Embora eu tenha algumas restrições a respeito do post que noticiou todo esse escândalo na Uniban, fico feliz que um blog tenha pautado a grande mídia, porque é muito mais comum o oposto. Demorou (o caso aconteceu no dia 22 de outubro), mas os jornais finalmente foram atrás. A melhor reportagem, a que parece mais detalhada e completa, é esta da Folha, que explica bem o que aconteceu. A moça que foi publicamente humilhada deu várias entrevistas, a mais longa sendo pra este site. E já pipocaram também fotos do vestido da discórdia, que, por favor, é um vestido curto, mas jura que ninguém nunca viu pernas de fora antes? (ontem ela apareceu no Geraldo Brasil, com rosto e nome). Os moralistas continuam argumentando que esses não são trajes para se usar num local de ensino, um templo da sabedoria como é uma universidade (e onde se veem cenas de turba), mas a moça diz que iria se encontrar com o namorado para ir a uma festa após a aula, e já estava vestida a caráter. Mas lógico que, se alguém tivesse se sentido incomodado com o tamanho do vestido da aluna, era só reclamar com a faculdade, que talvez pudesse pedir-lhe para, da próxima vez, usar algo mais longo (e convenhamos, mesmo essa atitude já seria estúpida).
A Uniban parece ter agido da pior forma possível. Não só não conteve o distúrbio, como mandou seguranças à sala onde estava a moça. E a primeira medida dos seguranças foi... reclamar do vestido?! Sério isso? E agora a universidade tenta desesperadamente retirar todos os vídeos do YouTube. Vamos ver o que ela faz com os seguranças e com quem iniciou a bagunça. Não quero que ninguém seja torturado ou mesmo despedido ou expulso, mas seria útil se várias palestras fossem dadas a todos os alunos e funcionários sobre machismo, homofobia, e o perigoso comportamento das turbas. Se a faculdade interrompesse por algumas horas sua grade de “preparar pro mercado de trabalho” e abrisse espaço para discussões em cada turma sobre o que aconteceu. Inclusive, sobre a imagem da universidade. Sabe, usar um ambiente universitário pra se ensinar alguma coisa? É pedir demais?
Assim que a notícia chegou aos grandes jornais, apareceram também os comentaristas dos grandes jornais. Que em muitos sentidos não são diferentes de comentaristas de blogs (não os deste blog, que realmente tem sorte com os comentários que recebe). Não resisto e preciso registrar aqui os comentários de leitores do Estadão, que aproveitam qualquer episódio (acidente de avião, marido que mata mulher etc) pra expressar sua indignação com os rumos deste país—leia-se, o governo Lula. Esse é o fio condutor por trás desses comentários. Mas outra constante é a tentativa de livrar a cara, no melhor estilo “É, o Brasil vai mal e essa é a cara do Brasil, mas o Brasil não somos nós!”. Eu coloco alguns comentários em itálico, tudo sic, e comento em seguida.
- “Ela perdeu a dignidade no momento em que se vestiu de mini-saia”. Ouviram, mulheres? Todas nós que já usamos minissaia em algum momento da vida perdemos a dignidade. Nossa honra se foi e não volta mais. Notem também como isso exclui os homens, já que homem não usa minissaia. Só os travestis, que obviamente não têm dignidade, segundo esse pessoal.
- “Eu acho essa atitude de reprimir esse tipo de vestimentas só pode vim de homossexuais, que não gostam do outro sexo. O certo era apoia essa garota, e as outras também usa esse tipo de roupa, por que elas são mais sensuais e bem vinda para os heterossexais.” Essa é uma forma ideal pra não sentir culpa: homem hétero não faz nada de errado! Todos que xingaram a moça eram ou mulheres ou gays. E que é isso de gay não gostar de mulher? Não querer transar conosco é sinônimo de não gostar da gente? Putz, pra alguns homens héteros, é. E meninas, vamos todas usar roupas curtas porque os homens aprovam, e vivemos em função deles. Quer dizer, pelo jeito nem todos os homens aprovam, né? Assim a gente fica confusa.
- “Só tem bruaca e boiola na Uniban.” Misoginia e homofobia caminhando juntos mais uma vez. As mulheres que abrem a boca para reclamar de qualquer coisa são barangas e mal-amadas. Os homens, todos gays. Os homens héteros são meros observadores desses dois grupos bárbaros! E é bem desse jeito que vamos combater o preconceito: ofendendo todo mundo.
- “É o que dá estudar na UNIBAN. Lá é quase uma escola pública de periferia. E o pessoal (Não todos! Que fique bem claro isso. Mas é a maioria.) se comporta de acordo com o meio em que está acostumado a viver.” Não, este não é um comentário elitista, imagina. Só diz que quem é pobre se comporta como animal. Mas não todos, que fique claro!
- “Vêm pra Brasília loirinha. Aqui tem muita faculdade de turismo. Aqui as gatas andam roupa curta e todo mundo gosta! A água é limpa e o céu é lindo! haha. E vocês, UNIBAMBIS, se não gostam de mulher... manda pra gente! Faculdade de Frouxos! Aqui nós temos respeito pelas mulheres e sabemos como agradá-las!” Dá pra imaginar o respeito que eles têm pelas mulheres... Deve ser o mesmo que têm por outras minorias, como os gays.
- “É fácil observar na vida que ninguém toma pedrada sem merecimento. [...] Uma pessoa de 20 anos que sairia da Faculdade trajada com mini-vestido para ir a uma festa após as 0:00, com certeza não é COITADA. SABEMOS MUITO BEM O QUE ROLA NESSAS FESTAS!” Ahá! Esse sabe tudo! O que será que rola nessas festas?! Sexo, drogas, orgias, música alta, ambiente esfumaçado? Como pode uma menina de 20 anos querer ir a uma festa?! Onde esse mundo vai parar, meu deus?
Leia mais sobre o caso aqui.
Assim que a notícia chegou aos grandes jornais, apareceram também os comentaristas dos grandes jornais. Que em muitos sentidos não são diferentes de comentaristas de blogs (não os deste blog, que realmente tem sorte com os comentários que recebe). Não resisto e preciso registrar aqui os comentários de leitores do Estadão, que aproveitam qualquer episódio (acidente de avião, marido que mata mulher etc) pra expressar sua indignação com os rumos deste país—leia-se, o governo Lula. Esse é o fio condutor por trás desses comentários. Mas outra constante é a tentativa de livrar a cara, no melhor estilo “É, o Brasil vai mal e essa é a cara do Brasil, mas o Brasil não somos nós!”. Eu coloco alguns comentários em itálico, tudo sic, e comento em seguida.
- “Ela perdeu a dignidade no momento em que se vestiu de mini-saia”. Ouviram, mulheres? Todas nós que já usamos minissaia em algum momento da vida perdemos a dignidade. Nossa honra se foi e não volta mais. Notem também como isso exclui os homens, já que homem não usa minissaia. Só os travestis, que obviamente não têm dignidade, segundo esse pessoal.
- “Eu acho essa atitude de reprimir esse tipo de vestimentas só pode vim de homossexuais, que não gostam do outro sexo. O certo era apoia essa garota, e as outras também usa esse tipo de roupa, por que elas são mais sensuais e bem vinda para os heterossexais.” Essa é uma forma ideal pra não sentir culpa: homem hétero não faz nada de errado! Todos que xingaram a moça eram ou mulheres ou gays. E que é isso de gay não gostar de mulher? Não querer transar conosco é sinônimo de não gostar da gente? Putz, pra alguns homens héteros, é. E meninas, vamos todas usar roupas curtas porque os homens aprovam, e vivemos em função deles. Quer dizer, pelo jeito nem todos os homens aprovam, né? Assim a gente fica confusa.
- “Só tem bruaca e boiola na Uniban.” Misoginia e homofobia caminhando juntos mais uma vez. As mulheres que abrem a boca para reclamar de qualquer coisa são barangas e mal-amadas. Os homens, todos gays. Os homens héteros são meros observadores desses dois grupos bárbaros! E é bem desse jeito que vamos combater o preconceito: ofendendo todo mundo.
- “É o que dá estudar na UNIBAN. Lá é quase uma escola pública de periferia. E o pessoal (Não todos! Que fique bem claro isso. Mas é a maioria.) se comporta de acordo com o meio em que está acostumado a viver.” Não, este não é um comentário elitista, imagina. Só diz que quem é pobre se comporta como animal. Mas não todos, que fique claro!
- “Vêm pra Brasília loirinha. Aqui tem muita faculdade de turismo. Aqui as gatas andam roupa curta e todo mundo gosta! A água é limpa e o céu é lindo! haha. E vocês, UNIBAMBIS, se não gostam de mulher... manda pra gente! Faculdade de Frouxos! Aqui nós temos respeito pelas mulheres e sabemos como agradá-las!” Dá pra imaginar o respeito que eles têm pelas mulheres... Deve ser o mesmo que têm por outras minorias, como os gays.
- “É fácil observar na vida que ninguém toma pedrada sem merecimento. [...] Uma pessoa de 20 anos que sairia da Faculdade trajada com mini-vestido para ir a uma festa após as 0:00, com certeza não é COITADA. SABEMOS MUITO BEM O QUE ROLA NESSAS FESTAS!” Ahá! Esse sabe tudo! O que será que rola nessas festas?! Sexo, drogas, orgias, música alta, ambiente esfumaçado? Como pode uma menina de 20 anos querer ir a uma festa?! Onde esse mundo vai parar, meu deus?
Leia mais sobre o caso aqui.
35 comentários:
Eu discuti com a minha melhor amiga por causa desse caso. Debati na verdade, mas me irritei. Como eu disse a faculdade é do lado de caso, e o namorado da minha amiga estuda lá... e ela disse: - A menina é uma vaca mesmo, mereceu.
Ai eu falei um monte... que a menina podia ir pelada, e vamos combinar que ela nem tava vulgar, achei até bonito o vestido dela, se não fosse rosa, eu usaria. xD HAHAHA...
E como já causou a discordia essa história, não vou mais discutir.
E só pra constar, esse final de semana começou uma nova Rave, na Uniban, que dá pra ouvir daqui de casa, e que acaba só na segunda. '¬¬
Beijão, Lola
Fico triste e indignada com a tamanha hipocrisia dessas pessoas.
Bom, agora eu acabei de ver o programa Geraldo Brasil inteiro, no YouTube. E pelo jeito o vestido é vermelho, não rosa (nas fotos aparece rosa, mas na TV aparece vermelho, e não há dúvida, é vermelho). A moça, que se chama Geyse, está bem segura, e contou tudo que aconteceu. Só não gostei que tem um "vibe" no programa de culpar as mulheres. Quando ela está saindo, escoltada pela polícia, o coro de "puta" é masculino. Não estou dizendo que as mulheres não participaram. Foi uma histeria coletiva. Mas não dá pra dizer que as mulheres causaram tudo. Pelo jeito, tudo começou na rampa. Depois, quando ela foi ao banheiro, umas 15 a 20 alunas entraram lá, mas, segundo Geyse, só ficaram olhando. Uma "senhora" perguntou se queria usar a calça dela. Enquanto isso, rapazes se aglomeraram do lado de fora do banheiro. E todas as amigas da Geyse ficaram do lado dela, se comportaram melhor que a faculdade, os seguranças e, lógico, a turba. Enfim, é realmente impressionante que isso tudo tenha acontecido por causa de um vestido. Quer dizer, pra algumas pessoas entediadas, qualquer motivo é pretexto pra começar uma confusão que vai tirá-las da rotina. Mas eu gostaria que essas pessoas que fizeram esse tumulto todo refletissem sobre o que fizeram. E que gente como a sua amiga, Barbara, pensasse bem sobre o que está dizendo. Tipo: por que a menina é uma vaca? O que significa "ser uma vaca"? É usar roupa curta? É fazer sexo? Pega muito mal pra uma moça como a sua amiga usar uma palavra dessas, porque não é uma ofensa individual. É uma ofensa que praticamente toda mulher já ouviu na vida, por qualquer motivo. E é uma ofensa que serve pra manter o status quo e um padrão duplo de sexualidade. Outra coisa chocante da opinião da sua amiga é "mereceu". Como assim, "mereceu"? Alguém merece ser humilhada(o) em público desse jeito?
É uma boa oportunidade pra gente refletir.
esse comentário comum em vários cantos de que eram os gays que tavam ali, agredindo a mulher me lembrou outro: aquele que diz que a homofobia é culpa dos gays enrustidos, que ficam no armário, e que sáo eles os maiores responsáveis pela violência contra os gays(!).
isso é o que eu chamo de saber argumentar.
Lola, que fato lastimável. Lembrei do filme "Acusados", com Jodie Foster. Fico pensando, e isso me deixa mais triste, que muitos desses homens que a xingaram e ameaçaram são irmãos, maridos, namorados, filhos de alguma mulher. E veja que aqueles que deveriam protegê-la (um segurança, ao que parece) tratou de fazer julgamento moral. Polícia, segurança, não tem que julgar, tem que proteger. Mais uma vez, a culpa pelo esturpo (no caso, moral) é da própria vítima. Assim como a culpa pela escravidão e pelo racismo é dos negros, como querem alguns. Vejam que o padrão é o mesmo. Estou chegando à conclusão de que o homem hétero branco ocidental nada mais é que um menino mimado e supersticioso, que não assume seus erros e culpas. A mulher continua a ser "a tentadora". Esse mesmo homem continua a sentir-se vítima desse ente quase sobrenatural, a mulher, que teria poderes de levá-lo a cometer os atos mais abomináveis. Que triste essa história. Sandra
Eu gosto de ser mulher e arco com as consequências de carregar tal fardo. Digo que é um fardo porque ainda somos obrigadas a conviver com esse tipo de atitude e de mentalidade.
Mas continuo firme e não vou me submeter ao que a maioria machista pensa que é o comportamento correto a seguir.
Tenho fé de que minhas filhas viverão com mais liberdade e não se sentirão tolhidas pelo simples fato de ser do sexo NADA frágil.
Antes de frequentar este blog, não conseguia perceber sinais de machismo e misoginia.
Agradeço a você por abrir meus olhos, com uma leitura agradável, inteligente e, sobretudo, fartamente embasada.
A intrevista é importante p/mostrar que ela é uma mulher equilibrada e segura.
Não esta aceitando a "culpa" que tentaram empurrar sobre ela nem esquecendo do seu direito de ir a faculdade e exigir justiça contra os difamadores.
Provavelmente ela vai ser ainda mais ofendida por isso, mas talvez alguem pare e pense muito no que aconteceu.
Minha esperança é que isso sirva de reflexão sobre machismo, preconceitom, sobre a cultura de estupro em que vivemos, ao menos individual, ja que a faculdade parece não querer tomar a dianteria.
É lastimavel ver essa situação numa faculdade, onde os estudantes deveriam ter uma mente mais adulta e se portam como seres irracionais...
É bem dificil a situação dessa universitária nem podendo ir a aula, só por causa de uma simples roupa que não significa NADA.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk,
desculpa a gargalhada, mas é que hoje você se superou. Sempre gosto dos seus comentários, mas hoje estão prá lá de ótimos!!!! Valeu!
Estava esperando ver a tal da saia pra me manifestar, e como eu imaginava não é nada demais mesmo, vestido normal, do tipo q anda na moda e q muita gente já deve ter usado pra ir pra faculdade mesmo.Então estou achando q já havia alguma implicância qualquer com esta pessoa, e aproveitaram o vestido pra atacar... Não deixa de ser significativo que tenham usado este argumento e também o fato de que aqueles que começaram foram seguidos tão rapidamente pelos demais. Aí é realmente o caso de se pensar se não se espera um pouco mais de reflexão num ambiente universitário.A história toda me deixou pasma, mas tomara q saibam aproveitá-la pelo menos pra gerar alguma reflexão neste ambiente...
Lola, eu acho que o que aconteceu foi antipatia coletiva. Eu vi os videos. A menina é bonita e articulada. Não acho que tenha sido machismo, burrice, inveja, essas coisas. Acho que de alguma forma ela já incomodava. Não pelo vestido. Alguma outra coisa antes disso.
Não justifica o comportamento. A resposta dada pelos desafetos foi sem comentários.
Não gostei. Nao concordo. Acho um absurdo o que fizeram. Vi ali um bando de gente sem perspectiva. Sem nada. abcs.
Que história horrorosa, coitada da menina!
Bjs,
Anália
Lolíssima, eu nunca tinha assistido o programa do Geraldo, mas qual foi minha surpresa quando vi a garota. Que vai de encontro de que era uma “baranga” e queria apenas aparecer. Ainda passou pela minha cabeça que o vestido podia na ser inadequado para o ambiente, (em que nada justifica o comportamento), sinceramente me deixou sem entender o comportamento desse “povinho”, ela estava lindíssima e nada de tão chocante. Talvez Lola, sem ofender, o conteúdo programática da faculdade seja ruim, a ponto de um vestido desviar a atenção de todo um grupo, ou quem sabe é uma faculdade de um curso único – “moda”, e as “altas costuras” se sentiram ofendidos com o modelito. Sem ofensas aos demais, infelizmente, que pena!
* Uma anônima disse:"Fico pensando, e isso me deixa mais triste, que muitos desses homens que a xingaram e ameaçaram são irmãos, maridos, namorados, filhos de alguma mulher -Sandra"
É uma pena tudo isso!!
Beijos Lolíssima, bom sábado.
(Num posso desejar bom feriadão, porque meu vício é vir aqui todo dia)
Pois é, eu expus tudo isso... que ninguem paga as contas da moça, e ela pode ser o que ela quiser. Se ela quiser, e acredito que as pessoas são o que elas acreditam ser... e não o que dizem sobre ela. Eu qustionei minha amiga, se eu quisesse ficar com uma pessoa diferente por dia eu seria uma vaca pra você?
Ela disse: - É diferente amiga, ninguem saberia.
'¬¬
Bom, é minha melhor amiga, eu a amo como uma irmã, mas infelizmente ela vive no mundinho hetero cor-de-rosa dela, em que a pior coisa que pode acontecer é o namorado troca-la por uma 'vaca'; Logo, eu desisto de discutir sobre isso.
E sim, Lolinha, debati sobre o machismo. Fiz um discurso feminista, e nem assim consegui faze-la enxergar.
Só lamento.
Beijão
Nada a ver com o assunto: Acabei de assistir um filme chamado Eclipse, com Kathy Bates e a achei muitissimo parecida com você. HAHAHA... :D
E o filme é bom! Uma trama muito interessante! Pena que só me toquei de pegar os dados do filme agora que acabou. Mas se eu achar algum link, eu te mando.
Beijão!
Voltei,... vc precisava ver os comentários do programa do ratinho sbt.(ontem)
..nojo!
Não, não, Barbara! Ontem vc veio aqui elogiar baratas, e hoje vc vem dizer que eu sou a cara da Kathy Bates em Eclipse?! Eu adoro a Kathy, mas em Eclipse ela não faz uma vilã esquizofrênica? Não lembro do filme, só vi uma vez, mas espero que a semelhança seja pelo nome, já que ela se chama Dolores... Tsc tsc tsc.
Albinha, eu gosto de pessoas viciadas que comparecem aqui no bloguinho todos os dias. Me diga quais foram os comentários no programa do Ratinho, por favor. Linhas gerais.
Isso é tão mais comum do que aparenta... E muitas pessoas entram no coro só pela bagunça, porque qualquer coisa é um bom motivo pra sair da rotina...
E depois essas mesmas pessoas ficam horrorizadas pela situação que algumas mulçumanas passam...
Sheila
Lolinha,
Quero comentar uma frase do seu comentário: "Mas eu gostaria que essas pessoas que fizeram esse tumulto todo refletissem sobre o que fizeram."
Pois bem, após essa "reflexão" um ou outro vai pensar "é, acho que exageramos", mas a grande maioria vai continuar pensando do mesmo jeito. E acaba ficando tudo por isso mesmo!
O que tem que acontecer é esse pessoal tomar um corretivo, para da próxima vez "refletir" antes de agir. E a minha idéia de corretivo continua a mesma: "tapas na oreia" de meia dúzia de exaltados pra servir de exemplo.
Lolissima,
os comentários foram os piores,.. que ela tivesse vergonha, que ali não era lugar pra aquele tipo de roupa, era roupa pra fazer programa, e isto com palavras bem pejorativas,... chegou a elogiar o comportamento do grupo da universidade. Sem contar que a forma que ele se expressa, violenta e forte é um incentivo.
Bom domingo minha pessoa querida.
Lola,
Há algum tempo seu blog virou leitura obrigatória apesar de nunca ter deixado comentários.
Resolvi compartilhar o que aconteceu na minha auto escola essa semana.
Colocaram vários cartazes lá avisando que é probido assistir aulas com roupas de banho, biquinis, mini saias (moro numa cidade de praia e a auto escola é bem próxima,uns 10 minutos do mar).
E logo na semana da história da Geyse, da Uniban.
E no mesmo dia, durante a aula o instrutor fez piadas sobre gays, e eu e uma amiga ficamos super constrangidas por saber que tinha um rapaz homossexual na turma.
Essas coisas me deixam super chateadas sabe. Mas acho que já sou considerada a "chata" por reclamar, comentar esses assuntos.
Eu trabalho com muitos homens e já assisti cenas semelhantes de vários homens totalmente incontroláveis apenas por verem meninas vestidas com saias rodadas (eram dançarinas de forró) se apresentarem.
Na época preciso admitir que meu discurso foi semelhante a da amiga da Bárbara.
Hoje, anos depois, experiências pessoais depois, começo a entender que o problema é bem mais complexo do que apenas culpar as mulheres, gays, negros, etc.
Seu textos me ajudam a entender isso a cada dia.
Beijo!
Velha frase "nossa liberdade começa onda a do outro termina". Não posso defender a liberdade dela ir de vestido super curta p/faculdade, afinal isso é motivo de escândalo para vários. Certamente ali não é o lugar que se espera tais roupas, mas entendo, quem nunca precisou ir arrumada direto de um lugar para o outro?
Agora o coro de "puta" no corredor? PM?? Inacreditável o nível que essa história chegou.
Lola, gosto no seu texto especialmente das críticas aos comentários dos leitores nos sites de jornais. Realmente é frustante ver que eles não são construtivos ou para debate. Em geral, funcionam para fazer piadas de mal gosto, detonar alguém ou realmente de algo fora de contexto
Oi Lola,
Muito ja foi dito sobre o que aconteceu com a Geisy, mas continuo chocada com a arbitrariedade / dinamica de grupo e com a mentalidade dos agressores.
A Geisy diz que ja assistiu aula na Unibam com o mesmo vestido em outras ocasioes. O que aconteceu desta vez para levar todo um grupo de alunos a partir para a agressao fisica? Onde estavam os professores?
Isso me lembra um caso que presenciei sobre comportamento em grupo. Eu e o meu marido estavamos dentro de um aviao, esperando a decolagem, quando ocorreu uma pane total e o aviao ficou um breu. Depois de alguns segundos, quando a luz voltou e os passageiros se deram conta de que tinha ocorrido uma pane eletrica seria, dois casais que estavam viajando juntos queriam sair do aviao. Alem disso, comecaram a instigar outros passageiros.
A grande maioria dos outros passageiros se manteve calma, e preferiu aguardar mais informacoes, ou pelo menos um anuncio do piloto. Apenas mais uns 3 ou 4 passageiros se "rebelaram", mas foram acalmados pelos comissarios(as). No final ninguem saiu do aviao, e todos chegamos no nosso destino. Mas se nao houvesse uma massa critica por parte da maioria dos passageiros e um direcionamento rapido dos comissarios, talvez eu tivesse presenciado um motim, iniciado por 4 pessoas em um grupo de mais de 200.
A outra parte chocante tem a ver com a mentalidade. Nao so a mentalidade machista, mas acho que principalmente a mentalidade de "se eu nao faria "X", "X" esta errado e deve ser punido". Obviamente existem acoes certas e erradas, a grande maioria regidas por leis.
Mas e no dia a dia que o bicho pega. Eu mesma me policio. Por exemplo, nao e porque eu nao usaria um vestido como o que a Geisy usou que o fato dela usar esta errado ou me da o direito de condena-la. Eu acho esse tipo de mentalidade muito serio, e passa pela questao da elite e dos privilegios. Exemplo tipico: "se eu nao me sinto atraida por pessoas do mesmo sexo, isto esta errado". Mas enquanto a grande maioria das pessoas pensar assim, acho que casos como o da Uniban podem continuar a existir.
Gostei do que os alunos da UNIBAN fizeram, sinceramente. Há de se preservar a dignidade. Homens e mulheres devem vestir-se dignamente.
Para não dizerem que sou machista e unilateral, eu acho ERRADO homens usarem bermuda. Por uma questão de coerência, também considero errado mulher com uma saia dessas.
Sou a favor da saia até o joelho para mulheres e boné (chapéu moderno) para homens. Saudades dos tempos que os homens vestiam terno e chapéu, e as mulheres eram lindas com seus vestidos... ah... não vivi essa época, mas ela um dia pode voltar.
Esse assunto me deixou tão indignada que não consegui nem escrever. Neste blog http://www.politikaetc.info/ encontrei um post muito interessante, que tem a ver com aquilo que a gente lê em Naomi Woolf. Também gostei do que escreveu, Lola.
agora não consigo pensar em nenhuma roupa que eu queira usar que não seja curta.
Todos aqui só falam, falam, mas ninguém diz nada.
Primeiramente, é certo que nada justificaria uma atitude que os jovens tiveram, não concordo com a atitude deles, mas tem um porém...
O vestido que ela usava é do tipo que sobe ao se dobrar o braço, resumindo, não é o que parece, tanto que o nome do vestido é "engana papai".
Outra coisa, na entrevista feita pela moça a rede record, ela mesma falou que ao sair na rua adora ser "cantada" e se ninguém mexer com ela, ela volta para casa e troca de roupa. São palavras dela. Vendo por esse lado, se torna um tanto como comum pensar que a menina não foi pela primeira vez desse jeito para a universidade.
Muitos falam que os universitários não era muito intelectuais, acho o contrário, eles preservaram a moral e a dignidade dentro do ambiente deles, não permitindo que roupas não "normais", para não dizer outra coisa, fosse permitido naquele ambiente. Só acho que eles abordaram de forma errada. O certo, acredito eu, era alguém falar com a reitoria sobre o caso, e ela fosse aconselhada a trocar de roupa ou algo do tipo, não só por respeito a ela mesma, mas por respeito aos outros!
A UNE falou que isso é machismo e que as mulheres não querem ser tratadas como objetos, mas era isso o que a menina estava querendo? Para ser chamada de "gostosa" em rede nacional e ainda gostar disso? Para usar roupas especificamente para que dessem em cima dela? Não peguem somente uma parte que lhes agradem, se deve analisar um todo!
Vc viu qdo os alunos foram pra Uniban de nariz de palhaço? Achei q iam protestar sobre algo q prestasse, mas não. Protestavam contra A REPERCUSSÃO do episódio, pq isso mancharia o CURRÍCULO deles! Uma moça estava reclamando disso. Será que ela sabe que não pode usar mais minissaia, ou corre o risco de ser a próxima a ser agredida?
Caso Uniban
Atire a primeira pedra quem não tiver pecado. Frase famosa essa ,não ? Más a hipocresia desses universitários , isto é, caiu a máscara de todos que chamaram a moça de puta, pois esses mesmos que agrediram verbalmente essa moça, são os mesmos que fazem orgias nas suas repúblicas ?, fumam maconha e transam com prostitutas ?, pois também existem prostitutas que estudam em Universidades e os mesmos também não sabem ? Coitados, "silêncio dos inocentes",e essas moças que "jogaram pedra" verbalmente, serão tão morais quanto ela ? e eses moralistas que defendem a liberação da maconha, isto é, esses mesmos estudantes que agrediram a moça, são tão "Santos " quanto ?
Então, a Uniban terá que expulsar aos borbolhões muitos acadêmicos, principalmente mulheres, pois a moda que eu vejo hoje está igual do que a moça da mini-saia estava vestindo; com suas calças apartadas e, também calças que aparecem suas roupas de baixo, então essas calças pode ?
Más , o que mais me deixou indignado foi com o gênero masculino, pois acho que gostariam de ter essa “ amiga “ em casa, não é ? será ?
Caiu a máscara da hipocresia, não está mais escondida, agora ela teve sua liberdade, demorou !
Temos o direito de invadir a singularidade de alguém ?
Acho que depois dessa a Uniban terá que mudar seu estatuto e, colocar mais um parágrafo, assim : proibido usar mini-saia , principalmente de cor vermelha .
UNIBAN (uniao dos boiolas anonimos)Os alunos da UNIBAN sao todos biolas , bichonas mesmo , e as garotas devem ser invejosas ou sapatonas , faserem uma encrencas dessas por causa de um vestidinho curto ,hoje em dia que temos ate praia de naturismo , que faculdade atrasada , se estes alunos vierem aqui para o sul , vao dar um ataque cardiaco de minuto a minuto aqui as gatinhas desfilam com suas sainhas e ate de biquine ,cambada de boiolas.
Apenas uma idéia:
Fernandinho Beira Mar poderia fazer um curso de atualzação com os alunos da UNIBAN .
"É fácil observar na vida que ninguém toma pedrada sem merecimento"
hã?
Tô adorando tudo por aqui, menos o bolão, o qual me desperta inveja desenfreada, perdoa? Que mãe de criança de ano e meio que consegue assistir mais de 5 minutos do evento Oscar há de ser uma farsante (inveja inveja inveja)
Vou vasculhar, prazer.
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