhamos e convenhamos um Deus de amor que castiga é um tanto complicado, não? Mas acho que o mais importante aqui, não é o que diz o cristianismo ou o que o Robson diz sobre seu ateísmo, mas sim que existem processos pelos quais passamos, e independente do que escolhemos acreditar ou não, devemos ser respeitados, afinal, ele está bem sendo ateu.

Shishiu disse...

LisAnaHD,

Disso concluímos que os crentes se divertem mais?
Brincadeirinha...

Anônimo disse...

Como interpretar a BIblia do seu jeito se ela está cheia de contradições http://bibliadocetico.net/contradicoes.html?

Pili disse...

acho que no mundo mucho loco q a gente vive é sempre bom compreender e se opor à instituiçoes antidemocraticas baseadas em controle social e opressão cultural. sejam elas quais forem, favorecendo quem quer que seja.
fora isso,
TANTO FAZ!!!
Nao acreditar nao faz de vc um sujeito mais livre, mais evoluido, mais feliz... e acreditar também não!!!
Isso aí é que nem sexo. Aliás, que nem tudo na vida.
Nao existe um jeito certo de ser, porque pra vida não existe gabarito.

Unknown disse...

Cada um escolhe o que quer seguir, religião não é nada, Deus é tudo.
Cada escolha do homem gera consequencias e Deus não vem impedir estas consequencias, Deus tem propósitos, ele não é mágico. A Biblia é simples e complexa, acho que para este texto descrito a pessoa deveria estudar pra dizer tais coisas.

Lorena disse...

Achei interessante o depoimento do Robson, apesar de também concordar com o Shishiu e o Joel de que a "explicação" que ele deu para o seu ateísmo é ingênua. Mas quem sou eu para desacreditar o testemunho de alguém, e como já disseram, se há quem é cristão por acreditar que um homem morreu e ressucitou 3 dias depois e ninguém o chama de ingênuo por isso...

Eu sou teísta, cresci "dentro" de uma denominação religiosa e permaneci nela até os 20 e uns. Eu sempre fui uma pessoa questionadora e gosto mto de conhecer a respeito das religiões, primeiro a que eu praticava e depois chegou também o interesse por outras denominações e filosofias. Aprendi muito questionando e estudando, aprendi inclusive que existe como ser teísta e não ser cristão, e até como ser cristão sem esse cristianismo de mercado e/ou punição, pregado pela maioria das religiões cristãs. Hoje continuo me considerando cristã, espiritualista, tendo uma grande queda para o espiritismo; não acho que a bíblia seja um livro "infalível", mto menos que seja a "palavra de Deus", acho um ótimo livro de histórias de um povo que acreditava em Deus, algumas reais, outras alegóricas. O fato de não crer na inerrância ou infalibilidade da bíblia não atrapalha em nada na minha crença em um Deus, até porque o deus judaico-cristão é apenas uma forma de "mostrar" algo que eu considero mto maior, mto mais abrangente do que a crença de UM povo. Afinal de contas, se um Deus existe, e é onipotente, onisciente e onipresente, como prega o cristianismo, então Ele está, inclusive, nas religiões não-cristãs, de candomblé a hinduísmo. E é aí que eu penso que alguém que é ateu por desilusão com o deus judaico-cristão, aquele ser tirano e sanguinário descrito pelos hebreus no Antigo Testamento... é de um ateísmo ingênuo e imaturo, que talvez precise de reflexão pra se consolidar. Não sei, é assim que eu vejo.

Mas, em tempo, não tenho absolutamente nada contra ateus. Tenho amigos ateus e tive um professor ateu que eu adorava, adorava inclusive as conversas dele sobre ateísmo. Ele é um "exemplo de ateu" pra mim, alguém com a plena convicção de que ninguém precisa ter fé pra viver e que Deus não só não existe, como não faz falta nenhuma existir. E ao contrário dos "ateus-pessimistas" (os decepcionados que citei), ele acha que a imperfeição da natureza (aí, no caso, os Tsunamis entrariam) é a coisa mais preciosa que ela possui e que os seres humanos são inclusive parte dessa imperfeição.

Robson Fernando de Souza disse...

Hahahahaha, já estão achando que eu virei ateu por causa do tsunami de 2004, e não por um processo gradual mais a afirmação marcante de um ateu (sobre o tsunami).

Anônimo disse...

Interpretação de Trecho Bíblico... uma coisa chama outra e veio a Direção do Espírito
http://www.youtube.com/watch?v=hNoBOD3W7_g&feature=related

pessoal, é de dar dó, mas já vi outros casos semelhantes...

Shishiu disse...

Cara Lorena,

Eu não achei ingenua a forma como Robson "virou" ateu, achei ridículo a teoria dele de mentes vagando por aí em universos paralelos.
Mais ridículo ainda, se você me permite, são suas justificativas para sua crendice. Acreditar em algo sobrenatural é uma questão de fé, e fé é pra quem é ingenuo, infantil ou, melhor dizendo, tem medinho, não tem segurança em sua própria moral, precisa de uma muleta.
Por isso sempre digo, não há razão para se acreditar em deuses, há apenas a fé cega (redundante! Toda fé é cega) que eles existam.

Luís Guilherme Fernandes Pereira disse...

Legal o respeito do Shishiu pela Patrícia. É esse respeito que os ateus querem?

Daní Montper disse...

Sou agnóstica porque não tenho fé nessas coisas, e não digo que sou ateia porque os ateus afirmam a não existência de deus e isso para mim não tem relevância, se ele existe ou não, não estou preocupada em saber, não faz diferença em minha vida, não tenho nenhum vazio a ser preenchido espiritualmente e acho que é muito bonitinho acreditar que tem um lugar para irmos depois de morrermos, ou então nascermos de novo etc, mas eu não acredito em nada disso, para mim o que importa é o aqui e agora.
E se alguém quer acreditar em deus, ou ter uma religião e seguir jesus, bíblia, corão etc ela pode e deve, mas não aceito que queira impor sua fé como único estilo de vida aceitável, e que acreditar em algo é sinônimo de boa pessoa e que quem não acredita em nada disso e não teme a um deus não pode ser uma pessoa digna, decente etc.
São crenças, então cada um com a sua e respeitando aos demais, inclusive aos que não têm.
E eu já 'sabia' disso desde pequena, só que estava dentro do catolicismo então tive que convencer minha família de que não era a minha onda, mas que continuava sendo a mesma pessoa, apenas livre dessas amarras.

Agora, uma coisa que acho que as pessoas não entendem é que os ateus não acreditam nem em diabo, e por isso que é ilógico achar que um ateu é seguidor de demônios e cia. só porque não acredita em deus, porque não tem como acreditar em um sem acreditar no outro.

Shishiu disse...

Deart's vem com o argumento do livre-arbítrio para isentar seu pobre Deus Onipotente, Onipresente e Onisciente das calamidades do mundo e da vida. De qualquer forma, se esse suposto Deus existir ele é malévolo, já que tem o conhecimento sobre o mal e o poder de para-lo mas não o faz.

Além de que não se pode reunir as qualidades de Onisciência e Onipotência em um único ser. Se é Onisciente não pode ser Onipotente e vice-versa.

Lorena disse...

Oi Shishiu,

sei que ter fé é "ridículo" a quem não a tem. Não defendi minha forma de entender o divino como o "certo", não acho que quem não tem fé é melhor ou pior do que tem, e quando te citei, me referi ao fato de você ter concordado com o Joel. Eu também concordei com o Joel, em relação ao relato do Robson, mas não quis desqualificar o relato dele (e nem o seu!) com o meu.

Aliás, eu não justifiquei nada, apenas expus a forma como cheguei à minha fé atual, de como pra mim a ideia de existir um Deus que não é o bíblico, é tranquila. Se você acha ridículo, tudo bem, você tem todo o direito.

Anônimo disse...

Como ser intolerante e preconceituoso em em post - professor Shishiu.
Que bela demonstração de respeito a Lorena, hein? Nada diferente de um crente fanático praguejando contra ateus...

A Line disse...

Dani,

Só um pequeno detalhe: a rigor, "ateísmo" é a ausência de crença na existência de divindades, e não exatamente a afirmação de que eles não existem.

Anônimo disse...

Depois de quatro anos de amizade e depois de ter visto minha filha nascer, uma amiga descobre que sou atéia, diz que sou uma pessoa má, que não sei amar os outros, blábláblá, que vai pedir pra deus ter pena de mim, blábláblá e que nunca mais quer falar comigo.

Minha avó disse que eu não entro mais na casa dela enquanto não voltar a ser católica... nos vemos no cemitério, então!

Eduardo Braga disse...

Eu creio em um Deus criador do universo que conhecemos! Eu não acredito é em um deus benevolente com pessoas "boazinhas" ou vingativo com os "malvadinhos"! Todos que não sabem nadar morrerão no tsunami... Tanto faz se é bonzinho ou malvadinho, se não respira debaixo d'água e não correu para as montanhas, morre! rs

Anônimo disse...

Minha vó também é uma pessoa muito religiosa, "temente a deus", como ela diz. Quando ela soube que eu não acreditava em deus, falou bobagens sobre eu querer ser largada na vida, etc. Eu evito discutir esses assuntos com ela, e com qualquer pessoas religiosa. Essas pessoas não vão mudar a opinião delas, nem eu a minha.

Anônimo disse...

Shishiu 23 de fevereiro de 2012 12:14
abordando diversão, aqui vai uma boa pedida... rs...
http://www.youtube.com/watch?v=jA-iIUclHDc

Shishiu disse...

As pessoas ficam ofendidas quando se usa ridículo em uma frase.
Bom, não mudo minha posição: Os "argumentos" teístas que justificam a fé são ridículos.

carolinapaiva, não é preconceito. Preconceito determina um julgamento sem conhecimento, sem se colocar na posição do outro. Não foi o que eu fiz. A Lorena escreveu o que ela achou ser bonitinho, eu escrevi o que achei ser adequado.

Não achei que tenha faltado com respeito à Lorena, se ela assim achou, pode me dizer.

Lorena disse...

Lembro até hoje da raiva que me subiu quando estava na casa dos meus avós, meu avô assistindo ao programa do Datena, o apresentador fala em rede nacional que um marginal tal a qual ele se referia só podia ser ateu, só gente sem Deus no coração praticaria o tal crime... Vontade de desligar a TV na hora!

Anônimo disse...

Lorena, fiquei revoltada quando ouvi isso do Datena. Mas quando aquele maníaco que matou as crianças na escola do Rio de Janeiro dizia ter deus no coração só pensei... CHUPA, DATENA.

Quantas guerras foram comandadas por ateus? E por religiosos?

Anônimo disse...

Shishiu

Há formas mais adequadas de criticar o posicionamento de alguém sem chamá-la de infantil e medrosa.

lola aronovich disse...

Pessoas queridas, por favor, não briguem! Sejam boazinhas e respeitosas umas com as outras. E sim, acho bem maldoso desqualificar o relato do Robson como ingênuo. Ele fala de vários pontos que o levaram ao ateísmo, não apenas do tsunami. E ainda que fosse "só" o tsunami... o quê que teria? Se a descoberta da fé é algo pessoal pra muita gente, o rompimento com ela também é pessoal. Mais tolerância, gente!

Anônimo disse...

Religião e futebol nunca são um consenso.

Shishiu disse...

carolinapaiva, só me vem a mente infantil, medrosa ou ignorante. Você quer que eu seja mais gentil não dizendo-as? Dizendo como é bonitinho esse negócio de ter fé sem religião? Bom, eu não acho.

Talvez você tenha razão e existam formas mais adequadas de criticar o posicionamento ideológico alheio, só que me falta saco.

Lorena disse...

Tá certo, Lola. Talvez tenha sido a forma como o Robson expôs no post que levou alguns de nós a pensar numa explicação "ingênua" da parte dele.

Eu também tenho a tendência a achar que ateus são pessoas intelectualizadas e cheias de embasamento teórico (até porque precisam desenvolver argumentos para rebater os fanáticos), sendo que isso não precisa ser verdade. A pessoa tem o direito de deixar de crer simplesmente porque quer, porque se deu conta que, na verdade, não crê, e não porque estudou filosofia ou biologia, e decidiu que é o novo Richard Dawkins. Rsrs
Mea culpa, Robson!

Anônimo disse...

Oi shishiu, fui buscar uma segunda opinião para saber se estava querendo salvar alguém, segundo meu marido ele disse: "tava sim", fui meio emotiva no primeiro post, pois me identifiquei com o Robson, rsrsrs.Quero deixar claro que não quero salvar ninguém ok? Vou tentar ser mais objetiva.
Sobre o inferno existe uma grande discussão e quem nasceu sobre o ensino do cristianismo com certeza foi atormentado por ele, o mais curioso é que o próprio é citado apenas 16 vezes no novo testamento enquanto a palavra ressurreição 24 também no novo testamento (já, já explico o porquê dessa palavra). Não acredito na existência do inferno,esse sofrimento eterno tão difundido serve somente para controle moral e para alívio dos seres humanos (pensar que um criminoso viverá eternamente num castigo dá uma sensação de alívio aos "cidadãos de bem", porque por vezes " a justiça humana falha"). Ou seja quando você morre... você morre, você deixa de existir. Aí que entra a ressurreição em que eu acredito e que não é muito difundida pelo cristãos hoje. Existe uma passagem que deixa claro a questão quando diz que se Cristo não ressuscitou a nossa fé é vã. O grande pilar do cristianismo é a ressurreição.
Então se vc não crê vc não ressuscitará, ou seja, a morte é fim. O livre arbítrio diz respeito a essa escolha. Existe um livro (não sei se o autor é cristão): Iniciação ao misticismo cristão (da coleção iniciação) J.C. Ismael, que faz um panorama da religião (se te interessar é claro!).
Quanto a questão do velho testamento, sim meu "Deus paz e amor" está lá presente sim não só ele mas o Criador, entre outros. O contexto histórico da formação da nação hebréia (mais tarde judeus)é beligerante. Estamos falando de uma sociedade patriarcal, semi-nômade, de pensamento mítico que se torna uma nação. A narração desse processo e da relação com Javé é o mote do Antigo testamento. Estudei bastante sobre as narrativas míticas na faculdade e tenho uns textos interessantes se vc tb estiver interessado.

Gostaria de reafirmar que respeito muito a sua opinião e que o uso do "meu Deus paz e amor" tem uma carga emocional bastante raivosa, o que eu acredito seja resposta dos crentes que vc encontra, acredite eu tb os encontro.
Abraços
Patrícia Araújo

Lorena disse...

Shishiu,

você não me ofendendo (e me chamar de infantil não está me ofendendo), pode se expressar como quiser a respeito do meu posicionamento.

Anônimo disse...

Shishiu

Não digo para você mudar de opinião, para "achar bonitinho", só disse para não ser grosso, é bem diferente. Eu nunca usei palavras assim para discordar de religiosos, não é necessário. O único propósito de dizer que religiosos são infantis e ridículos é querer causar.
Mas, você tem todo o direito de ser um troglodita arrogante e de se achar superior por ser ateu (que é o que você faz quando desdenha das PESSOAS religiosas), assim como eu tenho todo o direito de criticar esse posicionamento.

Anônimo disse...

Só um pequeno detalhe: a rigor, "ateísmo" é a ausência de crença na existência de divindades, e não exatamente a afirmação de que eles não existem.
Obrigada Dani fazer voltar a tônica o que é o verdadeiro ateísmo!
Eu não acredito na existência de nenhum ser superior! Quem tem que provar se seres sobrenaturais existem ou não e quem acredita neles!
Vamos colocar mais lenha na fogueira! Vamos lá gente!

Lorena disse...

carolinapaiva,

olha, se o Deus da Patrícia é "paz e amor", eu devo ser do partido dele, porque eu sou totalmente paz-e-amor! rsrs. Obrigada pelo posicionamento a meu favor, mas eu nem me estresso com o temperamento do Shishiu, porque sei que essa questão levanta mesmo os "ânimos" da galera, de um lado e do outro.

Anônimo disse...

Deus não precisa de fracos de espirito que depositam toda sua fé num unico acontecimento.

Imagina se o Holocausto tivesse dizimado a fé dos Judeus...

Mas ateu é assim mesmo, acha que Deus está preocupado em provar-se real pra eles, muito egocentrismo isso ai.

Parabens champs vc é o umbigo do universo.

Anônimo disse...

Lorena

Como você diz não estar ofendida, eu paro por aqui. Eu é que não sou nada paz e amor mesmo xD

Shishiu disse...

Patrícia,

Obrigado por se dignar a responder minhas perguntas, apesar delas terem sido feitas de maneira sarcástica.

Meu problema é justamente com suas respostas. Seu embasamento "teórico" sobre inferno e ressurreição não é científico. Ou seja, você precisa ter fé para acreditar nesses conceitos, bem como precisa ter fé para acreditar que a bíblia é sagrada. Partindo dessa premissa, suas considerações são todas no sentido de se acreditar sem provas. Eu não consigo fazer isso.

No mais, passar bem e um abraço no marido.

Shishiu disse...

Plinio,

Não acho que deus deva se mostrar real a mim, só acho muito estranho que ele não o faça.

Paulo Andrade Gomez disse...

Quem não acredita em espiritualidade por uma característica natural ou cultural é chamado de agnóstico, ou seja, sem um conhecimento espiritual.

Quem se converte ao movimento contra religião é chamado de ateísta, ou seja, tem um profundo conhecimento espiritual e por seus problemas sociais e culturais despeja seu ódio contra as pessoas que tenham ou manifestem a sua espiritualidade.

A diferença é que o agnóstico está entre nós, vivem em todas as regiões do planeta e sob as mais diferentes culturas religiosas. Essa pessoa simplesmente leva a sua vida e não se preocupa com a questão espiritual, pode passar anos e ninguém perceber a sua condição agnóstica.

Já o ateísta é aquele que foi convertido a contra-religião, é aquele que tem necessidade de combater o espiritual. Essa contra-religião foi fundada pelo rabino ortodoxo judeu Carl Marx, ao defender a promíscuidade e o ateísmo o nobre rabino estava criando uma ferramenta para destruir a causa da perseguição de seu povo.

Por essa razão que o agnóstico vive bem em qualquer lugar do mundo, porém o ateísta sofre discriminação devido a sua necessidade de combater com argumentação e um ódio visceral todo e qualquer tipo de manifestação espiritual.

Relicário disse...

Não sei no que acredito, questiono tudo, até a inexistência de outras vidas, de vida após a morte, da morte da consciência, entre outros...

Mas tem gente que afirma com tanta certeza sua descrença que me soa tão soberbo quanto qualquer cristão fundamentalista, que crê ser o ser mais privilegiado por conhecer a verdade...

Não acredito em receitas, crer é algo tão íntimo, e conceitos são tão pobres...

De onde viemos, para onde vamos? Pra mim continua sendo uma pergunta sem resposta.

A Line disse...

Paulo Andrade Gomez, por favor, se informe um pouco melhor antes de falar bobagem.

Anônimo disse...

E chega o primeiro troll...
É tão difícil assim respeitar o diferente? Eu não entendo como uma pessoa que diz acreditar em deus, diz ser iluminada, prega o amor ao próximo, etc e tal, ficar por aí xingando os outros.
É muita incoerência, e depois são os ateus os malvados, que tem pacto com o diabo e o escambau.

Daní Montper disse...

Então, Line e Andreia, o que vejo são ateus afirmando a não existência de deus e não falando que não acreditam nessa existência, e para mim isso faz muita diferença. E para tanto, uns têm vários artigos ateístas refutando essa existência, e outras vão além, ditando provas etc.
Prefiro ser uma agnóstica que não crê em nada e não faz questão de julgar se existe ou não xD


No mais, pelo que li depois, não acho que a fé seja infantil ou ridícula, pois é algo pessoal e complexa demais para que eu possa definir de forma tão simplista.
E o que faz a pessoa acreditar ou não, não é de minha conta, só exijo respeito.

lola aronovich disse...

Plinio, acalme-se. Enquanto continuar chamando pessoas de "otário" e "palhaço", será deletado. É tão difícil assim debater com um mínimo de educação? Se vc estivesse cara a cara com outr@s comentaristas, falaria dessa forma? Espero que não.


Gente, os ânimos de alguns estão muito exaltados. Pra quem só está lendo os comentários (meu caso), não parece que todos estão ofendendo todos, ou sequer que algumas pessoas se sintam ofendidas. A Lorena, por exemplo, é super da paz, como ela já mostrou em diversos comentários em vários outros posts. E muit@s de vcs são comentaristas experientes. Não entrem em jogos de agressão!

Anônimo disse...

TSUNAMI

O tsunami atingiu o Japão com força especial. Gostaria de lembrar a todos e todas que o tsunami atingiu um país xintoista, onde o cristianismo é praticado por uma fração mínima da população.

O outro tsunami mais devastador da história atual foi em Sumatra atingindo uma região islâmica, frequentada por centenas de turistas ateus europeus. Praticamente não existe o cristianismo em Sumatra.

Lembro que após os dois tsunamis, tanto o de 2004 em Sumatra como o de 2011 no Japão, os cristãos do mundo todo se uniram para enviar dinheiro, comida e todo tipo de apoio necessário para aliviar o sofrimento desses povos não-cristão.

Isso é amor cristão.

A Line disse...

Sim, Dani, isso é muito comum em discussões sobre ateísmo x teísmo, a exposição de provas e mais provas contra a existência de deus, bem como contra outros argumentos teístas. Só fiz aquela observação para apontar para o sentido estrito da palavra, não é preciso ser um cientista ou um ferrenho defensor da razão para ser ateu, embora essa seja a postura mais difundida.

Anônimo disse...

Não sou ateísta pra ir contra, ser rebelde, promíscua, largada na vida. Escolhi não acreditar em religião alguma porque ela mesma é muleta e instrumento de cegueira coletiva.

E estou muito feliz assim.

Decidi não ter religião na minha vida porque realmente as pessoas morrem por causas diversas, não porque "Deus quis assim". Não é Deus que vai me ajudar a conseguir um emprego legal, um corpo escultural ou o carro do ano na minha mansão caríssima, isso é fruto de esforço próprio.

Usar Deus como explicação pra tudo é muito estranho.

O que pensar de uma religião cujo o próprio livro de ensinamentos é uma enxurrada de contradições, coisas ultrapassadas que são levadas ao pé da letra em pleno 2012, que seus fiéis e fanáticos pregam intolerância, que matam pessoas em nome de um ser superior, que acham que homossexuais são enviados do demônio?

Não, obrigada, minha vida está muito bem sem religião.

Anônimo disse...

shishiu,

Já imaginava essa resposta. Nossa vc estava sendo sarcástico? Nem percebi... rsrsrs.

Também acredito na ciência, na verdade não poderia ser diferente eu nasci sob esse saber e fui ensinada tendo ele como parâmetro. A própria ciência já teve as suas crises e hoje a soberania em explicar todos os fenômenos pela ciência é questionável. Você está certo ao dizer que é a fé que me motiva, mas ela também motiva vc ao se basear pela ciência (essa escolha tb exige fé). Com certeza ouvirei de vc, mas a sua fé é cega enquanto a minha não, o que me fará lembrar das aulas de antropologia, do evolucionismo cultural, que anos mais tarde foi posto em xeque.

Obrigada pela discussão, abraço,
Patrícia Araújo.

Anônimo disse...

Lola

sou educado mas nao aguento esses tipinhos prepotentes feito o shishiu

Anônimo disse...

Eu como ateia Dani não pretendo fazer com que ninguém partilhe da minha descrença! Tenho motivo deverás profundos para não crer em deus! E claro acredito que as pessoas que creem em deus também possuem seus inúmeros motivos para também acreditar!
O que eu não concordo é quando religiosos tentam fazer com que toda sociedade seja forçada a viver sob as mesmas normas. Cito o que está acontecendo no Congresso Nacional com a intromissão da bancada teológica em questões que não são da conta deles! Como direitos para as populações LGBT, aborto etc. Se o estado é laico, e houve a separação entre Estado e religião não entendo essa subversão! Não sei o que interessa a um religioso a descriminalização do aborto! A descriminalização não vai obrigar religiosas a abortarem! E sim! Vai estender o direito de decidir a quem julgar necessário!

Shishiu disse...

Patrícia,

Parece que o conceito de fé foge ao seu domínio. Eu NÃO tenho fé, muito menos na ciência. Fé é intransigível, eu não sou. A ciência explica o mundo (até agora) de forma satisfatória, isso não quer dizer que se deus aparecer em minha frente eu vá rejeitar a sua existência. O que não ocorre é o contrário.

Anônimo disse...

TSUNAMI

Um brasileiro Fábio Junqueira Karkow, médico gaúcho cristão estava na Indonésia, estava na praia mais atingida pelo tsunami, Mentawai, e onde houve mais mortes.

Ele sentiu o chamado de D'us e entendeu que deveria correr para as colinas, correr por sua vida. Ele correu e foi um dos raros sobreviventes da tragédia.

Tudo foi destruído, perdeu todos os seus bens físicos, porém sentiu a mão de D'us protegendo-o da tragédia.

http://notapajos.globo.com/lernoticias.asp?id=36729

Sara disse...

Robson muito bom seu texto, felizmente ou infelizmente estou indo para o mesmo caminho, só que muitos anos depois de vc , que tão jovem usou do seu discernimento pra fazer suas opções.
Os caminhos que tenho percorrido são um pouco diferentes dos seus, mas os resultados apontam na mesma direção.
Às vezes em certas situações gostaria de ter um Deus a quem pudesse clamar, mas quando penso que a religião contribui em muito para as situações que me causam aflição, fica um certo vazio dentro do peito.
Vc citou certas passagens na Bíblia que te decepcionaram, eu também tenho as minhas e depois de muito refletir julguei que se é que existe Deus ele parece ser muito machista, e como seria possível para eu amar sobre todas as coisas um Deus que me julga inferior junto com todas as outras minhas irmãs de gênero.
Eu tive filhas e sei que elas vieram ao mundo da mesma maneira, com as mesmas dores e trabalhos que vieram os filhos de outras mulheres, porque deveria eu aceitar que eles valem mais que minhas filhas ???
Esses pontos criaram um abismo na minha fé, que não há como reconciliar.

Anônimo disse...

O exemplo mais clássico da Igreja se metendo no Estado é a instituição ser contra células-tronco. Se isso devolve a habilidade de uma pessoa em cadeira de rodas a andar, por que ser contra?

Se Deus não é poderoso o suficiente pra fazer uma pessoa a andar só com o poder do pensamento, por que proibir o avanço da ciência em prol do bem estar do ser humano?

Bruxo Nefasto disse...

Gozado esse Robson

Não acredita em Deus mas acredita na Humanidade.

Alias a Lola tb pensa dessa forma, outra pessoa gozada.

Dr. Athemar disse...

Anônimo das células-troncos


Correção: células troncos estão dentro de nosso corpo, fazem parte de nosso sangue. Não existe e nunca existiu nenhuma oposição às diversas terapias que extraem o sangue da pessoa, purifica para extrair as células troncos e injeta no órgão lesado.

Isso é feito desde 1972 e aqui no Brasil existem vários centros de pesquisa a mais de década.

A questão da Igreja e do Estado é que houve a proposta de usar embrião humano, feto, unborn child, para produzir células troncos a partir desse embrião humano e então usar em uma pessoa doente.

O embrião é uma pessoa, ele tem direito a vida?

Essa foi a questão ética levantada pela discussão.

No Brasil ficou regulamentado que embriões que estão congelados a mais de 3 anos e foram descartados pelos pais biológicos do embrião podem ser usados para experimentação e terapia.

Consideram que o embrião congelado em nitrogênio líquido após 3 anos perde a sua viabilidade, sua capacidade de produzir vida.

Anônimo disse...

Oi lola,

É a primeira vez que escrevo aqui. Já leio o blog tem um tempinho e gosto mesmo dos seus posts. Cheguei aqui pelo feminismo e nunca mais parei de ler. Vendo seus comentários sobre os ânimos alterados, passei por uma experiência horrível em outro blog por isso. O mais engraçado é que era um blog cristão protestante e eu fui comentar sobre o episódio do estupro do BBB. Fiz uma crítica a postura do blog sobre o assunto e recebi um comentário ultra ofensivo de outro leitor, o irônico é que acima da caixa de texto vinha dizendo sobre críticas e baixarias que não seriam postadas. Ou seja humilhar os autores do blog não era permitido mas ofender (fui chamada de burra, ignorante pra baixo) quem os critica tudo bem.(porque o dono blog postou o comentário)
Pensei exatamente o que vc escreveu, se fosse cara a cara ele diria tudo o que escreveu? provavelmente não.

shishiu não vi na sua provocação um ataque pessoal, apesar de saber que professar ser cristã e evangélica (odeio essa palavra rsrsrs)gera bastante raiva.

Lola,

Fiquei feliz em saber que vc estará no ifcs!!! Eu estudei lá, farei o possível pra ir. Um abraço.
Patrícia Araújo.

Anônimo disse...

obrigada doutor pela explicação :)

Mayara Arend disse...

"Já vi de quase tudo nessa vida, mas ateu reencarnacionista é a primeira vez."

Prazer, conheça mais um.

Ser ateu é não acreditar em deus ou deuses como entidade. E apenas isso.
O budismo, por exemplo, é uma religião não-teísta ou ateísta no sentido que não há uma entidade central a quem adorar.
Eu, pessoalmente, prefiro me denominar pagã que as reações são muito mais divertidas hahaha
Mas creio em coisas. Só uma delas não é um deus, uma entidade (ou várias) a serem adoradas, logo, sou atéia também.
Mas enfim, cada um com sua concepção do que é ser ateu, né, afinal, não chega os religiosos nào entenderem o que é ser ateu, os ateus também tem que se bater entre si, dizendo que um ou outro não é ateu o suficiente...

Bruxo Nefasto disse...

Ateus que acredita em espirito é foda.

Daqui a pouco aparece um aqui que diz que é ateu, acredita em Deus mas que não na religião, por isso ele é ateu

Daní Montper disse...

Andreia, concordo contigo, o estado deve ser laico, até mesmo para garantir que cada pessoa professe ou não alguma crença.
Se a pessoa quiser montar altar e adorar uma árvore, é assunto dela, o que ela não pode fazer é impor esse dogma aos demais e nem se basear nisso para promulgar leis, ou seja, não impor algo que é individual sobre o coletivo, como vem acontecendo com fundamentalistas na bancada política de nosso país.
Uma pessoa que quer se eleger, deve fazê-lo pelo povo e deve ser imparcial e não falar apenas por seus devotos, por sua crença, por aqueles que partilham da mesma fé - até porque, até mesmo entre eles há discordância em vários temas.

Pietra disse...

Sou atéia, só evito espalhar isso por aí porque uma, o preconceito é grande mesmo, duas, vivemos em uma teocracia mascaradas, três, religião em sentido filosófico importa tanto para mim quanto a situação do mico leão preto de cauda branca e topete vermelho do Casaquistão, logo, não tem porque ficar afirmando valor.

Eu só me importo com a religião quando começam a misturar Código Penal com as Tábuas de Moisés, por exemplo, ou quando preceitos religiosos são embutidos nas leis dos humanos - restrição ao aborto e casamento gay, p.ex. Estado laico, sempre.

Mais uma atéia disse...

Como muitos aqui, também sou atéia, desde sempre... E também não tenho problemas espirituais, preocupação com falta de respostas, etc.

Resolvi deixar esse comentário porque ao contrário do que muitos dizem, muitos ateus têm sim preconceito contra religiosos. Ainda acho que o preconceito dos religiosos contra os ateus seja mais intenso e agressivo, mas isso não exclui o preconceito existente dos ateus contra os religiosos.

Posso falar por mim mesma. Fiz o colegial em colégio jesuíta, o que me fez conhecer muitos cristãos. E eu não conheço UM que não confunda as suas crenças pessoais com o Estado laico. Explico: essas pessoas são, por exemplo, contra a LEGISLAÇÃO que permite o casamento homoafetivo porque o deus deles acha errado. Uma coisa é essa pessoa ter seus próprios preconceitos (não ter amigos gays, não querer que seu filho seja gay, etc, o que por si só eu já considero uma visão bastante limitada), outra coisa é querer fazer com que seus preconceitos virem LEI para uma nação LAICA, que não tem só católico.

Como eu pessoalmente não conheço UM religioso que escape disso (não só casamento gay, mas também outras legislações, como aborto), então tendo a achar os religiosos ignorantes só pelo fato de serem religiosos.

Anônimo disse...

Nessaham Alita foi um masculinista atormentado pelo conhecimento espiritual.

A mulher ao se unir a um homem sexualmente se tornam um só ser. Na Bíblia diz isso de forma direta em Cartas aos Apóstolos, no hinduismo isso é mais forte. No islamismo isso é colocado de uma forma doentia.

Na Índia o número de separação de casais é mínimo devido a forte crença que a união sexual cria um vínculo espiritual inquebrantável.

Nessaham Alita, um mestrado em psicologia, se viu atormentado com essa questão. Como resolver o problema da únião permanente de um casal? Como um casal poderia viver por toda a eternidade, vida após vida, ocupando diferentes corpos, porém sempre unidos?

A solução que Nessaham Alita encontrou foi o profundo conhecimento de si mesmo e da pessoa do sexo oposto, pois uma vez munido do auto-conhecimento poderia combater todo tipo de pensamento e atitude negativa de si mesmo e do(a) parceiro(a).

Infelizmente os mascus não entenderam isso.

Anônimo disse...

Lola eu te amo

Lolover disse...

Lindaaaaaaaaaaaaaaaa

Anônimo disse...

Vou largar tudo, abrir uma igreja mundial de adoração ao bacon (vegetarianos são bem-vindos com a soja que imita bacon)

Shishiu disse...

Bruxo Nefasto fez uma ponderação certeira.

Anônimo disse...

shishiu,

"a fé é intransigível!!!???" Intransigentes somos nós, seja pela fé, seja pela ciência...

"A ciência explica o mundo de forma satisfatória??!!!" é mesmo? Você é Marxista? Se for faz todo sentido...

Patrícia Araújo.

Anônimo disse...

Achei muito interessante o texto, aos 14 anos discuti com meus pais, pois não queria ir a igreja e que não acreditava mais em deus, e as respostas deles foram ridículas: ''Quero ver quando você passar por um aperto e ir aclamar a deus, quero ver se el vai ajuda-la''. Portanto seria o tal Deus rancoroso?

Shishiu disse...

Mayara Arend,

Sinto muito mas você não é atéia. Ser ateu não é simplesmente desacreditar em deus, mas sim não ter crença ou fé no sobrenatural.

Acreditar em fantasmas (me parece ser esse o seu caso) a coloca na condição de crente.

Lorena disse...

Mais uma atéia,

eu conheço vários cristãos que são a favor do estado laico, do casamento gay, da descriminalização do aborto... Infelizmente, são a minoria, ams existem. E o erro de muitos, na minha opinião, é ficarem calados frente às barbaridades cometidas pelos cristãos fundamentalistas. Assim, só os fundamentalistas ganham voz.

Pietra disse...

Eu acho engraçado quando dizem que "tal pessoa virou ateu/atéia" porque TODO MUNDO, sem exceção, nasce ateu. Religião é coisa aprendida... vc só desaprende com o tempo quando cria um pouco mais de juízo e discernimento.

Nayara Lima disse...

Como virei uma atéia.

Discriminação é o que eu mais sofri na vida por fazer parte de uma religião africana morando na região Sul do país.

Uma vez fui para Salvador, queria conhecer o mais importante centro espiritual da minha religião, o chamado terreiro, ou terra santa.

Eu notei que os frequentadores desse centro são todos de uma mesma etnia africana e que eles não permitiam os não puros fazer parte da elite do centro religioso.

Depois de vários dias por lá percebi que havia um culto ao separatismo racial, a não miscigenação entre os puros da etnia africana com os afrodescendentes de outras etnias, mestiços ou indígenas. Mesmo após mais de um século em Salvador eles ainda mantém a pureza étnica.

Fiquei totalmente decepcionada pois nunca imaginei encontrar a cultura nacional socialista dos descendentes de alemães do meu estado lá na terra santa em Salvador.

Ao retornar a minha cidade eu comecei a questionar também a questão dos sacrifícios de animais e dos rituais de sangue. O resultado é que depois de um longo processo, desisti de tudo.

Hoje sou uma atéia feliz, porém ainda com profundas dúvidas existencias. O sentido da vida.

O filme a Árvore da Vida trouxe a minha mente milhares de questionamentos que um dia eu tinha enterrado em meu inconsciente.

Eva disse...

Sou crente, caso prefiram, ou teísta, se acharem melhor. Mas não acredito no Deus dos cristãos, meus deuses são outros. Então achei interessante a experiência, mas não vou opinar - sobre crença e não-crença, não se opina, apenas se respeita. O que acho que todo mundo precisa entender é que o laicismo vai ser melhor para todos nós, teístas e ateístas, e que cada um deve escolher, sozinho, seu próprio caminho. Ninguém tem o direito de me atacar por crer, ninguém tem o direito de atacar ninguém por não crer, e parece bem simples, né? Não faça com os outros o que você não quer que seja feito com você.

Mas, a bem da verdade, uma coisa que me irrita muito, tanto em alguns ateus como em muitos, muitos cristãos, é a forma como me discriminam. Poxa, eu não acredito nesse tal de diabo, como assim feitiçaria/bruxaria é coisa do mal? Ficar tentando argumentar pra me convencer de que Eles não existem? Mas que cacete, me deixa em paz. Eu não queimo crucifixos ou bíblias, não queimo exemplares da Origem das Espécies, não leio livros que tentem me convencer a acreditar em outra coisa ou a desacreditar, não tento convencer ninguém a acreditar nos meus deuses... sabe? Não é fácil não. O laicismo é a única saída humanamente possível para a convivência pacífica entre todos, de crenças diversas ou de não-crenças.

Mais uma atéia disse...

Lorena,

Acredito em você. Devem existir religiosos mais conscientes.

Entretanto, pra mim são exceções - e não a regra -, os quais eu ainda não tive o prazer de conhecer.

Por isso, como conheço (experiência pessoal...) muitos religiosos e todos são ignorantes, quando eu conhecer uma nova pessoa que for religiosa, vou partir do princípio que ela é meio idiota, e ela que terá que me mostrar o contrário.

(Isso pra mim configura preconceito da minha parte. Mas, honestamente, esse é um preconceito o qual não me sinto nem um pouco culpada... eles não podem querer empurrar o estilo de vida deles para mim e achar que eu vou tratá-los com total respeito.)

Lorena disse...

Nayara Lima,

nossa, agora a decepcionada sou eu! Porque aprendi, entendi e pregava que as religiões de matriz africana são totalmente inclusivas, religiões que "abraçam" todos, sem qualquer distinção! :(
Você poderia me dizer qual religião frequentava e onde era o terreiro em Salvador? Meu sonho é fazer uma peregrinação pelos centros e terreiros de Salvador, um dia, pra conhecer melhor o candomblé.

Bárbara disse...

Olá!
Muito interessante o depoimento! Acredito que essa atitude (escrever sobre) possa ajudar no combate ao preconceito contra ateus, que é enorme na nossa sociedade cristã. Mas gostaria de comentar um ponto, que percebi nesse texto e percebo em outras manifestações sobre ateísmo. A questão é que quase sempre, salvo em raros casos, o ateísmo se coloca contra a fé cristã. Eu também não sou cristã, compartilho de todas as críticas do texto. Mas muitas delas não se aplicam à outras manifestações de religiosidade. Nem todas religiões pensam em um Deus patriarca que diz ser bom mas na verdade permite atrocidades. Acredito que exista uma ordem transcendente, mas a lógica para seu "funcionamento" está além da nossa compreensão. Não gosto da palavra Deus, mas se existir algo como uma divindade ela não deve ser necessariamente um Deus cristão que está sentado em um trono orquestrando desgraças e maravilhas. De não-cristão para ateu é um grande salto, porque existem muitas outras formas de pensar o mundo e a espiritualidade. Você mostrou o seu caminho, mas ao meu ver você continuou negando o deus cristão mesmo quando dizia não ser mais cristão. Não estou dizendo de forma alguma que é necessário buscar outras formas de espiritualidade, não acho que religiosidade seja algo necessário, as pessoas podem viver muito bem sem ela ou muito mal com ela. Chegar a conclusão de que não existe nada além do mundo físico é uma experiência completamente pessoal, e que deve ser respeitada. Acredito que o ateu é ateu porque não acredita em deus nenhum, e não porque precisou provar por A+B que deus não existe. Porque se o caminho for esse, gostaria de ver argumentos diferentes, já que concordo com a maioria deles e isso não me faz ateísta. Me incomoda um pouco essa lógica "o deus cristão é incoerente, logo nada existe". Mas repito: o ateu pode ser ateu sem querer fundamentar seu ateísmo, apenas por que não acredita em nada.
Abraços!

Anônimo disse...

O povo aqui tá confundindo as coisas!
E principalmente as definições do que é ser ateu!
Primeiro um cristão ele é ateu, pois ele não acredita na existência de Buda, Shiva, thor e afins!
Segundo ateu no sentido mais restrito do termo é aquele indivíduo que não acredita em nada mais nada mesmo que seja sobre natural!
O comentário postado por Mayara Arend, não a desqualifica.
Os pagãos no primeiro século da era cristã eram todos ateus em relação ao cristianismo!
O que eu estou vendo muito desses comentário é muito fundamentalismo do lado ateu. Gente há várias formas de acessar o mundo e compreende-lo a razão/ciência não é a única forma de conhecimento/verdade. A religião já propagou coisas ruins no mundo...Sim inúmeras! Mas a racionalidade extremada e o cientificismo também ou vocês já esqueceram as experiencias nos campos de concentração nazista e das ditaduras comunista. Sem citar que em nome dos métodos "científicos'', testes de novos medicamentos e tecnologias o ser humano seja usado como um meio para se chegar a um fim! E foi exatamente em cima disso que os nazistas se basearam!

Shishiu disse...

Andreia Lemes,

Por favor, se informe antes de falar bobagem.

Daní Montper disse...

Claro que existem cristãos, judeus, muçulmanos etc que acham também que a fé deles não deve ser imposta aos demais, e prezam por um estado laico, principalmente por causa da liberdade religiosa.
É para não cair na generalização que uso fundamentalista, pois assim me refiro ao crente (que crê em algo) que acha que seus dogmas devem ser seguidos por tod@s.



Pietra, eu já acho que é mais fácil termos nascido agnóstic@s e depois termos aprendido sobre esses valores e então formarmos nossa opinião a respeito do que já termos nascido crentes ou ateus, de qualquer forma, concordo que seja algo adquirido/aprendido e não nascido com.

@teacher.anajessica disse...

Ai gente, acho tão cansativa essa discussão "se Deus existe ou não", pra mim é igual a discutir ideologia politica, gosto musical, qual time de futebol é o melhor e blábláblá.
Não me condenem, sou protestante e tenho as minhas crenças, e dentro delas as minhas dúvidas.
Na verdade, o que eu realmente acho é que tudo é uma questão de respeito às escolhas do outro, algumas pessoas (como eu) precisam e querem acreditar que existe algo maior acima de nós (sem piadinhas) outras não, o que é absolutamente normal já que não existem provas concretas. O que eu acho intolerável é o fato de eu não gostar de feijão e o meu irmão que adora ficar tentando me obrigar a comer, entendem? ninguém aqui está certo ou errado, acreditar ou não é uma questão de opinião, necessidade, tradição ou seja lá o que for, não importa. Ser ateu não faz da pessoa o diabo encarnado, tampouco ser cristão faz de alguém um anjo de bondade, caráter independe de religião.

Lorena disse...

Mais uma atéia,

então, concordo com você que quando uma pessoa age com ignorância contigo, não pode esperar uma reação diferente. Tenho (ou tento ter) respeito por todos, religiosos ou não, mas se um religioso resolve que vai me pegar para bode expiatório (e olha que não é difícil, já que sou gay) e vai "descer" a tábua dos dez mandamentos nas minhas costas... Aí, sinto muito, tá pedindo pelo meu desrespeito também!

E sobre o seu preconceito(que sim, o é), compreendo de onde ele vem mas ainda acho que vc não deveria generalizar. Nem todo cristão é ignorante ou fanático. Tem muita gente boa no meio, e eu tenho o prazer enorme de conhecer vários cristãos-pensadores que são o máximo. O problema é que os que ganham voz são os do senso-comu. Gente inteligente não faz alarde da sua inteligência, né? Só grita aos quatro ventos quem é inseguro ou cheio de segundas intenções, tipo esses pastores-empresários das redes de TV.

Anônimo disse...

Acho que é você meu caro que esta bastante desinformado sobre muitas coisas!
Você não debate idéias você ataca! Eu estou aqui para debater não estou aqui para me mostrar melhor do que ninguém meu caro! Ao contrário de você que quer aparecer desqualificando todos aqui!

Lorena disse...

Bárbara disse tudo que eu penso e mais um pouco. Obrigada!

Anônimo disse...

Inclusive você peca principalmente pela falta de educação e agressividade senhor shishu

Daní Montper disse...

Andreia, da maneira como você expôs ficou incoerente, pois não tem como um cristão ser ateu, porque ateu não acredita em nenhuma forma de divindade e sobrenatural, e o cristão acredita em um deus! Se é cristão, não é ateu; se é ateu, não é cristão.

João Bertonie disse...

O problema do ateísmo é justamente isso: o preconceito, que foi abordado noutro guest post. Sou ateu e meus pais são evangélicos, e deixaram bem claro que preferem morrer a ter um filho que não acredita em Deus e não vai para a igreja. Penso que o autor do texto teve sorte de estar com gente que o aceitava da forma que ele era/é.

Bruxo Nefasto disse...

Andreia Leme

Acho que vc levou a serio aquela propaganda da associação atéia dizendo que todo mundo é ateu com o Deus alheio.

foi uma retorica dos caras ok?

So pra te informar.

Ateu não tem o que firular igual vc ta fazendo, é a pessoa não crê em Deuses, seja qual for, se vc acreditar em UM, num único deus, vc já não é ateu.

Pare de malabarismo de auto ajuda

Bruxo Nefasto disse...

Lola

Esse meu conselho se extende à vc.

Anônimo disse...

Mais outro querendo aparecer as custas dos outros! Lamentável você não entenderem o que seja educação sinto muito esse post já deu pra mim!
Em todo tema como esse sempre aparece esses tipinhos que a tônica e atacar os outros gratuitamente!

Anônimo disse...

Tchau Lolinha seu blog e ótimo mas é uma pena que ele atraía um tipinho de gente pseudo inteligente que só quer aparecer!

Mais uma atéia disse...

Lorena,

Sei "racionalmente" que você tem razão. =] Nunca podemos generalizar um grupo, pois sempre vai ter nem que seja apenas um dentro desse grupo que é diferente.

Entretanto, não sei, acho que é a raiva de todas as coisas que leio e escuto dos religiosos "senso-comum" que me impede de pensar assim em relação aos religiosos de plantão.

Me irrita profundamente saber que, por exemplo, eu não tenho direito à eutanásia porque alguns (ou muitos? ou quase todos?) religiosos resolveram me empurrar goela abaixo a crença deles.

Quem sabe com o tempo eu aprenda a ser mais tolerante... =]

lola aronovich disse...

Ô Shishiu, se controla aí, vai. Vc não é assim em outros posts. Nesta thread vc tá se comportando quase tão mal como o deus do Velho Testamento. Quase.


Puxa, Bruxo Nefasto, conselho de troll realmente vale muito pra mim. Obrigada!

A Line disse...

Mas a observação do bruxo nefasto sobre a propaganda da Atea (é da Atea mesmo?) faz sentido. Nunca concordei com esse argumento de que todo religioso é "ateu" com relação às outras religiões. Eu pelo menos entendo que o ateu não acredita em nenhum tipo de divindade ou entidade sobrenatural.

Lorena disse...

Mais uma atéia,

o problema do estado laico me emputece também. Acho incrível como as pessoas não entendem que um estado laico é benéfico pra TODOS, sem exceção, e que leis não devem se misturar com preceitos religiosos. Vc não tem direito a eutanásia, eu não posso casar, porque tem gente que acha que o que dita sua religião deve ser lei (e é, né). E eu tenho medo do quão pior a situação vai ficar até que melhore, sinceramente, porque com nosso congresso tendo uma "bancada evangélica" e nosso executivo baixando a cabeça (pra não dizer pior) pra ela como anda fazendo... não sei onde vamos parar, de verdade.

Anônimo disse...

Shishiu é aquele cara que, em um outro post sobre ateísmo, cismou porque cismou que ateu tem que ser o que ele acha que é (No caso, não pode acreditar em outros tipos de espiritualidade) e não o que realmente é (Não acreditar em divindades)?

Anônimo disse...

Bom eu me chamo Julio e tenho grandes amigos ateístas.... sou cristão e não tenho problema nenhum, e acredito que nem eles, até porque eles são mais tolerantes que eu, e acredito que jesus veio aqui para pregar isso, amor, amor e mais amor ao próximo. Mais ame mais e julgue menos.

Sara disse...

Lola to passada, eu estava vendo um link que deixaram aqui nos comentários do blog FAKE OU NÃO daquele lixo sem nenhuma possibilidade de reciclagem do Silvio Koerich.
Ele ta pior que nunca, fazendo ameaças até a ministra Irini, incitando crimes de todos os tipos, ele fotoshopou suas fotos que vc posta aqui no blog, e pior de tudo mesmo ele diz que mora aqui no meu bairro, inclusive freqüenta um shopping que eu vou sempre que preciso, da até medo de sair na rua e cruzar com um verdadeiro DEMONIO desses.

Igor disse...

No meu caso, eu não tive uma “passagem” para o ateísmo: desde que eu me entendo por gente nunca acreditei em divindades ou coisas sobrenaturais. Até mais ou menos meus quinze anos de idade, eu não sabia me situar sobre a ausência de crença divina, me intitulando de católico ou católico “não-praticante” para a sociedade de maioria cristã – e assim ser aceito “como um deles”. Eu era ateu, só não adotava essa definição (até mesmo por não conhecer bem o significado do termo “ateu”).

Aos quinze anos, já com meu senso crítico evoluindo, eu não tive muita dificuldade de reconhecer que não acreditava em deuses ou entidades metafísicas afins. Se até aquela idade eu não precisava de crença em seres imaginários para me sustentar, me situar como descrente neles que não iria me desestabilizar. Portanto, nesse quesito eu não tive problemas.

Os poucos problemas que tive foram com as religiões, principalmente as cristãs. São características de grande parte das religiões, e dentre elas majoritárias no Brasil, serem expansionistas e visarem o monopólio da fé e dos cidadãos. E isso, obviamente, me atingia por não acreditar em deuses, pois quando não havia algum prosélito me desrespeitando e tentando me converter sem ser convidado (e isso é uma forma de intolerância religiosa), eu era constrangido a aceitar um tipo de “silêncio educado” imposto pelas religiões, onde expressar minha descrença e/ou não aceitar participar dos rituais da religião alheia era considerado de falta de educação! Isso não chegou a ser uma crise; ser uma fase de profundas reflexões e desgostos onde eu iria mudar completamente, mas havia certa angustia de não poder me expressar, e, quando expressava (mesmo que nem me dizendo ateu) ou recusava participar dos rituais, ser vítima de preconceito e discriminação.

Isso perdurou até meus vinte e três anos, quando me vi com total autonomia e intelectualidade para me declarar ateu. E não só me declarar: também impor à sociedade a minha condição de ateu, me defendendo contra qualquer investida de terceiros. Essa imposição foi – e continua sendo – no sentido de que ninguém pode tutelar minha condição ateísta, cabendo tão somente a mim essa tutela. Quer queira, quer não, eu sou ateu, e ponto! E também não vou me calar ou baixar a minha cabeça diante os demais por não gostarem do fato de eu ser ateu. Além de me declarar ateu, eu faço valer a minha liberdade de expressão e de descrença para não mais me submeter às vontades religiosas, principalmente de me ver forçado a participar de suas liturgias. Não dou as mãos a um grupo que quer fazer uma prece no trabalho assim como uma testemunha de jeová não iria doar sangue porque o mesmo grupo quer fazer uma boa ação. E exijo ser respeitado por isso, assim como respeito os demais, não tolerando de forma alguma o assédio religioso ou discriminação!

E até hoje sou uma pessoa resolvida quanto minha descrença, e vivo muito bem assim! Ainda enfrento de vez em quando alguns problemas de discriminação e preconceito protagonizados por ignorantes que não aceitam a condição alheia, escutando frases repugnantes como “tenho pena de você” ou “eu acredito por você” de gente estúpida! E, claro, ter que ler, ver e escutar quase diariamente o preconceito e a discriminação contra ateus, que direta ou indiretamente me atinge. Mas quanto a esses atos hediondos, tenho certeza que a sensatez e a inteligência vão aos poucos mobilizando mais e mais pessoas a se juntar ao combate ao preconceito e a discriminação!

Anônimo disse...

esse debate é válido num país onde correntes religiosas diversas impedem o acesso a direitos humanos básicos, (saúde, dignidade humana...) fazendo uma leitura convenientes das suas escrituras sagradas.

mas o debate AQUI virou discussão sobre o sexo dos anjos.

ou também poderia chamar de masturbação mental, embora essa expressão contenha uma carga de repressão sexual implícita.

Josiane Caetano disse...

Estou na fase agnóstica. Não sei se chegarei na fase ateísta. Mas que o tsunami é um marco neste assunto sobre acreditar ou não em Deus é ponto considerável.Uma amiga explicou o tsunami numa versão espírita, que achei bem bacana, mas este negócio dos espíritos falarem só com alguns é muita sacanagem. Então a gente vai levando a vida assim, sem certezá de nada, mas pelo menos não perdendo tempo frequentando uma igreja. Se Deus existir, ele vai entender. Se não existir, não poderei fazer nada a respeito, só aproveitar esta vida- que é o que tento fazer e tentando viver bem com as pessoas que conhecemos.

Anônimo disse...

recado à galera geral:
Numa sessão espírita, Deus me disse que ELE não existe e pra mantermos o bom humor.

Dri Caldeira disse...

Não acredito em Deus e em religião nenhuma tem pouco tempo. E por uma única e simples razão: eu, que fazia tudo como manda o figurino religioso, não importa qual ele fosse, sempre me f***a, enquanto que pessoas que não estavam nem aí pra religião, família, constituição do Brasil, código penal, bíblia e outros marcos regulatórios e claustrofóbicos que regem a sociedade se davam muito bem. Nem me dei ao trabalho de questionar à presença de Deus, eu nunca acreditei mesmo nele, na criação do mundo, em jesus, em bíblia e outras teorias escravagistas de mulheres. Fiz tudo como minha mãe católica queria: batizei, comunguei, casei, tudo no catolicismo. Mas não acreditava. E me sentia pior em não assumir o fato de ser ateia do que o de mentir, de enganar. Me libertei desse vício que é a religião, não leva vc à lugar algum, só enriquece aos seus dirigentes. Se eu tenho alguma religião, eu sou então espírita. Mas o espiritismo também se revelou um culto às vaidades, cada um querendo ser mais importante do que o outro, seja em mesa branca, candomblé, etc. Engraçado, e sei que agora várias pessoas vão me ridicularizar, mas nem te ligo: eu tenho fé em S. Francisco de Assis. Não é fé de rezar, de pedir, mas o de tentar me seguir pelos ensinamentos dele, principalmente o de cultivar o desapego e o de proteger os animais. E, se por assim, eu tiver de ir p/ inferno, ficarei bem feliz: o paraíso deve ser um porre, silêncio, ninguém fala alto, ninguém gargalha. A música q toca no paraíso deve ser Enya, canto gregoriano e outras porcarias enjoativas... e aquela maldita luz divina acesa dia e noite!! No inferno não!! Toca rock, samba-rock, só tem gente animada, q ri, se diverte, bebe, come o que quer! A luz é negra, tem vários cantinhos escuros, pra vc ficar sossegado. E vai ser um inferno brasileiro: nunca vai ter dinheiro p/ comprar a gasolina p/ deixar a fornalha acesa, a caldeira (q não serei eu!) vai estar sempre quebrada, esperando alguém mandar um técnico p/ consertar e o demônio só vai aparecer pra dar expediente às sextas feiras à noite! No resto da semana, ele fica entre SP e Brasília!!

+++ OFF TOPIC +++ disse...

Lola

Deixo essa matéria (e fontes para confirmar a veracidade) sobre Charlotte Lobjoie que foi o resultado de uma aventura amorosa de uma jovem francesa de 16 anos.

A história é muito interessante e colocou a filha lutando contra o exército do próprio pai.

https://lintomass.wordpress.com/2012/02/23/hitler-teve-filho-com-uma-francesa/

Discovery Channel: http://news.discovery.com/history/hitlers-illefitimate-son-120218.html

Israel: http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4191261,00.html

Linda disse...

Assim como a Marina eu não consigo definir em que estagio estou de crença ou descrença em Deus, mas o relato do amigo me pareceu um tanto ingênuo, um tanto baseado na opinião alheia do Deus fatalista que não ta aí pras catástrofes etc. Eu pessoalmente acredito que catástrofes e mortes são conseguencias das escolhas que as pessoas fazem em grupo ou individualmente, não que tenha algo a ver com Deus (ou o fato de ele existir ou não).

Eu nunca li a bíblia toda e acho que seria meio ignorante da minha parte chegar a uma conclusão sobre Deus sem ler o tal livro que dizem ser a palavra dele. Por isso ainda não cheguei a tal conclusão. E foi disso que eu senti falta no relato do amigo, a busca por entender por si mesmo a questão através do conhecimento. Mas eu entendo a descrença dele e acredito que isso é extremamente pessoal pra sequer ter preconceito. Enfim, esse é um tópico recorrente na minha vida no momento por isso quis entrar no debate, alguém concorda/discorda de mim?

Lorena disse...

Dri Caldeira,

eu costumo dizer que sou fã de S. Francisco de Assis! Rsrs. Não sou devota de santo nenhum, nunca fui, mas tem umas personalidades religiosas que sempre despertaram meu interesse e admiração. São Francisco e Sta. Clara são duas delas.

Dri Caldeira disse...

Lorena - S. Francisco, S. Jorge tb!! Que antes de serem santos, foram pessoas normais, comuns. Como a irmã Dulce tb e o Frei Damião, pessoas que praticavam o amor da forma mais poderosa e importante que existe!

Mais uma atéia disse...

Lorena,

Exatamente!!!

Eu, que sou um tanto quanto menos tolerante que você, acho que isso de existir uma "bancada religiosa" no Congresso deveria configurar crime num Estado laico.

Naquele projeto de lei do "bolsa estupro", o deputado federal Henrique Afonso disse: "Essa questão do Estado laico é muito debatida, tem gente que me diz que eu não devo legislar como cristão, mas é nisso que eu acredito e faço o que Deus manda, não consigo imaginar separar as duas coisas". (link aqui: http://glo.bo/tm5v6Z)

Porra. Se não consegue separar as duas coisas, porque se candidatou a deputado? Vai ser arquiteto, vai ser engenheiro, vai vender pipoca, qualquer coisa.

Sara disse...

Dri Caldeira amei seu comentário rrssss ta coberta de razão....

Luiz Prata disse...

Post interessante.
Não sou ateu, mas passei por um processo de descrença nas instituições religiosas, por conta das contradições bíblicas, do machismo (desde Eva), do preconceito contra LGBT, entre outras coisas.

Hoje, estou mais para deísta ou panteísta (=Deus está em tudo, não confundir com politeísmo) e minha concepção de Deus não é antropomórfica e muito menos masculina (portanto, referir-se a Deus como Ela ou Mãe seria tão válido quanto Ele ou Pai, uma vez que em português não há palavras neutras em gênero).

Também me incomoda muito a intromissão indevida de religiosos na política, querendo impor ao Estado laico suas convicções pessoais.

Anônimo disse...

Engraçado ver ateus falar de fundamentalismo religioso quando o ateismo só vem crescendo com a ascenção do anti-teísmo ( neo-ateus) que nada mais é do que fundamentalismo uma vez uqe prega o fim de todas religiões do mundo da idéia de Deus.

IRONIAS, CONTRADIÇÕES, ETC

DRI CALDEIRA

De fato a lorena e outros estão fazendo papel e você e o Shishiu estão mostrando quem é

Gente que só chega sabe falar dando coice. Até quando?

Rafaela disse...

Eu creio muito em Deus, sou catolica mas respeito quem é ateu, desde que a pessoa nao venha desfazer da minha crença. Levantar uma bandeira e orgulhar-se de sua escolha é uma coisa digna, mas fazer isso para ironizar ou azucrinar o proximo, é uma enorme pobreza de espirito.

Abraços e fiquemos em paz.

Pietra disse...

"Porra. Se não consegue separar as duas coisas, porque se candidatou a deputado? Vai ser arquiteto, vai ser engenheiro, vai vender pipoca, qualquer coisa."

Porque o Estado é laico mas o eleitorado está longe de compreender esse conceito. E como vivemos em um Estado (Teo)Democrático de Direito, as pessoas têm o direito de eleger representantes que compartilhem de suas convicções, inclusive as religiosas. E o fazem, o tempo todo.

Posso não concordar com a teocracia à brasileira mas que está tudo dentro da lei, isso eu não vou negar.

Lorena disse...

Mais uma atéia,

pois é, é como um médico ser Testemunha de Jeová (sendo que eles são proibidos de doar sangue) ou Adventista (que não pode trabalhar no sábado), como é que concilia as duas coisas?? Ou esquece da religião enquanto trabalha, ou arruma outra profissão em que ela vai ser irrelevante!

Sabe, acho que falta muito também a essas pessoas se colocarem no lugar do outro... Mas pra falar a verdade, acho que políticos-evangélicos estão pouco se lixando para o outro, estão onde estão pelo poder e pelo dinheiro. Porque você não vê essas pessoas lutando por causas realmente relevantes à população, como a saúde, segurança, educação....

Anônimo disse...

Verdade

O blog da lola é otimo mas eu nao comento aberto aqui, pq ele ta cheio de trolls

E por trolls não vejo só esses meninos ai, vejo tb essas Dri Caldeiras da vida, cheia de ignorancia e de afirmações absolutas, só ela tá certa, quem não pensa igual ela está automaticamente errado.

E tem outr@s nesse mesmo nipe.

A Lola poderia podar esse povo tambem...

Anônimo disse...

A oposição leal

os ateus são a oposição leal dos teístas. É difícil ver falhas do próprio pensamento. Os ateus servem de corretivo para raciocínios teístas inválidos. Seus argumentos contra o teísmo devem fazer cessar o dogmatismo e abrandar o zelo com que muitos crentes desprezam espontaneamente a incredulidade. Na verdade, os ateus desempenham um papel importante de corretivo para o pensamento teísta. Monólogos raramente produzem um raciocínio refinado. Sem ateus, os teístas não teriam uma oposição significativa com que dialogar e explicar seus conceitos de Deus

Ricardo Black

Lorena disse...

Pietra,

com certeza não é contra a lei eleger uma pessoa baseado em sua fé, nem acho que deveria ser. Só acho que as pessoas eleitas precisam ter compromisso com o mandato e com os cidadãos brasileiros, porque enquanto legisladores esse é o trabalho delas. Se não consegue separar sua fé religiosa do trabalho que desempenha no Congresso, não deveria estar lá (não que deveria ser proibido de estar lá, só deveria entender que lá não é lugar de professar religião).

Mal comparando: se um judeu ortodoxo trabalha numa fábrica de linguiças, ele tem que deixar a religião do lado de fora assim que entra pra trabalhar. Não pode estar lá dentro e se recusar a preparar uma linguiça, porque não pode tocar em carne de suíno. Se não quer tocar em porco, porque é impuro, então entenda que aquele não é o trabalho pra ele.

Mais uma atéia disse...

Lorena,

Concordo 100% com você!

Na minha visão intolerante da religião, realmente tudo o que a esmagadora maioria dos dirigentes políticos-reliosos querem é dinheiro mesmo e que se dane o povo. (não que os outros políticos sejam muito diferentes, mas ao menos eles não usam a crença deles pra ferrar tudo mais ainda quando lhes é conveniente.)

Mais uma atéia disse...

Pietra,

Não estou questionando o eleitorado, e sim a existência de um deputado que abertamente diz que não sabe separar religião de política. (o eleitorado realmente vota em quem quer).

Acredito que esta situação esteja dentro da legalidade, pois senão esses políticos deveriam estar envolvidos em processos...

Você concorda que a existência de um deputado como esse não condiz com um Estado laico?

Linda disse...

Ah, eu queria dizer também que concordo com a Barbara e a Lorena, sobre estado laico ser a unica forma de ter uma sociedade que se respeita.

E queria perguntar pra Lorena: Como foi que você conseguiu conciliar homossexualidade com sua religiosidade? eu to super confusa com isso ainda. (Se eu nao me engano eu li por aqui que você homo, se não for, desconsidera tá?)

Dri Caldeira disse...

Tô cansada de gente covarde c*****o regras. Vcs vão enxugar gelo, chupar um prego até virar alfinete! Vcs só falam besteiras que vêem na internet. Viver a vida dignamente vcs não sabem. São cheio de dogmas, de doutrinas, são todos catedráticos da babaquice da elite terceito mundista! Vcs são um monte de nada, versando sobre tudo o que não conhecem!! Ah, nossa e aqui ninguém fala palavrão, ninguém faz cocô, são todos seres etéreos, são ninfas do paraíso burguês, o shopping center! Acham que falar o que se pensa e o que se sente é falta de educação. Ficar suado? Jamais!! Bando de Val Marcchiori, pagando de Lili Marinho!

Ginger disse...

Lorena

Eu super tenho a mesma curiosidade da Linda, gosto muito dos seus coments e gostaria de saber sobre isso!

Como vc concilia a religião com a sua orientação sexual?

Se puder contar é claro!

Anônimo disse...

conciliar religiosidade com sexualidade? Deus criou o homem à sua imagem e semelhança; assim Deus é TUDO o que o homem é e vice-versa... ser homossexual ou ser heterossexual faz parte da criatura criada à imagem de Deus... minhocas são unissex. i.e. cada minhoca se auto-reproduz por si só, não existe minhocA e minhocO... exite apenas minhoc@... conciliar religiosidade com sexualidade não é problema pra gente de cabeça bem resolvida... ou é?!

Quem? disse...

Lola,

Acho muito interessante esta visão da biblia que vcs ateus tem em dizê-las que é um livro de barbarie, assassinos,machistas porque é isso que anti-semita chama os judeus e afirmam que por isso a biblia é assim. Porque os judeus não passam de uns barbaros na Idade antiga.

Eu sempre vejo que os ateus brasileiros repetem muioto conceitos, pensamentos e preconceitos dos ateus americanos.Mas lá eles tem o chamdo Guerra das culturas que aqui não tem. Dai muitas coisas que ateus repetem soa agressivo demais e até descontextualizado.

Falam que são tão racionais, mas ainda discutem moralidade na pós-modernidade como se isso fosse possível discutir hoje em dia.

Anônimo disse...

caramba, carambola... LoLa, seu blogue recebe em média MAIS de 6.000 (seis mil) visitas por dia! entre crentes e ateus... entre gente com FÉdemais e FÉdemenos...

Pietra disse...

Eu também acho que quem não sabe separar o público do privado, a religião do Estado, o "eu pessoal" do "eu político" não deveria se candidatar a nada, nem a síndico de prédio. Mas são tão poucos os requisitos para pleitear um cargo nas Casas e certamente a dissociação dogmática não faz parte deles. Deveria, mas aí é pedir demais. Nosso eleitorado nem se lembra em quem votou nas eleições passadas e por isso tem o que merece, na minha opinião.

Linda disse...

Eita LisAnaHD, mas as minhocas são hermafroditas e fazem fecundação cruzada, os seres humanos não. Pelo menos eu não.

Mas seria legal né? Resolveria grande parte dos problemas.

Anônimo disse...

pois é, LInda, seria tão pratico se a reprodução humana fosse assim como a da minhoca... sem sombra de dúvida sexo seria unicamente pra prazer sem distinção entre homo e hetero... eita vida boa, hein?

Mayara Arend disse...

"Daqui a pouco aparece um aqui que diz que é ateu, acredita em Deus mas que não na religião, por isso ele é ateu"

Novamente, ateu é quem não acredita em Deus. Se ele acredita em Deus, não é ateu, pronto.

Shishiu: eu tenho crenças, portanto sou crente, mas ainda assim sou atéia, assim como os budistas o são - não creio em deus, deuses, deusas, etc. "ATEU" Significa "sem deus" ou seja, que não crê em DEUS, não "aquele que não tem crenças". O resto, é problema da sociedade que junta coisa que não tem nada a ver.

A Andreia tem razão, cada religião é ateia em relação aos deuses dos outros ;)
E hoje em dia até é considerado ateu aquele que não crê em nada/não crê no sobrenatural/não tem fé, motivo pelo qual eu disse preferir me declarar pagã, é mais fácil, mas gosto muito mais da definição estrita da palavra, que é não acreditar em uma deidade e pronto :)

Como o povo falou, que se acredita em algo, não é ateu, isso tá errado. Só por acreditar em "coisas" você não precisa acreditar em "deus". É que o furo beeem mais em baixo...

Quem? disse...

Daqui a pouco vão chegar aqui dizendo que quem crê em Deus, mas não obedece o papa é ateu também.

Quem acredita em Buda é ateu, desde que não pratique o budismo.

Ramon Duarte disse...

Tem comentário demais, não vou ler isso tudo. Achei uma experiência de desconversão realmente pobre - só por causa de um tsunami? Nunca ouviu falar que o mal existe para que o bem tenha razão de existir? -, mas se deu certo para você, parabéns, o importante é ser feliz.

Anônimo disse...

Ateu é aquele que nega a existência de Deus.
(mais simples do que isso, somente dois disso)

Agnóstico é aquele incerto sobre todo conhecimento... (pode ser que sim, pode ser que não).

uma coisa sabemos:
Nem mesmo Fidel Castro conseguiu convencer seu povo da não existência de Deus... portanto, pode ser que Deus exista, pode ser que Deus não exista... a maioria crê que sim, que Deus existe... e se Deus existe, o Diabo tb... se Deus não existe, nem o Diabo existe... e me passe a garrafa de aguardente.

Dri Caldeira disse...

É tudo uma questão de respeito: se eu não acreditar em deus, não me venha encher os pacová, viu, seu malafaia?

Linda disse...

LisAnaHD acaba de me iluminar, sou agnostica no momento, pronto.

Adriana disse...

Nada contra a forma como o Robson virou ateu, mas questiono a eficiência que esse tipo de relato tenha contra a intolerância religiosa. O post foi bem mais uma demonstração das incoerências do discurso religioso, do que uma tentativa de desmistificar os mitos sobre os ateus (pode até reforçar outros). Sabemos que o processo de descrença, pra maioria das pessoas, não é simples, mas infelizmente não foi desse jeito que o relato soou, pelo menos pra mim.

Acho que o principal mito contra os ateus é que, por não terem Deus no coração, eles seriam maus ou teriam valores morais questionáveis. Affe... Escuto isso direto.

O que realmente me pareceu uma coisa boa no post é ver que sim, pessoas muito religiosas podem questionar sua própria fé e mudar de opinião (se acharem por bem). Eu, que nunca fui uma pessoa de muita fé e nunca compreendi bem esse fenômeno, achei muito interessante o exemplo.

Anônimo disse...

". . . levava a sério que Jesus poderia voltar a qualquer momento . . ." --do Guest Post

uns três anos após a morte e ressurreição de JC, o primeiro mártir cristão foi sacrificado e ele tb havia crido que JC poderia retornar a qq momento... logo depois Saulo de Tarso, que virou Paulo, tb pregava que JC poderia retornar a qq momento... mais de 2.000 anos se passaram e há quem acredite que JC poderá retornar (ou melhor, retornará) a qq momento... eita qq momento difícil esse, hein? -- pra mim adulto que já creu que JC poderia retornar a qq momento é capaz de crer e descrer de qq coisa, a qq momento...

Anônimo disse...

Faço minhas as palavras da Adriana.

Ansiao disse...

"Depois do tsunami, li em uma notícia um ateu falando que o tsunami e as tantas mortes humanas causadas eram uma prova da inexistência de um deus pessoal como aquele em que eu ainda acreditava. Minha fé então foi minada"

Se a sua "fé" foi minada por "EMOCIONALISMO BARATO" ela então não passava de "EMOCIONALISMO BARATO". Faça as malditas contas.
"Ateus" sérios não tentar "provar" a inexistência de qualquer coisa. Ainda mais usando a mesma choradeira do "fogo e enxofre" que os religiosos organizados usam.

Tente conhecer alguma pessoa que sustenta fé de verdade e a inveje. Se não por ele ter algo que você nunca será capaz de ter, a inveje por ela usar aquilo para fazer coisas que você nunca será capaz de fazer.
Talvez você nunca ache.

PS. Eu não tenho.

Anônimo disse...

Esquizofrenia tb não tem dúvidas, só a certeza absoluta. Essa corja de deputados crentes: queimem no inferno please. Um grande abraço.
Ragusa

Regina Prado disse...

Ótimo post.
Especialmente por mostrar como é difícil você se livrar da crença em algo que só existe pela inércia. Quem pensa um pouco sobre o assunto, que realmente lê os tais livros ditos sagrados (Porque a maioria dos religiosos nunca LEU a Bíblia), que para pra pensar que se Deus ama todos porque ele há de escolher só aqueles que fazem o que manda esse ou aquele livro? Toda religião cai por terra quando confrontada com a seguinte pergunta: "SE o meu Deus é o único, mas o seu também diz ser, e nós nos embasamos em crenças que ambos julgamos a verdadeira, mas que são diametralmente opostas, qual de nós está certo?"
Ambos os religiosos dirão que estão certos... Mas porque? Porque é assim e pronto.
É puro comodismo... Acreditam porque foram condicionados a acreditar, não porque aquilo nasceu dentro deles, como a fé supostamente deveria acontecer.

Lorena disse...

Linda e Ginger,

oi meninas. Sim, sou homo, sim, mas sabe que a crença nunca foi um problema pra mim? A religiosidade, sim, foi. Era bastante religiosa até me aceitar homossexual e, depois disso, muitas coisas ficaram inaceitáveis para mim na forma como as religiões (a maioria delas) trata os gays. Ler declarações homofóbicas de pessoas de sua religião, principalmente se vc é mto envolvido, mto devoto a causa, como eu era, te deixa mto chateado mesmo. Esse foi um dos motivos para eu deixar de ser religiosa, mas não o único.

Porém, a crença em um Deus para mim sempre foi algo maior do que a religião, talvez por isso ela não tenha se abalado, apenas modifiquei minha forma de enxergar esse Deus. Minha peregrinação pelo "mundo" das religiões já havia começado antes disso e minha visão de um deus universal, maior do que o conceito judaico-cristão, já existia. E olha, posso dizer que minha fé foi algo que me deu mta força nos momentos mais difíceis, de maior solidão, qndo ainda estava totalmente no armário e em processo de aceitação.

Mas compreendo que pra quem é criado de forma rígida em uma determinada denominação religiosa, esse conflito aparece com mais frequência e mais força. Ainda assim, acho que é possível conciliar a crença numa divindade com sua homossexualidade, até mesmo o cristianismo, porque há formas e formas de se interpretar e usar os textos bíblicos, inclusive existem igrejas, congregações e pastores/padres bastante inclusivos. Linda, se vc precisar conversar a respeito, ou mesmo dicas do que ler a respeito, pode me escrever. Acho que vc tem acesso ao meu email pelo perfil. ;)

Linda disse...

Lorena, é bem nisso aí que eu estou trabalhando. Parar de achar que Deus é algo tão limitado quanto as religiões limitam.
Emfim, adoraria ouvir suas dicas de leitura. Vou te mandar um email.

Anônimo disse...

Ainda antes do final da década de 90, século XX, eu estava visitando um cemitério em Raleigh, capital da Carolina do Norte, USA, qdo dei com vários túmulos já velhos e carcomidos pelo tempo e todos com o mesmo em comum: americanos nascidos no Brasil. Na época a internet era bem restrita... foi antes do Google, antes da Wikipedia, mas havia o Yahoo e descobri que qdo da Guerra Civil Americana, muitos lavradores não acreditaram na reconstrução do país, diante da dizimação que o sul sofreu, e foram pro Brasil. Ali perto de São Paulo, SP, se instalaram e formaram a Vila Americana. No pouco tempo em que os americanos ficaram por lá, ajudaram muito no progresso do cultivo e cuidado das fazendas com seus modernos métodos.

Porém, os americanos sofriam uma grande perseguição da Igreja Católica que não permitia os protestantes serem enterrados no cemitério católico e como a maioria dos americanos era gente protestante e o governo brasileiro se curvava ao mando e desmando da Igreja Católica, os americanos retornaram aos EUA. Hoje a tal Vila Americana é uma grande cidade, Americana, e ainda guarda a influência benéfica dos americanos que por lá passaram temporariamente. E no caso deste relato, a divergência na fé religiosa serviu somente pra atrapalhar, pra atrasar, pra separar, pra atravancar o progresso... como quase sempre e não digo sempre pra não soar radical.

Ginger disse...

Lorena vlw ai por contado a sua experiencia! XD

te mandei um email tb!

=p

Allice disse...

A quem disse que os locais atingidos pelos tsunamis "mereciam" (ficou implícito) porque não eram cristãos.

A suécia tem uma maioria esmagadora atéia e não me parece um local, miserável, lascado e violento.
Tragédia acontece em qualquer lugar habitado ou não. PONTO.

Anônimo disse...

Eu me identifico com a Ritinha Lee: "não acredito em nada não, até duvido da fé". Porque sei lá, não sei como alguém que acredita num Deus que encarnou no meio de nós, fez milagres, disse "deixe tudo e me siga", morreu, ressuscitou e subiu aos céus, não seja "arrebatado", não vire um santo a la São Chico, alguém que só vive pra servir a Deus e à criação, em semi-êxtase. Porque é extraordinário demais né? Se eu acreditasse nisso, com certeza seria frei, missionário, o que seja, porque o apelo é muito forte. Pra mim, a maioria dos cristãos é meio ateia, descrente. Só não admite por cagaço.

Ana disse...

Meu desenvolvimento (não vou falar 'evolução' que é pra não acharem que tô me sentindo superior) em relação à religião foi a seguinte: católica pela família -> católica ñ-praticante -> acredito em uma força maior -> agnóstica -> atéia -> monstro do espaguete voador.
=)

Anônimo disse...

Preconceito depende mesmo do círculo social. Aqui na universidade é bem mais fácil topar com ateus do que com outros religiosos, e citar qualquer passagem bíblica é quase um crime.

Quanto à bíblia em si, eu tento ser um cristão do novo testamento: evangelhos e cartas de Paulo. E inclusive várias passagens mostram críticas para esclarecer idéias do antigo testamento, como o perdão à Madalena e as atividades de Jesus aos sábados. Se frases simples como “amar ao próximo como a si mesmo” não entram na cabeça de muitos cristãos, como é que vou esperar que todos entendam e sigam?

Mas o que me dói mesmo é ver como as pessoas conseguem criticar tanto a inquisição e crueldades presentes na bíblia enquanto ignoram totalmente o resto das coisas cruéis que ocorrem no mundo até hoje. O desenvolvimento tecnológico apoiado por todas as atrocidades e desperdícios da segunda guerra é algo inegável para mim: Em 1938 descobriram a possibilidade de uma reação em cadeia, e apenas 7 anos depois, estouram as primeiras armas nucleares. Que dizer da computação, telecomunicações, aviação e medicina? Em uma década apenas conseguiram um avanço gigantesco, simplesmente por causa da “oportunidade” da guerra, então estendida pela guerra fria.

E o custo de tudo isso: só a segunda guerra fez quase 60 milhões de mortos em apenas 6 anos. Até a terrível e crudelíssima Santa Inquisição demorou mais de mil anos para chegar à marca dos 75-100 milhões. Cara, não duvido que alguns massacres na história moderna conseguiriam isso em questão de meses.

Não adianta colocar culpa em Deus, bíblia, igreja ou algo sobrenatural. Isso é culpa dos homens: eu, você, todos nós. As pessoas estão atoladas em intolerância e indiferença. É só observar a boa quantidade de posições intolerantes aqui mesmo, num blog que tenta acabar com o preconceito e essas desavenças parvas. E ao redor do mundo? Fetos aos lixões, miseráveis são tratados como pedras, pessoas escravizadas, e animais feitos de brinquedos, que as enfermeiras podem quebrar e jogar fora quando quiserem.

Chega, já estou cheio. Ainda prefiro acreditar que as coisas vão melhorar e que todos nós vamos virar gente boa cedo ou tarde. Por enquanto, pelo menos respeitem o espaço da Lola, ela pediu com tanta educação...

Anônimo disse...

". . . e citar qualquer passagem bíblica é quase um crime." --Anônimo 23 de fevereiro de 2012 21:24

Não é assim entre pessoas cultas... e ser uma pessoa culta implica em conhecer ou ter s;olido conhecimento de pelo menos um dos vários livros sagrados das diferentes culturas. Os greandes intelectuais ateus conhecem a Bíblia e por isso podem participar de palestras e dar palestras. Dizer que crê ou não crê em Deus não é o mesmo que conhecer a doutrina que prega esse Deus.

"Ainda prefiro acreditar que as coisas vão melhorar e que todos nós vamos virar gente boa cedo ou tarde." --o mesmo

E nisso creem os ateus, os agnósticos e os crentes. Nisso crê toda a humanidade e assim esperam todos.

Anônimo disse...

Dois grandes escritores ateus que conheciam muito bem a Bíblia: Graciliano Ramos, brasileiro de Alagoas; Émile Zola, francês de Paris. Em "A Terra", Zola nos apresenta Jesus Cristo, personagem mau caráter que muito desagradou a Igreja Católica. Graciliano Ramos disse que tinha a Bíblia como seu livro de cabeceira pois apreciava a retórica. Fidel Castro e GG Márquez são profundos conhecedores da Bíblia.

Nem todos que estudam a Bíblia o fazem por religiosidade; quem genuinamente aprecia literatura por certo apreciará --se não toda--pelo menos parte da literatura bíblica. Não foram poucas as grandes obras literárias de todos os tempos inspiradas em livros sagrados, sendo um deles a Bíblia (para nós ocidentais). Eu poderia e posso fazer uma lista de clássicos que li entre escritor@as das mais diversas nacionalidades cua inspiração veio de algum trecho bíblico e isso Hollywood tb soube e sabe explorar muito bem.

Anônimo disse...

daniele, daniele, dani-ele...
e o que vc faz aqui entre nós?

Anônimo disse...

dani-ele...
mau amada?! má amada???
mal amada... bem amada.
e... Veja... nem precisei queimar neurônios pra corrigir seu curtocircuito (raramente uso hífen).

Anônimo disse...

[...]paguei promessa por ter passado no vestibular com uma nota alta andando um grande pedaço da avenida que liga minha casa à UFPE e beijando o chão do prédio onde eu estudaria (por apenas dois meses[...]
APENAS 2 MESES...APENAS

Rafael disse...

Daní Montper disse...

"Sou agnóstica porque não tenho fé nessas coisas, e não digo que sou ateia porque os ateus afirmam a não existência de deus e isso para mim não tem relevância[...]"

"Então, Line e Andreia, o que vejo são ateus afirmando a não existência de deus e não falando que não acreditam nessa existência, e para mim isso faz muita diferença. E para tanto, uns têm vários artigos ateístas refutando essa existência, e outras vão além, ditando provas etc.
Prefiro ser uma agnóstica que não crê em nada e não faz questão de julgar se existe ou não xD"

Mas não saber se Deus existe não te obriga a não ter uma opinião quanto ao assunto. Por exemplo, na questão da existência de fadas eu sou agnóstico, pois não há como saber com 100% de certeza se elas existem. Agora, na questão de acreditar em fadas eu sou ateu, pois eu acho mais provável que elas não existam.

O ateísmo sempre, sem excessão, se refere apenas ao que você acredita. O agnosticismo só se refere ao que você sabe.

Uma pessoas que afirma a não-existência de deus não é apenas ateu, mas sim um ATEU-GNÓSTICO: ele não acredita em Deus e sabe que Deus não existe. A maioria dos ateus (e eu me incluo no grupo) se encaixam na categoria ATEU-AGNÓSTICO: não acreditam em Deus, mas não sabem com certeza se ele existe ou não.

Em outras palavras, dizer que os ateus afirmam que Deus não existe é errado. Não fazer "questão de julgar se existe ou não" não faz de você uma agnóstica, pois agnosticismo não se refere ao seu julgamento ou percepção; ou você sabe, OU você não sabe.

Anônimo disse...

Acho muito estranho que religiosos fiquem tentando converter ateus. Sou espírita e nunca senti qualquer necessidade de convencer ninguém de qualquer coisa. Se as pessoas estão felizes com seus posicionamentos para que tentar impôr? Isso é muito estranho.

Starsmore disse...

Adoro quando esses posts mostram a intolerância daqueles que querem ser 'tolerados'.
Mas óbvio que, se você faz parte do clube da lolazina, pode chutar o pau da barraca, generalizar e ofender todos os crentes. Colocando todos como intolerantes, inquisidores e autoritários.
E é impressionante como muitos ateus se sentem profundamente ofendidos quando alguém declara ou oferece um testemunho de fé.
Pratiquem, antes de exigirem qualquer coisa.

Carol M disse...

Alguns conceitos que as vezes as pessoas misturam:
1) Ateu; quem não crê em divindades.
2) Cético; quem apenas confia numa informação cientificamente embasada.

As duas coisas tendem a se misturar, mas ainda sim são separadas.

Outra, buda é uma palavra que significa "o iluminado". Existiram diversos budas, indivíduos que alcançaram a iluminação espiritual. Alguns eram ligados a religiões teístas (normalmente hinduísmo) outros não, mas todos eram pessoas de fato, sem poderes mágicos. O mais famoso, reconhecido como O Buda, foi o príncipe Sidarta Gautama.

Particularmente acho a existência ou não de uma divindade criadora bem irrelevante e consideravelmente improvável, pelo menos da forma como religiões em geral apresentam, mesmo aquelas não monoteístas.
Acho que o anti-teísmo que muitos se referem é uma onda contra essa necessidade pentelha que muitos religiosos tem de impor suas crenças, ideias e modo de vida a todos, mesmo os que não acreditam no mesmo que ele. As interferências religiosas no estado laico tb são provocadoras disso. Se as pessoas apenas acreditassem e nao ameaçassem os outros com fogo do inferno, nem limitassem direitos civis e reprodutivos de 3os muito provavelmente não haveria anti-teísmo nenhum.

Anônimo disse...

Primeiramente deixo claro que respeito a todos que creem ou não. Não cabe a mim converter ninguém. Contudo eu creio em Deus, mesmo com os muitos sofrimento que tenho e que vejo no mundo. Não penso que Deus exista para que nossa vida seja fácil e sem problemas. Não vou perder minha fé e esperança em dias melhores, nem que esses dias melhores sejam para lá desta curta vida, afinal, fé e esperança somente para esta vida, é uma fé muito pouco firme e que deixa muito a desejar. Por isso não me admiro que alguns percam a fé diante dos sofrimentos próprios e alheios, pois tenho certeza que, se assim perderam, foi porque nunca experimentaram de verdade o sabor do Eterno (Deus, que é espírito e consequentemente não tem sexo!).
Beijinho...

Stefano disse...

Tenho minha religião (não cristã) e minhas convicções. Acima de tudo o respeito pelas opções conscientes dos demais, por obrigação, por princípio e para poder exigí-lo também. Não sofro muito preconceito quanto a minha religião, mas, quanto a minha opção pelo VEGANISMO, sofro quase perseguição!!! Eu sendo gaúcho, morando no Rio Grande do Sul e ser Vegano é quase uma heresia!!! É incrível como as pessoas tentam me convencer com argumentos ridículos sobre "cadeia alimentar", sobre "deus criou os animais para nos servir", etc, etc, etc... POR FAVOR!!! Eu pouco prego o VEGANISMO para quem eu percebo ser um universo distante. Me restrinjo a responder aos curiosos, com argumentos lógicos, tentando iluminar com alguma racionalidade, as cabeças "racionais" que se habituaram a ingerir o sofrimento de outros seres, pela cultura e pelo prazer, deixando de lado um tanto de civilidade em um ato grotesco e pré-histórico.

Maíra disse...

Sensacional, adorei o depoimento. Sou agnóstica e me considero num processo de "evolução ateista", pois sinto que estou caminhando para esse processo de libertação. Nunca me senti tão bem comigo mesma como quando passei a me libertar de crenças religiosas! Também me tornei vegetariana há 2 anos e meio e foi minha primeira grande libertação! Me identifiquei muito com o post, parabéns!

Anônimo disse...

Sou agnóstico, gostei mto do seu depoimento que quase deixei de ler pq suspeitei que fosse um tipo lamentação, mas não era. Pelo contrário, é uma história pessoal e bonita. Agora só falta vc relaxar e deixar as outras pessoas acreditarem no que quiserem. Quase ninguém vai encher seu saco, garanto.

Anônimo disse...

gnóstica
- pessoa que possui conhecimento intelectual ou esotérico de coisas espirituais.

agnóstica ou cética
- pessoa que não tem certeza da existência de Deus; duvida da existência de Deus sem crer e nem descrer... não está segura se Deus existe ou não existe.

esotérico
- algo compreendido/entendido somente por parte de pessoas com iluminamento sobre o assunto, geralmente reservado a um círculo fechado.

exotérico
- algo de fácil entendimento por parte do público em geral.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marina disse...

Oi Lisa, não sei se compreendi sua colocação quanto a bíblia(no comentário que fiz sem querer em outro post). Veja se o que entendi está correto: você diz que ela ser "considerada" a palavra de deus é uma opinião e não um fato, certo? Se for, eu não discordo de você,ué. Afinal, não fiz qualquer afirmação do tipo e por isso usei a palavra "considerada". Quanto a ser complexa, a minha opinião é de que se tivesse de ser "a palavra de deus" que fosse de fácil entendimento, e não de múltiplas interpretações. Não entendi a referencia que fez a livros psicografados também, se puder me explicar. Enfim, estou aqui. Beijos

Anônimo disse...

oi, Marina, meu comentário nem sempre se refere especificamente a uma resposta ao que leio na página de comentários... algumas vezes eu pego um pouco aqui e outro ali e escrevo um comentário generalizado... desculpe-me se te confundi... sobre livros psicografados, muito em voga no Brasil, eu os comparo a textos bíblicos no sentido de serem ditados por Deus/algum espírito, pois é um espírito que está ditando o texto (tem cabimento isso?!!!)... os livros psicografados dizem que são ditados por espíritos... enfim, eu sou grande apreciadora da literatura bíblica e qto à leitura de livros psicografados tenho grande dificuldade em lê-los... a mesma dificuldade que tenho com a literatura de Paulo Coelho. Uma coisa sabemos: por conta do cristianismo muito sangue foi derramado desde há 2.000 anos e me pergunto se a voz que Saulo de Tarso ouviu no deserto foi realmente a voz a quem ele atribuiu ou se foi o Mal passando-se pelo Bem...

Anônimo disse...

"Quando Deus é o Chefe do Homem e o Homem é o Chefe da Mulher"
segunda-feira, 23 de novembro de 2009

--O livro "Tirs Croisés", de Caroline Fourest e Fiammetta Venner fala sobre como os principios do integrismo e do extremismo é praticamente o mesmo nas religioes católica, judia e muçulmana. O primeiro capítulo aborda a situaçao das mulheres nessas três religioes (na sua forma mais fundamentalista) e como todas elas são usadas para oprimir o sexo feminino.
http://portedoree.blogspot.com/2009/11/quando-deus-e-o-chefe-do-homem-e-o.html

Dogmerrático disse...

Olá Lola e Robson.

Não me considero ateu, Deus me livre! Rsrsrs
Parto do pressuposto de que somos menos criativos que intuitivos.
Nosso grande defeito é nos acharmos muito diversos do meio, o que em essência não é verdade.
Até o presente momento, segundo os estudos da física, e talvez alguns atues me aplaudam, não passamos de um punhado de partículas subatômicas: por vezes felizes, infelizes ou entediadas.
Tais partículas são produto da compactação de grandes quantidades de energia, e o processo inverso é explosivo.
O mais curioso é que provavelmente tenhamos mais inteligência acumulada que uma maça, ou um chimpanzé. Embora o mesmo punhado de partículas que nos compõe (água, carbono, ferro, O2, etc) seja rigorosamente igual aos que os compõe.
E o que produz toda a nossa estranheza de nós mesmos é a maneira como essas partículas se agrupam no espaço que chamamos de corpo humano em um pequeno espaço de tempo (estourando 100 anos, os átomos que trafegam pelo corpo humano existem a mais de 6 bilhões de anos), produzindo dois fenômenos que se processam de modo mais ou menos intenso nos seres humanos, a acumulação de informações e a consciência.
E o que tem Deus com isso? Creio que Tudo.
O acumulo de informação gera como subproduto a cultura, que pode ser acrescida ou suprimida em sua forma e conteúdo pela produção de novas informações.
A Bíblia, subproduto da cultura judaico-cristã, bem como tantas outras culturas, expressa a intuição de centenas de consciências em sua redação, e até hoje é fonte de acúmulo e supressão de informações, mediante a interpretação que se queira dar por padres, pastores, crentes e descrentes.
Constantemente ateus e crentes de alguma religião fazem engenharia reversa, no esforço de entender os fenômenos que a vida lhes apresenta. Nosso acervo de criações é ridiculamente menos expressivo do que os resultados obtidos pela observação, sistematização das informações, repetições e domínio de processos.
Somos um punhado de partículas que carrega a bagagem cultural produzida ao longo de milênios, e que desempenha grande esforço para em um curto espaço de tempo expandir ao máximo a própria consciência, às vezes influindo em consciências externas.
O que me intriga é: será que somos tão solitários e especiais, a ponto de sermos as únicas centelhas de consciência do Universo?!
Não acredito no arquétipo pintado por Michelangelo Buonarroti, não acredito num Deus colérico e vingativo, e muito menos na negligente Babá Cósmica que deveria poupar cada ser do universo de toda e qualquer experiência de dor ou sofrimento.
Não Creio numa força mística transcendental que move o universo, pois este conceito delimita Deus fora do universo.
Creio que somos expressão de Deus. Uma em inúmeras expressões.
Quanto ao Cristianismo, que também foi citado, penso ter havido uma falha grave na abordagem. Jesus Cristo pode salvar qualquer um de uma vida vazia e fútil. Basta ler no Novo Testamento, o que considero o cerne da ética pregada por Cristo, a partir do capítulo 5 até o final do capítulo 7 do Evangelho de Mateus.
Não será problema pra um Ateu despojar de qualquer conteúdo místico os preceitos filosóficos contidos naquele pequeno trecho, que em essência busca transmitir que quem conseguir cultivar o amor a si e aos outros, não focando como objetivos a aquisição de bens materiais e poder, na busca do bem e da verdade, terá vida em abundância.
Creio que a mensagem de Cristo pode salvar a ateus e crentes, se tomada como filosofia de vida.

Anônimo disse...

ai, que entediante...
bastava ter postado seu link pra gente ler o post que vc transferiu pra cá como comentário, tédio.

Dogmerrático disse...

Oi LisAnaHD

Na verdade a produção do texto foi o oposto. Digitei e postei aqui primeiro, posteriormente copiei para um blog que nem lembrava mais que havia aberto em 2008.rsrsrs
Mas, somos mesmos um punhado de particulas entediantes e entediadas, não?! hehehe

Anônimo disse...

Desde muito criança acho que sempre fui agnóstica. Minha família sempre foi muito católica, minha avó devota fervorosa e minha mãe quase foi para o convento (meu avô materno não permitiu). Fui batizada, fiz a primeira comunhão e ia todos os sábados à missa com minha avó, mas nunca consegui entender minha dificuldade em expressar uma verdadeira fé. Acho que fazia tudo mesmo no piloto automático. Eu ia porque tinha que ir, não tinha alternativa, mas não conseguia me concentrar nas orações, não entendia nada dos sermões do padre lá na hora da missa e tudo pra mim passava de milhões de palavras sem sentido algum. Quando chegou a hora de me preparar para ser crismada, ocorreu de eu não ter idade mínima para tal e acabei não fazendo a tal preparação (e não fiz até hoje). Então, pelo fato de achar desnecessário me crismar, eu vivia em contradição, pois de um lado não queria isso, mas de outro pensava que "deus" iria me castigar por isso. E, durante muitos anos, eu tive problemas financeiros, amorosos, enfim, muita coisa dava errado na minha vida, mas eu pensava sempre que era castigo divino, até que entrei na faculdade (bem tarde, aos 26 anos). Certo dia estávamos na aula de filosofia e uma colega comentou comigo, referindo-se ao professor: "deve ser horrível não acreditar em nada". Ué, eu pensei, como pode ser tão horrível assim? Ele é um excelente professor, é casado, tem família, tem um ótimo trabalho que paga muito bem, não o vejo fazendo fofoca, é muito justo com todos os alunos e não demonstra estar se sentindo "horrível" por não acreditar em nada. Parece que aquele dia houve um "clique". Desde então passei a ler sobre tudo relacionado a religião e ateísmo e entender melhor a minha descrença, assim parei de sentir medo de ser punida por não ter uma fé verdadeira. Eu sou uma pessoa de boa índole e caráter, honesta, trabalhadora, não não faço mal a ninguém e acredito muito mais no conceito de que tudo que vivemos, seja bom ou ruim, nada mais é do que uma experiência que vai nos preparar para as próximas situações que passaremos na vida. Nada de destino ou sina. Simplesmente a lei do retorno.

Loja Moeggall disse...

O ateísmo pode ser a saída para crenças absurdas ou a perplexidade, mas não explica mais nada, feliz ou infelizmente.

Deixei de crer no VT como palavra de Deus bem como boa parte do NT tem muito pouco tempo. Algumas máximas que uso às vezes...

Graças ao A Course in Miracles (Um Curso em Milagres), consegui (depois de camelar um bocado) o que o cristianismo promete mas não cumpre, não por culpa deste, mas por nossa própria culpa, ao trazermos os apelos para acordarmos para dentro do sonho e continuarmos dormindo. É isso que as Igrejas fazem, quando ratificam o VT e apresentam a existência material como real , mesmo as mais espiritualizadas, justamente por não romperem com o VT. Pena.

Loja Moeggall disse...

tudo que vivemos, seja bom ou ruim, nada mais é do que uma experiência que vai nos preparar para as próximas situações que passaremos na vida. Nada de destino ou sina. Simplesmente a lei do retorno.(Anônimo 26 de fevereiro de 2012 11:11)

As próximas situações também servirão para nos preparar para outras próximas situações? Quando foi que tudo isso começou?

O nascimento é uma ação ou uma reação? uma ida ou um retorno?

Anônimo disse...

Sou católico, acredito em Deus e em Jesus, e respeito qualquer tipo de crença e opção sexual, pra mim não há diferenças entre nós seres humanos! O que me parece é que os ateus nos intitulam como "menos" e isso eu acho um absurdo... sabe, eu acredito em Deus e nem por isso sinto medo ou culpa por nada, como algumas pessoas mencionaram nos comnetários... não sou alienado, estudo, faço faculdade, respeito todas as pessoas independente de raça, crença ou seja lá o que for! Tudo bem que tem muitos religiosos que os tratam com diferença, mas eu como teísta não quero ser tratado da mesma forma por vocês, ateus, até porque eu não faço nada pra vocês e pelo contrário, até os defendo quando vejo que é necessário... só acho que vocês ateus julgam muito mal as pessoas que acreditam em Deus, desmerecem a nossa crença e nos chama de "idiotas"/ alienados indiretamente, e é isso que eu acho injusto... porque se eu respeito vocês, também quero ser respeitado! Abraço a todos e, Lola, gosto muito de seus posts, minha namorada que me fez conhecê-la e não me arrependo! Meus parabéns por tudo! Até logo.

Loja Moeggall disse...

Eu me solidarizo com os ateus em certos aspectos, como por exemplo não considerar uma criança como cristã ou muçulmana ou católica por causa de seus pais. Criança não tem religião.

sex pistol disse...

Esse papo de ateísmo e religião, na boa, não leva a lugar nenhum. E além disso, é de importãncia mínima. Pô, tanto assunto interessante que pode ser debatido, como o de muitos posts que foram escritos anteriormente.
Caras... na boa, isso dá margem a que as pessoas se agridam. Convicções espirituais, no meu ponto de vista, não estão passíveis de discussão. Discutir comportamentos é uma coisa, crenças pessoais, culturas é outra.Abraço

Anônimo disse...

Sou ateu desde os dez anos, embora tenha permanecido em uma religião por pressão familiar até os dezenove. Desde criança, minha cabeça simplesmente nunca conseguiu conciliar o mundo de fantasia da bíblia com o mundo real, em que existo.

Dogmerrático disse...

Um fato bastante relevante é: quão inquietante é o sentimento de que há um cosmo ou um princípio ordenador em meio ao caos!
Se o acaso é a base de tudo, a intencionalidade foi a primeira coisa a surgir do nada.
Se o acaso foi o responsável por tantos acertos na geração de sistemas e seres tão complexos, então seria por puro acaso que meus dedos colidiram contra o teclado encadeando um conjunto de símbolos, que acidentalmente ganham algum sentido.
Novamente nos deparamos com a nossa estranheza de nós mesmos, pois se um punhado de partículas (nós) contempla o universo, por que não poderia o universo contemplar a si como um todo e em parte?
Se este assunto não fosse relevante não motivaria tantos comentários. A negação de uma fé de cunho religioso não equaciona os questionamentos básicos que envolvem a existência, a vida orgânica e intelectual. E é isso o que traz inquietação à consciência.
Em tudo o que vejo me vem o sentimento de que Deus é o todo e de que estamos todos contidos nele.

mirian disse...

Li quase todos os comentários e respeito todos eles. Sou católica, amo o Senhor Deus sobre todas as coisas e tento dar testemunho de uma vida coerente com os valores do Evangelho. Discordo de muito do que li aqui, mas também daria minha vida para que tivessem o direito de se expressar. Acredito sobretudo no respeito, às diferenças, às pessoas, aos pensamentos e ideologias. Isso mesmo, leiam, debatam, se informem, permaneçam fiéis as suas crenças ou à falta delas. A busca por algo muito maior que nós é pessoal, é entre mim e Deus, ou o que você denominar, ou não. Mas faço um pedido, não usem a Bíblia sem conhecer por quem, quando e como foi escrita. O texto fora do contexto, vira pretexto e isso já vimos demais na história. Paz e bem!

Micro Contos de ZéReys. disse...

Caros amigos, boa noite!

Assim eu também sou

Li quase tudo no blog. Surpresa: Não há ateu entre vocês. Afirmo: são na verdade quase todos, salve uns trinta zero um por cento e, digo-lhes, graças a Deus. Explico: Crer em Deus é uma questão de lógica, devido a causa e efeito - hoje, você passa por um terreno baldio, amanhã terá uma casa eis a causa e o efeito. Antes, no entanto, teve de haver o terreno. Entende?

Todos vocês, parece-me, cometer o mesmo erro: Associar Deus da verdade e Criador, com deus da religião é uma bobagem gritante, um não tem, absolutamente, nada a ver com o outro, um é o criador, o outro e uma retórica para enganar, cercear, prender, horrorizar, os pobres de boa fé e os ricos também, principalmente estes com medo de ficarem pobres. A questão é o dinheiro, tanto para um lado como para o outro. Não há ética.

As religiões são bazares que te oferecem alguns serviços e algumas utopias como extensão. Seus pastores (ou que valha) são os comerciantes franquiados das grandes matrizes - ganham muito bem, salários acima de 5 mil reais. Tem a técnica de nunca te deixar conhecer a Bíblia, mas apenas de te manipular através dela

Em se tratando de Deus,não importa qual nome você encontre para defini-Lo, a menos que você conheça quais seres sentaram para discutir quais seriam as cores dos peixes ou como seria a primeira semente de cada espécie dentro da natureza.

Percebo que o ateísmo de vocês são o mesmo que o meu, que eu defino assim:
Deus, em relação ás religiões, me fez ateu, por isso, graças a Deus,
eu só acredito Nele. O Deus que eu acredito me deu a vida e o ar para eu respirar - algum de vocês, sabe de alguma fábrica de ar que nos envia o ar?

Este Deus da verdade e da Criação existe de fato, e, ele não é invisível vou lhes deixar um poema deste velho poeta sem editora para refletirem:



O simples na manhã

Nesta manhã me encontrei com o simples.
Ele estava cintilante sobre o sol e o vento que o balançava.
Ele tinha uma textura de alma, de alma boa sobre aquela flor.

Ele mudava de cor na medida em que o sol lhe acariciava.
Este ser vivo havia nascido daquelas entranhas de matizes,
viera de dentro daquela semente encapsulada pelo amor.

O amor é quem, certamente, o desvendou; se não, meu olho não o veria.
As minhas retinas, acostumadas aos macros, ficam cegas ao profundo.
Mas ao ver o simples, foi sorrindo e sorrindo o meu ser menino, despertou.

Nesta manhã, efetivamente, o amor desvendou o simples para minha alegria.
Cedo, ainda que tardia, aguçou em mim, uma espécie de fé viva, na existência, na constância e na mutabilidade do sentimento humano.

Nesta manhã deixei de ser um reacionário racional da espera.
Não tive pressa, que apaga a contemplação da vida, compreendi o vislumbre,
o fascínio e a poesia de Deus, em se transformar em entendível.

Boa tarde - beijo do poeta par todos!
ZéReys - poeta do profundo.
Contate-me, sem problemas, estou na net, entre os 20 mais lidos.

Dogmerrático disse...

Mirian
"Mas faço um pedido, não usem a Bíblia sem conhecer por quem, quando e como foi escrita. O texto fora do contexto, vira pretexto e isso já vimos demais na história."

O quem, quando e como, quanto a produção dos livros contidos na Bíblia (cristã), é controverso até entre antropólogos, historiadores, hermeneutas e exegetas de uma mesma religião.
Em um estudo bíblico, promovido pela igreja católica, foi exposto pelo palestrante que o povo judeu não é resultado da trajetória de uma família, mas o amalgama de vários ramos de migrantes (mesopotâmicos, beduínos da Península do sinai, escravos fugidos do Egito e aldeões oprimidos pelas cidades estado da Palestina)que se estabeleceram na Palestina e constituíram uma identidade comum e uma tradição oral baseada no teocentrismo e no patriarcado.
Segundo o palestrante, o mar vermelho não se abriu e Moisés não subiu ao monte, tendo a narrativa do Êxodo, por tanto, caráter mitológico.
Segundo o mesmo estudo, os nomes a que se atribui a autoria dos livros correspondem na verdade a uma homenagem dos verdadeiros redatores a personalidade que teria inspirado o texto.
Creio que o que resta, na verdade é a riqueza dos textos que condensa muitas experiências. E, como lembrou o palestrante, não deixam de ser expressão de verdade, na sabedoria que encerra, a palavra de Deus.

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