Até agora, de todos os filmes concorrendo ao Oscar, nenhum parece que vai deixar saudades. Ouso dizer que a comédia de Woody Allen, embora longe de ser uma grande obra, é a mais encantadora. Os outros filmes são meigos, fofinhos, e principalmente saudosos de um tempo que já ficou pra trás, mas duvido que muita gente se lembrará deles em alguns meses. Os Descendentes e O Homem que Mudou o Jogo são bonitinhos. Histórias Cruzadas pelo menos é polêmico. Ainda não vi A Invenção de Hugo Cabret (esse quero ver em 3D), não vou ver Cavalo de Guerra (ordens médicas; posso ter uma convulsão), e estou criando coragem pra ver Árvore da Vida. O Artista, provável futuro vencedor do Oscar 2012, certamente entra nesse patamar de nostálgico e doce. Mas não vai me marcar de jeito nenhum. Sequer me fez chorar, o que, convenhamos, não é difícil.
No começo deu preguiça. Fotografia em preto e branco eu tiro de letra, mas não é simples se adaptar a algo tão datado como gente falando, falando, falando, sem sair nenhum som dos lábios. E as caras e bocas que o francês Jean Dujardin faz no primeiro terço do filme também são limitadas (expressão de bravo, franzindo os olhos, e aí abrindo um sorriso), meio caricato demais. Ou talvez eu que não seja tão nostálgica quanto o filme em si. Sinto muita falta de musicais como Cantando na Chuva, de algumas cenas (mais do que filmes inteiros) de Chaplin; continuo amando obras-primas como Encouraçado Potemkin e Nascimento de uma Nação (apesar de entender que hoje é impossível exibir algo tão abertamente racista, que vangloriza a Ku Klux Klan)... mas adoro um cineminha falado, com narração em off, cheio de palavras.
Muita gente anda comparando Artista com Cantando na Chuva, e de fato há muitas semelhanças (a dura transição do cinema mudo pro cinema falado; a fã que vira estrela), mas Cantando é um clássico inesquecível, algo que Artista não será. Cantando é um musical, um feel good movie que eleva o espírito ou, no mínimo, o bom humor. Não é o caso de Artista, que possui várias cenas sombrias.
Tem um monte de coisa que apreciei. Por exemplo, o cachorrinho. Ele rouba todas as cenas (mas ele desaparece no final ou eu é que perdi alguma coisa?). Ganhou prêmio em Cannes pra melhor animal. Se tivesse um Oscar de Melhor Bicho, quem ganharia este ano, o cavalo de Cavalo de Guerra (confio na sua avaliação) ou o cãozinho de Artista?
Outros pontos positivos são a cena do pesadelo, em que Dujardin imagina tudo fazendo barulho. E o mordomo e chofer fiel feito por James Cromwell (Babe, o Porquinho Atrapalhado, meu recorde de lágrimas de toda a história do cinema) tem ecos de Crepúsculo dos Deuses. Por que é sempre assim? Por que todo mordomo adora seu patrão?
Também é interessante como o filme mostra a passagem do tempo, o que é sempre complicado, ainda mais sem falas ou legendas. Isso eu achava engenhoso como faziam antes, com cenas rápidas e sobrepostas (no caso, a atriz com seu nome cada vez mais alto nos posters). É criativo quando ela tenta se acariciar usando o casaco do astro. Aliás, a personagem dela é forte e decidida, mais que a dele. Adoro a legenda “Brinquedos”, quando ele lhe pergunta quem são os dois rapazes que andam com ela.
Mas uma coisa que me incomodou bastante foi justamente a atriz que faz a atriz. Não me entendam mal: a argentina Bérénice Bejo é linda (na maior parte dos ângulos) e simpática e talentosa e dança bem. Porém, enquanto Dujardin parece um astro daquela época, bem Erroll Flynn, com bigodinho e cabelo engomado, ela não. Ela parece uma atriz do século 21. Do tempo em que as atrizes nunca estiveram tão magras. E magreza estava longe de ser o padrão de beleza nos anos 20/30. Agora acabamos de ter Michelle Williams e seu manequim 36 interpretando a deusa Monroe em Sete Dias com Marilyn (que se passa na década de 50). Michelle afirmou em entrevistas que tentou engordar pro papel, mas só conseguiu ficar com o rosto inchado, daí desistiu e recorreu a roupas com enchimentos. E agora temos Bérénice. Enfim, é chato ver gente tão magrinha em papéis dessas décadas. Nem creio que seja um revisionismo histórico proposital (fingir que o padrão não é construído, e sim natural, já que sempre foi assim). É mais a dificuldade em encontrar hoje em dia atrizes que não sejam magérrimas.
E pensar que pro padrão atual Marilyn Monroe e Debbie Reynolds seriam consideradas acima do peso...
No começo deu preguiça. Fotografia em preto e branco eu tiro de letra, mas não é simples se adaptar a algo tão datado como gente falando, falando, falando, sem sair nenhum som dos lábios. E as caras e bocas que o francês Jean Dujardin faz no primeiro terço do filme também são limitadas (expressão de bravo, franzindo os olhos, e aí abrindo um sorriso), meio caricato demais. Ou talvez eu que não seja tão nostálgica quanto o filme em si. Sinto muita falta de musicais como Cantando na Chuva, de algumas cenas (mais do que filmes inteiros) de Chaplin; continuo amando obras-primas como Encouraçado Potemkin e Nascimento de uma Nação (apesar de entender que hoje é impossível exibir algo tão abertamente racista, que vangloriza a Ku Klux Klan)... mas adoro um cineminha falado, com narração em off, cheio de palavras.
Muita gente anda comparando Artista com Cantando na Chuva, e de fato há muitas semelhanças (a dura transição do cinema mudo pro cinema falado; a fã que vira estrela), mas Cantando é um clássico inesquecível, algo que Artista não será. Cantando é um musical, um feel good movie que eleva o espírito ou, no mínimo, o bom humor. Não é o caso de Artista, que possui várias cenas sombrias.
Tem um monte de coisa que apreciei. Por exemplo, o cachorrinho. Ele rouba todas as cenas (mas ele desaparece no final ou eu é que perdi alguma coisa?). Ganhou prêmio em Cannes pra melhor animal. Se tivesse um Oscar de Melhor Bicho, quem ganharia este ano, o cavalo de Cavalo de Guerra (confio na sua avaliação) ou o cãozinho de Artista?
Outros pontos positivos são a cena do pesadelo, em que Dujardin imagina tudo fazendo barulho. E o mordomo e chofer fiel feito por James Cromwell (Babe, o Porquinho Atrapalhado, meu recorde de lágrimas de toda a história do cinema) tem ecos de Crepúsculo dos Deuses. Por que é sempre assim? Por que todo mordomo adora seu patrão?
Também é interessante como o filme mostra a passagem do tempo, o que é sempre complicado, ainda mais sem falas ou legendas. Isso eu achava engenhoso como faziam antes, com cenas rápidas e sobrepostas (no caso, a atriz com seu nome cada vez mais alto nos posters). É criativo quando ela tenta se acariciar usando o casaco do astro. Aliás, a personagem dela é forte e decidida, mais que a dele. Adoro a legenda “Brinquedos”, quando ele lhe pergunta quem são os dois rapazes que andam com ela.
Mas uma coisa que me incomodou bastante foi justamente a atriz que faz a atriz. Não me entendam mal: a argentina Bérénice Bejo é linda (na maior parte dos ângulos) e simpática e talentosa e dança bem. Porém, enquanto Dujardin parece um astro daquela época, bem Erroll Flynn, com bigodinho e cabelo engomado, ela não. Ela parece uma atriz do século 21. Do tempo em que as atrizes nunca estiveram tão magras. E magreza estava longe de ser o padrão de beleza nos anos 20/30. Agora acabamos de ter Michelle Williams e seu manequim 36 interpretando a deusa Monroe em Sete Dias com Marilyn (que se passa na década de 50). Michelle afirmou em entrevistas que tentou engordar pro papel, mas só conseguiu ficar com o rosto inchado, daí desistiu e recorreu a roupas com enchimentos. E agora temos Bérénice. Enfim, é chato ver gente tão magrinha em papéis dessas décadas. Nem creio que seja um revisionismo histórico proposital (fingir que o padrão não é construído, e sim natural, já que sempre foi assim). É mais a dificuldade em encontrar hoje em dia atrizes que não sejam magérrimas.
E pensar que pro padrão atual Marilyn Monroe e Debbie Reynolds seriam consideradas acima do peso...
38 comentários:
Não achei o filme essa maravilha toda pra ser o FAVORITO a estatueta. O filme é bonito, é simpático, é alegre, é divertido. Mas precisava desse buzz todo? Precisava?
Pô, Academia, dava um espacinho pro Harry Potter, coitado, pro Cronnenberg, pro Almodóvar, pro Lars Von Trier (se bem que depois que ele disse que simpatizava com o nazismo, acho que nem Prêmio Contigo! de Qualidade mais ele ganha)...
Preciso assistir para depois opinar. Mas por umas críticas que li, tá rolando preguicinha prévia.
Vou discordar logo de suas primeiras linhas Lola. Meia-noite em Paris é um grande filme. A simplicidade da obra não contrapôs a sua grandeza. Woody fez tudo muito bem - os diálogos são impecáveis, a luz é belíssima, a trilha é adequada e as cenas são todas muito bem filmadas.
Quanto ao Artista, me senti esteticamente incomodado. Eu adoro filmes minimalistas e com pouco ou nenhum diálogo e foi essa a espectativa que pus no filme. Porém, longe disso, me vi diante de um filme que, apesar de mudo, era muito "barulhento". Na minha humilde opinião a obra se mostrou uma imposição estética de seu diretor que acabou por se mostrar forçada, artificial.
Trocando em miúdos: Achei o filme chato para caraleo!
Ainda não vi, mas achei a proposta do filme, de recriar o cinema mudo bastante interessante.
Saudade de quando as mulheres eram mudas.
Agora não param de falar. Querem falar do relacionamento, da crise, da vizinha que é mais gostosa mas não presta, que mulher tem que variar o cardápio e essa putaria toda.
Debbie Reynolds, além de acima do peso, seria considerada muito baixa. Mas é tão lindinha e está tão, mais tão fofa em Dançando na Chuva, que ela se agiganta! :)
Sobre O Artista, ah... não discordo de tudo da sua crítica, não. Mas eu fiquei muito feliz enquanto assistia, mto feliz em ver um filme falande cinema (sou uma fã de metalinguagem, essa linda) e usando artifícios modernos, como as partes com som dos pesadelos, para contar uma época importante da história da sérima arte. Eu, a Lorena fã de cinema, adorei o filme. Não chorei também (minha namorada encharcou a roupa de tanto que chorou com o cachorrinho), a história em si não me emocionou... Mas a homenagem, sim. :)
Agora, uma coisa concordo: não tem timing pro Oscar. Mas, como eu já disse em outro comentário aí pra trás, nenhum dos filmes que assisti, até agora, tem cara de Oscar, jeito de Oscar, nem de indicado de Oscar! Ok, O Artista tem cara de indicado. Mas só. Alguém comentou no último post sobre Histórias Cruzadas, Hollywood anda fazendo uns filmes "adultos" tão superficiais, rasos, feel-good-e-só... que tá dando até preguiça, sinceramente. Pelo que eu vi, até agora, dos indicados, nenhum fugiu a regra. E os que fugiram e poderiam ter sido indicados (como o da série Milennium), não o foram. Enfim, enfim... Ainda torço por O Artista pela homenagem linda que ele faz ao cinema. E acho que ele ganha. Mesmo não sendo nenhum Cantando na Chuva (um dos meus filmes favoritos ever).
Eu não gostei de meia noite em Paris. Nem da luz, achei o roteiro fofinho etc...fui embora em 50 minutos de tão torturante que estava, não sei se foi um dia ruim, só sei que as pessoas caem matando em cima de mim quando reclamo disso, chega a ser engraçado como algumas simplesmente dizem "mas é o Woody Allen!" tá...mas eu não gostei do filme e sempre me diminuem por isso. hahaha Quem foi comigo também não achou essa coisa toda. É fofo. é.. é fofinho.
Quanto ao Artista, ainda vou assistir.
Eu ainda não vi, mas acho que temos que tomar cuidado na hora de analisar filmes muito elogiados ou muito na moda.
Eu já me peguei pensando "será que esse filme é tão bom assim?" e procurando defeitos para poder questionar.
Independente de ser tudo isso ou não, acho que vale a pena ver pela sua proposta.
E avaliar se estar aos pés do oscar ou não acho meio complicado. Se for analisar os vencedores(em falar nos indicados) dos últimos 20 anos, tem vários filmes que não achei nada demais, ou que envelheceram mal, ou que são ruins mesmo.
essa lola tem uma magrofobia cabulosa eim...
O Artista parece ótimo - mas não perfeito - vou procurar assistir.
Este ano o Oscar tá uma merda. Ano passado com Cisne Negro, A Rede Social, O Vencedor, 127 Horas...e até Toy Story 3!! Filmes ótimos e marcantes. Mas este ano, todos os filmes - a grande maioria - não tem tesão e graça nenhuma. Espero que isto não seja uma tendencia.
Lola!! Viu que a Maria da Penha mudou? Qualquer pessoa agora pode denunciar o agressor, não só a vítima!!
Aronovich:
Eu sei que você não fala mais comigo, mas vou perguntar assim mesmo. Você já viu Monsieur Verdoux, do Chaplin? É um Chaplin falado e genial e o engraçado é que o Chaplin era contra o cinema falado.
ingrid:
Leis como a Maria de Penha tem um pequeno problema para ser completemente eficaz no objetivo de realmente proteger a mulher. Quando a mulher se beneficia com essa lei, punindo o agressor é porque ela ja apanhou, ou pior, já morreu.
Seria bom se a lei agisse na prevenção, não seria?
Me pergunto qual a lei que consegue prevenir a intenção. É óbvio que um perfil pode ser traçado dos típicos agressores, mas a fantasia, a intenção, a idéia ou o planejamento não são passíveis de pena. A lei nesse caso só pode agir quando do fato consumado.
A lei é uma medida paliativa, e nela tem ações para prevenção que é a reeducação e combate ao machismo, pois a violência doméstica nada mais é que reflexo da nossa sociedade machista, em que até pouco tempo atrás o homem podia matar a esposa por motivo de honra sem dar nada pra ele, podia bater pra corrigi-la, pois ela tinha que obedecê-lo etc.
Um filme a que assisti ano passado, de que gostei muito mas que não foi indicado a nada, é "Não me abandone jamais" (Never let me go). É um filme em que o amor, a falta de compaixão e a inexorabilidade de certos destinos me deixaram desconcertado. Embora a realidade do filme seja fictícia, nossa falta coletiva de compaixão é tão observável no nosso cotidiano como o é no do filme. Somos tão indiferentes à dor e ao sofrimento de certas categorias de pessoas, cujos destinos apenas excepcionalmente divergirão do previsível, quanto o são os beneficiários do holocausto dos personagens principais da estória. Foi desconcertante sair da sessão, olhar para as pessoas a minha volta e para dentro de mim mesmo, e constatar que sim, há espaço suficiente no nosso egoísmo, na nossa indiferença e nosso medo da morte para que fosse real a ficção do filme. E sim, já acontecem na vida real omissões e indiferenças tão incômodas quanto às daquela estória. Pretendo assistir a O Artista. Tomara que eu ache bom. É uma chatice sair de casa pra ver um filme e só perceber que não valeu a pena já dentro do cinema, com o filme em curso. Com "Árvore da Vida" e com "O Espião que sabia demais" foi assim pra mim. Quem quiser saber um pouco mais sobre "Não me abandone jamais", acesse: http://cinema.terra.com.br/noticias/0,,OI4999445-EI1176,00-Nao+me+Abandone+Jamais+traz+triangulo+amoroso+apo
A lei é boa...mas o machismo tem que ser erradicado pois é ele que (mata)
o cara muitas vezes pensa... bem já que eu to (fu.... mesmo, então vou mata-la, 90% dos assassinatos passionais se dão assim.
Se o homem matou a mulher ele foi escalando, dano indícios. Já há mecanismos de freio, falta é consciência até de nós mesmas, se teu marido te insulta, te diz coisas extremamente pesadas você pode processá-lo por injúria, calúnia, difamação etc...mas infelizmente as pessoas ficam pensando "ah é assim mesmo" "ah está nervoso"
Há diferenças sérias entre um desabafo, um estouro de gente normal e uma explosão de uma pessoa que não tem o mínimo respeito pela outra.
Não podemos tolerar nenhum tipo de violência, porque ela pode evoluir para a física em um piscar de olhos!
E tem também o caso de medo ou desinformação da vítima etc por isso esses mecanismos de freio infelizmente não estão funcionando amplamente...
Alex,
"Never let me go" é mesmo muito marcante, assim como o belíssimo romance homônimo.
Lola, prepare-se bem antes de ver Árvore da Vida, pois é um filme que tem tudo pra NÃO agradar ateus.
Gostei das atuações, da fotografia, mas achei o tema meio chatinho, mto religioso, com tom de auto-ajuda. Curti mto não, e confesso q penei pra me manter acordada até o fim.
Olha, pra mim o grande filme dessa ediçào do Oscar é A Separação, candidato e provável vencedor na categoria de filme estrangeiro. Quem tiver que escolher só um filme pra ver, por falta de tempo (ou grana, é coisa demais em cartaz), fica a dica - é excelente.
abraço
Mônica
Oi gente. Eu comecei a ler esse blog ha alguns meses e adoro os temas dos post, guest post e muitos dos comentários. Ontem eu fiz o meu primeiro comentario aqui sobre os padroes de beleza e, depois de ver tanta discussao sobre o assunto, fiquei um pouco desapontada com a ultima parte desse texto de hoje, veja bem:
"Não me entendam mal: a argentina Bérénice Bejo é linda (na maior parte dos ângulos) e simpática e talentosa e dança bem." - (Na maior parte dos angulos??? Necessário?)
"Porém, enquanto Dujardin parece um astro daquela época, bem Erroll Flynn, com bigodinho e cabelo engomado, ela não. Ela parece uma atriz do século 21. Do tempo em que as atrizes nunca estiveram tão magras." - (Ele parece com um personagem da época por causa do bigode e ela nao parece por causa do tipo físico? Se as mulheres famosas naquela época eram cheinhas, nao quer dizer que todas eram, mas sim que provavelmente como agora haviam milhoes de mulheres se torturando para parecerem com elas. Pelo menos pra mim, nesse filme o tipo fisico dela nao influencia na verossimilhanca da história.)
"E magreza estava longe de ser o padrão de beleza nos anos 20/30." -(O filme nao insinua que ela ficou famosa só pela beleza.)
"Agora acabamos de ter Michelle Williams e seu manequim 36 interpretando a deusa Monroe em Sete Dias com Marilyn (que se passa na década de 50). Michelle afirmou em entrevistas que tentou engordar pro papel, mas só conseguiu ficar com o rosto inchado, daí desistiu e recorreu a roupas com enchimentos. E agora temos Bérénice." - (No caso da Renée Zellweger quando fez Bridget Jones, ela teve de engordar muitos quilos porque fazia parte da história da personagem sempre estar acima do peso, mesmo assim perder ou ganhar muitos quilos rapidamente nao é nada saudável. Nesse caso, se possivel, seria melhor ter uma atriz que já condiz com o personagem.)
"Enfim, é chato ver gente tão magrinha em papéis dessas décadas. Nem creio que seja um revisionismo histórico proposital (fingir que o padrão não é construído, e sim natural, já que sempre foi assim). É mais a dificuldade em encontrar hoje em dia atrizes que não sejam magérrimas.
E pensar que pro padrão atual Marilyn Monroe e Debbie Reynolds seriam consideradas acima do peso... " - (nos anos 30 eram gordinhas, nos 2000 sao magrinhas, 2050 vai saber... a gente precisa mesmo perpetuar e ficar escravo desses ditos padroes? Daqui a 80 anos os filmes de época vao ter que ter mulherer magérrimas porque só mulher assim aparecia na tela? Eu entendi tudo errado????? Nao descartei essa possibilidade.)
Quanto ao filme, eu nao costei muito da história, fraquinha mesmo, mas eu achei a atuacao ótima principalmente por causa da metalinguagem do filme. A direcao de arte e figurinos estava impecaveis também :)
LoLa, outro filme com porquinho que foi muito emocionante (eu havia lido o livro qdo saiu o filme) foi Charlotte's Web com Julia Roberts fazendo a voz da aranha Charlotte querendo salvar o porquinho Wilbur. Na minha casa a gente não destroi teia de aranha até que seja abandonada... são aranhas inofensivas, claro.
Talita Figueiredo disse uma coisa interessante sobre o filme Árvore da Vida.
Ele não é adequado para ateus. Esse filme mostra a grandiosidade do cosmos e diminui o tamanho de nossos problemas a uma proporção microscópica. Um cristão vê esse filme como uma fonte de sabedoria e esperança, um incentivo à uma vida reta e o mais pura possível.
Já o ateu vê esse filme com desespero porque vê que tanto a sua vida, como as suas realizações são coisas completamente microscópicas e temporais.
O planeta tem 7 bilhões de seres humanos. Daqui a 100 anos o planeta continuará a ter ao redor de 7 bilhões de seres humanos. Talvez mais, talvez menos. Porém serão pessoas totalmente diferentes das atuais, com outra realidae de vida.
LoLa, vc conhece?
www.ugoogle.com
O melhor filme para ateu do mundo é a série: "Faces da Morte" (Faces of Death, 1978) dirigido por John Alan Schwartz.
Ele foi proibido em mais de 40 países, porém é possível encontrar para download. Aqui uma versão em DVD-Rip de alta qualidade.
http://thepiratebay.se/torrent/3288439/The_Original_-_Faces_Of_Death_dvDR
Obs: esse é o primeiro, o original, o que arranca qualquer esperança humana que tenha dentro de você. Depois desses houve mais 4 filmes mais amenos para contornar a proibição em vários países e hoje o nome é usado para produções fakes de "gore movie".
A forma como mulheres são representadas é quase sempre estranha, como se só existisse um único tipo físico e aí, quando tentam ou precisam sair disso, se atrapalham. Na comédia Diário de Brigit Jones, dizem que a atriz engordou uns dez quilos para interpretar uma mulher gordinha, levemente acima do peso. Aí você confere o filme, a personagem é chamada de gordinha várias vezes, mas o que você vê é uma mulher de peso normal, que não poderia ser chamada nem de magra nem de gorda, e aí fica estranho...
Também já li uma reportagem onde eram enumeradas as atrizes que são lindas e que não são magras. Fiquei pasma quando vi que tinham colocado a Scarlett Jonhansen (sei lá como escreve o nome dela, rs) no meio. Ela realmente é linda e não é magérrima, mas ela é magra, só que pros padrões de Hollywood, parece que saiu do manequim 38, já está acima do peso.
Eu acho a Debbie anos 50 bem magrinha nos padrões de hoje em dia, Lola. E eu adorei o filme. Mas pra mim o filme do ano é A Pele Que Habito. Que não foi indicado a nada.
Na comédia Diário de Brigit Jones, dizem que a atriz engordou uns dez quilos para interpretar uma mulher gordinha, levemente acima do peso. (Laurinha)
Quando eu vi esse filme, não lembrei de ter visto a Renee antes, achei que eles tivessem colocado uma pessoa comum finalmente prá fazer o papel...hahaha achei tão lindinho...
LoLa, fiquei matutando o porquê do seu médico te advertir pra vc não ver o filme "War Horse"... bem, fui ler sobre o filme (eu nem sabia que é do Spilberg) e filme do Spil com cena de guerra deve mesmo dar uma síncope cardíaca e convulsão pelo uso dos efeitos que Spil usa... deve mesmo ser um horror de forte.
O texto em inglês da Wikipedia é tão longo e detalhado que desisti de ler, mas fui ler a página do livro que deu origem ao filme e daí fui dar uma checada na Amazon e vou ler o livro e pronto... menos de 200 páginas (livro infantil publicado em 1982).
tb não achei o filme mais do que "bonitinho", nota 8... não entendo mesmo esse furdunço, pq todo mundo que já viu cantando na chuva e nasce uma estrela sabe oq vai acontecer.
sobre o personagem da berenice, eu acho meio besta que ela só almeja conquistar o protagonista, mais nada. ela tem uma carreira meteorica, mas todas as vezes q ela tem alguma fala, é sobre o protagonista, nao sobre ela.
ela n mostra preocupação sobre o futuro dela como artista, n questiona a forma injusta de seleçao (se n fosse pela ajudinha do amado, ela n seria contratada), parece super favoravel q continuem contratando novos rostos e jogando fora os velhos (oi? ela tb vai ficar velha) e q mulheres tenham q ser apadrinhadas por um homem pra entrar no clubinho.
ah, eu acho a debbie reynolds tão magrinha, tao padrão.
eu gosto de filmes europeus e muitas vezes eles quebram isso. olhem q tipos mais variados de mulher (na maioria deles, protagonistas E consideradas bonitas na historia): http://www.youtube.com/watch?v=g1hnh2k7DcI http://www.youtube.com/watch?v=bkFnq0r3hHY
http://www.youtube.com/watch?v=0AMgY3F3JAI
http://www.youtube.com/watch?v=itXfvuf5XW0
meia noite em paris me encantou mais q o artista, terminei o filme sorrindo, mas analisando depois tudo oq observei, perdeu boa parte da graça. eu gosto mto do woody, mas acho q o ultimo dele mto bom foi whatever works
alex, tambem adorei "never let me go". um drama/ficçao cientifica muito diferente, tocante, me deixou bem inquieta
pra ler crítica de cinema... estou curiosa sobre "As Mulheres do Sexto Andar"
pra ver trailer oficial
http://dtdnews.wordpress.com/
trailer do filme francês "Tomboy"
http://www.youtube.com/watch?v=VUVe4QT7udo&feature=related
LoLa, o título do filme em português (Portugal) nada tem a ver
"The Incredibly True Adventure of Two Girls in Love"
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Incredibly_True_Adventure_of_Two_Girls_in_Love
O filme (1995) está no YouTube legendado em español.
lola, eu adoro seu blog e nunca tinha comentado antes. Eu sou uma pessoa muito interessada na história do vestuário e tudo que o rodeia como os padrões de beleza porque acho fascinante o que isso nos diz sobre uma época.Não sou estudante de moda nem nada do gênero e também odeio essa ditadura dos padrões de beleza do cabelo liso, magreza e etc, mas gostaria de te corrigir: nos anos 20 e início dos 30 o padrão de beleza era a magreza excessiva sim, o corpo desejado era descrito como o corpo de um menino adolescente, as mulheres usavam bandagens nos seios e nos quadris e até corsets com a finalidade de apertar esses lugares pra diminui-los. Isso aconteceu porque a moda foi mudando gradativamente nos anos 10 de forma que a cintura começou a ser deslocada cada vez mais pra baixo e nos anos 20 a linha da cintura das roupas já estava pelo quadril e todo o resto de cima era solto, as mulheres pela primeira vez estavam usando os braços e as pernas descobertos e foi isso que gerou toda essa vontade de ficar magra.
Bem, vi O Artista ontem. Cheia de expectativas, já havia lido várias críticas. E pra mim, mereceu todos os prêmios que ganhou ( não só o Oscar, que acho o menos importante de todos). O que você criticou no filme, Lola, achei que era proposital ( tipo o ar meio caricato do personagem principal) e quanto à Berenice Bejo, é uma ótima atriz, além de supercarismática. O filme me emocionou muito e pra falar a verdade, quando acabou e os atores principais têm sua única fala no filme todo, nem reparei...tipo, o filme falado não fez a mínima falta. Talvez eu seja nostálgica demais, razão essa de ter simplesmente amado Meia Noite em Paris também, mas para mim, O Artista é um filme marcante.
Adorei o filme, achei-o muito bem feito e dirigido e diante de todas as qualidades de Berenice não acho que seu peso desmereça sua atuação. Quanto a alguns comentários sobre filmes com "cara de Oscar", acho que isso está mais que ultrapassado. Nos últimos anos tivemos "O Artista", "Guerra ao Terror" "Onde os Fracos Não Tem Vez".... Enfim.
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