domingo, 15 de fevereiro de 2009

MINHAS DÚVIDAS SOBRE A BRASILEIRA NA SUÍÇA

Eu tenho dúvidas sobre a versão da brasileira atacada por skinheads na Suíça. A cobertura está sendo desastrosa, e até agora não ouvimos diretamente a moça. Mas quando o pai tenta mudar o foco, é porque ele mesmo tem motivos pra duvidar. Primeiro ele disse que podia provar a gravidez; agora diz que não sabe onde procurar e que este não é um fato importante. Mas é, sim. Se a gravidez for mentira, o caso desmorona, até porque o que chamou mais a atenção foi que ela perdeu os bebês.
Gravidez psicológica não é algo incomum. A barriga realmente cresce (e a barriga da moça parece mesmo a de alguém com três meses de gravidez). Mas gravidez psicológica de gêmeas?! Isso é novidade pra mim. Pra ela saber que estava grávida de gêmeas, teria que ter feito algum exame. Onde estão esses exames? Ainda que ela deva ser tratada como vítima, não como acusada, seria importante providenciar essas provas. Pra mim, existem três hipóteses: uma, que tudo tenha acontecido exatamente como ela falou (três skinheads a atacaram, ela perdeu os bebês). A segunda, que ela não estava grávida e que sua gravidez havia sido psicológica. A terceira, que ela estava grávida mas perdeu os bebês, por algum motivo. Uma foto mostra que ela estava feliz com a gravidez, e a família e os amigos confirmam isso. Logo, a hipótese de que ela abortou de propósito parece ridícula (inclusive porque o aborto é legalizado na Suíça; a moça não precisaria de desculpas pra abortar, se quisesse). Mas digamos que ela teve um aborto espontâneo. Eu tenho várias amigas que perderam o bebê no início da gravidez, e é sempre algo triste, inclusive porque a mulher tem que contar pra todo o círculo de amizades que não está mais grávida. Pessoalmente, nunca ouvi falar de uma mulher inventar uma história para “justificar” um aborto espontâneo. Até porque todo mundo é solidário com mulheres que perdem o bebê.
Qual seria o motivo de Paula? Ela estava na Suíça legalmente, tinha um bom emprego, namorava. Seu noivo até agora falou muito pouco, mas ele afirma acreditar nela e diz que estava muito feliz com sua gravidez. Se não fosse verdade, por que ela inventaria tudo isso? Além do mais, pra mim sua história está bem contada: ela estava falando em português pelo celular com a mãe (cadê a mãe, que não confirma isso? Cadê o pessoal do escritório onde a moça trabalhava, pra dizer como era seu comportamento ao deixar o trabalho naquela noite?), e três neonazistas a atacaram. A gente sabe que ataques assim são bem frequentes na Europa. Mas a perícia suíça acha que ela se automutilou, já que as letras estão muito nítidas e ao alcance da mão. Há divergências. Primeiro que houve relatos de marcas nas costas (onde as mãos não alcançam). Depois que, pra alguém se autoflagelar, precisa estar muito abalada. E ela seria capaz de fazer cortes tão perfeitos estando nervosa? (é diferente se dois caras a estão segurando, pô). Ao mesmo tempo, tem um S do PSV em sua barriga que parece estar invertido, e isso salta à vista.
Lógico que nada justifica o que a imprensa suíça vem falando do Brasil: que os nossos jornais costumam inventar fatos que prejudicam a vida das pessoas, que as brasileiras vivem inventando uma gravidez pra pressionar os companheiros, e que nosso país é um dos mais xenófobos do mundo. O partido de extrema direita se dizer ofendido, então, é ridículo. Até parece que o PSV não instiga ódio contra os imigrantes. Foi desse jeitinho que ganhou as eleições. Se os suíços querem limpar sua imagem de país xenófobo, deveriam ter muito mais cautela ao falar da gente.
Há ainda uma outra questão, que é a responsabilidade da Globo. Foi ela que começou toda a cobertura. Será que se precipitou? Será que poderia ter investigado um pouquinho mais antes de fazer um escarcéu com a notícia? O governo brasileiro, a meu ver, não tem culpa alguma. Qualquer governo de qualquer país numa situação dessas se declararia ultrajado e pediria rigor nas investigações. De todo modo, apesar das minhas dúvidas, tenho mais motivos pra crer na moça que na polícia suíça. E vou ter um troço se os machistas de plantão usarem esse caso pra desacreditar todas as mulheres. Como todo mundo, eu também quero esclarecimentos.

64 comentários:

olhodopombo disse...

A mim parece que o que aconteceu eh verdade.O pai dela como todo babaão de politicos(ele eh assessor de deputado, não deputado), foi precionado pelas autoridades suiças e se acovardou...esta minha hipotese,nas atitudes da mãe e do namoradop em não aprecer nesta historia eh uma prova contundente.Não sei se ele eh suiço, se for ele não vai fazer nenhuma declaração a favor dela.
Tenho uma amiga que era casada com um cidadão suiço, que foi acusada inustamente por uma pequena falha , depois d emorar 7 anos na suiça alemã e o marido não a defendeu, ela fou expulsa de la e ele não ajudou em nada.....ate hoje ela vive o trauma sofrido...

Leo disse...

Essa história é toda muito esquisita e acho que tá na hora da imprensa dar um tempo nela, ao invés de ficar jogando cada nova suposição nas capas dos jornais.
Foi pesado o que a imprensa suíça falou a respeito do Brasil. Absurdo isso de dizer que é comum as brasileiras engravidarem pra conseguir marido. Até porque se ela tava legalmente na Europa e bem empregada, não teria nenhum desespero em se casar.
Mas acho sim que a imprensa foi muito irresponsável ao sair publicando matérias baseadas em fatos contados por telefone à família dela no Brasil. Começou o telefone sem fio aí.
E isso me leva a pensar quantas outras matérias já não foram publicadas sem a menor responsabilidade por parte da imprensa para com a verdade. Essa foi apenas uma em que nós viemos a descobrir que ninguém sabia nada de nada.
A história toda me lembrou um pouco "A troca", onde a polícia cética não acreditava na versão da Angelina... mas ainda é cedo pra dizer.
Ainda reluto em acreditar que ela fosse se arranhar daquela forma. O aborto é mais fácil de entender. A mutilação não. E no final das contas, a história dela faz muito mais sentido do que a da polícia.
Vi em algum lugar uma entrevista não-oficial com uma colega de trabalho dela falando que ela ainda não tinha feito exames que confirmassem a gravidez, e que no dia em que foi atacada teria saído do trabalho dizendo que iria ao médio fazer os primeiros exames. Mais um fato estranho.
A hora é de esperar pra ver...

Anônimo disse...

Sobre o médico, li em algum lugar (não lembro onde) que a médica dela era portuguesa, mas que estava em situação de trabalho irregular na Suíça e que a moça que foi atacada ia começar a ir num médico regularizado depois de ter confirmado a gravidez.

Mariana disse...

Eu continuo achando que ela não ganharia nada inventando uma história dessas. E continuo achando que a polícia suíça quer desacreditar a vítima pra limpar sua barra. Lola, eu acho que, mesmo que ela tenha sido atacada sem estar grávida, o caso é gravíssimo, já que o suposto aborto foi uma conseqüência da violência sofrida. Tem que haver uma mudança na mentalidade de alguns setores europeus, parece que a intolerância tá entranhada neles... A ver pelos absurdos espalhados pela imprensa suíça sobre o Brasil. A Globo pode ter sido irresponsável, mas os jornais de lá também não estão agindo com correção

Anônimo disse...

Parece que o namorado dela, que é mesmo suíço, está defendendo e dizendo que a história toda é verdade. O que me parece mais estranho, realmente, é essa demora em aprsentar provas. E me surpreendeu saber que casos assim já ocorreram na Europa, pessoas que se automutilaram e culparem neonazistas (só não grávidas). Agora, antes do povo suíço e dos europeus ficarem revoltados com a "farsa", deveriam parar para pensar é no porquê de a história colar com tanta facilidade. Será que é porque acontece mesmo?
Essa questão da extrema-direita na Europa tem muito disso: não se pode dizer que a maioria seja totalmente favorável, muito menos composta por malucos skinheads, mas existe uma larga faixa da população que é omissa em relação ao assunto, simplesmente porque aprendeu a encarar mais como ameaça quem vem de fora Daí acaba adaerindo em vários graus, ou vota ocasionalmente, ou apoia algumas das posições dos partidos, sem perceber a extensão disso tudo, que um dia pode chegar neles mesmos (isso soa tão familiar com o que aconteceu no nazismo, que foi crescendo em opressão em truculência até vários perceberem que era tarde demais...) Então, quando os malucos de verdade se manifestam e mostram toda a violência daquilo que eles estão permitindo, a reação é forte: "não, nós não somos assim bárbaros, nós só queremos nossos empregos, porque estão dizendo que nós somos neonazistas em potencial?" A automutilação é um transtorno psiquiátrico sério, e imagino que seja um dos mais vergonhosos para as pessoas admitirem, parece bem plausível a pessoa se ver de repente com isso e inventar uma história bem coerente com o seu contexto de vida (país com muitos xenófobos). Porque então a polícia e a imprensa de lá partirem logo para o ataque? Porque não manter segredo nas investigações por um tempo, até que tudo fosse esclarecido? Isso sim é que foi precipitado, na minha opinião. Eu fiquei com uma dúvida, um médico pode descartar assim com tanta certeza que ela não perdeu seus bebês, que ela NÃO estava grávida mesmo no momento do ataque? Enfim, são muitas coisas que não batem nessa história, mas eu também acho que a mais digna de crédito é a moça, ou por ser a vítima ou por estar sofrendo algum transtorno grave (eu acho que, nesse caso, o mais provável é que ela tenha perdido os bebês e ficado muito abalada).

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

OLá!
Bom, também acho q essa história está ficando bastante complicada..
Mas, de qualquer forma a maneira de como a imprensa suíça retratou foi totalmente arbitrária.
O que me intriga também é, se caso isso tudo for inventado por ela, como vem sido especulado, porque que ela que vem de uma família que tem político de direita escreveria a sigla de um partido de direita (fascista) e diria q foi atacada por neonazistas...seria mais lógico então dizer q foi atacada por punks....


Bom,,é isso aí, bom fim desemana Lola!
Não comentei, mas gostei do teu post da classe média!


Abraços!

Ana Rute disse...

pra mim essa história toda é um absurdo! acredito muito que a versão dela é verdadeira. não há motivos nenhum pra ela se autoflagelar, e o que ganharia acusando skinheads? só confusão. se ela tivesse mesmo transtornos psiquicos seria capaz de autoflagelar conscientemenete, escrevendo coisas já para justificar? se ela simplesmente se cortasse e depois acusasse, tudo bem, geraria dúvidas, mas daí a se cortar já pensando em quem acusar? tudo bem que não entendo nada de psicologia, mas acho muito estranho uma atitude dessas pra quem tem trantornos. acho até que o S ao contário foi proposital para acusarem-na. além disso, a polícia suíça já entrou acusando a moça, ela é culpada até que prove o contrário.

Raiza disse...

Eu torço muito para que essa moça esteja mentindo,mesmo que isso prejudique nossa imagem lá fora.Eu ficaria mais descansada se soubesse que pelo menos esse crime horrível não aconteceu,mas infelizmente estou mais inclinada a acreditar nela do que na polícia suiça.
Quanto a machistas usarem esse caso pra desacreditarem as mulheres...Bom...Hoje n"O Globo" saiu uma notinha sobre falsos casos de ataques neonazistas,e nos dois exemplos mostrados,eram as mulheres que "mentiam".
Primeiro que eu tenho minhas dúvidas sobre essas duas "mentirosas".Uma foi condenada porque não acharam provas do ataque (quem garante que procuraram?) e a outra,confessou que mentiu.O porém é que a garota tinha só 14 anos.Quem garante que não foi forçada a confessar alguma coisa?
Mas ainda assim,ainda que nesses dois casos as duas realmente tivessem mentido,porque só mostraram casos de fraude envolvendo mulheres?Porque não mostraram um homem que também tivesse mentido?
www.garrafaaomar.zip.net

Camila disse...

Lola, se o governo nao tivesse feito nada, seria criticado. Fez um pouco, é criticado. A cobertura da mídia suíca é podre, desde o comeco. Desde a primeira matéria sobre o assunto dá pra perceber a vontade de desmoralizar o País: "segundo a mídia brasileira..." é o comeco da matéria. Moro na Alemanha e todos os alemaes que eu conheco, inclusive um parente do meu marido e a mulher, que moram na Suíca há 6 anos, sao unânimes: é um país xenofóbico. Até os alemaes que moram lá sentem que sao indesejados. Um conhecido do meu marido é arquiteto e mora lá há quase 40 anos, e nao conseguia se naturalizar suíco. Casou-se com a companheira, suíca, e finalmente teve acesso à cidadania.
Uma coisa que ninguém comentou até agora é o sistema de saúde suíco. Se for parecido com o alemao, o paciente nao tem direito a ficar com os seus exames. Aqui na Alemanha, vc vai ao médico, faz os exames no próprio consultório, se forem simples, ou entao em alguma clínica/hospital e eles sao remetidos ao seu médico, que apenas comenta sobre eles. Nao te dá cópia de nada. As grávidas recebem uma caderneta chamada "Mutterpass", em que sao anotadas, à mao, as ocorrências mais importantes da gravidez. E só. Dos ultrassons, a mulher só recebe um pedacinho de papel impresso, menor do que uma foto comum, com uma imagem congelada. Nada do luxo dos ultrassons 4D que estao se tornando cada vez mais comuns no Brasil.
Posso estar enganada, mas quem está na saúde pública (nem todo mundo por aqui pode, eu mesma tenho que pagar seguro saúde à parte) tem direito a apenas um ultrassom por trimestre (por isso nao duvido nada que, se a moca estivesse grávida, ainda nao tivesse feito o primeiro ultrassom).
No mais, fico muito triste com o modo que o fato foi e tem sido noticiado. Acho um absurdo as pessoas ficarem reclamando que ela denegriu "a imagem do Brasil". Caramba, se ela foi atacada, é vítima e merece ser respeitada. Se ela tem problemas psicológicos graves e fantasiou sobre o ataque, merece ser respeitada, já que nao estava em seu juízo normal.
A "imagem do Brasil no exterior", ou "imagem da mulher brasileira no exterior" é, na minha opiniao, muito mais uma distorcao da autoimagem dos brasileiros, do que a opiniao das pessoas dos outros países.
Em primeiro lugar, nao existe "a mulher brasileira típica". Ou existe? Nao existe homogeneidade o suficiente pra se classificar alguém como brasileiro típico! Em segundo, o que sabem os brasileiros sobre os europeus? Nao dá pra falar em "típico europeu". Quem seria típico europeu? Alemao? Português? Espanhol? Italiano? Grego? Austríaco? Romeno? Sueco?
Em todo lugar do mundo existe gente boa e ruim, inteligente e ignorante, bem-informada ou de cabeca pequena. Muita gente se irrita ao ser perguntada sobre papagaios na rua, ou se conheceu o marido gringo na praia, mas já parou pra pensar se consegue dizer alguma coisa sobre o Chipre, por exemplo?
Seria mais legal se cada um dos brasileiros ofendidos com o potencial estrago à sua dignidade causado por esse episódio tivesse a paciência de explicar, ao ser confrontado com um comentário infeliz, que as coisas nao sao bem assim. Ou entao simplesmente dar de ombros, se o interlocutor for um babaca, porque babaquice independe de nacionalidade. (Desculpe por ter escrito demais, mas nao resisti!!!)

Mônica disse...

A imprensa parece ter resolvido transformar crimes em reality show (vide casos como o de Jean Charles, Izabella e Eloá), com direito a paredão, torcida, vilões e tudo o mais. Dos dois lados (brasileiro e suíço) ouvimos reclamações, acusações e boataria, mas muito pouco de 'sustança'.

Se a moça sabia que estava grávida de gêmeos, é porque foi a um médico, e este deve ter pedido um exame de sangue para confirmar a gravidez e feito um ultrassom, que é como ela deve ter sabido que se tratava de gêmeos (o exame de farmácia é só o começo, só diz se é positivo ou negativo). É só apresentar os exames então, não sei o porquê dessa demora.

Tem jornal noticiando que os bebês eram duas meninas. No terceiro mês de gravidez ela provavelmente não teria como saber isso, nem com um ultrassom - isso só é feito lá pela 16a a 20a semana. Seria preciso um tipo de amniocentese, com uma punção sendo feita através da barriga para dentro do útero, recolhendo líquido amniótico e fazendo a cariotipagem do material genético. Isso, segundo um médico com quem conversei, não é prática comum, sobretudo no começo da gestação, e não é feito a menos que haja um bom motivo, como em alguns casos de gravidez de alto risco. O que não parece ser o caso dessa moça.

A versão dela é totalmente plausível, e quem já morou na Europa sabe que a xenofobia vem ganhando cada vez mais força, principalmente agora, com a recessão. Para confirmar sua versão, era só apresentar as provas.

Enquanto tudo está na esfera da investigação, a imprensa arma seu circo, vende jornal e espaço de anunciante e muita gente sai por aí afirmando e jurando que é verdade o que é apenas suposição...

Mônica
Crônicas Urbanas

Anônimo disse...

E u nao acredito na versão da jovem. Crimes de racismo são crimes de ódio, pode olhar o que ocorre na grande maioria dos casos. As pessoas são mortas, são espancadas até quase morrerem... que tipo de skinhead é esse que faz cortes tao rasos que não precisam de pontos. "Olha moça, te odeio pq vc é uma imigrante, e por isso vou ficar marcando a sua pele com esta faquinha... vai doer, viu, mas pode ficar trnaquila que não vai precisar de ponto e as marcas não ficarao na sua pele... vou fazer cortes bem limpinhos, bem bonitinhos mesmo, tá bom? Não fica triste!"
Sei lá porque ela inventou essa historia, mas se um skinhead tivesse atacado ela, os cortes seriam bem mais sérios e bem mais fundos.

Anônimo disse...

Sinceramente, não é a brasileira que tem que juntar provas de nada!
E ela está em estado de choque, não vai conseguir se defender.
As fotos que por si só já deviam servir de prova já foram descartadas. A única outra prova que ela poderia apresentar seria algum documento confirmando a gravidez... Só que ninguém espera um ataque, é bem capaz que eles nem tenham mais este documento, fora que é muito difícil sustentar o caso com a mídia brasileira, a mídia suiça e a opinião pública dos dois países descendo a lenha e julgando...
Deve ser uma situação muito complicada. Fora que jornalistas de ambas as mídias já devem ter ido atrás de gente fofoqueira que falou coisas das quais não tem certeza...

olhodopombo disse...

lOLA, NÃO DIZES NADA?

Anônimo disse...

Lola, posso ser uma grandissíssima inocente, mas eu acredito ainda na versão inicial, na versão primeira, na moça. Muito escuso o desdobramento do caso...

lola aronovich disse...

Gente, adoraria participar da discussão, mas infelizmente não posso. Vou ter que me ausentar dos comentários por mais alguns dias, até entregar a primeira versão da tese. Desculpem! Eu leio todos os comentários, mas não tenho tempo para respondê-los no momento. Mais pra frente, vou selecionar alguns e fazer um post com respostas, ok? Podem debater à vontade sem mim.

Camila disse...

Lola, boa sorte com a tese!!!
Estou na torcida por vc!!!

Anônimo disse...

Lola você se precipitou demais em dar sua opinião no outro post. Agora a possibilidade de que ela realmente não está falando a verdade não parece mas tão impossível não é??

Anônimo disse...

Lá vai minha teoria.... Ela vai pra Suíça e logo arruma um companheiro. Quer se firmar no país, inventa que está grávida dele e é claro que com o tempo a verdade iria aparecer. Inventa essa história de que foi atacada, se corta e diz que abortou todo mundo fica chocado com o fato e não é para menos e da essa repercussão que teve.
Um médico que examinou ela já disse que ela não estava grávida e que se houvesse mesmo uma gravidez haveria sinais semanas depois. Um útero com 3 meses de gravidez de gêmeos já equivale a um útero de 5 meses de gravidez. Na boa... os médicos saberiam.

JAM disse...

Eu nao sei o que pensar mais...

Entretanto, sobre a gravidez nao ter exames comprovando...Minha experiência na Bélgica: nunca tive exames em maos...

Fazia os exames, eles eram enviados para o médico e, a cada consulta, eles me diziam se estava bem ou nao.

Ultrasson??! Fazia a cada visita médica, mas nao ficava com provas nenhuma...


Quando já estava na etapa das ecografias, ganhava fotinhas e cds com as eco gravadas...Mas era como um "Souvenir" porquê meu médico recebia tudo via computador...

Entao, acho perfeitamente possível ela nao ter exame nenhum comprovando que estava grávida. Eu nunca tive exame nenhum...Até fazer as ecografias, minha única comprovaçao era a barriga de grávida. Mas nada...

JAM disse...

Mais nada...

(meu português tá terrível!!)

Anônimo disse...

Nossa, eu tava meio por fora dessa historia e ja vi que a coisa eh complicada. Algumas observacoes:

1 - aqui na Inglaterra a maior parte das pessoas tambem nao fica com os exames (eu so fico com os meus porque sempre insisto, e as vezes preciso ir tres vezes no centro medico para pega-los). Alem disso, eh capaz de ela ter feito exames de urina (que depois sao jogados fora, imagino).

2 - conheco um caso de uma moca no Brasil que inventou que estava gravida pro namorado e usou o mesmo papo de gemeas. Com tres meses de suposta gravidez ela jurava que os bebes estavam mexendo. Eu perguntei pro rapaz como ela podia saber se eram gemeas e se bebes de tres meses costumam mexer, mas ele nunca tinha visto exame nenhum.

3 - eu li em algum lugar que se for mentira as autoridades estao pensando em manda-la de volta pro Brasil. COMO ASSIM??? Se for mentira ela esta com problemas psicologicos graves e precisa ser tratada! E nao expulsa do pais!!!

4 - acho perfeitamente possivel uma pessoa se automutilar usando as letras do partido que ela quer culpar.

5 - mas pelamordedeus, ne? Que policia eh essa que ja sai perguntando se ela nao inventou essa historia? Eu achei que a primeira providencia seria acreditar nela, e so depois, com evidencias, levantar a hipotese de automutilamento, ne?

6 - sei la, essa historia esta me cheirando ao caso Jean Charles aqui em Londres. Um show de trapalhadas policiais.

Patrick disse...

Fiz o comentário no post original e repito aqui:

Eu gostaria de dar minha opinião: até o momento o que nós temos é uma mulher, vítima de violência, que se apresenta em estado de choque num hospital. O que fazem as autoridades policiais suíças? Ao invés de investigar a origem da violência, dedicam-se a passar pente fino na história contada pela vítima quando ainda estava sob efeito do ocorrido. Ora, o fato dela estar abalada pode ter afetado temporariamente sua condição de se expressar corretamente (ainda mais num idioma que não é o próprio). Ela pode, apenas a título exemplificativo, ter passado recentemente pelo trauma de um aborto. Quem sou eu para julgar como a psique humana reage diante de situações extremas como essa. Nossa mídia - e muitos conterrâneos a reboque - aceita passivamente a versão da polícia, que é bastante preguiçosa: ao invés de trabalhar, dar duro, ir atrás dos criminosos, encontra uma incoerência na fala de uma vítima abalada e a transforma na ré do caso.

Anônimo disse...

Eu achei esta história toda tão mal contada..
Cadê os exames que comprovam a gravidez? Ultra? Exame de sangue? Qualquer coisa, meu Deus.
Eu tenho até hoje as primeiras ultras da minha filha, os DVDs, tanta coisa que eu não consigo jogar fora...
Sei lá, não sei em quem acreditar.

Bjs

Patrick disse...

(Encontrei esse artigo no Última Instância: é quase o que eu escrevi, só que dotado da boa técnica jurídica)

Revelação de laudo sobre brasileira é irresponsável, diz professor da PUC

O Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, na Suíça, cometeu pelo menos três graves erros ao revelar seu parecer à imprensa, afirma Pedro Estevam Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC-SP.

O instituto trabalha no caso da brasileira Paula Oliveira que atribui um aborto de gêmeas e ferimentos pelo corpo ao ataque de um grupo de neonazistas em uma estação de trem em Zurique na última segunda-feira. O Instituto afirma que Paula teria se automutilado e que não estava grávida. A advogada Paula mora e trabalha na Suíça,

“Feriram o sigilo médico, que só pode ser quebrado por razões sociais”, explica o professor. O segundo erro, segundo ele, está na contradição das autoridades suíças: “Se a própria polícia suíça decretou sigilo no caso, o Instituto não poderia tornar públicos os laudos médicos que são parte da investigação. Eles nunca poderiam ter dado entrevistas antes da conclusão da investigação”.

Por último, Pedro Serrano comenta a precipitação do Instituto. “Emitiram opinião antes mesmo de terminar as diligências médicas e psiquiátricas. Não poderiam ter tirado conclusões antes que um psiquiatra a atendesse, pois a mulher está em estado de choque”.

Segundo ele, as declarações da perícia dão a impressão de que os suíços estão querendo imputar a culpa à vítima por razões nacionalistas. “Não vi até agora nenhuma autoridade suíça repreendendo o Instituto por essas declarações precipitadas. Algo deveria ser feito para contê-los.”

Para o constitucionalista, as autoridades brasileiras na Suíça deveriam contratar peritos particulares para examinar Paula e garantir que haja equilíbrio e transparência nas investigações. “É preciso que se faça um laudo imparcial para tirar essa impressão de armação contra uma brasileira na Suíça”, afirma Pedro Serrano.

Segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Camila disse...

Chris, em alguns países europeus as pacientes nao tem direito a ficar com os exames. No Brasil vamos ao laboratório, retiramos os resultados e levamos ao médico, que lê, analisa e devolve. Por essas bandas, nao. O médico recebe os resultados, te diz se está tudo em ordem ou nao e é só.

Mônica disse...

Taí, não sabia que os exames costumam ficar com o médico ou o hospital. Mas, de qualquer maneira, eles devem existir em algum lugar e estar com alguém, né? Isso ajudaria a confirmar a versão da moça, de que estava grávida - o caso é determinar se ela estava grávida no momento do ataque, ou se sofreu um aborto antes e sua versão é consequência de um estado mental extremamente delicado causado por trauma. De qq maneira, nada justifica a maneira como a polícia suíça está tentando, de saída, incriminá-la, nem o fato de as imprensas dos dois países preferirem construir teorias, ao invés de analisar os fatos.

Outra coisa que poderia ajudar a confirmar que a moça está falando a verdade seria verificar se ela estava, como disse, ao telefone com a mãe no momento do ataque. Isso não deve ser difícil de saber, através da empresa telefônica. Não muda a história, mas reforça a tese de que ela não mente.

Quanto a eventuais testemunhas, elas podem nem existir, e a polícia deve saber disso muito bem. As estações fora do centro são, muitas vezes, mal iluminadas e ficam desertas passada a 'hora do rush'. No inverno, então, a gente tem ainda mais receio. Eu voltava pra casa às sete e pouco e tinha vez em que eu ía da plataforma até em casa sem encontrar absolutamente ninguém.

Mônica
Crônicas Urbanas

Anônimo disse...

Bom, a quem possa interessar, tá no GLOBO de hoje, na coluna do Noblat:
Na última segunda-feira dia 9, poucas horas depois de ter sido supostamente agredida por três neonazistas em um lugar ermo perto de uma das estações de trem de Dubendorf, cidade a três quilômetros de distância de Zurique, a advogada Paula Oliveira, 26 anos, foi informada por médicos e policiais que a atenderam que não estava grávida como dizia. E que, portanto, não poderia ter abortado filhas gêmeas em um banheiro da estação como ela insistia em afirmar.

Foi a própria Paula que confidenciou o fato a um amigo suíço na quarta-feira dia 11. Na ocasião, ela admitiu: "Pode ser que eu tenha perdido os bebês antes. Eu tenho lúpus, e a doença torna difícil qualquer gravidez". O amigo perguntou: "Mas você não sentiu nada? Não teve nenhum sinal de que possa ter abortado antes"? Paula respondeu que não. Na sexta-feira dia 13, Walter Bar, diretor do Instituto de Medicina Forense da Universidade de Zurique, foi taxativo: Paula não estava grávida no dia da suposta agressão.

Mais, aqui:
http://oglobo.globo.com/pais/noblat
Sobre ela ter ou não sido vítima de racismo, aí já é outra história...

Beijos

Felipe Guimarães disse...

Lola!
Eu achei isso um absurdo total! Será mesmo que teremos que voltar à história Antiga, quando o estrangeiro não era considerado um cidadão? Eu apenas rezo para que justiça seja feita e que o Brasil não fique de braços cruzados...

:D

Anônimo disse...

a brasileira da suíça é tipo Mickey Rourke em O Lutador: mutilou o próprio corpo e interpretou muito bem uma história de superação

Anônimo disse...

http://twitter.com/neozeitgeist

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

É muito claro o desapreço aos brasileiros na Suiça, estava eu em uma pizzaria jantando e o garçom falava comigo em português, três jovens começaram a falar mal do português e começaram a dizer em francês coisas sobre o Brasil, tais como mulheres e coisa e tal, quando levantei para ir embora um dos jovens começou a imitar um pássaro, imaginei que ele queria imitar pombo, só assim para atacar alguém.
É lamentável...