domingo, 7 de setembro de 2008

EU ACHAVA QUE ESTAVA APAIXONADA

Eu aos treze, antes dos peitos chegarem. Ao lado, minha irmã.

Eu tinha treze anos quando escrevi isso. É quase um guest post, porque eu nem me reconheço. Dá até um tiquinho de vergonha de publicar, mas lá vai (os erros são do original, tudo sic). Incluí alguns breves comentários em itálico.

Meu primeiro amor...

É claro que eu já tive muitos namorados. Mas todos de brincadeira. Mas foi em Búzios que eu me apaixonei de verdade. Vou contar a história toda:

Búzios estava super chato, não tinha nada pra fazer. [...] Nós tinhamos planejado ficar em Búzios até o final do mês, mas eu fiz um monte de dramas pra voltar na segunda semana. [...]

O Marcelo [um carioca de 7 anos vizinho nosso em Búzios] tinha uma tia chamada Nicéia. Ela tinha uma filha chamada Roberta, de sete anos, e um filho, o Victor, de seis anos. Mas só a Roberta estava lá em Búzios.

O Ignácio e a Consuelo [meus irmãos, mais novos] iam para a casa do Marcelo jogar cartas com o Marcelo, a Roberta, o Cláudio, e o JÚNIOR. O Júnior era um menino carioca, primo do Marcelo. Ele tinha 14 anos. Ele era lindo de morrer (e ainda é).

Mas ele me odiava, não sei porque. Toda vez que eu me sentava pra jogar cartas com eles, ele se retirava. A Consuelo era mais amiga dele do que eu ou o Ignácio.

Um dia, ou melhor, uma bela noite, ele (o Júnior) e todos os outros, menos o Cláudio [um menino de 13 anos que “dava pra sacar que gostava de mim”], que já tinha ido embora, estavam na varanda, enchendo a Consuelo e a Roberta. [...] Pois é, todos eles queriam se deitar na rede, mas só haviam duas redes. Então eles empurravam a Consuelo e a Roberta fora da rede. Aí eu cheguei pra defender as duas e gritava, de brincadeira, 'Oh! Por favor, não matem a minha irmã!' Tudo num clima de muita euforia. [só o tema de "matar irmã" já me deixava feliz]. Depois, tudo se acalmou. A Consuelo e o Ignácio, junto com o Marcelo, foram na minha casa tomar banho. [Que farra é essa? Por que o Marcelo não tomava banho na casa dele?]

Eu fiquei na varanda com a Roberta e o Júnior, e tentei puxar assunto. Perguntei o signo dele, quando ele fazia aniversário, e eu também falei o meu signo, e quando eu fazia aniversário. [Hã? Eu devo ter me confundido com outra. Eu lia horóscopo na época? Não era eu!]. Uma chatice. [Pelo menos eu admito!] Aí ele entrou na casa e eu fui para a minha casa. Entrava e saía da casa dele, pra ver se ele estava na varanda. Nada. Eu notei que eu já gostava dele, mas ele... Nem bola!

Depois, na mesma noite, o Ignácio, a Consuelo e eu, fomos à casa do Marcelo e do Júnior (eles eram primos). Aí, que felicidade! O Júnior estava na varanda jantando, com o Marcelo e a Roberta.

O Marcelo tinha brigado com a Consuelo. A Consuelo estava na rede, quando o Marcelo veio correndo, com o prato na mão, tropeçou nos pés da Consuelo, e caiu tudo. Até o prato e a comida. [adoro essa explicação! O que mais podia ser o "caiu tudo"? Isso foi antes do filme A Mosca!] O Marcelo começou a chorar e a mãe dele ainda bateu nele. Enquanto isso, o Júnior estava dizendo que a culpa não era da Consuelo, e que a mãe do Marcelo não sabia educar o Marcelo, que não era boa mãe, etc. Depois da briga todos subimos para jogar sete e meio. A casa era assim: tinha uma mesa (sem cadeiras) num balcão de cima e a avó do Júnior e as tias dele estavam todas reunidas lá embaixo, conversando.

Acontece que o Júnior disse que não sabia jogar sete e meio, aí eu prometi ensinar à ele. Foi tudo uma piada. [...]

Saímos, todos sem um tostão. Queríamos beber uma coca-cola. Tinha um lugar, onde a dona era amiga dos meus pais, chamado 'Marruele'. [...] Tomamos coca-cola, aliás, eles tomaram coca-cola, pois eu só bebo água. O Júnior ficou bravo comigo porque eu não quis beber a coca-cola que ele me ofereceu. [Meninos de 14 anos fazem drama por qualquer coisa].

Era quase meia-noite. Todos nós, o Júnior, e o Marcelo, decidimos ir ao fliperama, que ficava no povo [como a gente chamava o centro de Búzios], à um km. de onde estávamos [na Praia dos Ossos]. Eu e o Ignácio fomos correndo pedir autorização pra o meu pai e mãe. O meu pai topou, quando eu disse que iríamos com um menino de 14 anos (o Júnior). [Olha o machismo aí, gente! EU tinha treze!] Mas minha mãe, não. Finalmente convencemos a minha mãe. Tínhamos pedido dinheiro pro meu pai pra comprar sorvete. Fomos ao fliperama que já estava fechado.

[...] Depois encontramos meus pais com a família do Júnior na Marruele, e fomos pra casa.

Sentamos na praia e começamos à conversar. Quando todo mundo foi dormir, menos a Consuelo, o Ignácio, e o Júnior, ah, e eu, o Júnior decidiu fazer um queijo quente pra ele. [Adoro homem que cozinha!]

Fomos até a cozinha da casa dele. Nisso descobrimos que ele era péssimo cozinheiro. Cada vez que queria botar o fogo mais baixo, apagava o fogo. Ele nos ofereceu um, também. Mas a gente não é louco de aceitar.

Depois, fomos para casa. Já estava satisfeita, pois agora ele gostava mais de mim do que de qualquer um. [meio arrogantezinha, não? Eu tava competindo com quem?]

No dia seguinte, que tristeza! O primo dele, também tinha quatorze anos, o burro do Godofredo, chegou. Ele era meio-irmão do Marcelo, só que com diferentes mães. [Na real, o Godofredo era muito mais bonito que o Júnior. Mas antipatizei com ele de cara. Pode ter sido o nome].

No mesmo dia, à noite, o Júnior, o 'Godo' (de Godofredo), o Marcelo, a Roberta, eu, e meus irmãos, iríamos ir ao fliperamma. Na metade do caminho eu começei a dizer que não queria ir. [fresca!] O Ignácio disse que se eu não fosse, ele também não ia. [fresco!] Aí, que surpresa! O Júnior disse que se eu não fosse, ele também ficava. Mas eu acabei indo.

[...] Isso tudo foi no sábado. Domingo, ele foi nadando (ele nada super bem) à um barco muito longe da beira da praia. [...] Depois na praia, ele derrubou a minha irmã Consuelo (de brincadeira) e me chamou de inofênsiva, por eu não ter feito nada. [Eu devo ter jogado areia nela].

Mas o sonho se acabou, eu pensava. Ele iria embora à tarde, junto com todo mundo. A Nicéia, que gostava muito de mim, disse que voltava no máximo quinta-feira, dia 22. Nós íamos embora terça-feira, dia 27. Mas ainda dava pra aproveitar.

Foi horrível a espera. Domingo, eu chorei. Segunda, escrevi uma carta de amor pra ele (depois rasguei).

Terça, tive menstruação. [Esse fato só é relevante, suponho, porque foi minha primeira vez].

Quarta, os caseiros foram telefonar pro Rio perguntando quando eles iriam voltar. As noticias foram péssimas. O Júnior só iria voltar dia 29, quinta-feira. Fiz o maior drama pra ficar até sábado de manhã. [Estou começando a sentir pena dos meus pais].

A Nicéia chegou terça-feira, dia 27, com a Roberta, o Marcelo, o Victor (irmão da Roberta), e o Luís Felipe (um paulista chato e covarde que gostava de mim, de 13 anos).

O Luís Felipe era primo do Marcelo e do Júnior, sobrinho da Nicéia. Eu contei para a Nicéia que amava o Júnior. Quero dizer, ela adivinhou, quando eu disse pra ela adivinhar.

Ela me contou que o Júnior tinha dito maravilhas sobre mim. [Pois é, eu me achava a última bolacha do pacote mesmo!]

O Luís Felipe quando ficou sabendo que eu gostava do Júnior, inventou que o Júnior não viria quinta-feira. Droga! Caí como uma boba. Mas o Júnior chegou, pra minha alegria.

Na verdade chegou sexta-feira de madrugada. Lá pelas duas da manhã. Esperei até essa hora. Depois o Júnior brigou com a Nicéia. O Júnior chamou a família de 'enferrujados' e a Nicéia disse 'Enferrujada é a vaca da sua mãe'. [Impressionante como o meu relato não toma posições].

Sexta-feira eu quase não vi o Júnior. Escrevi uma carta de amor pra ele.

[...] De tarde, lá pelas sete horas, tínhamos arranjado jantar (todos nós) na pizzaria, e às nove, ir ao cinema. O Júnior disse que não estava com fome. Então o Godo e o Luís Felipe usaram a mesma desculpa. Eu até perdi a fome. O meu maior sonho [maior que paz na Terra, pelo jeito] era jantar ao lado dele. Nem quis ir à pizzaria. [...] Aí eu acordei. Por que teria que estragar minha última noite em Búzios? [ok, agora melhorou. Essa é a Lolinha velha de guerra].

Rasguei a carta e a enterrei na praia. [Podia ser menos melodramática. Ou poluidora do meio ambiente].

Falei pra todo mundo que não gostava mais do Júnior. [Note o "todo mundo". Não devia haver uma alma em Búzios que não soubesse desse meu amor juvenil]. Os pais do Luís Felipe queriam que o Luís Felipe viesse com a gente.

Corri à casa do Marcelo para buscar o Luís Felipe. Encontrei o Júnior na porta que me perguntou 'A Nicéia me disse que você está zangada comigo porque eu não vou jantar'. E eu disse 'Nem tô ligando'. Já tinha dado um fora nele. [Bem-feito!]

[...] Já em casa, uma coisa me surpreendeu: o Júnior, que nunca quis entrar na minha casa, tomou coragem e entrou. Pegou a bolsa feita de penas da Consuelo e começou a fazer gracinhas. [Imagino que gracinhas homofóbicas]. Houve uma briga de brincadeira, em que eu e a Consuelo enchemos o Júnior de socos (de brincadeira) saímos correndo atrás do Júnior, o Júnior jogava o Victor encima de mim, o Cláudio se intrometeu, eu dei uma rasteira nele, dei um soco (só que este, de verdade) no Luís Felipe, etc. [eu era cruel]

Resultados: Ainda gosto do Júnior!”

Eu até que não escrevia tão mal aos treze anos. Ao reler o negócio, me surpreendi ao ver que já sabia usar a crase! Até notar que minha solução pro uso da crase se resumia a usá-la em todos os As que apareciam. Bom, se você não achou curioso meu relato puro e juvenil, tente relê-lo com uma nova e bombástica informação: a Nicéia do texto é nada mais nada menos que a Nicéia Pitta! Ex do abominável prefeito de SP, Celso Pitta. Aquela que diz prum garoto de 14 anos “Enferrujada é a vaca da sua mãe” é a ex-primeira-dama! E o Victor e a Roberta que todo mundo gostava de derrubar eram filhos do prefeito (na foto, eles já adultos). Melhorou, né?

Outra coisa muito fascinante. A família da Nicéia é tradicionalíssima. Eram quatro irmãs, e a Nicéia realmente era a mais grossa, mas também a única em que se prestava atenção (se bem que, pelo que me lembro, eram todas lindas). Foi o maior xabu ela ter se casado com um negro e ter filhos mulatos, e eu a admirava por isso. Mas sabe como é família tradicional: tá cheia de podres. Os pais do Luís Felipe moravam em SP, tinham um antiquário, e ficaram mui amigos dos meus pais. Tanto que o pai dele convenceu o meu a entrar num pequeno negócio de importação de tapetes persas. Não sei bem o que houve, só que o pai dele tava enrolado até o pescoço, pegou e gastou o dinheiro de montes de trouxas como o meu pai, e se suicidou. A mãe, irmã da Nicéia, pra tentar atenuar o prejuízo do pessoal que foi lesado (e parece que foi bastante gente), ofereceu móveis e quadros do antiquário. Parece que meu pai, em solidariedade, foi o único que não aceitou. Ele adorava rasgar dinheiro.

Nunca mais vi o Júnior. E certamente nem me lembraria desse “grande amor” se não tivesse anotado tudinho.Eu e meus irmãos um ano depois deste relato, torcendo na Copa de 1982.

28 comentários:

lola aronovich disse...

PROBLEMAS COM O BLOG
Oi, gente! Vcs que estão tentando visualizar o blog através do Explorer estão notando que tá tudo errado. Desde sexta o blog tá dando problemas. Sexta, ao tentar publicar os dois posts, houve falhas de formatação. O blogger mandava avisar que não dava por causa do html, sei lá. Só que eu não fiz nada de novo. Fiz apenas exatamente o mesmo que venho fazendo diariamente há 9 meses! Desde então, pelo que notei, o blog segue normal se vc o acessa usando o Mozilla, mas tá incompleto (só a primeira foto do post das estréias da semana) se a gente o acessa via Explorer. Não sei o que fazer. Estou tentando falar com o blogger. Peço que vcs usem o Mozilla Firefox, que por ali tá normal (embora pra mim, na hora de publicar posts, o blogger avisa que a formatação não é permitida). Isso só tá acontecendo com o meu blog? A gente acessou o do maridão pelo Explorer e não tem nada de anormal. Se alguém puder me ajudar...

Ju Ribeiro disse...

[eu já uso o firefox]

lolinha, li tudinho! até que você escrevia bem aos treze! se fosse nos dias de hoje talvez você escrevesse "aXxiM", hehe!

primeiro, você e a tua irmã estão umas gracinhas na foto! ela se parece contigo (são irmãs...duhh!). muito bonitinhas!

segundo, engraçado o fato da família ser a família pitta. que mundo pequeno!

e por um minuto imaginei que o tal godofredo fosse o godofredo pinto, prefeito de niterói.

Anônimo disse...

Lolinha, adorei seu post de adolescente apaixonada, muito fofo!!!
Desde aquela época já dá para identificar sua composição, que máximo!
Eu estou usando o Chrome, da Google e não tá dando para ler o post da candidata a vice, apenas a foto, que também não dá para identificar se ela está tentando salvar o alce morto ou se está comemorando a caça... enfim, vou instalar o Firefox e depois volto para contar!

Beijos

Anônimo disse...

:(

Eu não tenho o mozzila!

:(

Vc escrevia bem!!!

^^

Uma tipica história dessa idade!

^^

To muito feliz que eu consegui postar nesse!

XD

Beijo!

Anônimo disse...

Lola uma curiosidade...ainda não toma coca cola?Boas lembranças e que memoria a sua..mal guardo as cartas que escrevi há tempos atrás.Muito legal isso.

Luciano disse...

Eu também não to conseguindo. Aqui, agora, só aparece o post de você adolescente. Me ajude!

lola aronovich disse...

ALELUIA, GENTE! O maridão consertou o problema com o blog (com a ajuda de um carinha que Help Group do Blogger, que falou passo a passo o que deveria ser deletado, e também da Batata Naomi, que me enviou um email tentando apontar umas soluções). Mas, pelo que li no Help Center do Blogger, esse problema com o Internet Explorer (porque com o Mozilla Firefox não houve problema) tá comum pra muitos blogueiros do mundo todo. E o pessoal acha que pode ser uma represália da Microsoft (dona do Explorer) ao lançamento do Chrome no mercado de navegadores. Eu sei lá! Mas antes de sexta o Explorer já tava com problemas (aliás, gente, o Exp. é muito ruim! Recomendo que vcs mudem pro Mozilla). Quem estiver tentando votar na pesquisa através do Exp. não deve estar conseguindo. Anyway, UFA!

lola aronovich disse...

É verdade, Ju R! A meninada com 13 anos hoje deve escrever daquele jeito indecifrável da internet. Eu li num blog (não lembro onde, sorry) a dona dizendo que rejeita comentários escritos em internetês: “Se eu quiser aprender uma nova língua a esta altura da minha vida, que seja francês” (ou alemão, não lembro. Mas adorei!). Sobre minha irmã, não acho que éramos (ou somos) muito parecidas não. Mas ela adorava posar pra fotos! Isso eu me lembro. Agora, Ju, deve existir mais de um Godofredo no mundo. Infelizmente!


Chris, que bom que vc gostou do post. É, acho que tem alguns padrões de escrita que eu usava quase 30 anos atrás com os que uso hoje. Bom, graças ao maridão, o problema do blog no Explorer (e no Chrome) foi resolvido. Pelo menos até o próximo post...

lola aronovich disse...

Bobby, obrigada. Sabe, eu fico curiosa pra saber quantos anos vc tem. Não muito mais que treze, certo? Tipo, uns 18, 19?


Lúcia, não, ainda não tomo Coca-Cola. Nunca gostei! Não é que nunca tomei. Não é nojo nem nada. É só que, se eu adoro água, por que trocar por outra coisa? A única bebida que tomo até hoje é água. Suco, coisas alcoólicas, refrigerante, mesmo café, tô fora! Ah, às vezes eu tomo chá de boldo. Como remédio pro fígado... Eu bebo muita, muita água. Mais de 6 litros por dia. E adoro. Ah, esse relato e outros estão num dos livros que eu escrevia na infância e adolescência. Pode chamar de cadernos... Mas eram livros, tinha até nome: The Nothing Book.


Luciano, tá funcionando agora!

Babi disse...

oi lola!
adorei o texto da adolescencia... tambem vivi historinhas parecidas (como toda menina normal), mas nao as escrevi como você... tinha diários, mas morria de medo de alguem ler, ai escrevia tudo em codigos "pictográficos" que eu inventava. Tenho todos guardados, mas haja paciencia para traduzir tudo...hehehe
Um dia, quem sabe, eu tente...
abracooo

Ju Ribeiro disse...

não toma nada além de água?
que proeza!

não deve ter (quase) nada de celulite. bacana! sou viciada em café e nescau. oh, boy! :(

Anônimo disse...

Lola sou terrivelmente brincalhona. As vezes isto faz muito bem ao grupo familiar.Outras vezes posso aborrecer as pessoas.
Agora falando sério:
ESTE POST ESTÁ EXCELENTE!
Ele seria um texto MUITO BOM
num livro para adolescentes.
Está MUITO divertido, rico em detalhes bem típicos das situações vividas. A-D-O-R-E-I!Parabéns!

Anônimo disse...

ops, fui eu a Fatima de Laguna a anônima

Liris Tribuzzi disse...

Eu juro que ia comentar sobre o uso da crasa mesmo sem chegar nos seus comentários finais. Juro mesmo! Eu só me lembro de lembrar de usar a crase ano passado! E uma menina de 13 anos já fazia isso...
hehehehehe.

Poderosa você, hein Lola. Só não deixa a sra Pitta ler isso se não pode pegar mal.

Juliana disse...

que divertido! eu tinha uns relatos do tipo também, mas acho que não guardei nada por vergonha que algum dia alguém lesse, hahaha. Muito legal vc ter publicado.

e um ano depois deste relato eu estava nascendo, hahaha

Mica disse...

Eu também tive um diário criptografado, mas queimei o bendito num momento de 'destruir meu passado' (não sórdido, mas...). Escrevo nas minhas agendas até hoje, mas só uma paginazinha, meia pagina e geralmente nada muito útil. Quando li o seu texto Lola, além de rir muitíssimo (principalmente com o comentário do Godofredo), também fiquei um pouco frustrada por não ter escrito com mais sustância nos meus diários :-(.

E você de fato escrevia muito bem para 13 anos. Eu tenho alguns conhecidos bem novos (15 anos, por aí) que me deixam no chinelo (não que isso seja tão difícil). De fato há muito internetês nessa juventude, mas graças a Deus nem todos estão completamente corrompidos.

lola aronovich disse...

Oi, Barbara. Legais essas historinhas tão inocentes das nossas primeiras “paixões”, né? Eu anotava tudo, mas aí, quando descobri o sexo, comecei a anotar nome e idade e alguns outros detalhes que não lembro de todos os carinhas (que na época não eram tantos) que eu “ficava” (antes desse termo existir), e só joguei isso fora por receio da minha irmã descobrir. Pena! Se não eu lembraria... Não lembro de ninguém! Faz muito tempo. Espero que vc decifre seus próprios códigos. Quero saber o que vc aprontava!


Na realidade, Ju R, teve uma época em que eu tomava muito café. Trabalhava numa agência de propaganda e dormia muito pouco. Vivia com sono. E aí tomava monte de café na agência, só pra ficar acordada. Até que um dia exagerei e me deu um tique nervoso. Sério! Comecei a piscar sem parar. Aí pensei: “Ah não! Eu nem gosto muito de café. Só tomo como muleta!” E parei. Gosto muito mais do cheiro de café que do gosto (mas adoro sobremesas com café: pudim de café, sorvete de café, bolo de café – quase tão bom quanto chocolate). Sobre ter celulite, sabe que nem sei? Acho que tenho sim. Mas como fica atrás, eu não vejo. E se não vejo, não encuco com isso.

lola aronovich disse...

Fátima, querida, adoro o seu jeito brincalhão de ser! E não se preocupe, não precisa pisar em ovos comigo, que vc não vai me ofender. Obrigada pelos elogios. Esse relato meu é bem típico mesmo, né? Agora, eu ADORARIA ter uma cópia dessas cartas que eu escrevia pro amado, rasgava e enterrava na areia. Já pensou a abobrinha que eu escrevia?


Li, pois é, quando o relato começou, eu pensei: “Uau! Eu já sabia usar crase aos 13 anos!”. Fiquei toda orgulhosa. Aí comecei a notar que eu usava crase em todo a que aparecia. Ish, sobre a Sra. Pitta descobrir... Não pense que não me preocupo com isso. Mas no fundo não falo mal dela. Acho até que pelo contrário!

lola aronovich disse...

Humilhou, hein, Ju B? Como assim, um ano depois do relato vc nascia? Vc é de 82 ou 83, é isso? Uma menina mesmo! E já formada!


Ah, Mica, se eu pudesse voltar atrás escreveria muito mais detalhes da minha vida. Tenho muita coisa anotada, mas é mais poema, desenho... Queria coisas substanciais, que nem esse aí sobre o meu primeiro amor. É tão bom poder reler essas histórias e saber que evoluímos... Pelo menos eu não falo mais em horóscopo! Imagino que nem todos os jovens de hoje usem “internetês”. É muito chato! E os diários foram substituídos pelos blogs, é isso?

Juliana disse...

Sou de 82 =P

Bruno Bachy disse...

GLÓRIA GLÓRIAAAAA ALELUUUUUIAAAAAAA!

AGRADEÇO A SANTO EXPEDITO PELA GRAÇA CONCEDIDA!

XD

Quantos anos eu tenho? 16 !

^^

Já ta me envelhecendo sua má!

XD

Beijo!

:-P disse...

Olha, é vc na foto do head do blog?
(ew, que fraseado ruim.)

Bjs,

Malena

Mica disse...

Pois é, acho que o Blog substituiu o diário. Até as coisas sórdidas se escrevem em blogs hoje em dia, hehehe.
De fato eu escrevo mais no meu livejournal do que na minha agenda...Ia dizer que escrevo coisas diferentes, mas então lembrei que eu falo abobrinha nos dois lugares :D
Só não escrevo mais no LJ pq escrevo em inglês e dá muito trabalho pensar, hehehe. Sem mencionar os inúmeros erros.
E já que toquei no assunto 'inglês', deixe-me perguntar uma coisa: como escrevo 'traço' em inglês? Quero dizer, traço de história em quadrinho, como por exemplo "o traço de fulano é muito pior do que o de ciclano"?
Outra dúvida: na capa da HQ vem escrito "Script: Joss Whedon, Pencil: fulano de tal, Inks: ciclano, Colors: beltrano". Fico na dúvida de qual desses artistas é o desenhista. Qual a tradução correta para pencils neste caso? É o cara que faz o desenho?

lola aronovich disse...

Ju, 82? Isso dá 26 anos agora? Novinha, novinha, mas parece ainda menos, né?


Jura, Bobby, que vc tem só 16? Ah, eu te achava tão maduro que já te dava logo 17!

lola aronovich disse...

Malena, sou eu sim. Bonitinha, não? Eu era um pitéu!


Miquinha, é, imagino que hoje em dia seja mais difícil ter diário. Mas deve existir! Daqueles com chave até. Isso é algo muito mais comum entre meninas que meninos, imagino. Mas blog é comum pros dois. Interessante isso: será que os blogs popularizaram os diários pros meninos?
Sobre as duas dúvidas, putz, Mica, adoraria poder ajudar, mas não sei a resposta. Sou péssima tradutora, e meu conhecimento de inglês “técnico” (e isso de quadrinhos é técnico pra mim) é muito limitado. Por que vc não pergunta ao Maurício do Antigravidade? Ele deve saber responder. E ele te conhece. A última vez que o vi, em SP, ele perguntou: “Como vc conheceu a Mica?”. Incrível como esse mundo é pequeno...

Mica disse...

O problema é que eu não sei quem é o Maurício do Antigravidade. Na verdade, nem sei o que é o Antigravidade. Devo ter conhecido o cara com outro nome ou de algum lugar que não me recordo no momento.
Como entro em contato com ele?

lola aronovich disse...

Mica, no meu blogroll de links (é assim que se chama), que fica embaixo dos "comentaristas mais ativos", na pagina principal, do lado direito - tá lá o Antigravidade. É só clicar nele, e deixar um comentário no post mais recente do blog, que o Maurício responde. Acho que ele te conheceu (talvez apenas virtualmente?) em algum fan fiction site ou coisa assim. Boa sorte!

Lily disse...

Lola, cheguei no teu blog por acaso, nas andancas pela net, e que delicia encontrar esse post... nao sou tao purista na linguagem (nem teria reparado no uso correto da crase!), mas sou saudosista de carteirinha, e esse texto tem sabor de sacolé na praia ouvindo a Blitz - a banda do Evandro Mesquita, nao a policia, diga-se!
Bons tempos...

Beijos, voltarei mais vezes!

Lily

PS: Sabe q qdo lí o nome Nicéia, pensei na ex do Pitta imediatamente? Quase cai pra tras no final do texto - qdo vi q se tratava dela mesma!!! rsrsrs