quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CRÍTICA: BASTARDOS INGLÓRIOS / Mais uma obra gloriosa do bastardo

Uma surpresa e Christoph Waltz, que rouba todas as cenas.

Fui ao cinema ver Bastardos Inglórios com meu olhar de esquilinho maníaco. Sabe, feliz da vida, sem conseguir conter um largo sorriso, com os olhos brilhando. Isso porque adoro o Tarantino e porque BI seria o primeiro filme dele que vejo em tela grande desde Kill Bill, Volume I, em Montevideu. Kill Bill 2 eu vi em Joinville, verdade, mas só semanas após vê-lo no computador. E seu último, À Prova de Morte, eu vi em Detroit, mas em dvd. E, como se o Taranta lesse minha mente, ele incluiu um esquilo no diálogo de BI, comparando esquilo com rato. Senti que foi uma homenagem mediúnica a mim.
Bom, isso foi na sexta, e devo confessar que gostei de BI, mas não adorei. Até pensei, ih, vai ser um Taranta que vou levar um tempinho pra aprender a amar, tipo Jackie Brown (que hoje amo de paixão). Aí fui ver de novo no domingo, e agora posso dizer com todas as letras que adorei. Digo até que estou ansiosa pra ir mais uma vez. E por isso não tenho paciência com pessoas tipo minha mãe, que disse que iria esperar minha crítica pra ver se valia a pena ver BI. Como assim, mami? É um legítimo Tarantino, pô! Quem ama cinema não pode pular um filme dele. Quero dizer, conheço os argumentos dos detratores: o carinha é muito violento, coloca um monte de referências, é tudo meio amoral, prefiro cinema europeu. E, no caso de BI, ainda por cima, ele comete o ultraje de deturpar a Segunda Guerra. Sim, tem bastante israelense reclamando que os personagens judeus de BI são movidos à vingança, numa tentativa revisionista de reescrever a história (falaram algo parecido de Munique). Sem dúvida, o filme reescreve a história. Mas é complicado ver BI com olhos mais sérios, esperando um documentário. Palavras como holocausto e resistência não vieram uma vez sequer a minha cabeça. Lista de Schindler? A gente tá falando de universos paralelos. Consciência moral, trauma? O Taranta não tá interessado nisso. BI não é baseado em fatos reais. A Vida é Bela também não é, e o Benigni até ganhou um Oscar (ok, melhor não falar nisso). BI é dividido em cinco capítulos (veja o trailer aqui), e achei essa divisão um tanto desnecessária. Mesmo na segunda vez que vi o filme, continuei gostando mais dos três capítulos finais que dos dois primeiros. Muita gente ama o primeiro, homenagem clara a Era uma Vez no Oeste misturado com Rastros de Ódio. Minha opinião sobre essa sequência é que ela é um pouco longa e fria demais. Não me fisgou completamente. Mas o que adoro nela é que ela frustra todas as nossas expectativas. O pai vai matar os nazistas? Os nazistas vão matar todo mundo na casa, não sem antes estuprar as meninas? E, lógico, como que essa matança toda vai acontecer? O cachimbo terá alguma importância, ou às vezes um cachimbo é apenas um cachimbo? Essas coisas. Prepare-se, porque não há um só elemento previsível em BI.
No fundo, quem vai esperando um filme de guerra pode se decepcionar, porque BI tá mais pra um faroeste noir de guerra, com pitadas da mais alta comédia. Mas é também um filme sobre a paixão pelo cinema. Como explicar sem entregar demais? Vejamos: entre os personagens, há um projecionista, uma dona de cinema, um crítico, e vários astros e estrelas. Além de muitos diálogos sobre filmes, o clímax se dá durante uma sessão. Taranta pinta o cinema como algo inflamável, com poder de fazer o circo pegar fogo (ele não gosta de cinema digital. Pra ele, tem que ser película. E reparem o jeito que ele encontra pra homenageá-la). Tem uma hora em que o Brad Pitt, na expectativa de presenciar um de seus homens bater num nazista com um taco de beisebol, diz: “É o mais próximo que temos de ir ao cinema”. Ou seja, BI é um metafilme. E um megafilme também, se me permitem o trocadilho infame. Não é a toa que o Hitler diz pro Goebbels, “Este é seu melhor filme”, ou que BI termine com um personagem olhando pra câmera e falando “Esta pode ser minha obra-prima”. E BI é sobre sotaques também. É falado em quatro línguas (inglês, alemão, francês e italiano), sem nenhuma concessão pra americano-preguiçoso-que-reclama-de-ler-legenda. Só o Taranta pra conseguir fazer um filme onde os personagens alemães são interpretados por atores alemães, os franceses por franceses, os americanos por americanos, e por aí vai. Uma atriz pergunta ao Brad se há alguma outra língua que eles, americanos, arranham, sabendo que essa pergunta é ridícula, porque tem aquela piadinha, né? (Como se chama alguém que fala várias línguas? Poliglota. E quem fala três? Trilíngue. E quem fala duas? Bilíngue. E quem fala só uma? Americano). A sequência mais hilária é quando americanos precisam falar italiano. E é nessa cena que toda a caracterização exagerada do Brad se justifica. É de chorar de rir (e olha, fazer o público gargalhar alto no meio de grande tensão não é pra qualquer um). O espião inglês (o belo Michael Fassbender) se fingindo de nazista chama a atenção por ter um sotaque alemão suspeito, não identificável. Num fórum, li que o alemão dele realmente é esquisito (eu não saberia, já que não falo nadinha). E alguém perguntou: esquisito como?, como um estrangeiro falando alemão com sotaque forte? E a pessoa respondeu: não, nada do tipo. É um alemão perfeito, mas esquisito como o John Malkovich falando inglês. Ah, tá!
Olha só, BI traz vários idiomas e sotaques, homenagens mil ao cinema, mistura de gêneros, diálogos intermináveis, e ainda closes esquisitos de objetos (como chantilly)... Pelo jeito, o Taranta fez um filme europeu. É o diretor americano mais bastardo que há.
Segunda parte da crítica de Bastardos Inglórios aqui.

40 comentários:

Bruno S disse...

Muito bom.
Eu gostei da forma como as tramas distintas vão sendo unidas no decorrer do filme.

Giovanni Gouveia disse...

BEm, eu realmente prefiro o cinema europeu, mas Tarantino não é root estadunidense (desculpa, mais eu também sou americano, o monopólio não é deles, sei que a gente discorda nesse ponto, Lola), assim como outros grandes autores.
mas o problema de não falar outras línguas não é só de americano, meus amigos ingleses dizem que por serem ingleses não conseguem aprender outra língua...

Não gosto de filmes violentos, mas Tarantino é pra confirmar a regra...

Tina Lopes disse...

Na continuação você vai falar do Christoph Waltz, né? Bem, eu amei demais tudo, quero ver mais umas 10vezes e ter em casa, em DVD.

Ana disse...

Animal o filme.
Gostei bastante do conceito de marcar os nazis como eles faziam aos judeus. No melhor estilo Taranta de marcação, rs
Achei a atriz que faz a judia muito boa! Ela e o caçador de nazis são os destaques.
Achei o Brad caricato demais. A única parte boa foi a parte do italiano.
Beijos,

astrocat disse...

Eu sai do cinema babando no figurino. Gostei demais.

Alba Almeida disse...

Olá, Lola!
Estou morrendo de vontade de assistir, depois...
Adiante deixarei o que achei...
Beijos estou sempre aqui.

Somnia Carvalho disse...

Lolinha, fui ver esse filme has umas tres semanas com meu Renato e a gente amou! Amou de parar na esquina, tomar uma coisa alcoolica qualquer e ficar falando e falando e falando...

Eu tambem me surpreendi com o ator que fazia aquele "general". O cara foi incrivel, incrivel!

eu tinha pincelado umas ideias sobre o filme pra por no blog e acabei nao pondo...

e a cena inicial? la no meio do campo, com aquela musica de fundo e aqueles zoon nos atores da cena... o vai e vem da camera, cada detalhezinho, os cartazes atras dos personagens... concordo com voce o tarantino conversa com o cinema todo, conversa consigo mesmo e conversou um pouco com a historia no filme.

O unico porobreminha pra gente foi ver o filme na suecia, sem legenda... mas ainda assim demais!

Victor disse...

Os closes, Lola! Os closes! Eu fiquei absolutamente apaixonado com a ousadia nos closes! Haha! Porque não é uma coisa que se espera, né? Que na tensão de um diálogo entre judia e caçador de judeus a gente pare para prestar atenção num strudel. Adorei. Quero ver mais umas 5 vezes.

Mônica disse...

Lola, também adorei o filme, realmente para ver e rever muitas vezes. Sempre gostei do contraste que o Tarantino faz entre longos diálogos aparentemente desconexos, seguidos de uma explosão de ação (leia-se carnificina) em doses hecatômbicas. A violência nos filmes dele é quase de cartoon, não me afeta - se bem que de vez em quando eu dou aquela fechadinha de olhos providencial).

A conversa sobre esquilos e ratos é sensacional, porque a gente já sabe aonde aquilo vai dar, mas não tem certeza, porque com QT pode ter sempre um elemento surpresa. A cena na taberna também é genial, inclusive a sacada de como identificar um espião (pequenos detalhes que, na vida real, contam!).

Pra mim, quem brilha mesmo é o Christoph Waltz/Cel. Landa, impecável. E tem um aqui do meu lado aos berros "Fala pra Lola que o Waltz é austríaco! Austríaco! Não é alemão!". Hehe, acho que é porque você disse que 'alemão fala alemão', e chamar austríaco de alemão é mais ou menos como dizer que um escocês é inglês: sempre dá 'pobrema'!

Eu também gosto muito mais quando o filme é falado 'na língua certa'... :-)

Renan Lazzarin disse...

Meu primeiro contato com Tarantino foi há cerca de cinco anos, quando eu tinha nove. À época, minha irmã alugou o primeiro volume de Kill Bill por recomendação de colegas e resolveu assisti-lo comigo. Justamente por isso tenho a impressão de que ela não sabia do que o filme tratava, mas devia conhecer a reputação do Seu Taranta e resolveu conhecê-lo melhor. Resultado: duas horas de admiração e longas risadas.

Tempos depois, eis que volto a ver uma obra do dito cujo, outra vez junto à minha companheira tarantinesca. Resultado: mais duas horas de admiração e longas risadas. Contudo, dessa vez há algo a mais. Há o amadurecimento e a cinefilia recentemente adquiridos por mim, traços que fizeram dessa experiência muito mais proveitosa que a anterior.

É fato que o filme é belo e vistoso. Principalmente - e aqui devo discordar de você - no primeiro capítulo. Para mim, é uma das melhores cenas que já vi, com uma execução fora de série e primorosas performances (principalmente da parte de Waltz, estupendo). De fato, a imprevisibilidade é um ponto crucial nesse trecho. Cheguei a me perguntar se o lençol, a princípio branquíssimo, não acabaria em tons "levemente" avermelhados dali a algum tempo. Mas não, Seu Taranta me deu a volta e me deixou babando ainda mais.

Os demais capítulos, com destaque para o clímax, foram também excelentes e inspiradores. Não houve espaço para distrações, o filme não permite que isso aconteça. Por sinal, tenho certeza que passei mais de dois terços do filme sorrindo maniacamente, desde a mera aparição da tipografia até a supracitada frase final, continuando até chegar em casa. É inevitável, o cara é definitivamente um gênio!

Com sinceridade, não sei dizer se Bastados Inglórios não superou Sweeney Todd, meu filme favorito até o momento. Acredito que o mais certo a se fazer é digerir o filme melhor e esperar para assisti-lo outra vez e, aí sim, dar a sentença. O problema é que não sei quando vou poder fazer isso. Primeiro, porque morando na região de Criciúma, as chances do filme chegar ao cinema da cidade são poucas (consegui migrar pra Floripa nesse fim de semana).

Depois, porque a obra é indicada para maiores de 18 anos. Entendo que não é um filme propriamente infantil, mas acredito que a maturidade de uma pessoa não se mede pela idade. Com 9 anos assisti Kill Bill e nem por isso saí por aí cortando jugulares alheias, assim como não pretendo escalpelar meus colegas de classe num futuro próximo. Para conseguir entrar - ilegalmente - no cinema, tive que comprar uma entrada inteira (comprovando o pressuposto de que o Cinemark gosta de dinheiro, não importando aí a idade de quem o oferece). E não é a primeira vez que isso acontece: em tese, tampouco poderia ter assistido Sweeney Todd, de classificação 16. Acho que não é incumbência de um órgão externo decidir o que posso ou não assistir por meio de censura - note-se que o termo classificação indicativa não é mais que simbólico, já que não há opção senão acatar à decisão alheia. Na minha compreensão, cada indivíduo deveria conservar o poder de decisão na hora de acessar uma obra.

Enfim, esse foi meu primeiro comentário (quase um desabafo) por aqui, apesar de eu já seguir o blog há algum tempo. Espero ansiosamente pela próxima análise do filme! Abraços.

Bárbara Reis disse...

Assisterei amanhã! Tô louca pra assistir mas tava sem tempo até de respirar. Eu ia hoje, mas só temm sessão às 18hrs e eu tenho de ir pra faculdade! =[


Beijão Lola!

aiaiai disse...

Oi Lola,

sem tempo para ler seu post de hoje (e menos tempo ainda para ir ao cinema)...só entrei para sugerir que vc dê uma olhada no blog do Leandro Fortes, o post de hoje é sobre homofobia no brasil...como o público dele parece que é todo de heteros sem noção, a coisa está feia nos comentários. Mas o post é forte e corajoso.
http://brasiliaeuvi.wordpress.com/2009/10/13/os-novos-negros/

Romanzeira disse...

Ah, não vou ler, pq quero ver. Depois volto aqui!

Star disse...

Lola acho vc muitoooooo seria em varias coisas, as vezes nao consigo ver a profundidade das coisas q vc fala e penso q um cachimbo eh so um cachimbo (sugiro inclusive q vc escreva um post sobre as fotos da modelo branca pintada de negro na Vogue).
Porem, adoro suas criticas de cinema e geralmente vc ve o filme com os melhos olhos q eu vejo, engracado ne?! Fiquei P da vida pq todo mundo q eu conheco AMOU hangover e vc detonou o filme!!! Dai eu sabia q eu nao ia gostar, pois nao conseguiria assistir sem os olhos criticos.
Enfim, vou me arrumar e ir ver BI, nao gosto de cinema fim de semana, muito aborrecente around...

Unknown disse...

Lola, nada a ver com o post, mas achei essa propaganda interessante:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/album/091013cigarro_album.jhtm#fotoNav=2
faz parte de uma mostra que tá rolando em SP

Anônimo disse...
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Bárbara disse...

Desculpe, super off topic, mas quando eu abri o YouTube hoje, vi um vídeo intitulado "Maitê Proença Satiriza (Xinga) os Portugueses" (http://www.youtube.com/watch?v=KJs_tsKnGoM). Então decidi ver o vídeo e logo de cara percebi que o que a Maitê falou no vídeo era extremamente fútil e preconceituoso. Mas ao ler os comentários, a situação piorou mais ainda. Eu sempre odiei piadas preconceituosas, seja qual for o tipo de preconceito (e piada de português não deixa de ser exceção nisso).
Há até alguns brasileiros com observações e piadas toscas, mas o pior é ver os comentários dos portugueses sobre ela. A maioria xinga ela, xinga a mãe, diz que vai espancá-la da próxima vez que for a Portugal, insulta todas as brasileiras e são justamente os posts mais preconceituosos que estão melhor avaliados.
Pô, eu já estou cansada de ouvir comentários chocantes de brasileiras que são super mal-tratadas quando vão para o exterior, e Portugal é um dos países que lideram esse preconceito, já que, como se pode ver nos comentários do vídeo, brasileira é tudo puta.
Eu sempre quis conhecer Portugal, no entanto parece que esse sonho só vai se realizar quando eu aprender a falar com sotaque português, pra poder passar "despercebida".

Bárbara disse...

Opa, parece que retiraram os comentários do vídeo, mas acho que já se pode ter uma ideia de como eles eram.

lola aronovich disse...

Ah vai, Somnia, escreve suas observações sobre o filme no seu blog! Mas como assim, não tinha legenda? O filme é falado em 4 línguas! Os suecos esperam que todo mundo que vai ao cinema na Suécia saiba inglês, francês, alemão e italiano? Ou tava dublado em sueco?


Victor, então, os closes são bem de cinema europeu mesmo. Parece que, na época de Taxi Driver, o Scorsese incluiu um close de um comprimido dissolvendo num copo, ou algo assim. E foi o maior auê. Os produtores acharam aquilo muito esquisito, e ele tinha tirado de filmes europeus. No Bastardos têm close que chama demais atenção pra si mesmo! Principalmente o do chantilly e do strudel. Mas também não entendi a simbologia daquilo tudo. (Spoilers:) O nazista pede leite pra ela, e vem todos aqueles closes de chantilly, porque ele sabe quem é ela?

lola aronovich disse...

Renan, que fofinho! Gostei de ler o seu depoimento sobre como vc descobriu o Tarantino e se tornou cinéfilo. Isso que vc fala de proibirem a entrada para menores de 18 anos é algo tão longe da minha realidade que eu sempre me esqueço. Esqueço que é um privilégio não ter que provar idade pra poder fazer alguma coisa. É uma droga isso, né, de classificação? Entendo que ela exista, lógico, mas acho que deve servir apenas de base, de guia, de sugestão, não cumprido exatamente como tá. Ainda mais se vc tá acompanhado dos pais ou irmã mais velha, deveria poder entrar pra ver um filme de 18 anos, ué.
E sobre Sweeney Todd, já faz vários meses que não vejo o filme. Preciso revê-lo urgentemente. Adoro.


Aiaiai, uma leitora recomendou o post do Leandro ontem, e eu deixei um comentário lá. Putz, os comentários que tem lá são de lascar, hein? Eu tenho TANTO orgulho da inteligência das minhas leitoras(es)! Porque eu leio comentários por aí, e cruzes...

lola aronovich disse...

Carla, interesssante esse anúncio. A ideia é a mesma nos dias de hoje. Vou tentar aproveitar o anúncio em algum post sobre isso.


Barbara, desde ontem ou anteontem, quando vi um post da Denise sobre esse vexame da Maitê, estou querendo dar o meu pitaco. Mas a Denise já tá fazendo isso, e muito bem, e tem montes de comentários no post dela, e acabei ficando sem vontade. Além do mais, o vídeo da Maitê é de 2007! Foi inclusive exibido na época. Não sei por que tá tendo toda essa repercussão só agora. Acho incrível que um vídeo de, sei lá, 5 minutos, possa causar tanta briga entre portugueses e brasileiros (e acho incrível como, num vídeo de 5 minutos, haja tantos ERROS! Não tô falando nem da grosseria absurda da Maitê cuspir na fonte, mas de erros mesmo, como dizer que o Salazar foi ditador durante 20 anos, quando foi quase o dobro. Não dava pra checar não?). Eu escrevi sobre essa rixa num post do ano passado. Os comentários são sempre muito parecidos, só muda o que gera esses comentários. Ô amizade frágil essa que temos com os portugueses, hein?

lola aronovich disse...

Ops, esqueci...
Mônica, fala pro carinha berrando aí do seu lado “Fala pra Lola que o Waltz é austríaco!” que eu SEI que ele é austríaco. Mas acho que no filme o Chris faz um nazista austríaco, não faz? Ele não diz que tiraram ele da Áustria pra caçar judeus? Então “ator austríaco fazendo papel de austríaco” se engloba na categoria “e por aí vai”. Eu não disse que ele era alemão!


Super obrigada a todos que comentaram. Pelo jeito, quem viu o filme gostou muito. E quem não viu tá louco pra ver, a menos que essa pessoa atenda pelo nome de Giovanni. (Ô, Gio, nem que vc fosse fã do Taranta vc iria ver o filme! Vc e a Cris estão na fase em que só dá pra ir ao cinema ver desenho animado, vai!).

Patty Martins disse...

Amei de paixão o filme, tô louca pra ver de novo. Pra mim o melhor filme do ano, até agora.

Emanuella disse...

lolinha!
tb amei o filme!eu como fã incondicional do Taranta delirei ao ver aquela explosão de genialidade do nosso cinéfilo preferido!concordo com quase td que vc disse no post e eu também quase em desmancho de rir naquela cena que eles se passam por italianos!viva o Motherfucker Taranta one more time!mas e vc ?já tem previsão de qnd vem estreiar os cinemas aqui em Fortaleza?bjauuuuuu
Manu

Anônimo disse...

Mandei em seu blog o link falando a respeito do ENORME descaso e ignorância com a qual esse governo Lula/Dilma vem tratando o meio ambiente e vc apagou. Pois fique sabendo que vou mandar quantas vezes for necessário. Toda a vez que vc apagar irei copiar e colar novamente. Deixe o fanatismo de lado e evolua, Lola!

Anônimo disse...
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Somnia Carvalho disse...

ojojoj Lolita! assim nao da! voce ate me deixou confusa! sabe que eu nem lembro mais? haha... verdade, o filme tava legendado em sueco, entao imagina que era tranquilissimo eu entender alemao dublado em sueco? hehe... com frances e ingles tranquilo, mas com alemao que e grande parte do filme foi na base do contextao entendeuuuu fofa?

Snorks disse...

bacana o seu texto lola, estou curioso pra ler o restante na sexta. e de fato, o Waltz faz um nazi austríaco, ele fala isso mais de uma vez no decorrer do filme. não sabia que a diane kruger era alemã... mas o cara que faz o tenente inglês que fala alemão bizarro é... alemão! deve ser o john malkovich da alemanha haha

me surpreendi em ter adorado o filme. quando soube que o tarantino ia fazer um filme ambientado na 2ª guerra foi uma decepção, tipo "até você meu?". Mas aí é que tá uma das coisas geniais do filme: ele fez um filme sobre a 2ª guerra que é um anti-filme da 2ª guerra. como não gostar?
beijo

Snorks disse...

ah... e eu fui pro imdb pra confirmar e nem lá eles dão 100% de certeza, mas desconfiam que quem faz o comandante da oss do final do filme é mesmo o Harvey Keitel. Pela voz e por ser um filme do Tarantino deve ser ele mesmo...

Snorks disse...

idem para o narrador ser o Samuel L. Jackson

lola aronovich disse...

Anônimo, vc não vai pautar o meu blog não. Colocar um artigo inteiro sobre um assunto que não tem absolutamente nada a ver com o post na caixa de comentários não é legal, e não vou permitir. Se quiser deixar um comentário e um link pro artigo, até vai. Mas reproduzir o artigo inteiro, dá um tempo. E ainda por cima vindo de uma pessoa que não tem coragem de assinar o próprio nome me manda evoluir...


Manu, sem previsão ainda de quando vou estrear os cinemas daí de Fortaleza! Assim que eu tiver alguma notícia eu aviso, lógico. Até agora, meu nome saiu no Diário Oficial como aprovada no concurso... e foi só. Chuif.

lola aronovich disse...

Snorks, então, o Michael Fassbender, que faz o crítico de cinema que vira espião, é tão alemão quanto eu sou argentina. Ele nasceu na Alemanha, mas foi criado na Irlanda. A mãe dele é irlandesa, o pai é alemão, essas coisas.
Sobre a 2a Guerra, eu tb não tinha grande interesse em ver mais um filme sobre isso, mas imaginava que do Taranta não ia sair uma coisa muito convencional. Mas ele superou minhas expectativas tb!


Putz, Somnia, alemão com legenda em sueco... Ah, outro dia li uma coisa no imdb. No fórum sobre o Daniel Bruhl, alguma fã escreveu que ele é “hot” por saber falar 4 línguas fluentemente. E outra pessoa escreveu que, lá na Suécia, um monte de gente fala sueco, norueguês ou finlandês, inglês, e alemão ou francês e ninguém é considerado “hot” por isso. Mas, do ponto de vista de um país monoglota, deve ser hotíssimo.

Oliveira disse...

Lola:

Graças a uns comentários desabonadores sobre Bastados Inglórios, eu estava desanimado para ir assistir. Seu comentário me reanimou completamente.

Como já dizia um antigo desafeto seu "Lola, seu grande talento é escrever sobre cinema"; e eu concordo.

Espero que você não veja nisso, também, uma ofensa

Giovani disse...

Lola, fiz um comentário num post antiiiigo, no das Menções Honrosas dos anos 90, e gostaria que você respondesse, quando tiver um tempinho. Ah, só pra contsr, não sou fã do estilo do Tarantino. Tudo bem, entendo quem goste e tal, mas não é pra mim. Fico com Almodóvar. Abraço!

Mica disse...

Estou querendo assistir este filme há séculos e nunca chegava. Agora que chegou, não consegui ir ao cinema ainda :-(
Não lerei a crítica antes de assistir, o que, se Deus quiser, será neste final de semana. Depois eu volto correndo para ler sua opinião. Estou louca de curiosidade.

DH disse...

Oh Deus, por que minha cidade não tem cinema?
:(

S. disse...

Eu gostei muito de BI, achei o filme muito bom mas meio que ficou faltando alguma coisa... Nao sei bem porque, talvez seja uma questao de assistir novamente como voce fez, Lola.

Barbara: se voce puder, nao deixe de visitar Portugal, e' uma viagem que vale muito a pena. Sei que agora esta' esse bafafa' e tenho nocao de que os portugueses tem uma relacao meio que de amor e odio com a gente (e com todo mundo que sai de Portugal, pelo que vejo na minha familia em geral). Mas fui muito bem tratada por la', vi de perto tanta beleza, cultura e historia que e' parte da nossa historia tambem... Tenho vontade de ir novamente para conhecer mais! (nao estava la' a turismo, fui acompanhar os meus avos que tiraram um mes para arrumar certas documentacoes e visitar a familia, so' consegui circular pelo pais por uma semana na pratica). Sei que nao estou sozinha em recomendar essa viagem, nao deixe de ir por causa de um incidente tosco desses.

Vitor Ferreira disse...

Eu vi no cinema, e gostei pero no mucho Lola. Na próxima parte eu coloco a minha opinião, mas já coloquei tudo no meu blog também.

Bárbara Reis disse...

Nossa, eu CHOQUEI com o comentário do Oliveira. HAHAHAHA...

Finalmente!

Rodrigo Mendes disse...

Simplesmente, sou fã de Tarantino e BI é sua obra prima sim. Esperando pra ver se Django mude isso.

Abs.
Rodrigo