Ser rico ou ser financeiramente independente? A maior parte das pessoas sonha em enriquecer. Como, hoje em dia, isso só é possível ganhando na loteria, apostam todas as suas fichas na sorte. Já falei que, pelas probabilidades, há mais chances de um avião cair em cima da nossa casa (mesmo que não seja rota de aviões!) que de ganhar na loteria? Pois é. Ficamos perseguindo um sonho que nunca se concretizará, igual a tantas mulheres que passam a vida fazendo dieta pra ter um corpo como o das top models - mesmo que não tenha nada a ver com o seu biotipo.
Mas ser fincanceiramente independente é possível. Na realidade não é só possível, é também necessário, porque a gente se aposenta um dia. Ou não. Talvez a gente não queira se aposentar, mas nos aposentam de qualquer forma. Tem uma estatística que eu li faz muito tempo, mas parece que os valores não mudaram. Pra você ser rico e viver sem trabalhar pro resto da sua vida, em qualquer lugar do mundo, você precisaria ter 2 milhões de dólares guardados. Isso é muito dinheiro, lógico. Uma fortuna. Tanto que um americano médio não ganha isso de salário em toda a sua vida (note que eu escrevi “americano”. Sabe, o povo mais rico do mundo? Não vou nem falar de brasileiros). Mas não é uma quantia infinita como os bilhões do Bill Gates. É uma soma que dá pra contar. Eu sempre me lembro de um diálogo divertido entre dois cowboys no clássico Era uma Vez no Oeste. Eles começam a fazer os cálculos, bem por cima, de quanto uma estação de trem vai ganhar agora que uma locomotiva resolveu passar por aquelas bandas. É algo tão fora da realidade deles que o Jason Robards diz: “Milhares de milhares de dólares!”. Ao que o Charles Bronson o ajuda: “They call them millions” (“Chamam isso de milhões”). Adoro esse diálogo porque, na nossa vida de classe média, é quase certo que nunca veremos um milhão. Deveria ser tanto dinheiro que foge a nossa vã filosofia. No entanto, a gente sonha em ganhar 30 milhões na Megasena (como se um milhão já não bastasse pra resolver a nossa vida financeira pra sempre), e nem vê nada de imoral no fato de haver cerca de mil bilionários no mundo, e que esse grupinho tenha mais dinheiro que toda a população de centenas de países juntos. Quando eu falo em limite de riqueza e aumento de impostos para os mais ricos as pessoas me olham como se eu fosse uma comuna que deveria ter sido enterrada junto com os escombros do muro de Berlim. Que a gente não se choque mais com a fortuna dos bilionários é sinal que o capitalismo venceu mesmo.
Mas, voltando. Ser financeiramente independente é poder viver sem trabalhar, sem se preocupar com as contas que virão, podendo trabalhar se quiser, não se precisar (prazer vs. necessidade). E, como o nosso salário não vai nos levar até esse Éden, só tem um jeito: gastar menos. Se eu precisasse de 4 mil reais por mês pra viver, bom, eu teria sérios problemas, pois nunca ganhei nem perto disso. Mas descobri que posso viver, neste momento da minha vida, com até 1,500 reais por mês, entre eu e o maridão. Digamos assim, gastando 17 mil por ano pra despesas (em Fortaleza nossas despesas serão mais altas, não tem jeito: lá, talvez precisaremos de 24 mil por ano). Como descobri isso? Anotando tudinho que a gente gasta, mês a mês, e tirando a média. Não tem outro jeito, ué.
Eu já usei tabelas do Excel pra anotar. Mas prefiro um bom e velho caderno. Eu compro um caderno com umas cem, duzentas folhas, e coloco o calendário pra um ano, como se fosse uma agenda. Dedico duas páginas pra cada mês: uma pras despesas, outra pras entradas. Nas despesas, primeiro escrevo os gastos fixos de todo mês, como as contas de luz, água, telefone, internet e carnê do INSS (não faça mestrado e doutorado sem continuar contribuindo, ou pode esquecer a aposentadoria do governo). O que a gente mais gasta, disparado, é em comida. Dá uns 400 por mês. Isso inclui tudo que a gente come em casa (supermercado, padaria, açougue, verdureira). Mas eu prefiro anotar separado o que chamo de “comida fora”. Isso depende do mês, mas dá uns 120, e é uma das nossas extravagâncias. Toda sexta a gente costuma ir ao cinema. Não paga o cinema, mas sempre come alguma coisa, um calzone, umas esfihas, uns pastéis. E de vez em quando a gente sai pra ir a um restaurante caro (pros nossos padrões), que rende uma conta de 50 reais, e que eu tô achando um desperdício, porque tem um buffet perto de casa que cobra 7,50 por pessoa, e a comida é ótima. E um outro com comida a quilo por 20 reais, também muito bom. Eu me sinto um pouquinho culpada gastando 50 num só jantar se por esse valor dá pra gente comer fora três vezes.
Antes de ir pra Detroit, eu só anotava os meus gastos, e implorava pro maridão anotar os dele. Não funcionava, porque ele nunca me obedece. Então passei a anotar no meu caderninho pelo menos a fatura de cartão de crédito que ele pagava. E quanto ele ganhava. A partir de Detroit, passei a anotar pros dois mesmo. Não tem segredo: quem não anota tem, no máximo, uma vaga ideia de quanto gasta. E, sem saber quanto se gasta, sempre vai se gastar mais. Não dá pra guardar dinheiro.
O lado bom é que descobri também que ganhar o que preciso pra viver não é a coisa mais difícil do mundo. Exige bem pouco trabalho. Acho que com umas quinze horas por semana dá. Porque de quê adianta ganhar bem se não sobra tempo pra aproveitar a vida e fazer o que a gente gosta? Se você gosta do seu trabalho, parabéns. Não é problema pra você trabalhar 10, 14 horas por dia (dizem que é isso que tanto a Dilma quanto o Serra trabalham, e eu acredito). Mas a maior parte das pessoas não gosta do trabalho, e ainda assim trabalha mais do que gostaria. Não sobra tempo pra nada. É o “all work and no play makes Jack a dull boy” (“muito trabalho e pouca diversão fazem de Jack um bobão”), sabe? Aquilo que o personagem maluquete do Jack Nicholson escreve em Iluminado. E dá no que dá.
P.S.1: Há dez milhões de milionários no planeta. Ou seja, gente que tem no mínimo um milhão de dólares em ativos financeiros. Essa gente possui, junta, 40 milhares de bilhões de dólares. Opa, they call them trilhões. E quanto você quer apostar que a maior parte desses milionários se considera classe média e paga menos impostos que você?
P.S.2: A revista Business Management pergunta quanto tempo você teria que trabalhar pra ganhar o mesmo que um presidente de empresa ganha em um ano. Por exemplo, o presidente da Wal-Mart recebe 8,371,057 num ano. Um empregado que recebe salário mínimo (nos EUA, 15 mil dólares por ano) teria que trabalhar durante 555 anos pra acumular esse valor. Um empregado de salário médio (40 mil dólares por ano) teria que trabalhar 205 anos. Em compensação, o presidente dos EUA, que recebe 400 mil por ano, teria que trabalhar apenas 20 anos.
P.S.3: O que mais me espanta é que quando alguém fala em desigualdade social e péssima distribuição de renda e sugere aumentar o imposto dos ricos, as pessoas de classe média ficam revoltadas, como se fosse com elas. Tenho uma má notícia pra você: você não vai viver 205 anos, baby. Logo, não precisa defender o presidente da Wal-Mart.
Mas, voltando. Ser financeiramente independente é poder viver sem trabalhar, sem se preocupar com as contas que virão, podendo trabalhar se quiser, não se precisar (prazer vs. necessidade). E, como o nosso salário não vai nos levar até esse Éden, só tem um jeito: gastar menos. Se eu precisasse de 4 mil reais por mês pra viver, bom, eu teria sérios problemas, pois nunca ganhei nem perto disso. Mas descobri que posso viver, neste momento da minha vida, com até 1,500 reais por mês, entre eu e o maridão. Digamos assim, gastando 17 mil por ano pra despesas (em Fortaleza nossas despesas serão mais altas, não tem jeito: lá, talvez precisaremos de 24 mil por ano). Como descobri isso? Anotando tudinho que a gente gasta, mês a mês, e tirando a média. Não tem outro jeito, ué.
Eu já usei tabelas do Excel pra anotar. Mas prefiro um bom e velho caderno. Eu compro um caderno com umas cem, duzentas folhas, e coloco o calendário pra um ano, como se fosse uma agenda. Dedico duas páginas pra cada mês: uma pras despesas, outra pras entradas. Nas despesas, primeiro escrevo os gastos fixos de todo mês, como as contas de luz, água, telefone, internet e carnê do INSS (não faça mestrado e doutorado sem continuar contribuindo, ou pode esquecer a aposentadoria do governo). O que a gente mais gasta, disparado, é em comida. Dá uns 400 por mês. Isso inclui tudo que a gente come em casa (supermercado, padaria, açougue, verdureira). Mas eu prefiro anotar separado o que chamo de “comida fora”. Isso depende do mês, mas dá uns 120, e é uma das nossas extravagâncias. Toda sexta a gente costuma ir ao cinema. Não paga o cinema, mas sempre come alguma coisa, um calzone, umas esfihas, uns pastéis. E de vez em quando a gente sai pra ir a um restaurante caro (pros nossos padrões), que rende uma conta de 50 reais, e que eu tô achando um desperdício, porque tem um buffet perto de casa que cobra 7,50 por pessoa, e a comida é ótima. E um outro com comida a quilo por 20 reais, também muito bom. Eu me sinto um pouquinho culpada gastando 50 num só jantar se por esse valor dá pra gente comer fora três vezes.
Antes de ir pra Detroit, eu só anotava os meus gastos, e implorava pro maridão anotar os dele. Não funcionava, porque ele nunca me obedece. Então passei a anotar no meu caderninho pelo menos a fatura de cartão de crédito que ele pagava. E quanto ele ganhava. A partir de Detroit, passei a anotar pros dois mesmo. Não tem segredo: quem não anota tem, no máximo, uma vaga ideia de quanto gasta. E, sem saber quanto se gasta, sempre vai se gastar mais. Não dá pra guardar dinheiro.
O lado bom é que descobri também que ganhar o que preciso pra viver não é a coisa mais difícil do mundo. Exige bem pouco trabalho. Acho que com umas quinze horas por semana dá. Porque de quê adianta ganhar bem se não sobra tempo pra aproveitar a vida e fazer o que a gente gosta? Se você gosta do seu trabalho, parabéns. Não é problema pra você trabalhar 10, 14 horas por dia (dizem que é isso que tanto a Dilma quanto o Serra trabalham, e eu acredito). Mas a maior parte das pessoas não gosta do trabalho, e ainda assim trabalha mais do que gostaria. Não sobra tempo pra nada. É o “all work and no play makes Jack a dull boy” (“muito trabalho e pouca diversão fazem de Jack um bobão”), sabe? Aquilo que o personagem maluquete do Jack Nicholson escreve em Iluminado. E dá no que dá.
P.S.1: Há dez milhões de milionários no planeta. Ou seja, gente que tem no mínimo um milhão de dólares em ativos financeiros. Essa gente possui, junta, 40 milhares de bilhões de dólares. Opa, they call them trilhões. E quanto você quer apostar que a maior parte desses milionários se considera classe média e paga menos impostos que você?
P.S.2: A revista Business Management pergunta quanto tempo você teria que trabalhar pra ganhar o mesmo que um presidente de empresa ganha em um ano. Por exemplo, o presidente da Wal-Mart recebe 8,371,057 num ano. Um empregado que recebe salário mínimo (nos EUA, 15 mil dólares por ano) teria que trabalhar durante 555 anos pra acumular esse valor. Um empregado de salário médio (40 mil dólares por ano) teria que trabalhar 205 anos. Em compensação, o presidente dos EUA, que recebe 400 mil por ano, teria que trabalhar apenas 20 anos.
P.S.3: O que mais me espanta é que quando alguém fala em desigualdade social e péssima distribuição de renda e sugere aumentar o imposto dos ricos, as pessoas de classe média ficam revoltadas, como se fosse com elas. Tenho uma má notícia pra você: você não vai viver 205 anos, baby. Logo, não precisa defender o presidente da Wal-Mart.
42 comentários:
Lola, acho que a questão da classe média que você coloca no seu p.s.3 está mais ligada à imagem que a classe média compra para si própria. Ela se identifica com o presidente do Wall Mart!
Prefiro mil vezes a independência. Não sou gastadeira, mas também gostaria de ter dinheiro para comprar certas coisas. Acho que se você tem dinheiro para viver sem ter que se preocupar com as contas a pagar, tá tudo bem. Se ainda sobrar para comprar alguma guloseima é melhor ainda, que ninguém é de ferro :9 comida é meu único ponto fraco eheh
Interessante, mesmo, como disse a Sabrina, o quanto a classe média se identifica com o presidente do wal-mart, mesmo estando estatisticamente muito mais perto da pobreza do que dele. eu acho q limitar a riqueza mexe com o sonho da classe média de se tornar bilionária, por isso ninguém apóia. e essa é a maior e melhor estratégia do capitalismo para sua manutenção: a venda de sonhos.
"Quando eu falo em limite de riqueza e aumento de impostos para os mais ricos as pessoas me olham como se eu fosse uma comuna que deveria ter sido enterrada junto com os escombros do muro de Berlim." - somos duas. AHAHAHAHHA*
*rindo pra não chorar.
Lolinha, esse tema me interessa profundamente.
A gente também tem um controle de gastos azeitadinho. Saber o quanto se gasta é essencial para tomar decisões na vida.
Essa questão da classe média se identificar com os ricos é muito engraçada mesmo. Será que ela realmente, realmente acha que tem chance de ser milionária um dia, e aí já vai defendendo a classe dos ricos preventivamente? Só pode.
Oi Lolinha!
Estes dias de Natal, passando na rua do centro daqui vejo a loucura que é as compras de presentes por exemplo.Acho uma cena louca mesmo, parecem estar em um frenesi de tanta gente consumindo.
Tem um videozinho que se chama "Hostória das coisas", já viu? Embora eu não concordo com a solução p o problemas que eles apontam,é um documentário bom! Nele, tem uma parte que eles dizem que o Bush, logo após o 11 de setembro, ao invés de falar p a população fazer luto, ele diz "façamos compras"....!!!
Mesmo com essa crise financeira e tanto desemprego velado aqui no Brasil, ninguém nos diz p pouparmos p futuros apertos etc..o que nos estimulam é ao contrário né. Aqui tb somos bombardeados p "faça compras" (e seja feliz..;)) ...O que acontece, p maioria é, ao contrário, o endividamento, infelizmente.
Gastar o mínimo assim que nem vc é algo difícil mesmo...
O link do vídeo é esse:
http://video.google.com/videoplay?docid=-7568664880564855303#
Bjo!
lembrei de uma vez q fui numa festa junina numa chácara com a camiseta do mst. o dono veio e falou: "vc vai querer tomar a minha chácara?" detalhe: só se considerava chácara pq era num condomínio de chácaras, pq na verdade era uma casa com quintal grande. ele olhava no espelho e via um latifundiário. ai, ai...
Ah, Lolinha, eu AMO seus posts sobre $$ (ou melhor, sobre não gastar loucamente)!!!!Queria tanto ter lido isso ontem... Pior é se sentir culpada depois de gastar além da conta... E olha q não dou presentes de Natal pq não gosto de como tornaram a data algo mercantil. Mas fica difícil fugir de um amigo secreto sem parecer antipática, ou do presente do sobrinho, daí vc vê aquelas roupas lindas nas vitrines... Bom, isso é tudo q me lembro. Hj acordei imersa numa banheira de gelo sem dinheiro e sem os rins. Já estou relendo todos os posts sobre economia e o caderninho é a minha resolução de ano novo!!! bjo
Ei, Lola! Ei, pessoas!
Tô contigo. Eu adoro meu trabalho. De verdade. Mas não quero morrer de trabalhar (escrevi sobre isso no meu blog ontem). Eu adoro fazer outras coisas.
Eu saio do trabalho 17h (só faço hora extra se eu julgar necessário, tudo isso conversado e explicado pro chefe) e vou fazer aula de francês, correr, ver um filme, sair, ler, dormir, passear... Fazer algo. Que, aliás, é muito melhor do que comprar algo. Testem!
Eu trabalho as 8 horas diárias da maioria das pessoas e junto meu dinheiro há alguns anos (fora uma viagem pra Europa, mas valeu a pena), gastando 40% do que ganho (a maior parte com imposto e as tais atividades). Como sou PJ, não tenho garantias. Pago meu INSS e junto dinheiro mesmo.
Busco minha independência financeira.
Meu plano é daqui a uns 5 anos poder trabalhar menos, tendo um tanto de dinheiro guardado e rendendo, tendo um apartamento montado e podendo fazer o que eu quiser da minha vida (e olha que eu já faço quase tudo).
No presente, o único "sacrifício" que eu faço é morar com meus pais, pra juntar dinheiro; mas acho que vai valer taaanto a pena.
Cada vez eu venho achando mais que a chave pra viver bem (no meu conceito, claro) é o equilíbrio. Seria tão bom se todo mundo pensasse (e agisse) dessa forma, não?
Abração!
Lola,
Excelente o seu post.
Agora conta como é que você faz pra nao pagar o cinema...
Aqui tenho o mesmo problema: o namorido não anota nada. E tem sempre um gasto ou outro que fica de fora. Aí eu vou olhar o que entrou e o que saiu e .. Pera aí, não tá batendo!
haha, nós temos o mesmo método de anotação de despesas no caderno - as fixas, as eventuais, as 'extravagâncias'... Mas acho que a vida aqui em BH é mais cara. E não abro mão dos meus 'extras', a natação, livros, viagens, por eles eu trabalho com muito mais entusiasmo!
Por isso é que eu agora estou trabalhando firme pra ganhar o meu segundo milhão de dólares. Desisti de tentar o primeiro, tava muito difícil! :-)
Mas gosto do meu esquema de trabalho, de 30 e poucas horas por semana. Não pesa (aula particular é menos puxada do que em escola) e ainda sobra tempo pra uma consultoriazinha de vez em quando. E muito tempo pra me divertir! ;-)
abraço,
Mônica
eu tbém adoro qdo escreves posts sobre $$ (aliás fiz um blogroll só com os finance blogs q eu gosto de ler)
off topic - vi um filme MUITO bom e pensei em ti - Raise the Red Lantern (de 1991) - aliás, o q é a vida das mulheres chinesas, especialmente algumas décadas atrás... aff!!!
Puxa adorei seu blog...super crativo!!
Vou terminar de ler e link!
bjuuuuus e parabéns
Não tem muito a ver com o post, mas você viu esse video da Ministra de Saúde da Finlândia? O que achou?
http://www.youtube.com/watch?v=JpOB4xkpjgQ
Oi, Lola!
Fico impressionada como o custo de vida em São Paulo é mais alto que nos outros lugares!
É verdade, nada como anotar os gastos para a gente saber para onde vai o dinheiro. Às vezes vai numa besteira que não faz falta nenhuma...
E convênio médico, Lola? Vocês usam da universidade? Essa é uma despesa bem alta aqui em casa... E pior, os convênios massacraram tanto os médicos conveniados, que às vezes não dá nem para ir na rede credenciada... Atendimento de 5 minutos mesmo, dá medo... Fora que querem operar toda e qq coisa absolutamente desnecessária para garantir uma graninha a mais. A começar pela cesárea. Meu filho saiu da maternidade com o diagnóstico que teria que operar fimose e dar um "pique" no freio da língua. O pediatra (particular) disse que era besteira, só depois de meses saberíamos. Dito e feito: não precisou. Economizamos saúde evitando as intervenções, mas isso só foi possível gastando ainda mais dinheiro, com médico particular...
Bjs,
Anália
Lola:
Você está muito errada.
Ser rico é perfeitamente possível fazendo negócios; não é preciso ganhar é loteria nenhuma. Sendo professor só é possível ser for dono de uma rede de escolas.
Ser magra é possível se a pessoa fizer uma dieta correta. Tem que ter disciplina e não ficar pensando em chocolate como fonte de prazer ou ficar se autodenominando como chocólatra.
Nos dois casos é necessário muita força de vontade, coisa rara hoje nesta época de pessoas fracas e sem brio.
lola, socorro!!!
como faz para contribuir para o inss sem estar fichada? [ou seja, fazendo mestrado por exemplo...]
comecei a trabalhar [e a contribuir aos 18, deixei de contribuir acho q aos 24...]. MElhor voltar, né?
Comofas?
Off topic
Lolinha, comprei e li o "Para sempre Alice" por conta de sua indicação e adorei. Tb estou pensando em seguir seus conselhos financeiros.
Vc está virando minha Oprah!
Sobre o comentário do Oliveira
rs!!! Viu Lola, se vc é pobre e gorda é porque é fraca, sem brio e chocólatra. Bem-feito! Bem-feito!
O Oliveira deve ser forte, rico e sarado! Ai, que inveja!
Sabrina, pois é, a classe média se identifica com o presidente da Wal-Mart. Mas por quê? Ela tem muito mais ligação com a classe baixa que com a classe baixa que com os milionários. E não é apenas a classe média brasileira. Nisso pode ser que todas as classes médias sejam parecidas...
Isis, ah, comida tb é o meu ponto fraco! Eu posso viver numa boa exatamente como estou vivendo agora. Não me falta nada. Mas gostaria de ter dinheiro pra poder comer fora (ou melhor, pedir comida delivery) todo dia, se eu quisesse. Mas acho que isso tem mais a ver com a minha pão-durice que com quanto dinheiro eu tenho. Às vezes eu pergunto pro maridão: quanto dinheiro a gente precisaria ganhar pra que a gente pudesse comer aquele sorvete (que a Marjorie disse outro dia que custa 20 reais a casquinha!) sem culpa? E a resposta é nunca. Eu sempre me sentiria culpada. Eu não consigo me imaginar ir ao supermercado e colocar produtos pra dentro do carrinho sem olhar a etiqueta, sabe? Sem comparar preços.
Lau e Lud, só pode ser isso, né? A classe média sonha em ficar rica e se auto-protege por antecedência, ha ha. Pode ser também porque boa parte da classe média odeia pobre e admira rico. Então se identifica mais com o rico, até como forma (ilusória) de se distanciar do pobre. E isso que eu disse sobre o capitalismo ter vencido é o que eu sinto quando vejo tanta gente ultrajada quando falo de limitação pra riqueza. Sei lá, quando eu era adolescente essa era uma discussão bastante comum. Muita gente pensava como eu: achava que era imoral tanta riqueza e ostentação, se revoltava com a inequidade social, e queria mudar isso. Hoje eu falo sozinha, sabe? O capitalismo certamente conquistou corações e mentes.
Má, ah, História das Coisas é ótimo. Eu já escrevi sobre ele. E sobre isso do Bush pedir pra gastar depois do 11 de Setembro também. Deixa eu ver se encontro... Ah, aqui. E aqui tem até umas fotos que eu e o maridão tiramos das Torres Gêmeas.
Eu acho que Educação Financeira deveria ser uma matéria nas escolas. Uma disciplina que ensinasse como controlar gastos e guardar dinheiro, que ensinasse as pessoas a serem racionais na hora de comprar. Acho que seria uma matéria que ajudaria muito.
Lau, eu lembro de quando vc falou nisso no seu blog. Ha ha, nas minhas aulas de inglês, toda vez que a gente falava no MST, meus aluninhos de classe média manifestavam seus sentimentos que esses “baderneiros” tinham que ser presos, que o movimento deveria ser proibido. Eles se identificavam com os latifundiários, nunca com o camponês... Sounds familiar?
Paloma, que bom que vc gosta! Eu tb não dou presentes de natal. Faz muito tempo... E não espero recebê-los. Acho que minha mãe demorou pra se acostumar com essa nossa rotina de natal, mas outro dia ela disse que o verdadeiro presente é preparar uma ceia bem especial. E eu concordo. Pra mim o melhor do natal é poder comer sem culpa. Ha ha, adorei o seu “hoje acordei imersa numa banheira de gelo sem dinheiro e sem os rins”! Nada como manter o bom humor depois do dilúvio, né?
Fernanda, exato. Por mais que a gente goste do trabalho, é preciso sobrar tempo pra muitas outras coisas. E sim, fazer algo é muito melhor que comprar algo. Se bem que eu nunca senti prazer em comprar alguma coisa... Eu só compro por necessidade. Ou quando estou muito carente, naquele clima de “tenho que me recompensar por todo o esforço”. Mas é de comida que eu tô falando. Que legal que vc consegue guardar 60% do que ganha! É, eu não sei quanto guardo exatamente, porque 2008 foi meio complicado (a gente viveu metade do ano no Brasil, e a outra metade nos EUA, duas moedas. Eu sei exatamente o que gastei e o que ganhei, mas não sei ao certo a porcentagem de quanto guardei). Mas dos outros anos eu sei, desde 97. E deu uma média de 50% por ano. Tem anos em que guardo menos (em 2004, por exemplo, fui pra Moscou, e fora isso ganhei mal pacas, só bolsa de mestrado, daí só guardei 8%. Mas teve ano que chegou a 65%). As pessoas não se dão conta que, poupando, vc faz o seu próprio futuro, sem depender de ninguém. Acho que, pelo dinheiro que guardamos e o que ainda vamos guardar, daria pra gente se aposentar em 5 ou 6 anos. Não sei se QUERO me aposentar com menos de 50 anos, mas aí é outra história. O “poder” é que é legal. E eu também não acho que fazemos grandes sacrifícios pra economizar tanto. Que bom que vc sabe exatamente o que quer, e está fazendo o possível pra chegar lá.
Liliane, obrigada! Ah, a história de não pagar o cinema é que sou crítica de cinema. Escrevo pro maior jornal de Joinville, o segundo maior de SC, e faz uns anos (8 anos no mínimo, talvez mais) que ganho um cartãozinho maravilhoso que me dá direito a ver qualquer filme de uma certa distribuidora (aqui em Jlle só tem duas, a GNC e a Arco-Íris, ambas gaúchas). Esse cartãozinho é pra GNC e vale também em Blumenau, Balneário Camboriú e algumas salas no RS. E é ingresso grátis pra mim e um acompanhante (geralmente o maridão). Pras salas do Arco-Íris eu recebia convites, mas esses não eram muito bons. Tinham validade e tal, e eu precisava escrever pra sede no RS pra pedir que os enviassem. E SEMPRE sobravam, porque os dois cinemas da Arco-Íris aqui são fraquinhos. Enfim, em Detroit eu vi várias sessões de graça porque entrei em contato com as distribuidoras, apresentei uma carta do jornal dizendo que eu era crítica, e aí eles me chamavam. Não dava pra ir a todas as exibições pra críticos porque algumas ficavam em salas (e horários) impossíveis de se chegar de ônibus. Mas eu aproveitei bastante. Agora meu sonho de consumo é arranjar um cartãozinho que me permita entrar no cinema de graça com acompanhante em Fortaleza! Porque isso (não ter que pagar) realmente influi nas nossas idas ao cinema. Não influi no meu julgamento de um filme, mas influi na decisão de ir ou não ao cinema. Pagando, vamos ficar muito mais seletivos...
Luciana, é ruim isso, né? Anota pelo namorido! O maridão aqui vai pra verdureira, e quando ele volta eu pergunto: quanto custou? E anoto. Se ele paga com cartão de crédito eu nem me incomodo. Quando vem a fatura eu posso fazer os cálculos de quanto foi gasto em supermercado e em gasolina. Mas anotar esses gastos pequenos do dia a dia (geralmente pagos com dinheiro) faz toda a diferença pra não se perder o controle.
Monica, é verdade, o custo de vida aqui em Joinville é bem baixo mesmo, uma das vantagens da cidade, a meu ver. Sem dúvida gastaremos mais em Fortaleza. E esse esquema de dar aula particular é muito bom. Também acho que pesa menos que em escola, mas, pra mim, é menos gratificante. Eu pelo menos me divirto mais com uma turma que com um aluno individual. Mas tem muitas vantagens. Tenho uma amiga que só dá aula particular de inglês, já faz muitos anos. Ganha muito bem (trabalha bem também), e tem a vantagem de trabalhar em casa.
Ah, capital costuma ser mais cara. Ha ha, é mesmo, melhor ir direto pro segundo milhão de dólares mesmo!
Mi, mudou seu avatar? Que legal saber que vc lê finance blogs! Eu gosto do seu blog, apesar dos temas não serem muito interessantes pra mim, que mal compro roupa. Mas é bom que vc sempre coloca quanto custou. Ah, Lanternas Vermelhas é ótimo! Eu vi faz muuuito tempo, e gostei muito. A gente não pode reclamar muito da vida, né? Ainda mais a senhorita, morando em Miami! (eu lembro daí: claridade às 9:30 da noite é tudo de bom!).
Família, obrigada, apareça sempre!
Dani, nossa! Não conhecia esse vídeo nem essa teoria da conspiração! Eu tinha lido em alguns blogs de brasileiras na Suécia que havia grande resistência da população em tomar a vacina contra a gripe suíça, mas não sabia o porquê. E hoje vi que o Brasil quer vacinar 40 milhões de pessoas a partir do ano que vem... Não sei o que pensar, sinceramente. Eu acho que a pandemia, se é que existiu mesmo (porque boa parte foi histeria da mídia), já passou. Então, não vejo necessidade de vacina agora. Mas sobre isso de querer eliminar parte da população... Da indústria farmacêutica eu não duvido de nada. É capaz de tudo mesmo. Mas não acho que ela iria conseguir se safar matando tanta gente... O que vc acha?
Anália, não temos plano de saúde. Talvez quando a gente se mude pra Fortaleza uma das opções seja usar o hospital universitário, ou ter plano de saúde descontado na folha. Vamos ver. Por enquanto, não temos. Em Joinville conseguimos ser bem atendidos sempre que precisamos. Inclusive o maridão teve que extrair um pedaço de pele nas costas (câncer de pele), e correu tudo bem. Isso faz vários anos já. Eu nunca fico doente, mas sempre que precisei, fui bem atendida. Uma vez paguei uma consulta social pra me atender com uma ginecologista particular, e foi uma frustração. Ela me atendeu em 10 minutos! As enfermeiras do SUS são muito melhores, a meu ver. Mas interessante vc ter dito isso sobre os médicos quererem operar de qualquer jeito, porque hoje fui ao psiquiatra e ele disse a mesma coisa. Vou escrever um post sobre isso.
Oliveira, por que parar em ser rica e magra? Eu também queria ser alta, sabe? Queria ter uns 7 cm a mais de altura. Ah, sua ideologia fascista é um barato. Então todos os gordos e pobres são gordos e pobres por falta de vontade... Certo. Decerto vc defende a eliminação desses fracos de espírito.
Draupadi, vc tá na Espanha, né? Aí já não sei. Vc tem que estar fichada. Faz muito tempo que contribuo pro INSS, acho que desde 97, então não lembro bem. Acho que fui a um posto do INSS e me cadastrei como autônoma. Aí é comprar um carnê de autônoma que vende em qualquer papelaria. Mas precisa preencher com o seu número. E já faz alguns anos que o valor de contribuição caiu. Antes tinha que pagar 20% do salário mínimo, pelo menos. Hoje pode pagar 11%. Eu pago R$ 51,15 por mês. Acho que é melhor voltar porque, pra se aposentar por idade (pra mulher, com 60 anos), tem que ter no mínimo 15 anos de contribuição. Mas não sei como fazer isso se vc tá em outro país.
Shery, que bom que vc gostou! É, eu amei Para Sempre Alice. E meus conselhos financeiros são bem lugar comum, mas é que tem tanta gente que gasta demais e vive endividada, que eles parecem grandes pérolas da sabedoria humana! Vou levar o “vc está virando minha Oprah” como um elogio. Sobre o Oliveira, seria legal se uma estatística mostrasse quantos desses mil bilionários ou desses 10 milhões de milionários no mundo são negros e mulheres. Se alguém souber, me avise!
Sherida:
Se eu não fosse que você diz que eu sou,eu deveria fazer tudo para ser.
Esse é o ponto.
Lola:
Pra que eliminar os fracos de espírito? Eles mesmo se eliminam da sociedade todos os dias. Você nào percebe a choradeira das minorias?
É mole a declaração da Dilma Roussef em Copenhague na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas???
Quer dizer, o Brasil é o 4º maior poluidor do mundo! Claro, com toda a pecuária e agora os pecuaristas com o maior aval do Lula...
Notícia no ambiente brasil: http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=50520
Marina e Serra defendem contribuição do Brasil para fundo global de mudanças climáticas, já Dilma Roussef diz NÃO.
O que vc acha disso Lola??
Lola,
Respondendo à sua pergunta sobre mulheres e negros milionários:
Entre os bilionários negros só há uma mulher: Oprah Winfrey (2.7 bilhões). Já entre os milionários americanos, há muitos negros. Um artigo na Ezine Articles indica que entre 1983 e 2001 aumentou de 61.000 para cerca de 109.000 o número de de famílias negras nos EUA com 1 milhão ou mais em investimentos de capitais. É considerado milionário a pessoa que possui ao menos a quantia de US$ 1 milhão (um milhão de dólares norte-americanos) em investimentos de capital. No Brasil, apesar da tão propalada redução da desigualdade no governo Lula, aumentou o número de milionários. Em apenas 1 ano (2007), o número de milionários passou de 130.000 para 190.000. "Brasil: 187 milhões de habitantes (2006), cerca de 130.000 milionários (US$ 1 milhão ou mais) = 0,07% = 7 em 10 mil, fazendo do Brasil um dos países mais desiguais do mundo, juntamente com vários países africanos. 2007: 190 mil milionários, aumento de 60 mil em um ano. (Ref. Jornal Folha de São Paulo, 13 de janeiro de 2008, primeira página)." Dados FSP apud Wikipedia. Ainda assim, acredito que a vida dos pobres tenha melhorado no BR nestes últimos anos, mas fico com a impressão de que os pobres estão simplesmente comendo as migalhas que os milionários deixam pelo caminho. E ainda assim de forma nada voluntária. Triste. Se quiser saber + sobre black billionaires, dá uma olhada aqui http://en.wikipedia.org/wiki/Black_billionaires. Volto depois pra comentar sobre "ser independente x ser milionário".
Lola, já li tantas dicas super interessantes como essa. Sei bem o que devo fazer para economizar, para gstar MUITO menos do que estamos gastando, mas até agora não conseguimos! Nossa maior despesa também é com alimentação, mas não porque fazemos grandes compras no supermercado e sim porque constantemente comemos fora, ou comemos "besteira". Acabou virando uma bola de neve! Trabalho 8 h por dia (mais 1,5h de almoço + 2 horas de locomoção). Quando chegamos em casa estamos tão exaustos que não aguentamos ir pra cozinha fazer nada! E aos fins de semana bate aquela crise: "Não é possível que eu trabalhe tanto e não possa comer em paz em um restaurante!"
Admiro meus colegas que ganham o mesmo que eu e que fazem viagens maravilhosas todos os anos, trocam de carro constantemente e outras coisas...Bom, continue postando essas dicas que um dia nós aprendemos!
Ah, Lola, me esqueci.
Fascista é o seu presidente que ameaça jornalistas que criticam seu reinado e que numa entrevista da Playboy, antes de ser poderoso, confessou que admirava o Hitler; e isso não é uma calúnia, está na revista para quem quiser ver.
É verdade que consertou dizendo que o admirava porque era uma pessoa que precisava fazer algo e o fez: mas, sendo o Hitler o montsro que foi, pegou mal.
Lola, para grande parte da população da classe média-alta, ser financeiramente independente equivale a ser milionário. Isso porque para manter um padrão de vida de 5-10 mil reais por mês sem trabalhar, é necessário um patrimônio que renda de forma conservadora essa quantia acima da inflação, ou seja, de 1 a 2 milhões de reais (juros de 0,5% a.m.)
Esse patrimônio seria bem factível de ser alcançado por essa mesma classe média-alta se o seu futuro financeiro fosse bem planejado. Um casal de 30 anos de idade que ganhe 10 mil por mês (ok, pode parecer muito, mas vc mesmo sabe que 75% disso pode ser alcançado com um emprego como professor adjunto em uma faculdade pública), e após os impostos e gastos consiga poupar uns 2500 por mês, conseguirá o seu 1o milhão após uns 15 anos.
O problema é que surgem gastos enormes entre os 20 e 40 anos, incluindo: casamento, carro, IMÓVEL, filhos, etc.
Por isso o ideal mesmo é começar uma poupança desde cedo. Olha só: um solteirão de 25 anos que consiga poupar 1500 reais por mês, terá o seu 1o milhão em 20 anos, mas na mesma idade do casal do exemplo anterior.
É natural perceber que a maioria das pessoas já se encontra em uma situação desfavorecida em relação aos exemplos anteriores, ou seja, ganham menos que o padrão médio-alto, ou então já não possuem os seus 20 anos, ou mesmo já se afundaram em dívidas e precisam reconstruir a sua estabilidade financeira. Então é fácil desistir.
Entre as alternativas estão buscar a redução de despesas, almejar objetivos menores (ninguém precisa ser milionário) ou mesmo desistir da sua independência financeira e deixar "a vida te levar".
Eu tenho outra tatica pra saber minhas despesas: tiro do banco uma quantia por mês e pago tudo in cash. Beijos!
Oi Lola
Sabe que meu pai sempre foi e é super pão-duro, ou economicamente responsável, como tu diz. Ele sempre nos ensinou que é muito importante guardar dinheiro, gastar menos do que se ganha, não fazer divídas, etc etc etc.
Quando eu morava em Londres eu conseguia poupar bastante porque vivia com muito pouco, no primeiro ano que eu morei la eu trabalhei em restaurante entao comia no trabalho e gastava pouquíssimo com comida. Eu conseguia comer uma semana por 15 libras que hoje da em torno de 45-50 reais, de resto gastava apenas com transporte e aluguel. Eu paguei meu mestrado la, que custou cerca de 16 mil reais apenas com as minhas economias e trabalhando. Isso mesmo com todos os incentivos para gastar dinheiro e se tornar devedor que existem na Inglaterra. Durante o tempo que morei lá meu banco aumentou 3 vezes o limite do meu cheque especial sem eu pedir, de 250 libras no início chegou a 1500 e todas as vezes que eu fui pessoalmente ao banco eles me ofereceram algum empréstimo, sem falar nas inúmeras ofertas de cartao de crédito que chegavam pelo correio. É fácil entender por que tem tanta gente com dividas altíssimas lá.
Aqui na Suécia ficou mais dfícil poupar por vários motivos, nós compramos um apartamento e em Estocolmo é impossível comprar um imóvel a vista a não ser que tu seja milionária e nós não queríamos morar no meio da floresta porque isso significaria ter que ter 2 carros e várias outras complicacoes. Além de comprar o ap precisamos mobiliá-lo porque nenhum de nós tinha muita coisa. Eu também até bem pouco tempo estava apenas recebendo o "salário-estudante" do governo que dava quase que só para comprar livros e passagem de metrô.
Mas o principal motivo é que aqui não existe muito essa mentalidade de acumular uma grana e viver de renda. Acredito que isso aconteca por várias razoes uma delas é o rede protetora do estado. A idéia que permeia o estado é que o cidadao estaja protejido e tenha suas necessidades básicas supridas do "berco ao túmulo". Claro que a coisa já esta meio capenga por causa de desenvolvimentos na economia mundial e agora um governo de centro-direita. Mas a grosso modo existem muito mais garantias sociais aqui do que no Brasil, ou nos Estados Unidos, por exemplo. O sistema de saúde funciona as escolas públicas também a unversidade é de graca e ainda tem vários daqueles benefícios para quem é preguicoso e não quer trabalhar como aí no Brasil, sabe??? (isso foi uma ironia, apenas pra esclarecer pra quem nao me conhece) Como auxílio família, auxílio moradia, auxílio e empréstimo para estudantes, um valor máximo anual a partir do qual não se precisa pagar por remédios nem consultas/tratamento médico e outras coisas mais.
Outra coisa é que um imóvel aqui é visto como capital e como investimento. Então muita gente em vez de poupar prefere amortizar uma parte maior da sua hipoteca. Os avos do meu namorado por exemplo compraram a casa deles há mais de 40 anos, essa casa hoje vale 5 vezes o valor que eles pagaram por ela e por conta disso eles estao seguros financeiramente pro resto da vida. Agora que eu comecei a trabalhar nós também pretendemos amortizar mais porque vale bastante à pena. Nós compramos um apartamento relativamente barato para os padroes de Estocolmo e pretendemos dar um upgrade nele para vender com um lucro daqui a uns anos e mudar para uma área melhor.
Mesmo assim nós temos noss fundo de emergência, que eu to fazendo lobby para aumentar cortando as vezes que saimos para jantar fora e umas comprinhas desnecessárias que nós fazemos além de comecar a poupar para a aposentadoria. Essas sao as metas para 2010.
Lola, eu não acredito mais em loteria - já ganhei a quina num bolão, lembra, e 18 virou meu número de azar pra sempre (só faltou o 18/ ganhar a quina é perder a mega-sena); também não acredito em aposentadoria. Ei, mas agora você vai ter um bom salário e o grande prêmio da estabilidade! Que tal deixar a culpa de lado um pouco e aprender a gastar com pequenos prazeres que não levam ninguém à falência, tipo jantarzinho romântico com o maridão num lugar bem bacana? Bjk.
Ai ai ai... As vezes eu entro aqui e me acho um ET... GASTO muito (não mais do que ganho) e sou superfeliz com as coisas q compro, uso tudo, viajo, como fora, vou ao cinema, etc etc. Sendo realista, guardar sem saber se vai usar é um hó! Seguro de vida, de saúde, desemprego, tb são gastos né?!
Ai vem um ponto interessante, Lolissima acredita que tudo q desejamos, queremos, etc, vem da mídia, mas não acho q é bem assim... Pq a mídia/propaganda projeta o q a gente quer e não a gente quer por causa da mídia. Falei!
Sei q ninguém por aqui concorda... MASSSSSSS eu sou do tipo q JAMAIS me colocaria na posição de comer esfirras só pq é mais barato do que pizza...
lola, obrigada pela resposta. Eu na verdade estou no Chile =D
vim pq ganhei uma bolsa de estudos, to fazendo uma especialização em Teatro e Educação. Mas volto em janeiro pro brasil, q eu não sou boba, tá?! rs
vou ver isso da contribuição... =D
gracias!!!
Boa noite meu nome e Edson sou estudante de engenharia sou fascinado por tecnologia.
Sou professor na ária elétrica.
Tenho um sonho de contribuir para humanidade como o invento da lâmpada tomas Edison e Nicola tesa La.
Que contribuíram para o avanço da humanidade se não fosse a persistência e vontade de vence não seria
hoje capaz de podemos ter a luz E varias outra tecnologia. Em fim tenho varias ideia que flui na minha mente
mas não tenho condições financeira para colocar em pratica.
Por Ex-mortor que gera energia sem custo nenhum comunicação, sem custo a velocidade da luz.
Meu sonho e monta um laboratório de pesquisa. Se acreditar que alguém pode ajuda a humanidade
me ajude a montar este projeto que só pode se torna realidade se você acreditar.
Material para pesquisa são caro mas com ajuda de todos vamos conseguir o nosso objetivo.
CTM CENTRO DE TECNOLOGIA DO MUNDO,
Sua contribuição hoje pode ajudar seu futuro.
Banco do Brasil. AG:1179-7 CONTA:46.082-6
Tudo posso naquele que me fortalece.
Riqueza não é tudo,
Tudo é poder criar algo
Que ajude a humanidade.
Se você acredita que podemos criar outra tecnologia me ajude divulga.
Poste em todos lugares conto com vocês internautas.
OLÁ EU ME CHAMO JÉFERSON,TENHO 30 ANOS,MORO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL,EM UMA CIDADE CHAMADA SANTIAGO.
BOM,VOU LOGO AO ASSUNTO.
EU PRECISO URGENTEMENTE DE AJUDA EM DINHEIRO.
ISSO NÃO SE TRATA DE UM BRINCADEIRA,É SÉRIO,EU PRECISO URGENTEMENTE DE AJUDA EM DINHEIRO.
PRECISO DE 50 MIL REAIS COM A MÁXIMA URGÊNCIA,É PARA CIRURGIA DA MINHA MÃE,CASO CONTRÁRIO,ELA PODE MORRER.
ABRAÇOS E FICO ESPERANDO RESPOSTA,NO MEU E-MAIL,QUE É:
j-itamar-pereira@bol.com.br
Eu me chamo João S.Tostes estou passando por um momento muito delicado em minha vida financeira não sei mas o que fazer para quitar minhas dívidas..se alguém rico ou milionário que estiver vendo esta mensagem puder me ajudar..serei eternamente grato minha conta banco Bradesco ag1662-4 CC -0022446-4 e-mail: jstostesrp@gmail.com
obrigado
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