quarta-feira, 24 de setembro de 2008

TRÁGICO

Gente, estou passada. Dou aula particular de inglês a uma moça muito simpática. Vou à casa dela duas vezes por semana. E, como ainda não comprei um carro ao retornar ao Brasil, vou e volto de ônibus. Pois bem. Minha aluna me contou que, na última sexta, houve um acidente gravíssimo em frente à casa dela. Ela estava chegando do trabalho e viu helicóptero, bombeiros, ambulância e tudo o mais. Um carro tinha atropelado uma mulher num ponto de ônibus. Exatamente no ponto de ônibus que eu uso sempre.Foi um desses acidentes bizarros: a motorista saía de uma seguradora (ironia!) que fica exatamente ao lado do ponto, e estava entrando na rua principal, bastante movimentada, ainda mais às 17:30. Alguém atrás dela buzinou, ela se assustou e, ao invés de brecar, pisou no acelerador. O carro, com direção hidráulica, fez uma curva e voou pra cima do ponto. Havia uma senhora sentada e quatro mulheres em pé (nunca vi um só homem naquele ponto de ônibus). As mulheres em pé conseguiram correr, mas a que estava sentada foi atingida. Morreu no caminho do hospital. Tinha 55 anos.
Isso de pisar no acelerador quando se quer brecar é até comum. A mãe do John Lennon foi morta desta forma em 1958, quando o Beatle tinha 17 anos. Um policial, fora do horário de serviço, viu Julia atravessar uma rua e, na hora de frear, se confundiu e pisou no acelerador. John estava esperando por ela (na foto, John e Julia).
Mas nessa fatalidade horrível de Joinville, é difícil explicar o que aconteceu. Como disse o maridão, "Quem quiser repetir de propósito não consegue". Há uma árvore entre a seguradora e o ponto. O carro não passou nem perto. Tem uma guia alta, não rebaixada. O carro voou por cima dela. Foi uma sensação triste estar nesse ponto de ônibus ontem à noite, vendo o banco de ferro todo retorcido, as marcas do carro, as fitas amarelas de isolamento ainda lá. Aí eu li que foi a terceira mulher morta num ponto na semana passada em Joinville. Muito trágico isso. Só que, claro, mais trágico por ser o "meu" ponto de ônibus.

34 comentários:

Suzana Elvas disse...

Lola, essa foi a razão por eu nunca ter tirado carteira. Eu sempre - SEMPRE - pisava no acelerador em vez de no freio. Quando vi que era um reflexo que eu não perdia de jeito nenhum, larguei o curso e nunca fiz a prova.

Giovanni Gouveia disse...

Em Olinda o cara atropelou uma senhora, e entrou num apartamento. A justificativa é que ele (ou o câmbio automático) confundiu ré com primeira...

Santiago disse...

Lola:

Com todo respeito: enquanto não compra um carro, alugue um. Custa, no máximo, R$ 70,00 a diaria, talves menos. Eu conheço Joinville, e já é uma cidade grande para ficar sem carro. Só anda de ônibus que não tem condição de ter outro meio de locomoção. Talvez em Londres seja até charmoso andar de õnibus, mas no Brasil é um inferno e perigoso.

Anônimo disse...

Oi, Lola!

Que triste.
Quando vejo coisas assim; fora pensar como o trânsito é o grande serial killer de nossos dias; também penso em como a vida é frágil e como a gente acaba assim, puff, de uma hora pra outra.

beijos

Anônimo disse...

Oi, Lola!
Que meleca, héin?

Coicidentemente, coloquei ontem num blog um post pseudo-reflexivo que fala, entre outras coisas, sobre como somos frágeis e podemos morrer, de uma hora para a outra...

Enfim, menina, cuidado nestes pontos de ônibus, viu?

Beijos

lu disse...

cacete! que horror!
nessa vida a gente precisa de sorte mesmo...

lola aronovich disse...

Puxa, Suzana, muito responsável, vc. Parabéns!


Pois é, Gio, acho que esse tipo de acidente é muito mais comum do que a gente pensa. E aí é acidente mesmo, fatalidade, algo horrível, mas que também não dá pra culpar o motorista totalmente...

lola aronovich disse...

Santiago, obrigada pela dica, mas 70 reais por dia é muito dinheiro. Eu ganho metade disso a hora na aula particular, então realmente não compensa. Mas essa sua colocação é bem elitista, né? “Só anda de ônibus que não tem condição de ter outro meio de locomoção”. Sim, é a grande maioria da população. Transporte coletivo é o futuro. Se todo mundo tivesse um carro, o planeta não iria aguentar muito tempo. Além do mais, o sistema de ônibus em Joinville é bastante bom. Demora um pouquinho, claro, mas não tenho tido problemas. Fiquei um ano sem carro em Detroit e gostei da experiência. E lá definitivamente não é Londres...


Cris, é isso o que penso também, sobre como somos frágeis. Mas nessas horas, ouvindo sobre um acidente desses, quase acredito em destino. Quase! Porque, pô, a mulher tinha que sair da seguradora no segundo exato que alguém vai buzinar atrás dela. A mulher sentada no banco no ponto de ônibus precisava estar exatamente naquela parte do banco, naquele exato momento. Foi um freak accident, sem dúvida.

lola aronovich disse...

Chris com H, obrigada pela preocupação. Eu sempre sento naquele ponto de ônibus! Não tem muito o que fazer, só torcer pra que não haja mais acidentes desse tipo...


Lu, pois é. E eu ainda fico torcendo que a vítima do acidente não tenha sido uma mulher que eu conheci naquele ponto de ônibus, que era assistente de cabeleireiro num salão chique lá perto. Ai, que horror!

Tina Lopes disse...

Esse negócio de atropelamento na calçada me mete medo demais. Acontece tanto. Brrr.

Juliana disse...

Ai gente, tudo bem, é uma fatalidade terrível, especialmente chocante pra Lola que usa o tal ponto de ônibus, mas daí pra dizer que andar de ônibus é perigoso e que temos que ter cuidado quando no ponto de ônibus já é meio exagerado, não? Realmente foi muito triste, mas não é exatamente uma coisa corriqueira... deve-se ter muito mais cuidado dirigindo do que esperando o ônibus porque aí sim as suas atitudes podem se refletir em grande escala nos acontecimentos como acidentes (causando ou evitando).

lola aronovich disse...

Eu também sinto bastante medo, Tina. Mas mais ainda ao atravessar uma rua. Os motoristas não estão nem aí pra faixa de pedestre!


Ju B, concordo. Até porque não dá pra tomar cuidado num ponto de ônibus, né? Vai fazer o que? Esperar o ônibus é uma atividade passiva. Se um carro voar pra cima de nós, não vai dar pra fazer nada, ainda mais se estivermos sentados. Evidentemente, quem precisa tomar cuidado é o motorista. Mas, infelizmente, atropelamentos em ponto de ônibus (e calçadas) são bastante comuns. Como eu disse, semana passada essa foi a terceira morte dessa forma só em Joinville! Sempre leio de carro desgovernado que atropela um monte de gente num ponto de ônibus, mas em geral o motorista tá bêbado, saindo de uma balada, coisas assim – em que ele realmente assumiu um comportamento de alto risco, pois bebeu e dirigiu, e por isso, aos meus olhos, é culpado. Diferente da motorista que ficou nervosa com buzina e pisou no acelerador sem querer. Também tem que ver se ela realmente estava apta pra dirigir, lógico.

Anônimo disse...

Oi lolinhaaaa!

Credo... ta vendo... quando é pra morrer fulano morre esperando a morte....digo, o ônibus!

To muito feliz por vc ter colocado os comentários recentes aqui!

^^

Beijo!

Kaká disse...

Ahh, como eu queria que a minha cidade tivesse um sistema de transporte publico bom, nunca mais eu dirigia. Adoro transporte público, é a solução. Eu acho que o Rio tem um sistema muito bom, nunca sinto falta de carro lá.

Olha Lola, ficar sem carro em Detroit é um mega desafio, ainda mais no inverno, palmas para vcs. Minhas tias moravam lá (em Grosse Point Shore)e a última vez que fui visitá-las no inverno era muito chato sempre dependia delas para carona já que o ônibus só passava uma vez por dia, uns 7 qurteirões da casa e só ia para downtown. Quando fui para Chicago foi um alívio, pelo menos fiquei mais independente. Como vc disse, definitivamente não é Londres(melhor sistema de transporte público ever!).

Eu já fui vítima do freio/acelerador. O outro motorista ia parar o carro no cruzamento e a preferencial era minha, aí ele acelerou e pow! bateu no meu carro. Ele estava drogado. E eu quebrei a bacia. Shit happens, infelizmente.

Masegui disse...

Lola,

Infelizmente isso é muito comum. E não há o que fazer para evitar. Você disse tudo "Esperar o ônibus é uma atividade passiva".

Por essas e outras que eu peço proteção a Deus e aproveito cada minuto da vida...

Ps.: Diz pro companheiro maridão que aceitei a sugestão dele.

Anônimo disse...

Recém fiz minha carteira de motorista. Que todos os santinhos me façam separar o pé do acelerador e do freio, ó céus.
Lola, trágico por trágico - fica torcendo praquela teoria do raio que não cai duas vezes no mesmo ponto. Ou que não caia nunca mais no teu ponto.
Tava com saudades de ler tuas crônicas!
Abraço,
Bruna.
bblocodenotas.blogspot.com

Anônimo disse...

Lola, curioso você comentar hoje sobre a morte da mãe do John Lennon.
Ontem à noite comecei a ler a mega biografia do Paul McCartney, e li essa parte que menciona o acidente.
Lá pela centésima página tive que me "obrigar" a parar de ler pra ir dormir e acordar cedo hoje. O livro é muito bom.
Considerando o seu amor pelo Paul, este deve ser um dos seus livros de cabeceira há bastante tempo.
Bjo!

Unknown disse...

Ontem era dia 23, dia do lançamento do filme do Michel Moore. Lembrei apenas hoje quando abri minha caixa de e-mail e li a mensagem onde havia o link para assistir o filme online. Mas o site verifica o IP do seu computador e apenas IPs dos EUA tem acesso para ver o filme. Já devem existir links alternativos para nós brasileiros. Vou pesquisar.

Anônimo disse...

Felizmente aqui em Brasília o transporte público também é bem razoável, pelo menos no Plano Piloto ( o centro daqui). E é um dos poucos lugares do Brasil, senão o único, que os motoristas respeitam a faixa de pedreste. Eu não dirijo e o ônibus atende muito bem as minhas necessidades. E sim, transporte público é o caminho, não dá pra achar que ter 1 carro p/ cada 2 habitantes e não vá causar caos no trânsito, é inevitável.
http://universonosdois.wordpress.com

lola aronovich disse...

Bobby, isso dos comentários recentes aparece com atraso. Não funciona direitinho como o pessoal que tem wordpress. E também não tem desenhinhos fofos. Essas coisas são importantes pra mim!


Kaká, a gente conseguiu ficar sem carro em Detroit porque alugou um apê perto da universidade. Era pra lá que a gente ia – andando – todo dia. E havia supermercado mais ou menos próximo. Como a gente geralmente só saía no final de semana, dava. Claro que não ter carro limitava nossas opções. Mas a gente economiza TANTO dinheiro sem carro... E economiza muito tempo morando perto de onde estuda/trabalha.
Pô, Kaká, que droga! Pois é, o pessoal fica falando dos perigos de pegar ônibus e ser pedestre, mas se esquece que acidentes também acontecem (e muito) entre pessoas motorizadas.

lola aronovich disse...

Mario, é verdade, tem coisas na vida que são inevitáveis. Um acidente desses (pra vítima) é um deles. O companheiro maridão se comunica com alguém?! Vc deve ser uma pessoa muito especial!


Bruna, não pense que não pensei nisso de que esse ponto de ônibus tá seguro de agora em diante. Mas não tá. O acidente foi tão besta, tão estranho, que nem dá pra acreditar.
Boa sorte com a sua direção defensiva! No começo é sempre um pouco mais difícil, depois a gente acostuma. Mas o importante é prestar muita atenção, sempre, e não ter pressa. E respeitar sempre o pedestre. Pedestre em primeiro lugar!
E apareça mais, Bruninha!

lola aronovich disse...

Raquel, coincidência curiosa essa. O livro do Miles é ótimo. Mas não é meu livro de cabeceira. Eu li uma vez e tá lá na minha estante, grandão, olhando pra mim. Quero muito lê-lo de novo pra poder escrever uns posts sobre ele, mas cadê o tempo?


Que coisa, Clau! Eu esqueci totalmente. Tomara que vc consiga ver o documentário. Aí não se esqueça de avisar os amigos.


Ah é, Lila, eu li sobre isso – que os guardas começaram a multar quem não obedecesse a faixa de pedestre, e o negócio pegou e agora todo mundo respeita. É assim que deveria ser no Brasil inteiro. Se não adianta conscientizar, não adianta fazer campanha, tem que multar MESMO.

Anônimo disse...

Lola, se tem uma coisa que aprendi esse ano é que a morte sempre é um acontecimento inesperado.
Não importa o quanto vc se prepare para ela, o fim (próprio ou de alguém ou algo que amamos) sempre nos pega de surpresa.

bjos, querida.

elenmateus disse...

A insustentável leveza do ser [frágil, frágil].

:(

lola aronovich disse...

Ui, Ollie, que comentário enigmático e triste! Espero que vc não tenha perdido alguém querido. Quer dizer, todo mundo perde, um dia ou outro. Quanto mais tarde melhor, lógico. Mas sim, é sempre uma surpresa. Difícil se preparar pra uma coisa dessas.


Elen, somos uns fiapinhos mesmo.

Anônimo disse...

Lola vim dar um passeio aqui e li esta trágica história.Muitas vezes
procuro dirigir fazendo uma oração
pois acho que ela me faz concentrada nas ações de mãos e pés.
Ah! sobre praias de nudismo penso que a maioria das pessoas que frequenta é gente de bem com a vida
e consigo mesma.No fundo penso que é uma atitude de gente fina.Fatima.

Anônimo disse...

É sempre terrivél. Das muitas coisas que a gente pensa que só acontece com os outros, podia ter sido qualquer um de nós. Eu sempre penso que um dia posso entrar para o Clube dos diabéticos, dos cardiacos, dos paraplegicos ou dos ninfomaniacos, ou mais especificamente, dos mortos...pode acontecer (no último caso vai acontecer), e acho ter a noção de que isso são coisas da vida te ajuda a aceitar melhor.

Agora quanto as cenas dramaticas posso citar algumas, embora muitas vão vir a minha mente depois:

Holy Hunter, no papel de Ada tendo os dedos amputados pelo marido em O Piano.

Cena final do Nevoeiro, assim que ele comete "aquele acto" e deixa o carro.

Um Sonho de Liberdade, Tim Robins escapando por um tubo de esgoto para a chuva fresca da liberdade.

Forest Gump, Tom Hanks criança, correndo e partindo os ferros de suas pernas paraplégicas enquanto cresce.

As horas, Nicole Kidman, suicidio no lago com os bolsos cheio de pedras.

This Boy's Life, leonardo Di caprio, viciado em drogas, aos prantos, esmurrando a porta da mãe e a chamando de filha da p...

As pontes de Madison, gosto particularmente da cena em que ela está com o marido na pick-up.

A Casa dos Espiritos, nomeadamente as cenas com a Meryl Streep.

Tudo sobre a minha mãe há muitas delas que não me lembro agora.

Ah Lola, você deve conhecer muitas e melhores do que essa né? Se eu lembrar de alguma outra mesmo boa te digo. abraços.

lola aronovich disse...

É, Fátima, a história é trágica mesmo. Eu ainda estou angustiada. Fico pensando se quem morreu (que chama-se Noeli) não é uma senhora que conheci. Dois dias naquele ponto de ônibus nós conversamos. Ela trabalhava num salão lá perto, então ia pra lá todo dia. Óbvio, não era a única. Enfim, preciso muito ver aquela mulher de novo!
Sobre praia de nudismo, também tendo a achar a mesma coisa (tudo gente fina), até prova em contrário.


Cavaca, maravilha, obrigada! Que ótimas sugestões! Não vou te prometer a enquete pra já já já, porque dá um trabalhão (levei um dia inteiro pra organizar as das cenas de terror), mas assim que eu tiver um tempinho... Também tenho que pensar bem. O que vc sugere: "cenas dramáticas mais comoventes"? Que fazem chorar? Ou simplesmente o genérico "melhores cenas dramáticas"? Pra mim o recordista em lágrimas é Babe, o Porquinho Atrapalhado, já vou avisando.
Se outros leitores tiverem sugestões, mandem, por favor!

Santiago disse...

Desculpe Lola!

Eu que sabendo que você é doutora fosse classe média e R$ 70,00 na fosse gande coisa.

Você tem razão em utilzar o ônibus se precisa, mas eu quero que você me aponte uma só pessoa pobre que podendo ter um carro ande de ônibus. Isso é coisa de comunista da década de 70. Pobre odeia ônibus, com razão.

Santiago disse...

CORREÇÃO DA 1ªFRASE COMENTÁRIO ANTERIOR:

Eu que, sabendo que você é doutora, pensei que fosse da classe média e que R$ 70,00 não seria grande coisa.

lola aronovich disse...

Santiago, 70 reais sempre vai ser muito dinheiro pra mim. E além do mais, eu sou classe média mas não sou burra. Se eu recebo 35 a hora, e dou aula de uma horinha, não vou alugar um carro pro dia pelo dobro do preço (fora a gasolina). Não faz nenhum sentido.
Se todo mundo tivesse carro, o mundo entraria em colapso. Transporte coletivo é a solução.

Anônimo disse...

lola, eu recomendo aquelas que fazem choram e que arrepiam a parede de dentro do tórax. Lembrei-me de mais uma, Saving Private Ryan, a cena em que os oficiais vão à casa daquela senhora para informá-la da morte do filho. O castelo andante também, quando a Sofie se zanga por que o bonitão está fazendo um drama pela cor do cabelo, e ela corre na chuva até a beira do lago e faz um desabafo emocionante.

Lolla disse...

Lamentável, o ocorrido. Por essas e outras eu não dirijo - é muito tranquilo pra quem sabe, mas é também muito fácil para avoados mentais feito eu morrerem ou saírem matando gente.

Também vou discordar do Santiago e acho que, se todo mundo comprasse carro e fosse de carro pra todo lugar, as cidades iam ficar intransitáveis. São Paulo já tá um caos. Acho que o transporte coletivo no Brasil é relativamente bom. Em Londres os metrôs vivem lo-ta-dos, as estações vivem fechando pra reparos. Os ônibus são bonzinhos, mas depende da localidade (igual ao Brasil). Aqui em Jersey o conceito de "transporte coletivo" é piada. Todo mundo é rico e pode ter três carros na garagem. Eu, que não dirijo por fobia e por não gostar, me dano. É claro que isso só funciona porque a ilha tem menos de 100 mil habitantes.

70 reais de diária = 1400 reais por mês pra usar só durante a semana OU 2100 pra usar nos weekends, também. Muito caro. Se a Lola quisesse comprar um carro, em 2, 3 meses teria um próprio ao invés de pagar aluguel.

E acho que carro pode ser tão perigoso quanto ônibus. Conheço muita gente que tomou bala perdida dirigindo, que teve arma apontada pra cabeça pra levarem o carro, que foi sequestrado na porta de casa enquanto abria o portão de garagem... A lista é longa.

lola aronovich disse...

Castelo andante, Cavaca? Esse eu não conheço. E a cena do Saving Private Ryan é emocionante, mas é curta demais, não acha?


Muito triste mesmo, Lolla. Acho legal uma atitude como a sua e da Suzana, que assumem que tem um problema e por isso não dirigem. A gente deixa de fazer muitas coisas na vida por não ter aptidão, afinal. E dá pra sobreviver sem dirigir. Mas é estranho isso de transporte público em cidade menor, né? Ao mesmo tempo que o trânsito é muito melhor, porque existem menos pessoas e, por isso, menos carros, o governo não investe no transporte público nesses lugares. Acho bem difícil que exista transporte público de qualidade numa cidade com menos de 100 mil habitantes. Tô chutando, mas acho que no mundo inteiro é assim. E bicicleta, Lolla? Vc usa?
Ridícula a idéia de alugar um carro semanalmente. Alugar carro é pra quando a gente viaja. Eu tenho dinheiro pra comprar um carro. Afinal, vendi o meu antes de ir pros States. Seria só voltar e comprar um. Mas por enquanto não estamos precisando. Gostei muito da experiência de ficar um ano sem, e quero ver até quando dá pra não ter um aqui. Só sei que estamos economizando um monte. Carro é muito caro! Faz tempo que quero escrever um post sobre “A minha vida sem carro”.